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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 852 - 08 de abril de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Construção da hidrelétrica de Belo Monte será discutida no dia 10

A Comissão de Minas e Energia debate na próxima quarta-feira, dia 10 de abril, o projeto de construção da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA). A audiência terá a presença do presidente da Eletronorte (Centrais Elétricas do Norte do Brasil), José Antonio Muniz Lopes. Após o debate, os deputados devem apreciar requerimentos e projetos de leis. Um deles é o PL 4673/01, do deputado Clementino Coelho (PPS-PE), que cria o Programa Prioritário de Desenvolvimento da Energia Eólica do Nordeste. A reunião ocorrerá a partir das 9:30 horas, no plenário 16. (Agência Câmara - 08.04.2002)

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2- Aneel aprova alteração no contrato de concessão para geração da usina de Machadinho

A Aneel aprovou o parecer referente às alterações no contrato de concessão para geração de energia elétrica na hidrelétrica de Machadinho e no contrato de constituição do Consórcio Machadinho. A agência concluiu que a operação não prejudica a livre concorrência, uma vez que o índice de participação da empresa no setor elétrico permanece dentro dos limites estabelecidos por resolução da própria Aneel. Não foram analisadas eventuais restrições econômicas verticais associadas à referida operação, ainda segundo a agência. Com uma potência instalada de 1,14 MW, a usina está localizada no Rio Pelotas, entre o município catarinense de Piratuba e o gaúcho de Maximiliano de Almeida. (Canal Energia - 05/04/2002)

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3- Aneel libera área para construção de linha de transmissão no MS

A Aneel declarou de utilidade púbica a área de extensão de terra necessária para a passagem e implantalção da Linha de Transmissão SE Campo Grande Imbirissu - Seccionamneto Sidrolândia. A linha de circuito duplo, que se origina na Subestação Campo Grande Imbirussu, terá 17,5 quilômetros e será operada pela Enersul (Empresa Energética do Mato Grosso do Sul). (Canal Energia - 08.04.2002)

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4- Aneel autoriza exploração da PCH Gindaí e da central Cucaú

A Aneel autorizou a empresa Usina Trapiche a explorar o potencial hidráulico denominado PCH Gindaí. Localizado no rio Sirinhaém, no estado de Pernambuco, a usina tem 1,28 MW de potência instalada, constituída de duas unidades de 480 kW e 800 kW, em operação desde 1958 e 1986. A empresa também poderá explorar as respectivas instalações de interesse restrito da central geradora. Constituída por uma subestação elevadora - com um transformador elevador 0,40/22kV na potência de 1000 KVA, acoplado ao gerador de um MVA, e um transformador elevador 1.65/22kV na potência de 600 KVA, acoplado ao gerador de 600 KVA, tem linha de transmissão de cabo de alumínio com bitola 4AWG na extensão de 20 quilômetros, conectado à rede de distribuição da Ceal (Companhia Energética de Alagoas). (Canal Energia - 05.04.2002)

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5- Aneel autoriza auto-produção da Zihuatanejo do Brasil Açúcar e Álcool

A agência também deu autorização à Zihuatanejo do Brasil Açúcar e Álcool a estabelecer-se como auto-produtora de energia elétrica, mediante a exploração da central geradora termelétrica Cucaú, localizada também no município pernambucano de Rio Formoso. A usina conta com três turbogeradores a vapor - sendo um de 4 MW, um de 3 MW e um de 1 MW, totalizando 8 MW de capacidade instalada, em operação desde setembro de 2001. O combustível utilizado é o bagaço de cana-de-açúcar. A empresa poderá também explorar o sistema de transmissão de interesse restrito da central, constituído de uma subestação transformadora de 0,44/4,16 kV, na capacidade de 3.500 kVA, de que derivam dois ramais em conexão direta com a rede local da Celpe (Companhia Energética de Pernambuco) e outro que se estende até a subestação da PCH Cucaú, localizada nas instalações industriais e sede da empresa. (Canal Energia - 05.04.2002)

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6- Comitê de Bacias do Litoral Norte cria agência para gerir recursos hídricos

O Diário Oficial do Estado de São Paulo publicou no dia 5 de abril, a criação da Agência de Bacias Hidrográficas do Litoral Norte, instituído pelo Comitê de Bacias Hidrográficas do Litoral Norte. O objetivo da nova entidade é trabalhar na estruturação gerencial dos recursos hidrícos deste bacia. (Canal Energia - 05.04.2002)

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7- PT e PFL se unem contra reajuste extraordinário

Deputados do PFL, do PT, do PDT e de vários partidos de oposição ao governo prometem votar contra a Medida Provisória 14, que vai regular o aumento extraordinário das contas de luz e a cobrança do seguro-apagão. ''Tarifa é o que se paga por um serviço e estão chamando de tarifa uma contribuição do consumidor para repor prejuízos das empresas. Estão discutindo o preço da não-prestação de um serviço'', diz o deputado federal Miro Teixeira. O tarifaço estava previsto na Medida Provisória 2.198-5, de agosto de 2001. O último artigo previa uma ''eventual e futura necessidade de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro de contratos de concessão''. Com base no acordo geral do setor elétrico, as distribuidoras lançaram, nos balanços do ano passado, as reposições acertadas com o governo. Entre perdas diretas com o racionamento, que durou oito meses, e gastos a mais com a compra de energia da hidrelétrica de Itaipu e do óleo diesel para as usinas térmicas de áreas isoladas (subsidiadas pelas contas de luz), as empresas deverão receber algo em torno de R$ 7,5 bi. Só a conta das quatro maiores - Light (RJ), Eletropaulo (SP), Copel (PR) e Cemig (MG) - chega a R$ 3,7 bi. ''Para as empresas, é como se não tivesse havido racionamento'', comenta o analista do setor elétrico do Unibanco, Sérgio Tamashiro. A exceção foi a Light, cujo prejuízo beirou R$ 1 bi. ''Só no Brasil tem companhia sem risco. Todas lucram e o prejuízo é rateado. É um disparate'', diz o deputado federal Paulo Magalhães (PFL/BA). (Jornal do Brasil - 08.04.2002)

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8- Enerbrasil e Siif questionam projeto de deputado

As empresas Enerbrasil e Siif, donas dos maiores projetos de usinas eólicas no país, estão indignadas. Juntas, têm 29 usinas autorizadas pela Aneel para gerar 2.200 MW de potência. Os executivos ficaram surpresos ao descobrir que, pelo projeto do deputado José Carlos Aleluia (PFL/BA), relator da Medida Provisória, as geradoras só serão obrigadas a comprar 7% de energia de fontes alternativas das empresas que não tiverem nenhuma ligação com negócios de geração, transmissão ou distribuição no Brasil. A Enerbrasil é da espanhola Iberdrola, dona, entre outras, das concessionárias de distribuição da Bahia, do Rio Grande do Norte e de Pernambuco. A francesa EDF participa do capital da Siif e controla a Light, distribuidora do Rio de Janeiro, e a Eletropaulo, de São Paulo. ''Isso inviabiliza o nosso negócio'', reclama o presidente da Enerbrasil, Hernan Saavedra. Para um analista do setor elétrico, não é bem assim. ''Essas empresas já têm para quem vender. O projeto cria uma outra figura, a do autônomo, que precisa ser estimulada'', argumenta. O setor eletrointensivo engrossa o rol dos incomodados. A maior preocupação é com o preço da energia, que em alguns casos pode representar 30% dos custos de uma indústria. Obrigados a reduzir o gasto de luz em 25% durante os oito meses de racionamento, essas indústrias não consideram justo pagar pelo prejuízo das distribuidoras, já que também amargaram perda de receita no período. "Agora, com o seguro-apagão, vamos dar nossa segunda cota de sacrifício'', diz Marco Antonio Marque Jordão, presidente da comissão de energia da Associação Brasileira dos Produtores de Ferroligas. Para ele, o seguro-apagão - fixado em R$ 4,9 por mWh - deveria ser proporcional ao preço da energia, o que aliviaria a carga da indústria, que paga menos pela energia do que o consumidor residencial. (Jornal do Brasil - 08.04.2002)

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9- Especialistas temem privatização de Xingó após cisão da Chesf

Ainda obscuro e sem uma programação detalhada das etapas de ação, o processo de cisão das empresas estatais federais de geração de energia elétrica começa a ser questionado como uma ponte para a privatização futura de parte dos ativos cindidos. O alvo recai sobre a separação das atividades da Chesf, que, pelo modelo, passaria a priorizar a gestão da infra-estrutura hídrica da região Nordeste. O projeto, formatado pelo Comitê de Revitalização da GCE, prevê a criação de duas empresas ligadas ao setor elétrico: a Chesf Geração, que agregaria todas as usinas pertencentes à companhia, a exceção da hidrelétrica de Xingó, que seria administrada separadamente pela Chesf Xingó. Esta, segundo especialistas, é a jóia da coroa da estatal, e seria a parte direcionada à provável venda. (Canal Energia - 08/04/2002)

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10- Deputado requer audiência pública para debater cisão da Chesf

O deputado Clementino Cunha, que requereu para ainda este mês uma audiência pública na Câmara dos Deputados com especialistas e representantes do governo para debater a cisão da Chesf, é favorável ao modelo que passa a priorizar a gestão da infra-estrutura hídrica da região Nordeste, desde que a não-obrigatoriedade da privatização da empresa - citada pelo presidente do BNDES, Eleazer de Carvalho, em dezembro, durante a divulgação do plano - seja confirmada. (Canal Energia -08.04.2002)

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11- Receita de Chesf é virtual, afirma diretor da ONG Ilumina

Para o deputado Clemetino Cunha, o estado é o único interlocutor legitimado a gerir a multifuncionalidade do uso da água no Nordeste. Se isso se confirmar, será uma decisão excelente, pois reconhece a potencialidade da água neste local. "Mas somos (a oposição) radicalmente contra se o fatiamento da Chesf acarretar na sua privatização, seja da Chesf Xingó ou da Chesf Geração", afirma Cunha. Segundo João Paulo Aguiar, diretor regional da ONG Ilumina, que estuda o desenvolvimento estratégico do setor elétrico, a "embalagem" desenhada para a nova Chesf, sob a ótica da gerência do uso da água da região, é muito boa, mas já não se sustenta depois de 90 dias de lançada. Nem mesmo os cerca de R$ 800 mi de geração de caixa líqüida que a área de recursos hídricos da empresa terá por ano convence o especialista. "É uma receita virtual, que pode ser suplantada pelo passivo de Xingó, se esta estiver realmente numa rota de privatização", diz Aguiar, admitindo que o passivo de cerca de R$ 4 bi da Chesf ligados à construção de Xingó pode ainda ser absorvido pelo Tesouro Nacional. (Canal Energia - 08/04/2002)

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12- Divida total da Chesf é de R$ 5.5 bi

A dívida total da Chesf atualmente gira em torno de R$ 5.5 bi, sendo 98% atreladas à Eletrobrás, e o patrimônio liquido é de aproximadamente R$ 10.5 bi. Os R$ 4 bilhões de dívidas da concessionária por Xingó, na análise de João Paulo Aguiar, diretor regional da ONG Ilumina, só deverá ser amortizada em dez anos. Mas o peso de Xingó para a Chesf não está somente nos números financeiros: nos total de 9.9 mi MW gerados no São Francisco, 3 mi MW são de Xingó. No trecho nordestino do rio, 18 mi do total de 50 mi de MWh anuais assegurados pertencem à usina. (Canal Energia - 08/04/2002)

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risco e racionamento

1- Demanda de energia no Sudeste/Centro-Oeste cai 1,87%

Após uma semana com consumo elevado, a demanda de energia na região Sudeste/Centro-Oeste caiu 1,87% em comparação com o dia anterior. Números do ONS, relativos ao dia 4 de abril, indicam que o consumo nesta região chegou a 26.378 MW, ficando também 0,23% abaixo da curva mensal de referência. Já nas demais regiões, a demanda teve crescimento próximos de 3%. É o caso do Nordeste, que registrou um consumo 3,15% superior ao dia anterior. Ontem, dia 4, o consumo atingiu 5.630 MW, ficando 4,2% abaixo da curva-guia prevista para o mês. Na região Sul, a queda foi de 1,56% em comparação ao dia anterior. A demanda verificada nesta região foi de 7.694 MW, ou seja, índice 8,11% acima da curva mensal de referência. E, finalmente, na região Norte, o consumo cresceu 1,16% em um dia, chegando a 2.603 MW. Em relação à curva-guia, o consumo foi 5,77% superior aos 2.461 MW médios previstos para o mês. (Canal Energia - 05.04.2002)

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2- Novo sistema de Centro de Controle Regional será instalado no próximo dia 8

O ONS anunciou nesta sexta-feira, dia 5 de abril, no Rio de Janeiro, a implantação, na próxima segunda-feira, dia 8, do novo sistema de supervisão do Centro de Controle Regional (COSR-NE), em Recife, que responde pela coordenação da operação de todo o Nordeste. Além do COSR-NE, os sistemas do tipo Energy Management Systems (SEM), fornecidos pela empresa Alstom, também estarão em operação nos Centros Regionais do Norte, em Brasília, e do Sul, em Florianópolis, completando a modernização dos centros regionais do ONS até o final do ano. Os presidentes do ONS, Mário Santos, e da Alstom, José Luiz Alqueres, participam da solenidade de instalação do novo sistema, que enumera, entre suas aplicações, o controle automático de geração, fluxo de potência, estimador de estado e análise de contingência da rede. (Agência Brasil - 08.04.2002)

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3- Racionamento fez procura pelo Procel crescer

O racionamento de eletricidade multiplicou por dez a procura pelo Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), da Eletrobrás. "Éramos messiânicos, pregadores à procura de pessoas e entidades para fazer nossa pregação", diz o secretário-executivo do Procel, Saulo Cisneiros. "Hoje, somos nós os procurados. Muito procurados." A economia imposta pelo governo entre maio de 2001 e fevereiro último mudou hábitos e acostumou a sociedade a não gastar energia à-toa. E o exemplo citado por Cisneiros é o acordo assinado entre Procel e Ambev, sétima maior fabricante de bebidas do mundo. Ano passado, no auge da crise, ela criou um programa para ensinar macetes de economia a bares e similares. O Procel deu, além do apoio técnico, credibilidade ao programa que conscientizou mais de 100 mil proprietários nas regiões mais ameaçadas de apagão (Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste). Marcelo Amarante, gerente de marketing da Ambev, diz que a empresa ensinou aos revendedores "a economizar energia mantendo as bebidas geladas". (Gazeta Mercantil - 08.04.2002)

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4- Antigas parcerias do Procel se fortaleceram com racionamento

O racionamento também fortaleceu parcerias com empresas que já trabalhavam com o Procel, como a montadora Daimler Chrysler. Antes do racionamento, ela já aplicava R$ 3,7 mi num "plano de racionalização do consumo" que implicava a modernização de caldeiras e compressores, a troca de telhas comuns por translúcidas e a adoção do gás. Segundo o supervisor de sistemas elétricos e telecomunicações, Jaime Marcandalli, o racionamento levou a montadora a recorrer ao Procel para conscientizar os empregados e, se possível, identificar outros desperdícios. Como o das cafeteiras elétricas sempre ligadas - até serem trocadas por garrafas térmicas. O resultado foi notável: Em vez dos 15% de economia impostos pelo governo, a Daimler Chrysler economizou 25%. E pretende se manter no patamar. (Gazeta Mercantil - 08.04.2002)

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5- Busca pelo Procel se diversifica

O Procel também tem sido procurado para orientar economia na iluminação pública ou de prédios públicos, e até fabricantes de lâmpadas saíram atrás dele, para ver se aprendia mais alguma coisa - e, principalmente, ganhar o selo conferido pelo Procel a empresas eficientes na arte de reduzir o consumo de eletricidade pelos seus produtos. O selo não é eterno: o produto enfrenta um teste todo ano. Os pedidos das fábricas para testes em lâmpadas quadruplicaram desde o início do racionamento. E o número de modelos premiados com o selo Procel passou de 100 para 200. A NKS, fabricante de lâmpadas fluorescentes, só tinha, antes, três modelos de lâmpadas selados pelo Procel. Hoje, dois meses depois do racionamento, tem 12 modelos aprovados. "O Procel ajudou muito o pequeno importador e o pequeno fabricante", diz o gerente técnico da NKS, Rubens Rosado. De fato, ao atestar sua qualidade o selo permite, ao pequeno, concorrer com os grandes de igual para igual. A certificação pelos selos Procel, de Economia ou de Desempenho, é facultativa. Mas não por muito tempo. O governo já aprovou lei para obrigar fábricas e importadoras de equipamentos gastadores a respeitar limites máximos de consumo e mínimos de eficiência. O Procel ajuda a definir esses níveis, assim como os laboratórios para os testes. O crescimento da procura aproximou o Procel dos dez estados mais industrializados, por obra das associações e confederações de classe. "O que se pretende é atingir ambiciosa meta de economia de consumo", diz Cisneiros. "Segundo especialistas, é possível reduzir 30% do consumo de energia no setor industrial, que absorve cerca de 40% da eletricidade oferecida no País." (Gazeta Mercantil - 08.04.2002)

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6- Redução de consumo na Coelce atinge 14,6% em março

Embora no mês de março tenha tido uma economia de energia considerada elevada, o consumo na área de concessão da Coelce já começa a dar sinais de aumento nos primeiros dias de abril. Entretanto, a distribuidora revela que a demanda de energia ainda é 10% inferior ao verificado em abril de 2001. "Ainda é cedo para dizer se haverá ou não uma permanência de redução no consumo, mas a nossa expectativa é de um pequeno crescimento na demanda de energia", esclarece José Nunes Almeida, diretor de Projetos Institucionais da Coelce. Segundo ele, no mês de março, a economia foi 14,6% inferior ao mesmo período de 2001. Em termos de energia, este índice significa 75 mil MWh. Para o executivo, a redução elevada é motivada, principalmente, pelos novos hábitos de consumo adquiridos pelos consumidores, formado basicamente por residenciais. "Algumas medidas de conservação de energia foram mantidas, como a troca de lâmpadas, por exemplo", explica. (Canal Energia - 05/04/2002)

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7- Coelce realiza pesquisa sobre hábitos de consumos pós-racionamento

A Coelce, do Ceará, está realizando uma pesquisa para conhecer os novos hábitos dos consumidores residenciais. Em campo há duas semanas, a idéia é ter uma avaliação mais completa sobre o comportamento de consumo e, consequentemente, como ficará a questão dos investimentos. No ano passado, o racionamento não afetou o resultado financeiro da empresa, que terminou o ano com um lucro líquido de R$ 115,5 mi. "Existe uma tendência de perda de receita, mas ainda não sabemos de quanto será", comenta José Nunes Almeida, diretor de Projetos Institucionais da Coelce. A previsão é de que o resultado da pesquisa saia no início de maio. (Canal Energia - 05/04/2002)

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empresas

1- Eletrobrás captará US$ 150 mi

A Eletrobrás vai emitir US$ 150 mi por meio de bônus no mercado externo com prazo de dois anos, sem cobertura de risco político. A informação foi dada por fontes próximas as negociações, mas não foi confirmada pela empresa. Segundo a fonte, os recursos servirão para a rolagem de uma dívida externa da Eletrobrás. A expectativa é de que a emissão seja fechada ainda nesta semana. A empresa já havia anunciado que faria uma captação externa este ano, mas não tinha dado perspectiva de quando faria. Os analistas dizem que ainda muitas empresas vão aproveitar o primeiro semestre para rolar suas dívidas como uma forma de se prevenirem de um aumento do risco político no segundo semestre. Além do mais, os analistas de mercado dizem que a demanda por títulos brasileiros está bastante aquecida e a "janela de oportunidades" que abriu há algumas semanas não dá nem sinais de que vá se fechar. A boa demanda e a queda do risco Brasil têm feito com que o custo de captação para as empresas caia e muitas empresas e também bancos estão aproveitando o momento. (Gazeta Mercantil - 08.04.2002)

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2- Diretor de Engenharia assume presidência interina de Furnas

O diretor de Engenharia, Planejamento e Construção de Furnas, Dimas Fabiano de Toledo, assume dia 5 de abril, a presidência interina da estatal, no lugar de Luis Carlos Santos, que deixa o cargo para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições de outubro. A previsão é que Toledo permaneça no comando de Furnas até o final deste mês, quando o governo federal deverá definir o nome que assumirá a presidência em definitivo. O prazo para desicompatibilização de cargos públicos em empresas estatais e governos, em função das eleições, terminou no dia 5. (Canal Energia - 05/04/2002)

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3- Faraco assume Celesc e quer rever investimentos

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina, José Fernando Xavier Faraco, assumiu sexta-feira a presidência das Celesc. ´Vamos rever as prioridades de investimentos em obras e cortar custos internos para adequar as despesas às receitas´, disse. A intenção, explicou, é garantir superávit suficiente para pagar dívidas. Segundo o balanço do ano passado, as dívidas da empresa somam R$ 200,7 mi - R$ 151,4 mi de longo prazo e R$ 49,3 mi de curto. Com a revisão das despesas, Faraco, que chegou ao cargo indicado pelo governador Esperidião Amin, também quer melhorar os balanços da companhia. Segundo técnicos da empresa, mesmo com o lucro do ano passado, a empresa não tem dinheiro em caixa. Faraco deve deixar de lado projetos sem garantias de conclusão. O principal deles é a federalização da dívida de R$ 652 mi que o governo do estado tem com a distribuidora. O pedido para que a União pague o débito para a estatal e inclua o valor na dívida que Santa Catarina tem com o governo federal está em análise no Ministério da Fazenda desde meados do ano passado. A Celesc aposta na sua recuperação com a venda de participações acionárias na Hidrelétrica Dona Francisca (23%), e na Companhia de Água e Saneamento de Santa Catarina (Casan). Segundo Faraco, os papéis da usina devem mesmo ser vendidos. Os 19,3% de ações da Casan, porém, continuarão com a Celesc. (Gazeta Mercantil - 08.04.2002)

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4- Redução da demanda pode afetar elétricas

As seqüelas do racionamento de energia do ano passado são o fator de maior impacto nos resultados das empresas do setor neste ano e, por conta disso, no desempenho das ações nas bolsas de valores. O ONS estima uma queda de 7% no nível de consumo, mas os últimos dados têm mostrado uma redução mais acentuada. Na comparação entre março de 2002 e março de 2001, a queda é de 13,3% no consumo de energia elétrica nas regiões Sudeste/Nordeste; de 15,5% para a região Nordeste e de 3,4% para o Sul. Marcos Brandão, analista da Corretora Fator Doria, pondera que o consumidor residencial não deve mostrar recuperação no nível de gastos, porque aprendeu a não desperdiçar energia. O consumidor industrial pode mostrar algum crescimento, mas essa variável depende da economia. Em 2001, o PIB teve um crescimento de 1,5%, segundo o IBGE. Para 2002, os economistas estimam algo em torno de 2,5%. Os dois grandes problemas do setor no ano passado, o racionamento e a alta do dólar, por hora, estão aparentemente descartados neste ano. A volatilidade do câmbio foi muito menor neste primeiro trimestre do que no mesmo período de 2001, e deve continuar assim, de acordo com as projeções. (Gazeta Mercantil - 08.04.2002)

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5- Racionamento não impede setor de registrar lucros

Em pleno ano de racionamento, a maioria das empresas do setor elétrico apresentou lucros expressivos em seus balanços. Entretanto alguns analistas alertam que esses resultados não devem ser usados como uma boa base para projetar o desempenho futuro das companhias, porque não refletem seus resultados operacionais. "Os resultados operacionais de 2001 vieram muito mascarados pelos financeiros. Só será possível ter uma idéia do desempenho das empresas no segundo trimestre do ano, quando os resultados operacionais deverão começar a aparecer", avalia a analista do Banco Brascan, Aline Cardoso. A analista acredita que em 2002, os níveis de consumo de energia deverão aumentar e poderão chegar aos patamares de 2000, melhorando a receita das empresas. Para Aline, o segundo trimestre será importante, pois confirmará a tendência do consumo de energia. A mesma opinião tem o analista do UBS Warburg, Marcos Gatass. Para ele, o desempenho das empresas do setor elétrico em 2002 é uma incógnita até que se confirme em quanto tempo os níveis de consumo voltarão aos patamares de 2000. Em 2001, o consumo de energia foi 12% inferior ao do ano anterior. Além disso, as empresas projetam um crescimento da demanda de energia elétrica de cerca de 4% ao ano. A razão do resultado positivo de todas as empresas foi o acordo de recomposição das perdas do setor elétrico com o racionamento entre distribuidoras, geradoras e o governo, no fim do ano passado. Pelo acordo, o BNDES faria um empréstimo às distribuidoras no valor das perdas para resolver o problema de caixa das empresas, que pagariam o financiamento com um aumento extraordinário concedido pelo governo para ser aplicado durante três anos. (Jornal do Commercio - 08.04.2002)

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6- Celg fecha 2001 com prejuízo de R$ 188,765 mi

A Celg fechou o ano de 2001 com prejuízo líquido de R$ 188,765 mi. Em 2000, a perda havia sido de R$ 65,583 mi. O resultado negativo, segundo a Celg, foi influenciado, principalmente, pelo racionamento de energia elétrica, pela variação nas taxas de câmbio e pela volatilidade das taxas de juros. O prejuízo por lote de mil ações foi de R$ 5,68, maior que a perda de R$ 1,97 verificada em 2000. As despesas financeiras líquidas somaram R$ 171,758 mil, um aumento de 14,60% em relação ao ano anterior. Isso ocorreu devido, principalmente, à volatilidade das taxas de juros, à variação cambial que atualiza a dívida em moeda estrangeira e às despesas extraordinárias decorrentes do racionamento. Ao final de 2001, a empresa tinha um endividamento total de R$ 1,482 bilhão, que correspondia a 75,26% do ativo total. O volume de energia comprada também cresceu, somando R$ 182,5 mi em 2001. Desse valor, R$ 125,5 milhões foram provisionados ao MAE, em decorrência da desvalorização cambial que afetou as despesas com a compra de energia de Itaipu, cuja tarifa é estabelecida em dólar. Além disso, houve reajuste de tarifa por parte das demais supridoras, incluindo Furnas e Centrais Elétricas de Cachoeira Dourada, que em setembro de 2001, obtiveram acréscimos de 13,34% e 10,56%, respectivamente, informou a Celg. (Notícias Populares - 08.04.2002)

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7- Impsa fornecerá equipamentos para hidrelétrica Pai Joaquim

A Cemig e a Indústrias Matalúrgicas Pescarmona (Impsa) assinaram contrato para a construção da hidrelétrica Pai Joaquim, localizada no estado de Minas Gerais. Neste convênio, a Impsa será responsável pelo fornecimento de equipamentos ao Consórcio Energético Mineiro, empreendedor do projeto. Com investimentos totais de R$ 37 mi, a usina terá capacidade instalada de 23 MW, com prazo de construção de 21 meses. Além deste projeto, a Impsa deverá fechar mais dois contratos de fornecimento de equipamentos para hidrelétricas no país. (Canal Energia - 08.04.2002)

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8- Emprego no setor elétrico caiu 30,57%

Levantamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) revela que o pessoal do setor de material elétrico foi o mais prejudicado no primeiro bimestre de 2002, se comparado com o mesmo período em 2001. O emprego sofreu uma queda de 30,57% e a massa salarial, de 44,03%. (Jornal do Commercio - 08.04.2002)

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financiamento

1- Petróleo e dólar deixam definição dos juros básicos da economia em compasso de espera

Os economistas e os investidores no mercado financeiro vão passar a semana revendo as projeções para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). O Copom vai se reunir nos dias 16 e 17 para definir os juros básicos da economia, que estão em 18,5% ao ano. Dois importantes itens analisados pelos diretores do BC para determinar a taxa de juros mudaram de trajetória na semana passada e levaram à revisão de algumas projeções. O valor do barril de petróleo, que chegou a subir 7% desde o início do mês e voltou aos patamares de março, na sexta-feira. E a expectativa do ingresso de mais dólares no mercado financeiro fez o preço da moeda norte-americana despencar 2% na semana, 1% só na sexta-feira, e ficar em R$ 2,279, na venda, a menor cotação desde 10 de maio de 2001. A alta do petróleo desfavorece o corte nos juros, mas pode ser neutralizada pela queda do dólar. A expectativa do mercado era de que os juros poderiam cair até 0,25 ponto percentual, para 18,25% ao ano. Mas a alta do petróleo vai aumentar entre 7% e 8% o preço da gasolina. O reflexo será de 0,5 ponto percentual para a inflação. A meta para este ano é de 3,5% com a variação de dois pontos percentuais. As projeções já rondavam entre 4% e 4,5% ao ano e agora podem chegar a 5%, diminuindo as chances de novos cortes nos juros. Por outro lado, a queda no preço do dólar diminui o "pass through" (repasse do custo dos produtos importados) para a inflação e equilibra a situação. (Gazeta Mercantil - 08.04.2002)

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2- BC começa rolagem de títulos cambiais que vencem no dia 18

O BC vai começar hoje a rolagem de R$ 4,6 bi de títulos cambiais que vencem no dia 18. Será feito mais um leilão de conjugado de swap cambial, contrato que garante ao investidor a variação da taxa de câmbio, e títulos pós-fixados (LFT - Letras Financeiras do Tesouro). Serão ofertados até 15 mil contratos de swap com vencimento em 21 de janeiro de 2004. E mais 900 mil LFT com mesmo vencimento. Os investidores interessados no swap cambial têm, necessariamente, que adquirir os títulos pós-fixados. Amanhã, o Tesouro Nacional vai ofertar, no leilão tradicional das terças-feiras, R$ 3 bilhões de títulos prefixados (LTN - Letras do Tesouro Nacional, rentabilidade definida na venda). Será R$ 1,5 bi de LTN com resgate em 4 de dezembro de 2002, e outro R$ 1,5 bilhão de LTN com resgate em abril de 2003. O Tesouro vai emitir R$ 2 bi de prefixados, que vencem em dezembro para a carteira do BC. (Gazeta Mercantil - 08.04.2002)

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3- Dólar comercial inicia pregão com alta de 0,52%, a R$ 2,2900 na venda

O dólar comercial abriu o pregão do dia com alta de 0,52% perante o fechamento de sexta-feira. A cotação de abertura foi de R$ 2,2800 para compra e R$ 2,2900 para venda. Na sexta, a expectativa de ingresso de dólares no mercado puxou para baixo as cotações da moeda americana. O dólar comercial encerrou o pregão com 1,04% de depreciação, a R$ 2,2760 na compra e a R$ 2,2780, a menor cotação desde 10 de maio de 2001. (Valor Online - 08.04.2002)

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gás e termoelétricas

1- Congresso pode impedir contratação de térmicas

A população começou a pagar no mês passado por um programa emergencial de prevenção contra apagões que ainda está só no papel. O governo alugou 58 usinas térmicas móveis emergenciais, num plano que custará R$ 6,7 bi sem gerar um único quilowatt-hora. Se as unidades forem acionadas, a fatura pode chegar a R$ 16 bi, segundo especialistas da USP. O contrato é polêmico devido aos valores envolvidos, mas o problema é ainda mais grave: 28 usinas estão atrasadas por falta de licença ambiental e não poderão entrar em operação no prazo previsto - 1° de julho. Lideranças de diversos partidos se mobilizam para derrubar a Medida Provisória que autoriza a contratação das usinas e o tarifaço que vai financiar o socorro bilionário às distribuidoras de energia, que tiveram perdas com o racionamento. A votação está marcada para amanhã. Se derrubar a MP, no entanto, a oposição terá que apresentar uma alternativa em 60 dias, pois a quebra dos contratos - sob investigação do Ministério Público Federal - renderia uma multa de R$ 5,3 bi. (Jornal do Brasil - 08.04.2002)

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2- Empresários ameaçam desistir do gás natural

O uso do gás natural em Santa Catarina completou dois anos ontem. O aniversário, no entanto, não foi comemorado. O combustível, que prometia ser um grande negócio, ficou caro e muitas empresas já pensam em desistir. As indústrias que aderiram ao projeto reclamam do alto preço e ameaçam suspender o negócio caso o governo federal não interceda. Os empresários dizem que estão sendo prejudicados pelo fato de as empresas das regiões Sudeste e Nordeste do país pagarem até 55% a menos no combustível. Isto acontece porque elas utilizam o gás nacional, que pela distância menor possui frete mais barato e preço final mais acessível. O vice-governador e presidente do Grupo Executivo de Energia Santa Catarina, Paulo Bauer, concorda que o problema existe. Ele explica que o governo já levou a questão ao conhecimento da União, através dos ministros da Fazenda, Pedro Malan, e Casa Civil, Pedro Parente. "Essa é uma das nossas principais brigas com o governo federal", afirma.Bauer acredita que se não for tomada uma atitude rápida para reduzir o preço, pode haver um retardamento nas ligações. "É preciso uma forte atuação política", destaca. (Diário Catarinense - 08.04.2002)

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3- Investimentos em gás natural não dão retorno para metalmecânicas

As indústrias metalmecânicas também estão insatisfeitas com os resultados econômicos gerados até agora pelo gás natural. Os investimentos para conversão do sistema ainda não deram retorno.A Fundição Tupy compra 40 mil metros cúbicos por dia. O diretor-técnico da empresa, Walmor Krause, explica que o gás natural substituiu a lenha e o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). Segundo ele, a qualidade do fornecimento é boa, mas o que deixa a desejar é o preço. "Quando assinamos o contrato, o gás natural era 35% mais barato que o GLP. Hoje, esta diferença está em apenas 10%", diz. A empresa gastou R$ 2 mi na conversão do sistema. O investimento vai demorar além do previsto para ser coberto. A Embraco também reclama do preço. A indústria consome 442 metros cúbicos por hora, o equivalente a 2% da energia consumida. O gestor de suporte industria, Valmor Hirsth, conta que a empresa investiu US$ 180 mil na instalação do sistema. "O custo aumentou e houve uma depreciação em relação às outras regiões do país", diz. (Diário Catarinense - 08.04.2002)

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4- SCGás afirma que gás natural trouxe vantagens para as indústrias

Apesar da gritaria geral dos empresários, a SCGás afirma que o gás natural só trouxe vantagens para as indústrias. O presidente da Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGás), empresa concessionária dos serviços públicos para a distribuição do gás natural, Luiz Gomes, garantiu que todas as empresas estão tendo lucro com o gás natural. "Com certeza foi um bom negócio para todas elas", garante. Ele explica que o gás reduziu entre 20% e 30% o consumo de energia nas indústrias. Segundo ele, o gás é o combustível mais barato que existe hoje no mercado. Tanto o GLP, quanto o óleo combustível perderam subsídio do governo federal e estão com tendência de alta nos preços. "Sem falar que o gás subiu menos que o dólar", afirma. O presidente da SCGás destaca que o maior problema está na diferença do preço para as outras regiões do país. Ele defende uma saída política para a solução do impasse. A SCGás conta atualmente com 60 clientes (a maioria indústrias cerâmicas e têxteis), que consomem 700 mil metros cúbicos por dia e garantem faturamento de R$ 12 milhões à concessionária. (Diário Catarinense - 08.04.2002)

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internacional

1- Rússia reinicia carregamento de combustível aos EUA após meses de negociações

A Rússia reiniciará o carregamento de combustível nuclear para uso nas usinas energéticas americanas neste mês, após meses de debatas em relação a preços, disse, segunda, o ministro de Energia Nuclear russo. Os carregamentos são parte do programa americano que objetiva manter materiais nucleares longe das mãos de terroristas. O programam parecia estar ameaçado depois do término dos contratos anteriores para o combustível, no final do ano passado. A companhia USEC Inc, indicada pelo governo dos EUA para comprar o combustível e revendê-lo às companhias utilitárias americanas, assim como para a russa Tenex, estavam em desavença em relação aos preços no novo contrato. Após o prolongamento das negociações, oficiais de ambos países alcançaram um acordo, em fevereiro. "Chegamos a um meio-termo, e como resultado, os fornecimentos reais começarão em abril", disse o ministro de energia nuclear da Rússia, Alexander Rumyantsev. Ele disse que a Rússia receberia cerca de US$ 500 mi anualmente, com o novo acordo. (New York Times - 08/04/2002)

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2- Mercado de energia eólica espera crescer 16% nos próximos cinco anos

O mercado de energia eólica mundial espera um crescimento de uma média de 16% nos próximos cinco anos, segundo a consultora independente dinamarquesa de energia eólica, BTM, disse, segunda, em pesquisa industrial anual. Embora ainda conte com menos de 1% do fornecimento da energia global, a eólica é vista como a fonte energética que mais cresce, enquanto países procuram meios de diminuir emissões de gases na atmosfera. "O volume das vendas no mercado internacional de energia eólica nos próximos cinco anos é estimado em US$ 37.8 bi", disse a BTM. Em 2001, instalações globais de energia eólica aumentaram 52% dos 6.8 MW, totalizando a capacidade de energia para 24.9 MW, ou 1 ½ a demanda elétrica da Dinamarca. A Europa Ocidental, que até então tem dirigido forças à indústria de energia eólica, estava diminuindo sua participação de capacidade total, nos próximos cinco anos, para 68% dos 72% originais. A unidade de energia eólica da Enron, Enron Wind, que foi vendida para a General Electric, dobrou sua participação no mercado para quase 13%. (New York Times - 08/04/2002)

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3- Começa batalha pela compra da Seeboard

Pelo menos 10 apostas serão submetidas à Seeboard, a distribuidora de energia que está sendo vendida pela American Electric Power, no que será uma das batalhas mais acirradas do ano. Fontes próximas à negociação disseram que a Electric de France, o grupo elétrico estatal francês, a Powergen, do Reino Unido, e a Scottish and Southern Energy, também baseada no Reino Unido, prepararam ofertas preliminares para a Seeboard. A fornecedora de energia americana, TXU Energy, também apresentará uma oferta, mas apenas para os negócios de fornecimento da Seeboard. A AEP, de Ohio, colocou a Seeboard à venda em fevereiro deste ano pela segunda vez. O grupo tentou vender a subsidiária ano passado, mas foi forçada a desistir da venda por causa das restrições impostas devido à fusão da AEP com a Central and South West Corp. A AEP espera atrair ofertas de US$ 2.15 bi. Analistas acreditam, no entanto, que esse preço é alto e que é mais provável que a AEP receba entre US$ 1.72 bi e US$ 2.01 bi pela subsidiária. (Financial Times - 06/04/2002)

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4- Ministério da Indústria francês informa aumento de 5.3% nas importações de gás

O Ministério da Indústria da França afirmou que as importações de gás para o país aumentaram 5.3%, resultando em 44.1 bi m cúbicos no período de doze meses que terminou em fevereiro deste ano, comparado ao mesmo período de 2001. Nas últimas estatísticas de gás, o Ministério informou que 30% vieram do Mar do Norte (cujas exportações para a França aumentaram 10.1% no período de um ano que terminou em fevereiro de 2001), 24% da Algéria (aumento de 2.3%), 24.4% da Rússia (decréscimo de 14.4%) e 12% da Holanda (aumento de 8.6%). A produção de gás na França caiu 3.9%, resultando em 1.64 bi m cúbicos nos doze meses que terminaram em fevereiro, comparada ao período que terminou nesse mesmo mês do ano 2000, segundo o Ministério. (Platts - 08/04/2002)

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5- Origin Energy desenvolverá estação de energia a gás em Townsville, Austrália.

A companhia australiana de gás e eletricidade, Origin Energy, foi listada pelo governo de Queensland para desenvolver uma estação de energia a gás na cidade de Townsville, de acordo com a companhia. Caso seja bem-sucedida em sua última oferta, a subsidiária da Origin, a Oil Company of Austrália, fornecerá gás à estação energética de suas reservas de jazidas de carvão, em Queensland. A competição por consumidores de gás no estado australiano esquentou nos anos recentes, com a devoção do projeto de oleoduto de gás da Papua Nova Guine para Queensland, em busca de consumidores finais. O projeto, de US$ 3.5 bi, liderado pela gigante americana Exxon Mobil, assinou, no mês passado, um contrato de 3.54 mi m cúbicos/dia com seu primeiro consumidor australiano. O contrato terá início em meados de 2006. "O projeto da estação energética de Townsville é uma oportunidade que servirá de base ao rápido crescimento do desenvolvimento de recursos de gás local", disse o diretor da OCA, John Piper. A OCA investiu quase US$ 64 mi na compra dos lucros da CSG em Queensland e planeja gastar mais de US$ 200 mi desenvolvendo suas reservas nos próximos cinco anos. (Platts - 08/04/2002)

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6- Distribuidora da Enersis investirá US$ 7.5 mi em melhoria de serviços e ampliação das redes

Alejandro Gómez, gerente geral da Río Maipo, distribuidora controlada pela Enersis, disse que a companhia investirá cerca de US$ 7.5 mi em 2002. O investimento estará destinado à melhoria do serviço, à ampliação das redes e para aperfeiçoar o sistema de informática e técnico-comercial da empresa. Quanto ao crescimento que espera que a distribuidora tenha neste ano, Gómez indicou que deveria ser similar ao registrado em 2001, quando percebeu um aumento de 6% na demanda elétrica. "O crescimento foi influenciado pelo aumento do setor residencial, pelo fato de nossa zona de concessão ser, basicamente, a área de Santiago. Estamos falando de San Bernardo, Puente Alto, La Pitanga, lugares de alta densidade", disse o Gómez. Por outro lado, ele assinalou que a distribuidora espera aumentar suas utilidades durante este ano e aumentar os US$ 9 mi que registrou no exercício passado. (Estrategia - 08/04/2002)

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7- AESP do Chile é a favor do pagamento de indenizações por corte de energia elétrica

O gerente geral da Associação de Empresas de Serviço Público (AESP), do Chile, Rafael Salas, disse que o grupo é a favor do pagamento de indenizações em caso de cortes de energia elétrica. A AESP rejeitou de maneira categórica que as companhias do setor devam assumir responsabilidades, caso ocorram situações similares à ocorrida em 19 de fevereiro passado, quando duas centrais de ciclo combinado deixaram de operar e o risco de desabastecimento no Sistema Interconectado Central (SIC) tornou a cobrar vigência. "A associação é partidária das compensações injustificadas para ou no caso de não se respeitar a qualidade do serviço. Mas estamos em desacordo com as compensações que vão contra o direito comum", afirmou o executivo. "Neste sentido, a produção de cortes elétricos como causa da falta de fornecimento de gás natural proveniente da Argentina, seriam da responsabilidade de terceiros, e que o Chile deveria assimilar-se a eventos de força maior, liberando as elétricas do pagamento de compensações", acrescentou Salas. Sem demora, indicou que deve-se avaliar uma série de circunstâncias para determinar se um evento dessa magnitude exime as companhias. (Estrategia - 08/04/2002)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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