Nuca
             www.eletrobras.gov.br/provedor
          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 849 - 03 de abril de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
Imprimir


índice

 

regulação

1- Francisco Gomide é anunciado para área de energia

O presidente Fernando Henrique Cardoso anunciou ontem seu novo ministério. Os nomes que tomam posse hoje eram, em sua maioria, conhecidos desde o final da semana passada. A maior surpresa foi a indicação de Francisco Gomide para a estratégica área de energia. O nome de Gomide, egresso da Escelsa, sequer havia sido cogitado. Gomide colaborava com o Comitê de Revitalização do setor da Câmara de Gestão de Energia Elétrica. Ele presidiu ainda empresas como Itaipu - foi o antecessor de Euclides Scalco - Copel e Enersul. Apesar do perfil técnico, acabou escolhido também por motivos políticos. O mais cotado para a vaga era o secretário-executivo Luiz Gonzaga Perazzo, ligado ao PFL. Segundo Parente, o presidente Fernando Henrique Cardoso queria que Perazzo ficasse, mas cedeu a "questões político-partidárias". O assunto foi discutido por FHC com o presidente nacional do PFL, senador licenciado Jorge Bornhausen (SC). Na conversa, Bornhausen vetou Perazzo. Parente disse que Gomide é filiado ao PMDB, mas não é militante. (Gazeta Mercantil - 03.04.2002)

Índice


2- MP do setor elétrico pode ser votada hoje

O governo reforçou a sua investida para aprovar nesta semana o projeto de conversão da Medida Provisória n 14, que define o Acordo Geral do Setor Elétrico. Além de estar obstruindo a pauta de votação na Câmara dos Deputados, a MP perderá a validade até junho, o que obrigará o Congresso a editar um decreto legislativo, segundo explicações da Advocacia Geral da União. Ontem à noite, o relator da matéria, deputado José Carlos Aleluia ainda tentava fechar um acordo para a proposta ser votada na sessão de hoje. O acerto com os líderes da base governista colocou à disposição dos parlamentares uma equipe de técnicos do Executivo para esclarecer as dúvidas e com orientação para não deixar sem resposta qualquer solicitação do Legislativo. O que mais está incomodando o governo, além do atraso na votação, é a guerra de cifras que começou a circular no Congresso, com disparos dos oposicionistas, em relação aos gastos com a contratação de energia emergencial que serão repassados aos consumidores. O presidente da CBEE, Mário Miranda, um dos integrantes da equipe à disposição do Congresso, alertou que caso o Congresso derrube a MP, o Tesouro Nacional - o contribuinte - poderá arcar com um prejuízo de R$ 5,3 bi, relativos às multas estabelecidas nos contratos das 58 usinas emergenciais. (Gazeta Mercantil - 03.04.2002)

Índice


3- MP pode frear US$ 3 bi de investimentos na geração de energia de fontes alternativas

A votação, prevista para hoje, da medida provisória 14, que regula o uso de energia alternativa, pode frear um total de US$ 3 bi de investimentos na geração de energia elétrica proveniente de fontes alternativas (eólica, biomassa e PCH). A previsão é de Hernán Saavedra, diretor da Enerbrasil (Iberdrola). Ele fez esses cálculos com base nos investimentos da empresa em que trabalha e nos de outras interessadas em implantar parques eólicos no país, principalmente no Nordeste. O problema é que a definição dada pelo relator José Carlos Aleluia (PFL-BA) ao conceito de produtor independente autônomo exclui as empresas que tenham vinculação acionária com geradoras, distribuidoras ou transmissoras de eletricidade. (Folha de São Paulo - 03.04.2002)

Índice


4- Governo negocia projetos emergenciais mais baratos

O governo está negociando com as empresas contratadas para o programa emergencial de energia a conversão da utilização do óleo diesel e combustível para o gás natural. O presidente da CBEE, Mário Miranda, explicou que, no mínimo seis usinas, poderão trocar o tipo de combustível para geração de energia, caso haja excedente do gás natural pela Petrobras. Na prática, a energia emergencial gerada será vendida ao governo quase pela metade do preço, trazendo uma desembolso menor por parte dos consumidores na hora de pagar a conta de luz. Miranda explicou que, em julho do ano passado, quando o governo estava fechando os termos do programa, a Petrobras foi consultada sobre a possibilidade de garantir o gás natural. "Mas tivemos a resposta de que todo o gás está contratado para as termelétricas", disse Miranda, referindo-se ao Programa Prioritário de Termeletricidade, lançado em fevereiro de 2000. Segundo Miranda, ficou constatado posteriormente, que algumas empresas poderiam utilizar um excedente de gás natural, fazendo a conversão. Enquanto a energia gerada por óleo é cobrada a R$ 320,00/MWh, o preço do produto provindo o gás natural cai para R$ 180,00/MWh. Amanhã, a primeira usina será convertida. Haverá uma ampliação da usina de William Arjona em 70 MW gerados a gás natural. O empreendimento tem potência instada atualmente de 120 MW. (Gazeta Mercantil - 02.04.2002)


Índice


5- Cemig e Aneel divergem sobre reajuste

A Aneel informou nessa terça-feira que o reajuste na tarifa de luz solicitado pela Cemig foi de 15,89%, e não entre 10% e 11% conforme informou na segunda-feira o diretor de Finanças da estatal, Cristiano Corrêa de Barros. O diretor, via assessoria de imprensa, reafirmou o que disse e informou, ainda, que "gostaria de ter acesso à planilha na qual a Aneel está se embasando para conceder o aumento". O reajuste deve ser anunciado oficialmente nesta sexta-feira e vale a partir da próxima segunda. Em meio às divergências entre Aneel e Cemig, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), juntamente com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro-MG), divulgou relatório, chamado "(Des)balanço social" da Cemig, que aponta a tarifa de energia elétrica residencial praticada pela companhia como uma das mais caras do país. Segundo dados apurados pelo Dieese junto à Aneel e à própria Cemig, a estatal cobra US$ 110,35 o MWh, enquanto a média praticada no país para o segmento é de US$ 81,46. A Light, que opera no Rio de Janeiro, cobra US$ 85,70 e a Copel cobra US$ 48 (impostos não incluídos). Na comparação com a taxa verificada em outros países, o preço praticado pela Cemig é maior que o da Noruega, Canadá, Inglaterra, México e Argentina. (O Tempo - 03.04.2002)

Índice


6- Polêmica sobre setor de geração vai a plenário esta semana

Os deputados devem votar esta semana o veto do governador Esperidião Amin (PPB) à emenda do deputado João Henrique Blasi (PMDB) ao projeto da Celesc. O texto, na avaliação do assessor do governo, Sérgio Sachetti, inibe a adesão de investidores à subsidiária Celesc Geração. O deputado João Henrique Blasi apresentou duas emendas à lei de dezembro do ano passado, que estabeleceu novo modelo à Celesc, com a divisão em três empresas: Celesc SA (holding responsável pela distribuição), Celesc Geração e Celesc Telecom. A mais polêmica, o governador não vetou e manteve na lei. Ela impede que o Estado perca o controle acionário da Celesc Geração, considerada pela oposição como "estratégica" para Santa Catarina. Os investidores podem comprar ações da Celesc Geração, mas o governo estadual vai manter o comando. A outra emenda prejudica a estatal de geração, para Sérgio Sachetti. Ele entende que, se a emenda de Blasi for mantida, ou seja, se a oposição derrubar o veto do governador, poucos vão querer investir na Celesc Geração. O texto limita a participação de terceiros ao aumento de capital da subsidiária. "Os consórcios em usinas vão ficar complicados", explicou. "Este texto tem que cair", disse o líder do Governo na Assembléia, Joares Ponticelli (PPB). (Jornal de Santa Catarina - 03/04/2002)


Índice


7- Aneel aprova projeto básico de PCH Salto do Lobo, no estado do Paraná

No dia 1º de outubro deste ano entrará em operação o primeiro gerador da pequena central hidrelétrica (PCH) de Salto do Lobo. Até meados do mesmo mês, a unidade geradora estará funcionando plenamente. Isto porque a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou o projeto básico da usina, apresentado pela Engep Engenharia e Pavimentação. Situada no rio Pardo, na bacia hidrográfica do rio Paraná, localizada nos municípios paranaenses de Botucatu e Itatinga, a central tem potência instalada de instalada de 1,6 MW. Além disso, a agência reguladora aprovou também o projeto básico, apresentado pela Cenf (Companhia de Eletricidade de Nova Friburgo), para passagem da linha de transmissão denominada subestação Uhe Xavier-Sumidouro, em 69 kV, circuito simples. Localizada no estado do Rio de Janeiro, a linha terá 22,1 quilômetros de extensão e deverá ser concluída até o dia 31 de julho deste ano. (Canal Energia - 02.04.2002)

Índice


8- Consumidor terá de pagar "seguro apagão" mesmo se MP for rejeitada

O consumidor terá que pagar pelo seguro apagão mesmo que o Congresso rejeite a medida provisória que institui a cobrança. Segundo o presidente da CBEE, Mário Miranda, a rescisão dos contratos com os produtores independentes, caso a MP não seja aprovada, custaria à CBEE uma multa de R$ 5,3 bi. "E atrás da CBEE está o Tesouro Nacional e o contribuinte'', disse Miranda. O valor foi calculado com base em um câmbio de R$ 2,71, o mesmo utilizado para contabilizar os contratos feitos em janeiro deste ano, que somariam R$ 6,7 bi. O seguro apagão, de R$ 0,0049 por Kw/hora, foi instituído pelo governo para custear as usinas emergenciais contratadas pela CBEE e começou a ser cobrado em março. A MP do setor elétrico está em tramitação na Câmara dos Deputados. (Folha Online - 03.04.2002)

Índice

 

risco e racionamento

1- Consumo de energia sobe 30,22% em apenas um dia na região Sul

A curva de consumo em todas os submercados do país iniciam o mês de abril acima da curva de referência prevista pelo ONS. Em algumas regiões, o consumo chegou a 6% acima da curva-guia prevista para o mês. É o caso da região Nordeste. Ontem, dia 1º de abril, a demanda na região foi 6,19% superior à curva de referência, estabelecida em 5.877 MW médios. Assim, o consumo verificado no subsistema foi de 5.513 MW, um aumento de 14,71% em comparação com o dia anterior. O submercado Norte também teve um dos maiores desvios de curva de consumo na última segunda-feira. O consumo nesta região ficou 5,48% acima da curva de referência, prevista em 2.461 MW médios. Na última segunda-feira, a demanda atingiu 2.596 MW, o que representa um crescimento de 7,36% em um dia. Já as curvas de consumo de energia nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul ficaram pouco acima de suas cargas de referência. No Sudeste/Centro-Oeste, por exemplo, o consumo foi 2,48% superior à curva de referência, estabelecida em 26.440 MW médios. Assim, a demanda registrada nesta região chegou a 25.785 MW, um aumento de 24,2% em comparação com o dia anterior. No submercado Sul, a curva ficou 2,44% acima da prevista para o mês, que é de 7.117 MW médios. A demanda nesta região foi de 7.291 MW, um crescimento de 30,22% em um dia, o que representa o maior aumento no consumo de energia em comparação aos outros submercados do país. (Canal Energia - 02.04.2002)

Índice


2- Volume de armazenamento no Nordeste atinge 63,98% no início de abril

Números do ONS, relativos ao dia 1º de abril, indicam que os reservatórios na região Nordeste estão próximos dos 64% de armazenamento. Os níveis dos reservatórios neste subsistema subiram 0,35% em comparação com o dia anterior. Atualmente, a capacidade de armazenamento já chega a 63,98%, ficando 14,05% acima da curva-guia superior prevista para o mês. Na usina de Sobradinho, o índice é de 60,68%.(Canal Energia - 02.04.2002)

Índice


3- Níveis dos reservatórios no Norte apresentam queda

O boletim da ONS aponta queda nos níveis dos reservatórios no Norte. Nesta região, o volume de armazenamento teve uma pequena queda de 0,07% em um dia. Assim, os reservatórios atingem 110,73%. Na hidrelétrica de Tucuruí, o índice é de 109,2%. (Canal Energia - 02.04.2002)

Índice


4- Capacidade de armazenamento cresce apenas 0,2% Região Sudeste/Centro-Oeste

A capacidade de armazenamento da Região Sudeste/Centro-Oeste cresceu apenas 0,2% em comparação com o dia anterior. Hoje, os níveis estão em 70,28%, ou seja, 18,25% acima da curva de segurança prevista para o mês. Nas usinas de Emborcação e Itumbiara, o índice é de 57,29% e 85,16%, respectivamente. (Canal Energia - 02.04.2002)

Índice


5- Níveis dos reservatórios na Região Sul continuam em queda

Os níveis dos reservatórios na Região Sul continuam em queda. Ontem, o volume de armazenamento caiu 0,18%, chegando a 75,76%. Na hidrelétrica de G.B. Munhoz, o nível é de 79,7%. (Canal Energia - 02.04.2002)


Índice


6- Seguro anti-racionamento fica mais barato

O custo do seguro anti-racionamento, cobrado dos consumidores de energia desde março, deve cair em maio. A redução valeria a partir de junho. Hoje, os consumidores pagam R$ 0,0049 por kWh consumido no mês para que 58 usinas termelétricas com capacidade de gerar 2.153,6 MW entrem em funcionamento se houver risco de faltar energia. De acordo com Mário Miranda, presidente da CBEE, há tendência de queda no custo do seguro anti-racionamento porque ele foi calculado tendo como referência o dólar cotado a R$ 2,71. Com a valorização do real em relação ao dólar ocorrida neste ano, deverá haver redução do custo para os consumidores. Isso acontece porque cerca de 80% do custo das empresas que vão gerar essa energia é em dólar. Outro fator que poderá levar à redução do custo do seguro anti-racionamento é a forma como ele foi rateado entre os consumidores. Segundo Miranda, a Aneel usou números de 2000, que eram os únicos disponíveis. Em maio, os números poderão estar atualizados. Quanto mais consumidores entram na conta, menor o custo para cada consumidor. O custo para o consumidor também diminui caso as usinas emergenciais substituam o óleo combustível pelo gás natural na geração. (Folha de São Paulo - 03.04.2002)

Índice


7- Racionamento faz aumentar queixas contra empresas de energia

O racionamento de energia elétrica e as metas estipuladas pelo governo para economia no consumo causaram o aumento de reclamações contra empresas deste setor no ano passado, segundo a diretora-executiva da Fundação Procon-SP, Maria Inês Fornazaro. A Eletropaulo ficou em terceiro lugar no ranking de reclamações registrado pelo Procon-SP em 2001, com 560 queixas no ano passado. Em 2001, a companhia havia ficado em sexto lugar, com 255 reclamações. A diretora-executiva do Procon-SP explica que a maior parte das reclamações estava relacionada com a questão do cumprimento das metas de consumo e corte de energia no caso de não cumprimento das regras. Além disso, também provocou consultas o reajuste de tarifas, que passou a levar em conta não só o total de energia utilizada, mas também a renda e tamanho da residência. (Folha Online - 03.04.2002)


Índice


8- Cemig religa 90% da iluminação pública da região metropolitana de Belo Horizonte

A Cemig concluiu nesta segunda-feira, dia 1º de abril, a religação de 90% dos pontos de iluminação pública da região metropolitana de Belo Horizonte, desligados em virtude do racionamento. De um total 360 mil lâmpadas, 110 mil haviam sido desligadas. Até agora, 96 mil já foram religadas. Na capital mineira, já foram normalizados 97% dos pontos. A previsão é de que, até o final desta semana, todos os pontos de iluminação da região metropolitana estejam normalizados. Na área total de concessão da Cemig, 90% dos pontos já foram religados, o que corresponde a cerca de 394 mil lâmpadas, de um total de 500 mil. As regiões Oeste e Triângulo já fizeram a religação de toda a iluminação pública. A religação dos pontos de iluminação pública depende de um acordo entre a Cemig e as prefeituras dos 774 municípios atendidos pela empresa, pois é necessário um mapeamento das ruas, além da autorização para executar o processo. (Canal Energia - 02.04.2002)

Índice


9- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

Índice


 

empresas

1- Furnas tem lucro recorde de R$ 831 mi

Num dos anos mais conturbados dos seus 45 anos de vida, Furnas Centrais Elétricas conseguiu o melhor resultado de sua história em 2001, contabilizando vendas líquidas de R$ 9,25 bi - aumento de 51,5% sobre 2000 - e lucro de R$ 830,7 mi, com acréscimo de 53,8% no período. O lucro só não chegou à casa do R$ 1 bi porque a empresa adotou posição conservadora e não contabilizou as operações conduzidas no MAE, que aumentariam em mais R$ 170 mi o lucro líquido final, pelas contas do superintendente de contabilidade da empresa, Paulo R. Queiroz Albuquerque. "Algumas distribuidoras de energia estão questionando os números do MAE e optamos por não registrar a operação como lucro", observou. Além do baixo custo de geração, de R$ 12,22 por MWh na média das suas dez hidrelétricas (com capacidade 9.290 MW), a empresa foi beneficiada por distribuir a energia de Itaipu, cotada em dólar. "Além disso, Itaipu estava numa região livre da escassez de energia e gerou até excedente", explica o analista da Tendências Consultoria, Armando Franco. Outro fator importante no resultado foi que a empresa passou a distribuir a energia das usinas de Angra I e II. As duas térmicas nucleares operaram a plena carga em 2001 e parte dessa energia foi vendida no mercado spot (MAE), gerando bons resultados para Furnas. Além disso, houve o acordo firmado entre o governo e o setor elétrico no fim do ano passado para recompor as perdas do racionamento. Ficou definido na ocasião que o BNDES financiaria aproximadamente R$ 2 bi para equilibrar as contas das geradoras. (O Estado de São Paulo - 03.04.2002)

Índice


2- Bons resultados injetaram ânimo em Furnas

Os bons resultados de Furnas em 2001 e a autorização para investir R$ 1,6 bi em 2002, com aumento de 140% sobre os R$ 664 mi de 2000, injetaram ânimo na empresa que vinha tendo os seus planos "congelados" pelo governo nos últimos anos. Cerca de 80% dos investimentos serão em linhas de transmissão e reformas de substações e 20% nas atividades de geração, especialmente a transformação das usinas térmicas da empresa no Rio de Janeiro (Santa Cruz, Campos) de óleo diesel para óleo combustível. A maior parte dos investimentos será com recursos próprios, mas Albuquerque estima que uma parcela será de terceiros. Com patrimônio líquido de R$ 10,26 bi, Furnas tem um dos menores endividamentos do setor, com dívidas de R$ 1,13 bi, o que dá uma relação de 11%. "Se fosse uma empresa privada, certamente esse endividamento seria maior", diz Albuquerque, que considera a empresa "pronta" para ser privatizada. "A companhia tem experiência e fôlego financeiro para realizar grandes investimentos." (O Estado de São Paulo - 03.04.2002)

Índice


3- Furnas fica insatisfeita com ganho recorde

A geradora estatal Furnas registrou, em 2001, lucro líquido de R$ 830,7 mi - recorde em sua história e 54% superior ao apurado em 2000. O resultado, porém, ficou abaixo das expectativas da empresa. "O lucro poderia ter chegado a R$ 1 bi", diz Roberto Della Ninna, assistente do diretor financeiro. Isso porque os valores que Furnas teria a receber pela venda livre de eletricidade seriam R$ 273 mi superiores àqueles contabilizados MAE. (Gazeta Mercantil - 03.04.2002)

Índice


4- Eletrobrás e Cesp aprovam emissão de R$ 1,050 bi

Eletrobrás e Cesp engrossam a lista de emissores de dívida privada no mercado interno. Os acionistas das duas empresas aprovaram, em assembléias realizadas nesta segunda e terça-feiras, a colocação de R$ 600 mi e R$ 450 mi em debêntures, respectivamente. A iniciativa reforça a percepção de analistas do mercado de capitais brasileiro de que o setor elétrico será o grande filão das distribuições corporativas em 2002. As debêntures da Eletrobrás terão prazo de 12 anos, com repactuação a cada três. A expectativa é de que os papéis sejam corrigidos pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). A colocação pode contar com a garantia firme da instituição financeira ou consórcio encarregado da operação, que, desta forma, vai se responsabilizar pela aquisição dos títulos que, eventualmente não sejam comprados pelos investidores. Os recursos captados serão aplicados no programa emergencial de geração e transmissão de energia elétrica aprovado pelo governo. No caso da Cesp, a emissão das debêntures será dividida em 18 séries, de 2,5 mil títulos cada, com preço unitário de R$ 10 mil, prazo de 4 anos e carência de 30 meses. A distribuição será realizada no mercado de balcão, por meio de leilão público na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), com integralização à vista. A remuneração terá como base a variação do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI), mais uma sobretaxa de 2% ao ano. (Gazeta Mercantil - 03.04.2002)

Índice


5- Tractebel levanta R$ 260 mi em promissórias

A Tractebel (antiga Gerasul) apresenta hoje ao mercado as notas promissórias, em um volume total de R$ 260 mi, que pretende vender no próximo dia 11 de abril por meio de um tipo de leilão chamado "bookbuilding". O vencimento do papel é de seis meses e a empresa pretende pagar uma taxa máxima de 104,26% do CDI (taxa de juros interbancária). Os recursos servirão para formar um colchão de liquidez no caixa da empresa - que terá algumas despesas extras com dividendos e impostos sobre resultados, além de assim antecipar o crédito que tem a receber do MAE. O diretor financeiro da Tractebel, Marc Verstraete, diz que a geradora tem a receber do MAE R$ 745 mi, uma dívida formada desde setembro de 2000. "Temos um bom caixa, mas essa dívida é elevada e então para recompor o caixa estamos fazendo a emissão das notas promissórias." A expectativa é de que esse crédito do MAE seja pago em até seis meses, por isso a emissão também tem este prazo. (Gazeta Mercantil - 03.04.2002)

Índice


6- Receita operacional bruta da Cataguazes Leopoldina cresce 12,1% nos primeiro bimestre do ano

No primeiro bimestre de 2002, a receita operacional bruta consolidada do Grupo Cataguazes Leopoldina foi de R$ 157,7 mi, o que significa um crescimento de 12,1% em comparação com o mesmo período do ano passado. Entre as cinco distribuidoras que fazem parte do grupo, a CFLCL (Companhia de Força e Luz Cataguazes Leopoldina) foi a que mais contribuiu para este aumento. Nos dois primeiros meses do ano, a receita operacional bruta da CFLCL cresceu 25%, registrando um montante de R$ 38,5 mi. Já a Celb (Companhia de Eletricidade da Borborema) foi a teve menor crescimento neste período (1%). Assim, o montante verificado pela empresa foi de R$ 10,4 mi. Por outro lado, a Energipe registrou queda no valor da receita operacional bruta. Neste período, a receita operacional bruta ficou em R$ 38 mi, o que representa uma queda de 1,8% em comparação ao mesmo período do ano passado. Embora tenha registrado crescimento de receita no primeiro bimestre, o grupo não teve bom desempenho em relação às vendas de energia. Neste ponto, o sistema Cataguazes Leopoldina registrou queda de 17,4% no volume de energia vendida. Neste período, este volume ficou em 811 GWh. Entre as classes atendidas pela companhia, o setor residencial foi o que mais caiu, com 23,2%. Logo em seguida, veio o setor comercial, com 15,1%, e o industrial, com 13,3%. (Canal Energia - 02.04.2002)

Índice


7- Lucro líqüido da Bandeirante foi de R$ 45,3 mi em 2001

Foi de R$ 45,3 mi o lucro líqüido registrado pela Bandeirante no exercício do ano passado. Segundo os dados consolidados dos balanço anual da empresa, divulgados nesta terça-feira, dia 2 de abril, o resultado operacional ficou em R$ 95,7 mi. A receita líquida da concessionária totalizou R$ 2,521 bi, enquanto o resultado bruto apresentado foi de R$ 217 mi. A distribuidora paulista obteve ainda R$ 104 mi referentes à despesas financeiras líqüidas. O patrimônio líqüido da Bandeirante, até 31 de dezembro, estava em R$ 454,5 mi. (Canal Energia - 02.04.2002)

Índice


8- Situação da AES preocupa acionistas

O temor em relação ao futuro da Eletropaulo reflete na verdade a apreensão com a AES, mais do que as turbulências regulatórias que têm marcado o setor elétrico no país. O resultado da empresa foi bom, ao contrário do que ocorreu com a matriz, e alguns investidores temem a remessa integral dos dividendos para a controladora, descapitalizando a companhia brasileira. Mas quem acompanha a empresa duvida que a controladora opte pela sangria da maior jóia entre os ativos que possui no mundo. Antes de desembolsar qualquer dividendo, lembram analistas do setor, a empresa vai acertar as dívidas que vencem em prazos bem curtos. (Jornal do Commercio - 03.04.2002)

Índice


9- BNDES libera empréstimo de R$ 128 mi para Cataguazes Leopoldina

A CFLCL (Companhia Força e Luz Cataguazes Leopoldina) deverá receber, em meados de abril, R$ 128 milhões do BNDES, referente ao financiamento das obras das pequenas centrais hidrelétricas de Ponte, Palestina, Triunfo, Granada e Cachoeira Encoberta. O financiamento terá prazo de amortização de 171 meses, com carência de 27 meses. As usinas entrarão em operação em meados de 2003 e terão capacidade instalada total de cerca de 100 MW, demandando investimentos da ordem de R$ 150 mi. A CFLCL é concessionária de energia elétrica na Zona da Mata mineira, além de controladora de empresas energéticas dos estados da Paraíba e Sergipe e do município fluminense de Nova Friburgo. (Canal Energia - 02.04.2002)

Índice


10- Alstom fecha mais um contrato com grupo Brascan

O setor Power da Alstom, cujo complexo industrial está instalado em Taubaté, anunciou ontem o fechamento de um contrato com o grupo Brascan para o fornecimento de equipamentos para a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) de Salto Natal. Este é o terceiro negócio firmado com o grupo canadense em menos de um ano. Juntos, os contratos estão avaliados em R$ 40 mi. Os acordos referem-se a PCHs em instalação na região Sul do Brasil. Todos incluem o fornecimento de conjuntos de geradores e de turbinas, quadros elétricos, subestação elevadora e sistemas de proteção das usinas, que serão operados remotamente. A PCH de Salto Natal será construída em Campo Mourão, no Paraná, e será responsável pela geração de 15 MW. A Alstom fornecerá equipamentos também à usina de Pedrinho, localizada no Paraná e com 16 megawatts de potência, e Passo do Meio, que levará 30 MW para a região de Caxias, no Rio Grande do Sul. O grupo Brascan tem participação majoritária em todas as usinas. (Gazeta Mercantil - 03.04.2002)

Índice

11- Usinas da Brascan vão estar prontas em 2003

A Brascan Energética poderá antecipar a conclusão de três das suas usinas aprovadas pela Aneel. Já em construção, a pequena central hidrelétrica (PCH) de Passo do Meio, no Rio Grande do Sul, deve ter sua primeira turbina operando em dezembro de 2002. Os empreendimentos de Pedrinho e Salto Natal, no Paraná, também estão com obras iniciadas e devem começar a operar em fevereiro de 2003 e julho de 2003, respectivamente. O investimento disponibilizado pela matriz canadense Brascan Corporation para o triênio 2002/2004 é de U$ 300 mi, que incluem aquisições e parcerias em usinas hidrelétricas em todo o país. Com essas três usinas em construção, a Brascan vai produzir 322 GW/ano. Desse total, a PCH de Passo do Meio, no Rio das Antas, responderá pela maior parcela de energia, com 164 GWh/ano, enquanto a Energética de Pedrinho, no Rio Pedrinho, com 77 GWh/ano, e a PCH Salto Natal, no Rio Mourão, com 81 GWh/ano. A usina no Rio Pedrinho, município de Boaventura São Roque, terá dois conjuntos turbina-gerador Francis de 8 MW, o que confere uma capacidade instalada de 16 MW ao sistema. Já a de Salto Natal, no rio Mourão, município de Campo Mourão, contará com dois geradores de 7,5 MW, o que dá uma potência instalada de 15 MW. (Gazeta do Povo - 03.04.2002)

Índice


12- Lucro das elétricas cresce 33,28%

O acordo para a reposição das perdas com o racionamento permitiu que as empresas de energia lucrassem 33,28% mais em 2001 na comparação com o ano anterior, segundo levantamento com 21companhias do setor. A receita líquida cresceu 32,37%, mesmo com vendas físicas 25% inferiores em média. Os resultados impressionam porque em 2000 as elétricas já haviam obtido lucros recordes, em média 200% superiores aos de 1999. Para o mercado, a prova de fogo serão os balanços contábeis do segundo trimestre, quando não haverá mais compensações e nem se sabe como será o comportamento da demanda. (Valor Econômico - 03.04.2002)

Índice


13- Vendas aquecidas na distribuição e na transmissão

Depois de um ano de forte apelo por investimentos principalmente em geração de energia, 2002 será a vez de a transmissão e a distribuição liderarem os projetos no setor. Eles prometem dar mais fôlego para a indústria de equipamentos que, com isso, pode prolongar o período de bons resultados das vendas no Brasil. O caso da Siemens ilustra bem essa situação. A empresa enfrenta no momento a paralisia dos projetos de geração termelétrica. Os investidores, de forma geral, entraram em compasso de espera, adiando as decisões sobre novos projetos, até que esteja concluído o plano para revitalização do setor. Segundo José Vicente de Camargo, gerente geral de marketing da Siemens, a empresa ainda não recebeu sinais de anulação de pedidos para fornecimento de máquinas. "Mas os compradores nos pedem para aguardar um pouco mais antes de fecharmos contratos novos", diz. Enquanto isso, o enfoque da Siemens passa a ser a venda de equipamentos para transmissão e distribuição de energia. De forma geral, Camargo projeta que as vendas da área de energia da empresa deverão crescer 25% em 2002 sobre o faturamento de R$ 3,5 bi registrado no ano passado. (Gazeta Mercantil - 03.04.2002)

Índice


14- Aumentam importações de geradores

Apesar de também serem produzidos no país e de o governo ter acabado com o racionamento de energia elétrica, continuaram intensas as importações de grupos motogeradores a diesel nos dois primeiros meses deste ano. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento foi de 960%. Foram compradas 53 unidades. As informações são da Abinee. A balança comercial do setor no primeiro bimestre registrou déficit de US$ 815 mi. As exportações renderam US$ 558 mi, mas as importações foram de US$ 1,373 bi. Em relação ao primeiro bimestre de 2001, ocorreu uma diminuição do fluxo de comércio. Em janeiro e fevereiro do ano passado, as exportações da indústria eletroeletrônica foram de US$ 620 mi e as importações US$ 2,212 bi. O déficit foi maior que o deste ano, com resultado de US$ 1,592 bi. Segundo relatório divulgado ontem pela CNI, a adesão da China à Organização Mundial do Comércio abre um "extraordinário" potencial de crescimento para as exportações brasileiras. (Valor Econômico - 03.04.2002)

Índice


15- Celesc inaugura subestação no litoral

A subestação Camboriú-Morro do Boi entra hoje em operação. A unidade foi inaugurada ontem pela Celesc depois de sofrer um rigoroso teste por período de 15 dias. "A subestação está dentro dos padrões e irá beneficiar toda a região", destacou o presidente da Celesc, Francisco Küster. Mesmo antes de entrar em funcionamento, a energia elétrica gerada pela unidade foi utilizada. No dia 30 de dezembro, a unidade foi energizada para garantir um final de ano sem blecaute pelo excesso de demanda no Litoral. "Foi uma medida emergencial para atender um período de pico no consumo e que deu resultado. Logo em seguida desativamos a unidade, que agora recebeu todos os ajustes para entrar em funcionamento", comentou Küster. A subestação possui uma tensão de alimentação em 138 mil V e uma capacidade de transformação final de 26,76 MVA. Além da unidade, a obra inclui uma Linha de Transmissão de 11 Km de extensão em circuito duplo, que exigiu um investimento na ordem de R$ 6,4 mi em toda subestação. Durante a inauguração da unidade, a Celesc entregou também outras duas linhas de transmissão, com 138 mil V e 3.6 Km de extensão cada uma, construídas para interligação com a Subestação de Itajaí. (Jornal de Santa Catarina - 03.04.2002)

Índice


16- VA Tech sai dos bastidores

A austríaca VA Tech é o tipo da empresa que, na área de energia elétrica, costuma agir nos bastidores. Atua como fornecedora de equipamentos, na consultoria de projetos, mas raramente aparece à frente dos empreendimentos. Mas, neste ano, a subsidiária brasileira da VA Tech está disposta a alterar essa atitude. Com o apoio da joint venture fechada com os franceses da Schneider Electric, a VA Tech quer aumentar sua presença no Brasil e entrar como sócia em projetos de grande porte, como na hidrelétrica de Belo Monte (PA), que terá potência superior a 11 mil megawatts. A Schneider Electric Alta Tensão, como a joint é conhecida no Brasil, atua na geração, distribuição e transmissão de eletricidade, além de metalurgia e no tratamento de água. Atualmente, 37% dos negócios mundiais da VA Tech estão concentrados na Europa. Mas o presidente do Conselho de Administração da companhia, Klaus Brenner, avisa que essa participação será cada vez menor. E cederá espaço justamente para mercados em crescimento, como o Brasil. (Gazeta Mercantil - 03.04.2002)


Índice


 

financiamento

1- Elevação no petróleo pode diminuir as chances de novas quedas nos juros básicos

O Brasil é importador de petróleo e os custos maiores na compra do produto poderiam ser repassados para o mercado interno, elevando a inflação. A meta para este ano é de 3,5% com a variação de dois pontos percentuais, mas o Banco Central (BC), já admite fechar o ano com taxa entre 4% e 4,5%. Ontem, o presidente do BC, Armínio Fraga, confirmou que a elevação no petróleo pode diminuir as chances de novas quedas nos juros básicos, que estão em 18,5% ao ano. Se por um lado, a alta no preço do petróleo poderia aumentar as projeções dos juros para os próximos meses, a queda na cotação do dólar equilibrou as taxas. A Ptax, média das cotações apurada pelo BC, ficou em R$ 2,3022, queda de 0,86%. Na BM&F, o contrato de dólar para abril caiu 0,41% e era negociado a R$ 2,328. Entre os contratos de juros mais negociados na BM&F, o de maio passou de 18,44% para 18,40% ao ano. A taxa de julho foi de 18,39% para 18,38% ao ano. Os juros para outubro ficaram estáveis em 18,26% ao ano. As projeções futuras foram parâmetro para o leilão de títulos prefixados. (Gazeta Mercantil - 03.04.2002)

Índice


2- Tesouro Nacional negociou R$ 2,5 bi

A crise no Oriente Médio ainda preocupa, mas não atrapalhou o resultado da venda de títulos públicos prefixados (rentabilidade definida no leilão). O Tesouro Nacional conseguiu negociar R$ 2,5 bilhões em Letras do Tesouro Nacional (LTN, prefixadas) com juros mais baixos do que na semana passada. As projeções para os juros, negociadas na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), ficaram praticamente estáveis e o dólar comercial fechou em queda de 0,17%, a R$ 2,30. (Gazeta Mercantil - 03.04.2002)

Índice


3- Tesouro faz novo leilão de swap cambial e LFT

O governo realiza hoje nova oferta de contratos de swap cambial e de Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), na terceira operação desde que foi lançado o novo sistema de rolagem da dívida vinculada ao câmbio. O leilão de hoje traz uma novidade: a oferta de contratos de swap será 30% maior considerando o correspondente financeiro que a oferta de LFT. A decisão foi anunciada na semana passada, com o objetivo de aperfeiçoar o leilão. Ao ofertar maior volume de contratos de swap, haverá maior volume de concorrentes no leilão de LFTs, melhorando o mecanismo de negociação dos dois "produtos". O leilão de hoje oferecerá até 6,5 mil contratos de swap com vencimento de 20 de abril de 2005 e também até 10 mil contratos com vencimento em 21 de janeiro de 2004. A oferta de LFT terá vencimento idêntico. (Gazeta Mercantil - 03.04.2002)

Índice


4- Dólar comercial inicia pregão com alta de 0,26%, a R$ 2,3050 na venda

O dólar comercial abriu o pregão do dia com alta de 0,26% perante o fechamento de ontem. A cotação de abertura foi de R$ 2,2950 para compra e R$ 2,3050 para venda. Ontem, o mercado cambial balizou suas decisões em expectativas sobre o quadro eleitoral e rumores acerca de uma eventual melhora do risco de crédito do Brasil. O dólar comercial fechou abaixo do piso de R$ 2,30, que vinha sendo testado nos últimos pregões, mas desde 3 de janeiro (R$ 2,2940) não tinha sido ultrapassado. A moeda norte-americana encerrou cotada a R$ 2,2970 na compra e a R$ 2,2990 na venda, com queda de 0,21%. (Valor Online - 03.04.2002)

Índice


 

gás e termoelétricas

1- Grupo de trabalho trata da crise da oferta de gás no do RS

Ficou prometida para hoje a definição de uma data da primeira reunião do grupo de trabalho criado pelo ministério de Minas e Energia, integrado também pelo governo do Estado, Fiergs, Petrobras e Ipiranga. A secretária de Energia, Minas e Comunicações, Dilma Rousseff, está otimista e aguarda uma solução, em breve, para a crise da oferta de gás no Rio Grande do Sul. Do contrário, 'vamos ter um esqueleto de 141 milhões de dólares no Estado', alertou ela, referindo-se aos investimentos já feitos no setor gás no RS. Na última quinta-feira, Dilma e o vice-governador Miguel Rossetto estiveram em Brasília com o ministro interino de Minas e Energia, Pedro Parente. No final deste mês, vai entrar em operação a usina à gás da Refap, em Canoas. Ela consumirá 1,5 milhão de metros cúbicos/dia, da oferta total do gasoduto de 2,2 milhões de metros cúbicos/dia. A saída proposta é a extensão do gasoduto Argentina-Brasil, que hoje atende só à usina da AES-Uruguaiana. (Correio do Povo - 03.04.2002)

Índice


2- Cemat é autorizada a implantar térmica de Rondolândia

A Cemat foi autorizada a instalar a termelétrica de Rondolândia, no estado do Mato Grosso. Com potência total de 680 kW, a usina terá três unidades geradoras, sendo uma de 100 kW, as outras duas de 260 kW e 320 kW, respectivamente. O combustível a ser utilizado é o óleo diesel. A distribuidora terá um prazo de 60 dias após a sua efetivação para informar a Aneel qualquer modificação em sua capacidade instalada ou data de operação. Além disso, a agência reguladora registrou duas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Uma é a usina de Lage, de 200 kW, e a outra é a PCH Gibóia, de 160 kW. As duas hidrelétricas estão localizadas no rio Canhoto, no estado de Alagoas, e pertencem a Usina Serra Grande. (Canal Energia - 02.04.2002)

Índice

 


internacional

1- Analista de Boston espera queda nos preços do gás em abril

A Energy Security Analysis Inc espera uma pequena queda nos preços do gás em abril, seguida de um fortalecimento gradual durante o verão e primavera, à medida em que a demanda de gás aumentar, disse, ontem, a corporação de análise de Boston. Enquanto um aumento significante de preço é possível, caso a demanda por geradores de energia aumente junto com o crescimento da demanda industrial e a diminuição da produção de gás, os crescimentos serão provavelmente mais moderados, disse a ESAI. Se toda a capacidade esperada de gás produzido acontecer de acordo com o esperado este ano e se a temperatura estiver normal, o acréscimo da demanda de gás da nova capacidade pode chegar a 4.2 mi de m cúbicos, um aumento de 6.5% em relação ao consumo de geradores de energia no ano passado, segundo a ESAI. Mas o aumento na demanda pode ser menor caso o consumo de eletricidade não seja alto o suficiente para trabalhar a toda sua capacidade e se a nova e mais eficiente capacidade de gás deixar para trás as geradoras de gás mais antigas, gerando uma competição de gás, disse a ESAI. (Platts - 02/04/2002)

Índice


2- Senador americano luta para conseguir apoio da Casa Branca em controlar emissões de gás

O senador americano Jim Jeffords admitiu, ontem, que ele enfrenta um trabalho árduo na tentativa de conseguir com que a Casa Branca mude sua posição e apóie controles de emissões de dióxido de carbono. O senador disse que tem tentado negociar com a Casa Branca, mas a administração recusou conversar sobre a proteção de CO2. Em um esforço para conseguir a proteção para emissões de gás carbônico, Jeffords disse que "tentará qualquer coisa", inclusive a possibilidade de usar palavras mais pesadas na conferência que o Senado realizará para a legislação de energia. Ele disse estar decepcionado por não terem alcançado muito progresso devido à posição da casa Branca. No ano passado, Jeffords introduziu uma lei que freava as emissões de CO2, mercúrio, dióxido sulfúrico e óxido de nitrogênio pelas usinas energéticas até o ano de 2007. O presidente George W. Bush desvelou, neste ano, a proposta do Congresso de proteger as emissões de CO2, Nox e de mercúrio dos geradores de energia. (Platts - 02/04/2002)

Índice


3- Usina converte em eletricidade os gases criados na depuração da água

A Emasagra, empresa encarregada do fornecimento de água de Granada, dispõe desde ontem de uma usina capaz de gerar energia elétrica ou calórica a partir dos gases contaminados que se produz ao longo do processo de depuração. A energia limpa abastece a própria usina e cobre a metade de suas necessidades. A iniciativa, que permite reduzir a emissão dos gases tóxicos na atmosfera, assim como o gasto de eletricidade, supôs uma inversão de US$ 1.04 mi. Nessa usina culmina o complexo processo de potabilização das águas. A nova instalação será capaz de criar cerca de 6.35 KW/h por dia. A origem dos gases poluentes se encontra em processo industrial de depuração. A água que chega às estações contêm grande número de elementos tanto orgânicos, quanto inorgânicos que devem ser separados ou eliminados. Os gestores da Emasagra ressaltaram os benefícios da instalação: aproveita a energia produzida pela combustão dos gases, evita ter que recorrer a outras energias mais poluentes como o petróleo ou o carvão, reduzem as emissões tóxicas na atmosfera e, finalmente, proporcionam um acúmulo de corrente elétrica. (El País - 03/04/2002)

Índice


4- Governo francês negocia transferência de posse de operadores de oleoduto estatais para empresas privadas

O governo francês está perto de finalizar os planos para transferência de posse de sua rede estatal de oleoduto de US$ 4.4 bi para os operadores de oleoduto Gaz de France (GdF) e TotalFinaElf, de acordo com um anúncio da imprensa local. Nenhuma das duas companhias estava disponível para comentar a notícia nessa manhã de quarta-feira. De acordo com um relatório exclusivo do jornal local "Les Echos", oficiais do governo vêm desenvolvendo a fórmula para a transferência técnica e financeira. Segundo o jornal, a GdF pagará ao Estado francês US$ 159 mi para a transferência dos 30 mil Km de oleoduto que ela opera, e o Estado planeja cobrar a GdF e a TotalFinaElf pelos 10.600 Km que elas mantêm em conjunto nas companhias de oleoduto CFM ( 55% da GdF e 45% da TotalFinaElf) e GSO (70% da GdF e 30% da TotalFinaElf). (Platts - 03/04/2002)

Índice


5- Companhia de gás russa compra de volta a produtora de gás Purgaz

A companhia de gás russa Gazprom completou a re-compra de 32% da produtora de 15 bi de m cúbicos de gás/ano, Purgaz, anteriormente vendida para a produtora e comerciante independente Itera, disse a Gazprom. A Purgaz foi montada pela afiliada da Gazprom, Noyabrskgazdobycha e Itera para gerenciar o desenvolvimento do campo da Gubkin na região do Yamal Nenets, na Sibéria. As ações foram negociadas a 51% para Noyabrskgazdobycha e 49% para a Itera. As reservas no Gubkin são de pelo menos 380 bi de m cúbicos. Em 1999, a Noyabrskgazdobycha vendeu 32% da Purgaz para a Itera, por uma fração do valor real. Mas o negócio deu à Gazprom uma opção que a permite comprar as ações pela mesma soma nominal, além da quantidade investida pela Itera no desenvolvimento do campo de Dubkin após a compra. Investidores minoritários da Gazprom pressionaram o novo diretor-executivo da companhia, Alexei Miller para comprar de volta as ações. (Platts - 03/04/2002)

Índice


6- Cat-Leo Energia constrói cinco pequenas hidrelétricas

A geradora brasileira Cat-Leo Energia começou a construção de cinco hidrelétricas de pequena escala em Minas Gerais, totalizando 99MW e exigindo investimentos de US$71 mi, disse à BNamericas assessor da CFLCL, controladora da Cat-Leo, Carlos Aurélio Pimentel. A Cat-Leo recentemente recebeu do BIDES um financiamento de US$55.5 mi para os cinco projetos. Esses recursos devem estar liberados no final de abril, segundo a CFLCL. Os cinco projetos têm operação prevista para em meados de 2003. São eles: Palestina (13MW), Ponte (24MW), Triunfo (23MW) Granada (15MW) e Cachoeira Encoberta (24MW). O trabalho em quatro dos cinco projetos começou no final de fevereiro, mas a construção de Cachoeira Encoberta foi suspensa por falta de alvará de instalação, que deve ser concedido nos próximos 30 a 60 dias, segundo Pimentel. Pimentel explicou que o plano da CFLCL era de que os cinco projetos começassem a operar até o meio do ano, mas o racionamento de energia elétrica em 2001 atrasou o cronograma em um ano. A empresa francesa Alstom Power vai fornecer as turbinas, geradores e outros equipamentos para os projetos. A Cat-Leo também está construindo uma termelétrica em Juiz de Fora (MG). A Cat-Leo Energia é 50,9% controlada pela brasileira CFLCL, e a americana Alliant Energy detém os 49,9% restantes. A Alliant também possui 49% da CFLCL. (Business News Américas - 02/04/2002)

Índice

 

 

Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Pedro Furley, Anna Katarina e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor
www.eletrobras.gov.br/provedor