Nuca
             www.eletrobras.gov.br/provedor
          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 843 - 22 de março de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
Imprimir


índice

 

regulação

1- Após sucesso da Vale, governo quer vender ações de Furnas

Após o sucesso da venda das ações da Companhia Vale do Rio Doce com o uso do FGTS, o governo já estuda o lançamento de operações semelhantes. A bola da vez agora seriam as ações excedentes do controle do governo na parte de geração de Furnas e no Banco do Brasil. O presidente do BNDES, Eleazar de Carvalho Filho, afirmou hoje que a venda das ações da Vale mostrou uma demanda reprimida entre os pequenos investidores do país. "[a venda das ações da Vale] Vai estimular a participação do varejo em vendas pulverizadas [da participação do governo em estatais e ex-estatais] futuras. Questionado sobre quais seriam as empresas envolvidas, ele admitiu a venda das ações do Banco do Brasil e de Furnas. De acordo com ele, esse tipo de operação democratiza o capital e valoriza as empresas que ficam com uma maior capacidade de investir. (Folha de São Paulo-22.03.2002)

Índice


2- Tarifa pode ficar de 12% a 15% mais cara na CPFL e na Cemig

Os reajustes das tarifas de energia para os consumidores residenciais da CPFL (SP) e da Cemig (MG), que entram em vigor em 8 de abril, podem variar de 12% a 15%. Para a indústria, o reajuste será maior. O aumento atinge 8,2 milhões de consumidores. As duas empresas já fizeram pedido de reajuste para a Aneel. A CPFL, que atende 2,8 milhões de consumidores no interior de São Paulo, pediu reajuste de 12,54%. A Cemig, com 5,4 milhões de consumidores em Minas, pediu 15,89%. O aumento extra concedido pelo governo para que as distribuidoras possam reaver as perdas que tiveram com o racionamento -de 2,9% para residências e de 7,9% para indústria e comércio- já está incorporado à tarifa das distribuidoras, desde dezembro. Vigora ao menos até o segundo semestre de 2005. Os pedidos ainda estão em análise na Aneel. (Folha de São Paulo - 22.03.2002)

Índice


3- Sobem também as tarifas da Enersul, da Cemat e da Celpe

Também em 8 de abril haverá aumento para o 1,2 milhão de consumidores da Enersul e da Cemat A Cemat pediu 11,45%, e a Enersul, 12,29%. No próximo dia 30, a energia sobe para 2,1 milhões de consumidores da Celpe. A empresa pediu aumento de 14,48% à Aneel. (Folha de São Paulo-22.03.2002)

Índice


4- Abrafe calcula aumento de 42 a 47% na tarifa de energia entre novembro do ano passado e abril desse ano

Os aumentos de energia para a indústria serão muito maiores do que o previsto e preocupam empresários que dependem desse insumo. Cálculos feitos pela Abrafe (Associação Brasileira dos Produtores de Ferro-Liga e Silício Metálico) indicam que a energia terá aumentado entre 42% e 47% entre o final de novembro de 2001 e o de abril. Em dólares, os aumentos chegam a 58%. De acordo com Marco Antonio Jordão, vice-presidente da Abrafe, para os consumidores intensivos de energia, quatro fatores contribuem para o aumento: o reajuste extra de 7,9%, os R$ 4,9 por MWh para o seguro anti-racionamento, o reajuste normal das distribuidoras e um aumento de 8% por conta do fim do período de chuvas. "É um tarifaço para o setor industrial", diz Jordão. "Haverá perda de competitividade das indústrias, que são exportadoras." (Folha de São Paulo-22.03.2002)

Índice


5- Cemar recorre à Aneel por tarifa extra

A Cemar, distribuidora controlada pela norte-americana PPL Corporation, passa por momentos de turbulência. Com o caixa extremamente comprometido, a Cemar cortou os investimentos, que vão cair dos R$ 121 mi do ano passado para R$ 50 mi este ano. O plano original, que previa R$ 280 mi entre 2001 e 2003, está sendo revisto. A difícil situação financeira levou a Cemar à porta da Aneel no mês passado, para pedir uma revisão tarifária extraordinária. As concessionárias podem recorrer a esse expediente sempre que se encontrarem em desequilíbrio econômico-financeiro, por fatores excepcionais, como a variação cambial. Nessa semana, técnicos do órgão regulador estão no Maranhão para checar a necessidade do pleito.(Gazeta Mercantil - 22.03.2002)

Índice


6- Aneel ameaça multar Cachoeira Dourada

A Aneel determinou que a Centrais Elétricas Cachoeira Dourada S/A (CDSA) republique o balanço divulgado pela empresa no início desta semana. A empresa, controlada pelo grupo espanhol Endesa desde setembro de 1997, tem cinco dias para refazer e republicar suas demonstrações financeiras conforme a notificação da agência. Em nota à imprensa, a Aneel comunica que a decisão foi tomada porque o balanço foi publicado ´em desacordo com as orientações da agência no que se refere aos números relativos à energia elétrica comercializada no âmbito do MAE e do ressarcimento da energia livre, nos termos do Acordo Geral do Setor Elétrico, firmado em dezembro de 2001´. O comunicado observa que os registros contábeis das empresas do setor elétrico devem levar em conta os números apurados pelo MAE, ´único agente que tem competência legal e funcional´ para apurar aqueles valores. (Gazeta Mercantil - 22.03.2002)

Índice


7- Programa do PT privilegia geração

O programa do PT para o setor de energia elétrica deverá privilegiar a geração como serviço público e revisar as tarifas cobradas hoje pelas distribuidoras. Estas são algumas das principais linhas do documento preparado pelo Instituto Cidadania, uma organização não-governamental (ONG) dirigida pelo candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O trabalho é capitaneado pelo diretor da Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da UFRJ (Coppe), Luiz Pinguelli Rosa, e o relatório final será encaminhado a Lula na próxima semana. O lançamento do projeto, que deve ser incorporado ao programa de governo de Lula, está previsto para ser divulgado em abril. Pinguelli sustentou que o relatório "não é estatizante nem liberal", mas parte do princípio de que "o setor elétrico gera muita receita no País e não precisa, necessariamente, de investimento estrangeiro". O texto não propõe a reestatização de empresas já privatizadas, mas o grupo que está formulando o projeto "é contra, no momento" à cisão de Furnas e da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). Pela proposta do PT, a geração no setor elétrico ocorrerá, segundo o diretor da Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da UFRJ (Coppe), Luiz Pinguelli Rosa, "predominantemente sob contrato de concessão com regras definidas, seja privada ou estatal, nacional ou estrangeira". "Não estamos propondo uma revolução, mas apenas uma rearrumação da casa", afirmou. No que diz respeito à distribuição de energia, o documento não propõe grandes transformações. Pinguelli ressalvou, porém, que será necessário mexer nas tarifas. "Quem ganha demais vai ganhar o suficiente", comentou o professor. Para o especialista, "o concessionário não pode repassar ao consumidor a inadimplência, mas, sim, cobrar um preço justo que garanta o equilíbrio econômico-financeiro da empresa". (Jornal do Commercio - 22.03.2002)

Índice


8- Lei proíbe cobrança da taxa no RJ

A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou ontem e vai à sanção do governador Anthony Garotinho projeto de lei que proíbe às empresas concessionárias de distribuição de energia elétrica incluir na conta de luz residencial a cobrança da Taxa de Iluminação Pública (TIP). O autor da proposição foi o deputado Wolney Trindade (PMDB), que recebeu denúncias de que, embora a cobrança da taxa de iluminação pública esteja proibida, as concessionárias continuam a fazer a cobrança ilegal, cujo valor está sendo embutido na conta dos consumidores residenciais. Trindade lembrou que, apesar da pressão política exercida pelos prefeitos, a Câmara dos Deputados rejeitou a proposta de emenda constitucional garantindo a cobrança da taxa de iluminação. Por outro lado, ele disse que a taxa vem sendo questionada em várias instâncias judiciais, porém a cobrança continua sendo efetuada em desrespeito ao direito do consumidor. (Jornal do Commercio - 22.03.2002)

Índice


9- Arce defende empréstimos do BNDES às distribuidoras

O secretário de Energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce, defendeu hoje, sob o argumento da legalidade, a concessão de empréstimos do BNDES às distribuidoras de energia elétrica, como forma de compensar as perdas obtidas no período de racionamento. A afirmação foi feita durante reunião da Comissão de Serviços e Obras Públicas da Assembléia Legislativa. "Do ponto de vista até emocional não consigo ser convincente nessa resposta porque de um lado temos a população que, assim como as distribuidoras, não contribuiu para o racionamento e mesmo assim foi obrigada a fazer economia de energia, e de outro lado temos como parte da concessão do serviço a obrigação de recuperar as perdas que as distribuidoras tiveram", afirmou, ao acrescentar que "a medida pode ser legal mas não é justa". (Gazeta Mercantil - 21.03.2002)

Índice


10- Elektro está cumprindo todo o contrato, diz Arce

O secretário de Energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce, voltou a afirmar hoje, durante reunião da Comissão de Serviços e Obras Públicas da Assembléia Legislativa, que a distribuidora Elektron, controlada pela norte-americana Enron, não corre hoje o risco de perder a concessão dos serviços de distribuição de energia. "A empresa está adimplente com o mercado, atendendo normalmente os clientes, cumprindo os compromissos de investimentos e pagando os salários dos funcionários, o que nos impede de falar em perda de concessão", disse Arce. Conforme o secretário de Energia, a perda da concessão pode ocorrer em caso de falência da empresa, situação desfavorável aos trabalhadores "porque nesse caso é dada prioridade à prestação do serviço em detrimento dos empregados". Outro fator que leva à perda da concessão é o não-cumprimento de deveres previstos no contrato de concessão. "No caso de São Paulo foram estabelecidos índices de desempenho melhores do que os que eram praticados antes da privatização e estamos fazendo o acompanhamento tanto desses índices quanto dos investimentos que estão sendo feitos", afirmou Mauro Arce. "Não posso responder pelas empresas, mas podemos ver a Enron vendendo ativos para tentar se reestruturar nos Estados Unidos diante de tamanha confusão que fez. Aqui, a Elektro continua à venda como já estava antes de tudo isso", disse. (Gazeta Mercantil - 21.03.2002)

Índice


11- Prorrogado prazo para Eletronorte energizar subestações

A Eletronorte tem até o dia 31 de dezembro de 2002 para efetuar a energização das instalações de transmissão de duas entradas de linha em 138 kV, das subestações de Santana e Central. O objetivo do projeto é atender o segundo circuito da linha de transmissão Santana-Central. A prorrogação do prazo foi concedida pela Aneel esta semana. O prazo inicial era o dia 31 de dezembro do ano passado. (Canal Energia-21.03.2002)

Índice

 

risco e racionamento

1- Capacidade de armazenamento dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste chega a 66,48%

A chegada do outono deverá contribuir para a elevação dos níveis dos reservatórios nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Isto porque o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê chuvas intensas nestas regiões para os próximos dez dias. Outro dado positivo é que a vazão nesta região subiu 34,06% de janeiro até hoje. A energia armazenada nesta região atinge 66,48%, um crescimento de 0,15% em comparação ao dia anterior (19 de março). Com isso, os níveis estão 13,77% acima da curva superior prevista para o mês. Nas usinas de Furnas e Itumbiara, o índice é de 76,63% e 77,53%, respectivamente. (Canal Energia-21.03.2002)

Índice


2- Reservatórios sobem no Norte e Nordeste e caem no Sul

No Nordeste, as vazões afluentes estão a 100% da média histórica. Ontem, dia 20, a capacidade de armazenamento estava em 62,62%, ficando 12,97% acima da curva-guia prevista. O nível do reservatório na hidrelétrica de Sobradinho atinge 61%.Os níveis dos reservatórios no Norte estão em 109,77%, um aumento de 0,36% em comparação com o dia anterior. Na hidrelétrica de Tucuruí, o índice é de 108,38%.Ao contrário das demais regiões, no Sul, a capacidade de armazenamento caiu 0,73% em um dia. Atualmente, os níveis atingem 80,62% de armazenamento. Na usina de G.B. Munhoz, o índice é de 84%. (Canal Energia-21.03.2002)

Índice


3- Nível de economia na região Nordeste chega a 4,18%

O nível de economia na região Nordeste caiu 2,67% em apenas um dia. No último dia 20 de março, o consumo de energia nesta região foi de 5.680 MW, produzindo uma redução de 4,18% em relação ao consumo mensal prevista pelo ONS, que é de 5.928 MW médios. No Sudeste/Centro-Oeste, a situação é inversa. A demanda subiu 2,28% em relação à curva-guia prevista (26.270 MW). Ontem, o consumo na região atingiu 26.868 MW. Outro submercado que registrou aumento no consumo foi o Norte do país. A demanda nesta região chegou a 2.520 MW contra os 2.470 MW verificados no dia anterior, num acréscimo de 2%. E, finalmente, na região Sul, o consumo caiu 88 MW em um dia. Na última quinta-feira, a demanda registrada foi de 8.133 MW. No dia anterior, este volume foi de 8.214. (Canal Energia - 21.03.2002)

Índice


4- Cemig receberá R$ 90 mi pelo racionamento

O reembolso que a Aneel irá fazer às concessionárias do setor energético para reposição das perdas ocasionadas pelo racionamento deverá ser de R$ 90 mi para a Cemig, conforme informou nessa quinta-feira o diretor de Comercialização e Distribuição da estatal, Aloísio Vasconcelos, durante a inauguração da subestação Nova Lima 4, que irá abastecer o condomínio Alphaville Lagoa dos Ingleses. O investimento no projeto foi de R$ 5 mi, com 57% da Cemig e 43% do próprio condomínio. O montante a ser repassado à Cemig, segundo Vasconcelos, não cobre as perdas registradas pela empresa durante o racionamento, prejuízo ainda não tornado público pela estatal, mas que já consta na planilha de custos enviada à Aneel no início do mês para embasar a decisão da agência sobre o índice de reajuste ao qual a empresa tem direito nos meses de abril. Este ano, o reajuste deverá ficar entre 17% e 19,5%. (O Tempo-22.03.2002)

Índice


5- Parente não designou substituto para falar sobre liberação de repasses da Aneel

A assessoria de imprensa da GCE informou que o ministro Pedro Parente - que está em viagem aos Estados Unidos - não havia designado ninguém para falar sobre a forma de cálculo dos recursos que serão repassados às concessionárias nem sobre a data de liberação dos repasses. Na Aneel, as informações são de que o dinheiro sairá do órgão, entretanto, o assunto estava sob a responsabilidade da GCE. (O Tempo-22.03.2002)

Índice


6- Nordeste deve buscar energia na região Norte, defende ANA

A irrigação de lavouras e a geração de energia no Nordeste são dois usos incompatíveis para o rio São Francisco e a alternativa para reduzir a disputa pela água será aumentar a transmissão de energia do Norte para o Nordeste. O diagnóstico é do presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Jérson Kelman. Durante seminário promovido pelo Valor Econômico, especialistas avaliaram que a recuperação do leito do rio é prioritária, até mais importante do que a discussão sobre o uso da água e a transposição do rio para o combate à seca. O ministro da Integração Nacional, Ney Suassuna, anunciou que o governo já tem assegurados os primeiros US$ 800 mi para as obras. (Valor Econômico-22.03.2002)

Índice


7- Reestruturação da Chesf pode incentivar maior transmissão de energia do Norte para o Nordeste

Segundo o presidente da ANA, Jérson Kelman, a transformação da Chesf em uma empresa pública de desenvolvimento regional - como parte do processo de reestruturação das empresas federais de energia, recentemente anunciada- poderá facilitar essa maior transmissão de energia do Norte para o Nordeste. Hoje, o Norte já exporta para o Nordeste cerca de 1000 MW de energia oriundos da usina de Tucuruí. A quantidade de energia exportada pode ser aumentada com a duplicação da geração de Tucuruí e com a construção de novas usinas na região, como Belo Monte, que o governo deve autorizar neste ano. Para isso, no entanto, será preciso ampliar o sistema de transmissão. A escassez de linhas dificultou maior envio de energia para o Nordeste durante o racionamento que vigorou no país entre junho do ano passado a fevereiro último. O envio de energia do Norte - que chegou a 1300 MW durante a crise energética- foi fundamental para reduzir os riscos de apagão na região Nordeste, que viveu em 2001 a pior seca observada nos últimos 70 anos. (Valor Econômico-22.03.2002)

Índice


8- Para Kelman, revitalização do São Francisco é prioridade

Segundo Jérson Kelman, presidente da ANA, independentemente de qual for a opção para o uso da água do São Francisco, o primeiro passo necessário será a revitalização do rio e de seus afluentes. O São Francisco detém 70% das águas do Nordeste e 72% das águas retiradas do seu leito são destinadas à irrigação. A fruticultura irrigada tem despontado como alternativa para o desenvolvimento econômico do semi-árido brasileiro. "A questão do São Francisco tem que ser vista sob ótica abrangente que leve em consideração os impactos sociais como emprego e custos", afirmou. Segundo ele, um metro cúbico de água que irriga cerca de mil hectares de terra poderia representar a geração de 2,7 MW de energia. (Valor Econômico-22.03.2002)

Índice


9- Custo da alternativa de importação de energia pela Chesf precisa ser verificado

Para verificar se é viável substituir a geração própria de energia pela Chesf pela importação é preciso verificar o custo da alternativa. Essa energia que deixaria de ser gerada para irrigar mil hectares representaria uma dispensa de receita de R$ 1,7 mi pela Chesf, enquanto que a água usada para a irrigação poderia render receita de R$ 50 mi se frutas como a manga fossem plantadas na mesma área. (Valor Econômico-22.03.2002)

Índice


10- Redução de erosão, aumento de infiltração e resgate do débito são prioridades da revitalização do São Francisco

As principais ações de revitalização do São Francisco segundo o presidente da ANA, Jérson Kelman, devem incluir a redução da perda de terra por erosão, o aumento da infiltração para reter água em micro-barragens - o que garantia regularidade do rio, mesmo nos períodos secos- e resgate do débito social, com o atendimento das comunidades das imediações do rio sem acesso a água. O abastecimento para consumo humano lidera a lista de prioridades para o uso das águas dos rios, embora haja comunidades sem essa garantia. Um exemplo clássico de deterioração de rios por causa do uso indevido de suas águas é o caso do Verde Grande, um dos afluentes do São Francisco. O rio foi perdendo vazão ao longo do anos por causa do uso predatório pela agricultura irrigada, em muitos casos sem outorga autorizando a retirada. No período de estiagem, o rio seca em alguns trechos, deixando a população ribeirinha sem acesso a água. "Muitos acham que a água é um bem infinito", disse Kelman. (Valor Econômico-22.03.2002)

Índice


11- Uso da água do São Francisco também será cobrado

Segundo o presidente da ANA, Jérson Kelman, a Agência Nacional da Água estuda lançar um projeto de compra de água, a exemplo do que já está fazendo com o esgoto. Em vez de investir em obras que levassem água às cidades com escassez, o governo criaria uma espécie de programa de terceirização, contratando empresas que ficariam responsáveis pelo atendimento. As empresas de irrigação que utilizam a água do São Francisco também terão que pagar pelo uso da água. Segundo Kelman, o comitê de bacia ainda está em processo de formação. Depois disso, serão definidos os critérios de cobrança pelo uso da água do rio, uma decisão que já foi tomada em relação ao Paraíba do Sul (entre os Estados de Minas, Rio e São Paulo), embora os usuários da água para agricultura fiquem de fora da cobrança no início da implementação do programa, que deve ser em julho. O presidente da Codevasf, Airson Bezerra Lócio, criticou a cobrança. "Quando se fala em cobrança de água, nós, nordestinos, nos arrepiamos. Como se pode falar em cobrar dos agricultores em um momento que se utiliza US$ 1 bi de subsídios diários à agricultura no mundo?". (Valor Econômico-22.03.2002)

Índice


12- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

Índice


 

empresas

1- Leilões da Aneel vão exigir recursos de R$ 2,5 bi para transmissão

Os dois leilões que serão realizados pela Aneel - em junho e setembro - vão exigir recursos da ordem de R$ 2,5 bi para a construção de 5.600 quilômetros de linhas de transmissão. A Siemens pretende obter bons resultados no segmento. Neste ano, segundo o gerente geral de marketing da empresa, José Vicente Jardim de Camargo, os linhões e os projetos de geração deverão aumentar o faturamento da filial em 20%. Em 2001, o resultado ficou em R$ 3,5 bi. A européia Alstom também está na expectativa dos leilões da Aneel. O diretor comercial do setor de transmissão e distribuição da filial brasileira, Sérgio Gomes, prefere não estimar qual será o crescimento neste ano. Entretanto lembra que na comparação do ano fiscal passado com o anterior os negócios com transmissão e distribuição aumentaram 40%. As grandes fabricantes de equipamentos não serão as únicas beneficiadas com o avanço dos linhões. A Phelps Dodge, que produz cabos de alumínio para o setor, estima um faturamento de R$ 300 mi neste ano. Esse resultado é 25% maior do que o registrado em 2001. (Jornal do Brasil - 22.03.2002)

Índice


2- Distribuidoras justificam baixos índices no IASC

As distribuidoras de energia não ficaram satisfeitas com o resultado do Índice de Satisfação do Consumidor (IASC) divulgado ontem, dia 20 de março, pela. As grandes concessionárias, localizadas principalmente nas regiões metropolitanas do país, ficaram com índices abaixo da média geral de 63,2. Para a Eletropaulo, o principal motivo pelo resultado negativo é a exigência dos 4,9 milhões de clientes na área metropolitana de São Paulo. "É natural que o nível de exigência seja maior em grandes centros urbanos. Além disso, tivemos dificuldades de comunicação com nossos clientes no início do racionamento", observa Cyro Boccuzzi, vice-presidente da empresa. Já a Bandeirante Energia, que obteve uma média de 63,55, acredita que o resultado foi positivo, embora tenha registrado queda no nível de satisfação do consumidor em comparação com o ano anterior. De acordo com Roberto Mário Dinardo, assistente da Presidência, o racionamento e o processo de cisão foram os principais motivos para a queda no índice. (Canal Energia - 21.03.2002)

Índice


3- Ceal traça estratégia para repor prejuízo de R$ 81,5 mi

Recuperar a empresa econômica e financeiramente. É essa a principal meta do planejamento estratégico da Companhia Energética de Alagoas (Ceal) para este ano, após ter registrado no ano passado uma perda na receita de aproximadamente R$ 81,5 mi. Inadimplência, queda de consumo decorrente do racionamento, perdas técnicas e comerciais contribuíram para o resultado negativo. De acordo com o diretor financeiro da distribuidora, Henrique Mello de Moraes, a situação atual da empresa é muito difícil. ´Temos um desafio pela frente´, observa. Um comparativo entre os resultados financeiros de 2001 e 2000 serve para ilustrar a gravidade do quadro: enquanto no ano do racionamento os resultados operacionais (R$ 39,3 mi negativos) e financeiros (R$ 41,2 mi negativos) totalizaram uma perda de R$ 81,5 mi; em 2000 o fechamento das operações ficou em R$ 1,1 mi de lucro. (Gazeta Mercantil - 22.03.2002)

Índice


4- AES deverá investir R$ 200 mi na sua rede de distribuição em 2002

A AES Eletropaulo, controlada pela americana AES, deverá investir neste ano R$ 200 mi na sua rede de distribuição de energia elétrica, sendo que a maior parte do montante será destinada à modernização da rede, informou a diretora da Área de Regulação da empresa, Solange Ribeiro. O volume de investimentos é cerca de 30% inferior ao realizado pela empresa no ano passado. A distribuidora havia planejado, no início de 2001, investimentos de R$ 450 mi em sua rede naquele ano. Por causa do racionamento de energia iniciado em junho, que reduziu o consumo de energia em até 25% e, conseqüentemente, diminuiu a receita, a em presa acabou concretizando investimentos de R$ 300 mi em 2001. (O Estado de São Paulo - 22.03.2002)

Índice


5- Programa de pesquisa e desenvolvimento da AES Sul terá 13 projetos

O programa de pesquisa e desenvolvimento da AES Sul, distribuidora que fornece energia elétrica para 113 municípios do Rio Grande do Sul, relativo ao ciclo 2001/2002, terá um total de 13 projetos, nos quais a empresa investirá R$ 4,6 mi. Deste total, R$ 2,3 mi serão aplicados diretamente nos projetos e a outra metade destina-se ao fundo nacional de ciência e tecnologia. Entre os projetos está o programa anual de combate ao desperdício. "A AES é uma das poucas, se não a única, a prever uma versão integrada da oferta e da demanda", garante Antônio Saldanha Nunes, coordenador do programa. Segundo ele, há 76 instituições parceiras da AES Sul na execução dos projetos. O valor total de R$ 2,3 mi aplicado nos 13 projetos corresponde a 0,25% da receita operacional líquida da concessionária, que é de R$ 939.999.347,65. Todos vão receber até o final deste ano parcelas praticamente iguais do investimento total, garante Nunes. "O valor integral a ser investido em 2002 praticamente equivale ao de 2001, que foi de aproximadamente R$ 2,5 mi", completa o coordenador do projeto. (Canal Energia - 22.03.2002)

Índice


6- CPFL Geração reavalia investimentos em projetos de cogeração

A CPFL Geração está revendo seus planos de aquisição de energia provenientes da cogeração. Para este ano, está previsto a entrada de 400 mil MWh. Nos planos iniciais, esta quantidade era maior: 600 mil MWh. Segundo José Antônio Sorge, gerente de Comercialização da empresa, a decisão reflete o período pós-racionamento e as incertezas do mercado. "A entrada de energia proveniente de cogeração no nosso sistema ainda é decorrente dos contratos assinados no ano passado", comenta. Em 2002, o gerente conta que ainda não foi assinado um contrato com produtores de cogeração. O motivo é a mudança de hábitos do consumidor com o racionamento. Isto porque a tendência é de que os consumidores mantenham um nível de economia mesmo após o fim do racionamento. "Com isso, a necessidade de energia nova no sistema diminui", esclarece. Outro fator que poderá dificultar este processo é a comercialização direta no MAE. (Canal Energia - 22.03.2002)

Índice


7- Fabricantes de equipamentos apostam na expansão

Com o fim do racionamento, as maiores fabricantes mundiais de equipamentos de energia apostam agora na expansão dos investimentos em linhas de transmissão, segmento ainda carente de infra-estrutura no Brasil. Depois de garantirem receitas com contratos de fornecimento de turbinas para as usinas termelétricas emergenciais, entre outros projetos tocados diante da crise energética, empresas como ABB, Siemens e Alstom estimam este ano um crescimento de até 65% no faturamento com os chamados ''linhões''. Esse é o caso da Asean Brown Bovery (ABB). Em 2001, a multinacional registrou faturamento de US$ 300 mi no mercado brasileiro com encomendas de equipamentos para linhas de transmissão. Com os novos projetos que serão iniciados neste ano, a ABB projeta um crescimento de cerca de 65% no seu resultado em 2002, ou US$ 500 mi. (Jornal do Brasil - 22.03.2002)

Índice


8- Plano de redução de custos da EDP não satisfaz analistas

Analistas do setor elétrico receberam mal o anúncio feito esta semana pela Electricidade de Portugal (EDP) sobre a projeção de corte nos custos em 2002. De acordo com análises internas de consultorias, divulgadas por agências internacionais de notícias, a EDP dá sinais de que precisa administrar os custos com fornecimentos e serviços externos, que chegaram a 654 milhões de euros no ano passado. Para este ano, a EDP deverá promover um corte de 21% no número de funcionários da área de distribuição, para atingir 5.683 pessoas na folha de pagamento. A redução geral nos custos com encargos trabalhistas deve resultar em economia entre 26,1 mi de euros e 227,4 mi de euros no prazo de 2002 a 2005.A expectativa de crescimento internacional da empresa portuguesa é de 12,2% nas receitas em 2002, mantendo esta média anual pelo menos até 2005. Na avaliação do banco Banif, a expectativa da multinacional é conservadora demais. Diante disso, baixou a recomendação para os títulos da EDP de "compra" para "manter". (Gazeta Mercantil - 21.03.2002)

Índice


9- Segundo vice-presidente da Eletropaulo, falhas em comunicação teriam influenciado pesquisa

A AES Eletropaulo atribuiu a falhas em sua comunicação com os consumidores os resultados de uma pesquisa de satisfação do consumidor realizada pela Aneel, na qual obteve a pior avaliação entre um grupo de 14 grandes distribuidoras, divulgada na quarta-feira. De acordo com o vice-presidente da Eletropaulo, Cyro Boccuzzi, a empresa tem registrado melhorias significativas nos índices que medem a qualidade do fornecimento, além de ter ampliado a rede de atendimento aos clientes nos últimos anos. ''Mas, se a percepção dos clientes não é boa, temos de avaliar e melhorar a nossa comunicação com eles'', disse Bocuzzi. De acordo com a pesquisa, que ouviu 300 consumidores da Eletropaulo, a distribuidora caiu no Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (IASC) de 63,35, em 2000, para 54,44 em 2001. (Jornal do Commercio - 22.03.2002)

Índice


10- CPFL dá sinais da ofensiva em mercado corporativo

A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), distribuidora do interior paulista, já dá sinais da ofensiva que deve iniciar em busca da expansão de mercados corporativos. A empresa participa esta semana da Feira Internacional da Indústria Elétrica, Energia e Automação (FIEE), promovida pela Alcantara Machado, em São Paulo. A CPFL é a única distribuidora com posição marcante na FIEE. O enfoque da empresa na exposição são os serviços novos, impulsionados principalmente pelo racionamento. Entre eles, programas de eficiência energética, motivados pela obrigação contratual - imposta pela Aneel - de investimento mínimo de 1% da receita anual com medidas que combatem desperdício do insumo. O estande da distribuidora ressalta ainda a oferta de serviços para medições elétricas especiais, manutenção em cabines de 15 kV e monitoramento de qualidade da energia. Esses pacotes de serviços ainda apresentam o site para comercialização do insumo, desenvolvido durante o racionamento para negócios envolvendo excedentes energéticos. O setor aposta na continuidade desse mercado secundário, movimentado via distribuidoras e por meio, principalmente, de sistemas eletrônicos. (Gazeta Mercantil - 21.03.2002)

Índice

11- Chesf investirá R$ 11 mi em pesquisa

A Chesf vai investir R$ 11 mi em pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Para viabilizar a iniciativa, a empresa pretende realizar consulta a entidades vinculadas aos ministérios da Educação e Ciência e Tecnologia. Os projetos de interesse da companhia estão nas áreas de novas tecnologias de automação de sistemas, geração de eletricidade a partir de fontes alternativas e segurança da informação. (Jornal do Commercio - 22.03.2002)

Índice


12- S&C Electric tenta alavancar linhas para proteção elétrica

A S&C Electric Company tenta introduzir no mercado brasileiro seu equipamento de proteção a variações de tensão, da linha Pure Wave. A empresa, com sede em Chicago (Estados Unidos) e filial no Brasil instalada em São José dos Pinhais (Paraná), tenta há pelo menos dois anos vender o equipamento no País, sem sucesso, segundo fonte da empresa. A nova estratégia da companhia é a apresentação oficial da linha PureWave na Feira Internacional da Indústria Elétrica, Energia e Automação (Fiee), que está sendo realizada esta semana em São Paulo. A S&C diz contar, como peso favorável para a alavancagem do produto no Brasil, com a compra da unidade da Siemens, especializada em equipamentos contra flutuação de tensão. A planta da Siemens, na Carolina do Norte (EUA), fabricava o principal concorrente da linha PureWave e foi adquirida no segundo semestre do ano passado. A linha a ser vendida no Brasil será importada das fábricas norte-americanas. A S&C aposta ainda para fechamentos de novos contratos tipo "turn key" (chave na mão) para construção de subestações. Atualmente, ela toca dois projetos para a Copel e deve iniciar em breve uma subestação da Alcoa, em Minas Gerais. O carro-chefe da S&C é a fabricação de chaves de controle, fusíveis e demais equipamentos acessórios de sistemas de distribuição. A unidade de São José dos Pinhais (PR) é o centro produtivo da América Latina. (Gazeta Mercantil - 21.03.2002)

Índice


13- Programa ambiental de Furnas recebe certificado ISO 14001 pela segunda vez em quatro anos

Pela segunda vez em quatro anos, Furnas ganhou o certificado de qualidade ISO 14001 pelo programa de gestão ambiental implantado na subestação de Ibiúnas, em São Paulo. A certificação, que exigiu um investimento estimado em R$ 100 mil, foi concedida pelo Bureau Veritas Quality International este ano. Implantado há três anos, o sistema combina bacias de contenção, separadores de água e óleo, estação de tratamento de efluentes e reflorestamento de matas, possibilitando o monitoramento e controle de efluentes industriais, o estabelecimento de coleta seletiva, a destinação apropriada de resíduos e a colocação de barreiras contra vazamentos de produtos químicos e inflamáveis nas salas de baterias e depósitos. Além disso, foram implantados e revistos procedimentos emergenciais e instalados registros automáticos para redução do consumo de água e sensores para a redução do consumo de energia, segundo Luis Fernando Bergamim, gerente de qualidade ambiental de Furnas. (Canal Energia-22.03.2002)

Índice


14- Furnas quer conseguir ISSO 14001 para três outras unidades

"O processo de certificação ISSO 140001 não se esgota após concluído. Seu processo passa por análises, críticas gerenciais constantes, tendo como objetivo principal a melhoria contínua e a posterior recertificação", disse o gerente de qualidade ambiental de Furnas, Luís Fernando Bergamim. Além de Ibiúna, a subestação de Foz de Iguaçu também já recebeu o certificado. Este ano Furnas pretende obter a ISO 14001 para as unidades de Cachoeira Paulista, Poços de Caldas e para a termelétrica de Campos, onde o programa ainda está sendo implantado. A subestação de Ibiúna é considerada a maior conversora de corrente contínua em alta-tensão (HVDC) do mundo, operando com 600 KV. Sua principal atividade é receber a energia gerada pela usina de Itaipu, transmitida em corrente contínua pela subestação de Foz de Iguaçu; convertê-la em corrente alternada; e disponibilizá-la para as linhas de transmisão ligadas ao sistema sudeste brasileiro. (Canal Energia-22.03.2002)

Índice


15- Furnas investirá R$ 21 mi em centro tecnológico em Goiás

O Centro Tecnológico de Engenharia Civil (CTEC), localizado em Aparecida de Goiânia (GO), receberá investimentos de R$ 21 mi de Furnas. O valor será destinado à ampliação e atualização da capacidade tecnológica da unidade. Criado para atender exclusivamente às necessidades da energética, o CTEC passou a prestar serviços a outras empresas depois de assessorar as obras de Itaipu e Tucuruí. Entre os principais serviços a serem prestados pelo centro este ano estão a construção das usinas hidrelétricas de Itapebi (BA), Lajeado e São Salvador (TO), Campos Novos (SC), Barra Grande (RS) e também pequenas centrais hidrelétricas. (Canal Energia-21.03.2002)

Índice


16- Chesf vai aplicar R$ 11,5 mi em projetos de PeD em 2002

A Chesf disponibilizará uma verba de R$ 11,5 mi em 2002 para investimentos em pesquisa e desenvolvimento tecnológico. A empresa realizará consulta pública para recebimento de projetos em diversas áreas, como novas tecnologias de automação de sistemas, geração de eletricidade de fontes alternativas e segurança da informação. Os projetos deverão compor o Programa Chesf de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, que será apresentado à Aneel . A consulta é dirigida às entidades vinculadas aos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia. As informações sobre os projetos, e os temas de interesse, estarão disponíveis no website da Chesf a partir desta sexta-feira, dia 22 de março. (Canal Energia-21.03.2002)

Índice


17- CPFL está investindo em repotencialização de PCHs

Com o objetivo de modernizar suas unidades, a CPFL está investindo na repotencialização de suas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Do total de 19 usinas, sete já tiveram sua potência ampliada. Agora, a companhia está repotencializando mais quatro unidades. As unidades beneficiadas são Dourados (6,4 MW), São Joaquim (5,52 MW), Esmerim (1,76 MW) e Salto Grande (3,35 MW). Com o trabalho, a usina de Dourados passará a operar com 10,87 MW; de São Joaquim, com 8,34 MW; de Esmerim, com 5 MW, e de Salto Grande, com 4,55 MW. "Nosso intuito é repotencializar todas as nossas PCHs", comenta José Ferreira Abdal Neto, gerente de Operação do Sistema de Geração daCPFL. Para isso, três usinas deverão ser repotencializadas ainda este ano. São elas: Buritis, Capão Preto e Chibarro. Além disso, a CPFL estuda a possibilidade de modernizar mais duas PCHs este ano, que são a usina de Gavião Peixoto e de Três Saltos. (Canal Energia-21.03.2002)

Índice


18- Copel inaugura nova subestação em Londrina

A Copel inaugurou ontem, em Londrina, a subestação Semíramis, que vai beneficiar toda a regão norte da cidade. A subestação vai atender diretamente a região dos Cinco Conjuntos, incluindo empresas prestadoras de serviços essenciais como a Sanepar, Hospital da Zona Norte (HZN), Corpo de Bombeiros, centrais de telefonia, escolas e o comércio em geral. A nova subestação deve aumentar a confiabilidade do sistema elétrico da região porque a fonte de suprimento está próxima dos pontos de consumo. Diminuem os riscos de queda de energia em função de chuva, vento e descargas atmosféricas. O investimento foi de R$ 1,8 mi e a obra foi feita em seis meses. (Gazeta do Povo-22.03.2002)

Índice


 

financiamento

1- Governo pretende obrigar grande consumidor a comprar energia velha

O governo está estudando medidas para obrigar grandes consumidores de energia a participar dos leilões da chamada "energia velha" das estatais. Uma das alternativas propostas é o aumento do preço da tarifa cobrada das empresas que optarem por permanecer cativas das distribuidoras, tornando mais interessante a compra de energia no mercado livre. A venda de energia nos leilões será dividida em blocos de 360 MW e contratos de dois, quatro ou seis anos de duração, segundo proposta do Comitê de Revitalização do Setor Elétrico. A opção de se tornar consumidor livre de energia já existe para quem tem consumo acima de 10 MW, mas poucas empresas se arriscaram a deixar os contratos com suas distribuidoras e buscar novos fornecedores. Na opinião de especialistas do setor, os leilões de energia velha, que devem começar ainda neste semestre, só terão sucesso com a participação de grandes consumidores. (Tribuna da Imprensa - 22.03.2002)

Índice


2- Diretor administrativo da Abrace diz que é necessário garantir sobrevida das empresas

O grande consumidor está preocupado com as medidas para obrigar grandes consumidores de energia a participar dos leilões da chamada "energia velha" das estatais. "Estamos envolvidos em reuniões há mais de um mês para analisar as medidas", diz o diretor administrativo da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Paulo Ludmer. Ele diz que é preciso garantir "condições de sobrevida às empresas neste novo ambiente". "Tarifa alta significa aumento de custo", afirma. Uma das opções seria a liberalização gradual dos contratos, ou seja, as empresas poderiam ser obrigadas a comprar no mercado livre uma parcela de seu consumo, que cresceria a cada ano. "É o melhor momento para fazer a liberalização do mercado", opina o consultor Armando Franco, da Tendências. Segundo ele, há hoje no País um excesso de oferta de energia, o que garante menores preços de venda dos blocos de energia velha. "Abrir o mercado neste cenário é bem diferente do que na época do racionamento, quando a tendência era de alta de preços", afirma. (Tribuna da Imprensa - 22.03.2002)

Índice


3- Leilões podem garantir mais investimentos no setor elétrico

Um dos objetivos do governo federal, ao propor o leilão da "energia velha", era justamente evitar um choque tarifário no setor, quando os contratos iniciais assinados entre geradores e distribuidores começarem a acabar. No leilão, os compradores farão ofertas por blocos de energia em contratos de longo prazo, partindo de um preço mínimo - que deve ser o constante dos contratos iniciais - e com um teto de venda. Este sistema, na opinião do professor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura, pode garantir mais investimentos no setor elétrico, pois vai provocar uma aproximação do preço de geração de hidrelétricas ao de térmicas. Um dos entraves ao investimento em termelétricas é a disparidade entre os preços da energia de usinas hidrelétricas já amortizadas, em torno de US$ 22 por mWh, e de novas usinas termoelétricas, por volta de US$ 39 por mWh. (Tribuna da Imprensa - 22.03.2002)

Índice


 

financiamento

1- Racionamento provocou impacto de US$ 1 bi no saldo comercial de 2001

O racionamento de energia elétrica provocou um efeito direto de US$ 1 bi no saldo comercial de 2001. O Brasil gastou US$ 700 mi a mais em material elétrico e geradores e deixou de exportar, pelo menos, US$ 340 mi entre produtos metalúrgicos (de alumínio, ferro-ligas e outros) e material elétrico (motocompressores), já considerando o efeito preço. Nas contas do Departamento Econômico do BBV Banco, o Brasil importou US$ 700 mi a mais em geradores, transformadores e motores elétricos em 2001 na comparação com 2000, segundo estimativas do economista Fernando Barbosa, do BBV. A Associação Brasileira da Indústria do Alumínio (Abal), calculou em US$ 316 a perda de exportações em 2001 na comparação com 2000. As estatísticas da Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee) mostram uma queda de 2% nas exportações do segmento de geração, transmissão e distribuição. A Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex) considera que o racionamento teve um forte impacto na importação de material elétrico, que cresceu 38% em valor e 39,8% em quantidade no ano passado em relação ao ano de 2000. Para compensar, observa Fernando Ribeiro, economista da Funcex, as importações de eletroeletrônicos caíram 8% no ano em quantidade, com queda de 41% no último trimestre em relação ao mesmo período de 2000. (Valor Econômico - 22.03.2002)

Índice


2- Dólar comercial abre com alta de 0,17% e sai a R$ 2,3470 para venda

O dólar comercial abriu o dia com alta de 0,17% frente ao fechamento de ontem. No início do pregão, a moeda americana saiu cotada a R$ 2,3370 para compra e R$ 2,3470 para venda. Ontem, o dólar terminou em baixa de 0,08%, a R$ 2,3410 na compra e a R$ 2,3430 na venda, na mínima do dia. O resultado foi influenciado pela captação do Brasil no exterior, no valor de 500 mi de euros. (Valor Online - 22.03.2002)

Índice


3- Juro alto, CPMF empacada e Serra puxam risco-país

O governo brasileiro voltou ao mercado de empréstimos internacionais pela primeira vez depois de 14 anos de jejum e já garantiu mais de US$ 300 mi para comprar 76 aviões da Embraer. Ontem, o governo também conseguiu vender no mercado internacional de capitais bônus com prazo de 7 anos, denominados em euros, e em volume equivalente a US$ 440 mi. Mas, apesar do interesse dos investidores estrangeiros pelo país, o risco Brasil voltou a ultrapassar 700 pontos acima do retorno dos títulos do Tesouro norte-americano. Os títulos da dívida externa caíram em Nova York. E tudo isso, como resultado de uma combinação infeliz de fatores que dificilmente desaparecerão em poucos dias. Os mercados azedaram, também no Brasil, devido à decepção dos bancos com o corte discreto do juro pelo Banco Central num momento considerado altamente favorável a uma ação mais agressiva; ao fato de a CPMF ter empacado novamente na Câmara, já sinalizando que sua tramitação não deverá ser tranquila no Senado; e, ainda, em função da queda do candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, na pesquisa de intenção de voto CNI/Ibope. (Valor Online - 22.03.2002)

Índice


4- C-Bond cai depois de emissão

O preço dos títulos da dívida soberana renegociada caíram após o anúncio de que a República Federativa do Brasil vai emitir 500 mi em bônus no mercado europeu. Com a emissão, há maior oferta de títulos brasileiros no mercado internacional. O que os investidores decidiram fazer ontem foi vender os papéis da dívida renegociada - derrubando o preço - e comprar os títulos recém-emitidos. Além disso, a expectativa de que o Brasil poderia fazer um novo "swap" (troca) da dívida renegociada por outros títulos,"global bonds", minguou e os investidores venderam papéis do Brasil. O C-Bond, papel brasileiro mais negociado no mercado internacional, foi um dos mais sensíveis e caiu 0,76% e era cotado a 82% do seu valor de face. (Gazeta Mercantil - 22.03.2002)

Índice


5- Demanda frustra captação brasileira em euros

O Banco Central emitiu ontem 500 mi em bônus com vencimento no dia 2 de abril de 2009 - a primeira latino-americana deste ano. Mas os investidores europeus não receberam muito bem os papéis, segundo os operadores de mercado. Tanto que logo em seguida o preço do papel já estava caindo meio ponto percentual no mercado secundário e fechou o dia com desvalorização. O próprio Banco Central diz que a demanda ficou no limite da emissão. Os papéis saíram com um cupom de 11,5% ao ano, valor de face a 99,769% e um prêmio sobre os bônus do governo alemão de mesmo prazo em 6,46% ao ano. Essa nova emissão contrastou absurdamente com a última feita pela República, que, além de aumentar a oferta de US$ 725 mi para US$ 1,25 bi, teve uma demanda extra de US$ 3 bi. (Gazeta Mercantil - 22.03.2002)

Índice

 

gás e termoelétricas

1- EDF construirá térmica em Paracambi

"A primeira termelétrica a ser construída no País após o período de racionamento de energia será instalada no estado do Rio de Janeiro", informou o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, sobre a Usina Paracambi. A unidade terá sua pedra fundamental lançada na terça-feira, em Paracambi. De acordo com o secretário, o empreendimento do Grupo EDF (Light), que faz parte do Programa Prioritário de Termelétricas (PPT), terá investimentos de US$ 360 mi e irá gerar 542 MW. "A usina, que irá gerar mais de 1.800 empregos em sua construção, deverá entrar em operação em novembro de 2003", lembrou Victer. Segundo Victer, a construção da nova termelétrica foi viabilizada através de incentivos fiscais concedidos pelo governo do estado e pela Prefeitura de Paracambi. "Desta forma, garantimos a rápida implementação do projeto, que irá reafirmar a condição do estado do Rio de exportador de energia elétrica, fato que ajudará a garantir a confiabilidade do sistema interligado Sudeste/ Centro-Oeste." (Jornal do Commercio - 22.03.2002)

Índice


2- Vale do São Francisco terá nova termelétrica

A região do Vale do São Francisco está no limiar de uma nova onda de investimentos. Um dos empreendimentos mais importantes será a inauguração de uma termelétrica da Cisa Trading até agosto deste ano, em Petrolina. A usina movida a óleo combustível custou US$ 96 mi. Faz parte do programa emergencial de térmicas do governo e vai gerar 128 MW. Com a termelétrica, Petrolina deve passar de importadora a exportadora de energia. (Valor Econômico - 22.03.2002)

Índice


3- El Paso critica demora para fechar PPA da Macaé Merchant com a CBEE

A El Paso e a CBEE ainda não conseguiram assinar o contrato de PPA da termelétrica de Macaé Merchant. Para a empresa norte-americana, o contrato está pronto há mais de um mês. "Para nós, esta é uma situação inexplicável. Aguardamos apenas a convocação do governo para celebrar o contrato", afirma Eduardo Karrer, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da empresa. Atualmente, a térmica tem capacidade instalada de 350 MW. Ao final do projeto, ela poderá funcionar com potência total de 850 MW. Por outro lado, a assessoria de imprensa da CBEE diz que a minuta do contrato já está pronta, aguardando somente as informações sobre medição de fornecimento enviadas pelo MAE e pelo ONS. (Canal Energia - 21.03.2002)

Índice


grandes consumidores

1- Setor químico recuou 6,8% com racionamento

Indiretamente outros setores que não o elétrico também foram afetados pelo racionamento. No setor químico, as importações do grupo soda-cloro cresceram para atender o mercado doméstico. A produção de hidróxido de sódio líquido (o principal produto deste grupo) caiu de 1,3 milhão de toneladas em 2000 para 1,064 milhão em 2001, uma queda de 18,3%, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). As importações do mesmo bem subiram 35%, de 480 mil toneladas para 652 mil tonelada. No conjunto, a produção do setor recuou 6,8% em 2001 e as exportações recuaram 12% (em valor). "Os segmentos de cloro e soda e gases industriais foram os mais prejudicados pelo racionamento, mas a recessão argentina foi a grande causa da retração das exportações", explica o diretor-executivo da Abiquim,Guilherme Duque Estrada. (Valor Econômico-22.03.2002)

Índice


2- Produção das fábricas de celulose não foi afetada pelo racionamento

A menor demanda interna permitiu um aumento de 10% na exportação de celulose (em volume) no ano passado para uma queda de 2,2% na produção. As fábricas são auto-suficientes em energia elétrica e por isso a produção não foi afetada, diz Boris Tabacof, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Papel e Celulose (Bracelpa). (Valor Econômico-22.03.2002)

Índice


3- Funcex avalia que racionamento levou a aumento de 38% nas importações de material elétrico

A Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex) considera que o racionamento teve um forte impacto na importação de material elétrico, que cresceu 38% em valor e 39,8% em quantidade no ano passado em relação ao ano de 2000. Isso representou um gasto extra de US$ 995 mi nestas importações. Para compensar, observa Fernando Ribeiro, economista da Funcex, as importações de eletroeletrônicos caíram 8% no ano em quantidade, com queda de 41% no último trimestre em relação ao mesmo período de 2000. (Valor Econômico-22.03.2002)

Índice

 

internacional

1- Independência empresarial e uso de energia nuclear são principais plataformas do novo presidente da Fenosa

O novo presidente da Unión Fenosa, Victoriano Reinoso, esboçou ontem, um dia antes de assumir o cargo na junta de acionistas da firma, os pontos centrais de sua plataforma: independência empresarial, reabertura do debate sobre o futuro da energia nuclear na Espanha e duplicação do lucro da firma (US$ 258,5 mi em 2001) até 2005. Reinoso, que já está há 30 anos na empresa, substituirá no cargo a José María Amusátegui, que completou 70 anos esse mês. O novo presidente da Fenosa assegurou que haverá continuidade na direção, embora não tenha descartado realizar algumas mudanças. Reinoso afirmou que o aumento de participação na elétrica da SCH e da Caixa Galícia são prova de confiança da companhia. Entretanto, declarou que a Fenosa tem toda a capacidade de ser independente, a longo prazo. Reinoso disse que o setor elétrico chegou ao limite de seu esforço para baixar as tarifas e que a Espanha terá que desempoeirar os conhecimentos nucleares a caminho da segunda década do século. (El País-22.03.2002)

Índice


2- British Energy diz estar tendo prejuízo em seus negócios de geração nuclear

A British Energy disse ontem que estava perdendo dinheiro nos seus negócios de geração de energia nuclear no Reino Unido e anunciou um corte de US$ 614 mi nos seus contratos de eletricidade e na sua única usina não-nuclear. A companhia disse que ia cortar US$ 428,3 mi do valor de sua usina térmica movida a carvão em Eggborough, que foi comprada quando os preços de eletricidade eram mais caros há alguns anos. A companhia descreveu as condições de comercialização no Reino Unido como muito desafiadoras. Os preços de eletricidade para consumo no verão estão abaixo dos custos de produção, refletindo um problema estrutural insustentável no mercado britânico, disse a BE. A firma anunciou também um acréscimo de US$ 285 mi nas disposições para eletricidade pela qual fechou contrato de compra antes dos Novos Acordos de Comercialização de Energia (Neta) na última primavera. (Financial Times-22.03.2002)

Índice


3- UES quer investir na Europa continental para ganhar experiência

A companhia de energia russa UES disse estar considerando a compra de uma companhia de comercialização de energia na Europa continental ou na Escandinávia para granjear experiência de mercado, segundo declarou hoje o CEO Anatoly Chubais. Chubais disse que o alvo da aquisição não seria ganhar uma parcela substancial do mercado, mas sim um exercício para ganhar experiência no mercado de comercialização europeu. A UES também está buscando oportunidades de investimento nos mercados vizinhos. Ela pode tentar comprar uma distribuidora na Ucrânia ou outras firmas na Polônia, Armênia e Geórgia. Mas Chubais disse que ainda não é o momento. A Ucrânia pretende vender parcelas majoritárias de nove distribuidoras e minoritárias em outras sete esse ano, deixando a maior parte do setor na mão de investidores privados. (Platts-22.03.2002)

Índice


4- Enel fecha acordo para receber mais gás natural da Nigéria

A companhia energética italiana Enel receberá parte do gás produzido pela quarta e quinta usinas produtoras de gás natural líquido na Nigéria, cujo começo de operações está previsto para 2005, declarou fonte fidedigna da indústria na sexta-feira. A NLNG, companhia nigeriana responsável pelas usinas, deve anunciar em breve as quantidades que serão enviadas para a Enel sob um acordo de aquisição. A Enel importa atualmente 6 bilhões de metros cúbicos por ano da argelina Sonatrach e 3.5 bilhões de metros cúbicos da Nigéria, mas a companhia diz que pretende quem essa quantidade aumente para 15.20 bilhões de m³ nos próximos cinco anos pois o gás está sendo usado para converter usinas da Enel ara ciclo combinado. No início desse ano, a NLNG assinou contrato com a também italiana Eni para o fornecimento anual de 1.5 bilhões de m³. (Platts-22.03.2002)

Índice


5- Senado dos EUA vai fazer novas citações judiciais à Andersen e à Enron

O Comitê de Assuntos Governamentais do Senado dos Estados Unidos apresentará novas citações judiciais contra os executivos da Enron e da sua antiga auditora, a Arthur Andersen, como parte da investigação de seus vínculos com a Casa Branca. O presidente do comitê, o senador democrata Joe Lieberman, explicou que o propósito das citações judiciais, que serão apresentadas nos próximos dias, é obter informação sobre as comunicações entre executivos da Enron e a Casa Branca e outras agências federais a respeito da política energética do país. " Estamos tratando de realizar uma investigação completa para entender qual foi o conhecimento que tinham as agências governamentais sobre as práticas da Enron e se elas poderiam ter feito algo para impedir o colapso da empresa. Também queremos nos assegurar que isso não voltará a acontecer", disse Lieberman em um comunicado. (El Mundo-22.03.2002)

Índice


6- Escândalo entre a Enron e estatal do Connecticut leva governador do estado a demitir dois membros de seu gabinete

Numa ação configurada para estabelecer distância entre ele e um crescente escândalo relatado à Enron no Connecticut, o governador do estado, John Rowland, decidiu substituir dois chefes de seus gabinete, um dos quais estava sendo criticado por seu papel no escândalo. Rowland irá substituir Peter Ellef e Sidney Holbrook, que foram membros de seu gabinete desde 1997, na próxima semana, de acordo com o porta-voz Dean Pagani. Pagani disse que as considerações do ano eleitoral e o escândalo crescente sobre possíveis empréstimos não-segurados, disfarçados sobre forma de acordos de comercialização de energia, entre uma estatal do Connecticut e a Enron, contribuíram para as demissões. Ellef era o presidente da estatal em questão quando ela perdeu US$ 213 mi nos acordos do ano passado. Ele deve deixar o cargo no governo. Já Holbrook deve continuar no governo como gerente do gabinete de Rowland em Norwich, no sul do estado. (New York Times-22.03.2002)

Índice


7- Skilling saberia bem mais das sociedades da Enron do que admitiu até agora

Jeffrey Skilling, ex-executivo-chefe da Enron, ficou contrariado com esforços feitos por diretores para obter mais detalhes das controversas sociedades fora do balanço patrimonial da firma, de acordo com um membro do conselho da firma. Embora Skilling tenha contado a investigadores do Congresso americano que não conhecia os detalhes das sociedades, diversos membros do conselho garantiram que ele concedeu diversas apresentações detalhadas sobre o tema em reuniões de seus membros. Skilling reconheceu seu envolvimento na supervisão das sociedades, mas disse que confiava nos contadores e advogados para conselhos sobre a estrutura das sociedades. Um resumo da discussão de oito diretores da Enron com uma investigação interna mostram que o conselho confiava em Skilling e outros gerentes da companhia, juntamente aos advogados da Vinson & Elkins para supervisionar e rever as parcerias. (Financial Times-22.03.2002)

Índice


8- Fomento às energias renováveis é aprovado no Senado Americano

O Senado dos EUA aprovou ontem por 58 a 40 uma solicitação para que se inclua na nova legislação de energia o fomento às fontes renováveis de energia. Isso dá um alento para a reformulação da legislação, já que na semana passada o Senado rejeitara uma medida que visava o aumento da eficiência dos combustíveis, buscada pelos democratas. A derrota nessa nova questão deixaria os líderes democratas sem muitos incentivos para continuar o debate sobre o tema. Alguns dos democratas urgiram seus colegas no Senado a engavetar o projeto da nova legislação de energia, que é uma das principais prioridades do presidente George Bush. Eles temem que qualquer compromisso que advenha de uma conferência no senado seja ainda pior que a inexistência total de uma legislação. Os ambientalistas criticaram a lei aprovada pela maioria republicana no ano passado, que incentiva o uso de combustíveis fósseis poluentes e de energia nuclear. Ontem, alguns republicanos moderados se uniram aos democratas para salvar a medida, chamada de portfólio da energia renovável, que demandará que os distribuidores usem uma porcentagem maior de energia renovável. (Financial Times-22.03.2002)

Índice


9- Peru espera arrecadar pelo menos US$ 700 mi com privatizações de elétricas do país em 2002

O diretor-executivo da Copri, órgão peruano responsável pela privatização de estatais do país, Pedro Sánchez, afirmou que se esperam obter pela Egasa e Egesur, pelas quatro distribuidoras do norte e pelas ações remanescentes da Edelnor US$ 700 mi, dos quais US$ 500 mi ainda nesse primeiro semestre. Além disso, com as distribuidoras do sul poderiam ser conseguidos mais US$ 400 mi, o que faria com que os ingressos por privatização poderiam superar os US$ 1 bi. Sánchez disse que as greves e protestas no sul do país contra o processo de privatização das geradoras de eletricidade Egasa e Egesur não desanimaram os concorrentes, que estão trabalhando permanentemente para apresentar suas propostas. Apesar disso, Sánchez disse que a Copri está em conversação com os trabalhadores dessas geradoras e que a oposição por parte deles à privatização já se reduziu bastante. (Gestión-22.03.2002)

Índice


10- RWE adquire Innogy por US$ 7,5 mi

O grupo alemão do setor energético RWE comprou a Innogy, segunda maior empresa britânica de eletricidade por um preço total de US$ 7,5 bi, numa operação que inclui a assunção da dívida da Innogy por parte da RWE. A RWE irá pagar cerca de US$ 4,4 bi pela Innogy, isto é, cerca de US$0,39 por ação, um montante a que se junta a dívida da Innogy, a qual é estimada aproximadamente em US$ 3,1 bi , o que eleva o total da operação para os US$ 7,5 bi. "A oferta representa um prêmio de 31% em relação ao preço de fecho das ações da Innogy a 15 de Fevereiro", explicou a RWE. Esta é a segunda aquisição no mercado britânico por parte do grupo germânico, depois de ter comprado no ano passado a empresa de distribuição Thames Water. (Diário Econômico-22.03.2002)

Índice

 

 

Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Fabiano Lacombe - Economistas

Assistentes de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Pedro Furley, Rodrigo Rötzsch e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor
www.eletrobras.gov.br/provedor