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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 840 - 19 de março de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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1- O Novo MAE - Aprimorando a Formação de Preços.

O processo de reestruturação do setor elétrico brasileiro, iniciado na década de noventa, objetivava a criação de um ambiente competitivo na geração e na comercialização. Assim, foi concebido o MAE - Mercado Atacadista de Energia Elétrica, baseado em uma operação auto-regulada por parte dos agentes integrantes do setor.

O sistema elétrico brasileiro possui características peculiares que tornam complexa a negociação livre de preços e quantidades de energia no mercado spot. Em especial, pode-se citar a predominância da geração hidráulica na matriz energética do país. Neste contexto, o governo centralizou a comercialização no curto prazo adotando o modelo Newage, onde o preço era definido por modelos de otimização baseado em dados fornecidos pelos agentes do setor. No entanto, este modelo não se mostrou eficaz na condução do processo de liberalização do mercado de energia elétrica no país. Consequentemente, a Aneel foi forçada a tomar medidas drásticas e a intervir na gestão deste mercado.

Para a solução dos impasses existentes e o avanço no processo de abertura do mercado de energia, a metodologia de precificação constitui uma das prioridades dos esforços de revitalização do setor. Como proposta é apresentado um sistema de oferta de preços, onde leilões de energia seriam realizados de hora em hora. A finalidade é permitir uma maior agilidade na precificação da commodity e uma maior aderência dos preços ao quadro conjuntural. As curvas de oferta (geradoras) e de demanda (distribuidoras e grandes consumidores) passam a constituir de base para a formação do preço de mercado. A expectativa do Governo é de que tal sistema estimule a comercialização desta commodity e que os preços à vista passem a atuar como parâmetros de referência para os contratos bilaterais.

Atualmente, a incerteza que permeia a formação dos preços à vista de energia elétrica contribui para restringir os investimentos privados no setor. O "novo MAE" representa uma evolução do arranjo institucional que estrutura as atividades do mercado spot. O livre acesso de todos os agentes interessados em participar do mercado de energia (termelétricas, estatais, novas geradoras, grandes geradores, distribuidores etc), a nova metodologia de precificação via leilão e o maior intercâmbio entre os submercados se mostram, a primeira vista, como eficientes mecanismos de condução do setor para uma "verdadeira" economia de mercado. Assim, a implementação efetiva do Novo MAE consiste em etapa necessária para eliminação de um dos principais gargalos estruturais existentes no setor de EE nacional.

(Grupo de Estudos de Empresas de Energia Elétrica - NUCA/IE/UFRJ)

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regulação

1- Aneel anuncia licitação de 41 hidrelétricas até 2003

O diretor-geral da Aneel, José Mário Miranda Abdo, disse ontem que deverão ser licitadas neste ano as concessões de 16 usinas hidrelétricas, com cerca de 4,5 mil MW de capacidade e investimentos necessários estimados em R$ 6,9 bi. Para 2003, está prevista a licitação de outras 25 hidrelétricas, com 6,39 mil MW e investimentos de R$ 9,6 bi. Abdo foi um dos palestrantes do seminário de abertura da 21ª Feira Internacional da Indústria Elétrica, Energia e Automação, que está sendo realizada nesta semana em São Paulo. Na sua palestra, ele deu um recado aos críticos que atribuíram à agência (e ao próprio Abdo) parcela de culpa pelo déficit energético que levou o País ao racionamento de energia. A agência não planeja a expansão da oferta, não conduzimos a política energética - disse ele. ''Quem formula políticas são o Governo e o Congresso Nacional.' De acordo com Abdo, cabe à Aneel regular e fiscalizar o setor elétrico, bem como mediar conflitos e outorgar concessões. (Jornal do Commercio - 19.03.2002)

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2- Chesf abre concurso visando privatização

O Governo Federal está dando os primeiros passos concretos para a cisão da Chesf. Serão contratados através de concurso 660 funcionários, já que a estrutura atual da empresa se encontra com déficit de pessoal, devido ao elevado número de aposentadorias - a idade média dos empregados é de 44 anos. ´Com a cisão, será necessário reforçar o quadro, principalmente na maior das novas empresas, a Chesf Águas, que será uma geradora com a tarefa adicional de gerir os recursos hídricos do Nordeste´, afirma o chefe de gabinete da Diretoria de Recursos Humanos da Chesf, Sérgio Veras. A cisão da empresa em Chesf Águas, Chesf Xingó e Chesf Transmissão tem previsão de ser concluída em junho. As vagas se destinam aos oito estados da área de atuação da Chesf. São 83 vagas de nível fundamental, 287 de nível médio e 290 de nível superior. Este último grupo inclui engenheiros, administradores, advogados, economistas e jornalistas. Os salários variam de R$ 523 a R$ 2.979. (Gazeta Mercantil - 19.03.2002)

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3- Venda da Cesp só deve ocorrer em 2003

O secretário de Energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce, disse ontem que a privatização da Cesp Paraná, a última parte dos ativos de geração de energia da extinta Cesp ainda sob a gestão do Estado, deverá ser privatizada somente no ''próximo mandato'', numa referência à possibilidade de reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB). De acordo com Arce, a conjuntura atual do setor elétrico, com os investidores privados ainda sem conhecer detalhes importantes da futura regulamentação do setor elétrico - como a definição dos Valores Normativos (VNs) -, deverá tornar impossível uma retoma da do processo de venda da companhia no primeiro semestre. Não haveria tempo hábil para o lançamento do edital e leilão da companhia no segundo semestre, por causa das eleições, disse Arce, que foi um dos debatedores do seminário de abertura da 21ªFeira Internacional da Indústria Elétrica, Energia e Automação, que está sendo realizada nesta semana em São Paulo. (Jornal do Commercio - 19.03.2002)

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4- Energia poderá custar mais das 17h às 20h

A medida, já adotada na indústria, visa reduzir consumo no horário de pico e será compensada com tarifa social. A energia elétrica custará mais no chamado horário de pico, que vai das 17 às 20h, para reduzir o consumo no período mais crítico de fornecimento. A medida será contrabalançada por tarifas sociais, atribuídas a quem está nas faixas de menor renda da população, conforme antecipou o Jornal de Brasília. Essa é uma das nove medidas em estudo na GCE, sob o nome de pacote de revitalização do setor elétrico.Essas novas medidas serão agregadas às 33 já anunciadas em janeiro e fevereiro. De acordo com o secretário de Energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce, o custo mais elevado para o horário de pico está sendo batizado de tarifa amarela. Atingirá os consumidores residenciais, sob a forma de uma tarifa sazonal que implica a cobrança de preços diferenciados para os horários de ponta e os demais. (Jornal de Brasília - 19.03.2002)

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5- Ana assina convênio para integrar gestão dos recursos hídricos do Paraíba do Sul

O presidente da Ana (Agência Nacional de Águas), Jerson Kelman, e o secretário nacional de Recursos Hídricos, Raymundo Garrido, participam nesta terça-feria, dia 19 de março, da assinatura do convênio de integração para a gestão dos recursos hídricos da bacia do rio Paraíba do Sul. Durante o encontro serão discutidas as principais questões que envolvem a implantação da Política Nacional de Recursos Hídricos, em especial, os assuntos ligados ao uso da água, à outorga (o direito à captação de água no leito do rio) e à implantação das agências de bacia (órgãos executivos que irão aplicar os recursos criados pela cobrança do uso da água). Na semana passada, o Conselho Nacional de Recursos Hídricos, em Brasília, aprovou a cobrança de uma taxa pelo uso da bacia hidrográfica do Paraíba do Sul. O valor a ser cobrado será de R$ 0,02 por metro cúbico de água. (Canal Energia - 18.03.2002)

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risco e racionamento

1- Aneel define plano para monitorar fornecimento de energia

As interrupções no fornecimento de energia no País passarão a ser monitoradas, a partir deste ano, por uma central eletrônica em Brasília. A Aneel já iniciou o processo de licitação para comprar e instalar 18,1 mil aparelhos chamados Argos. O investimento pode chegar a R$ 5,4 mi e garantirá a fiscalização nas 65 concessionárias brasileiras. Toda vez que o fornecimento for interrompido, o Argos, implantado no poste da rede elétrica, faz uma ligação telefônica para Aneel e registra o horário da ocorrência. Quando a situação volta ao normal, o aparelho estabelece novo contato com a central para avisar. No final, o computador, aponta o tempo total de interrupção por consumidor. No cronograma definido pela Aneel, as instalações começam em setembro, após processo de licitação, cujo termo de referência já pode ser obtido na agência (www.aneel.gov.br). Os estados do Centro-Oeste e o Distrito Federal estarão entre os primeiros com as distribuidoras de energia monitoradas. O orçamento da Aneel garante para este ano a instalação de pelo menos 9 mil Argos no Brasil, dos quais 2,4 mil na Região. (Gazeta Mercantil - 19.03.2002)

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2- ONS defende proteção a investidor elétrico

O diretor-presidente do ONS, Mário Santos, defendeu ontem a adoção de usinas termelétricas flexíveis no País. A medida serviria para confortar os investidores do setor, que se veriam livres do caráter "take or pay" dos contratos de compra de gás natural. Pelo modelo atual, a geradora é obrigada a pagar pelo menos 70% do volume de gás contratado, mesmo que não o utilize. Esta condição, imposta pelas empresas fornecedoras do combustível, é vista como uma amarra pelos investidores. Santos propôs um mecanismo como a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), fundo destinado a bancar o combustível das térmicas movidas a carvão e diesel, por exemplo. O secretário de Energia de São Paulo, Mauro Arce, entretanto, considera "difícil" a aplicação da proposta de Mário Santos, pois o "País ainda não conta com um mercado secundário de gás". "É preciso calibrar a quantidade de térmicas, e isso ocorre naturalmente, no momento de obtenção do contrato de venda da energia com as distribuidoras."(Gazeta Mercantil - 19.03.2002)

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3- Curva de aversão ao risco usa critérios conservadores

O ONS contou com dados conservadores para traçar a chamada Curva Bianual de Aversão ao Risco para 2002 e 2003, cujos critérios de cálculo foram divulgados hoje pelo diretor presidente do órgão, Mario Santos. Nos próximos dois anos no Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil, o ONS prevê margens de segurança contra riscos de escassez de energia, levando em conta uma quantidade de chuvas equivalente a 68% da média histórica anual para 2002 e de 67% para 2003. "Esse critério considera os quatro piores biênios de afluência", comenta Santos. Além da média de chuvas, o ONS calculou ainda que o mercado consumidor de energia deve permanecer 7% abaixo do patamar anterior ao racionamento, girando em torno de 26.270 MW médios mensais. Para Santos, essa redução permanente de consumo ainda é pequena. Para o Nordeste, o ONS calcula também a manutenção média de 7% de economia, o que resulta num consumo mensal aproximado de 5.928 MW na região. Desde 1º de março, no entanto, a economia ainda é de 9,4% sobre esta carga. Somado a isso, o operador projeta a curva de segurança para os dois próximos anos, considerando que os estados nordestinos tenham chuvas de cerca de apenas 52% da média histórica de afluência. (Gazeta Mercantil - 18.03.2002)

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4- Avaliação da margem de segurança do sistema não leva em conta usinas termelétricas

O ONS preferiu não contar com a operação das 49 usinas termelétricas do programa emergencial para avaliar a margem de segurança do sistema. Segundo Santos, o traçado da curva bianual considera que apenas 16 térmicas conseguiriam entrar em operação nos próximos dois anos. Mesmo usando os mais pessimistas parâmetros - de pouca chuva e alto consumo de energia em relação à nova mentalidade contrária ao desperdício -, Santos não arrisca dizer que o risco de desabastecimento está totalmente descartado. Mas afirma trabalhar com critérios de máxima segurança. Pela curva de aversão ao risco, o acompanhamento dos reservatórios é mensal. Se em determinado mês a projeção não for alcançada, o ONS deve alertar o Ministério de Minas e Energia, a quem caberá acionar o "sinal amarelo", diz o diretor do ONS. (Gazeta Mercantil - 18.03.2002)

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5- El Niño torna necessárias as obras de transmissão de energia

Em nenhuma perspectiva desenhada para o sistema, o ONS calculou a necessidade de despachar as usinas térmicas emergenciais. Na pior das hipóteses, Santos lembra que parte da capacidade contratada para o Nordeste precisaria entrar em operação. Isso quer dizer que: se chover apenas 52% da média histórica e se o consumo extrapolar os aproximadamente 5.928 MW mensais, o ONS determinaria a operaçao de metade dos 1.500 MW emergenciais projetos para o Nordeste e ainda assim a região estaria protegida contra novas crises. Há, no entanto, um fato climático novo que exigirá que o ONS leve em conta, sim, um cronograma de obras de transmissão de energia, em vez de contar apenas com dados sobre chuva e consumo. O fato novo chama-se El Niño, fenômeno que provoca chuvas fortes no Sul e no Nordeste do País, mas pode provocar seca no Sudeste e no Centro-Oeste. A previsão é de que o El Niño, já conhecido no Brasil, apresente-se exatamente entre 2002 e 2003. Para evitar que, mais uma vez, sobre energia no Sul e falte no Sudeste, Santos afirma que será preciso concluir rapidamente o linhão para transmitir a energia de Itaipu (PR). (Gazeta Mercantil - 18.03.2002)

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6- Consumidor mantém economia

A população continua gastando menos energia, apesar do fim do racionamento. De acordo com os dados do ONS, o consumo nos 17 primeiros dias sem a obrigação de economizar está 5,96% abaixo do previsto no Sudeste e Centro-Oeste e 9,7% no Nordeste. Na última semana, o consumo ficou 3,4% abaixo dos 26.270 MW estimados como média para o Sudeste e Centro-Oeste no mês de março e 7,1% menor que os 5.928 MW previstos para o Nordeste. Na Região Sul, onde não houve racionamento de energia, o consumo está 3,05% acima do previsto no acumulado do mês e nos Estados do Norte, que fazem parte do sistema interligado, os gastos estão 0,96% maiores. Segundo um técnico do ONS, no entanto, ainda é precipitado fazer qualquer projeção sobre a acomodação do consumo de energia pós-racionamento, pois o ajuste nos hábitos da população ainda levará alguns meses. Os dados de referência sobre o consumo de energia utilizados pelo ONS já consideram uma redução histórica verificada após períodos de racionamento de energia em outros países e no Brasil. Segundo essas experiências, o consumo fica 7% abaixo das previsões de mercado. (Jornal do Commercio - 19.03.2002)

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7- Mário Santos não garante que não haverá apagões em 2002 e 2003

"A sociedade continua a fazer economia", comemorou o presidente do ONS, Mário Santos. Segundo ele, a expectativa é de que o país não enfrente mais problemas com oferta de energia entre 2002 e 2003. Ele acrescentou, porém, que é impossível garantir que não ocorrerão eventuais apagões. Santos lembrou que as usinas hidrelétricas estão cada vez mais distantes dos grandes centros consumidores, e que, por causa da falta de investimentos no início da década de 90, o sistema de transmissão está sujeito a sobrecargas. (Gazeta de Alagoas-19.03.2002)

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8- Segundo ONS, consumo de março está abaixo do previsto

O presidente do ONS, Mário Santos informou ainda que o consumo de energia em março, o primeiro mês após o fim do racionamento, está abaixo do máximo previsto pela curva de segurança dos reservatórios. Estava prevista que a demanda no Sudeste seria de 23,2 mil MW, já descontados os 7% que foram incorporados naturalmente no racionamento , mas o consumo está 5% abaixo deste patamar. (Valor Econômico-19.03.2002)

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9- Reservatórios do Sul registram queda de 1,83% em quatro dias

Os níveis dos reservatórios na região Sul continuam em queda. De acordo com números do ONS, relativo ao dia 17 de março, a capacidade de armazenamento nesta região caiu 1,83% em quatro dias. Nos demais submercados, o índice de armazenamento subiu. Nesta região, o volume de armazenamento atinge 82,77%. No último dia 13 de março, os níveis estavam em 84,6%. A capacidade de armazenamento na usina de G.B Munhoz registra 87,63%. (Canal Energia - 18.03.2002)

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10- Níveis dos reservatórios da Região Sudeste/Centro-Oeste continua subindo

Os níveis dos reservatórios da região Região Sudeste/Centro-Oeste atinge 66%, um aumento de apenas 0,04% em quatro dias. Com isso, o índice está 13,1% acima da curva superior estabelecida para o mês. Nas hidrelétricas de Furnas e Marimbondo, o volume de armazenamento está em 75,76% e 85,54%, respectivamente. (Canal Energia - 18.03.2002)

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11- Níveis subiram 0,73% na Região Nordeste

Na Região Nordeste, os níveis subiram 0,73% em comparação ao registrado no último dia 13 de março. Atualmente, a capacidade de armazenamento nesta região está em 62,27%, ficando 12,72% acima da curva superior prevista para o mês de março. Na usina de Sobradinho, o índice está em 61,21%. (Canal Energia - 18.03.2002)

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12- Armazenamento da hidrelétrica de Tucuruí registra crescimento de 0,18%

Na Região Norte a capacidade de armazenamento na hidrelétrica de Tucuruí atinge 109,67%, o que representa um crescimento de 0,18% em comparação ao verificado no dia 13, que foi de 109,49%. (Canal Energia - 18.03.2002)

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13- População do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste continua economizando energia acima do previsto

A população continua gastando menos energia, apesar do fim do racionamento. De acordo com os dados do ONS, o consumo nos 17 primeiros dias sem a obrigação de economizar está 5,96% abaixo do previsto no Sudeste e Centro-Oeste e 9,70% no Nordeste. Na última semana, o consumo ficou 3,4% abaixo dos 26.270 MW estimados como média para o Sudeste e Centro-Oeste no mês de março e 7,10% menor que os 5.928 MW previstos para o Nordeste. (Estado de Minas-19.03.2002)

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14- Sul e Norte estão gastando acima do previsto

Na região Sul, onde não houve racionamento de energia, o consumo está 3,05% acima do previsto no acumulado do mês de março e nos Estados do Norte que fazem parte do sistema interligado, os gastos estão 0,96% maiores. (Estado de Minas-19.03.2002)

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15- Para ONS, ainda não se pode prever novos hábitos de consumo com fim do racionamento

Segundo um técnico do ONS, no entanto, ainda é precipitado fazer qualquer projeção sobre a acomodação do consumo de energia pós-racionamento. Ele explicou que o ajuste nos hábitos da população ainda levará alguns meses. Os dados de referência sobre o consumo de energia utilizados pelo ONS já consideram uma redução histórica verificada após períodos de racionamento de energia em outros países e no Brasil. Segundo essas experiências, o consumo fica 7% abaixo das previsões de mercado, que consideram variáveis econômicas. (Estado de Minas-19.03.2002)

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16- Reservatórios estão bem acima da curva de segurança

A situação dos reservatórios ainda não preocupa o governo federal. No Sudeste e Centro-Oeste as represas estão com 66% da capacidade, e no Nordeste com 62,27%, ou respectivamente 13,10 pontos percentuais e 12,72 pontos percentuais acima da curva de segurança. (Estado de Minas-19.03.2002)

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17- Ceará economizou 14% de energia nos 15 primeiros dias de março

O cearense adotou a política de economizar energia, mesmo com o final do racionamento. A Coelce verificou nos 15 primeiros dias de março uma redução de 14,1% no consumo, ao comparar com os índices verificados no mesmo período do ano passado. O ONS também confirma a tendência no Nordeste, onde o consumo caiu 9,70% em relação ao mesmo mês, ano passado. (O Povo-CE-19.03.2002)

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18- Em 15 dias, Coelce terá reativado toda iluminação pública do Ceará

A Coelce está retomando suas atividades normais, prevendo para os próximos 15 dias a religação de toda a iluminação pública do Estado que havia sido suspensa por conta do racionamento. Em todo o Ceará já foram religadas 70% das lâmpadas desativadas. Elas representam 35% da carga total de energia do Estado. Na capital, 95% da iluminação pública já foi retomada. (O Povo-CE-19.03.2002)

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19- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Lucro de Furnas vai atingir R$ 1,1 bi

O presidente de Furnas Centrais Elétricas, Luiz Carlos Santos, anunciou ontem que o orçamento de investimento da empresa este ano será R$ 1,6 bi e que o lucro líquido da companhia referente ao exercício de 2001 vai atingir R$ 1,1 bi, recorde na história de Furnas. Os investimentos da companhia serão aplicados basicamente em construção de linhas de transmissão Ouro Preto-Vitória e Ibiúna-Batéias, além da repotencialização das usinas termelétricas de Santa Cruz, Campos e São Gonçalo, localizadas no Rio de Janeiro. (Jornal do Commercio - 19.03.2002)

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2- Luiz Carlos Santos informou ter entregue cargo

Em Belo Horizonte, Luiz Carlos Santos, presidente de Furnas Centrais Elétricas, informou ter entregue o cargo ao presidente Fernando Henrique Cardoso na sexta-feira. O ministro interino de Minas e Energia, Pedro Parente, já havia divulgado que Santos estava demissionário desde o início da crise entre o governo federal e o PFL, partido ao qual ele é filiado. Santos disse que o PFL sempre apoiou o Governo federal ao longo dos últimos sete anos e continua apoiando. Portanto, disse ele, não houve ''rompimento completo''. Santos defendeu a privatização de Furnas por meio de pulverização de ações. ''Furnas poderá ser a Petrobras do setor elétrico'', disse, referindo-se ao modelo seguido pela empresa de energia. Ele acredita, no entanto, que a conclusão do processo será iniciada apenas no próximo Governo. (Jornal do Commercio - 19.03.2002)

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3- Duke Energy quer crescer no Brasil com a compra de geradoras

A americana Duke Energy está disposta a crescer no Brasil, na contramão da estratégia das suas compatriotas AES e Enron, que estão diminuindo sua exposição na América Latina. O presidente da empresa no Brasil, Michael Dulaney , disse que a Duke pretende aumentar a sua capacidade de geração no país comprando empresas geradoras federais e estaduais quando o processo de privatização for retomado, ou adquirindo a concessão da construção de novas hidrelétricas em leilão. A construção de três termelétricas à gás natural também faz parte dos planos da empresa. No fim deste ano entram em operação as usinas de Porto Suarez (Bolívia) e Corumbá (MS), com 88 MW cada, somando 176 MW à capacidade atual. O maior projeto termelétrico da Duke, a usina de Pederneiras (SP), com 500 MW, obteve recentemente a licença ambiental prévia e a expectativa é iniciar as obras ainda em 2002. A operação em ciclo simples (gerando energia somente com gás) está prevista para o fim de 2003 e, em ciclo combinado (gerando a partir do gás e do vapor), em dezembro de 2004. O grupo estuda ainda a construção de uma quarta usina termelétrica, no Rio, do mesmo porte de Pederneiras. "Ainda não sabemos se esse projeto será realmente levado à frente", disse Dulaney. (Valor Econômico - 19.03.2002)

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4- Estudo da Abdib prevê investimentos de US$ 6 bi em infra-estrutura até 2005

Uma pesquisa realizada pelo Grupo de Trabalho de Identificação e Mapeamento de Áreas de Negócios do Comitê de Montagem da Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base), realizada em março, mostrou as perspectivas do mercado de montagem até 2005, levando em consideração as áreas de termelétricas, hidrelétricas, óleo e gás, siderurgia e mineração e papel e celulose. O resultado indica um total de US$ 6 bi a serem investidos nestas áreas, excluindo projetos futuros como a hidrelétrica de Belo Monte e a usina nuclear de Angra III. Em relação às térmicas, o estudo considerou as 73 usinas aprovadas pela Aneel previstas para entrar em operação até 2005, com capacidade total de 23 mil MW. Para projetos hidrelétricos, a pesquisa identificou 57 projetos com início comercial até 2006, o que vai representar um acréscimo em torno de 33 mil MW ao sistema. No segmento de óleo e gás, os investimentos deverão atingir US$ 4,3 bi a serem aplicados em refino, além de US$ 1 bi para o projeto Riopolímeros. (Canal Energia - 18.03.2002)

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5- Projeto de financiamento de US$ 600 mi do BID para o setor elétrico pode não sair

Está indefinida a possível liberação de uma linha de crédito US$ 600 mi do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para o setor elétrico. Destinada ao aumento de geração no âmbito do Programa Emergencial de Oferta da GCE , o financiamento parece ter entrado na gaveta do BNDES, sem previsão de saída. A carta-consulta para a negociação foi aprovada em junho de 2001 pela Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) - que reúne membros dos ministérios do Planejamento, Fazenda e Relações Exteriores - durante o auge da crise energética vivida ano passado. A aprovação dá início à preparação de projetos a serem financiados por organismos internacionais.Desde então, as negociações estão a cargo do banco estatal brasileiro, que atuará como o mutuário da operação. Porém, sem avanços efetivos. "Estamos discutindo com o BID, mas não temos um posicionamento efetivo se haverá liberação ou não em 2002", diz Ângela Carvalho, gerente da Área de Captações Externas do BNDES. (Canal Energia-18.03.2002)

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6- Financiamento do BID é prioritário para projetos de cogeração e viabilização de térmicas

O financiamento do BID seria prioritário para projetos de cogeração e viabilização de térmicas, além de ações na área de eficiência energética. "O recurso está no pipeline do BID, mas é preciso levar em conta a demanda atual do setor. Como mutuário, o BNDES assumirá todos os riscos e encargos da operação junto ao órgão financiador", explica Marcelo Siqueira, coordenador geral de Operações de Infra-Estrutura do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Ele confirma, entretanto, que a previsão inicial para o início da operação era 2002, o que pode não acontecer. "Será que o interesse no setor privado por projetos no setor de energia permanece da mesma forma até hoje?", questiona ele. (Canal Energia-18.03.2002)

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7- Estrutura da CEEE ganha reforço com a contratação de novos profissionais

A CEEE está contratando 296 novos funcionários para reforçar o atendimento técnico e comercial aos 1,2 milhão de consumidores que atende nos 72 municípios do Rio Grande do Sul onde fornece energia. Todos foram selecionados através de concurso público realizado em 2000. A central de teleatendimento de Porto Alegre, por exemplo, vai ganhar 37 novos postos de atendimento, chegando a um total de 60, operando 24 horas por dia. "Queremos oferecer cada vez melhores serviços. Aperfeiçoar o atendimento é fundamental", garante Vicente Rauber, presidente da CEEE. "Este incremento na infra-estrutura de pessoal vai facilitar o acesso dos usuários à empresa. Além disso, essa forma de atendimento vem crescendo na preferência dos consumidores", completa. (Canal Energia-18.03.2002)

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8- Novos contratados da CEEE garantirão segurança da infra-estrutura elétrica

Além de atender chamadas do tipo 0800, parte dos novos contratados pela CEEE vai fiscalizar ligações para evitar perdas ocorridas por desvios de energia, além de garantir que a infra-estrutura elétrica esteja dentro de padrões de segurança a fim de evitar acidentes. Um outro grupo vai ampliar o número de eletricistas da companhia, reforçando também as equipes técnicas que trabalham em linhas energizadas. Outra que será reforçada é a central da CEEE na cidade de Pelotas, que terá novos funcionários para lidar com as 70 mil chamadas mensais recebidas. A empresa também criará um serviço de suporte para atender os consumidores em cidades como Camaquã, Bagé e Rio Grande. (Canal Energia-18.03.2002)

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9- Coelce está tentando estimular consumo maior no Ceará

A gerente de Comunicação da Coelce, Conceição Rodrigues, informa que a companhia estima que haja uma demanda reprimida de 8% no consumo, e que essa perda não será recuperada este ano. Mesmo assim, a empresa está com uma campanha na mídia - que deverá durar 20 dias - mostrando aos consumidores que a vida voltou ao normal e que, mesmo com a volta dos patamares antigos de consumo, o fornecimento está garantido. Segundo Conceição, a garantia é dada pelas térmicas emergenciais, que entrarão em funcionamento em caso de necessidade. A termelétrica da Endesa (à qual pertence a Coelce), prevista para iniciar as operações em 2003, tem potência para produzir 310 MW, o que representa uma oferta de 30% das necessidades do Estado, o suficiente para abastecer a região metropolitana de Fortaleza. A conta das termo já está sendo paga pelos consumidores nos boletos de pagamento pelo serviço. (O Povo-CE-19.03.2002)

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10- Chesf investirá R$ 14,1 mi em projetos na área de Meio Ambiente este ano

A Chesf divulgou o valor dos investimentos previstos este ano para a área de meio ambiente. A empresa pretende destinar R$ 14,1 mi para o setor ao longo deste ano. O valor se aproxima do total de todos os investimentos realizados nesta área de 1997 e 2001, em torno de R$ 14,3 mi, uma média anual de quase R$ 3 mi.Entre os diversos programas incluídos no planejamento para este ano estão os de recuperação de áreas degradadas, recomposição florestal e reflorestamento da Mata Atlântica (transmissão), além de educação ambiental, produção de mudas e zoneamento da piscicultura em tanques-rede nos reservatórios (geração). A empresa também divulgou os custos ambientais da Usina Hidro Elétrica de Xingó para 2002. O valor é de R$ 294,3 mi. Xingó é a terceira maior e a mais moderna hidrelétrica do Brasil, com geradores de 500 mil KW cada e barragem com mais de 140 metros de altura. Localizada entre os estados de Sergipe e Alagoas, a usina é conhecida internacionalmente pela sua imponência e engenharia arrojada. (Canal Energia - 18.03.2002)

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financiamento

1- CEEE cria área para atuar no MAE

A recém criada Divisão de Mercado Atacadista da CEEE vai atuar junto ao MAE. Inicialmente ligado à área de transmissão da empresa gaúcha, o novo setor tem como objetivo se reposicionar diante do novo modelo do setor elétrico nacional, no que diz respeito às relações comerciais entre as empresas de energia elétrica e o mercado consumidor. De acordo com Ricardo Homrich, engenheiro da empresa, a principal característica do novo setor é a capacidade de negociar no mercado spot a energia excedente. As empresas geradoras, distribuidoras e comercializadoras de energia elétrica registram no MAE os montantes de energia contratada, assim como os dados de medição, para que desta forma se possa determinar quais as diferenças entre o que foi produzido ou consumido e o que foi contratado. Por isso, segundo o engenheiro, a idéia é dar mais sustentação ao mercado regional, participando de forma ativa das discussões e definições de regras sobre o mercado energético nacional. (Canal Energia-19.03.2002)

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financiamento

1- Dólar comercial abre com alta de 0,34% e sai a R$ 2,3500 para venda

O dólar comercial abriu o dia com alta de 0,34% frente ao fechamento de ontem. No início do pregão, a moeda americana saiu cotada a R$ 2,3400 para compra e R$ 2,3500 para venda. Ontem, a compra da cervejaria Kaiser pela canadense Molson motivou a expectativa de ingressos de divisas no mercado brasileiro. Assim, o dólar comercial fechou com 0,17% de queda, valendo R$ 2,3400 na compra e R$ 2,3420 na venda. (Valor Online - 19.03.2002)

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2- Tesouro oferece 2,5 mi de papéis prefixados ao mercado

O Tesouro Nacional coloca hoje à venda dois lotes de Letras do Tesouro Nacional (LTN). O primeiro, composto por 1,5 mi de títulos com valor nominal de R$ 1 mil cada, vence em 6 de novembro de 2002. O segundo lote, com 1 mi de papéis, tem vencimento em 2 de abril de 2003. O governo aceitará as propostas do mercado entre as 12h e 13h. O resultado será divulgado pelo Tesouro Nacional a partir das 14h30. (Valor Online - 19.03.2002)

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3- Juros caem e indicam corte na Selic

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anuncia amanhã, 20.03.2002, a taxa básica de juros que vai vigorar até abril. Hoje, ocorre a primeira etapa da reunião, onde será discutido o panorama macroeconômico. Amanhã, os diretores votam o rumo dos juros que estão em 18,75% ao ano. Os investidores são unânimes em afirmar que haverá redução na taxa básica da economia. A única dúvida é saber se o corte será de 0,25 ou 0,50 ponto percentual. Ontem, as projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) indicavam queda de 0,25 ponto percentual. Entre os contratos mais negociados, o de abril passou de 18,50% para 18,48% ao ano. A taxa para julho foi de 18,05% para 18,08% ao ano. Os juros de outubro passaram de 17,86% para 17,89% ao ano. De acordo com um relatório da Andima (Associação Nacional das Instituições de Mercado Aberto), "o mercado enxerga oportunidades para reduções até junho. Após esse período, as previsões de reajuste de preços administrados, as concentrações de vencimentos de títulos cambiais e o acirramento da campanha eleitoral deixariam o Banco Central menos à vontade para dar prosseguimento à redução das taxas". (Gazeta Mercantil - 19.03.2002)

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4- Brasil exporta menos, mas mantém saldo

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 121 mi na terceira semana de março. O valor é resultado de exportações de US$ 1,001 bi e importações de US$ 880 mi. Com esse desempenho, o saldo positivo no mês sobe para US$ 231 mi, com US$ 2,201 bilhões em vendas ao exterior e US$ 1,970 bi em compras. No acumulado do ano, a balança é superavitária em US$ 665 mi, com exportações de US$ 9,831 bi e importações de US$ 9,166 bi. Os números foram divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A queda de 20,3% das vendas de manufaturados foi a principal responsável pela redução de 14,8% das exportações, se comparada a média diária de US$ 200,1 mi de março deste ano com a média de US$ 234,9 mi apurada em igual mês do ano passado. Neste segmento, caíram as exportações de aviões, papel e cartão, automóveis, laminados planos, calçados, veículos de carga, autopeças e óleos combustíveis. (Gazeta Mercantil - 19.03.2002)

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5- IGP-M cai na segunda prévia do mês

A desaceleração no crescimento dos preços dos produtos agrícolas e a baixa cotação do dólar afetando os preços dos produtos industriais influenciaram o resultado da segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de março. Segundo o chefe do Centro de Estudos de Preços da FGV, Paulo Sidney de Melo Cota, o desempenho de alta de 0,14% na segunda medição do mês foi positivo, se comparado com a primeira prévia do mês, quando a inflação atingiu alta de 0,17%. "Se comparado com o resultado de segunda prévia de fevereiro, quando o IGP-M atingiu 0,02%, a inflação parece ter crescido", observou. Porém, ele considera que a comparação com a primeira prévia é mais correta, por apresentar dados mais recentes. Na prévia de março, que vai do dia 21 de fevereiro ao dia 10 de março, o resultado foi alavancado pelo desempenho do Índice de Preços por Atacado (IPA), que atingiu alta de apenas 0,02%, ante alta de 0,16% na primeira prévia do mês. O indicador representa 60% do resultado total do IGP-M. "A variação pequena nos preços do atacado afetou o índice total para baixo", disse Cota. (Gazeta Mercantil - 19.03.2002)

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6- Racionamento freia reposição salarial

O balanço das negociações coletivas de 2001 não foi tão negativo. Mas apenas porque 69% das convenções analisadas têm data-base no primeiro semestre - ou seja, antes do racionamento de energia, da desvalorização do real e das crises argentina e americana. Nesse período, 72% das categorias conseguiram bons acordos. No semestre seguinte, os acordos que compensaram as perdas acumuladas caíram para 46%. O impacto da crise energética foi um dos mais claros. "A região Sul, que não foi submetida ao racionamento, teve um desempenho acima da média nacional", afirma Amorim. Dos acordos salariais negociados no Sul, 80% deles tiveram reajuste acima ou igual à inflação acumulada. No restante do país, a média ficou próxima a 55%. (Valor Econômico-19.03.2002)

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7- Efeito do racionamento fez com que compensação das perdas inflacionárias decaísse no segundo semestre

No primeiro semestre de 2001, mais de 65% das categorias profissionais de serviços compensaram as perdas inflacionárias; já nos seis meses seguintes, com o racionamento, o percentual ficou próximo de 20%. Na indústria, que concentra a maior parte dos acordos (52%), ocorreu movimento parecido. Nos primeiros seis meses, 73% das convenções repuseram a inflação; a partir daí, a proporção caiu para 56%. No comércio, as negociações ficaram travadas no segundo semestre, quando nenhuma categoria teve reajuste maior que a inflação. No período anterior, 46,4% repuseram o INPC. Os reajustes concedidos, porém, ficaram próximos à inflação, para cima ou para baixo. Das 240 convenções que superaram o INPC, 131 tiveram aumento até 1% maior que o índice. Apenas dez negociaram aumento entre 3 e 5% acima da inflação e dezenove ultrapassaram em 5% o INPC acumulado. Já entre as 190 categorias que não repuseram a inflação do período, a maioria (100) amargou perdas de até 2%. Que não foi compensada na forma de abono, ao contrário do que ocorreu nos dois anos anteriores. Apenas 59 convenções incluíram essa cláusula na negociação, e, pior, 61% delas não conseguiram repor a inflação. (Valor Econômico-19.03.2002)

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gás e termoelétricas

1- Preço do gás brasileiro cairá 7,75% por três meses

A Petrobras vai reduzir o preço do gás natural produzido no Brasil em 7,75%. O novo preço entra em vigor no dia 1º de abril e beneficia principalmente os consumidores da Região Nordeste e do Rio de Janeiro. Em São Paulo, a redução terá menor impacto, pois 40% do gás consumido pelo Estado vem da Bolívia. O novo preço valerá apenas por três meses e a tendência, segundo um executivo da Petrobras, é de que volte a subir em julho, refletindo as altas cotações do petróleo e do dólar. Para o consumidor final, a redução do preço do gás natural terá impacto diferente em cada estado, dependendo do custo do transporte e da estratégia de cada distribuidora. "As empresas passaram muitos meses com as margens comprimidas. Cada uma vai analisar o quanto poderá repassar", diz o presidente da Associação Brasileira das Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), Cícero Ernesto Leite de Souza. (Estado de São Paulo-19.03.2002)

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2- Fiesp teme que sobra de energia iniba investimentos

Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) está preocupada agora com a possibilidade de sobrar eletricidade no mercado neste ano, o que afetaria negativamente a disposição de investidores de levarem à frente projetos de usinas térmicas. Ao mesmo tempo, foram agregados ao sistema elétrico, nestes últimos quatro anos, 15 mil MW de capacidade de geração, o equivalente a 25% da potência instalada total em 1998. De acordo com os cálculos de um consultor especializado, deverão sobrar neste ano de 2 mil a 2,5 mil MW. (Jornal do Commercio - 19.03.2002)

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3- Risco de térmicas pode cair com mercado de gás

A GCE estuda formas de estimular a criação de um mercado secundário para o gás natural das usinas termelétricas. A idéia é aplicar um mecanismo que redirecione para o consumo industrial ou residencial o insumo comprado mas não utilizado pelas usinas. Este é o caminho que o governo pretende trilhar para amenizar os riscos dos investidores em térmicas, que pagam pelo gás ainda que não o utilizem - os chamados contratos "take or pay". A proposta da GCE é de que a energia térmica, mais cara, seja utilizada apenas quando houver necessidade, já que o país tem um grande potencial hidráulico. No entanto, as usinas não podem interromper a compra de gás para acompanhar os despachos de energia. O que está em discussão é que elas possam vender o insumo quando não precisarem dele. "O país precisa de térmicas de qualquer maneira. Quanto mais flexíveis elas forem, melhor", afirmou o presidente do NOS, Mário Santos. "É preciso ampliar os usos do gás, mas ainda não se descobriu uma pista (sobre como fazer isso)." (Valor Econômico-19.03.2002)

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4- Para Arce, PPAs são o caminho para se mitigar os riscos de investimento em térmicas

Para o secretário paulista de Energia, Mauro Arce, é difícil mitigar os riscos do investidor em termelétricas sem um mercado secundário de gás. De acordo com Arce, esse ajuste deve ser feito pelas próprias distribuidoras de energia, através dos contratos PPA (Power Purchase Agreement, que garantem a compra do insumo em acordos de longo prazo). "Neste momento, por exemplo, o apetite por PPAs está zero", destacou o secretário. Arce ponderou, no entanto, que investidores que construíram usinas " merchant " (térmicas que atuam especificamente no mercado de curto prazo) sabiam que ficariam expostos ao risco da variação dos preços da energia. (Valor Econômico-19.03.2002)

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5- Estudo feito por Ildo Sauer diz que, se governo construísse usinas, país gastaria R$ 2,5 bi

O consumidor vai pagar caro para colocar em ação o Programa de Energia Emergencial. A contratação de 58 usinas móveis, sustentadas pelo seguro-apagão, pode custar aos cofres públicos até R$ 16 bi. Essa quantia será desembolsada caso todas elas entrem em operação para utilizar toda a potência instalada, de 2.156,5 MW, num período de 3,5 anos. Se o governo construísse essas usinas, gastaria cerca de R$ 2,5 bi, fora combustível e custos de manutenção. É o que constata estudo feito pelo Programa Interunidades de Pós-Graduação em Energia da USP. Pelo levantamento, dos R$ 16 bi, cerca de R$ 8 bi serão gastos com o aluguel dos equipamentos; R$ 6,8 bi com combustíveis e R$ 1,2 bi com manutenção das máquinas. "É um escândalo pagar tudo isso para contratar essas usinas", diz Ildo Sauer, professor de Pós-Graduação em Energia da USP. (Folha de São Paulo - 19.03.2002)

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6- Segundo Sauer, contratos entre CBEE e empresários são confidenciais

Segundo Ildo Sauer, professor de Pós-Graduação em Energia da USP, o estudo feito pelo Programa Interunidades de Pós-Graduação em Energia da USP verificou que os contratos feitos entre a CBEE e os empresários são confidenciais. Nos contratos, diz, existe uma cláusula padrão que solicita o sigilo. Sauer teve acesso ao contrato da Termocabo. Essa usina está localizada em Cabo de Santo Agostinho, a 30 quilômetros de Recife (PE). Seu aluguel foi fixado em R$ 139,6 mil por MW ao mês. "Se ela ficar parada durante três anos e meio receberá R$ 281 mi", diz o professor Dorival Gonçalves Júnior, que participou da elaboração do levantamento. Para construir e equipar uma térmica igual a essa, diz, o governo gastaria, no máximo, R$ 80 mi. A Termocabo ainda não tem sede. Funciona provisoriamente nos escritórios de seus sócios, os empresários Dionon Cantarelly, da Cerâmica Montercalo, em Cabo de Santo Agostinho, e Sérgio Zuanella, da construtora OZ&M, em Recife. As obras estão em andamento e a usina deve operar a partir de julho. O investimento, informa Zuanella, está avaliado em US$ 35 mi. Segundo ele, a idéia de entrar no setor de energia veio como uma "intuição" há um ano, pouco antes do racionamento. Ele o sócio pensaram no gás, mas viram uma oportunidade boa com o combustível quando surgiu o programa emergencial. Quem entra com o capital é o Scudder, um fundo de investimentos norte-americano. Falta agora definir a participação societária e a divisão dos lucros. "Estamos acertando isso agora", diz. (Folha de São Paulo - 19.03.2002)

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7- Presidente interino da CBEE nega que contratos sejam confidenciais

O presidente interino da CBEE, Mário Dias Miranda, diz que o governo tinha duas opções na época do racionamento: contratar produtor independente - o que foi feito -, ou virar dono de usina emergencial. "Preferimos a primeira opção, pois só precisaríamos dessa energia por um prazo limitado. É claro que é uma energia cara. Só que o governo não teria tempo para construí-las no curto prazo." Miranda afirma que os contratos não são confidenciais. "Estão a disposição para quiser ver", declara. Segundo ele, o preço da energia contratada foi até vantajoso. No mercado internacional, o MW/h custa R$ 350. O governo pagou uma média de R$ 289. (Folha de São Paulo - 19.03.2002)

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8- Instalação de termelétrica em Cubatão está indefinida

Cubatão corre o risco de perder um investimento de US$ 650 mi (cerca de R$ 1,5 bi), diante da indefinição da Petrobras em manter o programa de construção de usinas termelétricas no País, o que afetaria o projeto da Central de Cogeração de Energia Elétrica (CCBS), previsto para ser implantado na Refinaria Presidente Bernardes. A obra, com início marcado para abril, pode ser suspensa ou, na melhor das hipóteses, adiada, em função de uma política de preços no mercado de energia desfavorável à utilização de gás, diante do custo mais baixo no uso de hidrelétricas. A diretoria da empresa Marubeni, parceira da Petrobras nesse empreendimento da CCBS, considera essa situação como resultado de uma avaliação de mercado. Mas, confia que o projeto de construção da usina termelétrica será mantido. (A Tribuna - 19.03.2002)

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9- Primeira térmica do RN será no CTGás

O Senai e Petrobras inauguram oficialmente no próximo dia 22 o Centro de Tecnologias do Gás (CTGás), que pretende ser um centro de excelência na formação de mão-de-obra para trabalhar com gás natural em todo o País. O centro já funciona desde 1999 mas somente agora ele está completamente pronto e operando com a plenitude de sua capacidade. Uma das vedetes do centro será uma unidade de co-geração termoelétrica a partir do gás, a primeira do tipo a funcionar no Estado. Com um investimento de R$ 2,5 mi, a unidade terá condição de gerar 400 kWh de energia elétrica e 130 toneladas de gás refrigerante. A produção servirá para tornar o CTGás auto-suficiente nos dois itens mas, segundo o diretor executivo do centro, Orlando Clapp, esse não é o principal aspecto. ''Nossa intenção é muito mais garantir às empresas a possibilidade de ter acesso a uma unidade termoelétrica de co-geração em escala real, que vai servir para nortear outros investimentos em equipamento semelhantes'', diz ele. (Diário de Natal-19.03.2002)

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10- Senai passa a dividir igualmente ações do CTGás com a Petrobras

Com a inauguração oficial do CTGás o no próximo dia 22 também será alterada a estrutura acionária. Atualmente, o Senai tem 40% de participação e a Petrobras 60%. A partir de 23 de março, a divisão será igualitária (50% a 50%). Ao todo, já foram investidos no CTGás R$ 45 mi para deixá-lo como está hoje. A área total do centro é de 8 mil metros quadrados nos quais estão dispostos 11 laboratórios. (Diário de Natal-19.03.2002)

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internacional

1- International Power divulga bons resultados para 2001

A companhia britânica International Power apresentou na segunda-feira fortes resultados para o ano que se encerrou em 31 de dezembro de 2001, com seus lucros líquidos atingindo US$ 203.8 mi, 74% a mais do que em 2000. Os ganhos por ação subiram 75%. A IP disse que o aumento dos ganhos ocorreu principalmente graças à adição de nova capacidade nos EUA e os lucros da operação dessas usinas durante o período de pico do verão. A IP disse que todos os segmentos geográficos de negócios haviam tido uma boa performance, mas os números mostram um crescimento particularmente forte nos EUA, onde os lucros brutos cresceram 116%, alcançando US$ 132,39 mi. Na Europa e no Oriente Médio, os lucros cresceram 10%; na Austrália 35%, e no resto do mundo, 20%. O lucro operacional do grupo subiu 47,5%, alcançando US$ 506,77 mi. (Platts-19.03.2002)

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2- Companhias recorrem contra acordo entre a Columbia Gas of Ohio e a Enron Energy Services

Três companhias fornecedoras de gás recorreram à Comissão de Utilitárias Públicas de Ohio para que esta não aprovasse um acordo pelo qual a Columbia Gas of Ohio forneceria gás aos clientes industriais quando a Enron não pudesse fazer o fornecimento como de costume. A Interstate GasService, a New Power e a MidAmerican Energy consideraram a aplicação discriminatória e anti-competititiva. As três companhias disseram, que se autorizada, a Columbia teria a permissão de fornecer vendas de gás suplementares a clientes da Enron Energy Services a um preço cerca de 20% menor que o preço que seria cobrado deles se eles fornecessem gás a menos a seus consumidores. A Columbia requisitou que um desconto de 20% seja fornecido aos clientes da EES que assinem um contrato com a Columbia. (Platts-18.03.2002)

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3- Innogy deve aceitar proposta da RWE para sua aquisição nesta sexta-feira

O grupo britânico de energia Innogy deve aceitar nessa sexta-feira uma proposta de US$ 4,41 bi da alemã RWE pela sua aquisição. O acordo parece ter sido alcançado depois de um mês de negociações intensivas sobre o preço do negócio. Se fechada, a transação tornará a RWE a maior distribuidora de eletricidade no Reino Unido, se aliando à sua condição de maior fornecedora de água obtida depois de sua aquisição da Thames Water em 2000. O valor final representa um acréscimo de cerca de 6,6% na oferta original da RWE. A RWE também assumirá uma dívida de US$ 3,41 bi, incluindo US$ 427 mi em provisões contra contratos a longo prazo nos quais a Innogy está exposta. Com o acordo, a RWE também adquirirá a Regenesys, o negócio de armazenamento de energia que está sendo desenvolvido pela Innogy nos últimos anos. A Innogy queria vender a Regenesys no fim do ano passado mas teve que atrasar a medida por falta de condições de mercado. (Financial Times-19.03.2002)

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4- Aquila pagará US$ 284 mi por parcela majoritária da Midland

A Aquila, um grupo energético americano anteriormente chamado UtilCorp United, ontem finalizou os termos de sua aquisição de uma participação majoritária na Midland Electricitu, quarta maior distribuidora elétrica do Reino Unido. Sob o acordo, anunciado pela primeira vez em outubro, a Aquila pagará US$ 284 mi ao FirstEnergy Corp dos EUA por uma participação de 79,9% na Avon Energy Partners, a holding que controla a Midland. A Aquila também assumirá cerca de US$ 1.7 bi da dívida da Avon. A FirstEnergy havia originalmente concordado em vender 100% da Avon à Aquila e ao Deutsche Bank, por US$ 362 mi, mas a operação teve que ser mudada depois que o Deutsche Bank desistiu. A transação está sujeita a aprovação pelos órgãos reguladores e deve ser fechada até o meio de abril. (Financial Times-19.03.2002)

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5- Ministro chileno garante que fornecimento está assegurado mesmo com corte de gás natural argentino

O ministro de Economia e Energia do Chile, Jorge Rodríguez, disse que o fornecimento elétrico do Sistema Interconectado Central (SIC) está assegurado mesmo que se produzam novos cortes de gás natural proveniente da Argentina. Rodríguez garantiu que o SIC conta com capacidade suficiente para fazer frente a um corte do combustível, que abastece as centrais de San Isidro, Nehuenco e Nuva Renca. Rodríguez acrescentou que no caso do consumo doméstico, tanto em Santiago quanto em Concepción, os distribuidores contam com usinas para transformar gás líquido em artificial de maneira que o fornecimento também estaria assegurado. As garantias de Rodríguez surgem agora pois a partir de hoje podem se produzir cortes no abastecimento de gás, já que ontem teve fim a disposição do governo transandino de conciliação obrigatória, que proibiu as companhias gasíferas e petrolíferas de despedir seus trabalhadores e a esses de realizar greves que interrompam o fornecimento. (Estrategia-19.03.2002)

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6- Empréstimo do BID para o Siepac vai ser feito em junho

O Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) vai assinar acordos de empréstimos com seis países da América Central para construção do sistema de interconexão elétrica Siepac, segundo disse o gerente da unidade executiva do Siepac, Teófilo de la Torre. O governo de Honduras firmou o contrato de empréstimo na segunda-feira, para financiar a construção de seu trecho na linha. A Costa Rica foi o primeiro país a assinar o contrato, em fevereiro. "Estimamos que para junho próximo os seis países da América Central tenham firmado seus respectivos créditos com o BID e possamos começar a construir o Siepac, que está avançando pouco a pouco e que, apesar de atrasos ocorridos desde o início do projeto, deve estar em operação até dezembro de 2006", disse Torre. O BID aprovou um empréstimo de US$320mi para o Siepac, em uma operação que envolveu o compromisso de contrapartida dos governos dos seis países. (Business News Americas-19.03.2002)

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7- Sempra vai comprar negócio de metais concentrados da Enron

A Sempra Energy, dona da terceira maior utilitária da companhia, fechou ontem um acordo para comprar os negócios concentrados de comercialização de metal da Enron por US$ 43.5 mi. A aquisição será incluída no balanço desse ano, de acordo com a Sempra. A transação está sujeita à aprovação à corte de concordatas que está julgando o caso Enron. O negócio, baseado em Nova York, trabalha com a comercialização de concentrados de cobre, chumbo e zinco. Em janeiro, a Sempra comprou a Enron Metals, a maior comercializadora de metais na Bolsa de Comércio de Metais em Londres, por US$ 145 mi para expandir seus negócios de commodities. (New York Times-19.03.2002)

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8- EDP reduz despesas com FSE até 2004

De modo a reduzir os seus custos em US$ 43,93 mi nos próximos três anos, a elétrica portuguesa EDP irá cortar os seus gastos em Fornecimentos e Serviços externos (FSE). Segundo um documento da EDP citado pela agência Reuters, para conseguir este corte dos seus custos, a EDP criou a empresa de serviços EDP - Valor, a qual irá centralizar algumas funções e serviços, sendo esperado que assim se consigam significativas economias de escala. A mesma fonte adianta ainda que, com o passar do tempo, a EDP - Valor "vai fazer desaparecer as duplicações que existem na Produção, Distribuição e na Holding, pois passa a haver uma gestão centralizada, aumentando-se a eficiência". (Diário Econômico-19.03.2002)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Ana Clara Cruz, Barbara Oliveira, Fernando Fernandes, Rodrigo Rötzsch e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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