Nuca
             www.eletrobras.gov.br/provedor
          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 833 - 08 de março de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
Imprimir


índice

 

regulação

1- Governo não pede saída de Ávila da Eletrobrás

O presidente da Eletrobrás, Cláudio Ávila, filiado ao PFL, já declarou que seguirá a orientação do partido de sair do governo ou não. O governo, no entanto, não exigirá a saída de Ávila, por considerar que se trata de um cargo técnico. O presidente de Furnas Centrais Elétrica, Luís Carlos Santos, é considerado um "caso à parte". A expectativa do governo é de que ele deverá se afastar do cargo no início de abril para disputar as eleições neste ano e reconquistar uma cadeira na Câmara. Santos foi líder do governo na Câmara no primeiro mandato de Fernando Henrique e foi indicado pelo presidente para comandar a estatal. (O Estado de São Paulo-08.03.2002)

Índice


2- Segundo José Jorge, sua saída não altera quadro no setor

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, afirmou há pouco que será "neutro"o reflexo de sua saída nos trabalhos que vêm sendo feitos para tirar o País da crise de abastecimento de energia. "O reflexo é neutro pois as medidas que estão em andamento são de natureza técnica e foram discutadas por muitos meses na Câmara de Gestão da Crise de Energia", afirmou. José Jorge afirmou que os principais programas em estudo - Programa de Aumento de Oferta de Energia Elétrica, o Programa de Energia Emergencial e o Programa de Revitalização do Modelo do Setor Elétrico - deverão ficar prontos ainda este ano e colocados em prática neste governo. (Gazeta Mercantil - 07.03.2002)

Índice


3- Saída dos ministros do PFL é decisão partidária tomada por unanimidade diz José Jorge

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, afirmou hoje que a saída dos ministros do PFL do governo foi uma decisão partidária tomada por unanimidade. "Não há o que discutir", disse. O ministro informou que, dentro do setor, estarão fora do governo ele e o presidente da Eletrobrás, Cláudio Ávila, que são "políticos militantes", afirmou. Os demais cargos ocupados por indicação políticas deverão ser abandonados a critérios de cada um. José Jorge recomendou a sua equipe técnica que permaneça até a chegada do novo ministro. Logo mais às 18 horas, José Jorge e os outros dois ministros, Roberto Brant (Previdência) e Carlos Melles (Esporte e Turismo), entregarão a carta de demissão ao presidente Fernando Henrique Cardoso, no Palácio do Planalto. (Gazeta Mercantil - 07.03.2002)

Índice


4- Parente acumulará temporariamente Minas e Energia e Casa Civil

O ministro Pedro Parente vai acumular interinamente os ministérios de Minas e Energia e Casa Civil. Parente pilotou a crise de energia a partir da Câmara de Gestão da Crise Energética, conhecida como "ministério do apagão". (Folha de São Paulo-08.03.2002)

Índice


5- Chesf e Eletronorte afirmam que não haverá mudanças na diretoria

A Chesf afirma que não haverá mudanças na diretoria da estatal. Segundo a assessoria de imprensa da geradora, não existe a possibilidade do presidente, Mozart Siqueira Campos, entregar o cargo, pois o grupo de diretoria é formado por técnicos do setor elétrico. Na Eletronorte, esta hipótese também está descartada. De acordo com a assessoria de imprensa da estatal, o presidente da estatal, José Antônio Muniz Lopes, permanece na diretoria da companhia. (Canal Energia - 08.03.2002)

Índice


6- Mudanças no MME podem conter processo

As mudanças provocadas nesta quinta-feira, dia 7 de março, pela decisão do PFL de deixar o governo, podem prejudicar o processo de revitalização do setor, segundo especialistas entrevistados nesta quinta-feira, dia 7 de março, pelo CanalEnergia. O Ministério de Minas e Energia será o mais afetado com a posição do partido. No primeiro escalão, por exemplo, saem o ministro José Jorge; o presidente da Eletrobrás, Cláudio Ávila; e o secretário-executivo do MME, Luiz Gonzaga Perazzo. Para Bruno Mondim, diretor de Negócios da Consultoria Stefanini, a saída pode atrasar o processo de revitalização do setor, adiando, mais uma vez, a atração de investimentos para o mercado. "Esta ruptura com o governo vai jogar por terra tudo o que já tinha sido acertado para revitalizar o mercado energético", ressalta. (Canal Energia - 07.03.2002)

Índice


7- AGU pede à Justiça ingresso em ação contra Eletrobrás

A Advocacia-Geral da União solicitou à Justiça Federal sua inclusão na ação que trata do resgate de títulos da dívida da Eletrobrás. A ação foi proposta pelo consumidor de energia elétrica Paulino Lemes Cordeiro, na Comarca de Tucuruí (PA). Lemes Cordeiro recorreu à justiça porque, segundo ele, esses títulos somam R$ 66.473.400,00. Porém os técnicos da Eletrobrás afirmam que os títulos estão prescritos e o valor atualizado e convertido em reais é de apenas R$ 155,77. Caso a Justiça acate o pedido da AGU, a União poderá ajudar a Eletrobrás em sua defesa. O consumidor de energia elétrica teve ganho de causa na 1ª Vara Cívil da Comarca de Tucuruí (PA) e enviou carta à Comarca do Rio de Janeiro, onde está a sede da empresa, determinado a busca e apreensão dos R$ 66.473.400,00 nas contas bancárias da estatal. O montante pedido ainda não foi pago porque a Justiça reconsiderou um pedido dos advogados da Eletrobrás. (Gazeta Mercantil - 07.03.2002)

Índice


8- Consumidor e distribuidora terão contrato de direitos

Após 45 anos de espera, o consumidor brasileiro vai contar com um contrato no qual amarra os direitos e deveres na prestação dos serviços de energia elétrica. Na prática, o documento dá margem para punir as concessionárias que fornecerem energia de baixa qualidade e responsabilizar os clientes que venham causar danos aos equipamentos de rede de eletricidade do País. As diretrizes obedecem a uma resolução da Aneel, editada no ano 2000. Para formalizar o contrato de adesão, a agência reguladora vai promover, na próxima quarta-feira, uma audiência pública simultânea no Rio de Janeiro e em outras 12 cidades. A expectativa é de que 30 dias depois de fechado o texto do documento, as 64 concessionárias passem a assinar os contratos com os novos clientes. Os 48,3 mi de consumidores que compram energia das distribuidoras terão os contratos firmados 90 dias após a elaboração do documento. (Jornal do Commercio-08.03.2002)

Índice


9- Contrato entre distribuidoras e consumidores já vinha sendo pensado desde 1957

Desde 1957, quando foi elaborado o primeiro regulamento dos serviços de energia elétrica, o Governo vem pensando na edição de documento que defina as relações entre os consumidores e as distribuidoras. Porém, só há dois anos, quando saiu a Resolução nº 456, foram reproduzidas os principais critérios para estabelecer estes contratos. (Jornal do Commercio-08.03.2002)

Índice


10- Distribuidoras terão obrigações explicitadas no contrato

As obrigações das concessionárias explicitadas no contrato que terão com os consumidores são, por exemplo, de fornecer energia com qualidade ou até mesmo justificar por escrito aos clientes quando houver necessidade de devolver o dinheiro pago a mais numa conta ou apresentar as diferenças que devem ser pagas. O contrato determinará também que a entrega da conta de luz ao consumidor seja feita com prazo mínimo de cinco dias úteis da data do vencimento. A distribuidora deverá comunicar ao cliente, com antecedência mínima de 15 dias, que irá interromper o fornecimento por falta de pagamento. (Jornal do Commercio-08.03.2002)

Índice


11- Consumidores se responsabilizarão por danos que causarem a equipamentos da distribuidora

Com o novo contrato com as distribuidoras, os consumidores serão responsáveis por danos causados aos equipamentos da distribuidora caso resolvam efetuar um conserto na rede interna de forma inadequada. O cliente poderá ser punido, por exemplo, se quebrar o lacre do medidor de energia ou promover um "gato" para o desvio de eletricidade. A Aneel pretende que a população, na audiência pública, se manifeste quanto à minuta do contrato de adesão. Concluída esta etapa, as sugestões apresentadas vão ser analisadas pelos técnicos da agência reguladora. Por fim, será editado um contrato padrão que terá validade em todo o território nacional. (Jornal do Commercio-08.03.2002)

Índice


12- Estudos para novas hidrelétricas estão disponíveis no Data Room da Aneel

Estão disponíveis, no Data Room da Aneel, localizado no térreo do edifício sede da Agência, os estudos de engenharia e impacto ambiental de 10 usinas hidrelétricas, cujo edital de licitação deverá ser publicado no início de abril. As 10 usinas são: Olho D'água (34,2MW), Itaguaçu (130MW), São Domingos (48 MW), Salto (117MW), Salto do Rio Verdinho (93MW), Estreito (1109,7MW), Salto Grande (51MW), Baguari (140MW), Barra dos Coqueiros (81MW) e Caçu (62,1MW). Os interessados em conseguir cópias desses estudos devem entregar um CD-R650 MB 74 na Aneel, para ser trocado por outro já gravado, sem nenhum custo adicional. (Aneel - 06.03.2002)

Índice


13- Professor da USP diz que crise energética desgastou MME

Na opinião do professor Edmilson Moutinho, da USP, a crise energética do ano passado serviu para desgastar a imagem do MME, com a criação da GCE. O resultado, diz ele, foi o enfraquecimento do MME, já que a câmara começou a discutir assuntos considerados de longo prazo, como as construções das usinas de Belo Monte e Angra III. "Hoje, o que acontece é que não há uma convergência de opiniões para tocar os projetos. A conseqüência será o desmoronamento de todos os processos estruturais do setor", afirma. Além disso, o professor acredita que, independente do resultado das eleições presidenciais, o setor elétrico correrá novo risco de desabastecimento de energia em 2003. "A falta de investimentos deixará o mercado estagnado no período de transição por mais dois ou três anos", prevê. (Canal Energia - 07.03.2002)

Índice

 

risco e racionamento

1- Região Sul importa 941 MW do Sudeste/Centro-Oeste

Os níveis dos reservatórios na região Sul estão registrando queda nestes últimos dias. Números do ONS indicam decréscimo de 0,72% em um dia. No último dia 6 março, a capacidade de armazenamento na região estava em 86,23%. No dia anterior, este índice era de 86,95%. Com isso, a situação delicada fez com que a região Sudeste/Centro-Oeste transferisse 941 MW para o Sul, com o objetivo de garantir o equilíbrio no fornecimento de energia naquela região. Na região Norte, a hidrelétrica de Tucuruí também teve queda de 0,51%. Na última quarta-feira, o reservatório estava em 109,49%. (Canal Energia - 08.03.2002)

Índice


2- Reservatórios subiram em até 97%

Excetuando a região sul, os reservatórios subiram em até 97%. É o caso do Nordeste. No último dia 6, a capacidade de armazenamento estava em 59,35% contra os 58,38% registrados no dia anterior. No Sudeste/Centro-Oeste, os níveis dos reservatórios atingiram 64,89%, registrando um aumento de 64,44%. Em termos de intercâmbio de energia, a região Sudeste/Centro-Oeste foi a que mais exportou energia na última quarta-feira. Ao todo, foram exportados 972 MW para as regiões Sul e Nordeste. Para o Nordeste, apenas 31 MW foram transferidos. Já a região Norte exportou 810 MW para a região Nordeste. No total, a importação de energia para a região nordestina foi de 841 MW. (Canal Energia - 08.03.2002)

Índice


3- Consumo de energia teve queda de 24,4% na Bahia

O racionamento de energia resultou em uma economia de 24,4% na Bahia, o que significou uma redução de 1.905 GW/h no consumo do estado. A redução no consumo, no entanto, acarretou perdas de receita de cerca de 20% para a Coelba. Este prejuízo já começou a pesar no bolso do consumidor, que desde janeiro está pagando mais caro pelo consumo de energia. (Correio da Bahia - 08.03.2002)

Índice


4- Consumidores residenciais são os maiores responsáveis pela economia de energia

A maior economia na Bahia foi obtida pelos consumidores residenciais, sendo que 75% dos clientes dessa categoria conseguiram atingir a meta do racionamento e 20% ultrapassaram. Atingindo quase o mesmo percentual, 72% dos consumidores comerciais também alcançaram a redução estabelecida e 15% superaram. Dos clientes industriais, 69% cumpriram o racionamento proposto e 5% excederam o patamar exigido. "A sociedade demonstrou capacidade de reação e sacrifício", avaliou o diretor-presidente da Coelba, Ignácio Lázaro Estarta. (Correio da Bahia - 08.03.2002)

Índice


5- Coelba aumentou suas despesas em R$16,7 mi para atender regras do racionamento

Para se adequar às regras do período do racionamento, a Coelba aumentou suas despesas em R$16,7 mi. O volume total das perdas ainda não foi divulgado pela empresa e está sendo auditado pela Aneel. "A estimativa é que fique em torno de 20%", disse o diretor financeiro da Coelba, Arnaldo Vollet, comentando que as perdas serão compensadas através dos reajustes permitidos pelo governo. Desde janeiro, o consumidor residencial já está pagando 2,9% a mais pela energia, aumento que foi de 7,9% para os setores industrial, comercial e de serviços. (Correio da Bahia - 08.03.2002)

Índice


6- Coelba participa de projetos de ampliação de energia no Nordeste

A Coelba está participando de projetos para ampliar a geração de energia no Nordeste. São eles a Hidroelétrica de Itapebi, cuja primeira etapa deverá estar concluída em outubro deste ano, o Parque Eólico e as termelétricas Termoaçu e Termopernambucana. (Correio da Bahia - 08.03.2002)

Índice


7- Proibição de manutenção em linhas de transmissão é paliativo ineficaz, diz especialista

A decisão da GCE de prorrogar por mais 30 dias a proibição de interrupções em linhas de transmissão, para executar serviços de manutenção, reflete a total falta de confiança do governo na capacidade de operação do sistema elétrico interligado. A opinião é do engenheiro Carlos Augusto Kirchner, diretor do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp). Segundo o especialista, a medida é um paliativo ineficaz, que não resolve o problema instalado no segmento que, desde o início do ano, vem passando por uma série de problemas operacionais. O primeiro deles veio com o apagão do dia 21 de janeiro, quando dez estados e o Distrito Federal ficaram sem o fornecimento de energia. O problema constatado partiu de uma falha num disjuntor de uma linha em São Paulo, interrompendo a transmissão no trecho e desencadeando um efeito cascata. (Canal Energia - 07.03.2002)

Índice


8- Linhões de Itaipu, de 750 kV apresentaram falhas

Nesta quarta-feira, dia 6 de fevereiro, foi a vez de dois trechos de um dos linhões de Itaipu, de 750 kV, apresentarem falhas, acarretadas pela explosão no banco de capacitores, no trecho entre Ivaiporã-Itaberá. A decisão da GCE, porém, foi anunciada pelo ministro Pedro Parente dois dias antes. Na avaliação de Carlos Augusto Kirchner, diretor do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, o problema é comum dentro do sistema. "Isso é normal, a saída das linhas resguarda o próprio sistema, que é falível", diz. O maior problema, segundo ele, está na falta de capacidade de investimento das empresas de transmissão, o que impede a expansão do setor nesta área. (Canal Energia - 07.03.2002)

Índice


9- Santa Helena é premiada pela economia de energia

O programa de combate ao desperdício de energia elétrica de Santa está entre os quatro melhores das 1,1 mil cidades inscritas no concurso Rede Cidades Eficientes em Energia. O município foi premiado nas categorias iluminação pública e imóveis da rede municipal de ensino. Os dois setores tiveram redução conjunta de 40% no consumo. O plano resultou na troca de 3,8 mil lâmpadas incandescentes de 125 watts por 1,9 mil fluorescentes de 75 watts nas 14 escolas municipais. A economia média foi de R$ 500,00 para R$ 190,00 nos gastos com energia de um colégio. O novo modelo de iluminação, além de mais econômico, tem alto rendimento e abrangência maior de luminosidade. Custou cerca de R$ 800 mil. ''O sistema se pagou em dois anos'', diz o secretário de Infra-Estrutura, Valdir Guimarães. (Folha de São Paulo - 08.03.2002)

Índice


10- Estados do Norte lançam programa de desenvolvimento energético para Amazônia

Com o objetivo de facilitar o intercâmbio de instituições e pesquisadores no planejamento e elaboração de programas na área de pesquisa e desenvolvimento na Amazônia, os estados que compõem a região Norte criaram o programa Rede Norte. Lançado recentemente em Belém, o programa já conta com 63 instituições acadêmicas e do setor produtivo espalhadas nos estados do Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e Acre. A expectativa é de que a rede chegue também nos estados do Tocantins, Maranhão e Mato Grosso. "Pela primeira vez, está sendo dada uma oportunidade à região Norte e queremos a participação de todos os estados da região", comemora Rubem César Rodrigues, professor da Universidade do Amazonas (FUA) e coordenador-geral do projeto. (Canal Energia - 07.03.2002)

Índice


11- Rede Norte será dividida em sub-redes, para desenvolver projetos na área de energia elétrica

De acordo com Rubem César Rodrigues, professor da Universidade do Amazonas, a Rede Norte será dividida em sub-redes, que deverão desenvolver projetos e pesquisas na área de energia elétrica voltados para a realidade da região. Os principais temas envolvem a formação e capacitação de pessoal, o acompanhamento e gestão das atividades técnicas, a criação de uma biblioteca virtual e a divulgação das atividades do programa. Entretanto, a Rede Norte não dispõe de muitos recursos para realizar as reuniões de intercâmbio. Segundo o coordenador, a estrutura do programa conta com os investimentos feitos pelos próprias instituições. Para isso, diz ele, o programa já entrou com pedido no Ministério de Ciência e Tecnologia para a viabilização de recursos apenas para o deslocamento dos representantes das sub-redes nas reuniões. (Canal Energia - 07.03.2002)

Índice


12- GE realiza seminário para esclarecer dúvidas sobre economia de energia

A General Elétric realizará nos dias 19 e 26 de março, das 9 às 11:30 horas, no Instituto de Iluminação da empresa, seminários gratuitos para esclarecer as dúvidas dos consumidores sobre economia de energia. A GE também realizará outras palestras durante o mês de março, com 50 alunos por turma. As inscrições podem ser feitas através do telefone 0800 78-7843. (Canal Energia - 07.03.2002)

Índice


13- Inepar Energia transfere direito de exploração da central geradora Sepetiba

A Itaguaí Energia recebeu, esta semana, autorização para explorar a central geradora termelétrica Sepetiba, localizada em Itaguaí, no Rio de Janeiro. A Aneel aprovou a transferência do direito de exploração da usina, que antes pertencia à Inepar Energia. (Canal Energia - 07.03.2002)

Índice


14- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

Índice


 

empresas

1- Fabricantes projetam aumento do nível de investimento em distribuição em 2002

Depois do processo de privatização, que gerou para as empresas um alto endividamento em dólar, e das perdas provocadas pelo racionamento, o setor de distribuição retoma, aos poucos, os investimentos na ampliação, reforço e melhoria das estruturas operacionais. Empresas como a Celesc e RGE (Rio Grande Energia) sinalizam o aumento dos investimentos este ano."Existe uma necessidade muito grande de investimentos no segmento de distribuição", avalia Alberto Messano, diretor-geral da Pirelli Cabos para a América Latina. Assim como a Pirelli Cabos, a Furukawa estima que este mercado tenha um crescimento este ano entre 20% e 30%. Para Messano, a tendência é de que este nível de aumento dos negócios com o segmento se mantenha sustentável nos próximos três a quatro anos. (Canal Energia - 07.03.2002)

Índice


2- Expectativa da RGE este ano é de investir R$ 83 mi

A expectativa da RGE este ano é de investir R$ 83 mi no sistema elétrico dos 254 municípios das regiões Norte e Nordeste do Rio Grande do Sul para os quais fornece energia. O valor, que marca um recorde nos investimentos, representa um aumento de 7,7% em relação ao ano passado, quando foram desembolsados R$ 77 mi. De 1998 até o ano passado, a empresa contabiliza um investimento de R$ 269 mi.Deste total, a maior parte, R$ 20,4 milhões, será destinados à área de distribuição, contra R$ 14,7 milhões, segundo anúncio recente feito por Sidney Simonaggio, presidente da RGE. O aumento do nível dos investimentos tem uma boa justifica. (Canal Energia - 07.03.2002)

Índice


3- Celesc prevê investimento de R$ 119 mi

A Celesc está prevendo desembolsar R$ 119 mi em seu programa de obras nas áreas de distribuição, transmissão e geração de energia. O setor de distribuição receberá R$ 52,7 mi deste total, sendo que cerca de 20% deste valor serão destinados em projetos de melhorias da rede. Para tocar os novos projetos, a empresa abriu uma concorrência internacional para contratar um conjunto de obras, que envolve a construção de seis subestações e a ampliação de outras sete. Serão investidos, segundo a Celesc, R$ 41,3 milhões nos projetos que farão a capacidade instalada crescer mais 300 MVA; ou seja, um crescimentoa de 7,7% em relação à capacidade atual, de 3.972 MVA. (Canal Energia - 07.03.2002)

Índice


4- Cemig adquire subestação móvel da ABB

No próximo dia 18 de março, a Cemig receberá a segunda subestação móvel da ABB. A primeira unidade foi entregue em dezembro passado. Cada equipamento possui potência de 25 MVA, com capacidade de distribuir energia para uma cidade de 70 mil habitantes. Segundo a ABB, a idéia da Cemig em comprar subestações móveis partiu da necessidade de cumprir as exigências da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para evitar interrupções não-programadas no fornecimento de energia, geralmente provocadas por falhas de manutenção e no funcionamento dos equipamentos. (Canal Energia - 07.03.2002)

Índice


5- ONS assina contrato com Embratel para serviços de transmissão de voz e dados

O ONS assinou nesta quinta-feira, dia 7 de março, um contrato com a Embratel para prestação de serviços de transmissão de voz e dados em tempo real, para operação do sistema elétrico interligado nacional. Utilizando tecnologia Frame Realy, o projeto recebeu consultoria do CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações). A rede projetada oferecerá maior segurança na transmissão de voz e dados entre o Centro Nacional de Operação do Sistema e os Centros de Operação do ONS. A rede contratada foi subdividida em duas partes: primeira, composta de dez localidades, interliga todos os Centros de Operação do ONS, e a segunda, composta de vinte localidades, complementa a primeira com informações de apoio à operação. (Canal Energia - 07.03.2002)

Índice


6- Abertura do mercado pode tirar Eletronet do vermelho

No dia 31 de março, 21 meses depois de iniciada sua construção, a Eletronet (51% AES e 49% Eletrobrás) completa sua rede nacional de transporte de sinais de telecomunicações. Com 16 mil km de cabos ópticos e US$ 330 mi investidos, a empresa gerou uma receita de apenas R$ 4,39 mi entre janeiro e setembro de 2001. Mas já não é mais a maior rede sem clientes do Brasil. De acordo com seu presidente, Elson Lopes, a Eletronet tem contratos com as duas operadoras de telefonia fixa que pretendem vender serviços fora de sua área original de atuação - a Telemar, por meio da Pegasus, e a Telefônica, por meio da Emergia. Tem também contratos com a TIM, a AT&T Latin America, a Intelig e a Vésper. Lopes acredita que esta lista vai aumentar, porque as operadoras estão restringindo seus investimentos e não pretendem construir redes próprias. Além disso, os atuais clientes estão expandindo a capacidade contratada. Com essa perspectiva favorável, a AES não pretende sair da Eletronet, mesmo depois do debacle da Enron e de ter anunciado que vai vender parte de seus ativos no Brasil. "Esse é um negócio como qualquer outro no setor de infra-estrutura: tem um prazo longo de maturação", diz Lopes. "E nós temos certeza de que há demanda, entre as operadoras, por serviços de transporte", completa. (Valor Econômico-08.03.2002)

Índice


7- Para analistas, AES não deve desistir da Eletronet

Analistas acreditam que a AES não deve desistir da Eletronet, dentro do seu plano de venda de parte dos ativos no Brasil.. " A AES tem ativos em situação mais crítica, como a termelétrica de Uruguaiana e a distribuidora de energia AES Sul, ambas no Rio Grande do Sul " , diz um deles. Uruguaiana não consegue vender toda a energia que produz, por falta de linhas de transmissão. E produz energia à gás, mais cara, em uma região onde há energia hidrelétrica de sobra. E a AES Sul, comprada em 1997 com ágio de 95%, até hoje não saiu do vermelho. (Valor Econômico-08.03.2002)

Índice


8- Analistas acreditam que AES venda participação na Cemig

Analistas de mercado acreditam que a AES venderá sua participação na Cemig, controlada pelo governo de Minas Gerais. Há três anos, o governo retirou da empresa o direito ao assento no conselho de administração e a AES não participa de nenhuma decisão administrativa. " Esse tipo de participação não faz parte do perfil da AES, que costuma ser agressiva em suas gestões " , disse um analista. (Valor Econômico-08.03.2002)

Índice


9- Eletrobrás não se oporia a possível venda da participação da AES na Eletronet

Fontes ligadas à Eletrobrás afirmam que a empresa não tem interesse na venda de sua participação na Eletronet, mas que se a AES quiser sair, não vai se opor ."A sinalização que nos dão, no entanto, é de que pretendem ficar", diz um executivo da estatal. A AES, no entanto, já vendeu a Vant, empresa de serviços corporativos, para a Brasil Telecom (BrT). E fontes do mercado dizem que a Eletronet é um dos ativos avaliados pela BrT para compra, assim como a Intelig. A operadora não quer se pronunciar sobre o assunto. (Valor Econômico-08.03.2002)

Índice


10- Pouca demanda levou Eletronet a reduzir investimentos

A Eletronet sofreu com a redução da demanda por meios de telecomunicações, que derrubou gigantes como a 360Networks e Global Crossing. Para se adaptar, reduziu em 10% a 15% sua projeção de receita e diminuiu de US$ 468 mi para US$ 330 mi os investimentos na implantação da primeira fase de sua rede, que teria 22 mil km no plano original. Adiou a construção de redes em lugares como o interior do Rio Grande do Sul, contemplado no projeto original, mas onde não há demanda que justifique a realização de investimentos. A empresa cortou seu quadro de 180 para 120 funcionários, e pretende manter uma operação enxuta, sem escritórios regionais de venda. Pretende, também, manter o foco comercial na venda de rede para operadoras, sem serviços corporativos. (Valor Econômico-08.03.2002)

Índice

11- AES investiu US$ 550 mi no mercado brasileiro de telecomunicações

Além da extensa rede nacional, o principal diferencial da Eletronet, diz o presidente da firma, Elson Lopes, são os acordos realizados com as distribuidoras de energia para interligar as rotas de longa distância as redes metropolitanas. Por meio desses acordos, com 20 anos de validade, a empresa construiu redes aéreas de fibras nas principais capitais do país. Em três delas (Rio, São Paulo e Belo Horizonte), as distribuidoras de energia têm participação da AES. Somado o investimento na Eletronet e nas subsidiárias de telecom dessas distribuidoras (Light, Eletropaulo e Cemig), o grupo americano aplicou US$ 550 mi no mercado brasileiro de telecomunicações. (Valor Econômico-08.03.2002)

Índice


12- CTEnerg aprova edital para investimento em pesquisa

O Comitê Gestor do Fundo de Energia (CTEnerg) aprovou ontem o lançamento de uma carta convite e um edital de apoio a investimentos no setor, com recursos da ordem de R$ 30 mi que, somados à contrapartida das empresas de energia elétrica, podem chegar a R$ 60 mi. A carta convite e o edital estão disponíveis para consulta a partir de hoje nos sites do Ministério da Ciência e Tecnologia, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).O objetivo da carta convite é identificar e selecionar empresas ou consórcios de empresas do setor de energia elétrica dispostos a alocar recursos em projetos de pesquisa aplicada, em conjunto com o CTEnerg. Os projetos serão desenvolvidos em parceria com universidades, instituições de ensino superior ou centros depesquisa do País, públicos ou privados, sem fins lucrativos. A contrapartida dasempresas selecionadas deverá ser de, no mínimo, R$ 250 mil para aplicação em projetos de até 24 meses, e poderá ser financiada pela Finep. (Jornal do Commercio-08.03.2002)

Índice


13- Copel testa tecnologia de acesso à internet via rede elétrica

Desde que se associou no ano passado a uma empresa alemã, o braço da Copel na área de telecomunicações está investindo em um serviço pioneiro no país: o acesso à internet via rede elétrica. A nova tecnologia, que recebe o nome de Power Line Telecommunications (PLT), chegou ao Brasil através de uma parceria com a RWE Plus e exigiu US$ 900 mil de investimentos. Ao todo, 50 domicílios da capital com computadores ligados à rede por outras vias (cabo e telefone) participaram dos testes do sistema, encerrados em fevereiro. Segundo o diretor-superintendente da Copel Telecom, Humberto Sanches Netto, o acesso à internet via rede elétrica registrou uma velocidade 30 vezes maior que a disponibilizada por uma conexão telefônica comum. (Canal Energia - 08.03.2002)

Índice


14- Copel fará estudo de competitividade do serviço

Humberto Sanches, diretor-superintendente da Copel Telecom, disse que a companhia precisa estudar a competitividade do serviço em relação às outras formas de acesso estabelecidas no mercado. "Ainda não temos demanda porque os equipamentos são muito caros. E os equipamentos são muito caros porque ainda não temos demanda", explicou o diretor. A estratégia da Copel é apresentar o acesso à internet via rede elétrica como uma alternativa para os "heavy-users" da rede. "Outro de nossos modelos é disponibilizar esta tecnologia e nossa infra-estrutura a empresas, que por sua vez oferecerão conteúdo e serviços a partir do novo sistema", observa Sanches. (Canal Energia - 08.03.2002)

Índice


 

financiamento

1- IGP-DI tem alta de 0,19% em fevereiro

O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) verifica relativa estabilidade nos últimos dois meses, segundo avaliação do chefe do Centro de Estudos de Preços FGV, Paulo Sidney de Melo Cota. No mês passado, o índice teve alta de 0,18%. "Em janeiro, no âmbito do atacado, verificou-se preços dos produtos agrícolas em alta, devido a problemas climáticos, e produtos industriais em queda, causada pela variação do dólar. Em fevereiro, ocorreu o inverso", explicou o economista, acrescentando que isso trouxe equilíbrio ao resultado do IGP-DI. Em janeiro, o índice apontou variação positiva de 0,19%. Ele lembrou que, no âmbito de preços por atacado, os produtos agrícolas apresentaram queda de 0,44% em fevereiro; no primeiro mês do ano, este item teve alta de 0,37%. "Já os produtos industriais verificaram alta de 0,36% no mês passado - em janeiro, estes itens registraram queda de 0,32%". (Gazeta Mercantil - 08.03.2002)

Índice


2- Dólar comercial abre com queda de 0,08%, a R$ 2,3730 para venda

O dólar comercial iniciou as operações do dia com ligeira queda de 0,08% perante o fechamento de ontem. A moeda americana abriu cotada a R$ 2,3630 para compra e R$ 2,3730 para venda. Ontem, o rompimento do PFL com o governo federal afetou o mercado cambial e abriu espaço para a especulação. A moeda encerrou cotada a R$ 2,3730 na compra e a R$ 2,3750 na venda, alta de 0,33% ante o pregão anterior. (Valor Online - 08.03.2002)

Índice


3- EUA dizem que impacto de restrições às importações de aço será pequeno

As restrições dos Estados Unidos às exportações de aço do Brasil não significam um ingrediente a mais para azedar o relacionamento entre os dois países. Pelo contrário, o impacto das salvaguardas nas exportações brasileiras "não será tão grande". Foi o que afirmou ontem o subsecretário de Estado norte-americano, embaixador Marc Grossman. Ele se reuniu com diplomatas brasileiros para tratar do relacionamento bilateral, especialmente na área política, com ênfase na situação da Colômbia e no combate ao terrorismo. Grossman disse que a parceria entre os dois países - um comércio crescente, que no ano passado foi de US$ 27 bi, nos dois sentidos, e investimentos norte-americanos de US$ 35 bi - é densa e deu a entender que não pode ser contaminada pela questão do aço. "Não vim fazer demandas ou requisitos, o relacionamento com o Brasil não se faz assim. Ao Brasil cabe resolver qual vai ser sua resposta", disse o embaixador. (Gazeta Mercantil - 08.03.2002)

Índice

 

gás e termoelétricas

1- Gás perde espaço para o carvão no Sul

A geração termelétrica à gás natural está perdendo espaço para a geração a carvão mineral no Sul do país. Cinco novas usinas a carvão tiveram suas obras iniciadas ou retomadas no ano passado e devem ficar prontas até 2003. Dos quatro projetos à gás previstos para a região, apenas dois estão em construção. Um deles, a Termo Catarinense Norte, já teve a "morte" decretada pelo seu investidor, a El Paso. O outro, a Termogaúcha, está sendo "reavaliada" pela Petrobras e seus sócios, a Ipiranga e a RepsolYPF. (Valor Econômico-08.03.2002)

Índice


2- Vantagens econômicas falam a favor das usinas a carvão

As vantagens econômicas do carvão estão falando mais alto aos investidores. Ele é abundante na região Sul, mais barato - custa de US$ 1/milhão de BTU, enquanto o gás vale US$ 2,60/milhão de BTU. Mas, segundo a secretária de Energia do Rio Grande do Sul, Dilma Rousseff, o principal benefício do carvão sobre o gás é a sua participação no Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), utilizado pelo ONS para controlar as hidrelétricas. Significa, na prática, que mesmo quando estão paradas, as usinas a carvão recebem um pagamento mínimo para cobrir os seus custos. Isso não acontece com as térmicas à gás que, ao contrário, pagam pelo insumo que não está sendo consumido, segundo cláusula do contrato "take or pay", feito com a Petrobras. "O problema é que as usinas à gás competem com o sistema hidrelétrico, enquanto as usinas a carvão o complementam", disse Dilma Rousseff. (Valor Econômico-08.03.2002)

Índice


3- Não existe gás suficiente disponível para térmicas no RS

Além da concorrência das usinas a carvão, existe ainda um outro problema que está emperrando o desenvolvimento das usinas à gás no Rio Grande do Sul: a falta do insumo para abastecê-las. A disponibilidade do gasoduto Bolívia-Brasil para o Estado é de apenas 2,3 milhões de metros cúbicos diários. Segundo a secretária, esse volume não é suficiente para abastecer as duas usinas do Programa Prioritário de Termelétricas (PPT) previstas para o Rio Grande do Sul: Termogaúcha e Canoas.A térmica de Canoas, que começa a operar em ciclo aberto produzindo 160 MW este ano, consumirá, em um primeiro momento, 1,1 milhão de metros cúbicos diários. A distribuidora de gás canalizado da região, a Sulgás, possui contratados outros 1,1 milhão de metros cúbicos diários. "Sobram apenas 100 mil metros cúbicos diários, que não são suficientes para abastecer mais do que outros cinco contratos de fornecimento de gás para indústrias", garantiu ela. (Valor Econômico-08.03.2002)

Índice


4- Gastos com gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre não compensariam o investimento

Para viabilizar a Termogaúcha, os sócios da usina, a Petrobras (25% por meio da Gaspetro), a Ipiranga (20%), a RepsolYPF (15%), a Techint (15%) e a Totalfina Elf (25%), apostaram na construção de um ramal ligando o gasoduto da fronteira com a Argentina, em Uruguaiana, a Porto Alegre.O consórcio, chamado TSB (Transportadora Sul Brasileira), já aplicou US$ 94 mi na construção de dois pequenos trechos do gasoduto e na encomenda de turbinas à General Electric (GE). Para completar o projeto, teriam que aplicar outros US$ 220 mi na construção dos 615 km restantes do ramal.O mercado estima que todo esse custo não compense a construção de uma usina que ficará parada grande parte do ano, em uma região onde há abundância de energia hidrelétrica e faltam linhas de transmissão para levá-la ao principal mercado consumidor de energia, o Sudeste. (Valor Econômico-08.02.2002)

Índice


5- Fepam libera obras da Sulgás

Chegou ontem à Sulgás o documento fundamental para a expansão da rede de gás natural em Porto Alegre: a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) concedeu a licença de instalação às novas obras do gasoduto Bolívia-Brasil na Capital. Em abril, o consórcio Camargo Correa/Ikro começa a implantar 23 quilômetros de tubulação. Esta continuação da rede tronco - 14 quilômetros já foram enterrados. Dos 2,2 milhões de metros cúbicos/dia de gás - o total do gasoduto -, estão em uso 755 mil metros cúbicos. Quando a termelétrica da Refap, em Canoas, entrar em operação, serão queimados mais 1,1 milhão de metros cúbicos e sobrarão 345 mil metros cúbicos: destes, 200 mil metros já estão contratados - a Sulgás tem 34 clientes. Restarão 145 mil metros cúbicos para o gerenciamento dos consumidores de Porto Alegre. Este volume, diz Carriconde Azevedo, garante o abastecimento até 2003. 'Estamos negociando novas fontes de suprimento', concluiu. (Correio do Povo - 08.03.2002)

Índice


6- Angra 2 vai ser desligada por 30 dias

A usina nuclear de Angra 2 vai parar de funcionar na próxima segunda-feira, por 30 dias. O objetivo da parada é a troca de combustível da usina. A operação deveria ter sido feita logo no início do ano, mas foi adiada para que não houvesse redução do fornecimento de energia com o racionamento ainda em vigor. É a primeira parada para troca de combustível desde que a usina entrou em funcionamento, em setembro de 2000. A usina foi construída para gerar 1.309 MW, mas tem conseguido gerar aproximadamente 1.350 MW. Em 2001, a produção da usina foi de 10,5 mil GWh. Segundo o ONS, a parada de Angra 2 já era prevista e será compensada com mais geração nas termelétricas de Santa Cruz e Macaé, no Estado do Rio. (Folha de São Paulo - 08.03.2002)

Índice


7- Angra 2 está gerando mais energia do que foi projetada para gerar

A usina da Angra 2 foi construída para gerar 1.309 MW, mas tem conseguido gerar aproximadamente 1.350 MW. Durante o ano de 2001, a produção da usina foi de 10,5 mil GWh - o suficiente para abastecer, durante o ano todo, os Estados de Goiás e Espírito Santo.De acordo com a Eletronuclear, responsável por Angra 2, na parada serão realizadas ainda revisões de válvulas, inspeção das bombas de refrigeração do reator e implementação de aproximadamente 75 modificações de pequeno e médio portes no projeto original da usina. (Folha de São Paulo-08.03.2002)

Índice


 

internacional

1- Se iniciam investigações parlamentares sobre atuação da Enron na Bolívia

A Câmara dos Deputados da Bolívia, através de uma Comissão Investigadora Multipartidária, presidida pelo deputado Armando de La Parra, iniciou ontem o processo de investigação sobre o caso Enron na Bolívia. Os dois maiores partidos, o MIR e o MNR, cujos laços com a Enron estão sendo questionados não participam dessa comissão. "A comissão decidiu iniciar desde essa quarta a investigação para estabelecer responsabilidades e definir se houve ou não irregularidades no contrato assinado com a Enron", disse o deputado do NFR Roberto Fernández. Para o dia 18 de março foi convocado a depor o atual presidente da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Hugo Peredo. No dia seguinte, deverá prestar depoimento o superintendente de hidrocarburos, Carlos Miranda, e no dia 20, o ex-presidente da YPFB e secretário de Energia, Mauricio González. Para a Comissão, González é a pessoa-chave no caso, pelo papel que desempenhou na contratação da Enron para se associar a YPFB. (Los Tiempos-08.03.2002)

Índice


2- Presidente boliviano da Petrobras diz que não é responsabilidade da firma transporte dos tubos do Gasyrg

O presidente boliviano da Petrobras, Decio Oddone, negou que a empresa seja responsável sobre a escolha dos contratados que se encarregarão do transporte dos tubos para a extensão do gasoduto Gasyrg. " Esse não é um problema da Petrobras nem da Transierra; não devemos esquecer que foi contratada a compra de tubos com um consórcio que, por sua vez, contratou um grupo boliviano para fazer o transporte dos tubos na Bolívia", disse Oddone. O consórcio Confab-Marubeni, provedor da tubulação, assinou um contrato de transporte com o grupo de empresas bolivianas EFO-Bolinter e Cobeca para que essas fizessem o transporte de tubos até a zona de obras do gasoduto. A Câmara de Transporte Pesado pede que uma parte do contrato seja transferido para esse setor, caso contrário, ameaçou realizar bloqueios nas zonas fronteiriças e linhas férreas no dia 18 de março. Oddone disse que o Confab-Marubeni, que tinha a obrigação de entregar os tubos nos pontos de entrega, decidiu a melhor maneira de transportá-lo. " Não participamos dessa decisão, mas entendemos que ela foi feita da maneira adequada", concluiu o presidente da Petrobras. (Los Tiempos-08.03.2002)

Índice


3- Bush propõe medidas para evitar novo caso como o da Enron

O presidente dos EUA, George W. Bush, propôs duras medidas contra os executivos que falseiem os resultados contábeis de suas empresas, numa tentativa de frear o descontentamento popular com a quebra da Enron. A Enron, protagonista da maior quebra da história dos EUA, tinha numerosos laços com sua administração e o anúncio de ontem é uma nova tentativa de marcar distância do governo Bush com a empresa questão. As novas medidas tentam evitar uma série de abusos dos diretores, que pareceram se reunir todos no caso da Enron. Bush propôs que os executivos que recebam grandes salários e bonificações por meio de declarações enganosas sobre os lucros da empresa, sejam obrigados a devolver o dinheiro se for descoberta alguma espécie de fraude. Outra mudança é que os executivos, ao comprarem ou venderem ações de suas empresas, terão que declarar essas operações num prazo de dois dias, enquanto anteriormente essas práticas podiam levar até um ano para chegar ao conhecimento do público. (El Mundo-08.03.2002)

Índice


4- Companhias de energia correm atrás de ex-funcionários da Enron na Europa

Com a quebra da Enron, está ocorrendo na Europa uma corrida pelos ex-funcionários da companhia. O leilão da sede da Enron Europa atraiu investidores atrás da nata dos 1.600 ex-empregados da Enron no continente, pessoas que fizeram com que a firma se tornasse uma força dominante na comercialização de energia antes de seu colapso em dezembro. O banco de investimento Barclays Capital contratou 25 ex-comercializadores da Enron e está usando esse grupo para estabelecer uma estrutura no negócio de comercialização de gás e energia. A American Electric Power contratou em massa as equipes de carvão e transporte da Enron, além de toda sua operação de comercialização na Noruega. Outras empresas que estão atrás de ex-funcionários da Enron incluem as rivais Entergy-Koch e Dynegy, firma que está em litígio judicial com a Enron por causa de uma fusão que acabou não ocorrendo. (New York Times-08.03.2002)

Índice


5- Casa Branca sai em defesa de ministro que manteve opções da Enron

A Casa Branca declarou ontem seu apoio ao Ministro do Exército, Thomas White, depois da revelação de que White havia retido 665.000 opções para comprar ações na Enron desde os seus tempos como executivo da companhia até o início desse ano. A revelação causou duras críticas de líderes de ambos os partidos no Comitê de Serviços Armados do Senado. Muitos consideraram que White violou termos de um acordo de ética que ele assinou antes de se tornar ministro, quando comprometeu a desfazer-se de qualquer ação da Enron. Mas o assessor de imprensa da Casa Branca, Ari Fleischer, disse que o Presidente Bush tem confiança que o Ministro White havia agido de acordo com todos os requerimentos de ética e qualificou de muitas rígidas as definições de retirada de investimento do Comitê do Senado, pois normalmente os membros da administração poderiam reter opções. White ainda não revelou detalhes sobre as opções, como os seus preços e datas de expiração, o que ajudaria a estabelecer um valor para elas nos meses que precederam a quebra da Enron. (New York Times-08.03.2002)

Índice


6- Aprovação de sociedades de Fastow com a Enron ocorria de forma abrupta

O processo de aprovação da Enron para acordos envolvendo sociedades controladas pelo ex-executivo-chefe financeiro Andrew Fastow ocorria de forma tão abrupta que pessoas importantes envolvidas no procedimento tinham limitado acesso às suas responsabilidades, de acordo com registros de uma investigação pelos advogados externos da Enron. Os registros incluem notas de entrevistas com o ex-executivo-chefe de Contabilidade, Richard Causey e um executivo com a responsabilidade primordial de rever as transações com sociedades. Causey e outros executivos tiveram essas responsabilidades delegadas pelo conselho da Enron para assegurar que o conflito de interesses criado por Fastow não fosse prejudicial à companhia. Os registros também mostram que diversos executivos, como Jeffrey Skilling, eram freqüentemente consultados em questões relacionadas às transações com sociedades. De acordo com Causey, as revisões tiveram pouco cuidado desde os pequenos detalhes até os itens mais importantes da revisão de como as sociedades deveriam ser dirigidas. (New York Times-08.03.2002)

Índice


7- Executivo-chefe da Suez foi pressionado para adotar modelo da Enron, mas se Recusou

Bancos de investimento e consultores repetidamente urgiram a Suez, conservadora utilitária francesa, a seguir a rota da Enron na melhora de sua imagem e nas avaliações financeiras antes do colapso da companhia americana, disse ontem o executivo-chefe da Suez, Gerard Mestrallet. Ao revelar o lucro líquido de U$ 1.84 bi em 2001, Mestrallet disse que a Suez rejeitou as sugestões de se desfazer de bens fixos e se focar na comercialização de energia, embora tenha pagado uma consultoria internacional no ano passado para desenvolver um plano estratégico que a companhia nunca chegou a adotar. " Durante dois anos consultores e bancos me procuraram para propor que eu adotasse o modelo da Enron. Eles disseram que era por causa deles que ela tinha tanto sucesso", declarou Mestrallet. Mestrallet rejeitou as recomendações, dizendo que a companhia não se opunha à comercialização, até porque é a maior comercializadora da Europa, mas que também queria manter seus bens fixos. (Financial Times-08.03.2002)

Índice


8- Berkshire Hathaway ajudará Williams a equilibrar seu balanço patrimonial

A Williams, energética americana, reportou um prejuízo líquido de US$ 477.7 m em 2001 depois de concordar em assumir a dívida da ex-subsidiária de telecomunicações Williams Communications, mas a companhia delineou passos para fortalecer seu balanço patrimonial. A companhia concordou em vender um gasoduto para o império de Warren Buffet, a Berkshire Hathaway, por US$ 450 mi. A Williams também decidiu levantar US$ 275 mi por meio da venda de ação cumulativa conversível para o Berkshire Hathaway. Os negócios com Buffet servem para aliviar um pouco a pressão que se criou sobre a Williams, pois a dívida extra-balanço foi comparada à da Enron, mas com a diferença fundamental que a companhia não tentou esconder essa dívida dos investidores. (Financial Times-08.03.2002)

Índice


9- Principal conselheiro científico do governo do Reino Unido diz que país precisa criar novas usinas nucleares

O principal conselheiro científico do governo britânico admoestou ontem que o Reino Unido não tem escolha a não ser construir usinas nucleares, se quiser alcançar os alvos ecológicos de emissão de gás, o que o deixou em uma posição desconfortável com a aproximação mais cautelosa do governo com a energia nuclear. Uma revisão da política energética do governo britânico no mês passado concluiu que não devia haver uma política específica de desenvolvimento de energia nuclear, embora a opção devesse se manter aberta. Mas o professor David King, que no passado foi cético a respeito da energia atômica, disse que no caso, a construção de usinas nucleares é irrefutável. " A dependência em combustíveis fósseis será imutável a menos que sejam construídas novas usinas nucleares ao menos para substituir as existentes". A indústria nuclear declarou que precisará da ajuda do governo para construir novas usinas, já que o preço do MW de energia não cobre seus custos. (Financial Times-08.03.2002)

Índice


10- Alemanha apoia política de liberalização de energia; França nem quer discutir questão em Barcelona

A França pediu que a União Européia se focasse na questão social na reunião de cúpula da próxima semana em Barcelona, enquanto muitos outros países da União querem enfatizar a desregulação do mercado de energia. O ministro britânico Tony Blair disse que a cimeira é uma oportunidade única para que comece a ser alcançado o alvo de fazer da Europa a maior economia mundial em 2010, e esse processo passa pela liberalização. No ano passado, em Estocolmo, a Alemanha e a França travaram a discussão da liberalização, mas esse ano os franceses estarão sozinhos: ontem o governo alemão divulgou um documento clamando pela abertura completa dos mercados de eletricidade e gás para todos os clientes até o fim de 2004. A Espanha colocou o tema no topo da agenda de discussões para Barcelona. A Comissão Européia propôs a liberalização do mercado em 2005, mas nas últimas semanas, para tentar compor com a França, foi proposto que essa abertura só se desse primeiramente para consumidores industriais. (Financial Times-08.03.2002)

Índice

 

 

Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Ana Clara Cruz, Barbara Oliveira, Fernando Fernandes, Rodrigo Rötzsch e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor
www.eletrobras.gov.br/provedor