1- Aumento da tarifa será reduzido |
O
ministro de Minas e Energia, José Jorge, confirmou que o governo
estuda a possibilidade de usar o dinheiro dos leilões de concessões
de usinas hidrelétricas realizados pela Aneel para abater o aumento
da tarifa de energia com o seguro das usinas termelétricas emergenciais.
'A idéia é utilizar o valor ofertado para que o custo da instalação
das usinas não seja integralmente repassado para o consumidor',
afirmou. Na prática, o Tesouro Nacional vai antecipar o ágio ofertado
pelas empresas nos leilões, que são pagos por um prazo de 35 anos,
tempo da concessão. Mas o ministro acredita que os recursos serão
insuficientes para zerar o reajuste do seguro, que começou a vigorar
sexta-feira, de acordo com a resolução 71 da Aneel. Segundo José
Jorge, a Aneel está realizando um levantamento para chegar ao
valor dos recursos, mas já se sabe os consumidores pagarão, até
2006, R$ 4 bi para instalar e manter as usinas emergências, fora
o valor que será desembolsado quando houver geração de energia.
(Gazeta Mercantil - 04.03.2002)
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2- Consumidor já paga pelo custo das emergenciais |
As térmicas emergenciais foram licitadas no auge da crise de energia,
em julho de 2001, para que até o final deste semestre coloquem
à disposição do sistema 2,1 mil MW. As chuvas a partir de novembro
acabaram com a situação de emergência, mas as usinas estão em
curso para gerar uma energia cara, que ficará subutilizada. O
consumidor já começou a pagar o "seguro" de R$ 0,049 por KWh para
financiar essas térmicas a óleo e diesel e o governo montou todo
um aparato financeiro para viabilizá-las. O BNDES financia 40%
do empreendimento, com prazo de dois a três anos, spread básico
de 3% e spread de risco de 2,5% mais TJLP. Dos 60% restantes,
o empresário tem que colocar 20% de recursos próprios e pode buscar
os 40% nos bancos ou fornecedores. (Valor Econômico-04.03.2002)
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3- Tesouro pode subsidiar parte do seguro contra racionamento
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O Tesouro Nacional pode abrir mão do dinheiro arrecadado com as
concessões de novas usinas hidrelétricas para subsidiar parte
da taxa que começou a ser paga hoje pelos consumidores de energia:
o seguro de contratação das usinas emergenciais. A partir de hoje,
as contas de luz estão, em média, 2% mais caras por causa dessa
taxa. Para contratar as usinas estão sendo gastos aproximadamente
R$ 4 bi, que estão sendo pagos por todos os consumidores, exceto
os de baixa renda. Segundo o ministro José Jorge (Minas e Energia),
o dinheiro das concessões não deve ser suficiente para bancar
todo esse custo, mas apenas uma parte dele. Pela fórmula estudada,
o Tesouro traria para valores atuais o dinheiro que irá receber
dessas concessões, que são de até 35 anos, e adiantaria esse dinheiro
para o governo poder abater das tarifas. (Folha de São Paulo-04.03.2002)
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4- Não há data para conclusão do estudo sobre financiamento
da energia emergencial |
O Ministro de Minas e Energia, José Jorge, afirmou que não há
data para que o estudo sobre a possibilidade de o Tesouro Nacional
financiar parte da energia emergencial seja concluído. "Por enquanto
vai ser mantida a taxa, mas o Tesouro pode adiantar esses recursos
para depois ser ressarcido'', disse hoje o ministro. É possível
também que o subsídio não cubra todo o período em que a taxa vai
vigorar. A nova tarifa será cobrada até junho de 2006. Ela será
reajustada a cada três meses. A taxa virá discriminada na conta
de luz separadamente e será chamada de "encargo de capacidade
emergencial''. (Folha de São Paulo-04.03.2002)
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5- Fernando Henrique e CNPE decidem hoje construção
de hidrelétrica no PA |
O governo decidirá, hoje, em reunião entre o presidente Fernando
Henrique Cardoso e o Conselho Nacional de Política Energética
(CNPE) a construção de Belo Monte, segunda maior usina hidrelétrica
do país, a ser erguida no rio Xingu, com potência instalada de
11.182 megawatts, investimentos estimados em R$ 7,5 bi e cujo
projeto original - já modificado - começou a ser esboçado em 1980.
Fernando Henrique anunciará, na presença do governo do Pará, Almir
Gabriel, que licitará a obra ainda neste ano. A Eletrobrás será
sócia minoritária do empreendimento e o BNDES financiará parte
dos seus custos. A holding Eletrobrás deve oferecer ainda os PPAs
-contratos de compra de energia de longo prazo, necessários para
aprovação de financiamento. (Valor Econômico-04.03.2002)
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6- Há duas possibilidades para leilão de Belo Monte |
A Eletronorte, autora do projeto da usina de Belo Monte, já entregou
à Aneel os estudos de viabilidade para elaboração do edital. Há
duas possibilidades para o leilão. A Eletrobrás defende que a
licitação ocorra em outubro, depois que uma consultoria que está
em processo de contratação definir toda a modelagem do negócio.
A construção seria iniciada em maio do próximo ano. Outros integrantes
do governo querem acelerar o cronograma. Licitar o projeto em
julho e iniciar a obra ainda neste ano. A consultoria faria o
detalhamento da participação dos sócios depois do leilão de venda.
A participação da Eletrobrás não poderia passar de 49%, mas o
percentual exato só seria definido depois que o sócio privado
definir quanto quer da usina. (Valor Econômico-04.03.2002)
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7- Solução financeira para Belo Monte não está fechada |
A solução financeira para a usina de Belo Monte não está fechada,
mas a intenção do governo é que a Eletrobrás e o sócio a ser escolhido
no leilão dividam 30% dos custos com recursos próprios. O financiamento
para os 70% restantes seriam divididos igualmente entre o BNDES
-que já financia projetos hidrelétricos em pelo menos 35%- e outros
organismos de fomento. (Valor Econômico-04.03.2002)
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8- Governo ainda não tem licença para obra de Belo
Monte |
O governo ainda não tem a licença ambiental para tocar a obra
de Belo Monte. Existem duas pendências judiciais. Uma questiona
o fato de o processo de licenciamento não ser conduzido pelo Ibama
e sim pela Secretaria de Meio Ambiente do Pará e outra quer que
o Congresso seja consultado, já que a obra terá reflexos em áreas
indígenas. Belo Monte terá um papel importante na estabilização
dos reservatórios das demais regiões. Entre janeiro e julho, a
usina terá capacidade de gerar integralmente os 11.182 MW. Nesse
período, a geração poderá ser acionada para poupar água dos reservatórios
das demais regiões. Nos meses seguintes, a geração é reduzida
significativamente porque a usina funcionará a fio d'água e não
terá reservas para os meses secos. (Valor Econômico-04.03.2002)
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9- Sistema de transmissão de Belo Monte passará por
processo licitatório separado |
O sistema de transmissão associado à usina de Belo Monte está
definido, mas dever passar por processo licitatório separado.
A idéia é construir quatro linhas de 750 kV e 800 km ligando a
usina a Colinas, onde seria feita a interligação com o sistema
nacional. O custo estimado é de R$ 2,141 bi. Os cálculos dos custos
da usina e do sistema de transmissão foi feito considerando o
dólar a R$ 2,38. A usina alagará uma área de 440 quilômetros quadrados
e atingirá um total de 3.213 famílias (incluindo as áreas urbana,
rural e população ribeirinha) e nove municípios. (Valor Econômico-04.03.2002)
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10- Usina de Belo Monte deve começar a operar em 2008 |
Se a construção da usina de Belo Monte for iniciada em maio de
2002, a primeira máquina da usina entraria em operação em março
de 2008. Em dezembro de 2012, a usina já estaria operando em sua
totalidade. A usina terá duas casas de força. A principal terá
20 geradoras com capacidade de 550 MW cada. A casa de força complementar
terá cinco unidades geradoras, com capacidade individual de 26
MW. O governo estima que o custo de geração da usina de Belo Monte
ficará em US$ 25 o MWh, já considerando os encargos de transmissão.
Na saída da usina, o MW deve custar US$ 12. (Valor Econômico-04.03.2002)
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11- Governo revê previsão de receita com privatizações
para 2002 |
O
governo está revendo o total da receita de privatizações esperada
para 2002 e poderá incluir novas ofertas públicas de ações na previsão
acertada com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Além das ações
que sobraram da Companhia Vale do Rio Doce, que serão vendidas neste
mês, o Tesouro Nacional ainda tem ações que excedem o total necessário
para o controle em outras empresas. Estão nessa situação o Banco
do Brasil e o Banco do Nordeste. O governo também tem participações
minoritárias em empresas como a Eletropaulo e a Gerasul. Na segunda
revisão do acordo com o Fundo, o governo previu R$ 11 bi de privatizações
e R$ 10,9 bi de "esqueletos". Os esqueletos são dívidas antigas
que estão sendo gradualmente reconhecidas pelo governo. Como as
receitas de privatização são utilizadas para abatimento da dívida
pública, o governo tem procurado equilibrar as duas contas. No total
de R$ 11 bi, estão incluídos os R$ 4,3 bi da venda da participação
na Vale, cinco bancos estaduais (SC, PI, AM, CE e MA) e duas empresas
de energia elétrica estaduais. O total será revisto porque a Copel
(Companhia Paranaense de Distribuição) não será mais vendida. Mas
a possibilidade de novas ofertas públicas poderá compensar essa
retirada. (Folha - 04.03.2002)
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12- Empresas rejeitam pagar o uso do solo |
Nos últimos dois anos, mais da metade dos municípios paulistas passou
a exigir das concessionárias de gás, energia elétrica e telefonia,
um pagamento pelo uso do solo, mas de pouco adiantou: duas das maiores
usuárias dos subsolos do Estado, a Telefônica e a Eletropaulo, ignoram
há pelo menos um ano as legislações municipais e contestam a taxa
na Justiça. As prefeituras de São Paulo e Osasco, por exemplo, instituíram
por decreto a cobrança e hoje lutam nos tribunais para receber a
taxa sobre o espaço ocupado no subsolo pelos dutos das duas concessionárias.
Osasco cobra também pelo uso dos postes da cidade - o espaço aéreo.
Embora conteste as taxas municipais, a espanhola Telefônica paga
regularmente pelo uso de postes e redes controlados pela Eletropaulo
- informa a assessoria de imprensa da concessionária de energia
elétrica. O valor do aluguel que a Eletropaulo cobra pelos postes
não foi revelado. Também por meio da assessoria, a Telefônica diz
que não comenta o assunto. (Gazeta Mercantil - 04.03.2002)
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13- Pequenos produtores confirmam nomes para grupos de
trabalho de revitalização |
A APMPE (Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia
Elétrica) enviou nesta semana os nomes dos representantes para o
grupo de trabalho que avaliarão as medidas de revitalização do setor
elétrico. Ao todo, a associação participa da regulamentação de seis
das 33 medidas do plano do governo. São elas: fontes renováveis,
sob responsabilidade de Paulo Celso Lage; revisão das energias asseguradas
e aperfeiçoamento das regras do MRE, ambas ficarão a cargo de Ricardo
Pigatto; mudanças no valor normativo, com José Guilherme Antloga
do Nascimento; limites para as participações cruzadas e para a auto-contratação,
Evaldo Melo da Paz; e cooperação entre os Ministérios de Minas e
Energia e do Meio Ambiente no processo de licenciamento ambiental,
representado por Ronaldo Bolognesi. (Canal Energia-01.03.2002)
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1- Mesmo sem racionamento, consumo de energia cai |
O consumo de energia no primeiro dia sem racionamento foi menor
que o registrado na sexta-feira da semana passada, quando as regiões
Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste ainda estavam sob as regras de
economia obrigatória de energia. O governo espera um porcentual
de 7% de economia espontânea de energia, mesmo com o fim do racionamento.
Segundo dados apresentados no início da noite pelo ministro de
Minas e Energia, José Jorge, o consumo nas regiões Sudeste e Centro-Oeste
até as 13 horas de hoje foi de 23.198 MW médios, abaixo do gasto
de 23.248 MW médios registrado no mesmo período do dia 22 de fevereiro.
(O Estado de São Paulo-04.03.2002)
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2- Regiões sob racionamento consumiram abaixo da meta
em fevereiro |
No Nordeste, o gasto de sexta passada até as 13 horas foi de 5.322
MW médios, inferior aos 5.328 MW médios da sexta-feira anterior.
"Isso mostra o aprendizado que a população e as empresas tiveram",
disse o ministro. No último mês de economia obrigatória, em fevereiro,
a população gastou no Sudeste e Centro-Oeste 3,08% a menos que
o limite determinado pelo governo. No Nordeste, o consumo médio
do mês passado ficou 3,24% abaixo da meta. (O Estado de São Paulo-04.03.2002)
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3- Reservatórios fecham o mês de fevereiro bem acima
de 50% e a previsão é que cheguem a casa dos 70% no fim de
março |
Os reservatórios que abastecem as usinas hidrelétricas nas regiões
Sudeste e Centro-Oeste fecharam o mês com 63,33% da capacidade
máxima. No Nordeste, o volume de água nas barragens chegou a 56,14%.
A previsão do ONS, divulgada pelo ministro, é de que o nível dos
reservatórios chegará no fim deste mês a 71,8% no Sudeste e no
Centro-Oeste, e a 71,6% no Nordeste. (O Estado de São Paulo-04.03.2002)
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4- Consumo de energia recuou para os mesmos níveis
de 1996 |
Segundo dados do ONS, a queda no consumo de energia oscilou em
torno de 14% nos dois primeiros meses do ano e a previsão é de
que esse porcentual de redução continuará em março. Os números
consolidados do ONS referentes ao ano passado mostram que o consumo
no País, no segundo semestre, registrou um "recuo" equivalente
a quase seis anos, retornando aos níveis de 1996. O chamado Sistema
Interligado Nacional (SIN), que afere o consumo de energia já
"descontando" as trocas entre as regiões, encerrou dezembro consumindo
cerca de 35.000 MWm, com quedas de 16,01% sobre o observado em
dezembro de 2000; 12,26% sobre dezembro de 1999; 6,91% em relação
ao mesmo mês de 1998; 6,32% em relação a 1997; e de 1,27% sobre
1996. (O Estado de São Paulo-04.03.2002)
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5- Consumo no Nordeste e Sudeste foi ainda menor que
em 1996 |
As regiões Sudeste e Nordeste, que sofreram restrições de consumo
até o mês passado, registraram queda mais acentuada que o resto
do país. O consumo médio na região mais rica do País em dezembro
ficou 5,62% abaixo do observado em 1996. No Nordeste, ficou 2,1%
abaixo do observado em 1996. Na região Norte, o consumo de energia
em dezembro foi 10,09% superior ao observado em 1996, enquanto
a região Sul contabiliza avanço de 19,97% nesse mesmo intervalo.
(O Estado de São Paulo-04.03.2002)
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6- Projeção de consumo médio para março é de 39.000
MW |
O Planejamento Mensal de Operação para este mês projeta um consumo
médio de 39.000 MW médios em março no País. Na região Sudeste/Centro
Oeste, que responde por pouco mais de 60% de toda a energia elétrica
consumida no País, a queda foi ainda maior nos últimos meses,
atingindo 16,5% em janeiro e 17,2% em fevereiro, em relação aos
mesmos meses do ano passado. A projeção para março é de um consumo
médio de 24.216 MWm no Sudeste/Centro Oeste, com queda de 12%
sobre março do ano passado. Mantido esse ritmo, é provável que
a queda efetiva do consumo de energia no País seja bastante superior
aos 7% estimados inicialmente pelo governo como "economia definitiva"
decorrente de mudanças de hábito da sociedade após o racionamento.
(O Estado de São Paulo-04.03.2002)
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7- Nível dos reservatórios confirma tese de que não
haverá racionamento em 2002 nem em 2003 |
A queda acentuada na demanda de energia ocorre em período de rápida
recuperação da capacidade de geração das grandes hidrelétricas.
Os reservatórios de água de todas as regiões do País devem encerrar
o período de chuvas, em abril, em níveis muito acima do observado
nos últimos cinco anos. Os reservatórios da região Nordeste deverão
atingir 71,57% da capacidade de armazenamento de água no fim deste
mês. Esse nível corresponde a quase dez vezes o observado no final
de novembro, auge do período seco, quando os reservatórios da
região estavam com apenas 7,84% da capacidade. Isso mostra a intensidade
das chuvas na região e confirma a previsão oficial de que não
há o risco de racionamento de energia elétrica no País em 2002
nem em 2003. As possibilidades de se atingir esse nível é bastante
plausível, pois no dia 27 a região já estava com 55,53% de armazenamento.
Nos últimos sete anos, apenas em 1998 os reservatórios do Nordeste
chegaram em março acima desse limite, quando atingiu 81,63%. No
ano passado, nesse mesmo mês, os reservatórios estavam com 37,18%
ocupados. (O Estado de São Paulo-04.03.2002)
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8- Caso se confirme previsão do ONS, reservatórios
do Sudeste registrarão maior nível desde 98 |
A previsão otimista do ONS não se restringe aos reservatórios
da região Nordeste, mas é comum aos outros quatro submercados
acompanhados pelo ONS. A região Sudeste, onde estão os maiores
reservatórios do País, deverão atingir 72%, superando a projeção
encaminhada pelo órgão à Câmara de Gestão da Crise de Energia
Elétrica (GCE), que estimava em 66% a ocupação dos reservatórios
da região. Se a projeção do ONS se confirmar, será o maior nível
observado na região desde 1998, quando as usinas hidrelétricas
do País encerraram o período de chuvas com 83,3% de capacidade
de geração. (O Estado de São Paulo-04.03.2002)
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9- Reservatórios do Sul e do Norte devem superar os
80% no fim de março |
As regiões Sul e Norte, que não sofreram racionamento no ano passado,
continuam com projeções tranqüilas para este ano. Os reservatórios
do Sul devem chegar ao fim do mês com 82,87% da capacidade. Um
quadro semelhante se dá no Norte. A projeção do ONS é de que os
reservatórios chegarão em março com 80,97% da capacidade, o melhor
nível nos últimos cinco anos. (O Estado de São Paulo-04.03.2002)
Índice
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10- Demanda de energia este ano será equivalente à
do ano passado segundo José Jorge |
O ministro de Minas e Energia, José Jorge, estimou que a demanda
de energia este ano será equivalente à do ano passado, o que significa
redução de 7% do inicialmente projetado caso não houvesse o racionamento.
O ONS calcula que serão consumidos 26 milhões de MW médios nas
regiões Sudeste e Centro-Oeste e 5,9 milhões MW médios no Nordeste.
'A economia será feita por aprendizado da população com o racionamento
e pela troca por equipamentos eficientes', afirmou. Na sexta-feira,
o nível de armazenamento de água nos reservatórios do Sudeste
e Centro-Oeste chegou 63,33% e no Nordeste, a 56%. Para o final
do mês, os reservatórios do Sudeste deverão aumentar 7 pontos
percentuais e os do Nordeste, 18 pontos percentuais. (Gazeta Mercantil
- 04.03.2002)
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11- Governo começou a tomar providências tarde, diz
ministro |
Se
o governo tivesse instrumentos mais eficazes de monitoramento
do abastecimento, o racionamento de energia teria começado em
fevereiro do ano passado, e não quatro meses mais tarde, como
ocorreu. A afirmação foi feita pelo ministro de Minas e Energia,
José Jorge, ao dar uma entrevista sobre o final do racionamento,
que acabou ontem. "Se, no ano passado, tivéssemos a curva-guia,
a providência teria que ser tomada logo em fevereiro", disse o
ministro, referindo-se ao sistema criado pelo governo para acompanhar
o nível de água dos reservatórios das usinas hidrelétricas. "Jamais
voltaremos a ter problemas como este (falta de monitoramento)
no futuro", afirmou. José Jorge disse que em fevereiro do ano
passado, quando os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste
estavam em 33%, o racionamento poderia ter sido evitado ou antecipado,
evitando uma crise maior. Mas na ocasião o governo não contava
com o sistema de monitoramento dos reservatórios de água. O racionamento
teve início em junho de 2001. (Gazeta Mercantil - 01.03.2002)
a
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12- Para BNDES, energia emergencial possibilitou fim
do racionamento |
"Foi a existência da energia emergencial que nos permitiu sair
do racionamento. Nas simulações iniciais havia risco de racionamento
em 2002 e 2003", diz José Guilherme Reis, secretário de política
econômica do Ministério da Fazenda. Na crise, as decisões eram
urgentes e as emergenciais representavam um seguro. " Você faz
seguro do seu carro. Passado um ano, vê que não roubaram seu carro.
Bom que não houve o sinistro, mas você tinha o seguro", compara
o diretor do BNDES, Octávio Castello Branco. Outro receio é de
estar se criando um cartório nessa área e de o governo estar entregando
um negócio rentável e quase sem risco para empresas de qualificação
duvidosa. Pedro Parente, coordenador da Câmara de Gestão da Crise
de Energia, assegura: "O BNDES não vai dar crédito a empresas
de fundo de quintal". Quanto aos bancos, "eles assumem o risco".
Já o governo, via CBEE, "só vai pagar se o projeto estiver pronto".
(Valor Econômico-04.03.2002)
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13- Para presidente da APMPE, fim do racionamento não
significa fim da crise energética |
Para o presidente da APMPE (Associação dos Pequenos e Médios Produtores
de Energia Elétrica) Ricardo Pigatto, vice-presidente da associação,
o fim do racionamento não significa que a crise energética tenha
acabado. "O plano de revitalização do setor elétrico trouxe mais
incertezas para o mercado", afirma. Para os pequenos produtores
de energia, diz ele, a preocupação é maior. Isto porque o mercado
de contratações de energia está estagnado, aguardando os detalhes
das medidas. "Hoje, nenhum pequeno produtor consegue firmar contratos
de PPA devido às incertezas que o impacto do plano de reestruturação
do setor trará para o país", ressalta. (Canal Energia-01.03.2002)
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14- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Analistas apontam diversas vantagens na parceria
entre elétricas e teles |
Evidenciada por acordos de compartilhamento de infra-estrutura,
a sinergia hoje existente entre as empresas de telecomunicações
e as companhias do setor de energia elétrica aponta - segundo
analistas de ambos os setores - para uma tendência de convergência
que, bem aproveitada, é capaz de beneficiar as duas partes envolvidas
no processo. Por enquanto, contudo, há dificuldades no caminho,
tanto que poucas empresas estão conseguindo firmar-se nele. Idealmente,
mais do que alugar espaço nas linhas de transmissão, as empresas
de energia elétrica têm a oportunidade de atuar em outro mercado
(telecomunicações) sem a necessidade de grandes investimentos.
Por outro lado, as teles contam com a possibilidade de negociar
a utilização de cadastros de clientes das companhias elétricas,
que atingem entre 90% e 100% dos habitantes da grande maioria
dos municípios brasileiros. (Jornal do Commercio-04.03.2002)
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2- Copel Telecom faturou R$ 40 mi em 2001 |
Esforços para realizar a sinergia entre elétricas e empresas de
telecomunicação não faltam. Entre as empresas do setor elétrico
que apostam em telecomunicações encontra-se a Copel, que criou
a subsidiária Copel Telecom. Presente em mais de 49 cidades do
Paraná e com aproximadamente 2,8 mil quilômetros do cabo ótico
nas linhas de transmissão, além de outros 1 mil quilômetros de
rede nas áreas urbanas, a Copel Telecom atende a clientes como
Embratel e AT&T. "Nosso backbone ótico cobre quase 58% da população
do Estado, atingindo uma área que chega a 75% do PIB paranaense"
,explica o diretor-superintendente da Copel Telecom, Humberto
Sanches Netto, que garante: "A indústria de energia elétrica precisa
do setor de telecomunicações." Criada há três anos, a Copel Telecom
tem mais de 160 clientes e até setembro de 2001 faturou R$ 40
mi A expectativa é chegar ao final deste ano com 250 clientes.
(Jornal do Commercio-04.03.2002)
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3- Light Telecom enxerga 2002 como ano para consolidar
serviços prestados pela companhia |
Outra empresa do setor elétrico direcionada para a prestação de
serviços em telecomunicações é a Light Telecom, que começou a
operar sua rede em maio de 2000. Apesar do nome - que deve ser
mudado em março desse ano -, a Light Telecom é uma empresa do
grupo AES, que no segmento de telecomunicações controla ainda
a Eletronet, a Eletropaulo Telecom e a Infovias. Servindo a operadoras
de telefonia e a pequenos provedores de Internet, a rede de fibra
ótica da Light Telecom tem mais de 1,2 mil quilômetros. De acordo
com o diretor comercial da Light Telecom, Maurício Arbetm, 2002
será um ano de consolidação dos serviços prestados pela companhia.
Arbetm revela ainda que já estão sendo estudados novos serviços,
como o transporte de dados via IP. (Jornal do Commercio-04.03.2002)
Índice
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4- Sinergia entre elétricas e teles ainda apresenta
problemas |
A sinergia entre as empresas do setor elétrico e de telecomunicações
não significa que as primeiras estejam dispostas a acrescentar
serviços de telecom ao seu core business. A saturação do mercado
de telecomunicações - que hoje tem mais de 80% de sua capacidade
ociosa - e a significativa queda dos preços praticados no setor
são apontadas como duas das principais desvantagens de uma participação
mais efetiva das companhias de energia em telecomunicações. Associa-se
a essas questões o fato de que o avanço constante das tecnologias
utilizadas no setor implicar em investimentos pesados na modernização
de infra-estrutura. "A divergência de estratégia entre os sócios
dos dois setores também pode dificultar a sinergia", avalia um
analista da área de energia. Por isso mesmo, poucas empresas estariam
conseguindo trilhar este caminho sem grandes problemas. (Jornal
do Commercio-04.03.2002)
Índice
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5- Consultor acredita que empresas de telecomunicação
reagiriam se elétricas resolvessem entrar com força em seu
mercado |
Consultor de telecomunicações e diretor comercial da Intec Telecom
Systems, José Dias destaca que a "concorrência com empresas de
telecomunicações é sofrida". Além da queda dos preços, as empresas
de energia interessadas nesse segmento devem estar preparadas
para oferecer serviços diferenciados com qualidade superior à
encontrada hoje. "Acredito que as telecoms reagiriam com rapidez
se as companhias de energia resolvessem entrar para valer nesse
mercado." (Jornal do Commercio-04.03.2002)
Índice
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6- Vice-presidente da Ernst & Young não acredita em
convergência entre elétricas e teles |
Vice-presidente da consultoria Ernst & Young, Paulo Feldmann é
radical. O executivo, que acompanha o setor energético, contesta
a idéia de convergência entre empresas de distribuição de energia
elétrica e companhias de telecomunicações. Na opinião de Feldmann,
o que antes era vislumbrado como um negócio muito interessante
para as empresas de energia hoje já não é encarado da mesma forma.
- A criação de serviços mais elaborados é complicada e exige pesados
investimentos. Na verdade, acredito que algumas companhias do
setor de energia vão, até mesmo, desistir da idéia de atuar também
em telecomunicações, principalmente se considerarem a queda dos
preços - especula. (Jornal do Commercio-04.03.2002)
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7- Superintendente de Telecom da Cemig acredita que
momento de investir no setor já passou |
Superintendente de Telecom e Informática da Cemig, Luiz Henrique
de Castro concorda com a idéia de que as empresas de energia que
perderam o timing para investimentos em telecomunicações dificilmente
conseguirão entrar no mercado agora. "O momento para investir
nessa área já passou. Além do excesso de oferta, observa-se que
várias empresas desse mercado - e a Global Crossing é um dos maiores
exemplos - se encontram em dificuldades", avalia Castro. Entre
os serviços oferecidos pela Cemig na área de telecomunicações
destacam-se o compartilhamento das mais de 800 torres de microondas
que a companhia tem em Minas Gerais e o compartilhamento de postes
de luz. Além disso, a Cemig também utiliza suas linhas de transmissão
para a passagem de cabos óticos. Embora não participe diretamente
de negócios em telecomunicações, a Cemig é sócia do Grupo AES
na Infovias, empresa de infra-estrutura de telecomunicação, que
provê canais de comunicação de alta velocidade. (Valor Econômico-04.03.2002)
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8- Distribuidoras de SP recebem R$ 609 mi |
As distribuidoras paulistas de energia elétrica ficaram com a
maior parte da primeira parcela do empréstimo que o BNDES está
concedendo às empresas do setor prejudicadas pelo racionamento.
De R$ 992,911 mi liberados para 18 empresas, R$ 609,12 mi foram
para dez empresas de São Paulo. No cronograma de liberação do
dinheiro, as empresas estatais, como a mineira Cemig, levaram
a pior. Antes de emprestar o dinheiro, o governo federal está
levantando os débitos e créditos que elas possam ter com o setor
estatal. A partir desses levantamentos, os recursos destinados
a essas empresas poderão ser usados para cobrir débitos com o
governo. O diretor de Infra-Estrutura do BNDES, Octávio Castello
Branco, disse que, no caso de as estatais (distribuidoras e geradoras)
terem dinheiro a receber após o "encontro de contas", o governo
é que decidirá se elas receberão também empréstimos do banco ou
se será criado outro mecanismo especial de repasse. Para as distribuidoras
do setor privado, o BNDES vai liberar cerca de R$ 4 bi. (Folha
de São Paulo - 02.03.2002)
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9- Área degradada do Complexo Juba começa a ser reflorestada |
As usinas hidreléticas Juba I e II, em Tangará da Serra, vão receber
28 mil mudas de árvores nativas e duas mil mudas de frutíferas,
além de 20 mil m² de grama, a um custo de R$ 162.750,00. O empreendimento
é administrado pela Itamarati Norte S/A - Agropecuária, de propriedade
do Grupo Rede. O projeto de reflorestamento e recuperação das
áreas em torno das usinas será desenvolvido, entre outros locais,
no canal de adução, subestação e vila esidencial do Complexo Juba.
Os serviços, que devem estar finalizados até o próximo mês, seguem
rigorosamente as especificações contidas no Estudo de Impacto
Ambiental da Usina Hidrelétrica Juba I e II apresentado pela Itamarati
Norte à Fema (Fundação Estadual do Meio Ambiente). (Assessoria
de Imprensa - REDE Cemat- 01.03.2002)
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10- Fábrica de aquecedor solar cresce 200% com crise |
Maior fabricante de aquecedores solares do País, respondendo por
50% do mercado, a Soletrol projeta um crescimento de 100% para
este ano de consumo liberado de energia elétrica: embora encerrado,
o racionamento foi responsável pela efetivação de um mercado,
que continua dando sinais de vitalidade. Na empresa instalada
no município de São Manuel, ainda há dificuldade para atender
de pronto às encomendas - o prazo para entrega é de 15 dias, apesar
dos investimentos feitos ao longo do ano passado para aumentar
a produção, que registrou salto de 200%. 'O racionamento praticamente
fez surgir novos nichos de consumidores, como os de menor poder
aquisitivo; com isso, a faixa de equipamentos com preços mais
acessíveis, entre R$ 500 e R$ 1,2 mil, foi a que mais cresceu,
em que pese a burocracia que dificulta o financiamento para aquisição',
diz Luís Augusto Mazzon, presidente da empresa que em 2001 passou
de 100 empregados para 220. (Gazeta Mercantil - 04.03.2002)
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1- Aneel divulga a resolução que estabelece a convenção
do MAE |
A Aneel enviou nesta sexta-feira, dia 1° de março, para publicação
do Diário Oficial, a minuta da resolução que estabelece a convenção
do MAE. O texto rege o funcionamento, no âmbito do mercado, da
Assembléia, do Conselho, da Superintendência e dos processos de
contabilização e liquidação, bem como dos processos de auditorias.
A autorização, regulamentação e fiscalização do MAE fica sob competência
da Aneel. Entre os pontos estabelecidos, todos agentes da categoria
Produção deverão alocar toda a sua energia ao mercado, que atenderá
às necessidades da categoria Consumo. Os agentes de Comercialização
poderão adquirir energia fora do MAE. Um percentual da energia
comercializada será coberto por energia assegurada, ou por contratos
de compra de energia. (Canal Energia-01.03.2002)
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2- Preços do mercado de curto prazo servirão para valorar
energia contabilizada |
Segundo resolução da Aneel sobre o MAE, os preços do mercado de
curto prazo servirão para valorar todas as quantidades de energia
contabilizadas, que não estejam cobertos por contratos bilaterais
registrados nos processos de contabilização e liquidação, sob
as regras do Mecanismo de Realocação de Energia. A paralisação
dos processos de contabilização e liquidação, por ação ou omissão,
implicará nas penalidades previstas pela Aneel ao agente infrator.
A Convenção também estabelece as regras e as determinações para
o funcionamento da Câmara de Arbitragem, foro onde serão julgadas
as disputas entre os agentes. (Canal Energia-04.03.2002)
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3- Preço da energia no MAE causa dúvida |
O MAE ganhou nova roupagem, mas ainda enfrenta grandes obstáculos
para chegar a seu pleno funcionamento. Um dos maiores estorvos
no mercado de curto prazo (spot) refere-se aos mecanismos de formação
de preço. A GCE decidiu trocar o sistema atual, chamado Newave,
por um método baseado na oferta de preços. Governo e empresas
do setor concordam que o modelo vigente não reflete a realidade
do mercado. 'O sistema não pode levar em conta só a vazão afluente
(água das chuvas que chega ao reservatório da usina). Tem de considerar
também o nível dos reservatórios, o preço da energia alternativa
e o 'take or pay' do gás natural (que obriga o pagamento do combustível
pelos investidores térmicos, mesmo que eles não o utilizem)',
disse Mauro Arce, secretário de Energia de São Paulo e integrante
da GCE. Atento à polêmica do tema, o comitê de revitalização da
GCE chamou os agentes para uma conversa hoje, em Brasília. 'Será
a primeira reunião sobre o cálculo de preços no MAE que teremos
com as empresas', disse um técnico do grupo de revitalização.
A meta do governo é estrear o método em junho. (Gazeta Mercantil
- 04.03.2002)
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4- Decisão da GCE sobre excedente de Itaipu sai essa
semana |
Uma das principais causas da inércia que se estacionou no MAE
nos últimos meses está prestes a ter um final. O grupo de trabalho
da GCE que analisa a disputa pelo excedente de energia da usina
de Itaipu Binacional fechará essa semana o relatório sobre a questão
que envolve as distribuidoras de energia e a Eletrobrás. O coordenador
do grupo e secretário executivo do Ministério de Minas e Energia,
Luiz Gonzaga Perazzo, confirma que a decisão dos técnicos designados
pela GCE não passa dessa semana. Na data estabelecida na resolução
que criava a equipe, o prazo para o encerramento dos trabalhos
ia até o dia 8 de fevereiro, o que não aconteceu. De acordo com
o coordenador, a premissa básica dos trabalhos realizados pelo
grupo é a avaliar se existe ou não excedentes na produção de Itaipu.
Nesse caso, diz ele, a diretriz é que o consumidor final absorva
essa "sobra", sob a forma de bônus ou descontos nas tarifas de
luz. "Esse problema surgiu com a crise do setor, onde todos viram
um expectativa de obtenção de lucro no mercado. O objetivo, no
entanto, é preservar o consumidor", avalia. (Canal Energia-01.03.2002)
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5- GCE quer criar fundo de reserva destinado a consumidor
cativo das empresas |
No caso do grupo da GCE avaliar a existência de excedentes na
produção de Itaipu, a idéia do grupo de trabalho é criar um fundo
de reserva que seja direcionado ao consumidor cativo das empresas,
e que se reverta em benefícios como modicidade tarifária e redução
em futuros reajustes. "Essas diretrizes dependem de dados estatísticos,
que ainda estamos recolhendo e avaliando", completa Rafaelo Abritta,
assessor jurídico da Advocacia Geral da União e um dos componentes
do grupo. (Canal Energia-01.03.2002)
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6- Mercado espera que posição da GCE sobre excedente
de Itaipu faça Eletrobrás desistir de excedente |
A expectativa maior do mercado,é que a posição da GCE sobre o
assunto se reflita na desistência da ação judicial concedida à
Eletrobrás em outubro do ano passado, que interrompeu as operações
de contabilização e liquidação das transações pendentes no mercado
atacadista. Do outro lado, as empresas de distribuição se respaldam
em decisões favoráveis já concedidas anteriormente pelo Coex,
Comae (antigos conselhos do MAE) e Aneel. "A Eletrobrás não depende
disso para levantar a liminar. A GCE não é juiz, qualquer análise
de mérito sobre esta questão tem que levar em conta as decisões
anteriores", afirma Fernando Quartim, consultor do Grupo Rede
e integrante do conselho executivo da Abradee (Associação Brasileira
das Distribuidoras de Energia Elétrica). Ele espera, no entanto,
que o relatório final possa influir na desistência da disputa
judicial pela estatal. (Canal Energia-01.03.2002)
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7- Asmae consegue direito de divulgar balanços de 2001 |
A Asmae (administradora do MAE) conseguiu o direito de fechar
e informar aos agentes a contabilização dos valores referentes
ao ano passado. A medida permite que as empresas fechem os balanços
anuais do exercício de 2001, sem que sejam incluídos os valores
relacionados à Itaipu, que pode chegar a US$ 320 mi - adotando-se
a tarifa padrão de Itaipu, na faixa de US$ 32 - segundo cálculos
das distribuidoras. O volume de geração-extra da usina seria de
aproximadamente 10% da capacidade instalada da usina, que é de
12.600 MW. (Canal Energia-01.03.2002)
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8- Usina da Pedra vende para CPFL energia gerada por
bagaço |
A Usina da Pedra , de Serrana (SP), está investindo R$ 40 mi para
gerar, a partir do bagaço da cana-deaçúcar, uma potência de 30
MW de energia, que representa três vezes a geração de eletricidade
atual. A usina já fechou com a CPFL contrato de venda de energia
por um período de dez anos, a partir de 2003, diz Godofredo Fernandes
Machado, diretor industrial. Segundo o executivo, a usina está
implantando um projeto de racionalização de consumo de vapor e
de energia e vai armazenar bagaço da cana, o que permitirá a geração
na entressafra, com potência total de 15 MW. Inicialmente, dos
30 MW a serem gerados durante a safra, a Usina da Pedra irá consumir
11 MW, e os 19 MW restantes serão comercializados à CPFL. Num
segundo momento, a companhia irá reservar para consumo próprio
outros 6 MW, que irão abastecer a planta de plástico biológico
existente na usina. A unidade de produção de plástico biológico,
a partir de uma bactéria que se alimenta de açúcar, encontra-se
em fase de planta-piloto. A Usina da Pedra já comercializa o plástico
biológico em pequena escala, mas ainda não tem previsão de quando
a produção entrará em escala industrial. (Gazeta Mercantil - 04.03.2002)
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1- Brasil tem superávit de US$ 259 mi em fevereiro |
Desde 1994 o País não tinha um resultado comercial tão bom em
fevereiro e num primeiro bimestre. O superávit de US$ 259 mi em
fevereiro e de US$ 434 mi nos dois primeiros meses são recordes
para os períodos, segundo a secretária de Comércio Exterior do
Ministério do Desenvolvimento, Lytha Spíndola. Apesar dos recordes,
o fluxo de comercial piorou no início de 2002, em relação a 2001.
As exportações de fevereiro atingiram US$ 3,658 bi, 10,4% menores
que em 2001, e as do bimestre, US$ 7,630 bi, 11,5% inferiores.
Já as importações recuaram 15,2% em fevereiro, para US$ 3,399
bi, e as do bimestre, 20,2%, para US$ 7,196 bi. (Gazeta Mercantil
- 04.03.2002)
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2- Oito circulares redefinem compulsório no novo SPB |
O Banco Central (BC) baixou oito circulares redefinindo o recolhimento
dos depósitos compulsórios e o direcionamento obrigatório de recursos.
Todas elas referem-se a adaptações técnicas ao novo Sistema de
Pagamentos Brasileiro (SPB). A mudança mais relevante refere-se
à remuneração desses depósitos, que passa a ser diária a fim de
atender a nova estrutura do SPB - que não permitirá déficit na
conta de reserva bancária. Até agora, esse déficit, de cerca de
R$ 6 bi , é coberto pelo BC. De acordo com Luis Gustavo da Matta
Machado, para atender a exigência de zeragem do déficit da conta
de reserva, os recursos do compulsório passarão a ser utilizados
para financiar esse défict. Ele lembrou que todas as operações
acima de R$ 5 mil serão realizadas on line. As mudanças técnicas
publicadas hoje no Sistema do Banco Central (Sisbacen) entram
em vigor no dia 22, junto com o novo SPB, e valem para recolhimento
de compulsórios sobre depósitos à vista e a prazo, judicial, adiantamento
de contrato de câmbio (ACC), recursos de depósitos e de garantias
realizadas, garantia por fiança bancária e depósito em poupança.
(Gazeta Mercantil - 04.03.2002)
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3- Dólar inicia negócios a R$ 2,348 |
Os primeiros negócios com o dólar comercial apontavam a divisa
a R$ 2,348. Há pouco, a moeda norte-americana saía a R$ 2,351
na ponta compradora e a R$ 2,353 na ponta vendedora, com alta
de 0,34% ante o fechamento de sexta-feira. Na Bolsa de Mercadorias
e Futuros (BM&F), os contratos com vencimento em março registravam
ganho de 0,16% e estimavam a moeda a R$ 2,379, com 1,7 mil operações.
(Gazeta Mercantil - 04.03.2002)
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1- Governo prepara seguro para usinas térmicas a gás |
Em dois meses o governo deve anunciar um sistema de seguro para
as usinas térmicas a gás, obedecendo ao mesmo princípio do seguro
criado para as usinas emergenciais. Com regras claras para a contratação
de capacidade de geração térmica de reserva a GCE pretende dar
novo impulso aos investidores que iniciaram seus projetos no auge
da crise de racionamento, mas hoje estão desanimados com o futuro
dessa fonte de energia permanente. "Acho que o gás é a questão-chave
a ser tratada agora. O governo tem que equacionar os vários pontos
em aberto, não resolvidos, e isso vai merecer uma avaliação rigorosa
da Câmara de Gestão, passado o período crítico do racionamento",
adiantou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda,
José Guilherme Reis.(Valor Econômico-04.03.2002)
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2- Diretor do BNDES diz que uma das formas de prover
seguro para térmicas a gás é ter sempre reserva de geração
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O diretor de Infra-Estrutura do BNDES, Octávio Castello Branco,
coordenador do Comitê, adiantou que uma das formas de prover o
seguro para as térmicas a gás é ter, de forma permanente no sistema,
uma reserva de geração. "Isso significa que no nosso sistema,
que consome hoje cerca de 43 mil MW, pegar por exemplo uns 5%
dessa demanda e dizer que para um pedaço dela será criada uma
reserva de geração, que não pode ser contratada mas tem que estar
sempre disponível para funcionar como um seguro". Não está claro,
ainda, se será obrigação do governo, das geradoras ou das distribuidoras
contratar essa reserva. A vantagem dessa função ser atribuída
às empresas distribuidoras de energia em negociação bilateral
com os consumidores livres, na avaliação do diretor do BNDES,
é que não precisaria ter um companhia do governo para fazer isso.
Outra hipótese é fazer leilões regulados pela Aneel. "Temos muito
o que decidir nessa área e o relatório do Comitê de Revitalização
já traz vários pontos que se referem às térmicas". (Valor Econômico-04.03.2002)
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3- Reis considera desaceleração dos investimentos em
térmicas a gás natural |
Com relação ao fato da Petrobras e mesmo
empresas privadas estarem revendo e desacelerando seus empreendimentos
na área das térmicas a gás, justamente por causa da inexistência
de contratos de compra da energia e pelo fato dos preços, no mercado
atacadista, terem despencado, o secretário de Política Econômica
do Ministério da Fazenda, José Guilherme Reis, considera esse
um processo natural. "O mundo dos negócios é assim mesmo. Mudam
as condições, você reexamina se vale a pena o investimento naquele
setor. Mas não creio que vá todo mundo embora". (Valor Econômico-04.03.2002)
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4- Governo pode usar recursos da venda de concessões
para subsidiar despesa com usinas emergenciais |
O ministro de Minas e Energia, José Jorge, admitiu que o governo
poderá usar recursos obtidos com a venda de concessões de hidrelétricas
para subsidiar parte da despesa com a contratação de usinas térmicas
emergenciais. A partir deste mês, esta despesa está sendo paga
com o adicional de 2% nas contas dos consumidores, com exceção
daqueles de baixa renda. Se a medida for adotada, poderá haver
redução na conta de luz. (O Estado de São Paulo - 02.03.2002)
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5- Fim do racionamento não diminui interesse da Petros
em financiar novos projetos de termelétricas |
Com o fim do racionamento e a entrada nos novos projetos, o Petros
- Fundo de Pensão dos Funcionários da Petrobras - não alterará
a participação que tem em outras seis termelétricas, estas com
geração de energia a gás, cujas obras também estão em andamento.
Todas têm participação da Petrobras. De acordo com o presidente
da Petros, Carlos Flory, o principal argumento é a segurança da
parceria, uma vez que há a garantia de compra de energia de usinas
de co-geração. Além disso, existe a garantia do consumo pela Comercializadora
Brasileira de Energia Emergencial (CBEE), que já assinou contrato
de compra por três anos, o que assegura o retorno do investimento.
Com isso, a Petros e os demais sócios não correm o risco de não
terem comprador depois que as térmicas estiverem operando. Além
disso, há a questão da rentabilidade. Com a tendência de menores
ganhos com as aplicações em renda fixa - que sempre representaram
um bom guarda-chuvas para os fundos - investir em projetos tecnicamente
bem amparados pode garantir o cumprimento das metas atuariais
e alvos internos de rentabilidade da carteira. (Jornal do Commercio-04.03.2002)
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6- Petros investirá R$ 76 mi em dois novos projetos
de termelétricas |
A Petros participará com aproximadamente R$ 76 mi em dois novos
projetos de termelétricas: a de Fortaleza, no Ceará, e a de Macaíba,
no Rio Grande do Norte. As usinas, a serem concluídas em julho,
terão capacidade de gerar 201 MW - 153 MW na primeira e 48 MW
na segunda - utilizando 90% de óleo combustível e 10% de diesel.
. Na usina de Fortaleza, o fundo de pensão investirá R$ 52,4 mi.
O fundo participa deste projeto ao lado da BR, da Logos Ener Consult
e da empresa de engenharia EIT. Em Macaíba, o investimento da
Petros é de R$ 23,2 mi e o consórcio tem, na formação, além do
fundo, a BR e a empresa Global. Tantos nos novos projetos quanto
nos seis anteriores, todos com previsão para iniciar operação
entre março e julho deste ano, os aportes da Petros não ultrapassam
R$ 120 mi. (Jornal do Commercio-04.03.2002)
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7- Petros passará a participar de termelétricas que
gerarão quase 3,6 mil MW |
Com a construção das duas novas usinas no Nordeste, a capacidade
de geração das agora oito termelétricas em que a Petros participa
será de quase 3,6 mil MW, o suficiente para atender a 36 mi de
pessoas O gerente de comercialização de soluções energéticas da
BR, Renato de Andrade Costa, acrescenta que a importância dos
dois projetos é contribuir para diversificação da matriz energética,
já que as duas usinas utilizarão, além de 10% de óleo diesel,
90% óleo combustível que é produzido na Petrobras. - A diversificação
da matriz energética, com a utilização de novos combustíveis nas
usinas, dependendo menos dos recursos hídricos e do gás, também
garante retorno ao Governo. É como ter investimentos variados
para obter alguma remuneração, por menor que seja - compara o
gerente da BR. As usinas tem a possibilidade de serem acionadas
e desligadas a qualquer momento. De acordo com o especialista,
isso representa uma segurança para o Governo do ponto de vista
da oferta e para o investidor quanto à remuneração. O motor da
termelétrica de Fortaleza é importado da Alemanha e o da usina
de Macaíba vem da Finlândia. (Jornal do Commercio-04.03.2002)
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8- Depois de contrato, termelétricas da Petros podem
ser vendidas ou gerarem energia em horários de pico |
Depois do contrato de três anos, o gerente da BR, Renato Costa,
afirma que as usinas termelétricas do Nordeste poderão ser utilizadas
para gerar energia na ponta (horários de pico) ou vendidas. Ele
afirma ainda que um dos pontos interessantes deste projeto é o
fato de a BR estar fidelizando o consumo de um combustível produzido
no País, diminuindo a exportação deste e agregando mais valor.
(Jornal do Commercio-04.03.2002)
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9- Petros está a procura de novos projetos para investir |
O presidente da Petros, Carlos Flory explica ainda que o perfil
do investimento nas termelétricas é de longo prazo e a rentabilidade
muito acima da meta atuarial, ou seja, uma média de IGP-M mais
15% ao ano. Em 2001, a rentabilidade dos projetos em que a Petros
participa chegou a 23,64% contra a meta de 16,01%. O resultado,
segundo Flory, representou a melhor carteira de investimentos
do fundo. " Se, no ano passado, tivéssemos desembolsado os R$
2 bi previstos com os contratos em projetos de infra-estrutura,
teríamos compensado as perdas registradas em investimentos nas
Bolsas de valores " acrescenta o presidente. A fundação está em
busca de outras áreas e novos projetos para investir e o Estado
do Rio continua tendo prioridade nos casos de gás natural e petróleo.
"Só é preciso que haja segurança e rentabilidade nos investimentos",
afirma. (Jornal do Commercio-04.03.2002)
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10- Petros só tinha um empreendimento no Nordeste |
Com os dois novos projetos, a Petros firma posição no Nordeste
quanto à geração de energia. Dos seis antigos empreendimentos,
somente um é localizado na região, mais precisamente em Mataripe
(BA), na qual a fundação está investindo R$ 40 mi. O investimento
total desta usina é de R$ 878 mi e a capacidade plena é de 450
MW gerados a partir de março do ano que vem. Na primeira fase,
a termelétrica, prevista para entrar em funcionamento em junho,
vai gerar 190 MW. (Jornal do Commercio-04.03.2002)
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11- Termelétrica da Petros em Caxias terá primeira
fase concluída esse ano |
A termelétrica da Petros em Duque de Caxias foi iniciada em
agosto de 2000 e tem previsão para conclusão de sua primeira
fase este ano. Somente em 2003, a usina funcionará a pleno vapor.
O investimento do fundo de pensão no empreendimento é de R$
114 mi. (Jornal do Commercio-04.03.2002)
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12- Investimento total da usina de Ibirité é de R$
854 mi |
Ainda na Região Sudeste, a Petros está investindo nas termelétricas
de Ibirité, em Betim (MG) e de Piratininga (SP). A usina de
Ibirité tem como sócios a Petrobras e a Fiat e a entrada em
operação da primeira fase, com 226 MW, será neste mês de março.
O investimento total é de R$ 854 mi e a Petros participa com
pouco mais de 10% deste montante. A usina entrará em operação
plena, com 650 MW, até 2005, mas a Fiat já prevê a participação
em construções de novas usinas. (Jornal do Commercio-04.03.2002)
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13- Petros participa ainda de usinas no RS e no MS |
No Rio Grande do Sul, a Petros participa da construção da Termelétrica
de Canoas, cujo investimento total é de R$ 732 mi, dos quais
R$ 95 mi do Petros. A capacidade total dessa usina é de 500
MW e a previsão para entrada e operação é junho deste ano. Com
aporte de R$ 90 mi, a Petros também participa da Termelétrica
de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. O investimento total
é de R$ 561 mi, com capacidade para gerar 350 MW, sendo 240
MW gerados na primeira fase, prevista para ser inaugurada em
junho. (Jornal do Commercio-04.03.2002)
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1- Siderúrgicas investem em geração de energia no MA |
As siderúrgicas do município de Açailândia, a 566 quilômetros
de São Luís, estão investindo na geração de energia para consumo
próprio. O objetivo é reduzir os custos de produção para tornarem-se
mais competitivas no mercado mundial. Quem investir na geração
própria para o consumo interno vai reduzir em torno de 4% a 5%
os custos, de acordo com o Sindicato da Indústria do Ferro de
Açailândia (Sifa). ´Isso faz parte da sobrevivência das siderúrgicas.
Reduzindo os custos de produção em 4% a 5%, vamos nos tornar mais
competitivos no mercado´, afirma o presidente do (Sifa), Marcos
Tintore, destacando que o Maranhão concorre com mercados como
o da Rússia, por exemplo. Tintore afirma que as siderúrgicas também
querem se prevenir no futuro de uma outra crise no setor de energia
elétrica. ´Ficamos preocupados com a situação´, admite. (Gazeta
Mercantil - 04.03.2002)
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2- Simasa inicia construção de uma termelétrica |
A Siderúrgica do Maranhão S/A (Simasa) iniciou semana passada
a construção de uma termelétrica, avaliada em R$ 9,6 milhões para
geração de energia para consumo próprio. O investimento é considerado
alto, mas compensa, conforme destaca o superintendente da empresa,
Mário Dutra. Parte dos recursos vai ser financiada pelo BNDES.
A construção da termelétrica deverá ser concluída até o final
de agosto. ´Precisamos que seja concluída o mais rápido. O gás
que a usina utiliza já é queimado´, conta Mário Dutra. (Gazeta
Mercantil - 04.03.2002)
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3- Hidrelétrica vai tornar Jari mais competitiva |
A
Jari Celulose S/A passará a ser mais competitiva na produção de
celulose a partir da construção, em breve, da hidrelétrica de
Santo Antônio. Com energia mais barata, a empresa vai poder reduzir
o custo para a produção de US$ 210 para US$ 160. Hoje, a celulose
está sendo cotada no mercado internacional a US$ 230 a tonelada.
A hidrelétrica, que terá capacidade para produzir 100 MW de energia,
tem um custo de US$ 100 mi, com o BNDES bancando 80% desse valor.
Com a entrada em operação da usina, o Grupo Orsa deverá investir
mais cerca de US$ 54 mi na ampliação e modernização de seu parque
industrial. A Jari é controlada pelo Grupo Orsa, considerado o
quarto maior produtor de celulose do Brasil. (Gazeta Mercantil
- 04.03.2002)
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4- Santa Adélia investe em tecnologia p/co-gerar eletricidade |
A Usina Santa Adélia, de Jaboticabal, investe R$ 21 mi na compra
de duas caldeiras e na implantação de sistema de tratamento de
água para co-gerar eletricidade com o bagaço de cana-de-açúcar.
O aporte, que exclui geradores e turbinas, deixa a empresa em
sintonia com as novas tecnologias do setor de co- geração. As
caldeiras da recém-criada coligada do grupo Termelétrica Santa
Adélia são de alta pressão, e podem receber muito mais vapor com
a queima do bagaço em comparação aos equipamentos hoje instalados
nas 150 usinas em atividade no interior paulista. A maioria delas
co-gera energia para consumo próprio, enquanto cerca de dez produzem
eletricidade excedente para venda às distribuidoras ou ao mercado
´spot´. ´Por processarem mais calor, as caldeiras de alta pressão
são bem oportunas neste ano, quando teremos maior disponibilidade
de cana-de-açúcar´, diz o diretor industrial do grupo, Marcelo
Bellodi. Por ano, o excedente da planta é estimado em 30 mil toneladas,
praticamente comercializado para uma indústria de suco da região,
em processo semelhante de queima. (Gazeta Mercantil - 04.03.2002)
a
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1- UES russa exportou 17.9 bilhões de kWh em 2001 |
A companhia russa UES exportou um total de 17.9 bilhões de kWh
de eletricidade em 2001, contra 13 bilhões em 2000, divulgou hoje
a companhia. Os resultados foram apresentados ao conselho da UES
numa reunião na sexta-feira. Os números de exportação representaram
2% do total de energia gerada pela UES, companhia elétrica dominante
do país. A UES espera ampliar suas exportações para 28.7 bilhões
em 2005, alvejando primeiro a Finlândia e os exportes para a Europa
Ocidental. A UES também pretende aumentar a exportação para a
Polônia e a Turquia. E a companhia ainda tem que aumentar seu
potencial para poder exportar para a Eslováquia, a Hungria, a
Moldávia e os países bálticos. Para possibilitar que alcance esses
objetivos, a UES começou a sincronizar sua rede elétrica com a
de países vizinhos. Atualmente, sua rede está em sincronia com
a de todos os países da ex-URSS, menos os países bálticos e a
Armênia. (Platts-04.03.2002)
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2- BG obtém concessões para explorar gás natural no
litoral espanhol |
A companhia britânica BG International obteve concessões totalizando
6.500 km² no Mar Mediterrâneo que costeia as províncias espanholas
de Tarragona e Castellon, segundo declarou nesse fim-de-semana
o governo espanhol. As concessões, anunciadas no dia 2 no diário
oficial da Espanha, são inicialmente para um período de três anos
no qual a BG deve gastar um mínimo de US$ 28.8 mi para adquirir
e processar dados sísmicos e explorar ao menos uma jazida. Se
a BG decidir manter as concessões, ela terá de investir US$ 24
mi anuais para desenvolver a área e explorar ao menos duas jazidas
em cada um dos três anos seguintes. A BG derrotou a espanhola
Repsol YPF na disputa pelas sete concessões, chamadas Aguila,
Ibis, Halcon, Garceta, Flamenco, Cormoran e Gorrion. (Platts-04.03.2002)
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3- Tarifas elétricas irão diminuir em Portugal em 2003
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O presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE)
anunciou hoje que, graças à entrada hoje em vigor de um novo sistema
de comércio de eletricidade a nível europeu, os portugueses irão
passar a beneficiar a partir do ano que vem de tarifas mais baratas.
Segundo afirmou hoje à agência Lusa Jorge Vasconcelos, com este
novo sistema os grandes consumidores elegíveis (i.e. com capacidade
de escolher fornecedores) irão se beneficiar de uma queda de 2,3%
das suas tarifas do uso da rede de transporte, a qual é uma das
componentes da fórmula de cálculo do preço final. Embora esta
queda só contemple os grandes fornecedores, Jorge Vasconcelos
assegura que a redução das tarifas irá ser repassada a todos os
consumidores através da diminuição dos preços que irão ser praticados
para o público em geral. O presidente da ERSE defendeu ainda a
superioridade do novo sistema face ao antigo, o qual classificou
de pouco eficiente. (Diário Econômico-04.03.2002)
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4- Três grupos apresentam proposta por utilitária de
água inglesa da Enron |
Três grupos apresentaram propostas pela Wessex Water, uma utilitária
britânica que está sendo vendida pela Enron após seu colapso.
Um consórcio consistindo da GE Capital, Abbey National e do Royal
Bank of Scotland teria oferecido US$ 1.7 bi pela Wessex, quando
a segunda rodada para propostas fechou na sexta-feira, de acordo
com fontes próximas ao processo. Outros interessados que apresentaram
propostas incluem a Cheung Kong, uma companhia de desenvolvimento
de Hong Kong e a malasiana YTL. A gigante energética italiana
Enel abandonou o leilão por julgar que o preço mínimo era muito
alto. A Wessex é uma das maiores propriedades da Enron na Europa,
fornecendo água para 1.2 milhões de pessoa no sudoeste da Inglaterra.
Analistas esperam que a Wessex seja vendida por mais de US$ 1.4
bi, mas por menos que os US$ 2 bi que a Enron pagou por ela em
1998. (New York Times-04.03.2002)
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5- Colapso da Enron faz com que executivos percam interesse
em participar de conselhos e comitês de auditoria das firmas |
O escândalo da Enron pode dificultar que companhias preencham
vagas em seus conselhos ou comitês de auditoria, de acordo com
altos executivos americanos. No seu encontro anual na Flórida
na semana passada, membros do Conselho de Negócios, uma associação
de executivos-chefes de algumas das maiores companhias dos EUA,
disse que o colapso da Enron fará com que executivos questionem
se os benefícios de participarem de um conselho supera os riscos.
Acionistas e funcionários que perderam suas economias com a quebra
da Enron estão processando os diretores. Quatro membros do comitê
de auditoria da Enron renunciaram de posições de diretoria em
outras companhias. O executivo-chefe da Sun Microsystems disse
que não conhece muitos CEOs que hoje queiram participar de um
comitê de auditoria por causa do linchamento em massa da categoria.
(Financial Times-04.03.2002)
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6- SCE obtém US$ 1.8 bi em financiamento |
A Southern California Edison obteve US$ 1.8 bi em financiamento
seguro, o que está combinando com o dinheiro em caixa para pagar
débitos vencidos e obrigações incorridas ao comprar energia durante
o ápice da crise de energia na Califórnia. O CEO da SCE, Al Fohrer,
disse que esse financiamento é significativo para a companhia.
" Muito mais trabalho tem que ser feito para que alcancemos nosso
objetivo, mas o empréstimo bem-sucedido de hoje significa que
estamos avançando para restaurar a estabilidade financeira da
companhia". Em uma reunião com a Comissão do Mercado de Valores
dos EUA, a SCE disse que tinha feito pagamentos de US$ 4.8 bi
de empréstimos anteriores e para liquidar dívidas e manter compromissos
de aquisição de energia. (Financial Times-04.03.2002)
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7- Iberdrola decide amanhã se faz ou não proposta pela
Eurogen |
A companhia energética espanhola Iberdrola vai discutir amanhã
se procederá ou não com uma oferta pela Eurogen, a geradora italiana
que está sendo vendida pela Enel. Ignacio Galan, presidente da
Iberdrola, vai se reunir com sua equipe para discutir a questão
e chegar a uma decisão. As usinas à venda requerem um grande investimento,
o que pode fazer com que a Iberdrola não proceda com a oferta,
que seria feita conjuntamente com um banco e com a energética
alemã RWE. No dia 14 de março, a Enel e o governo italiano irão
receber as ofertas finais pela geradora de 7.000 MW, pela qual
esperam receber US$ 3.5 bi. A Eurogen é a maior das três geradoras
que a Enel está vendendo para se adequar à liberalização do mercado
europeu de eletricidade. Após as vendas, a Enel produzirá de 60
a 80% da eletricidade consumida na Itália. (Financial Times-04.03.2002)
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8- Equador fixa em US$ 381 mi preço dos 51% à venda
de suas elétricas |
O Equador estabeleceu um preço mínimo de US$ 381 mi por uma parcela
de 51% nas companhias elétricas que o país pretende privatizar
em 12 de abril. A espanhola Unión Fenosa, a americana AES e a
argentina Pecom estão registradas para a venda de 17 companhias,
que foram divididas num bloco costeiro e outro do planalto. Um
orçamento do banco de investimentos Salomon Smith Barney avaliou
o total do setor em US$ 752 mi. Analistas dizem que a venda é
essencial, pavimentando o caminho para a privatização do setor
de geração e o aumento de eficiência. Cerca de 25% da capacidade
da rede não está funcionando atualmente. O ministro de Energia
Pablo Terán disse que a venda é fundamental para que sejam feitos
investimentos em novas usinas energéticas. A economia equatoriana,
que em 2001 cresceu mais que qualquer outra na América do Sul,
está sofrendo uma escassez de energia elétrica. O país teve que
comprar energia da Colômbia no ano passado e suas hidrelétricas
estão funcionando abaixo da capacidade por causa das poucas chuvas
dos últimos meses. (Financial Times-04.03.2002)
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9- Operadores do setor elétrico chileno criticam travas
aos investimentos |
Operadores e fontes do setor elétrico chileno advertem que existem
certas travas ou obstáculos que dificultam os investimentos no
setor e a possibilidade de se buscar novas alternativas de energia,
que signifiquem definitivamente uma diversificação eficaz da matriz
energética do país e que garantam o fornecimento de quase 90%
da população do país. A esse respeito, Francisco Aguirre, diretor
da electroconsultores.com, foi categórico ao dizer que " existem
travas econômicas de investigação e de vários tipos, para garantir
o desenvolvimento de novos projetos, o que prejudica o investimento
dos diferentes atores". A Central Nacional de Energia rebateu
às críticas, afirmando que a política que leva a cabo desde o
primeiro governo da coalizão atual acabou com a dependência do
Sistema Interconectado Central das centrais hídricas, carboníferas
e petrolíferas, com a introdução das térmicas movidas a gás natural.
(Estrategia-04.03.2002)
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10- Se iniciam hoje investigações sobre atuação da
Enron na Bolívia pelo congresso boliviano |
Depois do recesso parlamentar, a Comissão Investigadora sobre
o Caso Enron na Bolívia começará seu trabalho nessa semana. Os
trabalhos começarão com a convocação dos superintendentes de Hidrocarburos
e Pensões, além do ex-presidente da YPFB, Mauricio Gonzáles. Não
se descarta uma solicitação para que o ex-presidente do país,
Gonzalo Sánchez de Lozada também preste seu depoimento. Os parlamentares
aceleraram seu trabalho pois pretendem brindar o plenário da Câmara
dos Deputados com sua decisão no curso das próximas duas semanas.
Como este trabalho sofreu muitas demoras, hoje mesmo se elaborará
a lista de pessoas que serão convocadas para prestar informações
sobre a chegada da Enron na Bolívia e o impacto da quebra dessa
empresa. (Los Tiempos-04.03.2002)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Ana Clara Cruz, Fernando Fernandes, Pedro Furley, Rodrigo
Rötzsch
e Silvana Carvalho.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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sobre as empresas do setor
www.eletrobras.gov.br/provedor
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