1- Os leilões de energia do governo e o risco de choque
tarifário |
No
último dia 31, o governo anunciou que a energia produzida pelas
geradoras estatais será comercializada via leilões a fim de que
não haja interferência na concorrência do mercado. Entretanto,
analisando-se a situação, podemos antever que os preços da chamada
"energia velha" tenderá a ficar próximo do preço marginal, ou
seja, da "energia nova", mais cara. Segundo a proposta apresentada
pelo governo, o ágio obtido nos leilões formará um fundo que poderá
subsidiar a energia emergencial, o gás natural e as fontes alternativas
de energia. Essas medidas, contudo, não devem amenizar muito o
significativo impacto previsto sobre as tarifas, o temido "choque
tarifário".
Para
ilustrar o risco de choque tarifário é válido voltar um pouco
e relembrar a questão dos combustíveis nos EUA, em 1974, quando
ocorreu o "choque do petróleo". Na ocasião, a OPEP autorizou um
grande aumento nos preços internacionais do petróleo, o que criou
um diferencial nos preços do petróleo importado pelos EUA (bem
mais caro) e o petróleo produzido internamente (mais barato).
Num primeiro momento, tentando conter um choque dos preços, o
Congresso determinou que os produtores internos continuassem a
vender o barril de petróleo ao preço antigo e não ao preço internacional.
Resultado: o choque dos preços não foi contido, já que as refinarias
compravam o máximo que podiam de petróleo produzido internamente
(preço menor), e o restante da oferta completavam com o petróleo
importado (preço mais elevado). Com isso, no final das contas,
o custo marginal ficava no mesmo patamar do que se as refinarias
somente importassem todo o petróleo. O que aconteceu, na verdade,
foi uma transferência de renda dos produtores internos para as
refinarias, já que estes últimos estavam se apropriando de uma
renda que, em condições normais de mercado, seria dos produtores
internos.
Num segundo momento, o Congresso adotou uma política, denominada
de "política da habilitação". Assim, quando uma refinaria comprava
petróleo importado ela recebia uma espécie de cupom que a autorizava
a comprar uma certa quantidade de petróleo produzido internamente.
Com isso, o custo marginal passou a ser uma média ponderada dos
preços do petróleo importado e do produzido internamente, o que
minimizou o choque de preços.
Seria
interessante que alternativas como essa fossem consideradas nesse
momento de reestruturação do modelo do setor elétrico brasileiro,
com a finalidade de preservar a modicidade das tarifas sem inibir
os investimentos. A medida em que tanto a energia velha quanto
a energia nova estariam sendo remuneradas aos seus respectivos
custos marginais, o custo de energia comprada repassado às tarifas
se aproximaria ao custo real de geração. A definição de uma proporção
fixa entre a energia velha e a energia nova, contribuiria para
que o preço marginal (energia nova) continuasse como um bom sinalizador
de investimentos para o mercado, minimizando os impactos para
o consumidor.
(Grupo
de Estudos de Empresas de Energia Elétrica - NUCA/IE/UFRJ)
Índice
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1- Encargos vão cobrir custos operacionais da CBEE |
As seqüelas do racionamento
de energia virão sobre a forma de três taxas - Encargo de Capacidade,
Custo de Energia Emergencial e Energia Livre - que irão cobrir
os custos operacionais, tributários e administrativos da Comercializadora
Brasileira de Energia Elétrica (CBEE). Mais uma vez, a conta dupla
(do consumo e das medidas preventivas) será paga pelo consumidor
residencial, industrial e comercial. Entre os cidadãos comuns,
irão pagar uma, duas ou três das sobretaxas oriundas do racionamento,
aqueles usuários residenciais e rurais que consomem 350 kWh/mês
ou menos (exceto aqueles que utilizam até 140 kWh/mês) e os que
gastam acima de 350 kWh/mês. No caso do comércio e indústria,
ambos pagarão as três taxas, sem possibilidade de isenção de qualquer
uma delas. A medida da Aneel foi oficializada pela Resolução nº
71 e Medida Provisória 14, da Agência. A cobrança entra em vigor
a partir de 1º de março. A Coelce será a entidade arrecadadora
dos valores que serão repassados à CBEE. (O Povo - 27.02.2002)
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2-Resolução define critérios de repasse do Encargo
dos Serviços do Sistema às tarifas |
O governo estabeleceu os procedimentos e os critérios para o repasse
às tarifas de energia elétrica dos valores referentes ao Encargo
dos Serviços do Sistema (ESS). Pela resolução n° 89 da Aneel,
a contabilização dos valores, através da Conta de Compensação
de Variação dos Valores do ESS, está sendo feita pelas empresas
desde 25 de janeiro, data da publicação da portaria interministerial.
Essa conta absorverá, pelo período de um ano, todos os montantes
pagos pelas empresas relacionados ao ESS. Incidirá sobre o saldo
registrado cálculos baseados na taxa Selic, ao passo que multa
e juros de mora não serão mais considerados. De acordo com a resolução,
30 dias antes da data de aniversário dos contratos de concessão
(quando são concedidos os reajustes anuais), as concessionárias
deverão enviar os valores da conta à Aneel, para inclusão nas
tarifas. (Canal Energia - 27.02.2002)
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3- Conheça unidades que não podem ser isentas de novas
taxas de energia |
Estão excluídos da faixa beneficiada por isenção todos os clientes
industriais (7.817 empresas), comerciais (141.562 estabelecimentos)
e as unidades consumidoras habitacionais que sejam destinadas
ao lazer (casas de praia e veraneio), que tenham elevado padrão
de construção, que apresentem área construída superior a 40 metros
quadrados, cuja potência instalada seja superior a 1.300 Watts
e que tenham mais de oito pontos de consumo (tomadas, lâmpadas
etc). Também não podem ser apontadas como isentas, as residências
que possuam televisão a cabo ou por assinatura, antena parabólica,
que sejam servidas por elevador ou tenham serviço de condomínio,
ou que tenham ligação telefônica e garagem. (O Povo-CE-27.02.2002)
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4- Coelce calcula 307 mil isentos |
O anúncio das três novas taxas que incidirão sobre as contas de
energia elétrica, anunciadas ontem pela Aneel deixam novas dúvidas.
Quem pode ser enquadrado como consumidor de baixa renda e como
a Aneel define quem é e quem não é isento? O Ceará possui 1,927
milhão de clientes, sendo que 81,6% são residenciais, o que equivale
a 1,573 milhão de unidades habitacionais (dados de janeiro de
2002). Segundo a Coelce, cliente de baixa renda só são os imóveis
residenciais cujo consumo mensal de energia não exceda a 140 kWh/mês
nos últimos 12 meses e cujo tipo de ligação seja do tipo monofásica.
Do total de clientes residenciais em todo o Estado, 307.382 são
classificados pela Coelce como de baixa renda. Na rede de distribuição
que atende aos consumidores, o consumidor monofásico é aquele
que recebe a energia com tensão de 220 volts. Todos os eletrodomésticos,
por exemplo, são monofásicos. (O Povo-CE-27.02.2002)
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5- Idec questionará critérios da Aneel para definir
consumidor de baixa renda |
Os critérios da Aneel para definir consumidor de baixa renda serão
questionados, hoje, em São Paulo, pelo Instituto Brasileiro de
Defesa do Consumidor (Idec). O Coordenador técnico do Instituto,
Marcos Vinícius Pó, diz que uma reunião agora pela manhã com representantes
da Aneel tentará saber quais foram os critérios aplicados pela
Agência sobre o consumidor para obter a definição. O encontro
acontecerá na sede da Comissão de Serviços Públicos de Energia
(CSPE). ''O Idec está estudando como questionar, junto a Aneel
e a Justiça, a incidência das três taxas - Encargo de Capacidade,
Custo Energia Emergencial e Energia Livre - na conta dos consumidores'',
diz. Vinícius, entretanto, não sabe se a medida poderia ser enquadrada
como bitributação. ''O fato é que isso está ficando sempre mais
caro para o consumidor residencial enquanto que não houve benefício
algum em contrapartida'', reclama. (O Povo-CE-27.02.2002)
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6- Para coordenador do Idec, cálculos de aumentos de
tarifas deviam ter levado em conta novas taxas |
O coordenador técnico do Idec, Marcos Vinícius Pó, lembra ainda
que os cálculos de aumento das tarifas de energia até 2006, realizados
no início do mês pelo Comitê de Revitalização do Setor Elétrico,
já deviam trazer embutido as novas taxas sobre as contas de residências,
indústria e comércio. Segundo o Comitê, a previsão é a de que
as tarifas teriam reajuste de até 30% até 2003. A elevação nos
anos seguintes seria diluída em 21,7% até 2006. Pó reafirma a
posição do Idec de que os reajustes deverão ultrapassar os 30%
no ano quye vem, já que nos cálculos do Comitê não estavam calculadas
a inflação no período, a cotação do dólar e os custos operacionais
das concessionárias de energia. A inflação para 2002, calculada
pelo Banco Central, será por volta de 4% este ano e, em 2003,
em torno de 3,25%. (O Povo-CE-27.02.2002)
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7- Arsep terá serviços unificados |
A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Rio Grande do Norte
(Arsep) fará parte de uma rede nacional de ouvidoria que será
implantada pela Aneel. A Arsep é uma agência estadual criada para
fiscalizar, orientar e receber as reclamações relacionadas ao
setor elétrico no estado. O principal objetivo da unificação dos
serviços será a diminuição dos custos para a Aneel. Segundo informou
Mário Rocha, diretor geral da Arsep, o serviço está sendo implantado
inicialmente como plano piloto no Estado de Alagoas, mas em breve
deve também ser estendido ao Rio Grande do Norte.O plano de unificação
dos serviços de ouvidoria da Aneel pretende uniformizar o atendimento
aos consumidores dos estados que possuem agências reguladoras
estaduais visando solucionar os problemas que são levados pelos
consumidores na área de energia elétrica. A idéia é que as reclamações
relacionadas ao setor encaminhadas para a Arsep sejam atendidas
através do 0800 da Aneel, que pretende descentralizar os serviços
prestados pela agência estadual. (O Mossoroense-27.02.2002)
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8- Arsep vai discutir em audiência pública contrato
de fornecimento a consumidores do Grupo B |
No dia 13 de março a Arsep vai discutir em audiência pública o
contrato único de adesão para o fornecimento de energia elétrica
voltado aos consumidores do chamado Grupo B. Estão incluídos nesse
grupo os consumidores de baixa tensão, sejam eles residenciais,
rurais, da indústria ou do comércio. A consulta está marcada para
ocorrer no dia 13 de março em Natal, no auditório da Secretaria
de Estado da Infra-Estrutura. "A audiência pública vai servir
para colher sugestões da sociedade, que poderá opinar sobre a
regulamentação do setor", explicou Mário Rocha, diretor geral
da Arsep. Devem participar dessa consulta entidades e órgãos de
defesa do consumidor, tais como Procon, Ministério Público, Crea
e conselhos comunitários. O contrato de adesão serve para disciplinar
o fornecimento de eletricidade. A regulamentação dispõe sobre
os direitos e os deveres da distribuidora de energia para com
seus consumidores, e vice versa. (O Mossoroense-27.02.2002)
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1- Reservatórios vão chegar a 70% de capacidade |
O ministro de Minas e Energia, José Jorge, anunciou ontem que
os reservatórios das usinas hidrelétricas nas Regiões Sudeste,
Centro-Oeste e Nordeste deverão chegar no fim de março com mais
de 70% da capacidade máxima. A previsão foi feita pelo ONS na
reunião de ontem da GCE. "Está indo melhor que antes", comemorou
o ministro, referindo-se ao volume de água que chega aos reservatórios.
Segundo José Jorge, o nível dos reservatórios no Nordeste está
subindo 1 ponto porcentual ao dia e no Sudeste cerca de 0,8 ponto
porcentual. A previsão do ONS é de que no fim desta semana as
barragens do Sudeste cheguem a 64% da capacidade máxima. Já com
o atual volume de água dos reservatórios, o governo acredita que
não será necessário manter o racionamento a partir da sexta-feira,
tampouco será necessário usar as usinas térmicas de emergência,
construídas para casos de oferta baixa de água nas usinas hidrelétricas.
(O Estado de S. Paulo - 27.02.2002)
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2- Hidrelétricas paulistas podem gerar mais 1 mil MW
|
A capacidade de geração de energia das usinas hidrelétricas já
existentes no Estado de São Paulo poderia ser ampliada em cerca
de 1 mil MW para atender eventuais picos de consumo no horário
de ponta, segundo o secretário de Energia de São Paulo, Mauro
Arce. O crescimento do consumo no horário de ponta é uma das preocupações
do governo federal em relação ao suprimento energia elétrica a
partir de 2005, manifestada em documentos que serviram de apoio
às medidas de revitalização do setor elétrica, anunciadas em janeiro.
Segundo levantamentos realizados pela GCE, o governo conta com
"possíveis problemas no suprimento de ponta a partir de 2005",
que poderão ser provocados pela entrada de projetos de usinas
termelétricas a gás natural de ciclo combinado e pelo "desincentivo
à instalação de capacidade adicional de ponta nas usinas. . (O
Estado de S. Paulo - 27.02.2002)
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3- Programa estratégico de oferta prevê a entrada de
9,2 mil MW para este ano |
Dos poucos mais de 28 mil MW que serão acrescidos ao sistema elétrico
brasileiro no período entre 2001 e 2004, 9.299 MW serão integrados
ainda este ano. Segundo o Programa Estratégico de Aumento de Ofertas,
elaborado pelo Escritório de Gerenciamento de Projetos do Ministério
de Minas e Energia, 2002 será o ano de maior incorporação na geração
elétrica, o equivalente a 32,86% do que está previsto para próximos
dois anos e dez meses. O Programa conta com 24 projetos hidrelétricos,
38 termelétricos, 58 emergenciais, cinco importações, 18 de cogeração,
34 novas linhas de transmissão e 28 Pequenas Centrais Hidrelétricas
(PCHs). "Mensalmente, vamos à GCE (Câmara de Gestão da Crise de
Energia Elétrica) e damos a situação de cada obra, principalmente
dos projetos que precisam de ações para não entrarem em atraso",
explica Maria Carolina Noronha, assessora executiva do Ministério.
(Canal Energia - 27.02.2002)
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4- Maior parte do acréscimo de 2002 vem de hidrelétricas |
A maior parte do acréscimo previsto para este ano vem de hidrelétricas,
com 3.050 MW, enquanto a geração térmica contribuirá com 2.530
MW. Até 2004, porém as usinas térmicas responderão pela maior
fatia do Programa, com 11.434 MW, contra 9.990 MW vindos das hidrelétricas.
A projeção de investimentos também não é pequena: serão necessários
R$ 43,4 bilhões (78,5% privados) para colocar todos os projetos
em operação, segundo a estimativa do governo. (Canal Energia -
27.02.2002)
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5- Certificados de redução de metas de consumo valem
até o dia 28 de fevereiro |
A GCE anunciou nesta terça-feira, dia 26 de fevereiro, a publicação
da resolução número 119, que trata dos certificados de direito
de uso de redução de metas. O documento altera os artigos 5° e
6° da resolução 117, de 19 de fevereiro deste ano.Segundo a resolução,
é permitida a emissão dos certificados e as transações bilaterais
para a transferência dos direitos, quando a data de leitura for
feita até o dia 28 fevereiro de 2002. (Canal Energia - 27.02.2002)
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6- Melhora no cenário faz GCE mudar o programa de reuniões |
Com a melhoria do cenário e o fim do racionamento, a GCE decidiu
mudar o programa de reuniões. Segundo o ministro, as reuniões
da Câmara se tornarão quinzenais, em vez de semanais, e serão
intercaladas com reuniões do Comitê de Revitalização do Modelo
do Setor Elétrico. "Vamos deixar a discussão mais técnica para
o comitê", disse Jorge. O fim do racionamento não reduz as tarefas
da GCE, segundo o ministro, apenas altera o foco das discussões.
"Estamos saindo do racionamento, mas não da crise", argumentou
o ministro, defendendo a necessidade de continuidade das medidas
de reestruturação do setor. (O Estado de S. Paulo - 27.02.2002)
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7- Expansão de oferta ainda está indefinida |
O racionamento já está no fim, persiste a avaliação de que a crise
só foi tão intensa porque a aceleração dos investimentos chegou
tarde demais e o governo dá sinais de que ainda não tem pronto
um programa de expansão da oferta de energia. O diretor do Departamento
Nacional de Política Energética do Ministério de Minas e Energia,
Sérgio Bajay, diz que 'ainda não há no Ministério uma idéia muito
clara do que é planejamento indicativo (para expansão da oferta)'.
Sem o grau de segurança adequado para afastar o risco de um novo
racionamento a partir de 2003, Bajay afirma que o governo deverá
promover, em breve, uma nova licitação para compra de energia
emergencial. (Gazeta Mercantil - 27.02.2002)
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8- Segundo Sérgio Bajay, oferta de energia pode levar
a reavaliação de projetos de usinas merchant |
O governo deve fazer nova rodada de licitações, desta vez envolvendo
as usinas térmicas a ciclo combinado. Ainda não está determinada
a quantidade de potência a ser contratada. A decisão passará também
pelo grupo que estuda a revitalização do setor elétrico, a quem
caberá encontrar uma solução para evitar um choque tarifário.
Isso porque o governo precisa pagar para ter o direito à reserva
disponível de energia, mesmo que não a use, pressionando a alta
no preço do insumo. Por esse caminho, o governo deve encontrar
mais à frente um novo desafio, na opinião do diretor do Departamento
Nacional de Política Energética do Ministério de Minas e Energia,
Sérgio Bajay. 'Não interessa ao mercado ter mais oferta que demanda',
diz. Por isso, os investidores em usinas tipo merchant (sem contrato
de venda da energia, com produção voltada ao mercado livre) devem
reavaliar seus interesses em levar os empreendimentos até o fim.
Em 2002, segundo o diretor, 16 usinas desse tipo devem estar na
fase de construção. 'Quem chegar primeiro e conseguir fechar contratos
num ambiente de excesso de oferta, estará seguro. Outros deverão
protelar ou até mesmo abandonar seus projetos', diz Bajay. (Gazeta
Mercantil - 27.02.2002)
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9- Consumidor tem até abril para pedir ressarcimento
por blecaute |
As distribuidoras de energia elétrica deverão informar à Aneel
sobre os ressarcimentos aos consumidores por danos em equipamentos
elétricos causados pelo apagão do dia 21 de janeiro, que atingiu
10 estados e o Distrito Federal, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Segundo a Aneel, o ofício solicitando informações sobre o registro
e atendimento das solicitações de consumidores que pedem ressarcimento
começou a ser enviado no dia 18 e a agência espera receber um
volume maior de informações a partir do dia 10 de março até o
mês de maio. A Aneel explicou que no dia 22 de abril se encerra
o prazo legal para que os consumidores possam solicitar ressarcimento
no caso do apagão de janeiro. A legislação determina que o consumidor
tem até 90 dias após o blecaute para registrar seu pedido. (Tribuna
da Imprensa - 27.02.2002)
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10- Distribuidora tem prazo de 30 dias para responder
à solicitação de ressarcimento |
A distribuidora tem prazo de 30 dias para responder à solicitação,
a contar da data do pedido. Os dados sobre os pedidos de ressarcimento
serão acompanhados pelo grupo de trabalho criado pela CGCE e nomeado
pela Aneel. De acordo com nota divulgada pela Aneel, as concessionárias
estão recebendo um modelo de relatório que deve ser encaminhado
à agência a cada 15 dias, detalhando o número de solicitações
recebidas no período, o montante de ressarcimento pago e o que
ainda está pendente de solução. (Tribuna da Imprensa - 27.02.2002)
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11- Crise faz Itaipu produzir menos |
Depois de sucessivos
recordes de geração de energia nos últimos seis anos, a binacional
Itaipu encerrou suas operações de 2001 com a geração de 79,3 milhões
de MWh, 15,12% inferior à registrada em 2000, de 93,4 milhões
de MWh. Encravada no Rio Paraná, a maior usina hidrelétrica do
mundo reflete nos seus volumes o racionamento de energia nas regiões
Sudeste e Centro-Oeste, para onde, com exceção dos 5% enviados
ao vizinho Paraguai, destina a maior parte da sua produção. Com
uma geração equivalente a 25% do consumo brasileiro (41 mil MW
médios), e suficiente para atender a demanda de energia de todas
as residências do Brasil (9,6 mil MW), a hidrelétrica disputa
com as companhias do Sul (Copel e Gerasul) o fornecimento do excedente
da matriz energética da região para o Sudeste e Centro-Oeste.
'Com um parque energético com capacidade de produção superior
ao consumo da região, além de ficar de fora do programa de racionamento,
o Sul vem se consolidando como solução para equacionar a escassez
de energia', diz Altino Ventura Filho, diretor técnico-executivo
de Itaipu. (Gazeta Mercantil - 27.02.2002)
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12- Light lança livro sobre dispositivos de proteção
em sistemas elétricos |
Os executivos do setor que buscam mais informações sobre esquemas
de proteção em sistemas elétricos já podem comemorar. No próximo
dia 14 de março, será lançado o livro "Proteção de sistemas elétricos"
(Editora Interciência), dos autores Carlos André Araújo, José
Roberto Cândido, Flávio Câmara de Souza e Marcos Pereira Dias.
O livro, uma parceria com a Light, e mostra todos os tipos de
esquemas de proteção em operação no sistema da distribuidora carioca,
incluindo desde os mais antigos até os mais modernos. Além disso,
o material abrange os sistemas de geração e transmissão em 138
kV e as subestações de 138 kV/25-13,8 kV, também da concessionária.
(Canal Energia - 27.02.2002)
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13- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
Índice
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1- Plano de investimento para geração em SC será levado
ao BNDES |
Um plano de investimentos para a geração de energia elétrica em
SC será apresentado na sexta-feira pelo governador Esperidião
Amin ao BNDES. O documento está sendo elaborado pelo grupo técnico
de coordenação, responsável pela execução de documentos que subsidiarão
as tomadas de decisões na Celesc dentro do processo de cisão.
O grupo se reuniu ontem pela segunda vez. O plano visa buscar
recursos junto ao banco para financiar a geração de energia no
Estado. Atualmente o setor de geração é financiado pelo de distribuição.
Com a cisão, porém, estas áreas se tornaram independentes e terão
que se autogerir. "A Celesc está em uma situação financeira complicada
e precisa de recursos", explicou Paulo Sá de Brito, representante
dos empregados no Conselho de Administração. (Diário Catarinense-27.02.2002)
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2- Recursos do BNDES serão usados para construir novas
hidrelétricas e termelétricas em SC |
Os recursos do BNDES para o plano de investimento elétrico em
SC serão utilizados, por exemplo, na construção de hidrelétricas
e termelétricas, dentro do plano de expansão do setor energético
do governo federal. Se houver necessidade de mais investimentos,
poderá ser reduzida a participação do governo nas ações da empresa
no setor de geração, onde ele é majoritário, para o ingresso de
parceiros privados. A proposta, porém, terá que ser aprovada pela
Assembléia Legislativa. (Diário Catarinense-27.02.2002)
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3- Funcionários terão participação maior no grupo técnico
de coordenação da Celesc |
Uma decisão importante do grupo técnico de coordenação da Celesc
é que os funcionários terão uma participação maior no grupo. Outros
representantes dos empregados serão chamados a ajudar na elaboração
de documentos. Um dos maiores desafios do grupo será o estudo
de alternativas para a implementação de um plano de RH. (Diário
Catarinense-27.02.2002)
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4- Cemig pretende cobrar custos não-gerenciáveis |
A Cemig vai enfrentar o processo para pedir reajuste tarifário
no próximo mês de abril tendo em mãos uma conta que pode começar
a ser corrigida este ano. O repasse às tarifas dos custos não-gerenciáveis
pelas distribuidoras será levado em conta nas correções a serem
autorizadas pela Aneel em 2002. A medida foi definida no fim do
ano passado depois de discussões entre o órgão regulador e agentes
do setor que duraram anos. Segundo o gerente de tarifas da Cemig,
Emílio Castelar, os custos não-gerenciáveis representaram no ano
passado 42% da tarifa de energia. Se incluído o déficit resultante
de variações cambiais ocorridas nos últimos meses, o percentual
pode chegar a 50%. 'Em 2002, o índice vai até superar 50%', diz
Castelar. (Gazeta Mercantil - 27.02.2002)
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5- GCS prepara-se para atender consumidor livre |
Na contramão de boa parte das análises de especialistas em energia,
a Guaraniana Comércio e Serviços (GCS) acredita no crescimento
do número de consumidores livres já a partir do segundo semestre
de 2002. A expectativa do gerente de comercialização da empresa,
Antonio Carlos da Costa Pinhel, é de que os clientes cativos das
distribuidoras sejam "obrigados" pelo governo a passar à condição
de livres ainda este ano. Essa mudança faz parte do pacote de
revitalização do setor elétrico, anunciado em janeiro. Na avaliação
de Pinhel, a perspectiva do início da abertura dos contratos iniciais
de compra e venda de energia entre geradoras e distribuidoras
a partir do ano que vem, à proporção de 25% ao ano, dará o tom
das mudanças este ano. Para o gerente, as distribuidoras devem
correr para montar seus braços de geração de energia e se preparar
para mudar o foco do negócio. Em vez de se concentrar na venda
do insumo para os grandes clientes cativos, elas já se organizam
para ganhar sobre o "aluguel" da malha de distribuição, a ser
usado pela concorrente que eventualmente seja contratada pelo
consumidor livre para entregar energia. Neste caso, cobra-se a
chamada "tarifa de fio".(Gazeta Mercantil - 26.02.2002)
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6- Concorrência faz Escelsa contar com tarifa de fio
e serviços opcionais |
Segundo um executivo da distribuidora capixaba Escelsa, os grandes
consumidores representam pelo menos 50% de todo o mercado da empresa.
Entre eles, estão ninguém menos que a Companhia Vale do Rio Doce
(CVRD) - maior consumidora individual de energia do Brasil - e
a Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST). Com um parque gerador
próprio que atende apenas 16% da demanda, a Escelsa ainda não
calculou eventuais perdas com a retirada desses clientes de sua
carteira cativa. Quando não for possível concorrer com empresas
vizinhas, como Furnas e Cemig (com parque gerador amortizado e,
portanto, com tarifas mais baixas a serem oferecidas a esses consumidores),
a Escelsa deve contar, como alternativa, com a tarifa de fio e
serviços opcionais. "Mas ainda estamos avaliando tudo isso", pondera
o gerente. (Gazeta Mercantil - 26.02.2002)
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7- Lactec detém patente do Argos |
O melhor exemplo de parceria da iniciativa privada com o meio
acadêmico e o Estado, no Paraná, é o Instituto de Tecnologia para
o Desenvolvimento, conhecido como Lactec e instalado em Curitiba.
O laboratório já patenteou 100 inventos diferentes, todos de aceitação
no mercado nacional. Em outubro do ano passado, durante a Feira
de Inovações Tecnológicas do Instituto de Pesquisas Tecnológicas
de São Paulo ( IPT ), foram selecionados 58 entre 400 projetos
inscritos. Desses 58 considerados aptos a serem absorvidos pelo
mercado, 22 foram desenvolvidos pelos técnicos do Lactec. Entre
os produtos patenteados o mais conhecido é o Argos, um sistema
de monitoramento de interrupções de energia elétrica, que está
sendo instalado em todo o país pela Aneel. O Argos é formado por
sensores ligados aos relógios de medição de consumo, nas residências
e indústrias. Em caso de falta de eletricidade, o sistema transmite
os dados, via telefone, diretamente à sede da Aneel em Brasília.
(Gazeta Mercantil - 27.02.2002)
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8- Voith Siemens prevê um faturamento de US$ 400 mi
em 2002 |
Na esteira de diversos segmentos da economia, que prevê a retomada
do crescimento após turbulência provocada ano passado pelo racionamento
de energia, a Voith Siemens planeja bons resultados para 2002.
A fornecedora de equipamentos do grupo Siemens deverá chegar em
dezembro com o dobro de negócios fechados na comparação com o
ano anterior, em oito projetos de geração de energia."Estamos
bastante otimistas, nossos clientes estão se mobilizando para
fecharmos os contratos". afirma Sérgio Parada, diretor executivo
da Voith Siemens. A previsão é que os acordos totalizem aproximadamente
US$ 200 mi. Dos oito contratos de fornecimento de equipamentos,
como turbinas e geradores, três já estão assinados: para as usinas
de São Salvador, com 240 MW de capacidade instalada; Corumbá 4,
com 110 MW e Irapé, com 360 MW. Os outros cinco contratos, segundo
Parada, devem ser formalizados ao longo deste ano. (Canal Energia
- 27.02.2002)
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9- Novas metas de Dec e Fec da Escelsa valem até 2004
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A Escelsa tem novas metas de continuidade de distribuição de energia
elétrica para o período de 2002 a 2004. Os novos indicadores estão
disponíveis na resolução nº 95, da Aneel, que leva em consideração
aspectos de duração e freqüência do serviço prestado. No documento,
as novas metas já valem desde o dia 1º de janeiro deste ano e
foram divididas em mensais e trimestrais dos indicadores de continuidade
Dec e Fec. Assim, os índices mensais estão em 30% dos valores
das metas anuais estabelecidas. Já para as metas trimestrais,
os indicadores são de até 60% dos valores das metas anuais determinadas.
Quanto ao tempo de duração, a resolução permite um limite de 2,5
horas para metas mensais em relação aos indicadores Dec, levando
em consideração as metas anuais igual ou inferior a oito horas.
Já para indicadores Fec, o limite de interrupção assegurado é
de duas horas para metas mensais e de 2,5 horas para metas trimestrais,
também levando em consideração um indicador anual igual ou inferior
a seis interrupções. (Canal Energia - 26.02.2002)
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1- Leilões de energia velha começam em julho |
O governo irá realizar o primeiro leilão com a chamada "energia
velha" em julho deste ano. As regras para o leilão devem estar
definitas até 31 de março. O cronograma foi definido hoje pela
GCE, em reunião no Palácio do Planalto. Também ficaram definidas
como prioritárias sete medidas de revitalização do modelo do setor
elétrico, todas relacionadas aos leilão de energia velha. O ministro
de Minas e Energia, José Jorge, explicou que os leilões são prioridades
porque o mercado espera com ansiedade os preços médios negociados
nos leilões. Investidores que precisam fechar os chamados Power
Purchase Agreemente (PPA) - contratos de compra e venda - estão
apenas aguardando o início dos leilões para fechar negócio. "O
preço da energia dos leilões será indicador para os PPAs de outros
negócios", afirmou o ministro. A urgência foi cobrada também pela
Associação Brasileira das Empresas de Geração de Energia Elétrica
(Abrage). A partir de 2003, 25% da energia gerada pelas empresas
estatais federais e estaduais poderá ser negociada fora dos contratos
iniciais. E é este insumo que será levado à leilão este ano. Posteriormente,
o governo vai leiloar a energia não contratada a partir de 2004.
(Gazeta Mercantil - 26.02.2002)
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2- Sistema de preços sofre alterações |
A oscilação brutal dos preços negociados no MAE decretou a substituição
do Newave, o sistema de cálculo matemático que define os valores
a serem praticados nesse mercado. ''Infelizmente, esse modelo
leva a uma volatilidade muito grande'', explicou o ministro-chefe
da Casa Civil e presidente da GCE, Pedro Parente. O novo modelo
consiste em um sistema de oferta de preços. Parente considera
a troca do sistema de precificação como uma das medidas mais importantes
entre aquelas anunciadas no início do ano pela GCE, dentro do
pacote de revitalização do setor elétrico. A crise energética
expôs uma grande fragilidade do Newave. Neste momento, por exemplo,
a extrema variação dos valores estabelecidos para as operações
no MAE está desestimulando investimentos privados em novas usinas
termelétricas a gás natural. Parente explica que o Newave foi
concebido para atender às características bastante peculiares
do sistema elétrico brasileiro. O sistema é extremamente dependente
das usinas hidrelétricas, que constituem cerca de 90% da capacidade
instalada total do País , e o ''despacho'' - a determinação de
qual usina entrará em funcionamento em determinado momento - é
centralizado no ONS. ''A idéia é de que o mecanismo de oferta
que está sendo proposto também preserve essa centralização do
despacho'', acrescentou Parente. (O Povo - 27.02.2002)
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1- Dólar comercial abre com alta de 0,25% e sai a R$
2,402 para venda |
O dólar comercial abriu as operações de hoje cotado a R$ 2,392
para compra e R$ 2,402 para venda, com alta de 0,25% ante o fechamento
de ontem. O mercado cambial teve ontem um pregão bastante volátil.
O dólar comercial terminou o dia estável ante o fechamento de
ontem. A moeda foi cotada a R$ 2,3940 na compra e a R$ 2,3960
na venda. (Valor - 27.02.2002)
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2- Tesouro vendeu R$ 10,3 bi de prefixados no mês |
O Tesouro Nacional conseguiu cumprir o cronograma de colocação
de títulos públicos neste mês. A proposta para fevereiro era vender
até R$ 11 bi em papéis prefixados (com rentabilidade definida
em leilão) e até R$ 6 bi em títulos pós-fixados (que seguem os
juros básicos da economia, que estão em 18,75% ao ano). Foram
vendidos R$ 10,3 bi de prefixados, que contribuíram para melhorar
o perfil da dívida pública. 'Os prefixados são melhores porque
permitem enxergar o tamanho da dívida que não fica vulnerável
às instabilidades econômicas', disse o diretor de derivativos
do Lloyds TSB , Maurício Zanella. Houve a substituição de todos
os títulos prefixados que estavam vencendo no mês (R$ 9,5 bi).
Já da parcela de pós-fixados, foi ofertado apenas R$ 1 bi e o
restante do vencimento no mês (R$ 6,2 bi) foi resgatado. O mercado
financeiro não estava disposto a comprar títulos pós-fixados porque
o Banco Central (BC) havia alterado o sistema de marcação do preço
diário dos títulos que ficam nas carteiras dos fundos de investimento.
A recusa favoreceu o Tesouro, que pode diminuir a participação
dos pós-fixados (52%) na dívida pública. (Gazeta Mercantil - 27.02.2002)
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3- Taxa média de juros fica em 19,01% ao ano no último
leilão do mês |
Ontem, 26/02/2002, foi realizado o último leilão do mês. Foram
vendidos R$ 2 bi de prefixados com vencimento em novembro deste
ano. A taxa média de juros ficou em 19,01% ao ano. Também foram
vendidos R$ 500 mi de prefixados com resgate mais longo, em março
de 2003. Os juros ficaram em 19,87% ao ano. De acordo com operadores,
as propostas das instituições para as taxas de juros não foram
exorbitantes e indicaram um bom prêmio para os investidores. As
taxas de juros fecharam com leve alta depois de vendas de contratos
para a realização de lucros. Na BM&F, os juros para março ficaram
estáveis em 18,79% ao ano. A taxa para abril foi de 18,69% para
18,72% ao ano. Os juros para julho passaram de 18,31% para 18,33%.
(Gazeta Mercantil - 27.02.2002)
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4- Investidor está mais atento aos juros |
Levantamento da Thomson Financial Brasil mostra a relação direta
entre a queda das taxas de juros e o aumento da procura por fundos
de ações. "Os números mostram que a procura por ativos que rentabilizam
mais que os juros cresce na proporção em que as taxas caem", diz
o vice-presidente da Thomson Financial Brasil, Henrique Garcia.
Para ele, o peso da taxa de juros na tomada de decisão do investidor
está maior do que há alguns anos e superou em importância o desempenho
da bolsa. "Está perdendo força o mito de que o brasileiro só corre
para as ações quando a bolsa está em forte alta", diz. (Gazeta
Mercantil - 27.02.2002)
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5- Títulos brasileiros ficam mais atraentes |
Os investidores encontraram bons motivos para intensificar a compra
de títulos da dívida brasileira renegociada. O C-Bond, título
brasileiro mais transacionado no mercado internacional, subiu
2% desde a semana passada e ontem estava cotado a US$ 0,805, na
venda. Esse é o maior preço desde março de 2001. A recente procura
pelos títulos brasileiros começou no início do ano, quando alguns
bancos de investimento recomendaram a compra dos papéis entre
os demais países emergentes. Nesta semana, a procura aumentou
com os boatos, entre as mesas de operação de grandes bancos, de
que o governo brasileiro poderia fazer uma troca de títulos da
dívida renegociada por 'global bonds'. Entre os países emergentes,
o Brasil apresenta melhores condições macroeconômicas, o que também
justifica a procura pelos títulos da dívida soberana. Os preços
dos papéis do Brasil ficaram atraentes aos investidores no ano
passado. Desde setembro de 2001, o valor do CBond sofreu reduções
por crises internacionais. (Gazeta Mercantil - 27.02.2002)
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1- Petrobras revê plano de térmicas |
A Petrobras colocou um freio na projeção de investimentos em geradoras
de energia termelétrica e, até junho, estará reanalisando todos
os seus projetos. Até lá, espera que a GCE tenha definido a nova
regulamentação do setor e que o mercado atacadista de energia
já esteja funcionando sob as novas regras. A decisão da maior
investidora no segmento de geração térmica piora o cenário para
os fabricantes de equipamentos. A fila por uma turbina, que já
foi de três anos, praticamente acabou e existe equipamento para
pronta entrega. "O fluxo de investimento vem sendo ajustado a
uma nova curva de demanda que foi definida em função do racionamento,
do tempo de retorno, do plano de crescimento do PIB em 2002 e
das previsões a partir das novas chuvas", explicou o diretor da
área de gás e energia da Petrobras, Antonio Luiz Menezes. (Valor
Econômico-27.02.2002)
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2- Petrobras avaliará rentabilidade das térmicas |
O diretor de gás e energia da Petrobras, Antonio Luís Menezes,
conta que a determinação do novo presidente da Petrobras, Francisco
Gros, é de que a área técnica reavalie seus planos de térmicas
tendo o foco de como as térmicas vão estimular o negócio principal
da companhia, tendo em vista o interesse de 450 mil acionistas
privados de que seus recursos sejam aplicados em investimentos
rentáveis. Além disso, a ordem é que se responda os seguintes
questionamentos: se o negócio é bom, porque não é bom para as
empresas privadas? E, se não é bom para o investidor privado,
porque é bom para a Petrobras? Em função dessa nova maneira de
ver o negócio é que a área de gás e energia está avaliando se
vai manter o ritmo anteriormente planejado para os demais investimentos
ou se será ditado pela futura necessidade do mercado. (Valor Econômico-27.02.2002)
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3- Menezes explica que Petrobras assinou muitos PPAs |
Segundo o diretor de gás e energia da Petrobras,
Antonio Menezes, a questão que motivou o freamento do investimento
da companhia em térmicas não é o dinheiro para tocar os investimentos
e sim o fato da controladora já ter assinado um volume considerado
excessivo de contratos de compra de energia, os chamados PPAs
(Power Purchase Agreement na sigla em inglês). São 4.410 MW que
serão gerados por 11 termelétricas. O volume garantido representa
mais da metade dos cerca de 8.400 MW a serem instalados, em âmbito
nacional, no Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT). "Nós
efetivamente queremos investir para ter o retorno, para estimular
o mercado. Mas acabamos ficando, como se diz aí, longos em PPA
" , explicou o executivo referindo-se ao excesso de garantias
de compra de energia. (Valor Econômico-27.02.2002)
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4- Diretor da Petrobras garante que não haverá alteração
no programa das térmicas emergenciais |
O diretor de gás e energia da Petrobras, Antonio Menezes frisa
que não haverá qualquer alteração no programa das térmicas emergenciais,
notadamente as do curto prazo. Pelo acompanhamento da Petrobras,
a térmica de Piratininga (SP) entrará em testes esta semana. A
primeira fase das plantas de Ibirité (MG), Três Lagoas (MS) e
Canoas (RS) ficará pronta em março, enquanto a Fafen (BA) já está
gerando. Também está garantida a conclusão das térmicas de co-geração
como a TermoRio e TermoBahia, assim como a segunda fase de operação
dessas e outras plantas para o ciclo combinado, que permite maior
economicidade. (Valor Econômico-27.02.2002)
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5- Participação da Petrobras em 47 projetos de energia
está sendo revista |
Sem contar as térmicas em andamento, a Petrobras estuda uma participação
minoritária em 11 projetos, alguns incluídos no PPT e outros não,
como é o caso da térmica de Vitória, em associação com a CVRD
e Escelsa, que saiu do programa. Além disso, outras 20 estão em
análise ou paralisadas. No total, chega-se a 47 projetos de energia
no Brasil que atualmente poderiam ter a Petrobras como sócia.
É justamente esse número que está sendo drasticamente revisto.
A situação mais complicada é a dos projetos onde a Petrobras tem
apenas participação minoritária, sem garantir a compra da totalidade
da energia. Já é de conhecimento do mercado que alguns dos sócios
privados da estatal não estão conseguindo viabilizar esses projetos
por falta de garantias para os financiamentos. Menezes não confirma,
mas comenta-se que esse é o caso da TermoParaíba, TermoAlagoas,
TermoGaúcha, Norte Capixaba e Sulminas, só para citar alguns dos
que estão em banho-maria. (Valor Econômico-27.02.2002)
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6- Investidores acreditam em excesso de geração |
Os investidores em geração termelétrica acreditam que a abundância
de energia hidrelétrica impede a construção de novos projetos
de geração à gás. Eles calculam que, de acordo com as últimas
informações do ONS, existe a possibilidade de um "excesso" de
energia no mercado, levando-se em consideração a capacidade de
nova geração, os índices de armazenamento dos reservatórios hidrelétricos
e o atual consumo, que voltou aos patamares de 1998. Dados da
GCE dão conta de novos 11, 4 mil megawatts (MW) de capacidade
instalada oriundos de 38 projetos termelétricos. Se, acrescentados
os novos projetos hidrelétricos, essa oferta de energia sobe para
35 mil MW nos próximos três anos. (Valor Econômico-27.02.2002)
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7- Investidor diz ser inviável investir em termelétricas
no cenário atual |
"No cenário atual, é economicamente inviável a construção de uma
termelétrica", assegurou um investidor, que diz estar repensando
seus projetos térmicos. Isso porque, segundo ele, quando há excesso
de oferta hidrelétrica, o Mecanismo de Realocação de Energia (MRE),
utilizado pelo ONS, privilegia o despacho da energia mais barata,
no caso a hidrelétrica. As termelétricas, então, ficam paradas
nos períodos de cheia dos lagos das usinas. "O problema é que,
quando a termelétrica pára, além de não receber o dinheiro da
energia que seria gerada, tem de pagar pelo gás que não está sendo
consumidor", disse. A obrigação de remunerar um insumo que não
está sendo consumido é cláusula dos contratos de compra e venda
do gás fechados com a Petrobras, chamado "take or pay". (Valor
Econômico-27.02.2002)
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8- Filas de espera para turbinas a gás acabam e mercado
emagrece no país |
Os fornecedores de equipamentos para termelétricas têm sentindo
os efeitos da desaceleração do programa de incentivo à energia
térmica nacional. As filas por uma turbina, que chegavam a três
anos de espera, praticamente não existem mais. A disponibilidade
é quase imediata. Segundo o diretor de desenvolvimento de negócios
da Alstom, Paulo Lago, o prazo formal de entrega de uma turbina
a gás de grande porte é de 22 a 24 meses. "Mas, tendo em vista
as situações de desistência, esses prazos podem ser consideravelmente
abreviados", disse. (Valor Econômico-27.02.2002)
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9- Nomeado secretário de gás e petróleo do ministério
de Minas e Energia |
Marco Antônio Martins Almeida foi nomeado nesta terça-feira como
novo secretário de gás e petróleo no Ministério de Minas e Energia.
A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União. A secretaria
está sendo criada a partir da reestruturação do ministério, uma
das medidas de revitalização do setor de energia, anunciada pelo
governo. Sua nomeação foi assinada pelo vice-presidente Marco
Maciel e pela ministro José Jorge. (Diário do ABC - 27.02.2002)
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10- Acordo entre Eletronuclear e o Ministério da Integração
Nacional é assinado |
O ministro da Integração Nacional, Ney Suassuna, assinou, nesta
terça-feira, dia 26 de fevereiro, com o presidente da Eletronuclear,
Flávio Decat, o acordo de cooperação para manutenção do sistema
de alarme das usinas Angra I e II, em Angra dos Reis, no Rio de
Janeiro. Serão investidos R$ 50 mil por ano na manutenção do sistema,
implantado desde 1986 e que atinge um raio de cinco quilômetros
onde vivem cerca de 12 mil pessoas. Pelo acordo, caberá à Defesa
Civil do estado repassar à Eletronuclear as informações sobre
as condiçoes dos equipamentos, para que possam ser acionados durante
o Plano de Emergência. (Canal Energia - 27.02.2002)
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1- BID assina primeiro empréstimo para Siepac |
O Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) assinou o primeiro
pacote financeiro associado ao programa de interconexão elétrica
da América Central (Siepac), emprestando US$ 40 mi à ICE, empresa
estatal de energia da Costa Rica, na terça-feira. Do total do
empréstimo, US$30mi correspondem a recursos normais do BID e devem
ser pagos em 25 anos, disse o representante do BID Marcelo Valenzuela,
enquanto os demais US$10mi são denominados em euros e vêm do fundo
do governo espanhol Quinto Centenário, administrado pelo BID.
O financiamento que vem da Espanha tem prazo de 35 anos, e as
duas partes do empréstimo total têm juros variáveis, disse Valenzuela.
O empréstimo concedido à ICE vai permitir que a Costa Rica pague
sua parte nos custos de construção à EPL (Empresa Propietaria
de la Linea), a empresa encarregada da implementação do projeto.
A EPL é composta pelos governos dos seis países envolvidos e a
Endesa Espanha, que está envolvida no projeto desde o princípio.
(Business News Americas-27.02.2002)
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2- Resultado líquido da Endesa cresce 5,1% em 2001 |
A maior elétrica espanhola obteve no ano passado um lucro líquido
de US$1,29 bi ligeiramente acima das expectativas, por conseqüência
da venda de ativos e da melhoria do desempenho nos mercados espanhol
e internacional de eletricidade. Os analistas contatados pela
Reuters esperavam um lucro líquido na ordem dos US$ 1,26 bi. As
receitas da Endesa atingiram em 2001 US$13,53 bi, 2% a mais do
que no exercício anterior, tendo os resultados extraordinários
contribuído com US$ 503 mi, essencialmente através da venda de
12,5% da Viesgo e de uma participação na distribuidora argentina
Edenor. Os resultados da elétrica espanhola incluem ainda o impacto
da desvalorização do peso argentino, tendo o lucro operacional
aumentado 3,7% para os US$ 2,76 bi, depois de uma progressão do
negócio de eletricidade no mercado espanhol de 6,3% e no internacional
de 9,3%. (Diário Econômico-27.02.2002)
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3- Comitê do parlamento europeu aprova liberalização
dos mercados de energia |
Um pedaço chave da
agenda de reforma econômica da União Européia passou pelo seu
primeiro teste democrático ontem, quando membros do parlamento
europeu aprovaram medidas para liberalizar os mercados de eletricidade
e de gás natural a partir de 2005. Mas apesar do voto pelo Comitê
de Indústria e Energia do parlamento, os parlamentares reconheceram
que há poucas perspectivas de que a legislação seja aprovada na
sua integridade pela reunião de cúpula da União, a ser realizada
no próximo mês em Barcelona. Embora o comitê tenha apoiado o cronograma
da Comissão Européia para a reforma, é difícil que a liberalização
seja estendida aos usuários domésticos a partir de 2005 na cimeira
de Barcelona, principalmente porque a França é contrária à medida.
(Financial Times-27.02.2002)
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4- Ofgem propõe mudanças nos custos de transmissão
elétrica no Reino Unido |
Mudanças revolucionárias na maneira na qual os custos de transmissão
de eletricidade pela rede elétrica nacional britânica são estabelecidos
foram propostos pela Ofgem, reguladora de energia. O objetivo
das mudanças é fazer com que geradoras e distribuidoras de energia
encontrem o custo real da transmissão elétrica. Atualmente elas
pagam as mesmas tarifas básicas, independentemente das perdas
causadas pela transmissão de eletricidade a longas distâncias.
A proposta da Ofgem de fazer com que os produtores e seus clientes
alcancem os verdadeiros preços de transmissão ajudaria geradores
menores, como usinas eólicas, que estão mais próximas de seus
consumidores. (Financial Times-27.02.2002)
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5- Credibilidade da Standard & Poor´s abalada por revisão
prematura de rating da Calpine |
A Standard & Poor´s, agência de rating americana, sofreu um abalo
de credibilidade quando reagiu a um empréstimo a ser feito pela
Calpine antes que o grupo tivesse finalizado os termos desse empréstimo.
O erro vem num momento delicado para a S&P, que está tendo seu
papel nos mercados financeiros passado sob um fino escrutínio
depois do seu envolvimento com o colapso da Enron. Na Segunda
à noite, a S&P colocou o rating da Calpine sob revisão, alegando
que a companhia tinha assinado um empréstimo de US$ 2 bi. A declaração
surpreendeu a própria Calpine, que ainda estava negociando o tamanho
e os termos do empréstimo. A S&P retirou a revisão dentro da hora
seguinte, alegando que tinha se baseado em uma informação desatualizada.
Mas os investidores reagiram à movimentação da S&P, o que enfureceu
executivos da Calpine. (Financial Times-27.02.2002)
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6- Hanover é mais uma companhia a rever suas estimativas
de lucro com maior escrutínio do setor energético |
A Hanover Compressor, fornecedora de serviços de compressão de
gás natural, ontem se uniu ao número crescente de companhias dos
EUA que estão redeclarando seus ganhos dentro de um contexto de
maior escrutínio do setor, por conseqüência da falência da Enron.
A Hanover, com sede em Houston, disse que a Câmara do Mercado
de Valores pediu informação sobre algumas de suas transações financeiras,
com o que ela está cooperando integralmente. A firma modificou
sua estratégia para permitir a companhia a financiar seu crescimento
por meio de dinheiro gerado pelas suas atividades operacionais,
ao invés de basear-se nos voláteis mercados de capital. Assim,
a companhia retrocedeu nas expectativas de lucro para o quarto
trimestre de 2001 e para todo o ano de 2002. A Hanover está estimando
ganhos de US$ 290 a US$ 310 mi no quarto trimestre do ano passado
e de US$ 1.25 a US$ 1.3 bi em 2002. (Financial Times-27.02.2002)
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7- Democratas entram com ação para conhecer conteúdo
das reuniões de Cheney com executivos da Enron |
Os esforços dos senadores democratas para obter os documentos
dos encontros da força-tarefa comandada pelo vice-presidente Dick
Cheney e executivos da Enron, quando da elaboração da nova política
energética do país lograram sucesso essa semana, quando o Escritório
Geral de Contabilidade da União entrou com uma ação contra Cheney
requisitando acesso aos registros dos encontros. Políticos republicanos
acusam os democratas de politicagem, por estarem tentando ganhar
pontos políticos no que consideram ser puramente um escândalo
financeiro. Os esforços de isolar a controvérsia da Enron da administração
Bush têm até agora sido bem-sucedidos. Uma pesquisa do Instituto
Gallup, divulgada na última semana, mostra que apenas 15% dos
americanos acreditam que a Casa Branca agiu de maneira ilegal
no Caso Enron e somente 29% acham que Bush tenha dado tratamento
especial à Enron por ela ser uma das maiores doadoras de sua campanha
(Financial Times-27.02.2002)
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8- JP Morgan pressionará corte para decisão rápida
sobre dinheiro que seguradoras lhe deveriam por falência da
Enron |
O JP Morgan Chase pressionará hoje a corte para que ela tome uma
rápida decisão sobre o pagamento de US$ 965 mi ao qual ela teria
direito por negócios de commodities com a Enron. O banco está
processando 11 seguradoras na corte distrital de Nova York, numa
tentativa de recuperar o dinheiro, que corresponde a cerca de
metade da exposição do JP Morgan com a falência da Enron. No entanto,
a expectativa de que a decisão seja rápida é baixa; a executiva-chefe
financeira do banco, Dina Dublon, disse que a resolução da questão
pode levar mais de um ano. Se o JP Morgan ganhar, ele terá também
direito a 9% de juros na quantia que as seguradoras lhe deveriam.
As seguradoras estão acusando o JP Morgan de ter omitido que o
dinheiro em questão era um simples empréstimo à Enron e não envolvia
nenhum negócio. (Financial Times-27.02.2002)
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9- Skilling volta a afirmar perante o Congresso não
ter tido envolvimento com sociedades fraudulentas da Enron |
O ex-executivo-chefe da Enron, Jeffrey Skilling, testemunhou hoje
perante o Comitê de Comércio do Senado que não mentira ao Congresso
no início desse mês sobre seu papel no colapso da Enron, e criticou
os membros do Congresso por conduzirem seu inquérito com um desrespeito
total aos fatos e evidências. Sob questionamentos céticos e sarcásticos
de membros dos partidos democrata e republicano, Skilling se defendeu
das acusações de que teria tolerado ou encorajado transações financeiras
impróprias na Enron. Ele disse ao comitê que pouco sabia sobre
os acordos fraudulentos de sociedades, centrais para a falências
da companhia, e insistiu que os auditores da companhia e seus
subordinados aprovaram as parcerias. Skilling acusou o Congresso
de estar engajado num julgamento político prematuro que ele comparou
as decisões abruptas dos credores de negarem crédito à Enron quando
ela começou a quebrar no último outono. (New York Times-27.02.2002)
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10- Enron pediu empréstimo de US$ 350 mi do JP Morgan
em 28/9 e disfarçou-o como negócio de gás natural |
Mesmo após executivos da Enron estavam sendo pessoalmente avisados
em setembro passado que grandes dívidas corporativas estavam sendo
escondidas pelos investidores, a companhia entrou numa série de
acordos que parecem ter disfarçado mais de US$ 350 mi em empréstimos
bancários, de acordo com documentos internos da companhia. As
transações foram realizadas em 28 de setembro, último dia de serviço
na Enron antes que a firma começasse a calcular seus resultados
do terceiro semestre, com o JP Morgan Chase e uma entidade estrangeira
e eram supostamente de baixo risco. Mas com a falência da firma,
a corte terá que decidir se o JP Morgan recuperará o dinheiro
que emprestou à Enron. Para as aparências externas, as transações
eram uma série de trocas realizadas como proteção para eventuais
aumentos no preço de gás natural, mas na realidade serviram simplesmente
para transferir milhões de dólares temporariamente do J.P.Morgan
para a Enron, que devia devolver o dinheiro numa questão de meses
com alguns milhões a mais. (New York Times-27.02.2002)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
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de pesquisa: Ana Clara Cruz, Barbara Oliveira, Fernando Fernandes,
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As
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pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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sobre as empresas do setor
www.eletrobras.gov.br/provedor
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