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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 822 - 21 de fevereiro de 2002
Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Aneel vai fiscalizar distribuidoras a partir do dia 01.03.2002

A Aneel vai iniciar uma fiscalização nas distribuidoras de energia elétrica de todo o país no dia 1 de março, quando o país já estará livre do racionamento. A agência reguladora pretende verificar os números das empresas para saber qual o volume de recursos que elas realmente desembolsaram durante os nove meses do racionamento para pagar bônus aos consumidores que economizaram mais energia que a meta fixada pelo governo federal. Além disso, os fiscais da Aneel vão checar qual foi o valor do recolhimento das distribuidoras com a sobretaxa cobrada de quem consumiu acima da meta. Em poucas distribuidoras, a arrecadação da sobretaxa foi maior do que o pagamento de bônus. De acordo com a assessoria da Aneel, dados preliminares do período de junho do ano passado até janeiro último indicam que o volume de recursos da sobretaxa foi maior do que o pagamento de bônus somente na Bandeirante, distribuidora que opera em São Paulo; na Celg, de Goiás; na Celpa, do Pará; e na CEB, do Distrito Federal. (O Globo - 21/02/2002)

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2- Aumento de luz pode ser devolvido em dobro

O consumidor poderá ter restituído, em dobro, o aumento tarifário de 2,9% pago nas contas de luz desde 27 de dezembro do ano passado, quando a Aneel autorizou às concessionárias a sua cobrança. A possibilidade do ressarcimento poderá ocorrer caso a Justiça federal conceda liminar à Ação Civil Coletiva a ser impetrada hoje, às 15 horas, pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Abrascon). A entidade vai pedir liminar suspendendo o aumento extraordinário de 2,9% imposta ao consumidor residencial com base no laudo do Ilumina, um instituto de estudos de produção, distribuição e consumo de energia elétrica. "O laudo, elaborado por técnicos da Universidade de São Paulo (USP), conclui que o racionamento não foi um fato imprevisto pelas concessionárias e pelo Governo. Ambos sabiam da necessidade do racionamento. (Hoje Em Dia - 21/02/2002)

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risco e racionamento

1- Economia de energia nas regiões sob racionamento atinge média de 5% em fevereiro

A poucos dias da suspensão do racionamento, os consumidores nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste mantêm a economia de energia. Números do ONS apontam para uma redução média de 5% no consumo de energia em fevereiro. No último dia 19 de fevereiro, o consumo de energia na região Sudeste/Centro-Oeste atingiu 22.295 MW, resultando numa economia de 5,13% em relação à sua meta, que é de 23,5 mil MW médios. No Nordeste, a redução está em 5,94%. O consumo verificado ontem foi de 5.079 MW quando sua meta é de 5,4 mil MW médios. (Canal Energia - 21/02/2002)

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2- Números dos reservatórios são positivos

Em relação aos níveis dos reservatórios, os números são positivos. Nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, a capacidade de armazenamento já estão acima da curva de segurança estabelecida pelo governo. O reservatório da usina de Três Marias, no Nordeste, atinge 48,22%. No total, a capacidade de armazenamento na região está em 48,9%. No Sudeste/Centro-Oeste, o índice registra 57,48%. Duas das principais hidrelétricas da região, a de Emborcação e Marimbondo, atingem 39,8% e 79,3% de armazenamento, respectivamente. Nas regiões Sul e Norte, os reservatórios também registram bons índices de armazenamento. O reservatório da hidrelétrica de Salto Santiago, no Sul, está em 98,08%. No total, a capacidade de armazenamento na região atinge 89,61%. Já na usina de Tucuruí, que abastece a região Norte, o nível do reservatório registra 107,64%. (Canal Energia - 21/02/2002)

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3- ONS está utilizando pouco termelétricas essa semana

Ainda esta semana os representantes das empresas geradoras, transmissoras e distribuidoras vão se reunir com os técnicos do ONS para traçar a programação de fornecimento de energia em março. Além da programação mensal, todas as semanas os técnicos e as empresas reavaliam as condições de abastecimento. Esta semana, explicou um técnico, o ONS está utilizando pouco as usinas termelétricas, porque a energia das hidrelétricas está custando mais barato. (O Globo - 21.02.2002)

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4- Consumidor não pagará sobretaxa na conta de março

Apesar de o racionamento de energia terminar no dia 28, os consumidores já podem ligar sem susto os aparelhos de ar-condicionado, fornos de microondas ou freezers. Quem ultrapassar as metas de redução de consumo este mês não pagará, em março, a sobretaxa que vinha sendo cobrada. O término do programa já mudou a vida dos funcionários públicos. Os servidores federais, que durante oito meses entraram no trabalho uma hora mais cedo, estão dando expediente no horário normal. O funcionamento das agências bancárias também deve ser normalizado, mas isso depende de decisão do Banco Central a ser anunciada nos próximos dias. (Jornal do Brasil - 21/02/2002)

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5- Sobretaxa e bônus serão fiscalizados pela Aneel

A Aneel fará uma fiscalização econômico-financeira nas distribuidoras de energia para verificar se estão corretos os procedimentos de cobrança de sobretaxa e do pagamento de bônus durante o racionamento. A fiscalização começará no dia 1º de março, um dia depois do fim do racionamento, que terá durado nove meses. A sobretaxa está sendo cobrada dos consumidores que gastam energia além da meta estabelecida pelo Governo. Os recursos arrecadados são utilizados para pagar bônus a quem economiza energia além do determinado. Segundo a Aneel, poucas empresas tiveram arrecadação de sobretaxa superior ao montante que foi pago em bônus aos consumidores. De acordo com os dados computados pela Aneel, de julho a janeiro deste ano, apenas a Bandeirante, distribuidora de energia no Estado de São Paulo, a Celg, de Goiás, a Celpa, do Pará, e a CEB, do Distrito Federal, apresentaram saldo positivo. (Hoje Em Dia - 21/02/2002)

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6- Pedro Parente reafirma que fornecimento está garantido até fim de 2003

Ontem, em entrevista à rádio CBN, o coordenador da GCE, ministro Pedro Parente, fez questão de reafirmar que o abastecimento de energia do país está garantido até o fim de 2003, mesmo que ocorra o pior período seco dos últimos 70 anos. De acordo com um técnico do ONS que prefere não se identificar, se este ano a hidrologia for igual à do ano passado, está também garantido o fornecimento de energia em 2004. (O Globo - 21.02.2002)

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7- Ministro tranqüiliza brasileiros e reafirma fim de racionamento

O ministro Pedro Parente reafirmou ontem sua irrestrita confiança na precisão e no rigor dos cálculos do ONS que levaram à decisão de suspender o racionamento de energia. Em entrevista à Rádio CBN, o ministro disse que esses cálculos informam que, até o fim de 2003, mesmo na ocorrência do pior período seco dos últimos 70 anos, o suprimento de energia elétrica estará 100% assegurado. "Se tivermos na Região Sudeste a repetição do ano passado, que não foi bom, vamos terminar 2003 com os reservatórios acima de 60%",lembrando que o setor elétrico brasileiro continua sendo predominantemente hidráulico, o ministro ressaltou que somente poderia haver problemas na improvável ocorrência de uma seca de 'proporções astronômicas'. O setor elétrico conta com um cronograma ajustado de obras que prevê, segundo Parente, investimentos de R$ 43 bi durante o triênio 2002/2004, sendo que 78,5% desse total virão da iniciativa privada. "São 24 hidrelétricas, 38 termelétricas, algumas já concluídos, outras em construção". (Tribuna de Alagoas - 21/02/2002)

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8- Cosern divulga balanço sobre racionamento

A Companhia Energética do Rio Grande do Norte divulgou ontem através de sua assessoria de imprensa o balanço relativo ao horário de verão, que foi de 14 de outubro de 2001 até o dia 17 da semana passada. De acordo com os dados gerais houve uma economia de 0,6%. Isso corresponde a um consumo de aproximadamente 5.184 Mw/h. Foram consumidos mensalmente cerca de 1.296 Mw/h. A redução de energia nos quatro meses em que vigorou o horário de verão foi eqüivalente ao consumo da cidade de Jardim de Piranhas, segundo o assessor Fernando César. Houve também uma queda de cinco por cento na demanda de eletricidade durante o horário de pico, que vai das 18h às 20h, motivada pelo racionamento. Tradicionalmente a redução variava entre 3% e 4%. (O Mossoronense - 21/02/2002)

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9- Pinguelli critica posicionamento de FHC

O físico Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe/UFRJ (Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro), disse que o presidente Fernando Henrique Cardoso está "afirmando uma bobagem completa" ao dizer que "está tudo bem e que o racionamento acabou". Pinguelli respondeu à crítica indireta feita na terça-feira por FHC, que chamou de "batatadas" as opiniões de acadêmicos sobre a crise energética. "Quem deu batatada foi FHC, ao desautorizar um reajuste da Petrobras e no dia seguinte voltar atrás. Ele deu batatadas elétricas e agora petrolíferas." Para o diretor da Coppe, ao criticar a academia, o presidente mostra que "é adepto do pensamento único". "FHC é um convertido, é um cristão novo, um ex-membro da esquerda convertido ao neoliberalismo." Um dos coordenadores da campanha do petista Luiz Inácio Lula da Silva na área de energia e crítico da política energética do governo, Pinguelli disse que a "universidade é um lugar típico de crítica, que é a base de toda a ciência". A Coppe divulgou nota oficial repudiando a declaração de FHC. (Folha - 21.02.2002)

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10- Procon é contra manutenção de aumento de tarifa com fim do racionamento

A diretora executiva da Fundação Procon, órgão ligado à Secretaria da Justiça do Governo do Estado de São Paulo, Maria Inês Fornazaro, disse que a entidade é contra a manutenção do reajuste da tarifa de energia. No entanto, Maria Inês considerou que as decisões da CGCE estão referendadas pelo Superior Tribunal Federal e, por conta disso, são legais. "A orientação é que os consumidores continuem economizando para não pagar uma conta muito alta." (Diário do Grande ABC-21.02.2002)

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11- Eletropaulo acredita em continuação da economia de energia mesmo com fim do racionamento

Os consumidores residenciais manterão a economia de energia elétrica mesmo depois de 1º de março, quando termina o programa de racionamento do governo. A previsão é do vice-presidente da unidade da Eletropaulo, Vicente Bruno Todaro. Segundo ele, as famílias, além de trocarem equipamentos de maior consumo por outros mais econômicos, criaram o hábito de não desperdiçar, mas sim utilizar a energia racionalmente. "O índice médio de economia do Grande ABC durante o racionamento foi de 21%. A partir do mês que vem, a taxa deverá cair e manter-se entre de 10% a 12%", afirmou. Outro fator que deverá contribuir para que os consumidores continuem economizando energia é o valor da conta de luz no final do mês. Para compensar as perdas das geradoras e distribuidoras em função do racionamento, a CGCE aumentou, em dezembro, a tarifa em 2,9%. O reajuste para os clientes comerciais e industriais foi de 7,9%. As famílias de baixa renda, cerca de 12,5 mi no país, não terão alta. O novo valor, no entanto, deverá continuar em vigor pelos próximos três anos, no mínimo. Este é o tempo previsto pela CGCE para que as empresas recuperem o prejuízo, orçado em R$ 7 bi, causado pelo racionamento no país. "O reajuste vai durar até que as geradoras e distribuidoras consigam compensar 100% das perdas. Já o período correto irá variar de acordo com a quantidade de energia consumida pelas famílias. Se as pessoas gastarem menos, demorará mais tempo", disse Todaro. (Diário do Grande ABC-21.02.2002)

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12- Velocidade de implementação das medidas de revitalização preocupa executivos

Depois de anunciado o fim do racionamento para o próximo dia 1° de março, a preocupação do setor volta-se para as questões estruturais do setor de energia elétrica. Executivos e especialistas de mercado defendem uma rápida implementação das 35 medidas do Plano de Revitalização divulgado pela GCE nos meses de janeiro e fevereiro. A demora na implantação das medidas do plano de revitalização do setor elétrico poderá provocar um novo desabastecimento de energia no país em dois anos, na avaliação de muitos executivos do setor, como Wálfrido Ávila, presidente reeleito da Abraceel. (Canal Energia - 21/02/2002)

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13- Especialistas demonstram preocupação quanto ao abastecimento de energia nos próximos anos

Especialistas e executivos do setor já demonstram preocupação quanto ao abastecimento de energia nos próximos anos. Para este ano, o governo garante que o país não corre risco de novo desabastecimento. Entretanto, com o fim do racionamento, a tendência é de que os consumidores retomem às suas atividades normais, trazendo, conseqüentemente, aumento na demanda de energia. Segundo Francisco de Alcântara Macedo, economista e diretor de Infra-Estrutura da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), a estimativa é de um crescimento de 6% no consumo do país este ano. "Sem o racionamento, a tendência é a retomada da produção industrial. Por isso, acredito que o governo devesse esperar os níveis dos reservatórios atingirem patamares que garantam abastecimento também para o próximo ano", afirma. (Canal Energia - 21/02/2002)

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14- Indústrias continuarão investindo em programas de conservação de energia

O setor industrial se empenhou em cumprir as metas de consumo estabelecidas pelo governo. "Para algumas indústrias, reduzir o consumo de energia significa cortar produção", comenta Francisco de Alcântara Macedo, economista e diretor de Infra-Estrutura da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). Por outro lado, o racionamento de energia também trouxe aspectos positivos para os consumidores industriais. "As práticas adquiridas de uso eficiente de energia não serão deixadas de lado após o racionamento", diz José Otávio Campos, assessor Técnico do Grupo de Crise Energética da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Após a suspensão do racionamento, a entidade pretende realizar consultas com os associados para descobrir qual foi a contribuição dos programas de conservação de energia nas indústrias. (Canal Energia - 21/02/2002)

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15- Cerca de 90 mil lâmpadas de iluminação pública são religadas pela CPFL

Foram religadas, na última quarta-feira, dia 20 de fevereiro, aproximadamente 90 mil lâmpadas de iluminação pública na área de concessão da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), que compreeende 234 municípios paulistas. Durante o plano emergencial de racionamento de energia elétrica foram substituidas 32.373 lâmpadas a vapor de mercúrio por vapor de sódio. Isso possibilitou o desligamento de apenas uma a cada sete luminárias para poder atingir a meta de 35% de redução de consumo. Com essa estratégia, foram desligadas 87.622 luminárias de vapor de mercúrio. (Canal Energia - 21/02/2002)

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16- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Elétricas começam a receber financiamento do BNDES

As distribuidoras de energia começaram a receber a primeira parcela do financiamento do BNDES para recompor as perdas do racionamento, estimadas em R$ 4,6 bi. Numa primeira leva, a Eletropaulo recebeu R$ 277 mi; a Bandeirante obteve R$ 75 mi e a Cataguazes Leopoldina R$ 36 mi. Esses valores correspondem a menos da metade do montante global a que cada uma tem direito. O restante deve ser liberado em março, após a homologação dos valores pela Aneel. (Valor Econômico-21.02.2002)

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2- Eletropaulo não divulga quantia do financiamento do BNDES

A superintendente financeira da Eletropaulo, Silvia Pannuti, disse que a empresa não está autorizada a divulgar o valor total do empréstimo para repor as perdas do racionamento do BNDES sem a confirmação da agência. Mas, segundo o gerente de análise da Sudameris Corretora, Marcos Severine, é possível calcular o montante, já que a fórmula de recomposição das perdas foi divulgada em resolução da Aneel. A simulação do Sudameris mostra uma diferença na receita da Eletropaulo de R$ 779 mi. Esse valor supera em R$ 200 mi a cifra computada pela companhia como receita de Anexo 5 nos balanços do 2º e 3º trimestres, de R$ 577 mi. Para receber o empréstimo, as distribuidoras concordaram em abrir mão do Anexo 5, que é uma cláusula dos contratos entre as empresas de compra e venda de energia. Se fosse aplicado, quebraria as geradoras. "Ninguém abriria mão do Anexo 5 se não tivesse certeza que o acordo valeria a pena", disse um executivo. (Valor Econômico-21.02.2002)

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3- Bandeirante recebeu R$ 75 mi na primeira leva do BNDES e aguarda outras parcelas

A Bandeirante, que recebeu R$ 75 mi na primeira parcela do empréstimo do BNDES, aguarda mais duas ou três levas para completar o financiamento, segundo o diretor financeiro da companhia, Thomas Brull. Proporcionalmente ao seu faturamento, a Bandeirante foi a empresa que mais lucrou com o Anexo 5. O mercado assegura que o BNDES deve liberar algo em torno de R$ 400 mi para compensar o expurgo de R$ 336 mi com o Anexo 5. O diretor financeiro da Bandeirante explica que todo esse acerto vai refletir em uma nova contabilidade das empresas em 2001. A resolução nº 72 da Aneel determina que o dinheiro do BNDES seja computado como uma receita que as empresas tiveram direito no exercício de 2001. "Ainda não sabemos se vamos ter de republicar os balanços do período do racionamento. Mas, de qualquer forma, com esse acordo os resultados serão bem diferentes do que se havia previsto anteriormente", disse Brull. (Valor Econômico-21.02.2002)

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4- Confira cálculos para estimar quanto cada elétrica receberá do BNDES

A fórmula aplicada pelo Sudameris para calcular o valor do financiamento do BNDES ás elétricas aponta para a liberação de um empréstimo de R$ 566 mi para a Cemig, de R$ 406 mi para a Light e de R$ 166 mi para a Cerj. Esse cálculo leva em consideração o consumo (em MWh) verificado em 2000 mais um acréscimo de 3%. Esse seria o índice médio de crescimento do consumo, levando em consideração os índices econômicos como o PIB. Sobre esse volume de energia, aplicam-se as tarifas do mercado cativo, chegando ao que corresponderia ao valor do faturamento da empresa sem o racionamento. Dessa cifra, subtrai-se a receita verificada. A diferença seria o valor do empréstimo. (Valor Econômico-21.02.2002)

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5- Distribuidoras querem aumentar o consumo

O fim do racionamento, a partir de 1.º de março, deverá ser o ponto de partida das distribuidoras na batalha pela recuperação de seus mercados, retraídos com a escassez de energia. Mesmo com a desaprovação do governo, as concessionárias vão incentivar a retomada de consumo para equilibrar suas contas. O objetivo é evitar que os resquícios do racionamento provoquem novamente perdas de lucratividade, como as de 2001 - historicamente, após um plano de economia de energia, o consumo tende a ficar, pelo menos, 7% menor que o período anterior. "Queremos apenas retormar os patamares registrados antes do racionamento", afirma Fernanco Quartim, do Grupo Rede, controlador de oito distribuidoras. A notícia de incentivo à retomada do consumo, porém, já causou mal-estar entre governo e distribuidoras. Mas as concessionárias não voltaram atrás. Pelo contrário, algumas empresas, como Cemig, por exemplo, até já iniciaram projetos de ampliação do mercado. Os mecanismos para a retomada do consumo, porém, continuam mantidos sob sigilo para anúncio somente após o fim do racionamento. Uma das formas de incentivo pode ser a parceria com empresas comercializadoras de eletroeletrônicos, facilitando no financiamento e oferencendo descontos nas compras. (O Estado de S. Paulo - 21/02/2002)

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6- Distribuidoras tentam evitar que indústrias usem geradores

As distribuidoras de energia elétrica vão perder parte do faturamento, mesmo com o fim do racionamento. Além da economia residual que os consumidores manterão, grandes indústrias que investiram na compra de geradores estão decidindo usar os equipamentos para substituir a eletricidade nos horários de pico, quando as tarifas são mais caras. De olho no problema, concessionárias de energia já programam promoções para reconquistar o consumo destes clientes a partir de 1º de março. Nesta semana, a Latasa, maior fabricante de latas de alumínio do País, começou a deslocar os oito geradores comprados por US$ 5 mi para apenas duas unidades, em Santa Cruz (RJ) e no Recife. O presidente da companhia, José Carlos Martins, não se arrepende do investimento feito no ano passado e diz que a aquisição já levava em conta a alternativa da utilização nos horários de ponta. Além disso, os equipamentos servirão como uma espécie de seguro contra eventuais cortes ou novos problemas no fornecimento. (O Estado de São Paulo-21.02.2002)

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7- CPFL faz oferta especial para clientes que possuem geradores próprios

Para combater o uso do gerador na hora de pico, a CPFL acaba de desenvolver um produto especial, justamente para os clientes que possuem geradores, oferecendo tarifas mais baratas nestes horários, com reduções de até 40%. Segundo o gerente de Vendas da CPFL, Márcio Sant´Anna, a equipe de mercado da distribuidora detectou a oportunidade. A energia ofertada tem origem na sobra dos contratos iniciais com as geradoras, já que a demanda este ano será inferior ao previsto, por conta do racionamento e da redução nos hábitos de consumo de energia. (O Estado de São Paulo-21.02.2002)

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8- Comerciantes de geradores dizem que negócios voltaram ao normal de antes do racionamento

Representante do fabricante de geradores Carterpillar, a Sotreq confirmou que grandes empresas estão buscando o retorno do investimento feito com a utilização dos equipamentos comprados em horários de pico. O gerente da Unidade de Aluguel de Geradores, Carlos Ernesto Schröder, diz também que já ocorreram devoluções antes do prazo de geradores alugados, negociadas caso a caso. "Na verdade, isto já vinha ocorrendo antes do anúncio do fim do racionamento porque muitas empresas atingiram a meta", afirma.Schröder diz que o mercado voltou à normalidade. No mês passado, o movimento foi apenas "ligeiramente superior" ao de janeiro de 2001, quando não se discutia o racionamento. Para evitar um tombo de vendas e superestoques, as empresas de geradores controlaram a compra do produto. "Era fácil prever que a situação voltaria à normalidade, tanto que não partimos para compras sem limites", disse. (O Estado de São Paulo-21.02.2002)

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9- Projeto da CPFL prevê a repotencialização de quatro usinas em 2002

Até o fim deste ano, a CPFL terá quatro usinas hidrelétricas do seu parque gerador repotencializadas. As reformas destas centrais de energia fazem parte de um projeto maior da companhia que prevê a modernização de todas as 19 usinas operadas pela distribuidora. Com a repotencialização, o sistema de fornecimento que atende 234 municípios, servindo a quase três milhões de clientes do interior paulista, a empresa pretende aumentar a produção de energia e a confiabilidade do sistema. As duas primeiras usinas que serão beneficiadas pela modernização serão as de São Joaquim e Dourados. A capacidade da primeira delas, localizada na cidade de São Joaquim da Barra, passará de 5,2 MW para 8 MW de potência após as reformas e a substituição de equipamentos. Além disso, a geração de energia elétrica subirá para 160 mil MW ao ano. (Canal Energia - 21/02/2002)

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10- São Joaquim e Dourados devem operar em maio

Segundo José Ferreira Abdal Neto, gerente de Geração da CPFL, a previsão é de que as usinas São Joaquim e Dourados, localizada em Nuporanga, comecem a operar já a partir de maio, enquanto a repotencialização e a modernização dos equipamentos das usinas de Salto Grande, em Campinas, e Esmeril, em Altinópolis, deverão ser concluídos até o fim deste ano. "A proposta é de modernizarmos todas as 19 usinas hidrelétricas da CPFL, distribuídas no Estado de São Paulo", diz Abdal Neto.A potência da usina de Dourados passará de 6,8 MW para 10,75 MW, a de Salto Grande aumentará de 3,3 MW para 4,5 MW, e a de Esmeril saltará de 1,76 MW para 5 MW. Juntas, as quatro usinas irão gerar um total de 363 mil MWh/ano de energia elétrica. (Canal Energia - 21/02/2002)

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11- Redução nos investimentos da Endesa não afetará projetos no país

O anúncio feito pelo Grupo Endesa nesta quarta-feira, dia 20 de fevereiro, em Madrid, relativo à redução de investimentos pelo menos inicialmente não afetará os projetos no mercado brasileiro. A empresa continuará investindo nos dois projetos que tem no Brasil, estimados em US$ 557 mi, garantiu uma fonte oficial da companhia no país. Um dos projetos da emrpesa no Brasil envolve a construção da segunda linha da interconexão Argentina-Brasil, que agregará ao sistema elétrico mais 1 mil MW. A primeira linha, com capacidade também de 1 mil MW, foi instalada em maio de 2000. O outro projeto é o da construção da termelétrica de Fortaleza, com início de operação previsto para 2003. A usina, que terá 310 MW de potência instalada, atenderá 30% do consumo atual do Ceará. (Canal Energia - 21/02/2002)

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12- Fórum da Abinee vai debater perspectivas para o setor de energia

No dia 18 de março, às 9 horas, acontecerá no Auditório Elis Regina, no Anhembi, em São Paulo, o Fórum AbineeTec 2002, evento da Abinee que marca a abertura da Feira Internacional da Indústria Elétrica, de Energia e Automação - FIEE Elétrica 2002, que vai até o dia 22 de março. O tema principal do fórum, "A Contribuição do Setor Elétrico para o Desenvolvimento do Brasil", vai ser debatido pelo presidente da Abinee, Carlos de Paiva Lopes, e por outros convidados, como o ministro de Minas e Energia, José Jorge, e presidente da Eletrobrás, Cláudio Ávila. O evento também contará com uma mesa-redonda, marcada para às 10 horas e formada por importantes técnicos do setor, que discutirá o tema "A Crise de Energia Elétrica e as Perspectivas para 2002 e 2003". No dia 18 de março, a partir das 16 horas, será realizada a abertura oficial do Abinee TEC - T&D Latin America 2002, com a discussão do tema "Experiência da Desregulamentação do Setor Elétrico" no mundo. Do dia 19 ao dia 22 de março, das 9 às 17 horas, uma série de seminários, promovidos pela Abinee em parceria com o IEEE, ocuparão os auditórios do Centro de Convenções do Anhembi. (Canal Energia - 21/02/2002)

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13- Venda de eletricidade por cartão

Concessionárias e distribuidoras de energia de todo o país aguardam a homologação da Aneel, para um novo produto, desenvolvido no Paraná, que pode revolucionar o setor elétrico nacional: é a venda de energia elétrica por cartão pré-pago. O princípio é o mesmo do cartão telefônico e o objetivo é garantir economia aos consumidores. O Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), centro de excelência tecnológica com sede em Curitiba, já disponibilizou 2 mil protótipos do produto, que estão em teste. Com o cartão, o consumidor, pessoa jurídica ou física, pode adquirir, previamente, determinada quantidade de energia, conforme sua necessidade. O sistema beneficiará por exemplo, proprietários de casas de veraneio que são obrigados, atualmente, a pagar uma taxa mínima mensal, mesmo que o imóvel permaneça fechado durante todo o ano. O cartão poderá ser comprado também por vendedores ambulantes - bastante comum no Norte e no Nordeste - que usam energia de estabelecimentos comerciais próximos ao seu ponto. Com o uso do cartão a concessionária poderá disponibilizar medidores eletrônicos especiais de energia, desenvolvidos pelos técnicos do laboratório. (Gazeta Mercantil - 21/02/2002)

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14- Lactec desenvolve equipamento revolucionário para geração de energia

Enquanto aguarda a homologação dos cartão pré-pagos, o Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), desenvolve um outro equipamento revolucionário: a célula a combustível que converte gás natural ou metanol em hidrogênio, transformando-os em água e eletricidade. Este mês o laboratório firmou um convênio com um instituto ambiental americano, localizado em Houston no Texas. (Gazeta Mercantil - 21/02/2002)

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15- Diretoria da AES Sul nega que será vendida

A AES Sul, que distribui energia em 114 municípios da região centro-oeste do Rio Grande do Sul, negou ontem as notícias de que tanto ela quanto a termelétrica de Uruguaiana estariam para ser vendidas pela matriz americana. Segundo o diretor de marketing, Roberto Zanardo, não existe "qualquer indício" de que as unidades gaúchas serão incluídas no plano de reestruturação da controladora, que prevê um corte de 41% nos gastos e a alienação de ativos avaliados em US$ 1,5 bi. Na terça-feira, a diretora financeira da AES Tietê, Andrea Ruschmann, disse que as unidades teriam mais uma chance para reverter o quadro negativo ou "serão mesmo vendidas". A notícia divulgada ontem pegou de surpresa os executivos da empresa no Rio Grande do Sul. Conforme Zanardo, neste mês a AES Sul teve sua classificação de risco elevada de "negativa" para "estável" pela agência Standard & Poor´s diante da perspectiva de um aumento de vendas em 2002 suficiente para cobrir a amortização das sua dívidas.

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financiamento

1- Walfrido Ávila é reeleito para a presidência da Abracel

O presidente da Tradener, Walfrido Ávila, foi reeleito para a presidência da Abracel, onde terá mandato de mais um ano. Para o Conselho de Administração da entidade, foram eleitos como vice-presidentes Carlos Anísio Rocha Figueiredo (da Companhia Vale do Rio Doce), Luiz Otávio Henriques (Enron Comercializadora), Ricardo Lima (Enertrade) e Paulo César Coelho Tavares (Guaraniana). (Gazeta Mercantil - 20/02/2002)

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2- Nova composição da Abracel discuti pacote governamental

Um dos primeiros trabalhos da nova composição da Abracel será no próximo dia 27 de fevereiro, quando os associados se reunirão em São Paulo para discutir pontos do pacote governamental, anunciado no início de janeiro, para a revitalização do setor elétrico. Entre as 33 medidas do plano, algumas afetam diretamente a atuação das empresas comercializadoras, como a obrigatoriedade de que grandes clientes cativos de distribuidoras passem à condição de consumidores livres. Com essa alteração, esses clientes passariam a movimentar a atividade de comercialização, que hoje tem forte dependência do pasalisado MAE. Ao iniciar o novo mandato como presidente da Abracel, Ávila comenta que a normalização das operações no MAE deve ser feita o mais rapidamente possível, sob pena de brecar os novos investimentos privados em geração no Brasil. Boa parte dos empreendedores volta-se para o Brasil com olhos atentos para os possíveis ganhos decorrentes da livre negociação de energia. (Gazeta Mercantil - 20/02/2002)

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financiamento

1- Copom corta juros para 18,75%

A inflação deu sinais de queda nas primeiras prévias de fevereiro e o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) aproveitou para reduzir os juros básicos da economia em 0,25 ponto percentual. A taxa passou de 19% para 18,75% ao ano, depois de seis meses de estabilidade. A decisão pegou de surpresa analistas econômicos, que apostavam que o Banco Central (BC) seria conservador e esperaria sinais concretos de recuo nos índices inflacionários para cortar os juros. Depois de dois dias de reunião, os diretores do BC anunciaram no início da noite de ontem a redução da taxa e afirmaram que 'a decisão é compatível com a convergência de taxa de inflação para suas metas'. Os detalhes e o cenário macroeconômico analisado pelo BC e que levaram ao corte nos juros serão divulgados em ata na próxima quintafeira. A meta de inflação acertada com o FMI é de 3,5%, com a variação de dois pontos percentuais. (Gazeta Mercantil - 21/02/2002)

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2- Mercado financeiro se surpreende com corte de juros

A decisão do BC em cortar os juros foi vista como inesperada pelos profissionais do mercado financeiro. Desde a última reunião do Copom, muitos fatores analisados pelo BC tiveram melhora e ampliaram o espaço para corte nos juros básicos. Mas o consenso era de que as taxas seriam reduzidas só a partir de março. Desde o final de janeiro, o preço do dólar comercial ficou praticamente estável, entre R$ 2,40 e R$ 2,45. A cotação da moeda norteamericana preocupa o BC porque pode ser repassada para a inflação. A situação na Argentina deixou de ter impactos significativos para o Brasil. A economia norte-americana já deu sinais de que retomou o crescimento. Os últimos índices de inflação recuaram. Ontem, foi divulgado que a inflação na cidade de São Paulo ficou em 0,30%, na segunda prévia do mês, abaixo dos 0,34% da primeira avaliação. A inflação medida pelo IGP-M, em fevereiro, ficou em 0,02%. (Gazeta Mercantil - 21/02/2002)

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3- Meta de inflação ainda corre risco de não ser alcançada

Mas há o risco de a meta de inflação para o ano não ser alcançada. Para alguns analistas, o BC poderia ter aguardado sinais concretos de que o núcleo da inflação (que exclui sazonalidades) também caiu. Em dezembro, o núcleo estava em 0,7% ao mês e recuou para 0,52% em janeiro. Se o núcleo for anualizado, a inflação ficaria em 6,5% neste ano, maior do que a taxa esperada para o ano. 'O descumprimento da meta inflação pelo segundo ano consecutivo colocaria em questionamento o sistema de metas inflacionárias', disse o economista do HSBC Investment Bank , Alexandre Bassoli. (Gazeta Mercantil - 21/02/2002)

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4- Taxas de juros futuros recuam

Ontem, 20/02/2002, as taxas de juros futuros recuaram, aguardando o corte nos juros básicos e podem cair ainda mais hoje. Entre os contratos mais negociados na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), a taxa para março passou de 18,92% para 18,83% ao ano. O juro para abril saiu de 18,86% para 18,84%. A taxa para julho foi de 18,74% para 18,67%. O dólar comercial fechou praticamente estável com baixa de 0,08% a R$ 2,422, na venda. A Ptax, média das cotações, ficou em R$ 2,4284, alta de 0,14%. Na BM&F, o contrato de março caiu 0,22% a R$ 2,430. (Gazeta Mercantil - 21/02/2002)

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5- Dólar comercial abre com alta de 0,08% e sai a R$ 2,423 para venda

O dólar comercial abriu as operações de hoje cotado a R$ 2,413 para compra e R$ 2,423 para venda, com alta de 0,08% ante o fechamento de quarta-feira. Ontem, o mercado cambial surpreendeu ao fechar com volume financeiro alto e com o dólar desvalorizado frente ao último fechamento. A moeda norte-americana terminou em baixa de 0,04%, comprada a R$ 2,4190 e vendida a R$ 2,4210. (Valor - 21/02/2002)

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gás e termoelétricas

1- Geração térmica terá 17% de participação na matriz até 2004

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, informou nesta quarta-feira, dia 20 de fevereiro, que a participação da energia térmica na matriz energética brasileira deverá passar dos atuais 9% para cerca de 17%, até 2004, quando as novas usinas termelétricas entrarem em operação, adicionando mais 12 mil MW de energia térmica ao sistema. Segundo o ministro, há idéia de aumentar ainda mais a participação do gás natural na matriz energética brasileira, hoje eminentemente hidroelétrica. "Este aumento da participação do gás natural na geração térmica daria mais segurança à matriz energética. A dificuldade maior é que esta geração costuma ser, evidentemente, mais cara do que a gerada a partir das hidroelétricas", disse o ministro. (Canal Energia - 21/02/2002)

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2- Investimentos em termelétricas são revistos

Investimentos em novos projetos de termelétricas vêm sendo reavaliados e devem entrar em compasso de espera pelo menos até julho, quando o Governo pretende anunciar as 33 medidas do plano de revitalização do setor energético. "Estamos caminhando para um ambiente regulatório, mas enquanto as medidas não forem votadas os investimentos no setor vão sofrer atraso. Não significa dizer que os investidores já estão desistindo de projetos de novas termelétricas. Só estão postergando", avalia Marcos Severine, analista do Banco Sudameris. O analista Rodrigo Lopes, do Lehman Brothers, tem a mesma opinião e acrescenta que, com o nível atual dos reservatórios e os investimentos que já foram encaminhados, a situação está sob controle até 2003. A partir de 2004, o problema energético não está resolvido, de acordo com o analista, que afirma que novos investimentos no setor serão fundamentais. Lopes considera que as medidas regulatórias fazem parte de um plano bem feito capaz de atrair novos investidores. (Jornal do Commercio - 21/02/2002)

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3- Novo impulso para Angra III

Parte do equipamento - o reator, os geradores a vapor, as bombas de refrigeração, o pressurizador e o conjunto de turbo-geradores -, estão guardados nos armazéns da Nuclep, em Itaguaí, litoral do Rio. Há um gasto anual de R$ 20 mi na manutenção desses equipamentos estocados. Já há um contrato assinado com a Andrade Gutierrez para a construção da usina. Outro impulso para que as obras de Angra III saiam do papel foi dado, no final do mês passado, por Marco Maciel, vice-presidente da República, que defendeu a construção da usina como uma das alternativas para ampliar a oferta de energia. A crise energética também ajudou. A estiagem que baixou os reservatórios, reduzindo a potência das hidrelétricas, acabou aumentando a participação das usinas térmicas na geração de energia elétrica que subiu para 10,3%. A energia nuclear participou com 5,1% - ante os 3% de 2000 -, com 14,3 milhões de MWh, suficientes para abastecer uma cidade de cinco milhões de habitantes. (Gazeta Mercantil - 21/02/2002)

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4- Representantes da CUT visitam instalações da usina Angra III

Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) visitarão, nesta quinta-feira, dia 21 de fevereiro, a partir das 15 horas, a usina Angra 2 e as instalações previstas para Angra 3, no Rio de Janeiro. Entre os visitantes estão o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores e membro da Comissão Estadual de Meio Ambiente de São Paulo, Geraldo Alves de Oliveira; o presidente nacional da CUT, João Felício e o presidente da CUT/RJ, Antonio Carlos Guilherme Sales de Carvalho. (Canal Energia - 21/02/2002)

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5- Licença nuclear para usina de Angra III deve sair até maio

O licenciamento nuclear para a usina de Angra III, cuja construção está sendo avaliada pelo governo, deve ser entregue pela Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear) até maio deste ano. A licença é uma das exigências feitas pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) como continuidade dos estudos técnicos, financeiros e ambientais para viabilidade do projeto. Ficou estabelecido na última reunião do conselho, em dezembro, que as principais conclusões das análises serão apresentadas ao membros do conselho na próxima reunião do grupo, em julho deste ano. Se por um lado a licença nuclear deve ser emitida sem maiores problemas, o mesmo não pode ser afirmar com relação à liberação da licença ambiental. "Essa parte é bem mais complicada, se trata de uma decisão muito mais política do que técnica. Com sorte, o EIA-Rima (Estudo de Impacto Ambiental) poderá ser apresentado ao CNPE em outubro ou novembro", prevê Guilherme Camargo, diretor da Aben (Associação Brasileira de Energia Nuclear) e superintendente de Licenciamento, Meio Ambiente e Garantia de Qualidade da Eletronuclear. (Canal Energia - 21/02/2002)

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6- Angra I e II contabilizaram saldo produtivo

Enquanto a terceira unidade do complexo nuclear brasileiro não sai do campo das discussões, as usinas de Angra I e II contabilizaram ótimos resultados na área de produção de energia no ano passado. Após os primeiros doze meses de operação integral das duas unidades nucleares, o saldo produtivo do complexo de Angra foi positivo. Entre todas as usinas térmicas em operação em 2001, Angra I e II obtiveram o maior montante de geração, com 14.351.932 MWh, à frente da soma das seis maiores usinas termelétricas do país, que totalizaram 14.018.145 MWh gerados. No primeiro ano de operação, Angra II conseguiu ainda a 16ª posição no ranking das 20 maiores usinas nucleares mundiais, com 10.498.433 MWh produzidos. Em todo o mundo, existem cerca de 440 usinas nucleares em operação. (Canal Energia - 21/02/2002)

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7- Urânio utilizado em Angra I e II será enriquecido no Brasil a partir de 2003

A partir do ano que vem, o urânio utilizado como combustível nas usinas nucleares do complexo de Angra dos Reis será enriquecido no Brasil. Segundo a previsão da Eletronuclear, administradora das usinas, até meados de 2003 a primeira unidade de enriquecimento de urânio do país estará pronta, em Resende, no estado do Rio. Já em maio deste ano, a primeira máquina centrífuga será instalada no local. Atualmente, todo o urânio usado nas usinas de Angra I e II sofre o processo de enriquecimento no exterior, pela empresa trinacional Urenco, formada por um consórcio entre Alemanha, França e Holanda. O processo de enriquecimento consiste em elevar no minério a composição do isótopo 235 de 0,7% para 3,5%, capacitando-o a ser usufruído como combustível nuclear. (Canal Energia - 21/02/2002)

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8- Depósito de lixo nuclear deve ser construído

Enquanto a Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear) - órgão responsável pela questão - não define o local onde será instalado o depósito permanente do lixo nuclear brasileiro, os depósitos de Angra dos Reis destinados ao estoque dos elementos de baixa e média radioatividade serão ampliados. Os já existentes ainda têm capacidade de armazenamento de três anos. "Dentro de dois meses, iniciaremos as obras para o segundo depósito, que ficará pronto em fevereiro do ano que vem. Estamos projetando ainda um terceiro depósito, para 2004 ou 2005, que estenderia a capacidade de armazenamento em até 10 anos", diz Cosenza. Filtros, resinas, roupas e ferramentas estão entre os principais elementos de baixa e média radioatividade alocados nos galpões. (Canal Energia - 21/02/2002)

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9- Co-geração de energia pode crescer

O uso das unidades de co-geração, que utilizam o vapor de processo e o gás natural para produzir energia, será a principal conseqüência do racionamento mesmo após a crise, segundo um estudo realizado pela Coppe, da UFRJ. O coordenador do Programa de Planejamento Energético da instituição, Maurício Tolmasquim, acredita que com o fim do subsídio na tarifa dos grandes consumidores, anunciado pela Câmara de Gestão da Crise de Energia, as empresas tendem a aproveitar a co-geração para fugir dos preços excessivos do MWh. A universidade está sendo contratada por uma série de empresas preocupadas com as novas medidas no setor elétrico. Para o segmento químico e de bebidas, por exemplo, uma tarifa de distribuição a partir de R$ 90/MWh já viabiliza a instalação de uma unidade de co-geração, segundo a Coppe. (Gazeta Mercantil - 21/02/2002)

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10- Negociações entre Brasil e Bolívia resultam na criação de cinco grupos de trabalho

O presidente da Petrobras, Francisco Gros, e o ministro das Minas e Energia, José Jorge se reuniram ontem na sede da estatal com o ministro de Desenvolvimento Econômico da Bolívia, Carlos Kempff , o vice-ministro de Energia, Carlos Salinas, e o presidente da YPFB, Hugo Peredo, entre outros, na primeira reunião mista Brasil-Bolívia. Os dois países anunciaram a criação de cinco grupos de trabalho que terão 60 dias para estudar e apresentar fórmulas que permitam aumentar a participação do gás natural na matriz energética brasileira dos atuais 9% para 17% até 2004 e também agregar valor ao gás boliviano. Para isso, o país vizinho quer exportar não apenas gás para o Brasil, mas também energia elétrica e produtos petroquímicos. Os grupos de trabalho vão tratar de assuntos relacionados ao gás, energia elétrica, pólo gás químico, integração física e estratégica, além da coordenação e planejamento dessa estratégia. Segundo José Jorge, o grupo encarregado do gás analisará as conseqüências da ampliação do gasoduto Bolívia-Brasil e das importações do produto. (Valor Econômico-21.02.2002)

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11- José Jorge diz que preço do gás não será rediscutido

O ministro José Jorge evitou entrar em detalhes sobre a possibilidade de rediscutir com os bolivianos o atual preço do gás, que é denominado em dólares, variando de acordo com as cotações de uma cesta de óleos no mercado internacional. O preço do gás boliviano vem sendo motivo de queixa da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás (Abegás). Segundo José Jorge, o preço é assunto já definido nos contratos firmados pela Petrobras com a empresa estatal boliviana YPFB. (Valor Econômico-21.02.2002)

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12- Presidente da Eletrobras disse que importação de energia elétrica da Bolívia depende de análises

Para aumentar as exportações de produtos de maior valor agregado para o mercado brasileiro como energia elétrica, a Bolívia depende de investimentos em linhas de transmissão que passariam pelo Pantanal, no Mato Grosso do Sul. O presidente da Eletrobrás, Cláudio Ávila, explicou que a importação de energia da Bolívia exigirá a análise da colocação dessa energia no Brasil, o custo dessa energia para os consumidores finais e do sistema de transmissão "tanto sob o ponto de vista da construção, quanto do impacto ambiental". (Valor Econômico-21.02.2002)

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13- Bolívia quer construir pólo de gás químico

A Bolívia também manifestou seu interesse na construção de um pólo de gás químico no valor de US$ 1 bi em seu território, que aproveitaria o etano do gás exportado pelo Gasbol. Os estudos de viabilidade desse projeto estão sendo realizados pela Petrobras e pela Odebrecht. Existe a possibilidade da criação de uma zona aduaneira na fronteira. O Minstro das Minas e Energia do Brasil, José Jorge explicou que estudos preliminares da Petrobras indicam que a planta petroquímica só seria viável se fossem exportados 50 milhões de metros cúbicos de gás para o Brasil. Como hoje o gasoduto só tem capacidade para 30 milhões, a planta dependerá de da ampliação. (Valor Econômico-21.02.2002)

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grandes consumidores

1- Pólo Petroquímico de Capuava voltará a comprar energia convencional

As indústrias do Pólo Petroquímico de Capuava, em Mauá, e grandes consumidores de energia elétrica do Grande ABC vão substituir a energia produzida em geradores e turbinas a vapor pelo fornecimento convencional das distribuidoras de energia elétrica a partir de 1º de março, quando termina o racionamento para a indústria. O desaperto nas metas vai significar alívio para a produção e menos custos para as indústrias. O racionamento de energia, que durou oito meses, reforçou a política de contenção dentro das empresas, que deverão manter programas de redução de consumo em áreas não essenciais. Em contrapartida, grandes consumidores preparam-se para enfrentar tarifas adicionais, que foram criadas para bancar a modernização do sistema elétrico e evitar nova pane. A partir de março, acaba a negociação de excedentes de energia em bolsa de valores e as empresas devem retomar o consumo integral das distribuidoras, mais barato. (Diário do Grande ABC-21.02.2002)

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2- Gerente da PqU diz que reconversão para energia convencional será fácil

A Petroquímica União (PqU) investiu R$ 3 mi em equipamentos para obter energia por meio de turbinas a vapor. A companhia gerou excedente que por algum tempo abasteceu as indústrias de segunda geração e evitou a quebra da cadeia de produção. O gerente de desenvolvimentos de novos produtos da PqU, Jorge Rosa, explicou que mudar a configuração da planta para trabalhar apenas com energia convencional da Eletropaulo será um trabalho fácil. No entanto, o aumento efetivo de produção depende ainda do comportamento das indústrias eletrointensivas Solvay e Carbocloro, que reduziram o consumo de matéria-prima fornecido pela PqU durante o racionamento, porque ficaram limitadas pelo racionamento. (Diário do Grande ABC-21.02.2002)

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3- Coordenador de empresas de sinergia de Capuava espera voltar a níveis de produção anteriores ao racionamento

O coordenador do grupo de sinergia das empresas do pólo petroquímico de Capuava, Eduardo de Moraes Rodrigues, disse que existe a expectativa de voltar aos níveis de produção anteriores ao racionamento. Ele lembrou, no entanto, que a crise reduziu a competitividade das indústrias por causa do aumento dos custos de produção em quase 8% e da criação do seguro das térmicas emergenciais (R$ 4,90 por mW/h). Para ele, as empresas como a PqU, que investiram em turbinas a vapor, não perderam dinheiro e devem colher resultados nos próximos anos. (Diário do Grande ABC-21.02.2002)

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4- Usinas da Alcan devem retomar imediatamente produção pré-racionamento

O diretor de energia e planejamento da Alcan, Marco Antonio Palmieri, disse que as usinas da companhia devem retomar imediatamente a produção de 109 mil toneladas de alumínio primário em Minas Gerais e na Bahia, que sofreram corte de 25% na produção em função da imposição do racionamento. A produção de embalagens em Mauá, no entanto, ainda vai depender da reação do mercado consumidor. (Diário do Grande ABC-21.02.2002)

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5- Polietilenos União gastou R$ 1,2 mi para minorar perdas com racionamento

A fabricante de resinas Polietilenos União, de Mauá, desembolsou R$ 1,2 mi adicionais em nove meses de racionamento para comprar o excedente de energia necessário à manutenção do nível de produção. A energia consumida pela Polietilenos foi fornecida inicialmente pela PqU e depois comprada no mercado atacadista. A despesa foi necessária para evitar um prejuízo maior. Em junho, no primeiro mês de racionamento, baixar a carga de produção custou à Polietilenos R$ 750 mil. "Com o fim do racionamento, vamos produzir a mesma quantidade, sem despesas adicionais, que reduziram a margem de lucro", disse o diretor da empresa, Nívio Roque. A Basf, que reduziu o consumo no Brasil de 11 para 9 gigawatts/h por mês, vai encostar geradores, mas manter o programa nacional de redução de consumo. (Diário do Grande ABC-21.02.2002)

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6- Presidente da Paranoá não acredita em aumento de produção com fim do racionamento

O presidente da indústria de autopeças Paranoá, de Diadema, Toma Kass Mwosa, disse que gastou R$ 450 mil em geradores que agora terá de vender a preços mais baixos. Para ele, não haverá aumento da produção, porque a falta de energia não alterou os planos das montadoras. Jaime Zacarelli Salgueiro, da autopeças Resiplastic, de Mauá, disse que vai utilizar o gerador suficiente para abastecer toda a fábrica apenas em situações excepcionais. (Diário do Grande ABC-21.02.2002)

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7- Título

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8- Título

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9- Título

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10- Título

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internacional

1- Endesa congela novos investimentos na América Latina

Do plano de investimentos da Endesa Espanha para o período de 2002-2006, nenhum centavo será alocado para novos investimentos na América Latina, segundo afirmações do CEO da empresa, Rafael Miranda, em entrevista coletiva em Madri. A cifra de investimento para 2002-2006 - US$11,3bi - é 35% inferior ao que a empresa planejou há um ano. Os objetivos da empresa são concentrar-se na qualidade do serviço ao cliente na Espanha e América Latina, explorar as possibilidades de crescimento orgânico nesses mercados e consolidar sua expansão na Europa. A empresa administra seus investimentos latino-americanos por meio da holding chilena Enersis. As aquisições estão suspensas, e a Endesa Espanha não vai participar de nenhuma privatização na região nos próximos anos. "A situação atual do mercado não é a mais indicada para investimentos", disseram fontes da empresa. O investimento em crescimento orgânico, operações e manutenção na América Latina, no entanto, continuam, explicaram as fontes, acrescentando que ele alcança o patamar de US$436 mil por ano. (Business News Americas-21.02.2002)

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2- Demanda de energia deve crescer 3,75% ao ano na próxima década na Espanha

O esboço do informe sobre a planificação energética espanhola da próxima década prevê que a demanda de energia elétrica no sistema ibérico cresça entre 2002 e 2001 a um ritmo de 3,75% ao ano, inferior ao registrado em 2001, que superou a casa dos 5%. O esboço do informe sobre Planificação e Desenvolvimento das Redes de Transporte Elétrico e Gasista 2002-2011, apresentada pelo Ministro de Economia e Energia, José Folgado, será remetido hoje à Subcomissão de Acompanhamento de Infra-estruturas Energéticas, criada no Congresso. O documento espera que o consumo final de energia aumente a uma média de 3,4% na próxima década, especialmente o de gás natural. (El Mundo-21.02.2002)

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3- Presidente da Repsol YPF acusa elétricas espanholas de não terem investido no setor de gás no passado

A Repsol YPF e as cinco elétricas espanholas entraram ontem em uma polêmica sobre o grau de abertura dos mercados de gás. A disputa, ocorrida no encontro para a convergência dos mercados energéticos, durou até o momento em que o Ministro da Economia José Folgado, declarou que o modelo é adequado e que não há possibilidade de substituí-lo. O presidente da Gás Natural disse que o ritmo da liberalização do gás natural e da eletricidade é assimétrico, favorecendo as elétricas. O presidente da Repsol YPF, Alfonso Cortina, acusou as elétricas de não terem investido no mercado gasista anos atrás, quando o envolvimento implicava em riscos maiores. Cortina ressaltou que nem a Repsol nem a Gás Natural pediram compensações pela liberalização dos seus respectivos setores, em alusão aos controvertidos custos de transição à competição (CTC), um dos principais pleitos das elétricas, que acusam o sistema tarifário de lhes impedir de ter acesso aos CTC aos quais teriam direito. (El Mundo-21.02.2002)

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4- ENI nega saída da Galpenergia

A energética italiana ENI não pretende abandonar a parceria estratégica com a Galpenergia, nem nunca considerou a venda da sua participação de 33,34% na empresa nacional, contrariando assim a notícia publicada hoje pelo "Diário de Notícias". A edição de hoje do "Diário de Notícias" dá conta da vontade da ENI em sair da Galpenergia, "por considerar que a participação deixou de ter interesse estratégico". "O diretor-executivo (Vitorio Mincato) nega a notícia e declara que nunca pensou numa hipótese dessas", afirmou à Reuters, a porta-voz da ENI. Refira-se que Mincato encontra-se em Portugal para reunir-se com o executivo português e analisar o adiamento da Oferta Pública Inicial (IPO) para o segundo semestre de 2002 ou 2003, dependendo das condições de mercado. (Diário Econômico-21.02.2002)

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5- Senado dos EUA interrogará na semana que vem analistas de Wall Street sobre a Enron

O Comitê de Assuntos Governamentais do Senado dos EUA interrogará na semana que vem aos analistas de Wall Street que continuaram recomendando as ações da Enron enquanto a energética americana se dirigia à maior concordata da história do país. Os investigadores querem saber porque a maiorias dos analistas da bolsa mantiveram suas recomendações de compra enquanto a Enron desmoronava. A Câmara dos Deputados já interrogou representantes dos bancos de investimento para averiguar a quem a companhia texana pressionou ou enganou para respaldar suas sociedades fora do balanço patrimonial. " Baseando-nos no que sabemos até agora, podemos concluir que alguns investidores foram engabelados enquanto outros foram pressionados a participar nessas sociedades. Estamos agora tentando determinar se isso é ilegal ou não", explicou o porta-voz do Comitê de Energia e Comércio da Câmara, Ken Johnson. (El Mundo-21.02.2002)

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6- Procurador acusa companhia de lixo de fazer empréstimo não segurado à Enron

O procurador-geral dos EUA disse hoje que uma companhia de reciclagem de lixo estatal sobrepujou seus poderes legais ao pagar à Enron US$ 220 mi, dinheiro que foi perdido quando a companhia energética abriu concordata em dezembro. Num relatório provisório, o procurador Richard Blumenthal disse que o pagamento não foi por uma transação energética, como declarou a companhia de reciclagem, a Connecticut Resources Recovery Authority, mas sim de um empréstimo não-segurado. Sob o acordo, a agência deu a Enron US$ 220 mi e a energética concordou em pagar à Connecticut US$ 26.4 mi anuais para eletricidade de uma usina da agência em Hartford, energia essa que a Enron venderia no mercado aberto. A Connecticut Resources estava buscando um comprador para substituir a Connecticut Light and Power Co., que encerrara o contrato de compra de energia com a companhia por causa da desregulação do mercado energético. A agência recolhe o lixo em 70 cidades do Connecticut e agora está pretendendo aumentar as tarifas em 30% para superar as perdas com o empréstimo à Enron. (New York Times-21.02.2002)

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7- Declarações de presidente da Enron dão a entender que banqueiros de Wall Street foram induzidos a investir em sociedades da firma

Banqueiros da Enron disseram a um alto executivo da companhia que foram conduzidos a acreditar que podiam obter negócios lucrativos da companhia se concordassem em investir dinheiro numa sociedade controlada por Andrew Fastow, o executivo-chefe financeiro da energética, de acordo com registros de entrevistas com o executivo, o tesoureiro Jeffrey McMahon. McMahon, que sucedeu Fastow em outubro último e foi nomeado presidente da Enron em janeiro, fez essas declarações em entrevistas em agosto e outubro passados com advogados contratados pela Enron para averiguar as denúncias feitas pela executiva Sherron Watkins. As declarações de McMahon, que vem agora a público, aumentam a possibilidade de ter havido atividade imprópria na venda de ações das sociedades da Enron dizem analistas legais, que dizem que as declarações descrevem uma circunstância na qual executivos da Enron podem ter buscado benefícios pessoais de Wall Street em troca de permitirem aos banqueiros participação no vasto negócio de sociedades extra-balanço da empresa. (New York Times-21.02.2002)

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8- Duas seguradoras se recusam a honrar acordo de pagar despesas jurídicas de executivos da Enron

Dizendo que foram enganadas pela Enron, duas grandes seguradoras estão se negando a honrar apólices que deram cobrindo os custos de diretores e executivos da companhia com processos jurídicos, mostram arquivos da corte. A Royal Insurance Company of America e a St. Paul Mercury Insurance Company disseram que confiaram no que se mostraram ser representações materiais falsas da Enron. Advogados crêem que se a Royal e a St. Paul conseguirem sucesso em não honrar suas apólices, as outras nove seguradoras que garantiram cobertura de custos jurídicos a executivos da Enron seguirão seu exemplo. Isso pode fazer que os executivos e a própria Enron tenham que assumir os custos advocatícios, da ordem de US$350 mi. Qualquer baixa no pool de seguradoras que garantem os honorários advocatícios complicaria o processo de negociação das numerosas ações de acionistas contra a Enron. (New York Times-22.01.2002)

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9- Agências governamentais americanas emprestaram centenas de milhões para investimentos estrangeiros da Enron

As agências governamentais que promovem negócios americanos no exterior deram à Enron centenas de milhões de dólares em empréstimos e outros tipos de assistência na última década, declararam hoje as agências e investigadores do congresso. A Corporação de Investimento Privado no Exterior, que ajuda as companhias americanas a ganharem disputas com competidores estrangeiros em nações em desenvolvimento, cedeu US$ 544 mi em empréstimos à Enron para cinco projetos, a partir de 1993. Também forneceu US$ 204 mi em seguro de risco político em 10 projetos da firma, a partir de 1992. O Banco Exportador-Importador dos EUA emprestou US$ 675 mi a companhias afiliadas à Enron a partir de 1993. Os republicanos dizem que esses números mostram que a Enron buscou e recebeu ajuda de Washington muito antes da posse de George W. Bush e que a administração Clinton ajudou entusiasticamente a Enron na sua expansão global na década de 90. (New York Times-21.02.2002)

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10- Riscos de suspensão de fornecimento não existem por ora no Chile

A Comissão Nacional de Energia (CNE) chilena descartou por completo a possibilidade de realizar cortes elétricos no Sistema Interconectado Central e aos clientes residenciais de gás natural, com o restabelecimento dos 100% de fornecimento proveniente da Argentina. Isto implica que as empresas elétricas chilenas que usam gás natural e as empresas distribuidoras ficam livres de limites de consumo, e portanto, se elimina por ora o risco de restrições de abastecimento elétrico ou de gás natural por red. A CNE confirmou que às 15:30 de ontem, a TGN, empresa encarregada de transportar o gás desde Neuquén notificou a GasAndes, que distribui gás à AESGener, Endesa, Colbún, Energas, Metrogas e GasValpo a normalização do fornecimento desde LaMora, na Argentina. (Estrategia-21.02.2002)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Ana Clara Cruz, Fernando Fernandes, Pedro Furley, Rodrigo Rötzsch e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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