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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 820 - 19 de fevereiro de 2002
Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Congresso brasileiro investiga Enron

O Congresso Nacional decidiu investigar os reflexos da quebra da Enron, a maior da história dos Estados Unidos, no mercado de energia e gás brasileiro. Os deputados Walter Pinheiro (PT-BA) e Luciano Zica (PT-SP) conseguiram aprovar requerimento para que o ministro de Minas e Energia, José Jorge, dê explicações sobre o procedimento do governo federal quanto à situação dos negócios da Enron no mercado interno. José Jorge disse ao Jornal do Brasil que encaminhou o pedido de informações dos parlamentares para a Aneel. Dentro de alguns dias, segundo revelou o ministro, o documento seguirá para o Legislativo. Para Zica, a agência reguladora deve informar se aprovou empréstimos às empresas brasileiras das quais a Enron participa como acionista e se isso ocorreu após o anúncio da falência. (Jornal do Brasil-19.02.2002)

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2- Deputados acham que falência da Enron pode causar mais problemas ao setor elétrico brasileiro

Como a Enron tem participações em empresas de energia e gás no Brasil seria importante fazer o acompanhamento das conseqüências da falência da matriz. ''A falência da companhia americana Enron, mais do que surpreender o mercado de energia, pode causar mais problemas ao falido modelo do setor elétrico brasileiro e, conseqüentemente, impactar mais a crise de energia que assola o país e impõe pesados sofrimentos aos consumidores brasileiros'', afirmaram os deputados Luís Zica e Walter Pinheiro no requerimento em que solicitaram que o ministro José Jorge dê informações sobre a atuação da Enron no Brasil. (Jornal do Brasil-19.02.2002)

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3- Chefe do Departamento de Licenciamento Ambiental do Ibama rebate críticas

Leozildo Benjamim, chefe do Departamento de Licenciamento Ambiental do Ibama, queixou-se das críticas que o órgão vem recebendo por causa do suposto atraso na concessão das licenças. "O atraso não é nosso e sim das empresas responsáveis pelas obras", reafirmou, lembrando que os entraves burocráticos são menores se comparados com a falta de cumprimento pelas empresas das condições impostas pela legislação ambiental. O diretor rebateu ainda as acusações de que o Ibama estaria atrasando a entrega das licenças por influência da bancada federal de Mato Grosso do Sul. "Ora, que imbecilidade. Temos recebido vários telefonemas de deputados, senadores e até do próprio governador do Estado para que a licença seja expedida. Não sei de onde saiu essa coisa absurda", afirmou. (Correio do Estado - 19/02/2002)

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risco e racionamento

1- Fim do racionamento será anunciado hoje

Os moradores dos Estados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste tomarão conhecimento, hoje, de quando acabará o sofrimento com o racionamento de energia imposto pelo governo federal há exatos 264 dias. O presidente Fernando Henrique Cardoso, durante reunião com assessores, no Palácio do Planalto, decidirá se a população poderá retomar o conforto amanhã ou se terá de aguardar até o fim do mês para fazer uso da luz elétrica sem as restrições do governo federal. Um dos motivos para tanta demora é que está em vigor uma resolução da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE) que estabelece as metas de consumo para fevereiro. A Advocacia-Geral da União (AGU) analisa se a medida poderia ser revogada. (Jornal do Brasil - 19/02/2002)

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2- FHC agradecerá apoio da sociedade ao racionamento

Os brasileiros não terão mais que conviver com racionamento de energia no dia 1º de março, depois de terem sido obrigados por nove meses a reduzir seu consumo de luz. O fim do racionamento será anunciado hoje à noite pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, num pronunciamento à nação que será transmitido em rede nacional de rádio e televisão. No pronunciamento, o presidente agradecerá mais uma vez a sociedade pelo apoio ao plano emergencial. Antes, Fernando Henrique participará de uma grande reunião no Palácio do Planalto, que deverá contar com a presença de sete ministros e em que a GCE apresentará o último balanço do racionamento e a situação dos reservatórios que abastecem as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. O fim do racionamento no próximo dia 28 facilitará o cálculo do valor do bônus e da sobretaxa devidos no período. Com o encerramento do programa, que começou em junho do ano passado, esses pagamentos devem ser extintos. (O Globo-19.02.2002)

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3- Nível de reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste permitiria ao país enfrentar pior ano de seca na sua história

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, que participou, ontem, da reunião preliminar da GCE, afirmou que o nível dos reservatórios no Sudeste e no Centro-Oeste já está acima do nível de segurança que permite o fim do racionamento. Segundo dados do ONS, os reservatórios das duas regiões apresentam uma folga de 3,22 pontos percentuais acima da margem de segurança estipulada pelos técnicos. Até domingo, a capacidade dos reservatórios estava em 56,43%. A meta do governo era chegar ao final de fevereiro em 54%. Acima dessa curva, o país pode enfrentar o pior ano de seca de sua história sem necessidade de usar a energia emergencial contratada das usinas termelétricas. José Jorge disse que amanhã, no máximo, o nível dos reservatórios do Nordeste deve atingir a curva de segurança. A capacidade está em 47,8%. Até domingo, faltava 0,4 ponto percentual para a região entrar na zona de folga. (O Globo-19.02.2002)

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4- Reservatórios do Sudeste têm 56,43% da capacidade

Os reservatórios das usinas hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste superaram a meta de 54% de água prevista para o fim deste mês. Ontem, balanço apresentado pelo ONS indicou que o conjunto de barragens estava com 56,43% de sua capacidade tomados pela água. Isso seria suficiente para o término imediato do racionamento. No Nordeste, os reservatórios chegaram a 47,80%, exato 0,20 ponto percentual abaixo da previsão. (Jornal do Brasil - 19/02/2002)

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5- Sem racionamento, agências voltam ao antigo horário

Com o fim do racionamento de energia, em 1 de março, o horário de atendimento dos bancos ao público deverá voltar ao que vigorava até maio. A mudança já está sendo discutida pela diretoria do Banco Central. A decisão final será tomada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que se reúne no dia 28. A redução do horário de atendimento nas agências - que passaram a abrir das 9h às 14h ou das 10h às 15h - e nos caixas eletrônicos - que passaram a fechar das 22h às 6h - foi adotada para facilitar o cumprimento da meta de economia de 20% de consumo de energia elétrica. Fora da situação excepcional do racionamento de energia elétrica, o BC determina que as agências bancárias fiquem abertas no mínimo por cinco horas para o atendimento ao público, mas não fixa horário de abertura e de fechamento, preferindo que os bancos se ajustem às necessidades da população de cada região do país. (O Globo - 19/02/2002)

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6- Nordeste deve atingir curva máxima de segurança amanhã

Os reservatórios que abastecem as usinas hidrelétricas do Nordeste estão a 0,41 ponto porcentual do limite de segurança definido pelo governo. Segundo o ONS, o nível das barragens na região chegou ontem a 47,8% da capacidade máxima. A expectativa do governo é a de que as águas das chuvas mais recentes cheguem aos reservatórios e que o nível de segurança seja alcançado amanhã, quando o presidente Fernando Henrique, em reunião com a GCE, decidirá a data do fim do racionamento. (O Estado de São Paulo-19.02.2002)

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7- Regiões sob racionamento estão consumindo abaixo da meta em fevereiro

Ontem o consumo nas regiões Sudeste e Centro-Oeste foi de 19.570 MW médios, para uma meta de 23.500 MW médios. A média gasta em energia nas duas regiões desde o início do mês está 5,88% abaixo da meta de consumo. No Nordeste, foram consumidos 4.820 MW médios, para uma meta de 5.400 MW. Do dia 1º a 17 de fevereiro, o gasto foi, em média, de 6,83% abaixo da meta. (O Estado de São Paulo-19.02.2002)

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8- Racionamento chega ao fim com perdas para concessionárias

As distribuidoras fazem as contas do período de racionamento e analisam as perspectivas de recuperação do mercado. A expectativa é que o retorno aos patamares de consumo de antes do racionamento aconteça em ritmo lento, devido à incorporação pela sociedade do conceito de racionalização e por causa dos investimentos das empresas em geração. Em Pernambuco, a economia acumulada registrada pela Celpe (holding Guaraniana) no racionamento foi de 16,9% com relação a maio, junho e julho de 2000. A perda de receita foi de R$ 160 mi. A empresa pagou R$ 30,5 mi em bônus e recolheu R$ 10,2 em sobretaxas. Desta diferença, R$ 10 mi foram cobertos pela União, restando R$ 10,3 mi de saldo a receber. Na Bahia, a Coelba - também da Guaraniana - registrou uma economia de 1,6 milhão de MWh, o equivalente a 24,19% da carga e que custaram à empresa uma redução de 30% na receita em 2001. (Gazeta Mercantil - 19/02/2002)

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9- Para governo, país está livre de escassez de energia por pelo menos quatro anos

Fontes do governo garantem que o país está livre de ameaças de escassez de energia pelo menos nos próximos quatro anos. Cálculos do Ministério de Minas e Energia contabilizam a entrada de novos 30 mil MW no sistema nesse período, o que seria suficiente para garantir o abastecimento. Essa energia viria de hidrelétricas, termelétricas, importação e das usinas emergenciais que estarão disponíveis até 2006. Por causa da crise, foi montado um sistema de acompanhamento de obras para garantir o cumprimento do cronograma .A partir de agora, o governo trabalhará com uma curva permanente de segurança para evitar ser surpreendido por uma nova crise das dimensões da atual. A curva considerará o conceito de aversão ao risco no despacho do sistema, o que significa poupar água dos reservatórios e acionar usinas termelétricas, a cada vez que for aceso o sinal amarelo dessa curva. A curva será acompanhada por períodos de dois anos. (Valor Econômico-19.02.2002)

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10- Nível dos reservatórios no começo do período seco preocupa analistas

Nove meses depois de implementado, o racionamento de energia está prestes a ter seu fim decretado pelo governo, mas a crise do setor elétrico está longe de terminar. Embora as chuvas tenham afastado a ameaça de apagões e recuperado em parte os reservatórios, o abastecimento energético para os próximos anos ainda causa dúvidas entre especialistas, que destacam a fragilidade do atual sistema. Apesar de as chuvas de verão terem elevado o nível dos reservatórios de 30%, em janeiro, para 56% em fevereiro, a curva de segurança do sistema ainda preocupa. Isso porque, nas décadas de 80 e 90, as represas iniciavam o verão com mais de 70% das suas reservas - o que dificilmente será atingido agora. Calcula-se que as usinas possam começar esse período seco - de maio a novembro, quando perdem 7% de seu nível a cada mês - próximas a 50%. Um patamar ainda longe do ideal.Além disso, o país, mesmo com a entrada de térmicas, continuará dependendo das chuvas para gerar energia por um longo tempo. E nada prevê com absoluta certeza de que elas virão com forte intensidade no próximo ano. (Valor Econômico-19.02.2002)

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11- Afonso Henriques e José Goldemberg são favoráveis à manutenção de racionamento parcial

"O cenário de abastecimento para 2003 é incerto. Nesse quadro, o mais importante é olhar as futuras gerações e não as próximas eleições", afirma o ex-secretário de Energia do governo, Afonso Henriques Moreira Santos. Para ele, o governo deveria manter o racionamento em alguns segmentos da sociedade, para manter elevado o nível dos reservatórios e reduzir o risco de escassez do insumo nos próximos anos.Opinião compartilhada por José Goldemberg, professor da USP e secretário paulista de Meio-Ambiente. "A decisão do governo é prematura, ainda mais que pode dar a falsa impressão de que a crise de energia está completamente solucionada, o que está longe de ser verdade."Os dois especialistas estiveram presentes ontem, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no seminário "Sustentabilidade na geração e uso de energia no Brasil: os próximos vinte anos". (Valor Econômico-19.02.2002)

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12- Governo espera retração espontânea de 7% no consumo após racionamento

Mesmo com o fim oficial do racionamento, o consumo de energia não deverá voltar aos patamares verificados antes da crise. O governo espera retração espontânea de 7% no consumo, como resultado de novos hábitos adquiridos pela população nos nove meses de restrição, quando foi obrigada a reduzir em 20% o consumo de energia. O fim do racionamento não encerra o debate sobre a questão energética. A maior parte das 33 medidas definidas pelo governo para revitalizar o setor e voltar a atrair investimentos ainda precisa ser implementada. Grupos de trabalho já estão detalhando as medidas para que a implementação ocorra até julho. A GCE deve ser mantida até lá.Para as concessionárias de energia, o racionamento acabou sendo uma espécie de mal que vem para o bem. Por causa da crise, elas conseguiram que o governo solucionasse antigos gargalos do setor. O governo decidiu, por exemplo, remunerar os custos não-gerenciáveis das empresas, uma questão que já estava sendo discutida na Justiça. (Valor Econômico-19.02.2002)

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13- Ministro defende fim do racionamento só em março

Para o ministro José Jorge (Minas e Energia), o racionamento de energia deveria acabar no dia 1º de março. Segundo ele, as duas propostas mais fortes analisadas pela Câmara de Gestão da Crise de Energia são de encerrar o programa nos dias 20 deste mês ou só no início de março. Sobre a possibilidade de outra data, ou do fim retroativo do racionamento em fevereiro, José Jorge disse que há muitos técnicos, com muitas propostas, e que é difícil saber qual será a decisão final do governo. Depois do Sudeste/Centro-Oeste, é a vez dos reservatórios do Nordeste atingirem o nível mínimo para sair do racionamento. Segundo o ministro, isso deve ocorrer ainda hoje, um dia antes de o presidente decretar o fim do racionamento. Pelos dados do NOS, os reservatórios do Nordeste estão com 47,8% da sua capacidade, 0,4 ponto percentual abaixo do nível que permite à região sair do racionamento. (Estado de Minas - 19/02/2002)

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14- Capacidade média dos reservatórios ainda é insatisfatória em Minas

A Cemig divulgou ontem o nível atual dos principais reservatórios do Estado: Três Marias (46,3%), Camargos (41,3%), Furnas (58,6%), Nova Ponte (36,8%), Emborcação (38,6%) e São Simão (92%). Há um ano, os níveis eram, respectivamente, de 37,3%, 33%, 23,7%, 19,6%, 27,2% e 56,8%. Apesar da evolução dos percentuais, a capacidade ainda não pode ser considerada satisfatória. Conforme uma fonte do setor, em anos anteriores ao racionamento energético, a capacidade média dos reservatórios após o fim do período de chuva, que termina em abril, variava de 80% a 90% de seu volume máximo. Como o nível das chuvas já está em fase decrescente - o período mais intenso vai de dezembro a fevereiro - pode-se concluir que os níveis de água anteriores ao racionamento dificilmente serão atingidos. Outros dados relativos à questão energética só deverão ser anunciados após a formalização do fim do racionamento. (Hoje em Dia - 19/02/2002)

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15- Sobradinho atinge nível seguro

O reservatório de Sobradinho já atingiu o nível mínimo necessário para sair do racionamento de energia. Ontem, a represa estava com 47,8% de sua capacidade, faltando apenas 0,4 ponto percentual para atingir o limite da curva-guia superior estabelecido pelo ONS. A última leitura do volume de água do reservatório foi realizada nesta madrugada e será divulgada hoje pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). Sobradinho é o terceiro reservatório a alcançar a margem segura para deixar o racionamento, após aqueles localizados no Sudeste e Centro-Oeste. O nível necessário estabelecido pelo ONS é de 48,2% de sua capacidade. Ao contrário do que acontecia no período seco, a represa está registrando maior acúmulo do que saída de água. Na última semana, o acréscimo verificado foi equivalente a 0,6% ao dia. (Correio da Bahia - 19/02/2002)

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16- Reservatórios do Nordeste garantem abastecimento até novembro segundo governo

No domingo, os reservatórios que abastecem as usinas hidrelétricas do Nordeste estavam a apenas 0,41% do limite de segurança que, segundo o governo, garantirá o abastecimento de energia ao longo do ano até o início do período chuvoso, em novembro, sem a necessidade de se recorrer às usinas térmicas de emergência. Segundo o ONS, o nível das barragens na região chegou a 47,80% da capacidade máxima. A expectativa do governo é de que as águas das chuvas mais recentes cheguem aos reservatórios da região e que o nível de segurança seja alcançado hoje. (Folha do Povo - 19/02/2002)

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17- Cerj economiza 1% de energia durante o horário de verão

Durante os quatro meses de horário de verão, a Cerj teve uma economia de 1% no consumo de energia elétrica. Este percentual é equivalente a 28 mil MWh ou, aproximadamente, a um dia de consumo em toda área de concessão da distribuidora, que fornece energia para 1,7 milhão de clientes em 66 municípios. A redução do consumo de energia verificada nas regiões e estados em que vigorou o horário de verão ficou abaixo das expectativas do governo. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste foi aferida uma economia de 0,7%, equivalente a 200 MW médios, enquanto as projeções oficiais apontavam para uma diminuição de 0,9%. Já na região Nordeste, a redução chegou a 0,6%, abaixo dos 0,7% previstos pelo governo. (Canal Energia - 19/02/2002)

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18- Para Goldemberg, apagão de janeiro é prova de fragilidade do modelo

Para o secretário paulista de Meio-Ambiente, José Goldemberg, o apagão que atingiu o país em janeiro é a prova da fragilidade do modelo elétrico e de que faltam soluções estruturais. "As usinas do Sul vertem água, já que não há linhas de transmissão suficientes para outras regiões. Problema que ainda não foi resolvido." (Valor Econômico-19.02.2002)

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19- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Grandes encomendas para energia eólica

Uma única encomenda vai ocupar nos próximos anos boa parte da capacidade da fábrica de aerogeradores da Wobben , inaugurada ontem no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, a 63 quilômetros de Fortaleza. A espanhola Guascor assinou contrato de compra de equipamentos para implantar parques eólicos, num investimento que pode chegar a US$ 400 mi. A meta da empresa é instalar 350 MW de energia até 2007, em vários estados. Na prática, os projetos vão requisitar, em cinco anos, cerca de 500 aerogeradores (equipamentos que transformam a força dos ventos em eletricidade), o equivalente a 60% da capacidade produtiva da Wobben no Pecém. 'Podemos elevar essa produção, mas essa é a capacidade em condições normais', observa Pedro Vial, diretor-superintendente da Wobben, subsidiária do grupo alemão Enercon , que já opera uma unidade similar em Sorocaba (SP). A Wobben já opera três parques no estado, atendendo cerca de 150 mil pessoas, além de outro em Palmas (PR).(Gazeta Mercantil - 19/02/2002)

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2- Elétricas freiam construção de novas usinas

Muitas elétricas começam a rever suas estratégias comerciais. Com medo de um excesso de oferta no curto prazo, o que derrubaria os preços do insumo, muitas empresas tiram o pé do acelerador para a construção de novas usinas. À espera de um cenário mais claro, alguns discutem também o "mix" entre térmicas e hidrelétricas a ser ofertado ao mercado."Com o risco regulatório ainda presente na área e as incertezas, seria mais acertado manter o racionamento", afirma Afonso Henriques. Para crescer 4% ao ano, calcula-se que seria preciso agregar 4 mil MW anuais ao sistema energético do país - o que teria custos de cerca de US$ 4 bi. (Valor Econômico-19.02.2002)

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3- Cemig investe em pesquisa para melhorar processos operacionais

A Cemig investirá este ano cerca de R$ 10 mi em projetos de pesquisa e desenvolvimento no setor de energia elétrica, o que equivale a 0,5% de sua receita líquida, conforme determina a Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000. Parte dos investimentos será destinada a projetos antigos, mas em continuidade - como o de célula a combustível de polímero condutor iônico -, enquanto uma outra parcela vai ser encaminhada a novos trabalhos de pesquisa. Ao todo, mais de 50 projetos da distribuidora, apresentados durante uma audiência pública em setembro de 2001, serão beneficiados com a aplicação dos recursos. O desenvolvimento de uma liga especial para cabos de distribuição e a construção de um laboratório para a criação de hidrogênio eletrolítico utilizado na geração de energia nas horas de pico são dois dos principais projetos que começarão a ser trabalhados em 2002, sob a supervisão da Aneel. (Canal Energia - 19/02/2002)

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financiamento

1- Volatilidade muda a estratégia das elétricas

A venda das sobras de energia no MAE deixou de ser uma operação vantajosa na semana passada. O preço do MWh, que em janeiro era R$ 336, baixou para R$ 9,25 na quarta-feira e ontem atingiu patamar ainda mais baixo, de R$ 5,42 nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Essa queda provocou mudanças na estratégia das empresas com relação à venda de energia. As distribuidoras elétricas começam a buscar contratos bilaterais fechados diretamente com os clientes, a preços fixos; e as geradoras ameaçam parar a produção. (Valor - 19/02/2002)

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2- Copel prefere vender seu excedente em contratos bilaterais

As distribuidoras de energia também começam a traçar planos para ficarem menos expostas à volatilidade do MAE. As empresas mais conservadoras, como a Copel, preferem vender seu excedente em contratos bilaterais firmados com grandes consumidores de energia. "A Copel é uma empresa auto-suficiente em energia. E parte das sobras do que ela produz está contratada com grandes consumidores que eram atendidos por outras concessionárias de energia", explica o gerente de análise da Sudameris Corretora, Marcos Severine.No último ano, a paranaense Copel 'roubou' da Bandeirante e da Elektro, concessionárias paulistas, o direito ao fornecimento de energia para a Carbocloro e a Volkswagen, respectivamente. (Valor Econômico-19.02.2002)

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3- Para Analistas, preços do MAE tornarão a subir a médio prazo

Segundo o gerente de análise da Sudameris Corretora, Marcos Severine, o atual cenário mostra que haverá escassez elétrica no médio e longo prazo, ocasionando nova alta de preços no MAE. Entretanto, ele explica que deve ser levada em consideração a nova metodologia de formação de preços que foi colocada em audiência pública pela Aneel. (Valor Econômico-19.02.2002)

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4- Assembléia da Abraceel escolhe novo presidente

A Abraceel (Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica) realiza assembléia para eleger o novo presidente da entidade. A eleição acontecerá na próxima terça-feira, dia 19 de fevereiro, na própria sede da associação, em Brasília. Atualmente, o cargo é ocupado por Wálfrido Ávila, presidente da Tradener. (Canal Energia - 19/02/2002)

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financiamento

1- Balança é positiva em US$ 100 mi no mês de fevereiro

Com exportações de US$ 471 mi e importações de US$ 502 mi, a balança comercial registrou déficit de US$ 31 milhões na terceira semana de fevereiro, de apenas três dias úteis. No mês, o resultado da balança ainda é positivo em US$ 100 mi, com vendas ao exterior no valor de US$ 1,722 bi e compras de US$ 1,622 bi. No acumulado do ano, o superávit caiu para US$ 275 milhões, com exportações de US$ 5,694 bi e importações de US$ 5,419 bi. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Na comparação com janeiro, o comércio do Brasil com a Argentina continuou apresentando recuperação. A média diária das exportações totais em fevereiro é de US$ 191,3 mi, o que representa uma queda de 15,7% se comparada à média apurada em igual mês do ano passado, que foi de US$ 226,8 mi. Houve redução de vendas nos três segmentos. Em relação a janeiro, no entanto, quando a média diária de exportações atingiu US$ 180,5 mi, houve aumento de 6%. As exportações para a Argentina cresceram 13,8% nesta comparação. No lado das importações, a média diária foi de US$ 180,2 mi em fevereiro, o que resulta numa retração de 19% em relação à média de US$ 222,5 mi de igual mês de 2001. (Gazeta Mercantil - 19/02/2002)

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2- Mercado espera corte nos juros, mas só em março

Na véspera da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), os profissionais do mercado financeiro estão otimistas com a possibilidade de corte nos juros básicos da economia. O recuo da inflação nas primeiras prévias de janeiro e dados que indicam sinais de arrefecimento na velocidade de recuperação da atividade econômica poderiam gerar um ambiente favorável ao corte de juros. Mas o conservadorismo do Banco Central (BC), que prefere aguardar sinais concretos de queda inflação, pode postergar para a próxima reunião, em março, a esperada redução dos juros básicos da economia. (Gazeta Mercantil - 19/02/2002)

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3- Projeções estão abaixo dos juros básicos da economia

As projeções dos contratos de juros negociados na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) entre março e julho já estão abaixo dos juros básicos da economia, de 19% ao ano. O contrato de março passou de 18,92% para 18,93% ao ano. Os juros para abril saíram de 18,84% para 18,85% ao ano. A taxa para julho passou de 18,82% para 18,78% ao ano. O Copom se reúne hoje para discutir o cenário macroeconômico e os impactos para a inflação. A meta de inflação para este ano é de 3,5% com a variação de dois pontos percentuais. Amanhã, após o fechamento do mercado financeiro, os diretores do BC anunciam a trajetória dos juros básicos da economia que vai vigorar até março. (Gazeta Mercantil - 19/02/2002)

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4- Fundos ficam fora do leilão de títulos cambiais

Os fundos de investimento ficaram mais uma vez fora do leilão de títulos cambiais realizado ontem pelo Tesouro Nacional. A ausência na venda dos papéis ocorreu porque os fundos estão reestruturando a contabilização dos títulos que têm em carteira. Na sexta-feira, o BC anunciou novas regras para os fundos fazerem a 'marcação a mercado'. Na prática, os gestores terão de atualizar diariamente o valor dos papéis públicos ou privados que têm em carteira. O problema é que os gestores compraram títulos cambiais com taxas mais altas que as negociadas agora. Se fizerem a marcação a mercado, o valor dos papéis cairá e diminuirá a rentabilidade das carteiras. Os fundos que por característica são obrigados a ter baixa volatilidade podem ficar prejudicados com a marcação a mercado. 'Pela própria característica de suas carteiras, muitos fundos de investimento tiveram de ficar fora do leilão', disse o diretor de tesouraria do Banco Fator , Sérgio Machado. (Gazeta Mercantil - 19/02/2002)

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5- Dólar comercial abre com alta de 0,08% e sai a R$ 2,437 para venda

O dólar comercial abriu as operações de hoje, 19/02/2002, cotado a R$ 2,427 para compra e R$ 2,437 para venda, com ligeira alta de 0,08% ante o fechamento de segunda-feira. Ontem, o feriado nos Estados Unidos e a falta de notícias decisivas sobre a Argentina tiraram o rumo do mercado cambial. O dólar comercial, que operou estável na maior parte do dia, fechou com 0,32% de alta, cotado a R$ 2,4330 na compra e a R$ 2,4350 na venda. (Valor - 19/02/2002)

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gás e termoelétricas

1- Petrobras quer distribuir energia

O presidente da Petrobras, Francisco Gros está convencido de que o diretor-geral da ANP, embaixador Sebastião do Rego Barros, não é contrário à aquisição por parte da Petrobras dos ativos da Enron nas distribuidoras de energia do estado do Rio CEG e CEG-Rio , enquanto a estatal mantiver o controle do Gasoduto Bolívia-Brasil ( Gasbol ). Atualmente a Petrobras detém 51% das ações da Gasbol.Gros e Rego Barros se reuniram ontem, na sede da ANP, no Rio para tratar de questões relativas ao gás natural. O diretor da ANP preferiu não comentar o conteúdo da conversa mantida na reunião. A Petrobras está em fase final de negociação com os gestores da concordatária Enron para compra de seus ativos na distribuição de energia no estado do Rio de Janeiro. No entanto a estatal precisa de um parecer favorável dos órgãos de defesa do consumidor para poder concretizar o negócio. (Gazeta Mercantil - 19/02/2002)

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2- Petros aplicará R$ 75,6 mi em térmicas

A Petros, o fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, vai aplicar R$ 75,6 mi em duas novas usinas térmicas, a de Fortaleza, que receberá R$ 52,4 mi e a de Macaíba, no Rio Grande do Norte, que terá R$ 23,2 mi. Segundo informou a Petros, esta sua carteira de projetos garantiu a maior rentabilidade em 2001, com um crescimento de 148% da meta atuarial. A usina de Fortaleza poderá gerar 150 MW e a de Macaíba, vai produzir 48 MW de energia elétrica. As duas térmicas já estão em obras e devem iniciar suas operações em julho próximo. As usinas deverão fornecer energia para CBEE, segundo contratos já assinados. (O Estado de São Paulo-19.02.2002)

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3- Baixo preço do MWh não pagam o custo de operação

Para a El Paso Energy, os valores atuais do MWh não pagam o custo de operação da sua termelétrica, Macaé Merchant, no Rio. "Para colocar a usina em funcionamento nós temos um custo entre R$ 9 e R$ 10 por MWh, sem contar a compra do gás" disse o vice-presidente da companhia, Eduardo Karrer. Ele afirma que os preços no MAE não poderiam ter baixado tanto, já que o governo ainda não decretou oficialmente o fim do racionamento. "Tecnicamente, a remuneração teria de estar sendo feita pelo custo de operação da térmica mais cara", disse. Hoje, a térmica Macaé Merchant tem capacidade de produção de 512 MW e está gerando energia por força de um despacho do ONS. Nesse caso, recebe como remuneração os encargos do sistema elétrico bancado pelas empresas, que leva em consideração o seu custo de operação e manutenção, incluído o gasto com o gás natural. "Quando o ONS não determinar mais esse despacho, a energia será vendida pelo preço oficial do MAE", diz Karrer. (Valor - 19/02/2002)

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4- Usina emergencial terá custo mensal de R$ 2,4 mi

Mesmo parada, a primeira usina do programa de energia termelétrica emergencial, inaugurada em Tubarão, Vitória, terá um custo para o contribuinte do sistema interligado da Eletrobras de R$ 2,4 mi por mês. Esse valor poderá se elevar à casa R$ 8 mi, caso a unidade seja acionada, também durante o período de um mês, pelo ONS. O cálculo dos custos é do diretor de Energia da CBEE, Rui da Justa Feijão. A fatura dessa conta - o chamado seguro apagão -, só começa a chegar no endereço dos contribuintes a partir de abril, segundo a CBEE. Para gerar, 2.153,6 MW, o Ministério das Minas e Energia atraiu o setor privado, garantindo não só a compra da energia que venha a ser produzida, assim como o custo da unidade que ficará parada à disposição do poder público até dezembro de 2005. Os contratos entre a CBEE e o setor privado somam R$ 16 bi. A conta será rateada entre os contribuintes do sistema interligado da Eletrobrás no País - exceção feita ao segmento classificado como baixa renda por cada distribuidora nos estados. (Gazeta Mercantil - 19/02/2002)

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5- Licença da usina de Corumbá sai só na próxima semana

O Ibama informou ontem que a licença ambiental para instalação da termoelétrica de Corumbá só será liberada na semana que vem. Havia expectativa de que o documento fosse expedido hoje, 19/02/2002, mas até ontem à tarde a empresa responsável pela obra não tinha cumprido duas exigências - não divulgadas - para que a licença fosse expedida. "Estamos trabalhando em cima do projeto para que a licença saia o mais rápido possível, provavelmente, na semana que vem", disse Leozildo Benjamim, chefe do Departamento de Licenciamento Ambiental do Ibama. "No entanto, enquanto as exigências não forem cumpridas nada podemos fazer". De acordo com o diretor, o presidente do órgão, Hamilton Casara, pediu prioridade na análise dos pedidos relativos a licenciamento ambiental para termoelétricas. (Correio do Estado - 19/02/2002)

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internacional

1- Isolux ganha contrato de US$65mi da CFE

A CFE, empresa estatal de energia do México, firmou um contrato de US$65mi com a subsidiária local da Isolux, da Espanha, para construção de quatro subestações de 230kV, alimentadores e duas linhas de transmissão que somam 361km, segundo comunicado da CFE. As linhas, uma de 400kV e outra de 230kV, devem ser finalizadas dentro de 540 dias a partir de 7 de fevereiro deste ano e ficam nos estados de Chihuahua, Zacatecas e Aguascalientes. A Isolux está trabalhando agora em quatro projetos para a CFE, com um investimento total de US$400mi, segundo o diretor de projetos de investimento financiado da CFE, Eugenio Laris. Os projetos englobam a construção de 15 linhas de transmissão, 26 subestações e 110 alimentadores. (Business News Americas-19.02.2002)

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2- Campanha publicitária custa US$ 19,6 mi aos cofres da EON e traz poucos clientes

A campanha publicitária " mix it baby", conduzida pela companhia energética alemã EON custou aos cofres da firma cerca de US$ 19,6 mi, de acordo com estimativas da revista " Der Spiegel". Estima-se que a campanha, que estrelou Arnold Schwarznegger e os clubes de futebol Bayern de Munique e Borussia Dortmund tenha trazido cerca de 1.100 novos clientes para a firma- o que significa que cada novo cliente custou a companhia cerca de US$ 17.500. Ou seja, se tivesse uma margem de lucro de cerca de 3% e com a conta elétrica média custando cerca de US$ 38,4 , a EON teria que fornecer os novos clientes por mais de 1.291 anos com a energia mista para recuperar os gastos com a campanha publicitária. (Platts-19.02.2002)

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3- Ex-funcionária da Enron diz que problema da contabilidade da Enron não foi método, e sim falta de transparência

Uma executiva da Dynegy que trabalhou na Enron disse que o uso dos métodos mark-to-market não foi o problema da contabilidade da firma, mas sim a falta de uma transparência clara e consistente. Margaret Nollen, que deixou a Enron para ir trabalhar na Dynegy em 1998, disse que a contabilidade normal tem mais oportunidades para ser fraudada e manipulada. O presidente da Dynegy Europe, Gary Cardone, disse que quando a companhia contratou Nollen, ela lhes disse que eles tinham que fazer aquilo que a Enron não estava fazendo: serem transparentes. A maior transparência solicitada para contabilidade no setor de energia no mês passado pela Câmara de Comércio para os relatórios de 2001 será maravilhosa para os investidores, disse Nollen, mas tem que ser consistentemente aplicada para todos no mercado, e não apenas as companhias de energia. (Platts-19.02.2002)

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4- Enron e J.P. Morgan usaram negócios de gás com companhias estrangeiras para fraudar contabilidade

A Enron parece ter usado os negócios de gás natural com uma série de companhias estrangeiras ligadas à J.P. Morgan Chase para retirar dos seus registros milhões de dólares em empréstimos, de acordo com registros das transações e experts da indústria de energia. Os registros, muito dos quais eram mantidos no exterior e não haviam sido revelados anteriormente, indicam que muitos dos negócios não teriam envolvido nenhum fornecimento de gás; analistas dizem que o padrão dos negócios sugere que o propósito dos acordos foi disfarçar empréstimos bancários. No total, a Enron se beneficiou das regras de contabilidade para evitar relatar US$ 3.9 bi no seu balanço patrimonial na década que antecedeu seu colapso. Companhias de seguro que editaram apólices para as trocas de gás- para limitar os riscos de que o gás não fosse entregue- dizem que a Enron e a Morgan disfarçaram a verdadeira natureza dos negócios, que agora estão lhes forçando a pagar cerca de US$ 1 bi nas transações negociadas. (New York Times-19.02.2002)

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5- Investigações do caso Enron agora se focam em Wall Street

Os investigadores do Congresso que se preocuparam com o papel dos funcionários da Arthur Andersen e da Enron na quebra da Segunda, estão ampliando o escopo de sua investigação e agora estão se focando em Wall Street e no papel que o setor financeiro teve na ascensão e na queda da firma. Líderes democratas do Senado colocaram a relação da Enron com Wall Street e potenciais conflitos de interesse no topo de uma agenda de investigação do colapso da firma. Os inquéritos do Congresso, ainda em estágio inicial irão averiguar como as firmas de Wall Street estruturaram e venderam as sociedades limitadas da Enron. Também irão investigar em detalhes porque firmas de Wall Street recomendavam que os investidores comprassem ações da Enron enquanto tinham informações da condição financeira combalida da companhia. O senador Byron Dorgan disse que o Congresso quer saber se firmas de Wall Street tinham um interesse vedado em inflar o valor acionário da Enron. (New York Times-19.02.2002)

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6- Companhias energéticas concordam que deve haver mais transparência no setor

As companhias energéticas cujos principais líderes se reuniram semana passada na Conferência Anual da Cambridge Energy Research Associates concordaram que a queda da Enron mitigou a confiança do público, dos investidores e dos políticos no setor. Marce Fuller, presidente da Mirant, usou o exemplo de sua companhia, que perdeu 60% do seu valor acionário desde dezembro de 2002 como exemplo da situação. Fuller disse que hoje a Mirant está lidando com mercados de capital que estão efetivamente fechados para a companhia. O chefe de gerenciamento de risco da Williams, Blake Herndon, disse que as companhias energéticas estão agora em um mercado onde são culpadas até que se prove sua inocência. Os executivos presentes na conferência concordaram que é necessário que o novo modelo para o setor seja mais transparente do que o anterior, que agora é comparado a uma caixa-preta. O presidente da El Paso, Ralph Eads, resumiu: " Registrar o que você fez, e entender o valor disso, é um processo complicado e um que estabelecemos como prioridade máxima." (Financial Times-19.02.2002)

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7- Primeiro-ministro da Finlândia se pronuncia contra fim da energia nuclear na União Européia

A União Européia tem que preservar a opção de contar como energia nuclear como parte de sua energia mista se não quiser se tornar um fóssil, disse o primeiro-ministro finlandês Paavo Liponnen. Liponnen acusou outros estados membros da UE de imporem um imperialismo energético nos país da Europa do Leste e central que estão tentando se afiliar à União. O premier finlandês também alertou que a dependência excessiva do gás natural importado da Rússia inevitavelmente levaria a aumento de preços. Liponnen, cujo governo decidiu construir um quinto reator nuclear, foi agudamente crítico de colegas social-democratas em outros países da UE por representarem os interesses fossilizados das grandes companhias de energia. A Finlândia é o único país na União Européia que considera atualmente a construção de uma usina nuclear. Liponnen disse que a Finlândia optou pela diversidade de energia, pois a Europa está ficando muito dependente da energia importada. (Financial Times-19.02.2002)

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8- EdF pode recuar na oposição à liberalização de energia na União Européia

A Electricité de France, estatal francesa de energia, está preparada para recuar na sua oposição à cruzada da Comissão Européia pela liberalização de energia na União Européia. O recuo poderia ajudar que a UE conseguisse um avanço na cimeira de Barcelona, no próximo mês, onde a reforma será discutida. A posição da EdF colocaria pressão no governo francês, que até o momento tem resistido às propostas da Comissão para a liberalização. A companhia, maior grupo elétrico do mundo, disse que estaria preparado para a competição no mercado dos usuários comerciais- uma idéia desenvolvida por Bruxelas para quebrar um impasse de um ano em propostas de escopo mais amplo. Até agora, a EdF ainda não declarou que pode aceitar as mudanças propostas pela Comissão. A posição oficial da firma é de que antes da liberalização européia acontecer, o estado do mercado alemão tem que se assentar. (Financial Times-19.02.2002)

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9- Portugal registra o maior aumento no consumo de gás natural

Dentro do conjunto de países da Europa Ocidental, Portugal foi o que registou o maior acréscimo (15,1%) no consumo de gás natural em 2001, revelou hoje a Eurogas. A confederação européia do gás divulgou hoje, em Bruxelas, dados preliminares sobre o consumo de gás natural em 2001, em comparação com 2000, que mostram que o mesmo registou um acréscimo de 2,5% no conjunto dos 20 países que pertencem à organização. Portugal é o país que registou maior aumento no consumo, logo seguido por Luxemburgo (14,4%), Hungria (10,2%) e Suécia (10,1%). Na origem desta evolução está, de acordo com a Eurogas, o aumento do número de consumidores, assim como, o arrefecimento do clima relativamente ao normal para a época. Estes fatores vieram compensar a redução verificada pela Eurogas no setor industrial, um decréscimo que ficou a dever-se ao arrefecimento da atividade econômica. (Diário Econômico-19.02.2002)

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10- Endesa vai ser multada em US$ 5.2 mi por apagões de dezembro na Catalunha

Com duas semanas de atraso sobre o calendário inicialmente fixado para as sanções e depois de ouvir as alegações da Endesa, o Governo catalão aprovará hoje na nova comissão delegada de Assuntos Econômicos uma multa à Endesa em torno de US$ 5.2 mi pelos apagões que aconteceram na Catalunha em dezembro, que deixaram um milhão de pessoas sem luz. A multa do governo catalão à Endesa é a primeira sanção dessas características imposta pela Administração espanhola desde que entrou em vigência a atual legislação baseada nos acordos entre o governo José María Aznar e as empresas em 1996 e ratificados mais tarde pela Lei Elétrica. Nos últimos anos, o fornecimento elétrico na Catalunha provocou protestos de diversos setores por sua baixa qualidade. A Endesa controla praticamente 100% do fornecimento na região. A multa é a primeira atitude menos pacifista do governo catalão perante à firma. (El País-19.02.2002)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Ana Clara Cruz, Fernando Fernandes, Pedro Furley, Rodrigo Rötzsch e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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