1- Mudanças no MME ocorrerão por etapas |
As mudanças previstas
na estrutura do Ministério de Minas e Energia para deixá-lo mais
forte após o racionamento devem ocorrer por etapas. O primeiro
passo pretendido pela pasta é instalar as três novas secretarias,
com a nomeação de seus titulares, antes do detalhamento das atribuições
de cada uma delas. O que parece um contra-senso é visto pelos
responsáveis pela reestruturação como estratégia para obter ganhos
qualitativos na nova estrutura organizacional da pasta. Os secretários
juntos poderiam discutir a redistribuição de funções que ocorrerá
com a mudança. Também ficaria mais fácil a definição das demais
pessoas da equipe. O Ministério das Minas e Energia já encaminhou
uma minuta de portaria ao Ministério do Planejamento propondo
a implementação por fases, mas não tinha recebido o sinal verde
até a sexta-feira. A intenção ainda é nomear os novos secretários
até o fim deste mês, segundo informações de uma fonte do ministério.
(Valor Econômico-18.02.2002)
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2- Pedro Parente manterá controle do setor até junho |
As rédeas do setor elétrico nacional continuarão sendo controladas
pelo ministro da Casa Civil, Pedro Parente, até junho, quando
ele acredita que as 33 medidas de revitalização deste segmento
já estejam em vigor. Em quase nove meses de racionamento, foi
sancionada uma lei e editadas oito medidas provisórias, 116 resoluções
e 129 circulares. Estes documentos produzidos pela GCE puderam
ao longo do tempo tornar mais flexível o consumo de energia para
clientes residenciais, industriais, comerciais e rurais. Para
fazer frente às perdas de receitas que as concessionárias tiveram
no racionamento, a GCE autorizou reajuste de 2,9% para as contas
dos consumidores residenciais e rurais e de 7,9% para as demais
classes de consumo. Os especialistas da GCE produziram desde documentos
que apontaram desde as causas da crise energética até as formas
de aumentar a oferta de energia a curto prazo. Segundo levantamento
feito pelo Comitê de Revitalização do Modelo do Setor Elétrico,
33 problemas devem ser equacionados dentro dos próximos quatro
meses. (Jornal do Brasil - 18/02/2002)
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3- Será criada Câmara de Energia |
Haverá na nova estrutura do MME uma Câmara de Energia. Terá, em
menor proporção, poderes semelhantes aos da Câmara de Gestão da
Crise de Energia Elétrica (GCE). O objetivo da Câmara é fazer
interface das políticas energéticas com as demais políticas do
governo e monitorar as condições de atendimento da demanda, as
políticas e os planos setoriais. Será criada ainda uma assessoria
econômica. A Secretaria de Mineração, que já existe na atual estrutura,
também deve ser reforçada, com a adoção de novas políticas de
desenvolvimento da indústria mineral. Consultores que trabalharam
na elaboração da nova estrutura constataram que o atual ministério
é concentrado nas atividades de energia e de mineração. (Valor
Econômico-18.02.2002)
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4- Sérgio Bajay pode ser secretário de Política e Planejamento
Energético |
Além da Secretaria de Petróleo e Gás, o "novo" Ministério das
Minas e Energia terá duas novas secretarias - uma de Política
e Planejamento Energético e outra de Energias Alternativas, Eficiência
Energética e Meio Ambiente. Pessoas próximas ao ministro José
Jorge defendem a indicação de Sérgio Bajay para ocupar o cargo
de secretário de Política e Planejamento. Professor da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), Bajay foi um dos principais responsáveis
pela elaboração do Plano Decenal como diretor do Departamento
Nacional de Política Energética. O departamento é vinculado hoje
à Secretaria de Energia e terá status próprio na nova estrutura.
No ministério, entende-se que a pouca atenção dada ao planejamento
nos últimos anos foi uma das razões da crise energética que levou
ao racionamento. (Valor Econômico-18.02.2002)
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5- Governo prepara um código do consumidor de energia |
O governo prepara um código do consumidor de energia, semelhante
ao que existe na telefonia. O novo código vai exigir das empresas
um atendimento mais eficiente com a instalação de postos para
atendimento pessoal ao público com limite de tempo para espera
na fila. O serviço de atendimento gratuito por telefone vai continuar,
mas as empresas terão que reforçar o número de pessoas para fazer
o atendimento. O governo também vai estabelecer multas pelo não
cumprimento do código. O blecaute serviu para o governo como uma
espécie de teste para avaliar a atuação das concessionárias no
atendimento ao usuário de energia. A conclusão foi que as empresas
não estão cumprindo este papel satisfatoriamente. (O Globo - 18/02/2002)
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6- Projeto da Aneel unifica ouvidorias |
A Aneel está desenvolvendo um projeto que prevê a unificação do
serviço de ouvidoria das agências estaduais conveniadas. O superintendente
de Mediação Administrativa da Aneel, Manoel Negrisoli, anunciou
que, em princípio, o projeto será testado, como projeto piloto,
no estado de Alagoas e em seguida no estado de Pernambuco. Até
o final deste ano, mais 12 Estados devem fechar contrato de unificação
com a Aneel. Manoel Negrisoli explicou que o sistema, além de
garantir um atendimento mais uniforme e qualificado ao consumidor,
deverá reduzir o custo da operação das ouvidorias pago pela Aneel,
levando em consideração que as agências conveniadas não precisarão
contratar o mesmo tipo de serviço. Negrisoli acrescentou que nada
mudará para o consumidor, que continuará ligando para o telefone
0800 da agência de seu estado, a quem caberá, inclusive, responder
às suas dúvidas. (Gazeta Online - 18/02/2002)
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7- Aneel determina devolução do Anexo 5 |
A Aneel publicou uma resolução na sexta-feira, às vésperas do
Carnaval, determinando que as elétricas retirem dos seus balanços
do segundo e terceiro trimestres os ganhos com o Anexo 5 dos contratos
iniciais. A subtração dessa receita vai impactar violentamente
nos resultados das empresas, já que as companhias vinham obtendo
lucros pífios, ou mesmo prejuízos, ao longo de 2001. A Eletropaulo,
por exemplo, obteve ganhos de R$ 577 mi com o Anexo 5 no período,
que terão que ser retirados da contabilização. O presidente da
distribuidora, Luiz David Travesso, disse que já esperava tal
determinação da agência, mas ainda não sabe se terá que republicá-los
ou se poderá fazer o ajuste no relatório do quarto e último trimestre
de 2001, que ainda não foi divulgado. Ele explica que não houve
ilegalidade na aplicação da cláusula, que estava prevista nos
contratos iniciais fechados com as geradoras. O superintendente
de fiscalização econômica e financeira da Aneel, Rodolfo Rufino,
disse que todas as 70 distribuidoras que assinaram o acordo com
o governo no fim do ano para ter direito ao aumento extraordinário
de tarifa e financiamento terão que abrir mão dessa receita. (Valor
- 14/02/2002)
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8- Liminar obriga novo cálculo de tarifas elétricas |
Em liminar assinada na sexta-feira, o juiz da 22 Vara da Justiça
Federal de São Paulo, Venilto Paulo Nunes Júnior, obriga a Aneel
a mudar a atual fórmula de cálculo das tarifas de energia. Nunes
Júnior quer que o cálculo passe a considerar as receitas que as
concessionárias estaduais podem obter com a venda de energia excedente
no MAE. A decisão do juiz vale para todo o país. "A Aneel tem
sido benevolente com as empresas distribuidoras de energia e incoerente
consigo própria", afirma o procurador Rodrigo Valdez de Oliveira,
autor da ação civil pública. A liminar garante a mudança da fórmula
de cálculo, mas o Ministério Público Federal quer ir além disso.
A mesma ação civil pública pede que sejam revistos todos os reajustes
de tarifas autorizados pela Aneel desde julho de 1999. Mas este
pedido só deve ser examinado pelo juiz quando for julgado o mérito
da ação. (O Globo - 14/02/2002)
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9- Aneel define normas para balanço das elétricas |
As distribuidoras de eletricidade deverão incluir como receita
operacional dos balanços de 2001, os recursos que vão entrar em
caixa, ao longo dos próximos anos, com o reajuste extraordinário
de tarifas autorizado pelo governo para compensar as perdas do
racionamento. Os mesmos valores também deverão constar do ativo
circulante e do realizável a longo prazo. Esta é uma das determinações
da Resolução n 72 da Aneel, publicada sexta-feira no Diário Oficial
da União. O documento estabelece um critério único de contabilização
para os valores resultantes do grande acordo do setor que, fechado
em dezembro de 2001 com intermediação da GCE, permitiu a recuperação
das perdas de faturamento derivadas do racionamento. Segundo Romeu
Donizete Rufino, superintendente de fiscalização econômica e financeira
da Aneel, a resolução 'deverá ser obedecida por todas as empresas
do setor que operam no mercado local, independentemente de serem
ou não de capital aberto no País'. (Gazeta Mercantil - 14/02/2002)
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10- Três pontos básicos nas normas para balanço das
distribuidoras |
O documento que define normas para balanço das distribuidoras
de eletricidade, publicado sexta-feira no Diário Oficial da União,
pode ser dividido em três grandes tópicos. O primeiro disciplina
a incorporação das receitas provenientes do reajuste tarifário
que compensa a perda de faturamento entre junho e dezembro de
2001. O segundo define o tratamento a ser dado aos chamados custos
não gerenciáveis das tarifas entre janeiro e 25 de outubro de
2001. Trata-se da chamada parcela A, que abrange, entre outros,
o impacto da variação cambial sobre a energia adquirida de Itaipu.
Finalmente, o terceiro trata das operações de compra de energia
elétrica no mercado livre. (Gazeta Mercantil - 14/02/2002)
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11- Aneel faz edição especial do Boletim Energia com
balanço de 2001 |
Até
o dia 21.02.2002, a Aneel estará distribuindo a edição especial
do Boletim Energia com o balanço do setor elétrico brasileiro. A
publicação registrará que, enquanto em 1998 a capacidade de geração
no Brasil era de 65.200 MW, no final de 2001 chegou a 74.987 MW,
provenientes das 1.045 usinas, entre hidrelétricas de médio e grande
porte, termelétricas, eólicas e Pequenas Centrais Hidrelétricas
(PCHs). O Boletim traz também dados consolidados do ano passado,
segundo os quais existem 58 usinas em construção e outras 242 concedidas
ou autorizadas pela Agência. (Aneel - 13.02.2002)
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1- Indenizações pelo apagão devem chegar a R$ 3 mi |
A Aneel calcula que as distribuidoras de energia terão que pagar
R$ 3 mi em indenizações aos consumidores que tiveram prejuízos
com o apagão ocorrido no dia 21 de janeiro, deixando 76 milhões
de pessoas no escuro em dez estados e no Distrito Federal. Somente
na semana do blecaute, provocado por um parafuso frouxo de um
dos cabos de transmissão da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira
até Araraquara, em São Paulo, a Aneel recebeu mais de cem mil
telefonemas com reclamações e pedidos de informações dos consumidores.
O valor das indenizações que serão pagas pelo blecaute deste ano
é o dobro do desembolsado pelas empresas no apagão de 1999 e,
segundo a Aneel, o aumento aconteceu porque a população está mais
consciente de seus direitos. - A notícia de que é possível ser
indenizado pelos prejuízos com queda de energia já começa a fazer
parte da cultura dos brasileiros - disse o Superintendente de
Mediação Administrativa Setorial da Aneel, Manoel Negrizoli. (O
Globo-18.02.2002)
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2- Governo está preparando código do consumidor de
energia |
O governo está preparando um código do consumidor de energia,
semelhante ao que existe na telefonia. O novo código vai exigir
das empresas um atendimento mais eficiente com a instalação de
postos para atendimento pessoal ao público com limite de tempo
para espera na fila. O serviço de atendimento gratuito por telefone
vai continuar, mas as empresas terão que reforçar o número de
pessoas para fazer o atendimento. O governo também vai estabelecer
multas pelo não cumprimento do código. O apagão serviu para o
governo como uma espécie de teste para avaliar a atuação das concessionárias
no atendimento ao usuário de energia. A conclusão foi que as empresas
não estão cumprindo este papel satisfatoriamente. - As concessionárias
conservaram a cultura das empresas estatais de não prestarem satisfação
ao público. É preciso mudar essa prática - disse Negrizoli. (O
Globo-18.02.2002)
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3- Aneel orienta clientes a recorrerem às concessionárias
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A Aneel está orientando os consumidores que tiverem algum aparelho
eletroeletrônico danificado pelo blecaute que entrem em contato
imediatamente com suas prestadoras de serviço, mesmo com a lei
garantindo um prazo de 90 dias para fazer a reclamação. O prazo,
no caso, expira no dia 21 de abril. Depois da entrada do pedido
de ressarcimento, a concessionária tem 30 dias para responder
se concorda ou não em pagar o conserto do bem. Normalmente a concessionária
exige um orçamento de três oficinas, ou apenas de uma, desde que
autorizada. Segundo o governo, o cliente deve exigir o número
do protocolo do processo que deu entrada na concessionária para
o caso de ter que recorrer à agência, se não concordar com o diagnóstico.
Só depois disso, se o cliente se sentir prejudicado, é que deve
ligar para a Aneel, responsável pela mediação de conflitos entre
consumidores e fornecedores de energia elétrica. - É preciso seguir
o rito normal. Esse rito tem que passar, obrigatoriamente, pela
concessionária. Não adianta ligar em primeiro lugar para a Agência
- disse Negrizoli. (O Globo-18.02.2002)
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4- Aneel acredita que concessionárias estão mais preparadas
para avaliar pedidos de ressarcimento |
No apagão de 1999, quando houve um problema na usina de Bauru,
em São Paulo, as prestadoras de serviço receberam 15 mil pedidos
de indenizações. Elas indeferiram 38,89% das solicitações. Agora,
a Aneel acredita que as prestadoras de serviços estão mais preparadas
para avaliar o que deve ou não ser ressarcido. A agência vem ministrando
cursos de treinamento para orientar o corpo técnico das concessionárias
neste sentido. O telefone da Aneel é 0800 612010. (O Globo-18.02.2002)
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5- Fim do racionamento deve ser retroativo a fevereiro
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Na solução que será apresentada hoje na reunião técnica do "ministério
do apagão", o racionamento teria acabado, na prática, no dia 31
de janeiro. Dessa forma, o presidente anunciaria amanhã o fim
"retroativo" do racionamento, e os consumidores não precisariam
esperar até março para ficar livres das restrições ao consumo
de energia elétrica. Essa foi a saída encontrada para evitar dificuldades
operacionais para as distribuidoras de energia. Se o racionamento
acabasse no dia 19 de fevereiro sem ser retroativa ao dia 1º,
um cálculo complicado teria que ser feito para apurar o pagamento
de bônus e a cobrança de sobretaxa. Na solução que será apresentada
ao presidente FHC, quem consumiu mais energia do que o permitido
em fevereiro não pagaria sobretaxa na conta que receberá no mês
de março. Em compensação, os consumidores que economizaram além
do necessário também ficariam sem o bônus. (Folha de São Paulo
- 18/02/2002)
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6- Fim do racionamento não é eleitoral, diz Parente
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O presidente da GCE, ministro Pedro Parente, informou, em nota
informativa distribuída no Palácio do Planalto, que a eventual
decisão da GCE de anunciar, dia 19, a suspensão do racionamento
de energia em todo o País estará tecnicamente fundamentada em
indicadores precisos fornecidos pelo ONS e avalizados pelo Núcleo
Executivo da GCE. Rebatendo alegações segundo as quais a suspensão
do racionamento seria precipitada e teria motivações eleitorais,
Parente, que se encontra na Europa realizando um ciclo de palestras,
disse que essas alegações possivelmente refletem falta de informação
ou má-fé. "Estamos absolutamente seguros do que estamos fazendo,
e eu assumo toda a responsabilidade pelo que for proposto ao presidente
da República", assegura Parente. "Eu nunca iria propor algo que
tivesse risco". O ministro reafirma, na nota, sua "irrestrita
confiança nas projeções do ONS, com respaldo na rigorosa aprecisão
dos dados que permitiram a definição, em maio de 2001, da curva-guia
de segurança que foi utilizada durante o restante do ano para
administrar a crise". (Estado de São Paulo - 18/02/2002)
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7- Ano eleitoral preocupa investidor em energia, diz
Parente |
Os investidores estrangeiros da área de energia elétrica estão
preocupados com a possibilidade de o ano eleitoral no Brasil causar
uma obstrução nos esforços do governo para reestruturar o setor,
segundo afirmou, em Londres, o coordenador da GCE, ministro Pedro
Parente. Parente participou de um almoço com investidores estrangeiros
do setor elétrico. "A percepção é de que as pessoas estão preocupadas
se as medidas serão implementadas por causa do ano eleitoral",
disse. Apesar da preocupação dos investidores, a opinião do ministro
é que os investimentos devem continuar fluindo para o país. "Não
acredito que as eleições possam atrapalhar os investimentos, que
são mais de médio e longo prazos", afirmou. Parente ponderou ainda
que as eleições não devem influenciar de forma significativa os
esforços para normalizar o fornecimento de energia elétrica no
país. "Nenhum partido correria o risco de deixar de lado um setor
tão importante", disse. (Folha de São Paulo - 18/02/2002)
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8- Conferência debate produção e uso de energia nos
próximos 20 anos |
A Academia Brasileira de Ciências e a Unicamp prepararam, para
a partir desta segunda-feira, 18/02/2002, até quarta-feira, 20/02/2002,
no Centro de Convenções da Unicamp, em Campinas (SP) a Conferência
Sustentabilidade na Geração e Uso de Energia no Brasil: os Próximos
Vinte Anos, que contará com especialistas brasileiros e de outros
países, buscando trazer a experiência internacional mas focalizando
problemas específicos do contexto nacional. A conferência foi
organizada para, extrapolando o caráter informativo, provocar
e explorar o intercâmbio de idéias entre o meio acadêmico, órgãos
governamentais e o setor produtivo. A seleção de temas e palestrantes
permite que a conferência constitua não só uma base para a prospecção
de tecnologias, como também, uma fonte de informações atualizadas
sobre sua adequação social e ambiental, além de econômica, ao
contexto brasileiro. O conteúdo poderá trazer uma contribuição
importante para uma concepção mais ampla do planejamento energético
no Brasil, buscando metas de sustentabilidade a médio e longo
prazo, avalia Isaias Macedo, assessor especial da reitoria. (Cruzeiro
do Sul - 18/02/2002)
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9- Redução de consumo no horário de verão foi inferior
a do ano passado |
Especialistas afirmam que o principal efeito do horário de verão
não é a economia de energia proporcionada, relativamente pequena,
mas a redução da demanda de carga nos horários de pico, reduzindo
as possibilidades de apagões. Nesta edição do horário de verão,
que terminou à meia-noite de sábado, a economia de energia nas
regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste foi de aproximadamente 0,7%
do consumo para o período. A redução de consumo foi inferior à
registrada no ano passado nas mesmas regiões, que foi de 1%. O
coordenador de projetos da Fundação Getúlio Vargas e ex-presidente
da Light (quando a empresa era estatal), Luiz Oswaldo Aranha,
afirma que as principais vantagens são para o sistema de transmissão
e distribuição nos horários de pico, que ficam menos sobrecarregados.
(Valor Econômico-18.02.2002)
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10- Consumo de energia caiu 7,8% no carnaval |
A Light informou que o consumo de energia em sua área de concessão
no estado do Rio de Janeiro caiu 7,8% no carnaval sobre a semana
anterior. No mês, o consumo está 9% abaixo da meta. Já na Região
dos Lagos, área da Cerj, o consumo caiu 11,5% no carnaval comparado
ao mesmo período de 2001. Nos 66 municípios atendidos pela Cerj,
a redução foi de 19,8%. (O Globo - 15/02/2002)
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11- Produtividade energética brasileira aumentou em
2001 |
No conjunto, a produtividade
energética da indústria brasileira aumentou em 2001, depois de
ter despencado 11% na década passada. A indústria produziu 1,1%
menos no período junho-outubro de 2001 em relação ao mesmo intervalo
do ano anterior. E fez isso com um corte de 14% no consumo de
energia, segundo dados dos boletins mensais de consumo de energia
elétrica da Eletrobrás. (Valor Econômico-18.02.2002)
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12- Interior paulista economizou 0,9% de energia no
horário de verão |
O mercado da CPFL - que atende 234 municípios do interior do Estado
de São Paulo - economizou 0,9% no horário especial de Verão, que
teve início no dia 14 de outubro e acabou a 0h deste sábado. Os
municípios que integram a área de concessão ca CPFL já estavam
economizando também uma média de 25% de energia elétrica, desde
que teve início o programa de redução no consumo de energia. A
economia registrada pela CPFL neste horário de verão é suficiente
para abastecer uma cidade como Campinas por um período de quase
nove dias. De acordo com o gerente do Departamento de Operação
do Sistema da companhia, Luís Henrique Ferreira Pinto, o volume
economizado corresponde exatamente ao que a empresa estava estimando
para este ano. "Com o racionamento incluso neste período ficou
difícil mensurar exatamente o que foi economizado. Em alguns casos
tivemos que fazer uma estimativa, pois a economia já vinha sendo
feita. Mas imaginávamos uma economia em torno de 1%", explicou.
(Diário do Povo-18.02.2002)
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13- Para CPFL, clima impediu economia maior |
O gerente do Departamento de Operação do Sistema da CPFL, LuísFerreira
Pinto disse que o pico de economia durante o horário de verão
foi registrado no ano de 2000, quando o mercado chegou a reduzir
o consumo em 1,26%. No entanto, em outros períodos a redução foi
abaixo de 0,9%. "Tudo depende das características do tempo. Este
ano deu menos, devido ao clima. Mas estes 0,9% é um número muito
bom e representa 56 mil GW/h e num momento em que o Brasil precisa
desta redução", ressaltou. (Diário do Povo-18.02.2002)
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14- Fim do racionamento ameaça a oferta de energia
no Nordeste |
Na avaliação de especialistas do setor elétrico, os critérios
políticos, e não técnicos, pautam a decisão do Governo Federal
de encerrar o racionamento no Nordeste, o que deixa a região sob
o risco, em 2002, de um novo período de economia forçada de eletricidade.
Entre os principais perigos apontados pelos especialistas estão
o fato de a maioria dos novos empreendimentos em geração só entrar
em operação entre 2003 e 2004, a falta de regulamentação em várias
áreas do setor, a atual situação dos reservatórios das hidrelétricas
e o aumento do consumo.`O Governo Federal tomou uma decisão política.
Anunciou antecipadamente, em janeiro, o iminente fim do racionamento
nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. Foi um momento de
euforia, que poderá ter um alto preço no Nordeste, onde a situação
do sistema elétrico ainda é delicada`, adverte o economista Alexandre
Rands, sócio da consultoria Datamétrica (Recife) e especialista
no setor elétrico. Para ele, se necessário, o Nordeste deveria
ficar um pouco mais sob racionamento - mesmo após o fim da economia
forçada em outras regiões - a fim de se afastar completamente
a possibilidade de nova crise em 2002. (Gazeta Mercantil - 18/02/2002)
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15- Secretário de Energia lamenta fim de horário de
verão |
Depois de 126 dias, termina à meia-noite deste sábado, o horário
de verão nos estados das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Roraima
e Tocantins. Este ano a medida durou uma semana a menos do que
o ano passado e três semanas a menos do que 1999. Para o secretário
estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio, Wagner
Victer, a redução do tempo se deve ao pensamento equivocado de
que o horário de verão tem só ganhos no setor de energia. 'Os
benefícios econômicos são muito grandes. O Rio de Janeiro é bastante
sensível ao horário de verão por ser litorâneo. Esse é um horário
tipicamente carioca', rebate Victer. Segundo o secretário, 91%
dos prefeitos do Estado do Rio gostariam que o horário de verão
fosse maior. 'O período é considerado como turístico e gera milhares
de empregos. O dia é 10% mais longo do que o normal e tem um ganho
econômico que supera o ganho energético', explica o secretário.
De acordo com Victer, o horário de verão possibilitou uma economia
geral de energia na faixa de 0,7% nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
'Este ano um dos principais benefícios do horário de verão, que
é a redução da demanda durante o chamado horário de pico, que
tradicionalmente fica na faixa de 5%, não se fez necessária visto
que estas cargas foram compulsoriamente reduzidas pelo racionamento
de energia', informou o secretário. (Gazeta Mercantil - 15/02/2002)
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16- Hidrelétricas desperdiçam água de reservatórios |
O racionamento vem levando nove usinas a jogarem água fora. Como
os geradores dessas unidades estão produzindo menos energia do
que poderiam pôr no mercado, hidrelétricas como Porto Primavera
e Jupiá (bacia do Rio Paraná) desperdiçam, juntas, 4.755 metros
cúbicos de água por segundo. A Itaipu Binacional tem jorrado 5.301
metros cúbicos por segundo. Isso está acontecendo, segundo dados
do ONS, em nove dos 27 grandes reservatórios do país. Na prática,
estas usinas deixam de produzir, em média, 10.056 MW - ou 40%
da carga necessária para as regiões Sudeste e Centro-Oeste. Em
nota, o ONS rebateu críticas e negou que haja desperdício de água.
As barragens do Sudeste e Centro-Oeste já atingiram o patamar
mínimo fixado pela GCE para acabar com o racionamento, em vigor
desde junho. A assinatura do decreto presidencial, no entanto,
foi agendado para terça-feira. Até lá, o presidente Fernando Henrique
Cardoso, o presidente da GCE, ministro Pedro Parente, e o ministro
de Minas e Energia, José Jorge, já estarão de volta de viagens
ao exterior. (Jornal do Brasil - 15/02/2002)
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17- Meta do setor público cai para 17,5% |
O governo divulgou, dia 14.02.2002, mais uma medida de abrandamento
do racionamento de energia, cujo término poderá ser divulgado
na próxima terça-feira. Desta vez, a Câmara de Gestão da Crise
de Energia reduziu pela metade a meta de economia dos órgãos da
Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional,
que passará de 35% para 17,5%, tendo por referência o mesmo mês
do ano 2000. O presidente Fernando Henrique Cardoso assinará publicará
amanhã, no Diário Oficial da União (D.O.), o decreto 4.131, formalizando
a redução do plano de contigenciamento do setor público, com exceção
das áreas consideradas essenciais - serviços de saúde, segurança,
transportes. (Gazeta Mercantil - 14/02/2002)
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18- Distribuidoras pagarão R$ 3 mi em indenizações |
A Aneel calcula que as distribuidoras de energia terão que pagar
R$ 3 mi em indenizações aos consumidores que tiveram prejuízos
com o blecaute ocorrido no dia 21 de janeiro, deixando 76 milhões
de pessoas no escuro em dez estados e no Distrito Federal. Somente
na semana do blecaute, provocado por um parafuso frouxo de um
dos cabos de transmissão da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira
até Araraquara, em São Paulo, a Aneel recebeu mais de cem mil
telefonemas com reclamações e pedidos de informações dos consumidores.
O valor das indenizações que serão pagas pelo blecaute deste ano
é o dobro do desembolsado pelas empresas no de 1999 e, segundo
a Aneel, o aumento aconteceu porque a população está mais consciente
de seus direitos. (O Globo - 18/02/2002)
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19- Economia no consumo de energia foi pequena |
Especialistas afirmam que o principal efeito do horário de verão
não é a economia de energia proporcionada, relativamente pequena,
mas a redução da demanda de carga nos horários de pico, reduzindo
as possibilidades de blecautes. Nesta edição do horário de verão,
que terminou à meia-noite de sábado, a economia de energia nas
regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste foi de aproximadamente 0,7%
do consumo para o período. A redução de consumo foi inferior
à registrada no ano passado nas mesmas regiões, que foi de 1%.
O coordenador de projetos da FGV e ex-presidente da Light, Luiz
Oswaldo Aranha, afirma que as principais vantagens são para
o sistema de transmissão e distribuição nos horários de pico,
que ficam menos sobrecarregados. Segundo Aranha, o horário de
verão só é importante em termos de economia de energia para
um sistema elétrico de base termelétrica. Entretanto, para o
sistema brasileiro, que tem mais de 90% da matriz energética
de base hidrelétrica, ele acredita que a medida não traga muitos
benefícios em relação à redução de consumo. No Estado do Rio
de Janeiro, a economia de energia representou 0,7% do consumo
previsto para o período, que equivale a 26 MW médios. No horário
de pico, a redução de demanda foi de 3,8%, que representa 196
MWh/h. (Jornal do Commercio - 18/02/2002)
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20- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do
ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia
armazenada, clique aqui.
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1- Financiamento do BNDES aliviará o balanço das energéticas |
As empresas de energia contam com a liberação do financiamento
do BNDES, em tempo hábil, para ser contabilizado como receita
no quarto trimestre de 2001. O dinheiro amenizaria o impacto da
subtração da receita do Anexo 5 dos contratos de compra e venda
de energia fechados entre geradoras e distribuidoras. A receita
proveniente do Anexo 5 foi contabilizada por algumas elétricas
nos balancetes do segundo e terceiro trimestres do ano passado.
A Eletropaulo, por exemplo, registrou R$ 577 mi de faturamento
nessa operação e a Bandeirante, R$ 331 mi. A mesma resolução da
agência (nº 72), que determina o expurgo da receita do Anexo 5,
reconhece o direito de recuperação das perdas com o racionamento.
As companhias deverão calcular esse montante e o valor passará
por uma homologação da Aneel. O BNDES adiantará os recursos via
financiamento e as garantias do seu pagamento são os aumentos
extraordinários nas tarifas por um prazo de três anos. (Valor
- 15/02/2002)
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2- Usina Monte Claro inicia obras em março |
Em março começa a sair do papel o projeto de R$ 430 mi da Ceran,
para construção de três hidrelétricas no Rio Grande do Sul com
capacidade total de 360 MW. A primeira das usinas, a de Monte
Claro, recebeu na semana passada a licença de instalação da Fepam
para gerar 130 MW e as obras terão início no próximo mês. Os acionistas
da Ceran são a CPFL, com 65% de participação, a CEEE, com 30%
e a Desenvix (braço investidor da Engevix ), com 5%. O diretor-superintendente
da companhia, Paulo Roberto Fraga Zuch, disse que a energia produzida
será vendida às próprias distribuidoras do consórcio. O presidente
do conselho de administração da Ceran e diretor técnico da CPFL,
Miguel Normando Abdala Saad, explicou que a empresa por questões
estratégicas e necessidade de investir em geração criou a CPFL
Geração. O contrato de fornecimento de energia aos parceiros está
em fase de detalhamento, antes de ser enviado ao BNDES. Pelo planejamento
financeiro esboçado pelos acionistas, eles vão fazer um aporte
de 30% dos recursos, buscar mais 35% no BNDES e os restantes 35%
deverão ser obtidos com emissão de debêntures com possibilidade
de recompra pelo BNDES numa operação por meio do Banco do Brasil.
Zuch afirmou que a documentação final deve ser apresentada ao
banco em março e o contrato de fornecimento vai usar como preçoreferência
o da Aneel, em torno de R$ 70/MWh. Segundo ele, normalmente os
contratos são de longo prazo, com duração de 15 a 20 anos. (Gazeta
Mercantil - 18/02/2002)
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3- Hidrelétricas da Ceran marcam primeiro empreendimento
conquistado em leilão |
As hidrelétricas da Ceran, no Rio Grande do Sul, são o primeiro
empreendimento conquistado em leilão da Aneel. A compra de energia
será equivalente à participação da CPFL nessa empresa de propósito
específico. O grupo CPFL tem uma necessidade de 4 mil MW de energia.
A empresa era voltada principalmente à distribuição com uma pequena
geração de 107 MW proveniente de 19 centrais hidrelétricas e de
uma térmica a óleo com 32 MW. Agora aposta também em projetos
de geração dentro do seu processo de restruturação. O presidente
do conselho de administração da Ceran e diretor técnico da CPFL,
Miguel Normando Abdala Saad revelou que estão previstos investimentos
de R$ 1,8 bi na Ceran e em mais três novos empreendimentos, localizados
na fronteira do Rio Grande do Sul com Santa Catarina. São as hidrelétricas
de Barra Grande, Campos Novos e Foz do Chapecó e em todas as usinas,
já licitadas pela Aneel, há a participação da empresa por meio
de consórcios. (Gazeta Mercantil - 18/02/2002)
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4- Investimentos inflados em energia eólica |
Depois de anos de calmaria, o setor de energia eólica está na
iminência de ser embalado por uma rajada de investimentos. Se
vingarem todos os projetos autorizados até dezembro de 2001 pela
Aneel, serão desembolsados nos próximos quatro anos cerca US$
3,27 bi em 42 parques, com potência instalada de 3,63 mil MW -
o cálculo leva em conta o gasto médio de US$ 900 mil por MW gerado.
A conta não inclui outros empreendimentos que estão em estudo
de viabilidade e tampouco a instalação de fábricas para construção
dos equipamentos de captação (aerogeradores). Do total de 42 projetos,
os estados nordestinos devem receber 40 e os outros dois estão
previstos para o Rio de Janeiro. Em Bom Jardim da Serra, Santa
Catarina, também começa a tomar forma um parque com 21 aerogeradores
(12,6 MW) e um equipamento (0,6MW) está sendo instalado na fábrica
da Wobben no Pecém. 'Além dos projetos já aprovados, há muitos
outros pedidos de registro junto à Aneel', informa o coordenador
de Energia e Comunicações da Secretaria da Infra Estrutura do
Ceará (Seinfra), Adão Linhares. (Gazeta Mercantil - 18/02/2002)
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5- Créditos da Enron continuam retidos |
A Eucatex conseguiu manter no Primeiro Tribunal de Alçada Cível
de São Paulo uma liminar que determinou o bloqueio dos créditos
da Enron no MAE , até o limite de R$ 12,6 mi. A Eucatex, segunda
maior fabricante de artefatos de madeira do Brasil, pediu a medida
para garantir o pagamento de uma dívida que a Enron teria com
ela. A dívida nasceu da rescisão, pela Enron, de um contrato firmado
entre as duas em agosto de 2001, de venda da energia elétrica.
Pelo acordo, os 12 MW que seriam gerados mensalmente em uma usina
construída pela Eucatex em Salto (SP) seriam comprados pela Enron,
durante o período de outubro de 2001 a março de 2003. O juiz relator
do recurso apresentado pela Enron contra a liminar, Frank Hungria,
decidiu manter, por enquanto, a decisão da primeira instância
sobre o bloqueio dos ativos. 'O relator entendeu que o juiz da
38 Vara Cível, Adherbal dos Santos Acquati, não ultrapassou seus
poderes ao conceder a liminar', diz o advogado da Eucatex, Eduardo
Diamantino.(Gazeta Mercantil - 18/02/2002)
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6- Área de infra-estrutura atrai atenção de companhias
alemãs |
As empresas alemãs começam a reestudar oportunidades de investimentos
no país, depois de passar ao largo de todo o processo de privatização
nacional na última década. O setor energético deve atrair o maior
foco, mas o interesse abrange outros setores ligados à infra-estrutura:
transportes, telecomunicações e obras aeroportuárias. A entrada
desses recursos poderá ser acelerada se os governos dos dois países
aprovarem um protocolo bilateral facilitando os investimentos
alemães no mercado brasileiro. No dia 13/02/2002, em palestra
na Câmara de Comércio Brasil-Alemanha, Werner Müller, ministro
da Economia e Tecnologia, confirmou o interesse por esse acordo
e a intenção das companhias alemães de aplicarem recursos em outras
áreas que não a industrial. Confederações empresariais dos dois
países estão participando das negociações em torno desse protocolo
bilateral. (Valor - 14/02/2002)
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7- Rede Cemat investe R$ 9,1 mi em linha de transmissão |
A Rede Cemat está investindo R$ 9,1 mi na construção de uma linha
de transmissão em 138 mil volts, ligando a subestação de Campo
Novo dos Parecis a Brasnorte distante de Cuiabá 530 km na região
nordeste do Estado do Mato Grosso, numa distância de 180 km que
estará concluída no mês de março. Na realidade o Grupo Rede está
investindo recursos próprios da ordem de R$ 42,6 mi para energizar
até 2003 toda a região de Chapadão dos Parecis que produz um terço
da produção de grãos do Estado, algo em torno de 4 milhões de
toneladas. Partindo da subestação de Campo Novo dos Parecis uma
linha de transmissão em alta tensão (138 mil volts) interligará
os municípios de Brasnorte, Juara, Juína, Castanheira, Novo Horizonte,
Tabaporã, Porto dos Gaúchos, Sapezal e Campos de Júlio, numa extensão
de 732 km. Ao longa da linha de transmissão serão construídas
6 subestação e outras quatros serão ampliadas, "tudo isso para
garantir a entrega de um produto de boa qualidade", conforme salienta
o diretor adjunto de Programas Especiais da Rede Cemat, João Bosco
Gomes da Silva. (Rede Cemat - 13.02.2002)
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8- Crise da Enron faz Ernst & Young separar atividades |
A Ernst & Young não vai mais prestar serviços de auditoria interna
no Brasil para companhias abertas nas quais atua como auditor
independente (externo). A empresa é a primeira das chamadas "Cinco
Grandes" de auditoria a tomar a decisão desde que a quebra da
americana Enron desencadeou uma avalanche de críticas à atuação
dos profissionais do setor. Além da Ernst & Young, fazem parte
do grupo das cinco maiores Andersen, Deloitte Touche Tohmatsu,
KPMG e PricewaterhouseCoopers (PwC). Com a decisão, a empresa
passa a cumprir a Instrução 308, da Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), de maio de 1999, que exige a separação das atividades,
mas que foi contestada na Justiça pelas empresas de auditoria.
"A credibilidade do setor está em xeque", diz Julio Cardozo, presidente
da Ernst & Young. "É preciso dar uma resposta adequada." Ele afirma
que as normas de auditoria são boas, mas o papel da auditoria
externa no caso Enron - feita pela Andersen - criou uma "percepção"
da opinião pública de que elas não seriam adequadas. (Valor Econômico-18.02.2002)
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1- Elétricas terão de registrar em balanço operações
no MAE |
Os balanços de 2001 das companhias elétricas terão de registrar
os contratos fechados no âmbito do MAE. A determinação foi comunicada
ontem pela Aneel à entidade responsável pela contabilização e
liquidação das faturas, a Administradora de Serviços do MAE (Asmae).
Ontem, representantes da Aneel, do Conselho de Administração do
MAE e dos agentes do mercado discutiram, em São Paulo, uma forma
de conciliar a exigência do regulador aos prazos impostos pela
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para publicação dos balanços.
A instituição determina que as companhias abertas enviem os balanços
de 2001 até 31 de março. (Gazeta Mercantil - 15/02/2002)
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2- Preço cai no fim do racionamento |
O preço da energia para as regiões Sudeste e Centro-Oeste no MAE
baixou para R$ 9, 25 o MWh nesta semana, depois de chegar a R$
684 no auge do racionamento. No mês passado a cotação era de R$
336 o MWh para as duas regiões. A queda vertiginosa nas tarifas
se deveu, basicamente, ao enchimento dos reservatórios das hidrelétricas
que abastecem as duas regiões. A capacidade de armazenamento nessas
bacias chegou a 53,5% do total, segundo o ONS, ultrapassando em
meio ponto percentual o limite para o fim do racionamento. A região
Norte tem a menor cotação do país, com o MWh a R$ 4,90. No Sul,
onde o período de chuvas já se encerrou mas os reservatórios continuam
cheios, o MWh está em R$ 8,88. A região Sul ficou livre do racionamento.
A pior situação é no Nordeste. Nessa região, que ainda não está
livre do racionamento segundo o ONS, o preço do MWh está em R$
319,41. O valor atual leva em consideração, além dos reservatórios
das hidrelétricas, o custo de produção da termelétrica de Camaçari,
na Bahia. (Valor - 15/02/2002)
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3- Bolsas de comercialização são opção para ganhar
com o aumento das tarifas de energia |
O aumento das tarifas de energia tem seu lado negativo, mas o
alto preço do insumo também cria novas oportunidades de negócios.
Enquanto grandes consumidoras de energia começam a investir em
autogeração, outras empresas apostam em bolsas de comercialização.
Aproveitando-se das sobras, já que diminuiu o consumo em mais
de 50%, a operadora de televisão a cabo TVA vendeu 15 mil KWh
no mercado em setembro e outubro. Ao prever um aumento das operações
nessa área, distribuidoras e até bancos estão criando seus mercados
de compra e venda do insumo. CPFL, Light e Banco do Brasil são
alguns exemplos. "Com os novos hábitos, muitos vão vender seus
excedentes nas bolsas, que se tornarão um novo filão de negócios",
diz Lindolfo Paixão, conselheiro do MAE. (Valor Econômico-18.02.2002)
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1- Tesouro testa demanda com venda de mais cambiais |
O Tesouro Nacional passa por um teste de fogo hoje. Depois de
anunciar mudanças na contabilização dos títulos cambiais que estão
nas carteiras dos fundos de investimento, o Tesouro volta a ofertar
títulos indexados ao dólar. Alguns profissionais consideram que
a demanda pelos títulos pode ficar reduzida e a taxa de juros
(que é definida na venda) pode subir. 'O mercado não gostou muito
da resolução do BC', disse um diretor de tesouraria. Entre as
novas regras para a avaliação financeira dos ativos está a determinação
de que os cálculos sejam feitos considerando os dias úteis e comparando
o preço médio de ativos, como ações, no dia da avaliação e o preço
médio do dia anterior. Além disso, a administradora de recursos
será a responsável pela contabilização dos ativos. Antes, não
estava claro quem seria responsabilizado em caso de erros. (Gazeta
Mercantil - 18/02/2002)
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2- Papéis do leilão de títulos cambiais são atrelados
à variação cambial e acrescidos de juros |
No leilão de títulos cambiais de hoje, 18/02/2002, vão ser vendidos
650 mil papéis atrelados à variação cambial e acrescidos de juros.
Os títulos serão divididos em dois lotes. O primeiro terá 150
mil papéis com resgate em março de 2004. O outro lote terá 500
mil títulos com vencimento em abril de 2003. Este leilão e outros
dois já realizados (no total de 1,9 milhão em títulos) vão substituir
outros 4,3 milhões de papéis que vencem neste mês. A maior parte
dos títulos foi colocada em mercado após o atentado aos Estados
Unidos, em 11 de setembro do ano passado. (Gazeta Mercantil -
18/02/2002)
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3- Tesouro Nacional pagou mais caro para vender títulos |
A queda-de-braço entre o Banco Central e o mercado financeiro
para definir a forma de contabilização dos títulos cambiais fez
o Tesouro Nacional pagar mais caro para vender títulos públicos
na sexta-feira. Antes da divulgação das novas regras do BC, os
investidores estavam receosos em participar do leilão e pediram
juros mais altos para comprar os papéis. 'É bom que se resolva
esse problema logo porque o BC ainda tem cerca de US$ 3 bi mensais
em títulos para rolar em abril, maio e junho', disse o diretor
de tesouraria do WestLB Banco Europeu , Clive Botelho. No leilão
de sexta-feira foram vendidos 500 mil títulos cambiais com resgate
em abril de 2003. A taxa de juros ficou em 8% ao ano, acima dos
7,80% registrado na semana anterior. 'A indefinição com a contabilização
dos fundos ajudou a pressionar o leilão', disse um diretor de
câmbio de um banco estrangeiro. A cotação do dólar comercial fechou
em baixa de 0,25% e era negociada a R$ 2,427, na venda. Já a Ptax,
média das cotações do dólar comercial apurada pelo BC, ficou em
R$ 2,438, alta de 0,54%. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros ( BM&F
), o contrato de dólar de março caiu 0,25% e valia R$ 2,438. (Gazeta
Mercantil - 18/02/2002)
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4- Dólar comercial abre com alta de 0,20% e sai a R$
2,432 para venda |
O dólar comercial abriu as operações de hoje, 18/02/2002, cotado
a R$ 2,422 para compra e R$ 2,432 para venda, com alta de 0,20%
ante o último fechamento. No pregão da sexta-feira, o dólar comercial
fechou com baixa de 0,20%, cotado a R$ 2,4250 na compra e a R$
2,4270 na venda. O leilão de 500 mil títulos cambiais (NTN-D)
realizado no começo da tarde fez a moeda norte-americana inverter
a tendência de alta registrada desde a abertura dos negócios.
(Valor - 18/02/2002)
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5- BC poderia voltar a reduzir compulsórios |
Corte de juros não, mas retomar a redução do recolhimento compulsório
sobre depósitos à vista pode ser uma alternativa para o Banco
Central tomar em breve, como sinalização de possível afrouxamento
da política monetária, sustenta o economista Marcelo Carvalho,
do banco de investimentos JP Morgan . 'A inflação acima da meta
continua sendo o principal obstáculo a um curto de juros no curto
prazo', diz Carvalho, apontando para os 4,8% previstos pelo mercado,
quando a meta é de 3,5% para 2002. E o BC não arriscaria cometer
o equívoco do ano passado, que abriu com um corte de meio ponto
percentual na taxa básica, somente para ter de repor esse mesmo
meio ponto em março. Bisar o equívoco corroeria sua credibilidade,
sustenta Carvalho, que, no entanto, antevê um possível corte de
abril em diante. (Gazeta Mercantil - 18/02/2002)
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1- Riogen atrai interesse de quatro empresas |
Quatro empresas - duas estrangeiras e duas brasileiras - estão
interessadas em assumir o projeto da termelétrica Riogen, da americana
Enron, em processo de falência nos Estados Unidos. A informação
foi dada pelo secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo
do Rio de Janeiro, Wagner Victer. Ele deverá suspender as licenças
ambientais do projeto se, em 60 dias, não houver uma definição
de quem construirá a usina. Para a construção da termelétrica,
serão necessários investimentos de cerca de US$ 500 mi e a capacidade
instalada prevista é de 500 MW. A vantagem para a empresa que
assumir o projeto seria adquirir um projeto já licenciado. Segundo
Victer, esta vantagem pouparia cerca de um ano de trabalho para
uma companhia interessada em construir uma termelétrica no Estado.
"É como se o empreendedor comprasse um lugar na frente da fila",
explica. (Jornal do Commercio - 18/02/2002)
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2- Victer não acredita que novo investidor tenha dificuldades
para reincluir Riogen no PPT |
A Riogen fazia parte do Programa Prioritário de Termeletricidade
(PPT), que garante o fornecimento de gás às usinas pela Petrobras,
mas foi excluída por causa do atraso para o início da sua construção.
A previsão inicial era de que as obras começassem ainda em 2001
e que a usina entrasse em operação até o final de 2003. A exclusão
da Riogen não significa que a usina não possa voltar a fazer parte
do PPT, mas poderá reduzir o interesse dos empreendedores pela
usina, uma vez que uma série de projetos esperam para serem incluídos
no Programa. O ministro da Minas e Energia, José Jorge, quando
anunciou as três termelétricas (entre elas a Riogen) que seriam
excluídas do PPT, afirmou que as usinas poderiam voltar a ter
a garantia do fornecimento de gás. Entretanto, como a oferta de
gás é limitada, a prioridade do Governo será aos projetos que
puderem entrar em operação mais rapidamente. O secretário estadual
de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, diz não
acreditar que o fato represente um empecilho para que outra empresa
se interesse pelo projeto. Segundo Victer, o empreendedor que
quiser construir a termelétrica não terá problemas para incluí-la
novamente no PPT. (Jornal do Commercio-18.02.2002)
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3- Projeto da Riogen pode ser concluído em menos de
dois anos tão logo nova empresa o assuma |
O projeto da Riogen foi interrompido quando
a parte de construção civil deveria ser iniciada. A terraplanagem
da área, que pertence à Enron, foi feita em abril do ano passado.
Segundo Victer, a partir do início das obras, a termelétrica tem
condições de ser inaugurada em um prazo de 20 a 24 meses. Segundo
Victer, a secretaria encontrou empresas interessadas, mas estas
ainda teriam de negociar com a Enron a aquisição do projeto. Analistas
de mercado dizem que o momento não é muito favorável a novos investimentos,
mas dependendo da oferta da Enron a negociação poderá ser fechada.
(Jornal do Commercio-18.02.2002)
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4- Analistas dão como certa venda da CEG e da CEG-Rio
para a Petrobras |
Antes mesmo do colapso da Enron, em dezembro, a empresa havia
tentado vender alguns dos seus principais ativos no País, como
a Elektro, distribuidora de energia de São Paulo, mas sem sucesso
por causa do valor pedido. Agora, a expectativa do mercado é de
que os preços caiam bastante e surjam boas oportunidades de negócios,
já que a empresa tem necessidade de fazer caixa rapidamente. Alguns
analistas de mercado já consideram como certa a venda de dois
dos principais ativos da Enron no País, CEG e a CEG-Rio, para
a Petrobras. Segundo o analista do setor elétrico do Banco Stock
Máxima, André Querne, o valor da negociação das duas companhias
distribuidoras de gás no Estado do Rio seria de aproximadamente
US$ 240 mi.A transação depende ainda de autorização do Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que poderá exigir que
a estatal venda 2% da participação do Gasoduto Brasil-Bolívia
(Gasbol), para que deixe de ter o controle acionário do ativo.
Entretanto, mesmo que isso ocorra, a Petrobras deverá continuar
interessada na negociação.(Jornal do Commercio-18.02.2002)
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5- Inaugurada primeira usina térmica emergencial |
Foi inaugurada em Vitória (ES) a primeira das 58 usinas térmicas
emergenciais, contratadas pelo governo para funcionar como reserva
no caso de haver seca nos próximos três anos. A usina, instalada
no Porto de Tubarão, utiliza óleo diesel e terá capacidade para
gerar 40 MW. Também hoje foi assinado o último contrato para instalação
dessas térmicas. A última unidade será instalada em Goiânia, e
terá capacidade para gerar 48 MW. As usinas do programa emergencial,
que estão contratadas até 2005, terão capacidade para gerar 2.153,6
MW, para as regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. Deste total,
750 MW de capacidade instalada foram contratadas da empresa Brasympe,
do grupo Caterpillar, a mesma que instalou a unidade de Porto
Tubarão. As usinas só serão usadas em situações emergenciais,
pois seu custo operacional é muito elevado, devido ao uso de óleo
diesel. Quando for necessário seu uso, o custo da tarifa mais
elevada será distribuído entre os consumidores, sendo que, no
caso dos residenciais, só pagará quem consome mais de 350 MW mensais.
Já o custo do alguel destes equipamentos será pago por todos os
consumidores, com exceção dos de baixa renda. (Estado de São Paulo
- 18/02/2002)
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6- Petros acha rentável aplicar em térmicas |
A Petros vai investir R$ 75,6 mi na construção das termelétricas
de Fortaleza (R$ 52,4 mi), e na térmica de Macaíba (R$ 23,2 mi),
no Rio Grande do Norte. Para tocar as obras terá como sócios a
Petrobras Distribuidora e o BNDES. A participação do fundo de
pensão dos funcionários da Petrobras será de 20% em cada unidade.
Os investimentos nas duas usinas - que vão gerar 198 MW a partir
de julho - serão de R$ 378 mi. As usinas assinaram um contrato
de venda da energia para a CBEE, estatal criada para comprar energia
das térmicas do Projeto de Geração de Energia Emergencial. O investimento
nas duas térmicas faz parte do plano da Petros de aumentar a participação
dos 'project finance' na carteira de investimento. Segundo o presidente
da fundação, Carlos Flory, a intenção é aplicar pelo menos um
quarto dos R$ 13 bi da carteira em projetos de infra-estrutura.
(Gazeta Mercantil - 18/02/2002)
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7- Marco Antônio Almeida deve assumir Secretaria de
Petróleo e Gás |
Os titulares das novas secretarias do Ministério de Minas e Energia
ainda não tiveram seu nome oficializado, mas fontes do ministério
já consideram como praticamente certo que Marco Antônio Martins
Almeida, técnico da área de petróleo e gás, assumirá a nova Secretaria
de Petróleo e Gás. Frederico Maranhão, que foi chefe de gabinete
do secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Luiz
Gonzaga Leite Perazzo, e desde o fim de janeiro é interino da
Secretaria de Energia, deve ser efetivado no cargo. A Secretaria
de Energia passará a chamar Secretaria de Energia Elétrica. Maranhão
ocupou o lugar de Afonso Henriques dos Santos. Ligado a David
Zylberztajn, ex-diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo
(ANP) e filiado ao PSDB, Santos se desligou do ministério em janeiro
porque ficou isolado durante o racionamento. Ele pretende se candidatar
a deputado federal por Minas Gerais. (Valor Econômico-18.02.2002)
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8- Ceará vai ganhar termelétrica de 310 MW |
A sociedade Envesa-Energis, que já construiu e opera a hidrelétrica
de Cachoeira Dourada, está partindo para novo projeto. Vai construir
uma termelétrica de 310 megawatts no Ceará. A brasileira Envesa
terá participação de 51%; a chilena Energis, de 49%. (Jornal do
Commercio - 15/02/2002)
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9- Angra 2 é destaque de produtividade |
A Usina Angra 3, cujo projeto será avaliado pelo Conselho Nacional
de Política Energética (CNPE) no próximo semestre, está no centro
da discussão sobre a necessidade ou não de se ter a energia nuclear
como parte da matriz energética do País. A revista norte-americana
Nucleonics Week, considerada a principal publicação sobre energia
nuclear no mundo, estampará a central de Angra 2 como a 16.ª maior
em produtividade no mundo, entre 440 usinas avaliadas. No ranking,
apenas usinas americanas e alemãs aparecem antes dela. E outro
país (o Japão) só foi listado no 20.° lugar. Em 2001, Angra 2
gerou um total de 10,5 mil TWh, com excedentes movimentados por
Furnas no MAE. Essa geração seria capaz de "alimentar" todo o
mercado consumidor do Pará ou do Amazonas e Maranhão juntos. A
central somou pontos a seu favor na avaliação da Nucleonics Week
com seu fator de disponibilidade, de 94%. Isso significa que o
ONS poderia contar quase integralmente com a usina quando precisasse
despachar sua produção. E precisou mesmo. Dados da Eletronuclear
apontam que, graças a Angra 1 e Angra 2, os reservatórios das
hidrelétricas no Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil puderam ser
poupados em 12% no ano passado. (Gazeta Mercantil - 15/02/2002)
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10- Procedência de investimentos de Angra 3 é incerta |
O silêncio de Gerhard Schröder sobre a construção de Angra 3
em sua visita ao Brasil fez alguns técnicos concluirem que não
partirá dos germânicos o financiamento para a construção. Os
gastos ainda necessários são estimados em US$ 1,7 bi. Já foram
aplicados US$ 750 mi na compra de equipamentos e outros US$
20 mi anuais na manutenção dessas máquinas. Os alemães foram
atores importantes na construção das duas centrais já em operação.
Descobrir de que caixa vai sair o dinheiro necessário para Angra
3 dependerá também das modificações no contrato de construção,
diz o diretor de nucleotricidade da Aben, Everton Carvalho.
Ele acredita que já existam parceiros internacionais interessados,
enquanto a indústria nacional espera a decisão final para se
voltar ao projeto. Fornecedores de componentes elétricos e mecânicos,
de serviços de engenharia, além da própria construção civil
seriam beneficiados. (Gazeta Mercantil - 15/02/2002)
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11- INB investe US$ 130 mi para ampliar a produção
de urânio na Bahia |
A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) - empresa de capital
misto, ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia -, já está
colocando a mão no bolso. O diretor de nucleotricidade da Aben,
Everton Carvalho, que também integra a diretoria da INB, afirma
que nos próximos cinco anos haverá um investimento de US$ 130
mi para ampliar a produção de urânio na Bahia. Hoje, a produção
nacional é de 400 toneladas, o que permite abastecer integralmente
as duas centrais em operação e ainda manter uma reserva. Angra
3 demandará 650 toneladas e a INB se adianta para garantir o
abastecimento dos reatores. (Gazeta Mercantil - 15/02/2002)
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12- Tarifa de geração de Angra 1 e 2 será decidido
pela Aneel |
Além das discussões técnicas sobre a nova usina nuclear, um
outro assunto ainda é discutido dentro de quatro paredes. A
tarifa de geração de Angra 1 e de Angra 2 é considerada uma
das mais competitivas do mundo. Segundo o diretor de nucleotricidade
da Aben, Everton Carvalho, as centrais que estão em atividade
na União Européia há mais tempo geram o MWh a um valor que varia
de US$ 24 a US$ 26. As novas usinas cobram entre US$ 34 e US$
43, em média. No Brasil, a tarifa atual é de R$ 57,30, informou
a Eletronuclear. O valor está abaixo do custo de geração de
algumas hidrelétricas instaladas no País, mas pode subir em
breve. Fonte do setor informa que a meta da Eletronuclear é
de que a tarifa chegue a R$ 80 o MWh. A Eletronuclear, por sua
vez, diz que a decisão caberá apenas à Aneel. O órgão regulador
está analisando os custos operacionais das duas Angras e prometeu
emitir resolução até 31 de março, determinando qual será a nova
tarifa. (Gazeta Mercantil - 15/02/2002)
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13- Energia nuclear ainda tem futuro incerto |
O futuro da energia nuclear no Brasil é uma incógnita. Quanto
mais o governo federal admite que o modelo previsto para o setor
elétrico será mantido, mais reforça que a ampliação da oferta
estará nas mãos do investidor privado. No caso da geração nuclear,
a discussão vai além: significa escolher se o País vai realmente
querer que esse tipo de energia tenha participação em sua matriz
ou se prefere deixar que o tempo se encarregue de sua extinção,
quando acabar a vida útil das centrais. Pela Constituição, o
comando da energia nuclear é restrito ao Estado. E se o Estado
não quer mais ser o centro dos investimentos, a energia nuclear
está, a priori, condenada. Para o diretor de nucleotricidade
da Aben, Everton Carvalho, esta é uma discussão que pode ser
adiada, para que se considere também tendências internacionais
daqui a alguns anos. "É difícil ter um prognóstico hoje. Em
outros países, existe a expansão dessa fonte de energia", observa.
O próprio Brasil teria capacidade, com as reservas de urânio
já descobertas, de abastecer Angra 1, 2 e 3, além de outras
três centrais do porte de Angra 2. Tudo isso durante 40 anos.
(Gazeta Mercantil - 15/02/2002)
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1- Indústria consumiu mais para produzir mesma quantidade
na década de 90 |
Um estudo do Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade
no Paraná (IBQP-Pr) sobre produto industrial e consumo de energia
elétrica mostrou que ao longo da década de 90, a indústria passou
as consumir 11,8% mais para produzir uma mesma quantidade de produto.
No trabalho, os pesquisadores consideram que a menor eficiência
no uso de energia por parte do setor industrial entre 1990 e 1999
esteve relacionada à queda de preços relativos desse insumo. Em
uma conjuntura de ajustes (Plano Collor I e II e Plano Real),
em que outras variáveis de custo assumiram maior relevância, os
gastos com este insumo foram colocados em segundo plano. (Valor
Econômico-18.02.2002)
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2- Racionamento levou Brastubo a racionalizar uso de
energia |
O diretor industrial da Brastubo, Luis Antônio Ferreira de Paiva,
diz que a empresa, como várias outras, sempre manteve um sistema
de manutenção preventiva, mas ao longo dos anos acabou não se
preocupando com a modernização dos equipamentos. Em função do
racionamento, a empresa dobrou o número de eletricistas na área
de manutenção e também contratou um engenheiro projetista cuja
principal função é pensar como modernizar equipamentos para torná-los
mais eficientes e econômicos. A Brastubo possui quatro unidades,
duas de tubos de aço e duas de tubos de polietileno. Na fábrica
de São Paulo (tubos de aço), a empresa implantou seis meses antes
do racionamento, um programa de conscientização dos funcionários.
"Por isso, no primeiro mês, cumprimos a meta só com medidas de
racionalização do uso, sem nenhum investimento", conta ele. (Valor
Econômico-18.02.2002)
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3- Santista economizou 22,5% de energia durante o racionamento |
A Santista Têxtil economizou
22,5% em energia elétrica entre junho de 2001 e janeiro de 2002.
Desde 1998 a empresa já vinha implantando medidas de racionalização
do uso deste insumo. A companhia instalou novos motores elétricos
de alto rendimento e sete equipamentos de refrigeração mais eficientes.
Além disso, substituiu as lâmpadas fluorescentes de 40 W por lâmpadas
de 32 W com reator eletrônico. A AmBev possui um circuito interno
de televisão e utilizou esse instrumento para treinar os funcionários,
diz o co-presidente da companhia, Victório De Marchi. Na TRW o
envolvimento dos funcionários no controle do uso de energia gerou
milhares de idéias das quais 1050 foram implementadas no período
de junho a dezembro de 2001, conta o diretor Moisés Bucci. O uso
racional de energia na BSH Continental começou três anos antes,
conta Valter Santos. "Já chegamos a 2001 com um consumo 20% inferior
ao de 1998", diz ele. (Valor Econômico-18.02.2002)
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4- Setor de alumínio quer elevar auto-geração para
50% |
As indústrias eletrointensivas buscam aumentar sua auto-suficiência.
O setor de alumínio deve investir US$ 1,5 bi para elevar sua autogeração
de energia de 13% para 50%. Com a entrada de duas hidrelétricas
em Minas Gerais, a Suzano, da área de papel e celulose, por exemplo,
deve produzir toda energia que consome em 2004. (Valor Econômico-18.02.2002)
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5- AmBev terá capacidade de auto-geração de 75% |
A AmBev adotou várias medidas de controle do uso de energia. Elas
reduziram em 10% o consumo mensal da empresa. Temendo o impacto
do racionamento sobre sua produção, a empresa comprou 28 geradores
(10 deles móveis) e garantiu com isso uma auto-suficiência em
fornecimento de energia de 45%, conta o co-presidente da empresa
Victorio De Marchi. "Mas estamos instalando unidades de co-geração
de energia nas grandes fábricas e até o fim do ano teremos 10
usinas termoelétricas a gás funcionando e garantindo mais 30%
de auto-suficiência", acrescenta o executivo. No total, a empresa
terá uma garantia de autofornecimento de 75%, embora não pretenda
manter os geradores ligados. Eles serão utilizados em caso de
emergência. A Ambev investiu US$ 15 mi na compra dos geradores
e o projeto das termoelétricas representa um gasto de mais US$
60 mi. (Valor Econômico-18.02.2002)
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6- BSH vai manter 50% de economia do racionamento |
A BSH Continental reduziu o consumo mensal em 30% durante o racionamento.
E agora 50% desta economia será permanente, diz o diretor industrial,
Valter Santos. Entre as medidas que serão mantidas está o desligamento
de 1400 lâmpadas fluorescentes na área administrativa. A empresa
mantinha 700 luminárias com quatro lâmpadas cada. Desligou duas
delas e acrescentou um refletor em cada luminária, gerando apenas
com esta medida uma economia de 10 mil KWh/mês. Além desta, ficam
como permanente o serviço de limpeza no horário normal (não no
final do expediente), um número três vezes maior de interruptores,
horário reduzido no uso do ar condicionado, telhas translúcidas
na produção e a alteração no horário de almoço (todos os funcionários
de uma sessão param ao mesmo tempo). No início do plano de contingência,
a unidade da Mooca - onde são produzidos fogões e depuradores
de ar da BSH Continental - consumia 1,2 MW/mês. "Ao longo do racionamento
mantivemos o mesmo nível de produção com um consumo 30% menor",
informa Santos. (Valor Econômico-18.02.2002)
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7- TRW investiu US$ 1 mi para se adaptar ao racionamento |
No ano passado, a TRW consumiu durante o período janeiro-março,
8,4 mil MWh/mês. Nos meses de racionamento, esse volume caiu para
5,9 mil MWh/mês. "E agora, para o primeiro trimestre deste ano,
projetamos 6,6 mil MWh/mês", conta Bucci. Na unidade de freios
a empresa investiu US$ 1 mi para se adaptar ao racionamento e
melhorar sua eficiência energética. Entre as medidas da TRW está
a conversão de linhas de galvanização movidas por energia elétrica
para um sistema a gás, concentração da fundição em uma única unidade
e terceirização. (Valor Econômico-18.02.2002)
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8- CST vai suspender produção em 2003 |
Por causa da fragilidade energética do Espírito Santo, a Companhia
Siderúrgica de Tubarão (CST) decidiu suspender parcialmente, em
2003, a sua futura produção de bobinas de aço do laminador de
tiras a quente (LTQ), um empreendimento em construção, orçado
em US$ 450 mi. A medida será adotada nos meses de junho a setembro
do próximo ano, até que sua quarta usina termelétrica fique pronta.
Com isso, deixarão de ser faturados em torno de US$ 30 mi em função
das 120 mil toneladas de bobinas que não serão produzidas, segundo
o diretor industrial Jackson Duarte. A suspensão temporária da
futura produção do LTQ foi, de acordo com Duarte, uma saída encontrada
pela empresa para reduzir eventuais riscos de queda de tensão
da energia sobre sua planta industrial, durante o período transitório
no qual passará a depender do sistema interligado da Eletrobrás.
Atualmente, a CST é autosuficiente na geração do suprimento que
consome, produzindo 226 MW de potência - e ainda gera um excedente
comercializado no mercado, em condições normais, entre 30 e 33
MW. Com o LTQ entrando em funcionamento até junho deste ano, haverá
uma sobrecarga no sistema elétrico que abastece o Espírito Santo,
estado situado na ponta de linha da rede. (Gazeta Mercantil -
18/02/2002)
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9- Empresas vão manter os geradores funcionando |
As empresas que investiram em geração própria para se adequar
à economia forçada de energia acreditam ter feito um bom negócio,
apesar de estar chegando ao fim o racionamento. As indústrias
que apostaram na geração a gás, por exemplo, vão manter os equipamentos
operando mesmo depois do concluído o racionamento, pois esta energia
chega a ser 20% a 30% mais barata que a das distribuidoras no
horário de ponta do sistema elétrico. Já quem adquiriu geradores
a diesel, cuja energia é mais cara 30% que a da rede convencional,
terá uma espécie de `seguro` contra apagões. Em Pernambuco, a
Lanesa, no Cabo de Santo Agostinho, é uma das que fez o investimento
mais pesado em geração. Aportou US$ 2 mi num gerador com potência
de 5 MW e que opera 70% a gás e 30% a diesel. `No período mais
crítico, nossa meta era de 20%. Sem a geração própria, não teríamos
como manter a produção e seríamos obrigados a adiar a ampliação
da planta. Portanto, fizemos um excelente negócio com a aquisição
de geradores. Ficamos livres de sobretaxas e incrementamos a capacidade
em 40%. `, diz o gerente industrial da Lanesa, Márcio Miller.
(Gazeta Mercantil - 14/02/2002)
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1- Enron camuflava empréstimos na sua contabilidade |
A Enron se utilizou de diversas artimanhas financeiras para desviar
a atenção da sua contabilidade. A última descoberta, publicada
ontem no New York Times, indica que a companhia apresentava como
partidas de respaldo financeiro o que não eram senão empréstimos.
Deste modo conseguiu ocultar em suas contas bilhões de dólares
em dúvidas. Se a Enron houvesse registrado estas partidas como
dúvidas ao invés de colchão financeiro, as agências de qualificação
de risco e os analistas industriais teriam descoberto com antecedência
que investir na companhia era mais arriscado do que parecia. No
total, a Enron recebeu US$ 3.9 bi em empréstimos entre 1992 e
2001. Destes, US$ 2.5 foram conseguidos nos três últimos anos
de negócio da Enron. As dívidas pelos empréstimos se somavam à
dívida oficial de entre US$ 8 e US$ 10 bi, contabilizados desde
2000. (El País-18.02.2002)
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2- Enron investiu também na campanha de Al Gore à presidência |
A Enron traçou um plano para cultivar laços políticos próximos
com o então Vice-Presidente Al Gore, durante a campanha presidencial
de 2000, na qual ele acabou derrotado por George Bush, embora
a companhia tenha sido uma das maiores contribuintes da campanha
do próprio Bush. A estratégia de apoiar os dois lados foi desenhada
para assegurar que a Enron tivesse influência sobre o próximo
presidente, tanto faz quem ele fosse, de acordo com documentos
internos da companhia e entrevistas com executivos da Enron e
responsáveis pela campanha de Gore. Em Maio de 2000, pouco depois
de Gore ter garantido a nomeação para ser o candidato democrata,
a Enron contratou a relações-públicas Sally Painter, que fez um
plano de seis meses de ação para a Enron ter alcance político
entre os democratas nas eleições de 2000. Entre 1999 e 2000, a
Enron doou U$ 362.000 a políticos democratas, 46% de todas as
suas doações. (New York Times-18.02.2002)
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3- Líderes das companhias de energia se reúnem na Conferência
Anual da Cambridge Energy |
Os líderes das maiores
companhias de energia do mundo e aqueles que aspiram substituí-los
vêm à Conferência Anual da Cambridge Energy Research Associates
para pensar grande. A conferência desse ano teve como tema " A
Nova Face do Risco: Estratégias Energéticas Para Um Mundo Mudado"
, um tema escolhido meses antes da quebra da Enron, que mudou
o mundo da energia mais do que qualquer um pudesse imaginar. A
Enron foi o centro das discussões e apresentações; executivos
das principais companhias, quando tiveram a chance de falar, inevitavelmente
fizeram questão de assegurar: " Nós não somos a Enron". O diretor
de gerenciamento de risco da Williams, Blake Herndon, desabafou:
" Nos últimos anos sempre nos perguntavam: por que vocês não são
mais parecidos com a Enron? Agora nos acusam: vocês são exatamente
iguais à Enron. Isso é uma impropriedade de percepção com todas
as companhias do setor energético. Estamos constantemente nos
defendendo perante agências de rating e analistas. É cansativo,
mas acaba sendo bem para a indústria." (New York Times-17.02.2002)
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4- RWE faz proposta pela Innogy |
A imprensa britânica noticiou hoje que a elétrica germânica RWE
estaria interessada na aquisição da Innogy, subsidiária da antiga
empresa monopolista estatal britânica National Power, tendo mesmo
já apresentado uma oferta de US$ 4,09 bi pela firma. Segundo noticiou
o jornal britânico "Sunday Times", a oferta da RWE estaria incluída
entre as diversas ofertas que a National Power recebeu pela Innogy,
a qual detém sete milhões de clientes no país. Os analistas sublinham
no entanto que, no ano passado, a dívida da Innogy atingiu os
US$ 3,41 bi, depois de esta ter adquirido a Yorkshire Electric
e a Northern Electric, de modo a duplicar o seu número de clientes,
o que aumentou consideravelmente a sua necessidade de fundos e
poderá vir a favorecer a oferta da RWE. (Diário Econômico-18.02.2002)
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5- Lay vendeu US$ 20 mi em ações da Enron quando soube
que a companhia iria quebrar |
O ex-presidente da Enron, Kenneth Lay, vendeu ações da companhia
depois de ter sido avisado por Sherron Watkins de que a companhia
iria quebrar por causa das suas transações extra-balanço patrimonial.
A revelação deve alimentar as suspeitas de que alguns dos mais
altos executivos da Enron venderam a maioria de suas ações nas
semanas que precederam a sua concordata em dezembro de 2001, enquanto
os funcionários da firma não puderam fazê-lo por restrições nos
seus planos de aposentadoria. Relatórios mostram que Lay vendeu
cerca de US$ 20 mi em ações da firma no último dia 15 de agosto,
quando foi alertado por Watkins do risco de falência da companhia.
Essa venda foi apenas parte das realizadas por Lay em 2001, que
estiveram entre US$ 70 mi e US$ 100 mi. Elas consistiram na revenda
de ações à companhia e foram categorizadas como pagamento de empréstimos.
(Financial Times-18.02.2002)
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6- Podem passar anos antes que se conheça o valor preciso
das dívidas da Enron Europe |
Mais de 80 dias depois de serem indicados, os administradores
dos negócios europeus da Enron ainda não tem uma idéia clara do
tamanho da exposição da subsidiária. Um dos quatro parceiros da
PwC apontado no dia 29 de novembro, Tony Lomas, diz que a complexidade
das estruturas corporativas, empréstimos entre companhias e contratos
de comercialização indicam que podem passar anos antes que o valor
final seja conhecido. Lomas diz que a Enron Europe deve ao menos
US$ 1.5 bi à sua matriz. Outras dívidas podem se assomar a US$
1, US$ 2, US$ 3 bi ou até mais. A subsidiária é parte de uma rede
complexa interligando companhias de mais do que 1000 companhias
no mundo inteiro e 400 na Europa. Muitas dessas faziam empréstimos
e acordos financeiros entre si. A Enron Capital and Trade Resources,
por exemplo, deve cerca de US$ 7.16 bi à Enron Europe e é credora
de outros tantos com outras companhias do grupo. (Financial Times-18.02.2002)
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7- Eni está criando tecnologia para explorar campos
de gás remotos |
Em uma refinaria nas cercanias de Sannazarro, uma pequena cidade
italiana cerca de 50 km ao sul de Milão, a Eni, companhia italiana
de gás e petróleo, está completando testes para uma inovadora
usina de liquefação de gás. A Eni gastou US$ 14,32 nessa refinaria
como parte de um programa tecnológico que custará US$ 870 mi.
A companhia espera que a tecnologia que está sendo desenvolvida
em Sannazaro a possibilite explorar reservas remotas de gás. O
consumo de gás natural cresceu rapidamente nos últimos vinte anos,
bem como as reservas conhecidas. Cerca de um quinto dessas reservas
é tido como remoto. O gás pode ser transformado em gás líquido
natural para o transporte, mas essa solução não tem boa relação
custo-benefício. Para que os campos remotos sejam explorados,
é preciso que o gás seja transformado em outros líquidos, como
amônia e destilados, que repaguem os custos de produção e transporte.
Em Sannazaro, a Eni optou por destilados. (Financial Times-18.02.2002)
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8- RTE enterrará 25% das novas linhas de alta voltagem |
A França irá enterrar 25% das suas novas linhas elétricas de alta
voltagem sob um novo acordo, disse na Segunda a RTE. O acordo
cobre 375 km de linhas de 63.000 e 90.000 volts de um total de
1.500 km de cabo a serem colocados nos próximos três anos. O acordo
foi assinado pela Electricité de France, pelos ministros de Desenvolvimento
e da Indústria e pela RTE. O gerente da RTE também pediu que se
reduzisse a rede atual de linhas expostas de alta voltagem, correntemente
de 100.000 km. Não houve um orçamento alvo previsto no acordo.
Enterrar linhas numa escala massiva custaria dezenas de milhões
de dólares à EdF. Enterrar as linhas custará cerca de US$ 78.5
mi a mais do que instalar linhas normais, declarou a RTE. (Platts-18.02.2002)
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9- Central Puerto suspende pagamento de US$300 mi em
dívidas |
A geradora argentina Central Puerto suspendeu os pagamentos de
todas as suas obrigações financeiras em face à situação econômica
da Argentina, segundo declarou o CEO da Central Puerto, Horacio
Turri. As dívidas da empresa somam US$300 mi. "A situação mudou,
e decidimos renegociar todas as nossas obrigações financeiras.
Nenhum pagamento vai ser feito enquanto essas negociações estiverem
em andamento", disse Turri. "Fomos forçados a isso pela situação
do país e do setor de energia em particular", ele disse. A Central
Puerto e outras geradoras argentinas enfrentam custos denominados
em dólar e suas receitas são em peso, o que afeta o equilíbrio
financeiro. No entanto, as operações não estão ameaçadas. "Não
temos nenhum problema operacional. Vamos honrar nossas obrigações
comerciais e, enquanto isso, as operações continuam normalmente
e com eficiência ", disse Turri. (Business News Americas-15.02.2002)
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10- Truques contábeis da Enron chegam à Bolívia |
Os truques multimilionários de contabilidade da Enron também aconteceram
na Bolívia. De acordo com as últimas investigações, a transnacional
energética teria cultivado conexões estratégicas com embaixadores,
funcionários e familiares de chefes de Estado de diversos países.
Durante o governo de Gonzalo Sánchez, a entrada da Enron na Bolívia
teria sido facilitada por contratos contrários aos interesses
nacionais. A embaixadora boliviana nos EUA, Marlene Fernández,
disse não ter informação precisa sobre o impacto do escândalo
da Enron na Bolívia, mas que estava realizando investigações.
O governo dos EUA foi, desde 1992, um dos principais fomentadores
da expansão internacional da Enron, fornecendo US$ 1.7 bi para
seus acordos estrangeiros. Na Bolívia, a Enron registrou ingressos
de US$ 655 mi em 1999, mediante truques de contabilidade do tipo
mark to market. Com o fim de evitar confitos de interesses, já
que o gasoduto Brasil-Bolívia estava conectado a uma usina da
própria Enron, a companhia vendeu 13% das ações da usina por US$
11,3 à LJM1, que não era nada mais do que uma das sociedades fictícias
controladas pelo executivo da Enron, Andrew Fastow. (Los Tiempos-18.02.2002)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
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de pesquisa: Ana Clara Cruz, Fernando Fernandes, Pedro Furley, Rodrigo
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As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
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