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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 819 - 18 de fevereiro de 2002
Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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índice

regulação

1- Mudanças no MME ocorrerão por etapas

As mudanças previstas na estrutura do Ministério de Minas e Energia para deixá-lo mais forte após o racionamento devem ocorrer por etapas. O primeiro passo pretendido pela pasta é instalar as três novas secretarias, com a nomeação de seus titulares, antes do detalhamento das atribuições de cada uma delas. O que parece um contra-senso é visto pelos responsáveis pela reestruturação como estratégia para obter ganhos qualitativos na nova estrutura organizacional da pasta. Os secretários juntos poderiam discutir a redistribuição de funções que ocorrerá com a mudança. Também ficaria mais fácil a definição das demais pessoas da equipe. O Ministério das Minas e Energia já encaminhou uma minuta de portaria ao Ministério do Planejamento propondo a implementação por fases, mas não tinha recebido o sinal verde até a sexta-feira. A intenção ainda é nomear os novos secretários até o fim deste mês, segundo informações de uma fonte do ministério. (Valor Econômico-18.02.2002)

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2- Pedro Parente manterá controle do setor até junho

As rédeas do setor elétrico nacional continuarão sendo controladas pelo ministro da Casa Civil, Pedro Parente, até junho, quando ele acredita que as 33 medidas de revitalização deste segmento já estejam em vigor. Em quase nove meses de racionamento, foi sancionada uma lei e editadas oito medidas provisórias, 116 resoluções e 129 circulares. Estes documentos produzidos pela GCE puderam ao longo do tempo tornar mais flexível o consumo de energia para clientes residenciais, industriais, comerciais e rurais. Para fazer frente às perdas de receitas que as concessionárias tiveram no racionamento, a GCE autorizou reajuste de 2,9% para as contas dos consumidores residenciais e rurais e de 7,9% para as demais classes de consumo. Os especialistas da GCE produziram desde documentos que apontaram desde as causas da crise energética até as formas de aumentar a oferta de energia a curto prazo. Segundo levantamento feito pelo Comitê de Revitalização do Modelo do Setor Elétrico, 33 problemas devem ser equacionados dentro dos próximos quatro meses. (Jornal do Brasil - 18/02/2002)

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3- Será criada Câmara de Energia

Haverá na nova estrutura do MME uma Câmara de Energia. Terá, em menor proporção, poderes semelhantes aos da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE). O objetivo da Câmara é fazer interface das políticas energéticas com as demais políticas do governo e monitorar as condições de atendimento da demanda, as políticas e os planos setoriais. Será criada ainda uma assessoria econômica. A Secretaria de Mineração, que já existe na atual estrutura, também deve ser reforçada, com a adoção de novas políticas de desenvolvimento da indústria mineral. Consultores que trabalharam na elaboração da nova estrutura constataram que o atual ministério é concentrado nas atividades de energia e de mineração. (Valor Econômico-18.02.2002)

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4- Sérgio Bajay pode ser secretário de Política e Planejamento Energético

Além da Secretaria de Petróleo e Gás, o "novo" Ministério das Minas e Energia terá duas novas secretarias - uma de Política e Planejamento Energético e outra de Energias Alternativas, Eficiência Energética e Meio Ambiente. Pessoas próximas ao ministro José Jorge defendem a indicação de Sérgio Bajay para ocupar o cargo de secretário de Política e Planejamento. Professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Bajay foi um dos principais responsáveis pela elaboração do Plano Decenal como diretor do Departamento Nacional de Política Energética. O departamento é vinculado hoje à Secretaria de Energia e terá status próprio na nova estrutura. No ministério, entende-se que a pouca atenção dada ao planejamento nos últimos anos foi uma das razões da crise energética que levou ao racionamento. (Valor Econômico-18.02.2002)

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5- Governo prepara um código do consumidor de energia

O governo prepara um código do consumidor de energia, semelhante ao que existe na telefonia. O novo código vai exigir das empresas um atendimento mais eficiente com a instalação de postos para atendimento pessoal ao público com limite de tempo para espera na fila. O serviço de atendimento gratuito por telefone vai continuar, mas as empresas terão que reforçar o número de pessoas para fazer o atendimento. O governo também vai estabelecer multas pelo não cumprimento do código. O blecaute serviu para o governo como uma espécie de teste para avaliar a atuação das concessionárias no atendimento ao usuário de energia. A conclusão foi que as empresas não estão cumprindo este papel satisfatoriamente. (O Globo - 18/02/2002)

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6- Projeto da Aneel unifica ouvidorias

A Aneel está desenvolvendo um projeto que prevê a unificação do serviço de ouvidoria das agências estaduais conveniadas. O superintendente de Mediação Administrativa da Aneel, Manoel Negrisoli, anunciou que, em princípio, o projeto será testado, como projeto piloto, no estado de Alagoas e em seguida no estado de Pernambuco. Até o final deste ano, mais 12 Estados devem fechar contrato de unificação com a Aneel. Manoel Negrisoli explicou que o sistema, além de garantir um atendimento mais uniforme e qualificado ao consumidor, deverá reduzir o custo da operação das ouvidorias pago pela Aneel, levando em consideração que as agências conveniadas não precisarão contratar o mesmo tipo de serviço. Negrisoli acrescentou que nada mudará para o consumidor, que continuará ligando para o telefone 0800 da agência de seu estado, a quem caberá, inclusive, responder às suas dúvidas. (Gazeta Online - 18/02/2002)

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7- Aneel determina devolução do Anexo 5

A Aneel publicou uma resolução na sexta-feira, às vésperas do Carnaval, determinando que as elétricas retirem dos seus balanços do segundo e terceiro trimestres os ganhos com o Anexo 5 dos contratos iniciais. A subtração dessa receita vai impactar violentamente nos resultados das empresas, já que as companhias vinham obtendo lucros pífios, ou mesmo prejuízos, ao longo de 2001. A Eletropaulo, por exemplo, obteve ganhos de R$ 577 mi com o Anexo 5 no período, que terão que ser retirados da contabilização. O presidente da distribuidora, Luiz David Travesso, disse que já esperava tal determinação da agência, mas ainda não sabe se terá que republicá-los ou se poderá fazer o ajuste no relatório do quarto e último trimestre de 2001, que ainda não foi divulgado. Ele explica que não houve ilegalidade na aplicação da cláusula, que estava prevista nos contratos iniciais fechados com as geradoras. O superintendente de fiscalização econômica e financeira da Aneel, Rodolfo Rufino, disse que todas as 70 distribuidoras que assinaram o acordo com o governo no fim do ano para ter direito ao aumento extraordinário de tarifa e financiamento terão que abrir mão dessa receita. (Valor - 14/02/2002)

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8- Liminar obriga novo cálculo de tarifas elétricas

Em liminar assinada na sexta-feira, o juiz da 22 Vara da Justiça Federal de São Paulo, Venilto Paulo Nunes Júnior, obriga a Aneel a mudar a atual fórmula de cálculo das tarifas de energia. Nunes Júnior quer que o cálculo passe a considerar as receitas que as concessionárias estaduais podem obter com a venda de energia excedente no MAE. A decisão do juiz vale para todo o país. "A Aneel tem sido benevolente com as empresas distribuidoras de energia e incoerente consigo própria", afirma o procurador Rodrigo Valdez de Oliveira, autor da ação civil pública. A liminar garante a mudança da fórmula de cálculo, mas o Ministério Público Federal quer ir além disso. A mesma ação civil pública pede que sejam revistos todos os reajustes de tarifas autorizados pela Aneel desde julho de 1999. Mas este pedido só deve ser examinado pelo juiz quando for julgado o mérito da ação. (O Globo - 14/02/2002)

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9- Aneel define normas para balanço das elétricas

As distribuidoras de eletricidade deverão incluir como receita operacional dos balanços de 2001, os recursos que vão entrar em caixa, ao longo dos próximos anos, com o reajuste extraordinário de tarifas autorizado pelo governo para compensar as perdas do racionamento. Os mesmos valores também deverão constar do ativo circulante e do realizável a longo prazo. Esta é uma das determinações da Resolução n 72 da Aneel, publicada sexta-feira no Diário Oficial da União. O documento estabelece um critério único de contabilização para os valores resultantes do grande acordo do setor que, fechado em dezembro de 2001 com intermediação da GCE, permitiu a recuperação das perdas de faturamento derivadas do racionamento. Segundo Romeu Donizete Rufino, superintendente de fiscalização econômica e financeira da Aneel, a resolução 'deverá ser obedecida por todas as empresas do setor que operam no mercado local, independentemente de serem ou não de capital aberto no País'. (Gazeta Mercantil - 14/02/2002)

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10- Três pontos básicos nas normas para balanço das distribuidoras

O documento que define normas para balanço das distribuidoras de eletricidade, publicado sexta-feira no Diário Oficial da União, pode ser dividido em três grandes tópicos. O primeiro disciplina a incorporação das receitas provenientes do reajuste tarifário que compensa a perda de faturamento entre junho e dezembro de 2001. O segundo define o tratamento a ser dado aos chamados custos não gerenciáveis das tarifas entre janeiro e 25 de outubro de 2001. Trata-se da chamada parcela A, que abrange, entre outros, o impacto da variação cambial sobre a energia adquirida de Itaipu. Finalmente, o terceiro trata das operações de compra de energia elétrica no mercado livre. (Gazeta Mercantil - 14/02/2002)

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11- Aneel faz edição especial do Boletim Energia com balanço de 2001

Até o dia 21.02.2002, a Aneel estará distribuindo a edição especial do Boletim Energia com o balanço do setor elétrico brasileiro. A publicação registrará que, enquanto em 1998 a capacidade de geração no Brasil era de 65.200 MW, no final de 2001 chegou a 74.987 MW, provenientes das 1.045 usinas, entre hidrelétricas de médio e grande porte, termelétricas, eólicas e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). O Boletim traz também dados consolidados do ano passado, segundo os quais existem 58 usinas em construção e outras 242 concedidas ou autorizadas pela Agência. (Aneel - 13.02.2002)

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risco e racionamento

1- Indenizações pelo apagão devem chegar a R$ 3 mi

A Aneel calcula que as distribuidoras de energia terão que pagar R$ 3 mi em indenizações aos consumidores que tiveram prejuízos com o apagão ocorrido no dia 21 de janeiro, deixando 76 milhões de pessoas no escuro em dez estados e no Distrito Federal. Somente na semana do blecaute, provocado por um parafuso frouxo de um dos cabos de transmissão da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira até Araraquara, em São Paulo, a Aneel recebeu mais de cem mil telefonemas com reclamações e pedidos de informações dos consumidores. O valor das indenizações que serão pagas pelo blecaute deste ano é o dobro do desembolsado pelas empresas no apagão de 1999 e, segundo a Aneel, o aumento aconteceu porque a população está mais consciente de seus direitos. - A notícia de que é possível ser indenizado pelos prejuízos com queda de energia já começa a fazer parte da cultura dos brasileiros - disse o Superintendente de Mediação Administrativa Setorial da Aneel, Manoel Negrizoli. (O Globo-18.02.2002)

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2- Governo está preparando código do consumidor de energia

O governo está preparando um código do consumidor de energia, semelhante ao que existe na telefonia. O novo código vai exigir das empresas um atendimento mais eficiente com a instalação de postos para atendimento pessoal ao público com limite de tempo para espera na fila. O serviço de atendimento gratuito por telefone vai continuar, mas as empresas terão que reforçar o número de pessoas para fazer o atendimento. O governo também vai estabelecer multas pelo não cumprimento do código. O apagão serviu para o governo como uma espécie de teste para avaliar a atuação das concessionárias no atendimento ao usuário de energia. A conclusão foi que as empresas não estão cumprindo este papel satisfatoriamente. - As concessionárias conservaram a cultura das empresas estatais de não prestarem satisfação ao público. É preciso mudar essa prática - disse Negrizoli. (O Globo-18.02.2002)

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3- Aneel orienta clientes a recorrerem às concessionárias

A Aneel está orientando os consumidores que tiverem algum aparelho eletroeletrônico danificado pelo blecaute que entrem em contato imediatamente com suas prestadoras de serviço, mesmo com a lei garantindo um prazo de 90 dias para fazer a reclamação. O prazo, no caso, expira no dia 21 de abril. Depois da entrada do pedido de ressarcimento, a concessionária tem 30 dias para responder se concorda ou não em pagar o conserto do bem. Normalmente a concessionária exige um orçamento de três oficinas, ou apenas de uma, desde que autorizada. Segundo o governo, o cliente deve exigir o número do protocolo do processo que deu entrada na concessionária para o caso de ter que recorrer à agência, se não concordar com o diagnóstico. Só depois disso, se o cliente se sentir prejudicado, é que deve ligar para a Aneel, responsável pela mediação de conflitos entre consumidores e fornecedores de energia elétrica. - É preciso seguir o rito normal. Esse rito tem que passar, obrigatoriamente, pela concessionária. Não adianta ligar em primeiro lugar para a Agência - disse Negrizoli. (O Globo-18.02.2002)

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4- Aneel acredita que concessionárias estão mais preparadas para avaliar pedidos de ressarcimento

No apagão de 1999, quando houve um problema na usina de Bauru, em São Paulo, as prestadoras de serviço receberam 15 mil pedidos de indenizações. Elas indeferiram 38,89% das solicitações. Agora, a Aneel acredita que as prestadoras de serviços estão mais preparadas para avaliar o que deve ou não ser ressarcido. A agência vem ministrando cursos de treinamento para orientar o corpo técnico das concessionárias neste sentido. O telefone da Aneel é 0800 612010. (O Globo-18.02.2002)

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5- Fim do racionamento deve ser retroativo a fevereiro

Na solução que será apresentada hoje na reunião técnica do "ministério do apagão", o racionamento teria acabado, na prática, no dia 31 de janeiro. Dessa forma, o presidente anunciaria amanhã o fim "retroativo" do racionamento, e os consumidores não precisariam esperar até março para ficar livres das restrições ao consumo de energia elétrica. Essa foi a saída encontrada para evitar dificuldades operacionais para as distribuidoras de energia. Se o racionamento acabasse no dia 19 de fevereiro sem ser retroativa ao dia 1º, um cálculo complicado teria que ser feito para apurar o pagamento de bônus e a cobrança de sobretaxa. Na solução que será apresentada ao presidente FHC, quem consumiu mais energia do que o permitido em fevereiro não pagaria sobretaxa na conta que receberá no mês de março. Em compensação, os consumidores que economizaram além do necessário também ficariam sem o bônus. (Folha de São Paulo - 18/02/2002)

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6- Fim do racionamento não é eleitoral, diz Parente

O presidente da GCE, ministro Pedro Parente, informou, em nota informativa distribuída no Palácio do Planalto, que a eventual decisão da GCE de anunciar, dia 19, a suspensão do racionamento de energia em todo o País estará tecnicamente fundamentada em indicadores precisos fornecidos pelo ONS e avalizados pelo Núcleo Executivo da GCE. Rebatendo alegações segundo as quais a suspensão do racionamento seria precipitada e teria motivações eleitorais, Parente, que se encontra na Europa realizando um ciclo de palestras, disse que essas alegações possivelmente refletem falta de informação ou má-fé. "Estamos absolutamente seguros do que estamos fazendo, e eu assumo toda a responsabilidade pelo que for proposto ao presidente da República", assegura Parente. "Eu nunca iria propor algo que tivesse risco". O ministro reafirma, na nota, sua "irrestrita confiança nas projeções do ONS, com respaldo na rigorosa aprecisão dos dados que permitiram a definição, em maio de 2001, da curva-guia de segurança que foi utilizada durante o restante do ano para administrar a crise". (Estado de São Paulo - 18/02/2002)

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7- Ano eleitoral preocupa investidor em energia, diz Parente

Os investidores estrangeiros da área de energia elétrica estão preocupados com a possibilidade de o ano eleitoral no Brasil causar uma obstrução nos esforços do governo para reestruturar o setor, segundo afirmou, em Londres, o coordenador da GCE, ministro Pedro Parente. Parente participou de um almoço com investidores estrangeiros do setor elétrico. "A percepção é de que as pessoas estão preocupadas se as medidas serão implementadas por causa do ano eleitoral", disse. Apesar da preocupação dos investidores, a opinião do ministro é que os investimentos devem continuar fluindo para o país. "Não acredito que as eleições possam atrapalhar os investimentos, que são mais de médio e longo prazos", afirmou. Parente ponderou ainda que as eleições não devem influenciar de forma significativa os esforços para normalizar o fornecimento de energia elétrica no país. "Nenhum partido correria o risco de deixar de lado um setor tão importante", disse. (Folha de São Paulo - 18/02/2002)

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8- Conferência debate produção e uso de energia nos próximos 20 anos

A Academia Brasileira de Ciências e a Unicamp prepararam, para a partir desta segunda-feira, 18/02/2002, até quarta-feira, 20/02/2002, no Centro de Convenções da Unicamp, em Campinas (SP) a Conferência Sustentabilidade na Geração e Uso de Energia no Brasil: os Próximos Vinte Anos, que contará com especialistas brasileiros e de outros países, buscando trazer a experiência internacional mas focalizando problemas específicos do contexto nacional. A conferência foi organizada para, extrapolando o caráter informativo, provocar e explorar o intercâmbio de idéias entre o meio acadêmico, órgãos governamentais e o setor produtivo. A seleção de temas e palestrantes permite que a conferência constitua não só uma base para a prospecção de tecnologias, como também, uma fonte de informações atualizadas sobre sua adequação social e ambiental, além de econômica, ao contexto brasileiro. O conteúdo poderá trazer uma contribuição importante para uma concepção mais ampla do planejamento energético no Brasil, buscando metas de sustentabilidade a médio e longo prazo, avalia Isaias Macedo, assessor especial da reitoria. (Cruzeiro do Sul - 18/02/2002)

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9- Redução de consumo no horário de verão foi inferior a do ano passado

Especialistas afirmam que o principal efeito do horário de verão não é a economia de energia proporcionada, relativamente pequena, mas a redução da demanda de carga nos horários de pico, reduzindo as possibilidades de apagões. Nesta edição do horário de verão, que terminou à meia-noite de sábado, a economia de energia nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste foi de aproximadamente 0,7% do consumo para o período. A redução de consumo foi inferior à registrada no ano passado nas mesmas regiões, que foi de 1%. O coordenador de projetos da Fundação Getúlio Vargas e ex-presidente da Light (quando a empresa era estatal), Luiz Oswaldo Aranha, afirma que as principais vantagens são para o sistema de transmissão e distribuição nos horários de pico, que ficam menos sobrecarregados. (Valor Econômico-18.02.2002)

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10- Consumo de energia caiu 7,8% no carnaval

A Light informou que o consumo de energia em sua área de concessão no estado do Rio de Janeiro caiu 7,8% no carnaval sobre a semana anterior. No mês, o consumo está 9% abaixo da meta. Já na Região dos Lagos, área da Cerj, o consumo caiu 11,5% no carnaval comparado ao mesmo período de 2001. Nos 66 municípios atendidos pela Cerj, a redução foi de 19,8%. (O Globo - 15/02/2002)

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11- Produtividade energética brasileira aumentou em 2001

No conjunto, a produtividade energética da indústria brasileira aumentou em 2001, depois de ter despencado 11% na década passada. A indústria produziu 1,1% menos no período junho-outubro de 2001 em relação ao mesmo intervalo do ano anterior. E fez isso com um corte de 14% no consumo de energia, segundo dados dos boletins mensais de consumo de energia elétrica da Eletrobrás. (Valor Econômico-18.02.2002)

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12- Interior paulista economizou 0,9% de energia no horário de verão

O mercado da CPFL - que atende 234 municípios do interior do Estado de São Paulo - economizou 0,9% no horário especial de Verão, que teve início no dia 14 de outubro e acabou a 0h deste sábado. Os municípios que integram a área de concessão ca CPFL já estavam economizando também uma média de 25% de energia elétrica, desde que teve início o programa de redução no consumo de energia. A economia registrada pela CPFL neste horário de verão é suficiente para abastecer uma cidade como Campinas por um período de quase nove dias. De acordo com o gerente do Departamento de Operação do Sistema da companhia, Luís Henrique Ferreira Pinto, o volume economizado corresponde exatamente ao que a empresa estava estimando para este ano. "Com o racionamento incluso neste período ficou difícil mensurar exatamente o que foi economizado. Em alguns casos tivemos que fazer uma estimativa, pois a economia já vinha sendo feita. Mas imaginávamos uma economia em torno de 1%", explicou. (Diário do Povo-18.02.2002)

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13- Para CPFL, clima impediu economia maior

O gerente do Departamento de Operação do Sistema da CPFL, LuísFerreira Pinto disse que o pico de economia durante o horário de verão foi registrado no ano de 2000, quando o mercado chegou a reduzir o consumo em 1,26%. No entanto, em outros períodos a redução foi abaixo de 0,9%. "Tudo depende das características do tempo. Este ano deu menos, devido ao clima. Mas estes 0,9% é um número muito bom e representa 56 mil GW/h e num momento em que o Brasil precisa desta redução", ressaltou. (Diário do Povo-18.02.2002)

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14- Fim do racionamento ameaça a oferta de energia no Nordeste

Na avaliação de especialistas do setor elétrico, os critérios políticos, e não técnicos, pautam a decisão do Governo Federal de encerrar o racionamento no Nordeste, o que deixa a região sob o risco, em 2002, de um novo período de economia forçada de eletricidade. Entre os principais perigos apontados pelos especialistas estão o fato de a maioria dos novos empreendimentos em geração só entrar em operação entre 2003 e 2004, a falta de regulamentação em várias áreas do setor, a atual situação dos reservatórios das hidrelétricas e o aumento do consumo.`O Governo Federal tomou uma decisão política. Anunciou antecipadamente, em janeiro, o iminente fim do racionamento nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. Foi um momento de euforia, que poderá ter um alto preço no Nordeste, onde a situação do sistema elétrico ainda é delicada`, adverte o economista Alexandre Rands, sócio da consultoria Datamétrica (Recife) e especialista no setor elétrico. Para ele, se necessário, o Nordeste deveria ficar um pouco mais sob racionamento - mesmo após o fim da economia forçada em outras regiões - a fim de se afastar completamente a possibilidade de nova crise em 2002. (Gazeta Mercantil - 18/02/2002)

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15- Secretário de Energia lamenta fim de horário de verão

Depois de 126 dias, termina à meia-noite deste sábado, o horário de verão nos estados das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Roraima e Tocantins. Este ano a medida durou uma semana a menos do que o ano passado e três semanas a menos do que 1999. Para o secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio, Wagner Victer, a redução do tempo se deve ao pensamento equivocado de que o horário de verão tem só ganhos no setor de energia. 'Os benefícios econômicos são muito grandes. O Rio de Janeiro é bastante sensível ao horário de verão por ser litorâneo. Esse é um horário tipicamente carioca', rebate Victer. Segundo o secretário, 91% dos prefeitos do Estado do Rio gostariam que o horário de verão fosse maior. 'O período é considerado como turístico e gera milhares de empregos. O dia é 10% mais longo do que o normal e tem um ganho econômico que supera o ganho energético', explica o secretário. De acordo com Victer, o horário de verão possibilitou uma economia geral de energia na faixa de 0,7% nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. 'Este ano um dos principais benefícios do horário de verão, que é a redução da demanda durante o chamado horário de pico, que tradicionalmente fica na faixa de 5%, não se fez necessária visto que estas cargas foram compulsoriamente reduzidas pelo racionamento de energia', informou o secretário. (Gazeta Mercantil - 15/02/2002)

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16- Hidrelétricas desperdiçam água de reservatórios

O racionamento vem levando nove usinas a jogarem água fora. Como os geradores dessas unidades estão produzindo menos energia do que poderiam pôr no mercado, hidrelétricas como Porto Primavera e Jupiá (bacia do Rio Paraná) desperdiçam, juntas, 4.755 metros cúbicos de água por segundo. A Itaipu Binacional tem jorrado 5.301 metros cúbicos por segundo. Isso está acontecendo, segundo dados do ONS, em nove dos 27 grandes reservatórios do país. Na prática, estas usinas deixam de produzir, em média, 10.056 MW - ou 40% da carga necessária para as regiões Sudeste e Centro-Oeste. Em nota, o ONS rebateu críticas e negou que haja desperdício de água. As barragens do Sudeste e Centro-Oeste já atingiram o patamar mínimo fixado pela GCE para acabar com o racionamento, em vigor desde junho. A assinatura do decreto presidencial, no entanto, foi agendado para terça-feira. Até lá, o presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente da GCE, ministro Pedro Parente, e o ministro de Minas e Energia, José Jorge, já estarão de volta de viagens ao exterior. (Jornal do Brasil - 15/02/2002)

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17- Meta do setor público cai para 17,5%

O governo divulgou, dia 14.02.2002, mais uma medida de abrandamento do racionamento de energia, cujo término poderá ser divulgado na próxima terça-feira. Desta vez, a Câmara de Gestão da Crise de Energia reduziu pela metade a meta de economia dos órgãos da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, que passará de 35% para 17,5%, tendo por referência o mesmo mês do ano 2000. O presidente Fernando Henrique Cardoso assinará publicará amanhã, no Diário Oficial da União (D.O.), o decreto 4.131, formalizando a redução do plano de contigenciamento do setor público, com exceção das áreas consideradas essenciais - serviços de saúde, segurança, transportes. (Gazeta Mercantil - 14/02/2002)

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18- Distribuidoras pagarão R$ 3 mi em indenizações

A Aneel calcula que as distribuidoras de energia terão que pagar R$ 3 mi em indenizações aos consumidores que tiveram prejuízos com o blecaute ocorrido no dia 21 de janeiro, deixando 76 milhões de pessoas no escuro em dez estados e no Distrito Federal. Somente na semana do blecaute, provocado por um parafuso frouxo de um dos cabos de transmissão da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira até Araraquara, em São Paulo, a Aneel recebeu mais de cem mil telefonemas com reclamações e pedidos de informações dos consumidores. O valor das indenizações que serão pagas pelo blecaute deste ano é o dobro do desembolsado pelas empresas no de 1999 e, segundo a Aneel, o aumento aconteceu porque a população está mais consciente de seus direitos. (O Globo - 18/02/2002)

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19- Economia no consumo de energia foi pequena

Especialistas afirmam que o principal efeito do horário de verão não é a economia de energia proporcionada, relativamente pequena, mas a redução da demanda de carga nos horários de pico, reduzindo as possibilidades de blecautes. Nesta edição do horário de verão, que terminou à meia-noite de sábado, a economia de energia nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste foi de aproximadamente 0,7% do consumo para o período. A redução de consumo foi inferior à registrada no ano passado nas mesmas regiões, que foi de 1%. O coordenador de projetos da FGV e ex-presidente da Light, Luiz Oswaldo Aranha, afirma que as principais vantagens são para o sistema de transmissão e distribuição nos horários de pico, que ficam menos sobrecarregados. Segundo Aranha, o horário de verão só é importante em termos de economia de energia para um sistema elétrico de base termelétrica. Entretanto, para o sistema brasileiro, que tem mais de 90% da matriz energética de base hidrelétrica, ele acredita que a medida não traga muitos benefícios em relação à redução de consumo. No Estado do Rio de Janeiro, a economia de energia representou 0,7% do consumo previsto para o período, que equivale a 26 MW médios. No horário de pico, a redução de demanda foi de 3,8%, que representa 196 MWh/h. (Jornal do Commercio - 18/02/2002)

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20- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Financiamento do BNDES aliviará o balanço das energéticas

As empresas de energia contam com a liberação do financiamento do BNDES, em tempo hábil, para ser contabilizado como receita no quarto trimestre de 2001. O dinheiro amenizaria o impacto da subtração da receita do Anexo 5 dos contratos de compra e venda de energia fechados entre geradoras e distribuidoras. A receita proveniente do Anexo 5 foi contabilizada por algumas elétricas nos balancetes do segundo e terceiro trimestres do ano passado. A Eletropaulo, por exemplo, registrou R$ 577 mi de faturamento nessa operação e a Bandeirante, R$ 331 mi. A mesma resolução da agência (nº 72), que determina o expurgo da receita do Anexo 5, reconhece o direito de recuperação das perdas com o racionamento. As companhias deverão calcular esse montante e o valor passará por uma homologação da Aneel. O BNDES adiantará os recursos via financiamento e as garantias do seu pagamento são os aumentos extraordinários nas tarifas por um prazo de três anos. (Valor - 15/02/2002)

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2- Usina Monte Claro inicia obras em março

Em março começa a sair do papel o projeto de R$ 430 mi da Ceran, para construção de três hidrelétricas no Rio Grande do Sul com capacidade total de 360 MW. A primeira das usinas, a de Monte Claro, recebeu na semana passada a licença de instalação da Fepam para gerar 130 MW e as obras terão início no próximo mês. Os acionistas da Ceran são a CPFL, com 65% de participação, a CEEE, com 30% e a Desenvix (braço investidor da Engevix ), com 5%. O diretor-superintendente da companhia, Paulo Roberto Fraga Zuch, disse que a energia produzida será vendida às próprias distribuidoras do consórcio. O presidente do conselho de administração da Ceran e diretor técnico da CPFL, Miguel Normando Abdala Saad, explicou que a empresa por questões estratégicas e necessidade de investir em geração criou a CPFL Geração. O contrato de fornecimento de energia aos parceiros está em fase de detalhamento, antes de ser enviado ao BNDES. Pelo planejamento financeiro esboçado pelos acionistas, eles vão fazer um aporte de 30% dos recursos, buscar mais 35% no BNDES e os restantes 35% deverão ser obtidos com emissão de debêntures com possibilidade de recompra pelo BNDES numa operação por meio do Banco do Brasil. Zuch afirmou que a documentação final deve ser apresentada ao banco em março e o contrato de fornecimento vai usar como preçoreferência o da Aneel, em torno de R$ 70/MWh. Segundo ele, normalmente os contratos são de longo prazo, com duração de 15 a 20 anos. (Gazeta Mercantil - 18/02/2002)

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3- Hidrelétricas da Ceran marcam primeiro empreendimento conquistado em leilão

As hidrelétricas da Ceran, no Rio Grande do Sul, são o primeiro empreendimento conquistado em leilão da Aneel. A compra de energia será equivalente à participação da CPFL nessa empresa de propósito específico. O grupo CPFL tem uma necessidade de 4 mil MW de energia. A empresa era voltada principalmente à distribuição com uma pequena geração de 107 MW proveniente de 19 centrais hidrelétricas e de uma térmica a óleo com 32 MW. Agora aposta também em projetos de geração dentro do seu processo de restruturação. O presidente do conselho de administração da Ceran e diretor técnico da CPFL, Miguel Normando Abdala Saad revelou que estão previstos investimentos de R$ 1,8 bi na Ceran e em mais três novos empreendimentos, localizados na fronteira do Rio Grande do Sul com Santa Catarina. São as hidrelétricas de Barra Grande, Campos Novos e Foz do Chapecó e em todas as usinas, já licitadas pela Aneel, há a participação da empresa por meio de consórcios. (Gazeta Mercantil - 18/02/2002)

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4- Investimentos inflados em energia eólica

Depois de anos de calmaria, o setor de energia eólica está na iminência de ser embalado por uma rajada de investimentos. Se vingarem todos os projetos autorizados até dezembro de 2001 pela Aneel, serão desembolsados nos próximos quatro anos cerca US$ 3,27 bi em 42 parques, com potência instalada de 3,63 mil MW - o cálculo leva em conta o gasto médio de US$ 900 mil por MW gerado. A conta não inclui outros empreendimentos que estão em estudo de viabilidade e tampouco a instalação de fábricas para construção dos equipamentos de captação (aerogeradores). Do total de 42 projetos, os estados nordestinos devem receber 40 e os outros dois estão previstos para o Rio de Janeiro. Em Bom Jardim da Serra, Santa Catarina, também começa a tomar forma um parque com 21 aerogeradores (12,6 MW) e um equipamento (0,6MW) está sendo instalado na fábrica da Wobben no Pecém. 'Além dos projetos já aprovados, há muitos outros pedidos de registro junto à Aneel', informa o coordenador de Energia e Comunicações da Secretaria da Infra Estrutura do Ceará (Seinfra), Adão Linhares. (Gazeta Mercantil - 18/02/2002)

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5- Créditos da Enron continuam retidos

A Eucatex conseguiu manter no Primeiro Tribunal de Alçada Cível de São Paulo uma liminar que determinou o bloqueio dos créditos da Enron no MAE , até o limite de R$ 12,6 mi. A Eucatex, segunda maior fabricante de artefatos de madeira do Brasil, pediu a medida para garantir o pagamento de uma dívida que a Enron teria com ela. A dívida nasceu da rescisão, pela Enron, de um contrato firmado entre as duas em agosto de 2001, de venda da energia elétrica. Pelo acordo, os 12 MW que seriam gerados mensalmente em uma usina construída pela Eucatex em Salto (SP) seriam comprados pela Enron, durante o período de outubro de 2001 a março de 2003. O juiz relator do recurso apresentado pela Enron contra a liminar, Frank Hungria, decidiu manter, por enquanto, a decisão da primeira instância sobre o bloqueio dos ativos. 'O relator entendeu que o juiz da 38 Vara Cível, Adherbal dos Santos Acquati, não ultrapassou seus poderes ao conceder a liminar', diz o advogado da Eucatex, Eduardo Diamantino.(Gazeta Mercantil - 18/02/2002)

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6- Área de infra-estrutura atrai atenção de companhias alemãs

As empresas alemãs começam a reestudar oportunidades de investimentos no país, depois de passar ao largo de todo o processo de privatização nacional na última década. O setor energético deve atrair o maior foco, mas o interesse abrange outros setores ligados à infra-estrutura: transportes, telecomunicações e obras aeroportuárias. A entrada desses recursos poderá ser acelerada se os governos dos dois países aprovarem um protocolo bilateral facilitando os investimentos alemães no mercado brasileiro. No dia 13/02/2002, em palestra na Câmara de Comércio Brasil-Alemanha, Werner Müller, ministro da Economia e Tecnologia, confirmou o interesse por esse acordo e a intenção das companhias alemães de aplicarem recursos em outras áreas que não a industrial. Confederações empresariais dos dois países estão participando das negociações em torno desse protocolo bilateral. (Valor - 14/02/2002)

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7- Rede Cemat investe R$ 9,1 mi em linha de transmissão

A Rede Cemat está investindo R$ 9,1 mi na construção de uma linha de transmissão em 138 mil volts, ligando a subestação de Campo Novo dos Parecis a Brasnorte distante de Cuiabá 530 km na região nordeste do Estado do Mato Grosso, numa distância de 180 km que estará concluída no mês de março. Na realidade o Grupo Rede está investindo recursos próprios da ordem de R$ 42,6 mi para energizar até 2003 toda a região de Chapadão dos Parecis que produz um terço da produção de grãos do Estado, algo em torno de 4 milhões de toneladas. Partindo da subestação de Campo Novo dos Parecis uma linha de transmissão em alta tensão (138 mil volts) interligará os municípios de Brasnorte, Juara, Juína, Castanheira, Novo Horizonte, Tabaporã, Porto dos Gaúchos, Sapezal e Campos de Júlio, numa extensão de 732 km. Ao longa da linha de transmissão serão construídas 6 subestação e outras quatros serão ampliadas, "tudo isso para garantir a entrega de um produto de boa qualidade", conforme salienta o diretor adjunto de Programas Especiais da Rede Cemat, João Bosco Gomes da Silva. (Rede Cemat - 13.02.2002)

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8- Crise da Enron faz Ernst & Young separar atividades

A Ernst & Young não vai mais prestar serviços de auditoria interna no Brasil para companhias abertas nas quais atua como auditor independente (externo). A empresa é a primeira das chamadas "Cinco Grandes" de auditoria a tomar a decisão desde que a quebra da americana Enron desencadeou uma avalanche de críticas à atuação dos profissionais do setor. Além da Ernst & Young, fazem parte do grupo das cinco maiores Andersen, Deloitte Touche Tohmatsu, KPMG e PricewaterhouseCoopers (PwC). Com a decisão, a empresa passa a cumprir a Instrução 308, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), de maio de 1999, que exige a separação das atividades, mas que foi contestada na Justiça pelas empresas de auditoria. "A credibilidade do setor está em xeque", diz Julio Cardozo, presidente da Ernst & Young. "É preciso dar uma resposta adequada." Ele afirma que as normas de auditoria são boas, mas o papel da auditoria externa no caso Enron - feita pela Andersen - criou uma "percepção" da opinião pública de que elas não seriam adequadas. (Valor Econômico-18.02.2002)

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financiamento

1- Elétricas terão de registrar em balanço operações no MAE

Os balanços de 2001 das companhias elétricas terão de registrar os contratos fechados no âmbito do MAE. A determinação foi comunicada ontem pela Aneel à entidade responsável pela contabilização e liquidação das faturas, a Administradora de Serviços do MAE (Asmae). Ontem, representantes da Aneel, do Conselho de Administração do MAE e dos agentes do mercado discutiram, em São Paulo, uma forma de conciliar a exigência do regulador aos prazos impostos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para publicação dos balanços. A instituição determina que as companhias abertas enviem os balanços de 2001 até 31 de março. (Gazeta Mercantil - 15/02/2002)

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2- Preço cai no fim do racionamento

O preço da energia para as regiões Sudeste e Centro-Oeste no MAE baixou para R$ 9, 25 o MWh nesta semana, depois de chegar a R$ 684 no auge do racionamento. No mês passado a cotação era de R$ 336 o MWh para as duas regiões. A queda vertiginosa nas tarifas se deveu, basicamente, ao enchimento dos reservatórios das hidrelétricas que abastecem as duas regiões. A capacidade de armazenamento nessas bacias chegou a 53,5% do total, segundo o ONS, ultrapassando em meio ponto percentual o limite para o fim do racionamento. A região Norte tem a menor cotação do país, com o MWh a R$ 4,90. No Sul, onde o período de chuvas já se encerrou mas os reservatórios continuam cheios, o MWh está em R$ 8,88. A região Sul ficou livre do racionamento. A pior situação é no Nordeste. Nessa região, que ainda não está livre do racionamento segundo o ONS, o preço do MWh está em R$ 319,41. O valor atual leva em consideração, além dos reservatórios das hidrelétricas, o custo de produção da termelétrica de Camaçari, na Bahia. (Valor - 15/02/2002)

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3- Bolsas de comercialização são opção para ganhar com o aumento das tarifas de energia

O aumento das tarifas de energia tem seu lado negativo, mas o alto preço do insumo também cria novas oportunidades de negócios. Enquanto grandes consumidoras de energia começam a investir em autogeração, outras empresas apostam em bolsas de comercialização. Aproveitando-se das sobras, já que diminuiu o consumo em mais de 50%, a operadora de televisão a cabo TVA vendeu 15 mil KWh no mercado em setembro e outubro. Ao prever um aumento das operações nessa área, distribuidoras e até bancos estão criando seus mercados de compra e venda do insumo. CPFL, Light e Banco do Brasil são alguns exemplos. "Com os novos hábitos, muitos vão vender seus excedentes nas bolsas, que se tornarão um novo filão de negócios", diz Lindolfo Paixão, conselheiro do MAE. (Valor Econômico-18.02.2002)

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financiamento

1- Tesouro testa demanda com venda de mais cambiais

O Tesouro Nacional passa por um teste de fogo hoje. Depois de anunciar mudanças na contabilização dos títulos cambiais que estão nas carteiras dos fundos de investimento, o Tesouro volta a ofertar títulos indexados ao dólar. Alguns profissionais consideram que a demanda pelos títulos pode ficar reduzida e a taxa de juros (que é definida na venda) pode subir. 'O mercado não gostou muito da resolução do BC', disse um diretor de tesouraria. Entre as novas regras para a avaliação financeira dos ativos está a determinação de que os cálculos sejam feitos considerando os dias úteis e comparando o preço médio de ativos, como ações, no dia da avaliação e o preço médio do dia anterior. Além disso, a administradora de recursos será a responsável pela contabilização dos ativos. Antes, não estava claro quem seria responsabilizado em caso de erros. (Gazeta Mercantil - 18/02/2002)

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2- Papéis do leilão de títulos cambiais são atrelados à variação cambial e acrescidos de juros

No leilão de títulos cambiais de hoje, 18/02/2002, vão ser vendidos 650 mil papéis atrelados à variação cambial e acrescidos de juros. Os títulos serão divididos em dois lotes. O primeiro terá 150 mil papéis com resgate em março de 2004. O outro lote terá 500 mil títulos com vencimento em abril de 2003. Este leilão e outros dois já realizados (no total de 1,9 milhão em títulos) vão substituir outros 4,3 milhões de papéis que vencem neste mês. A maior parte dos títulos foi colocada em mercado após o atentado aos Estados Unidos, em 11 de setembro do ano passado. (Gazeta Mercantil - 18/02/2002)

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3- Tesouro Nacional pagou mais caro para vender títulos

A queda-de-braço entre o Banco Central e o mercado financeiro para definir a forma de contabilização dos títulos cambiais fez o Tesouro Nacional pagar mais caro para vender títulos públicos na sexta-feira. Antes da divulgação das novas regras do BC, os investidores estavam receosos em participar do leilão e pediram juros mais altos para comprar os papéis. 'É bom que se resolva esse problema logo porque o BC ainda tem cerca de US$ 3 bi mensais em títulos para rolar em abril, maio e junho', disse o diretor de tesouraria do WestLB Banco Europeu , Clive Botelho. No leilão de sexta-feira foram vendidos 500 mil títulos cambiais com resgate em abril de 2003. A taxa de juros ficou em 8% ao ano, acima dos 7,80% registrado na semana anterior. 'A indefinição com a contabilização dos fundos ajudou a pressionar o leilão', disse um diretor de câmbio de um banco estrangeiro. A cotação do dólar comercial fechou em baixa de 0,25% e era negociada a R$ 2,427, na venda. Já a Ptax, média das cotações do dólar comercial apurada pelo BC, ficou em R$ 2,438, alta de 0,54%. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros ( BM&F ), o contrato de dólar de março caiu 0,25% e valia R$ 2,438. (Gazeta Mercantil - 18/02/2002)

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4- Dólar comercial abre com alta de 0,20% e sai a R$ 2,432 para venda

O dólar comercial abriu as operações de hoje, 18/02/2002, cotado a R$ 2,422 para compra e R$ 2,432 para venda, com alta de 0,20% ante o último fechamento. No pregão da sexta-feira, o dólar comercial fechou com baixa de 0,20%, cotado a R$ 2,4250 na compra e a R$ 2,4270 na venda. O leilão de 500 mil títulos cambiais (NTN-D) realizado no começo da tarde fez a moeda norte-americana inverter a tendência de alta registrada desde a abertura dos negócios. (Valor - 18/02/2002)

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5- BC poderia voltar a reduzir compulsórios

Corte de juros não, mas retomar a redução do recolhimento compulsório sobre depósitos à vista pode ser uma alternativa para o Banco Central tomar em breve, como sinalização de possível afrouxamento da política monetária, sustenta o economista Marcelo Carvalho, do banco de investimentos JP Morgan . 'A inflação acima da meta continua sendo o principal obstáculo a um curto de juros no curto prazo', diz Carvalho, apontando para os 4,8% previstos pelo mercado, quando a meta é de 3,5% para 2002. E o BC não arriscaria cometer o equívoco do ano passado, que abriu com um corte de meio ponto percentual na taxa básica, somente para ter de repor esse mesmo meio ponto em março. Bisar o equívoco corroeria sua credibilidade, sustenta Carvalho, que, no entanto, antevê um possível corte de abril em diante. (Gazeta Mercantil - 18/02/2002)

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gás e termoelétricas

1- Riogen atrai interesse de quatro empresas

Quatro empresas - duas estrangeiras e duas brasileiras - estão interessadas em assumir o projeto da termelétrica Riogen, da americana Enron, em processo de falência nos Estados Unidos. A informação foi dada pelo secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de Janeiro, Wagner Victer. Ele deverá suspender as licenças ambientais do projeto se, em 60 dias, não houver uma definição de quem construirá a usina. Para a construção da termelétrica, serão necessários investimentos de cerca de US$ 500 mi e a capacidade instalada prevista é de 500 MW. A vantagem para a empresa que assumir o projeto seria adquirir um projeto já licenciado. Segundo Victer, esta vantagem pouparia cerca de um ano de trabalho para uma companhia interessada em construir uma termelétrica no Estado. "É como se o empreendedor comprasse um lugar na frente da fila", explica. (Jornal do Commercio - 18/02/2002)

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2- Victer não acredita que novo investidor tenha dificuldades para reincluir Riogen no PPT

A Riogen fazia parte do Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT), que garante o fornecimento de gás às usinas pela Petrobras, mas foi excluída por causa do atraso para o início da sua construção. A previsão inicial era de que as obras começassem ainda em 2001 e que a usina entrasse em operação até o final de 2003. A exclusão da Riogen não significa que a usina não possa voltar a fazer parte do PPT, mas poderá reduzir o interesse dos empreendedores pela usina, uma vez que uma série de projetos esperam para serem incluídos no Programa. O ministro da Minas e Energia, José Jorge, quando anunciou as três termelétricas (entre elas a Riogen) que seriam excluídas do PPT, afirmou que as usinas poderiam voltar a ter a garantia do fornecimento de gás. Entretanto, como a oferta de gás é limitada, a prioridade do Governo será aos projetos que puderem entrar em operação mais rapidamente. O secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, diz não acreditar que o fato represente um empecilho para que outra empresa se interesse pelo projeto. Segundo Victer, o empreendedor que quiser construir a termelétrica não terá problemas para incluí-la novamente no PPT. (Jornal do Commercio-18.02.2002)

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3- Projeto da Riogen pode ser concluído em menos de dois anos tão logo nova empresa o assuma

O projeto da Riogen foi interrompido quando a parte de construção civil deveria ser iniciada. A terraplanagem da área, que pertence à Enron, foi feita em abril do ano passado. Segundo Victer, a partir do início das obras, a termelétrica tem condições de ser inaugurada em um prazo de 20 a 24 meses. Segundo Victer, a secretaria encontrou empresas interessadas, mas estas ainda teriam de negociar com a Enron a aquisição do projeto. Analistas de mercado dizem que o momento não é muito favorável a novos investimentos, mas dependendo da oferta da Enron a negociação poderá ser fechada. (Jornal do Commercio-18.02.2002)

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4- Analistas dão como certa venda da CEG e da CEG-Rio para a Petrobras

Antes mesmo do colapso da Enron, em dezembro, a empresa havia tentado vender alguns dos seus principais ativos no País, como a Elektro, distribuidora de energia de São Paulo, mas sem sucesso por causa do valor pedido. Agora, a expectativa do mercado é de que os preços caiam bastante e surjam boas oportunidades de negócios, já que a empresa tem necessidade de fazer caixa rapidamente. Alguns analistas de mercado já consideram como certa a venda de dois dos principais ativos da Enron no País, CEG e a CEG-Rio, para a Petrobras. Segundo o analista do setor elétrico do Banco Stock Máxima, André Querne, o valor da negociação das duas companhias distribuidoras de gás no Estado do Rio seria de aproximadamente US$ 240 mi.A transação depende ainda de autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que poderá exigir que a estatal venda 2% da participação do Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol), para que deixe de ter o controle acionário do ativo. Entretanto, mesmo que isso ocorra, a Petrobras deverá continuar interessada na negociação.(Jornal do Commercio-18.02.2002)

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5- Inaugurada primeira usina térmica emergencial

Foi inaugurada em Vitória (ES) a primeira das 58 usinas térmicas emergenciais, contratadas pelo governo para funcionar como reserva no caso de haver seca nos próximos três anos. A usina, instalada no Porto de Tubarão, utiliza óleo diesel e terá capacidade para gerar 40 MW. Também hoje foi assinado o último contrato para instalação dessas térmicas. A última unidade será instalada em Goiânia, e terá capacidade para gerar 48 MW. As usinas do programa emergencial, que estão contratadas até 2005, terão capacidade para gerar 2.153,6 MW, para as regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. Deste total, 750 MW de capacidade instalada foram contratadas da empresa Brasympe, do grupo Caterpillar, a mesma que instalou a unidade de Porto Tubarão. As usinas só serão usadas em situações emergenciais, pois seu custo operacional é muito elevado, devido ao uso de óleo diesel. Quando for necessário seu uso, o custo da tarifa mais elevada será distribuído entre os consumidores, sendo que, no caso dos residenciais, só pagará quem consome mais de 350 MW mensais. Já o custo do alguel destes equipamentos será pago por todos os consumidores, com exceção dos de baixa renda. (Estado de São Paulo - 18/02/2002)

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6- Petros acha rentável aplicar em térmicas

A Petros vai investir R$ 75,6 mi na construção das termelétricas de Fortaleza (R$ 52,4 mi), e na térmica de Macaíba (R$ 23,2 mi), no Rio Grande do Norte. Para tocar as obras terá como sócios a Petrobras Distribuidora e o BNDES. A participação do fundo de pensão dos funcionários da Petrobras será de 20% em cada unidade. Os investimentos nas duas usinas - que vão gerar 198 MW a partir de julho - serão de R$ 378 mi. As usinas assinaram um contrato de venda da energia para a CBEE, estatal criada para comprar energia das térmicas do Projeto de Geração de Energia Emergencial. O investimento nas duas térmicas faz parte do plano da Petros de aumentar a participação dos 'project finance' na carteira de investimento. Segundo o presidente da fundação, Carlos Flory, a intenção é aplicar pelo menos um quarto dos R$ 13 bi da carteira em projetos de infra-estrutura. (Gazeta Mercantil - 18/02/2002)

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7- Marco Antônio Almeida deve assumir Secretaria de Petróleo e Gás

Os titulares das novas secretarias do Ministério de Minas e Energia ainda não tiveram seu nome oficializado, mas fontes do ministério já consideram como praticamente certo que Marco Antônio Martins Almeida, técnico da área de petróleo e gás, assumirá a nova Secretaria de Petróleo e Gás. Frederico Maranhão, que foi chefe de gabinete do secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Luiz Gonzaga Leite Perazzo, e desde o fim de janeiro é interino da Secretaria de Energia, deve ser efetivado no cargo. A Secretaria de Energia passará a chamar Secretaria de Energia Elétrica. Maranhão ocupou o lugar de Afonso Henriques dos Santos. Ligado a David Zylberztajn, ex-diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e filiado ao PSDB, Santos se desligou do ministério em janeiro porque ficou isolado durante o racionamento. Ele pretende se candidatar a deputado federal por Minas Gerais. (Valor Econômico-18.02.2002)

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8- Ceará vai ganhar termelétrica de 310 MW

A sociedade Envesa-Energis, que já construiu e opera a hidrelétrica de Cachoeira Dourada, está partindo para novo projeto. Vai construir uma termelétrica de 310 megawatts no Ceará. A brasileira Envesa terá participação de 51%; a chilena Energis, de 49%. (Jornal do Commercio - 15/02/2002)

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9- Angra 2 é destaque de produtividade

A Usina Angra 3, cujo projeto será avaliado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) no próximo semestre, está no centro da discussão sobre a necessidade ou não de se ter a energia nuclear como parte da matriz energética do País. A revista norte-americana Nucleonics Week, considerada a principal publicação sobre energia nuclear no mundo, estampará a central de Angra 2 como a 16.ª maior em produtividade no mundo, entre 440 usinas avaliadas. No ranking, apenas usinas americanas e alemãs aparecem antes dela. E outro país (o Japão) só foi listado no 20.° lugar. Em 2001, Angra 2 gerou um total de 10,5 mil TWh, com excedentes movimentados por Furnas no MAE. Essa geração seria capaz de "alimentar" todo o mercado consumidor do Pará ou do Amazonas e Maranhão juntos. A central somou pontos a seu favor na avaliação da Nucleonics Week com seu fator de disponibilidade, de 94%. Isso significa que o ONS poderia contar quase integralmente com a usina quando precisasse despachar sua produção. E precisou mesmo. Dados da Eletronuclear apontam que, graças a Angra 1 e Angra 2, os reservatórios das hidrelétricas no Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil puderam ser poupados em 12% no ano passado. (Gazeta Mercantil - 15/02/2002)

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10- Procedência de investimentos de Angra 3 é incerta

O silêncio de Gerhard Schröder sobre a construção de Angra 3 em sua visita ao Brasil fez alguns técnicos concluirem que não partirá dos germânicos o financiamento para a construção. Os gastos ainda necessários são estimados em US$ 1,7 bi. Já foram aplicados US$ 750 mi na compra de equipamentos e outros US$ 20 mi anuais na manutenção dessas máquinas. Os alemães foram atores importantes na construção das duas centrais já em operação. Descobrir de que caixa vai sair o dinheiro necessário para Angra 3 dependerá também das modificações no contrato de construção, diz o diretor de nucleotricidade da Aben, Everton Carvalho. Ele acredita que já existam parceiros internacionais interessados, enquanto a indústria nacional espera a decisão final para se voltar ao projeto. Fornecedores de componentes elétricos e mecânicos, de serviços de engenharia, além da própria construção civil seriam beneficiados. (Gazeta Mercantil - 15/02/2002)

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11- INB investe US$ 130 mi para ampliar a produção de urânio na Bahia

A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) - empresa de capital misto, ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia -, já está colocando a mão no bolso. O diretor de nucleotricidade da Aben, Everton Carvalho, que também integra a diretoria da INB, afirma que nos próximos cinco anos haverá um investimento de US$ 130 mi para ampliar a produção de urânio na Bahia. Hoje, a produção nacional é de 400 toneladas, o que permite abastecer integralmente as duas centrais em operação e ainda manter uma reserva. Angra 3 demandará 650 toneladas e a INB se adianta para garantir o abastecimento dos reatores. (Gazeta Mercantil - 15/02/2002)

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12- Tarifa de geração de Angra 1 e 2 será decidido pela Aneel

Além das discussões técnicas sobre a nova usina nuclear, um outro assunto ainda é discutido dentro de quatro paredes. A tarifa de geração de Angra 1 e de Angra 2 é considerada uma das mais competitivas do mundo. Segundo o diretor de nucleotricidade da Aben, Everton Carvalho, as centrais que estão em atividade na União Européia há mais tempo geram o MWh a um valor que varia de US$ 24 a US$ 26. As novas usinas cobram entre US$ 34 e US$ 43, em média. No Brasil, a tarifa atual é de R$ 57,30, informou a Eletronuclear. O valor está abaixo do custo de geração de algumas hidrelétricas instaladas no País, mas pode subir em breve. Fonte do setor informa que a meta da Eletronuclear é de que a tarifa chegue a R$ 80 o MWh. A Eletronuclear, por sua vez, diz que a decisão caberá apenas à Aneel. O órgão regulador está analisando os custos operacionais das duas Angras e prometeu emitir resolução até 31 de março, determinando qual será a nova tarifa. (Gazeta Mercantil - 15/02/2002)

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13- Energia nuclear ainda tem futuro incerto

O futuro da energia nuclear no Brasil é uma incógnita. Quanto mais o governo federal admite que o modelo previsto para o setor elétrico será mantido, mais reforça que a ampliação da oferta estará nas mãos do investidor privado. No caso da geração nuclear, a discussão vai além: significa escolher se o País vai realmente querer que esse tipo de energia tenha participação em sua matriz ou se prefere deixar que o tempo se encarregue de sua extinção, quando acabar a vida útil das centrais. Pela Constituição, o comando da energia nuclear é restrito ao Estado. E se o Estado não quer mais ser o centro dos investimentos, a energia nuclear está, a priori, condenada. Para o diretor de nucleotricidade da Aben, Everton Carvalho, esta é uma discussão que pode ser adiada, para que se considere também tendências internacionais daqui a alguns anos. "É difícil ter um prognóstico hoje. Em outros países, existe a expansão dessa fonte de energia", observa. O próprio Brasil teria capacidade, com as reservas de urânio já descobertas, de abastecer Angra 1, 2 e 3, além de outras três centrais do porte de Angra 2. Tudo isso durante 40 anos. (Gazeta Mercantil - 15/02/2002)

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grandes consumidores

1- Indústria consumiu mais para produzir mesma quantidade na década de 90

Um estudo do Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Paraná (IBQP-Pr) sobre produto industrial e consumo de energia elétrica mostrou que ao longo da década de 90, a indústria passou as consumir 11,8% mais para produzir uma mesma quantidade de produto. No trabalho, os pesquisadores consideram que a menor eficiência no uso de energia por parte do setor industrial entre 1990 e 1999 esteve relacionada à queda de preços relativos desse insumo. Em uma conjuntura de ajustes (Plano Collor I e II e Plano Real), em que outras variáveis de custo assumiram maior relevância, os gastos com este insumo foram colocados em segundo plano. (Valor Econômico-18.02.2002)

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2- Racionamento levou Brastubo a racionalizar uso de energia

O diretor industrial da Brastubo, Luis Antônio Ferreira de Paiva, diz que a empresa, como várias outras, sempre manteve um sistema de manutenção preventiva, mas ao longo dos anos acabou não se preocupando com a modernização dos equipamentos. Em função do racionamento, a empresa dobrou o número de eletricistas na área de manutenção e também contratou um engenheiro projetista cuja principal função é pensar como modernizar equipamentos para torná-los mais eficientes e econômicos. A Brastubo possui quatro unidades, duas de tubos de aço e duas de tubos de polietileno. Na fábrica de São Paulo (tubos de aço), a empresa implantou seis meses antes do racionamento, um programa de conscientização dos funcionários. "Por isso, no primeiro mês, cumprimos a meta só com medidas de racionalização do uso, sem nenhum investimento", conta ele. (Valor Econômico-18.02.2002)

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3- Santista economizou 22,5% de energia durante o racionamento

A Santista Têxtil economizou 22,5% em energia elétrica entre junho de 2001 e janeiro de 2002. Desde 1998 a empresa já vinha implantando medidas de racionalização do uso deste insumo. A companhia instalou novos motores elétricos de alto rendimento e sete equipamentos de refrigeração mais eficientes. Além disso, substituiu as lâmpadas fluorescentes de 40 W por lâmpadas de 32 W com reator eletrônico. A AmBev possui um circuito interno de televisão e utilizou esse instrumento para treinar os funcionários, diz o co-presidente da companhia, Victório De Marchi. Na TRW o envolvimento dos funcionários no controle do uso de energia gerou milhares de idéias das quais 1050 foram implementadas no período de junho a dezembro de 2001, conta o diretor Moisés Bucci. O uso racional de energia na BSH Continental começou três anos antes, conta Valter Santos. "Já chegamos a 2001 com um consumo 20% inferior ao de 1998", diz ele. (Valor Econômico-18.02.2002)

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4- Setor de alumínio quer elevar auto-geração para 50%

As indústrias eletrointensivas buscam aumentar sua auto-suficiência. O setor de alumínio deve investir US$ 1,5 bi para elevar sua autogeração de energia de 13% para 50%. Com a entrada de duas hidrelétricas em Minas Gerais, a Suzano, da área de papel e celulose, por exemplo, deve produzir toda energia que consome em 2004. (Valor Econômico-18.02.2002)

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5- AmBev terá capacidade de auto-geração de 75%

A AmBev adotou várias medidas de controle do uso de energia. Elas reduziram em 10% o consumo mensal da empresa. Temendo o impacto do racionamento sobre sua produção, a empresa comprou 28 geradores (10 deles móveis) e garantiu com isso uma auto-suficiência em fornecimento de energia de 45%, conta o co-presidente da empresa Victorio De Marchi. "Mas estamos instalando unidades de co-geração de energia nas grandes fábricas e até o fim do ano teremos 10 usinas termoelétricas a gás funcionando e garantindo mais 30% de auto-suficiência", acrescenta o executivo. No total, a empresa terá uma garantia de autofornecimento de 75%, embora não pretenda manter os geradores ligados. Eles serão utilizados em caso de emergência. A Ambev investiu US$ 15 mi na compra dos geradores e o projeto das termoelétricas representa um gasto de mais US$ 60 mi. (Valor Econômico-18.02.2002)

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6- BSH vai manter 50% de economia do racionamento

A BSH Continental reduziu o consumo mensal em 30% durante o racionamento. E agora 50% desta economia será permanente, diz o diretor industrial, Valter Santos. Entre as medidas que serão mantidas está o desligamento de 1400 lâmpadas fluorescentes na área administrativa. A empresa mantinha 700 luminárias com quatro lâmpadas cada. Desligou duas delas e acrescentou um refletor em cada luminária, gerando apenas com esta medida uma economia de 10 mil KWh/mês. Além desta, ficam como permanente o serviço de limpeza no horário normal (não no final do expediente), um número três vezes maior de interruptores, horário reduzido no uso do ar condicionado, telhas translúcidas na produção e a alteração no horário de almoço (todos os funcionários de uma sessão param ao mesmo tempo). No início do plano de contingência, a unidade da Mooca - onde são produzidos fogões e depuradores de ar da BSH Continental - consumia 1,2 MW/mês. "Ao longo do racionamento mantivemos o mesmo nível de produção com um consumo 30% menor", informa Santos. (Valor Econômico-18.02.2002)

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7- TRW investiu US$ 1 mi para se adaptar ao racionamento

No ano passado, a TRW consumiu durante o período janeiro-março, 8,4 mil MWh/mês. Nos meses de racionamento, esse volume caiu para 5,9 mil MWh/mês. "E agora, para o primeiro trimestre deste ano, projetamos 6,6 mil MWh/mês", conta Bucci. Na unidade de freios a empresa investiu US$ 1 mi para se adaptar ao racionamento e melhorar sua eficiência energética. Entre as medidas da TRW está a conversão de linhas de galvanização movidas por energia elétrica para um sistema a gás, concentração da fundição em uma única unidade e terceirização. (Valor Econômico-18.02.2002)

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8- CST vai suspender produção em 2003

Por causa da fragilidade energética do Espírito Santo, a Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) decidiu suspender parcialmente, em 2003, a sua futura produção de bobinas de aço do laminador de tiras a quente (LTQ), um empreendimento em construção, orçado em US$ 450 mi. A medida será adotada nos meses de junho a setembro do próximo ano, até que sua quarta usina termelétrica fique pronta. Com isso, deixarão de ser faturados em torno de US$ 30 mi em função das 120 mil toneladas de bobinas que não serão produzidas, segundo o diretor industrial Jackson Duarte. A suspensão temporária da futura produção do LTQ foi, de acordo com Duarte, uma saída encontrada pela empresa para reduzir eventuais riscos de queda de tensão da energia sobre sua planta industrial, durante o período transitório no qual passará a depender do sistema interligado da Eletrobrás. Atualmente, a CST é autosuficiente na geração do suprimento que consome, produzindo 226 MW de potência - e ainda gera um excedente comercializado no mercado, em condições normais, entre 30 e 33 MW. Com o LTQ entrando em funcionamento até junho deste ano, haverá uma sobrecarga no sistema elétrico que abastece o Espírito Santo, estado situado na ponta de linha da rede. (Gazeta Mercantil - 18/02/2002)

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9- Empresas vão manter os geradores funcionando

As empresas que investiram em geração própria para se adequar à economia forçada de energia acreditam ter feito um bom negócio, apesar de estar chegando ao fim o racionamento. As indústrias que apostaram na geração a gás, por exemplo, vão manter os equipamentos operando mesmo depois do concluído o racionamento, pois esta energia chega a ser 20% a 30% mais barata que a das distribuidoras no horário de ponta do sistema elétrico. Já quem adquiriu geradores a diesel, cuja energia é mais cara 30% que a da rede convencional, terá uma espécie de `seguro` contra apagões. Em Pernambuco, a Lanesa, no Cabo de Santo Agostinho, é uma das que fez o investimento mais pesado em geração. Aportou US$ 2 mi num gerador com potência de 5 MW e que opera 70% a gás e 30% a diesel. `No período mais crítico, nossa meta era de 20%. Sem a geração própria, não teríamos como manter a produção e seríamos obrigados a adiar a ampliação da planta. Portanto, fizemos um excelente negócio com a aquisição de geradores. Ficamos livres de sobretaxas e incrementamos a capacidade em 40%. `, diz o gerente industrial da Lanesa, Márcio Miller. (Gazeta Mercantil - 14/02/2002)

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internacional

1- Enron camuflava empréstimos na sua contabilidade

A Enron se utilizou de diversas artimanhas financeiras para desviar a atenção da sua contabilidade. A última descoberta, publicada ontem no New York Times, indica que a companhia apresentava como partidas de respaldo financeiro o que não eram senão empréstimos. Deste modo conseguiu ocultar em suas contas bilhões de dólares em dúvidas. Se a Enron houvesse registrado estas partidas como dúvidas ao invés de colchão financeiro, as agências de qualificação de risco e os analistas industriais teriam descoberto com antecedência que investir na companhia era mais arriscado do que parecia. No total, a Enron recebeu US$ 3.9 bi em empréstimos entre 1992 e 2001. Destes, US$ 2.5 foram conseguidos nos três últimos anos de negócio da Enron. As dívidas pelos empréstimos se somavam à dívida oficial de entre US$ 8 e US$ 10 bi, contabilizados desde 2000. (El País-18.02.2002)

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2- Enron investiu também na campanha de Al Gore à presidência

A Enron traçou um plano para cultivar laços políticos próximos com o então Vice-Presidente Al Gore, durante a campanha presidencial de 2000, na qual ele acabou derrotado por George Bush, embora a companhia tenha sido uma das maiores contribuintes da campanha do próprio Bush. A estratégia de apoiar os dois lados foi desenhada para assegurar que a Enron tivesse influência sobre o próximo presidente, tanto faz quem ele fosse, de acordo com documentos internos da companhia e entrevistas com executivos da Enron e responsáveis pela campanha de Gore. Em Maio de 2000, pouco depois de Gore ter garantido a nomeação para ser o candidato democrata, a Enron contratou a relações-públicas Sally Painter, que fez um plano de seis meses de ação para a Enron ter alcance político entre os democratas nas eleições de 2000. Entre 1999 e 2000, a Enron doou U$ 362.000 a políticos democratas, 46% de todas as suas doações. (New York Times-18.02.2002)

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3- Líderes das companhias de energia se reúnem na Conferência Anual da Cambridge Energy

Os líderes das maiores companhias de energia do mundo e aqueles que aspiram substituí-los vêm à Conferência Anual da Cambridge Energy Research Associates para pensar grande. A conferência desse ano teve como tema " A Nova Face do Risco: Estratégias Energéticas Para Um Mundo Mudado" , um tema escolhido meses antes da quebra da Enron, que mudou o mundo da energia mais do que qualquer um pudesse imaginar. A Enron foi o centro das discussões e apresentações; executivos das principais companhias, quando tiveram a chance de falar, inevitavelmente fizeram questão de assegurar: " Nós não somos a Enron". O diretor de gerenciamento de risco da Williams, Blake Herndon, desabafou: " Nos últimos anos sempre nos perguntavam: por que vocês não são mais parecidos com a Enron? Agora nos acusam: vocês são exatamente iguais à Enron. Isso é uma impropriedade de percepção com todas as companhias do setor energético. Estamos constantemente nos defendendo perante agências de rating e analistas. É cansativo, mas acaba sendo bem para a indústria." (New York Times-17.02.2002)

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4- RWE faz proposta pela Innogy

A imprensa britânica noticiou hoje que a elétrica germânica RWE estaria interessada na aquisição da Innogy, subsidiária da antiga empresa monopolista estatal britânica National Power, tendo mesmo já apresentado uma oferta de US$ 4,09 bi pela firma. Segundo noticiou o jornal britânico "Sunday Times", a oferta da RWE estaria incluída entre as diversas ofertas que a National Power recebeu pela Innogy, a qual detém sete milhões de clientes no país. Os analistas sublinham no entanto que, no ano passado, a dívida da Innogy atingiu os US$ 3,41 bi, depois de esta ter adquirido a Yorkshire Electric e a Northern Electric, de modo a duplicar o seu número de clientes, o que aumentou consideravelmente a sua necessidade de fundos e poderá vir a favorecer a oferta da RWE. (Diário Econômico-18.02.2002)

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5- Lay vendeu US$ 20 mi em ações da Enron quando soube que a companhia iria quebrar

O ex-presidente da Enron, Kenneth Lay, vendeu ações da companhia depois de ter sido avisado por Sherron Watkins de que a companhia iria quebrar por causa das suas transações extra-balanço patrimonial. A revelação deve alimentar as suspeitas de que alguns dos mais altos executivos da Enron venderam a maioria de suas ações nas semanas que precederam a sua concordata em dezembro de 2001, enquanto os funcionários da firma não puderam fazê-lo por restrições nos seus planos de aposentadoria. Relatórios mostram que Lay vendeu cerca de US$ 20 mi em ações da firma no último dia 15 de agosto, quando foi alertado por Watkins do risco de falência da companhia. Essa venda foi apenas parte das realizadas por Lay em 2001, que estiveram entre US$ 70 mi e US$ 100 mi. Elas consistiram na revenda de ações à companhia e foram categorizadas como pagamento de empréstimos. (Financial Times-18.02.2002)

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6- Podem passar anos antes que se conheça o valor preciso das dívidas da Enron Europe

Mais de 80 dias depois de serem indicados, os administradores dos negócios europeus da Enron ainda não tem uma idéia clara do tamanho da exposição da subsidiária. Um dos quatro parceiros da PwC apontado no dia 29 de novembro, Tony Lomas, diz que a complexidade das estruturas corporativas, empréstimos entre companhias e contratos de comercialização indicam que podem passar anos antes que o valor final seja conhecido. Lomas diz que a Enron Europe deve ao menos US$ 1.5 bi à sua matriz. Outras dívidas podem se assomar a US$ 1, US$ 2, US$ 3 bi ou até mais. A subsidiária é parte de uma rede complexa interligando companhias de mais do que 1000 companhias no mundo inteiro e 400 na Europa. Muitas dessas faziam empréstimos e acordos financeiros entre si. A Enron Capital and Trade Resources, por exemplo, deve cerca de US$ 7.16 bi à Enron Europe e é credora de outros tantos com outras companhias do grupo. (Financial Times-18.02.2002)

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7- Eni está criando tecnologia para explorar campos de gás remotos

Em uma refinaria nas cercanias de Sannazarro, uma pequena cidade italiana cerca de 50 km ao sul de Milão, a Eni, companhia italiana de gás e petróleo, está completando testes para uma inovadora usina de liquefação de gás. A Eni gastou US$ 14,32 nessa refinaria como parte de um programa tecnológico que custará US$ 870 mi. A companhia espera que a tecnologia que está sendo desenvolvida em Sannazaro a possibilite explorar reservas remotas de gás. O consumo de gás natural cresceu rapidamente nos últimos vinte anos, bem como as reservas conhecidas. Cerca de um quinto dessas reservas é tido como remoto. O gás pode ser transformado em gás líquido natural para o transporte, mas essa solução não tem boa relação custo-benefício. Para que os campos remotos sejam explorados, é preciso que o gás seja transformado em outros líquidos, como amônia e destilados, que repaguem os custos de produção e transporte. Em Sannazaro, a Eni optou por destilados. (Financial Times-18.02.2002)

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8- RTE enterrará 25% das novas linhas de alta voltagem

A França irá enterrar 25% das suas novas linhas elétricas de alta voltagem sob um novo acordo, disse na Segunda a RTE. O acordo cobre 375 km de linhas de 63.000 e 90.000 volts de um total de 1.500 km de cabo a serem colocados nos próximos três anos. O acordo foi assinado pela Electricité de France, pelos ministros de Desenvolvimento e da Indústria e pela RTE. O gerente da RTE também pediu que se reduzisse a rede atual de linhas expostas de alta voltagem, correntemente de 100.000 km. Não houve um orçamento alvo previsto no acordo. Enterrar linhas numa escala massiva custaria dezenas de milhões de dólares à EdF. Enterrar as linhas custará cerca de US$ 78.5 mi a mais do que instalar linhas normais, declarou a RTE. (Platts-18.02.2002)

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9- Central Puerto suspende pagamento de US$300 mi em dívidas

A geradora argentina Central Puerto suspendeu os pagamentos de todas as suas obrigações financeiras em face à situação econômica da Argentina, segundo declarou o CEO da Central Puerto, Horacio Turri. As dívidas da empresa somam US$300 mi. "A situação mudou, e decidimos renegociar todas as nossas obrigações financeiras. Nenhum pagamento vai ser feito enquanto essas negociações estiverem em andamento", disse Turri. "Fomos forçados a isso pela situação do país e do setor de energia em particular", ele disse. A Central Puerto e outras geradoras argentinas enfrentam custos denominados em dólar e suas receitas são em peso, o que afeta o equilíbrio financeiro. No entanto, as operações não estão ameaçadas. "Não temos nenhum problema operacional. Vamos honrar nossas obrigações comerciais e, enquanto isso, as operações continuam normalmente e com eficiência ", disse Turri. (Business News Americas-15.02.2002)

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10- Truques contábeis da Enron chegam à Bolívia

Os truques multimilionários de contabilidade da Enron também aconteceram na Bolívia. De acordo com as últimas investigações, a transnacional energética teria cultivado conexões estratégicas com embaixadores, funcionários e familiares de chefes de Estado de diversos países. Durante o governo de Gonzalo Sánchez, a entrada da Enron na Bolívia teria sido facilitada por contratos contrários aos interesses nacionais. A embaixadora boliviana nos EUA, Marlene Fernández, disse não ter informação precisa sobre o impacto do escândalo da Enron na Bolívia, mas que estava realizando investigações. O governo dos EUA foi, desde 1992, um dos principais fomentadores da expansão internacional da Enron, fornecendo US$ 1.7 bi para seus acordos estrangeiros. Na Bolívia, a Enron registrou ingressos de US$ 655 mi em 1999, mediante truques de contabilidade do tipo mark to market. Com o fim de evitar confitos de interesses, já que o gasoduto Brasil-Bolívia estava conectado a uma usina da própria Enron, a companhia vendeu 13% das ações da usina por US$ 11,3 à LJM1, que não era nada mais do que uma das sociedades fictícias controladas pelo executivo da Enron, Andrew Fastow. (Los Tiempos-18.02.2002)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Ana Clara Cruz, Fernando Fernandes, Pedro Furley, Rodrigo Rötzsch e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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