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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 814 - 04 de fevereiro de 2002
Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Pacote do governo aposta em investimentos do setor privado

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, confirmou ontem que a premissa do modelo está mantida, apesar das recentes mudanças regulatórias. Ou seja, os investimentos de geração serão confiados à iniciativa privada. Além disso, a segurança do governo é a de que a garantia de liberalização do mercado deverá incentivar os empreendedores. O pacote de medidas anunciado dia 01/02/2002 está contando com o fato de que preços de energia mais altos no futuro estimularão investimentos do setor privado - o que pode não trazer o resultado esperado pelo governo, de aumento da oferta de energia. Segundo o gerente de projetos da consultoria Value Partners, Antonio Rizzo, "o mercado está orientado para a falta de energia num curto prazo, o que indica preços altos no spot. Ninguém vai investir para criar um excesso de produção, baixando os preços no futuro", comenta. Diante disso, deixar nas mãos do investidor privado toda a confiança de que ele promoverá a expansão da oferta de energia no mercado pode ser, no mínimo, perigoso, afirma Rizzo. (Gazeta Mercantil - 01.02.2002)

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2- Medidas tentam segurar reajustes

O Comitê de Revitalização do Setor Elétrico indicou esta manhã que até 2006 as tarifas de energia deverão sofrer um reajuste médio acumulado de 37%, passando de R$ 124 o MWh (valores médios de 2001) para R$ 170 o MWh. Com medidas de contenção a serem tomadas pelo governo nesse período, esse reajuste seria mantido em apenas 21,77%. Na prática, o Tesouro está assumindo, pela segunda vez na história do setor elétrico brasileiro, a conta para achatar as tarifas de energia. Em 1993, quando veio à tona um rombo bilionário no setor, ficou claro que a saída estatal foi artificial. Mas o governo diz acreditar que a expansão se dará em conseqüência da sinalização do reajuste de tarifa projetado para os próximos anos - e que, de qualquer forma, vai entrar no caixa de geradoras e distribuidoras. (Gazeta Mercantil - 01.02.2002)

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3- Realismo tarifário para atrair os investidores

O governo adotou a política de 'realismo tarifário' para induzir novos investimentos no setor elétrico. O aumento real projetado pela GCE será 21,7% até 2006. O MWh aumentará de R$ 124,00, em 2001, para R$ 151,00. O diretor de infra-estrutura do BNDES, Octávio Castello Branco, considera que essa mudança nos preços não pode ser classificada como um 'choque tarifário', por estar diluída no período. A elevação nas tarifas médias já embute os efeitos do subsídio ao transporte de gás natural para as usinas termelétricas e do fundo que será criado com o lucro adicional das geradoras federais obtidos com a venda da produção (energia velha) em leilões. O ministro-chefe da Casa Civil e presidente da GCE, Pedro Parente, informou que o custo marginal de expansão do gás natural cairá de US$ 39 para US$ 32 por MWh. Se nada fosse feito, haveria um salto de 37% nas tarifas nos cinco anos, resultado da liberação do mercado e da maior participação de fontes mais caras na composição da matriz energética. (Gazeta Mercantil - 04.02.2002)

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4- Parente diz que tarifaço é necessário para atrair novos investimentos

O ministro-chefe da Casa Civil e presidente da GCE, Pedro Parente, considerou o aumento (que não inclui os reajustes previstos nos contratos de concessão) um tarifaço, mas ressalvou que é 'absolutamente necessário para atrair novos investimentos'. Parente também admitiu que as novas medidas, anunciadas sexta-feira, representam uma intervenção do governo no setor de energia, mas não como empresário. 'O subsídio ao transporte de gás natural e a criação do fundo de dividendos vão atenuar o impacto do reajuste de tarifas', disse. O ministro também afirmou que redução de um dólar no transporte de gás representa uma diminuição de sete dólares no custo do insumo. Afirmou, ainda, que a eliminação gradativa, nos próximos cinco anos, dos subsídios cruzados beneficiará o consumidor residencial, que hoje banca parte do custo da energia absorvida pela indústria. 'O consumidor industrial paga menos do que deveria e isto está sendo corrigido', disse. (Gazeta Mercantil - 04.02.2002)

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5- Transição para consumidor livre inviabiliza eletrointensiva

A decisão do governo de vender a "energia velha" (produzida pelas geradoras estatais, a custos mais baixos) em leilões a partir do ano que vem sentencia a indústria eletrointensiva - para quem os gastos com o insumo têm forte peso no custo final do produto. A opinião é de analistas da empresa de consultoria Value Partners. O governo anunciou dia 01/02/2002 que vai manter a liberação dos contratos de energia entre geradoras e distribuidoras. A partir do ano que vem, 25% da energia contratada deverá ser liberada ao mercado. No entanto, para controlar o preço dessa energia, o governo passará a segurar as rédeas dessas negociações, promovendo leilões com o percentual do insumo liberado dos contratos. (Gazeta Mercantil - 01.02.2002)

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6- Maior prejuízo seria dos produtores de ferro-ligas

O prejuízo deverá ser maior para os produtores de ferro-ligas que conseguem modular o horário de funcionamento e, por isso, consomem energia fora da ponta - ou período de pico de consumo. Nesse caso, quem paga hoje uma tarifa de US$ 21,9 fora da ponta, ao se tornar consumidor livre deverá pagar, no mínimo, uma tarifa final de US$ 33,5 a partir de 2003. Isso representa um acréscimo de 53%."É impossível mensurar quanto isso representará para as eletrointensivas, especialmente para a indústria de ferro-ligas. Eles simplesmente vão deixar de existir", prevê Antonio Rizzo, gerente de projetos da empresa de consultoria. (Gazeta Mercantil - 01.02.2002)

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7- Aumento nas tarifas que poderá chegar a 20% já em 2003

É ponto pacífico entre especialistas do setor elétrico que a alternativa encontrada pelo governo promoverá, na prática, a equivalência do preço dessa energia ao Valor Normativo (teto permitido para o repasse às tarifas). Diante disso, os grandes consumidores de energia, que serão obrigados a consumir o insumo no mercado livre, sofrerão já em 2003 um percentual médio de aumento nas tarifas que poderá chegar a 20%, nos cálculos da Value Partners. (Gazeta Mercantil - 01.02.2002)

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8- Tarifas de energia ficam mais caras em 11 municípios de São Paulo, Paraná e Paraíba

Os consumidores de 11 municípios do interior dos estados do Paraná, São Paulo e Paraíba terão tarifas de energia mais caras a partir do dia 3 de fevereiro. Nestes municípios, além da correção anual prevista nos contratos de concessão, as novas tarifas também incluem a recomposição tarifária extraordinária de 2,9% para os consumidores residenciais e rurais e de 7,9% para os industriais e comerciais. No entanto, estes índices não estão embutidos nos percentuais autorizados pela Aneel. Assim, a empresa que recebeu o maior reajuste tarifário foi a Celb, que terá o valor reajustado a partir do dia 4 de fevereiro. O índice autorizado foi de 14,77%. A empresa atende sete municípios do interior da Paraíba. Logo em seguida, vem a CFLO, com um reajuste de 12,71%. A distribuidora fornece energia apenas para um município do Paraná. Já as tarifas de energia da EEB terão um aumento de 11,76%. Quinze municípios do interior de São Paulo serão afetados pela medida. Em seguida, vêm as empresas CPEE e CNEE, com reajustes de 11,56% e 11,36%, respectivamente. As duas concessionárias juntas atendem 23 municípios do interior de São Paulo. (Canal Energia - 01.02.2002)

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9- Para os atendidos pela distribuidora Caiuá reajustes são de 10,85%

Os consumidores atendidos pela distribuidora Caiuá terão reajustes de 10,85%. Ainda na faixa dos 10%, as empresas CLFSC e CLFM poderão reajustar suas tarifas em 10,30% e 10,10%, respectivamente. Juntas, estas companhias atendem 31 cidades. As duas que tiveram os menores índices autorizados foram a EEVP e CJE. Nestas empresas, os reajustes poderão chegar a, respectivamente, 9,02% e 8,67%. (Canal Energia - 01.02.2002)

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10- GCE reclama de prazos e requisitos de órgãos estaduais e federais

Na reunião de sexta-feira, a GCE afirmou que órgãos estaduais e federais têm inserido prazos e requisitos adicionais que tornam inviável metas de implementação de empreendimentos. O relatório da GCE afirma que é necessário estabelecer diretrizes e mecanismos para acelerar os estudos ambientais e atribuir responsabilidades claras aos condutores dos processos. A medida determina que sejam respeitados os seguintes prazos para tomada de decisão dos órgãos ambientais: três meses para linhas de transmissão de energia; quatro meses para gasodutos e oleodutos, usinas termoelétricas e geração de energia elétrica por fontes alternativas; e seis meses no caso de usinas hidrelétricas. Segundo Marcos Severine, analista da Corretora Sudameris, esta é uma medida que já deveria ter sido proposta há mais tempo, pois emperrou vários projetos do setor, impedindo o aumento da oferta. (Estado - 04.02.2002)

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risco e racionamento

1- Economia de energia no Sudeste/Centro-Oeste registra queda

O consumo de energia na região Sudeste/Centro-Oeste, relativo ao último dia de janeiro, atingiu 22.198 MW, uma economia de 5,54% em relação à sua meta, que é de 23,5 mil MW médios. Segundo dados do ONS, os níveis dos reservatórios nas regiões afetadas pelo racionamento continuam aumentando. O nível de armazenamento na região Sudeste/Centro-Oeste já chega a 46,98%. As hidrelétricas de Marimbondo e Chavantes, na região, por exemplo, atingem índices de armazenamento de 50,69% e 85,77%, respectivamente. (Canal Energia - 01.02.2002)

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2- Economia de energia na CPFL atinge 28,6% em janeiro

Durante o mês de janeiro, o consumo de energia no mercado da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) apresentou uma redução de 28,6%. Este índice totaliza uma economia de 636 mil MWh, energia suficiente para atender uma cidade do porte de Campinas por 49 dias, por exemplo. Em dezembro, a economia em sua área de concessão foi menor que a registrada até o momento. De acordo com a companhia, a redução de consumo em seu mercado atingiu 29,6%. (Canal Energia - 04.02.2002)

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3- Aneel notifica CEEE por blecaute no Rio Grande do Sul

A CEEE terá 15 dias para emitir um relatório à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) sobre as causas do acidente que deixou cerca de 200 municípios do estado do Rio Grande do Sul sem energia, no último dia 29 de janeiro. A Aneel notificou a empresa na última sexta-feira, dia 1º de fevereiro. Caso seja constatada negligência, a CEEE poderá ser multada. (Canal Energia - 04.02.2002)

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4- Usinas de São Paulo desperdiçam água e produzem menos

As usinas hidrelétricas de São Paulo com os reservatórios quase cheios estão operando abaixo da capacidade. Ao mesmo tempo, pelo menos nove termelétricas geram energia para abastecer a região Sudeste a custos maiores do que os das hidrelétricas. As usinas das bacias dos rios Paranapanema, Paraná e Tietê vertem água há pelo menos uma semana. Ou seja, parte da água armazenada em seus reservatórios é liberada sem passar pelas turbinas e, portanto, não gera energia. Para Ildo Sauer, professor do Instituto de Eletrotécnica da USP, ao permitir a geração de energia térmica ao mesmo tempo em que as hidrelétricas vertem água, o ONS está gerando desperdícios e privilegiando as térmicas. "Desperdiçar água e queimar combustível caro nas térmicas demonstra falta de capacidade de coordenação", afirma o professor Sauer. Na avaliação de Sauer, o operador poderia diminuir a geração térmica e usar a água que hoje verte dos reservatórios de Jurumirim, Chavantes, Capivara, Porto Primavera, Jupiá, Barra Bonita e Promissão. Ele diz que durante a maior parte do dia as linhas de transmissão do sistema elétrico ficam ociosas. "O sistema opera a plena capacidade apenas no horário de pico. Pela manhã e de madrugada, isso não acontece e, nesses horários, seria possível operar o sistema elétrico de forma diferente. Há condições técnicas para isso." (Folha - 03.02.2002)

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5- ONS nega que esteja cometendo erros

O presidente do ONS, Mário Santos, nega que o operador esteja cometendo erros na administração do sistema elétrico ou privilegiando algum grupo de empresas. Ele afirma, por exemplo, que o grande número de geradoras, estatais e privadas, envolvidas na operação do sistema elétrico brasileiro impede que o interesse de algum grupo prevaleça. Segundo o ONS, verte água nas usinas por dois motivos: o grande volume de chuvas na região e as restrições técnicas da malha de transmissão. De acordo com os técnicos da empresa, não seria possível operar todas as usinas a plena capacidade sem desequilibrar o sistema elétrico. Em média, o nível dos reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste está em 47%. Nas usinas dos rios Paranapanema, Tietê e Paraná, o nível das represas varia de 85% a 90% da capacidade total. O ONS não permite que os níveis subam mais, diz Mário Santos, porque a empresa precisa ter uma margem de manobra para enfrentar cheias e evitar enchentes. Para evitar que os reservatórios cheguem a 100% da capacidade, as geradoras vertem água, sem usá-la para gerar energia elétrica. (Folha - 03.02.2002)

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6- Cerj distribui contas com nova meta

A partir de hoje, os clientes da Cerj receberão em suas contas de energia a meta a ser utilizada no mês de fevereiro. O índice foi calculado da seguinte maneira: é a meta de janeiro multiplicada por 1,075. Desde o início do racionamento, em junho, os consumidores da área de concessão da Cerj estiveram economizando sempre mais do que o estipulado pela Câmara de gestão. A média de redução do consumo de junho à dezembro foi de 24,83%. Durante todos os meses, os bônus pagos pela empresa foram cerca de nove vezes maiores que o número de sobretaxa arrecadada. A redução de consumo do mês de janeiro foi de 3,7%. Isso quer dizer que os clientes da Cerj estão consumindo 3,7% a menos do que o estabelecido pela meta global das regras da Câmara de Gestão do Racionamento. Em janeiro, cerca de 740 mil clientes da concessionária receberam bônus, enquanto 139 mil foram sobretaxados. (Gazeta Mercantil - 04.02.2002)

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7- Eletronorte contrata serviços de eficientização e expansão do sistema de iluminação pública

A Eletronorte receberá, até o dia 26 de fevereiro, propostas para contratação de empresa para execução de serviços de eficientização e expansão do sistema de iluminação pública do município de Nova Ipixuma/PA. O serviço de licitações do CanalEnergia também publica nesta sexta-feira, dia 1º de fevereiro, as oportunidades de negócios anunciadas por três empresas do setor:Manaus Energia, Cemig e Chesf. Os prazos de concorrência vão do dia 18 ao dia 28 de fevereiro. (Canal Energia - 04.02.2002)

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8- Programa de eficiência em energia inicia nova fase

O Serviço de Apoio às Pequenas e Microempresas do Rio (Sebrae-RJ) inicia sua segunda fase do programa de uso eficiente de energia com um aporte de R$ 7,2 milhões, a serem aplicados nos próximos quatro anos. O projeto pretende aumentar o número de empresários atendidos. Além dos setores de padarias, cerâmica vermelha e recauchutagem de pneus, as empresas de hotelaria, alimentação, supermercados e lavanderias também serão incluídas nesta nova fase. Os pequenos e microempresários terão acesso a manuais, cursos, seminários e até mesmo consultores. 'Nesta segunda fase, pretendemos aprimorar nossos mecanismos de comunicação com os empresários. O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica da Eletrobrás (Procel) é um dos principais parceiros do Sebrae-RJ no programa, com participação de 8,3% no aporte de capital previsto para esta segunda fase. Desde o início do programa, a empresa já investiu mais de R$ 600 mil na proposta. (Gazeta Mercantil - 04.02.2002)

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9- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Medidas ainda não convenceram investidores

A necessidade de expansão do parque gerador brasileiro tem feito o governo se desdobrar para criar mecanismos de atração do capital privado. As primeiras medidas foram anunciadas, mas ainda não convenceram por completo o mercado. Por enquanto, o incentivo baseia-se no aumento da fração de energia contratada no longo prazo, de no mínimo 85% para 95%, no subsídio do gás natural para as termoelétricas e na aceleração do processo de licença ambiental dos projetos. Na avaliação do presidente da Abrage, Flávio Neiva, as propostas parecem caminhar no rumo certo, mas ainda dependem de muitos detalhamentos antes de convencer o investidor. Aliás, a participação dos grandes grupos somente deverá ser fortalecida após a conclusão do plano de revitalização do setor. (Estado - 04.02.2002)

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2- Setor ainda aguarda decisões do governo

O setor energético aguarda ainda decisões que o governo deverá submeter à consulta pública. Entre elas, a transferência dos grandes clientes das distribuidoras para a condição de consumidores livres. Está definido apenas que os subsídios para a tarifa industrial deverão acabar num prazo de cinco anos. Mas não se sabe como se dará essa transição e nem como o governo deverá impor os valores mais altos às indústrias. (Gazeta Mercantil - 01.02.2002)

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3- Empresários adotam postura conservadora em relação aos novos projetos

Até que o governo detalhe mais as medidas do seu plano de revitalização, os empreendedores deverão adotar uma postura mais conservadora em relação aos novos projetos, afirma o consultor do Grupo Rede, Fernando Quartim. Uma posição que causa certa preocupação, pois o País precisa de investimentos rápidos para atender a demanda, que deverá aumentar nos próximos anos com a retomada de crescimento da economia. A paralisação de novos empreedimentos neste momento tende a refletir no futuro, levando o setor novamente à situação de escassez de energia. Para Neiva, uma das propostas mais importantes do governo é o estabelecimento de contratos bilaterais de longo prazo entre geradores e distribuidores, que tende a aliviar o impacto da volatilidade de preços no mercado. Embora a quantidade e o preço sejam determinados por ambas as partes, o preço seria fixo, apenas com reajustes anuais da inflação. Ao dispor desses contratos de longo prazo, as geradoras tornariam viável a construção de novos projetos de geração com a garantia de venda da energia produzida por determinado período. A diferença do que for contratado e produzido será vendida ao Mercado Atacadista de Energia (MAE), aumentando a rentabilidade das empresas. "Mas quem entrou no País apenas para especular no mercado spot não deve estar apreciando essa medida." (Estado - 04.02.2002)

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4- IEE sobe 0,63% e reage bem ao pacote para setor elétrico

O mercado financeiro reagiu relativamente bem à divulgação, no dia 01/02/2002, pelo governo federal, dos detalhes do pacote de revitalização do setor elétrico. O Índice de Energia Elétrica (IEE), que agrega os principais papéis da carteira, operava com alta de 0,63% no fim da tarde, aos 4.474 pontos. O destaque ficava por conta das ações da Eletrobrás. O papel ON subia 3,67% próximo do horário de fechamento da Bovespa, com o lote de mil negociado a R$ 37,50. O mercado interpretou de forma positiva a decisão do governo de promover leilões para a comercialização da energia excedente das estatais a partir do ano que vem. As projeções feitas até o momento indicam que a liquidez nos leilões permitirá a formação de um fundo bilionário para as geradoras controladas pela Eletrobras. Os papéis PNB da holding subia 2,93%, para R$ 33,35 o lote.

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5- Governo do PR garante investimentos na Copel

Com o processo de privatização da Copel definitivamente cancelado pelo Governo do Paraná, há duas semanas, o programa de investimentos da Companhia para este ano será mantido. Serão R$ 333,5 mi para as áreas de geração, transmissão, distribuição e outros projetos. Os analistas do setor elétrico acreditam que este exercício será melhor do que o anterior para a empresa paranaense. As estimativas do mercado são de que a Copel provavelmente feche 2001 com lucro líquido de, no máximo, R$ 148 mi, muito abaixo dos R$ 430 milhões registrados em 2000. A dívida da Copel é de cerca de R$ 1,6 bilhão (apurado até o terceiro trimestre do ano passado), dos quais R$ 1 bi são em moeda estrangeira. Com a desvalorização cambial, esta grande parcela de passivos em dólar foi um dos fatores que mais prejudicaram os resultados da empresa no último exercício. Este ano, a diretoria da companhia não espera uma grande expansão no número de consumidores residenciais. Entretanto aposta em um significativo aumento de consumo dos clientes industriais, devido aos maciços investimentos neste setor, ocorridos no Estado, no ano passado. A projeção do mercado é de que esse crescimento seja em torno de 5%. (Jornal do Commercio - 04.02.2002)

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6- Rede de energia entre Bento Gonçalves e Veranópolis será ampliada

A rede de distribuição de energia elétrica entre os municípios de Bento Gonçalves e Veranópolis será estendida e melhorada. A assinatura de um contrato entre a Ceran e RGE possibilitará o fornecimento de energia para o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Monte Claro, que será construída pela Ceran. A parceria entre as duas companhias também irá beneficiar as comunidades próximas à região e permitirá a ligação de novos consumidores. Com a ampliação da rede, a qualidade do atendimento aos consumidores residenciais, rurais e comerciais passará por melhoras. As obras na rede de distribuição, que começarão em fevereiro e deverão terminar no final de março, serão coordenadas pela RGE e financiadas pela Ceran. "Em decorrência da obra de expansão e melhoramento do sistema de distribuição de energia elétrica, os consumidores da região serão beneficiados, pois haverá aumento da confiabilidade nas condições do fornecimento de energia local", atesta Paulo Roberto Fraga Zuch, o diretor superintendente da Ceran. (Canal Energia - 01.02.2002)

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financiamento

1- Criação do novo MAE começará quinta-feira

A criação do novo mercado começará quinta-feira, quando será convocada a assembléia da atual Administradora do MAE (Asmae). Nessa reunião será definido o novo conceito da empresa e também escolhido novos membros do conselho, que cairá para cinco integrantes, sendo dois do mercado, dois da Aneel e um do Ministério de Minas e Energia. No dia 8, o atual MAE será extinto e criada uma nova empresa com esse mesmo nome. As definições passarão por consulta pública até o dia 22. A regulamentação desse mercado será atribuída à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Mas, ao contrário da proposta inicial, haverá interação entre a agência e os agentes do mercado na criação de regras. (Estado - 04.02.2002)

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2- Novo MAE entrará em operação em março

O novo MAE começa a operar em 1 de março, segundo medidas detalhadas pela GCE na sexta-feira. O prazo é julgado suficiente para aprovar a convenção do novo mercado, os regulamentos para criação e funcionamento da Câmara de Arbitragem e o novo conselho de administração. Além disso, é preciso votar o estatuto para iniciar as atividades da empresa que comandará as operações 'spot' de compra e venda de energia no País. Até lá, a Aneel estabelecerá regras de transição para que a Asmae continue operando. Com a reforma, a estrutura da Asmae será absorvida pelo novo MAE. A regulamentação temporária deve aproveitar as regras de contabilização da resolução n 290 da Aneel e algumas definições previstas no acordo do mercado, aprovado em outubro do ano passado pela assembléia geral do MAE. (Gazeta Mercantil - 04.02.2002)

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3- Diretoria da Aneel analisa pacote de regras de transição

A diretoria colegiada da Aneel analisa hoje, 04/02/2002 o pacote de regras de transição, que vai vigorar de 8 de fevereiro - quando será editada a medida provisória que extingue o antigo MAE e o Conselho do MAE (Comae), e cria a nova estrutura do mercado atacadista - até 22 de fevereiro, quando termina a consulta pública sobre o tema. (Gazeta Mercantil - 04.02.2002)

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4- Mercado evita contratos longos de energia

Os investidores não conseguem fechar contratos para venda, a longo prazo, da energia que será produzida pelas usinas que pretendem construir. Por isso, alguns deles, como a Gerasul , já trabalham com a possibilidade de adiar o início das obras - o que pode implicar, também, o atraso no início das operações. 'A Gerasul não vai tocar nenhum investimento novo sem contratos de venda de longo prazo, pois não podemos ficar à mercê das oscilações dos preços de curto prazo', diz Manoel Zaroni, presidente da empresa. Em novembro, a Gerasul ganhou, em leilão, a concessão da hidrelétrica de São Salvador, com potência de 241 MW e investimentos previstos de US$ 200 mi. Em dezembro, conseguiu a licença ambiental para expandir a termelétrica de Jacuí, movida a carvão e que está com 40% dos equipamentos comprados. Os dois projetos deveriam estar saindo do papel. Segundo Zaroni, no entanto, a instabilidade dos preços do MAE e as dificuldades de venda a longo prazo impedem a tomada de decisão. Na semana passada, por exemplo, ao mesmo tempo em que a usina de Machadinho iniciava operação, o preço do MWh (megawatt/hora) produzido na região Sul recuava de R$ 63,00 para R$ 8,70 no MAE. 'Não é possível investir US$ 700 milhões em uma obra para vender a produção a esse preço', diz ele. (Gazeta Mercantil - 04.02.2002)

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5- Leilão de excedente do MAE termina semana sem movimento de negócios

O leilão de excedente de energia do MAE termina a semana sem movimento de negócios. Nesta sexta-feira, dia 1º de fevereiro, o pregão mais uma vez não registrou ofertas para compra e venda de energia. O resultado pode ser justificado pela proximidade do fim do racionamento nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. Desde o seu início, em junho passado, a quantidade de energia comercializada na Bovespa atinge 50.350 MWh. Já o volume total negociado é de R$ 8.504.230,00. (Canal Energia - 01.02.2002)

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financiamento

1- Dólar comercial abre em alta de 0,16%, a R$ 2,415 para venda

O dólar comercial abriu o dia com alta de 0,16%. A moeda americana é cotada a R$ 2,41 para compra e R$ 2,415 para venda. Na sexta-feira, os investidores puxaram para baixo o dólar comercial. A moeda norte-americana encerrou os negócios 0,12% mais barata, consolidando o terceiro fechamento em queda. A cotação de compra ficou em R$ 2,4090 e a de venda, em R$ 2,4110. O fluxo positivo de dólares foi responsável pela queda da moeda. (Valor - 04/02/2002)

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2- Balança comercial soma superávit de US$ 191 mi no ano

A balança comercial acumula no ano, até o dia 3 de fevereiro, superávit de US$ 191 milhões. No período, as exportações somam US$ 4,168 bi e as importações, US$ 3,977 bi. As informações são Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento. As contas do comércio exterior fecharam janeiro com superávit de US$ 175 mi. Na primeira semana de fevereiro, o saldo foi positivo em US$ 16 mi. Em todo o ano de 2001, a balança comercial registrou superávit de US$ 2,643 bi. (Valor - 04/02/2002)

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3- Balança registra superávit de US$ 16 mi na 1ª semana de fevereiro

Na primeira semana de fevereiro (composta apenas por um dia útil), a balança comercial brasileira apresentou superávit de US$ 16 milhões. As exportações somaram US$ 196 mo, enquanto as importações totalizaram US$ 180 mi. As informações são Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento (Secex).

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4- O BC pressiona bancos e clearings e mantém as datas

O Banco Central não está dando folga - nem no Carnaval - aos bancos e às câmaras de compensação e liquidação (clearings) para garantir a estréia do novo Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) em 22 de abril, quando pagamentos acima de R$ 5 mil passarão a ser processados eletronicamente no mesmo dia ou em tempo real. "Temos uns 20 dias para nos prepararmos para fazer um teste de carga, com 15 bancos e o BC, de 180 mil mensagens de pagamentos. Recebemos a tarefa hoje de manhã", relatava, no final da tarde de sextafeira, o superintendente-geral da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP), Paulo Mallmann, ao retornar de reunião na sede do BC, em Brasília. (Gazeta Mercantil - 04/02/2002)

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gás e termoelétricas

1- Petrobras antecipa meta de importação de gás de 2008 para 2004

A Petrobras pretende antecipar em quatro anos a meta de importar 30 milhões diários de metros cúbicos de gás natural da Bolívia, pelo Gasbol. Alcançar este volume era uma previsão para 2008. Mas, devido aos novos projetos de usinas termelétricas a gás, a estatal decidiu acelerar o aumento do volume, hoje em torno de 13 milhões de metros cúbicos diários. Luís Antônio de Menezes, diretor de Energia da Petrobras, explica que, para viabilizar esse volume, a companhia vai começar na quarta-feira as obras de construção de um gasoduto na Bolívia, de 430 km. Segundo Menezes, os investimentos totais no projeto chegam a US$ 400 mi que serão liberados de 2002 até 2004. O novo gasoduto vai poder transportar até 23 milhões de metros cúbicos de gás dos campos produtores até o Gasbol. - O programa de termoeletricidade vai permitir que a Petrobras invista mais na Bolívia e, com isso, que a escala melhore o preço internacional do produto. Vamos em busca ainda do mercado argentino. - disse Menezes. (O Globo-04.02.2002)

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2- Importação de gás boliviano chegará a 17 milhões de MCD até o fim de 2003

Pelos planos da Petrobras, em janeiro de 2003, o gasoduto que transportará gás dos campos produtores à Gasbol deve iniciar sua operação com o transporte de 11 milhões de metros cúbicos por dia, atingindo a capacidade total de 23 milhões MCD em 2004. No dia 6, a Petrobras anuncia a duplicação de uma unidade de processamento de gás na região de Acuyba, cujo investimento foi de cerca de US$ 100 mi.Com a duplicação, a capacidade da unidade vai dobrar dos atuais 6,6 milhões para 13,2 milhões de metros cúbicos diários de gás. Com o aumento da capacidade de processamento da unidade de gás e a construção do novo gasoduto, será possível, segundo Menezes, aumentar a importação de gás boliviano até o fim de 2003 para 17 milhões de metros cúbicos por dia. (O Globo-04.02.2002)

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3- Com colapso da Enron, Petrobras pode ter que assumir sozinha expansão do Gasbol

A Enron está sendo pressionada a vender seus ativos na América do Sul, para pagar o que deve nos EUA. A Petrobras corre risco de ter de tocar sozinha a expansão do gasoduto Bolívia-Brasil e ainda assumir os projetos de geração de energia da carteira da gigante americana no País. Por critérios exclusivamente empresariais, a estatal dificilmente assumirá esses riscos, já que o retorno médio do gás natural não ultrapassa os 12%, patamar inferior aos 17% líquidos dos investimentos em exploração e produção de petróleo, seu core business. O caso é que a maior empresa brasileira tem maioria da União, e obrigações que ultrapassam o retorno aos acionistas. Tanto é assim que aos poucos a estatal foi absorvendo fatias maiores do Programa Prioritário de Termelétricas, menos pelo desejo de ampliar a exposição no setor do que pela necessidade do Governo de cobrir as lacunas abertas com o recuo de investidores privados. A aposta, agora, é que as novas regras de tarifação facilitem a atração de grandes geradoras estrangeiras ou pelo menos a confirmação dos projetos anteriormente agendados, permitindo à Petrobras adequar sua estratégia. É cedo, contudo, para avaliar se a aposta é válida sem um complemento, a agilização das autorizações para que outras estatais, como Furnas e Chesf, invistam. (Jornal do Commercio-04.02.2002)

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4- Será difícil encontrar substituta para Enron no Gasbol

No caso do Gasbol, em que a Enron divide o controle do trecho boliviano com a Petrobras, será difícil encontrar um investidor estrangeiro com o mesmo apetite no curto prazo. A British Gas e a Shell têm fôlego financeiro e poderio estratégico de sobra, mas níveis de exposição na América Latina considerados elevados para os padrões exigidos hoje pelos mercados centrais. Assim, o funding para uma absorção dos ativos da Enron seria mais caro e exigiria um retorno muito mais compensador para desviar recursos de áreas consideradas mais centrais para o planejamento desses grupos. (Jornal do Commercio-04.02.2002)

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5- Revisão da matriz energética brasileira comprometida por colapso da Enron

A revisão da matriz energética brasileira, para o reforço da participação do gás natural, exige não apenas a ampliação da oferta doméstica com a exploração das reservas nas bacias de Campos e de Santos, como a importação junto à Bolívia e à Argentina. O Plano Estratégico da Petrobras previa essas variáveis, com um aporte significativo de parcerias e concorrência estrangeira. O colapso da Enron, na medida em que acendeu um sinal amarelo para as empresas que tenham métodos agressivos de alavancagem e expansão na América Latina, obrigará a gestão de Francisco Gros a um esforço extra na Petrobras que vai muito além da discussão sobre a conveniência de ingressar no capital da Ceg ou de assumir a maioria no trecho boliviano do gasoduto. Mesmo empresas com gestão nada temerária, e tradição maior do que a Enron, estarão diante do desafio de convencer os financiadores da viabilidade de retornar investimentos no continente. (Jornal do Commercio-04.02.2002)

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6- Furnas investe US$ 200 mi na ampliação da térmica de Santa Cruz

Já está em fase final de negociação a contratação de montagem e construção civil do projeto de ampliação da termelétrica de Santa Cruz, localizada no estado do Rio de Janeiro. A expectativa de Furnas Centrais Elétricas, empresa responsável pela usina, é de que as obras de ampliação da térmica tenham início a partir de fevereiro. Na primeira etapa do processo, Paulo Márcio Carvalho, chefe do Departamento de Engenharia Mecânica da estatal, diz que foram investidos US$ 200 mi somente com a aquisição de dois tubos geradores a gás de 175 MW cada um. Com isso, a termelétrica poderá começar a operar com mais 350 MW a partir de junho de 2003. "Um de nossos objetivos é agregar mais energia na região de Santa Cruz", comenta. Atualmente, a usina opera com 400 MW. Com a ampliação, ela passará a operar com 1.560 MW em ciclo combinado. Assim, a estatal espera aumentar de 33% para 51% o seu nível de rendimento. (Canal Energia - 04.02.2002)

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7- Projeto de ampliação de Santa Cruz envolve troca de combustível

Outra parte do projeto de ampliação da termelétrica de Santa Cruz envolve a troca de combustível. Hoje, a termelétrica de Santa Cruz utiliza óleo combustível do Brasil para queimar energia. Nesta nova fase de operação, a usina terá como combustível o gás natural. A decisão de trocar o combustível por gás natural, diz ele, tem uma razão bem simples: a questão ambiental. Em termos de contratação, a companhia está em negociação com a Ceg. "A Ceg está tomando as providências necessárias junto à Petrobras para liberar o fornecimento de gás natural para a térmica de Santa Cruz", afirma. A previsão é de que a distribuidora de gás forneça 1,7 mi de metros cúbicos por dia. (Canal Energia - 04.02.2002)

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8- Furnas tem mais dois projetos em pauta

Furnas está com mais dois projetos de ampliação de termelétricas no Rio de Janeiro. Uma é a usina de Campos, que ganhará mais 80 MW. A segunda é a térmica de São Gonçalo. Nesta usina, a ampliação será de mais 193 MW. Juntas, os investimentos para a ampliação chegará a US$ 215 mi. A previsão é de que elas entrem em operação também a partir de 2003. (Canal Energia - 04.02.2002)

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9- TermoRio recebe segunda turbina na terça-feira, dia 5

A segunda turbina de 184 toneladas da empresa TermoRio, constituída pela NRG Energy, dos Estados Unidos, Petrobras e pela empresa brasileira PRS, que será utilizada na Usina Termelétrica de Duque de Caxias, chega ao canteiro de obras na próxima terça-feira, dia 5 de fevereiro. Com a instalação dessa turbina, termina a primeira fase de construção da usina, possibilitando a geração de 200 MW de energia elétrica a partir do gás natural produzido na Bacia de Campos. A UTE TermoRio terá, no total, nove turbinas e começará a produzir energia a partir de julho e agosto deste ano, na primeira fase, gerando energia suficiente para atender a um milhão de residências. Quando estiver concluída, em maio de 2004, a termelétrica deverá gerar 1.040 MW, o suficiente para atender a cerca de 3,5 milhões de domicílios. (Canal Energia - 01.02.2002)

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10- Estudo aponta vantagens do carvão

Com fama de causarem grande impacto ambiental, as usinas térmicas a carvão foram esquecidas pelo PPT. Alguns especialistas em energia afirmam, no entanto, que essas usinas poderiam ser mais utilizadas, já que o País tem grandes reservas de carvão e o gás para as termelétricas precisa ser importado. Estudo do Ibre-FGV, encomendado pelo Sniec, estima que para um programa de geração térmica a gás de 5 mil MW de capacidade instalada as perdas de divisas seriam de US$ 4,26 bi (em valor presente líquido). Se o mesmo programa fosse baseado em termelétricas a carvão, a perda seria de US$ 679 mi, uma diferença de aproximadamente US$ 3,6 bi. O coordenador de projetos da FGV e ex-presidente da Light, Luiz Oswaldo Norris Aranha, lembra que o carvão brasileiro, de baixo valor comercial e pequeno poder calorífico, só é viável economicamente para termelétricas construídas perto das minas, porque o transporte teria um peso muito elevado no custo de produção. (Jornal do Commercio - 04.02.2002)

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11- Usinas a carvão só seriam rentáveis no Sul

O coordenador de projetos da FGV e ex-presidente da Light (quando a empresa era estatal), Luiz Oswaldo Norris Aranha, lembra que o carvão brasileiro, de baixo valor comercial e pequeno poder calorífico, só é viável economicamente para termelétricas construídas perto das minas, porque o transporte teria um peso muito elevado no custo de produção. Como 90% das reservas brasileiras de carvão estão no Rio Grande do Sul e o restante dividido entre Santa Catarina e Paraná, o aproveitamento do combustível nacional ficaria restrito às usinas da Região Sul.- O carvão brasileiro tem um custo mais elevado que o americano e o impacto ambiental é maior. Mesmo assim, os estudos que tenho visto mostram que as usinas a carvão na boca da mina têm custo de produção menor que as térmicas a gás - diz. O investimento para a construção das térmicas a carvão é, em média, o dobro do exigido por uma usina a gás. Entretanto, a economia com o combustível que é mais barato e comprado em reais faz com que o empreendimento seja rentável. (Jornal do Commercio-04.02.2002)

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12- Taxa de retorno de usinas de carvão seria de 16%

De acordo com o estudo da FGV, feito pelo professor Sérgio Gustavo da Costa, sem incentivos fiscais, a taxa anual de retorno dos investimentos os dois tipos de termelétricas são de 8% para a usina a gás e de 10% para a que usa carvão como combustível. Já quando os incentivos fiscais fornecidos pelo Governo para as térmicas a gás são considerados nesse cálculo, a taxa de retorno do investimento sobe para 18%. O estudo realizou uma simulação, incluindo todos os incentivos pleiteados pela indústria do carvão, e constatou que a taxa de retorno deste tipo de usina ficaria em 16%. O estudo considera que as duas usinas vendam a energia ao mesmo preço, R$ 91,06 por MWh. O Sniec reivindica ao Governo que o Valor Normativo (VN) - limite máximo de preço que as distribuidoras podem repassar para os consumidores - da energia das termelétricas a carvão seja igual ao das usinas a gás, que é de R$ 91,06 por MWh. Atualmente, o VN do MWh da energia de termelétrica a carvão é de R$ 72. (Jornal do Commercio-04.02.2002)

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13- Ex-presidente da Light critica excesso de térmicas movidas a gás

O excesso de térmicas a gás no planejamento energético do Governo é criticado por Luís Aranha, ex-presidente da Light. Ele afirma que, há dois anos, o plano estratégico passou a priorizar as térmicas, porque estas têm um prazo de instalação menor e havia urgência em suprir o déficit na capacidade geração, causado pela falta de investimentos no setor. Na opinião de Aranha, as usinas a gás devem ser utilizadas eventualmente como geradoras complementares. Entretanto, ele afirma que, diante da atual crise, as térmicas a gás não são ideais, mas são inevitáveis. Para o especialista, as fontes energéticas mais utilizadas no Brasil deveriam ser em primeiro lugar a hidráulica e em segundo, o carvão. "É muito mais fácil atrair o investidor para um projeto de térmica a gás porque o investimento é menor. Agora, quem paga a conta são os consumidores", avalia. (Jornal do Commercio-04.02.2002)

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grandes consumidores

1- Racionamento prejudica setor químico

A indústria química não vive seu melhor momento. A utilização da capacidade das fábricas foi de 78% em 2001, nove pontos percentuais abaixo da de 2000. Em dezembro, esse número ficou em 70%. O racionamento de energia é uma das principais razões dessa queda, segundo a Abiquim, associação das indústrias. As fábricas tiveram de parar a produção para dar conta de uma redução de até 25% no consumo de energia. Mais: a demanda por produtos químicos caiu -6,9% em 2001 sobre 2000. "A crise de energia afetou em cheio o setor. Além de as empresas terem de reduzir o ritmo das fábricas, a demanda por produtos químicos diminuiu", diz Guilherme Duque Estrada de Moraes, da Abiquim. As fábricas chegaram a operar com 90% de capacidade em 99 e 2000. Mas as perspectivas são melhores para este ano, pois há perspectiva de que a produção aumente. (Folha - 03.02.2002)

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internacional

1- Lay volta atrás e se recusa a depor ante Comitê de Comércio do Senado

O ex-presidente da Enron, Kenneth Lay, mudou de opinião de forma surpreendente e anunciou que não comparecerá hoje perante os comitês do congresso que investigam a quebra da companhia, em reação ao tom acusatório que adquiriram as audiências. Lay havia aceitado declarar ante o Comitê de Comércio do Senado, mas voltou atrás e se nega a testemunhar, segundo uma carta que seu advogado, Earl Sibert, apresentou para ser lida no início da sessão. Esta decisão motivou a suspensão da audiência prevista para hoje, já que Lay era o principal depoente. Durante esta semana estão previstas dez audiências de diferentes comitês do Congresso sobre a Enron. Em sua carta aos presidentes dos comitês, Sibert disse que as audiências dos comitês haviam adquirido tons acusatórios e que não se podia esperar que Lay participasse de um processo no qual se haviam alcançado conclusões antes mesmo que ele fosse ouvido. (El Mundo-04.02.2002)

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2- Documento preliminar da diretoria da Enron sobre sua quebra é devastador

A grande semana do caso Enron se inicia hoje no Congresso Americano. Desde a crise econômica dos anos 70, o Congresso não se dedicava com tamanha intensidade à investigação de um escândalo. O informe preliminar divulgado pela nova diretoria da firma sobre o caso é devastador: " O colapso da Enron foi originado por uma idéia equivocada, os interesses de enriquecimento pessoal dos executivos, sistemas de controle financeiro inadequados, inspeções superficiais, falha contábeis simples e uma cultura que parecia incentivar o desafio à legalidade". O documento de 217 páginas culpa os responsáveis da companhia de comercialização energética de haver manipulado as contas de resultados. Em 2000, ano anterior à sua quebra, a Enron inflou suas contas em mais de US$ 1 bi. (El Mundo-04.02.2002)

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3- Fórum Econômico Mundial enxerga Caso Enron como ameaça à recuperação econômica mundial

O escândalo da Enron e o terrorismo compõem os dois grandes riscos para a recuperação econômica mundial. Tais são os dois principais temores dos participantes do Fórum Econômico Mundial, que conclui hoje seus cinco dias de reuniões em Nova York. " Existe quase um consenso de que se iniciou uma recuperação moderada da recessão nos Estados Unidos, mas pode ocorrer uma recaída se houver um atentado ou se os efeitos do caso Enron se expandirem" , resumiu Stanley Fischer, responsável pelo informe final das reuniões. O caso Enron provocou intensos debates sobre a necessidade de uma ética empresarial, questão inexistente nas reuniões anteriores do Fórum. " O caso da Enron representa uma grande ameaça para o capitalismo. Este deve funcionar dentro das fronteiras da honestidade e da responsabilidade", disse George Carey, arcebispo de Canterbury (Inglaterra), em uma reunião de líderes religiosos dentro do Fórum. (El Mundo-04.02.2002)

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4- Príncipe Charles recebeu US$ 1,38 mi em doações da Enron

O príncipe Charles, da Inglaterra, aceitou US$ 1,38 mi da Enron para a organização de caridade juvenil, jantou com altos executivos da empresa e pode inclusive ter se encontrado com seu ex-presidente, Kenneth Lay. " O príncipe se reuniu com representantes da Enron em Houston em 1993. Não posso confirmar se entre eles se encontrava Kenneth Lay, mas é muito provável que sim, junto com outros importantes doadores de Houston", disse a porta-voz do Príncipe. No entanto, ela não pôde confirmar as informações de que Charles teria visitado também a casa de Lay. Nos idos de 93, a empresa era uma das principais donatárias à organização de ajuda à juventude do Príncipe de Gales, o Fundo do Príncipe. A primeira doação ser realizou em 1991 e a quantia foi de US$ 711 mil por um período de dois anos. Uma nova doação de US$ 426 mil foi realizada em 1996 e cobria até o período de 1999. (El Mundo-04.02.2002)

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5- Andersen nomeia Paul Volcker para revisá-la em reação a cada vez mais grave escândalo Enron

Um dia depois de um comitê do quadro editou um relatório avassalador sobre o colapso da firma, a Arthur Andersen, que auditava a firma, deu autoridade extraordinária a um novo painel de revisão a ser liderado por Paul Volcker, ex-presidente da Federal Reserve. Legisladores saudaram o relatório da Enron ontem, dizendo que continha fortes evidências de crimes corporativos. O senador Jon Corzine, disse que o relatório apresenta um caso claro de fraude. O relatório, apresentado no Sábado, concluiu que executivos da Enron manipulavam lucros intencionalmente, os inflando em cerca de US$ 1 bi em 2000. A Andersen disse que sua decisão de criar um comitê chefiado por Volcker já estava tomada antes da divulgação do relatório. Arthur Bowman, diretor do Bowman´s Accounting Report, se surpreendeu com a medida, pois na prática o que a Andersen fez foi dar carta branca a Volcker e seu comitê para fazerem recomendações e as seguirão sem questioná-las. (New York Times-04.02.2002)

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6- Investigação conduzida por advogados após denúncias de Watkins foi cerceada por executivos da Enron

Uma investigação conduzida no ano passado por advogados externos contratados pela Enron, sobre as acusações de impropriedade levantadas pela carta de Sherron Watkins ao então presidente Kenneth Lay, foi cerceada por restrições colocadas por executivos, ocasionando que suas conclusões fossem amplamente predeterminadas, de acordo com um relatório de um comitê da diretoria da Enron. O inquérito sobre as acusações contidas na carta, malogrou na detecção de muitos dos problemas que subseqüentemente contribuíram para o colapso da firma, embora a carta os descrevesse detalhadamente. Mas a investigação dos advogados da Vinson & Elkins foi inadequada por causa de restrições postas pelos executivos da firma. Os advogados foram orientados a não rever a nebulosa contabilidade das parceiras, justamente onde Watkins apontou estar o problema. Os investigadores disseram terem encontrado os problemas mais sérios somente após um exame detalhado das transações relevantes e de discussões com os auditores, ambos passos que a Enron determinou não fazerem parte da investigação da V& E. (New York Times-04.02.2002)

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7- Revelados novos encontros de membros do governo britânico com executivos da Enron

O governo britânico adotou uma estratégia defensiva ontem sobre seus contatos com a Enron, que doou US$ 51.000 ao partido trabalhista. A controvérsia foi revivida pela revelação de mais encontros entre membros da companha e membros do governo. Geoff Norris, conselheiro de Blair para a política industrial, e Ed Balls, conselheiro-chefe econômico do governo, teriam encontrado executivos da Enron em 1998. Ex-membros do governo, como o tesoureiro-chefe Geoffrey Robinson e o ministro galês Peter Hain também teriam se encontrado com executivos da firma no mesmo ano e em 1999. Os encontros reforçam a tese de que executivos da Enron estavam envolvidos num feroz lobby que persuadiu os ministros a abandonarem as restrições sobre a construção de termelétricas movidas a gás. Tais encontros não haviam sido relatados semana passada, quando o porta-voz de Blair revelou encontros de membros do governo com executivos da Enron. Segundo o porta-voz, isso se deu porque os repórteres haviam perguntado sobre encontros da Enron com ministros da indústria e do comércio. (Financial Times-04.02.2002)

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8- EON e RWE devem investir em fusões e aquisições nos EUA

As rivais europeias Eon e RWE estão entre os predadores de olho em companhias dos EUA, no que deve ser uma nova rodada de fusões e aquisições no setor energético. A UBS Warburg, num relatório global sobre as utilitárias, sugeriu a ocorrência de vários acordos nos próximos meses, seguindo transações de cerca de US$ 65bi no setor no ano passado. As ações das utilitárias americanas sofreram um grande impacto com a queda dos preços de energia estarão baratas. " Os preços nos EUA caíram e as companhias européias tem fundo de caixa, e estão em posição de compra" ,disse o estrategista global de utilitárias da UBS em Londres, Lawson Steele. A EON poderia fazer propostas pela Allegheny, pela Cinergy ou pela PPL. A Cinergy foi apontada como alvo de disputa pela EON e pela RWE por possuir usinas em Indiana e Ohio. Vários estados do meio-oeste americano operam em um mercado desregulado de energia. (Financial Times-08.01.2002)

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9- Construção de gasoduto que ligará Camisea a Lima deve começar até o fim desse ano

A construção da rede de distribuição de gás natural de Camisea para Lima e Callao, no Peru, se iniciará até o fim do ano, tão logo que o estudo de impacto ambiental seja aprovado e que se estabeleça a rota definitiva do gasoduto, informou o gerente geral da Transportadora de Gás do Peru, Alejandro Segret. Segret informou que o gás natural poderá ser empregado na indústria, no transporte e nas residências a partir de 2004. Ele acrescentou que em Lima e Callao se instalará uma rede de dutos para a distribuição de gás natural às indústrias e usinas de geração elétrica, ampliando-se posteriormente esta rede a zonas comerciais e residenciais. Para a posta em operação comercial da rede de distribuição se prevê o fornecimento de gás natural a um total de doze grandes consumidores iniciais, entre os quais as centrais térmica de Edegel e Edevensa. O estudo de impacto ambiental foi preparado pela consultora peruana Pacific e já foi entregue ao Ministério de Minas e Energia. (Gestión-04.02.2002)

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10- RWE estaria interessada na CEZ

A alemã RWE teria entrado na corrida pela tcheca CEZ pela porta dos fundos. A RWE e o governo tcheco se negaram a confirmar o interesse da firma em comprar a CEZ, mas as negativas não foram convincentes. O interesse da RWE também poderia ser uma maneira de as outras firmas na corrida, a francesa EdF e a italiana Enel (aliada à espanhola Iberdrola) aumentarem suas propostas. O CEO da RWE, que esteve na última semana em Praga para assinar a aquisição de US$ 1,4 bi em ações na Transgas, se negou a comentar sobre o interesse da firma na CEZ, mas admitiu que uma companhia multi-utilitária no mesmo modelo da RWE seria interessante para o mercado tcheco. (Platts-04.02.2002)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Ana Clara Cruz, Fernando Fernandes, Pedro Furley, Rodrigo Rötzsch e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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