1- Governo anuncia sistema de leilões públicos |
O governo anunciou
ontem, 31/01/2002, que tanto a energia gerada hoje quanto a energia
nova que vier a ser produzida pelas empresas estatais federais
ou estaduais será comercializada através de leilões públicos.
O ministro Pedro Parente, coordenador da Câmara de Gestão da Crise
de Energia Elétrica, explicou que a energia produzida por investimentos
já amortizados (velha) será ofertada em leilões ao preço mínimo
dos contratos iniciais, ou seja, entre R$ 47,00 e R$ 48,00 o MWh.
A energia nova que for agregada à produção estatal também será
leiloada, mas o preço mínimo obedecerá ao critério "caso a caso",
levando em conta custos específicos de cada geradora. Hoje, 01/02/2002,
o governo dará os detalhes das demais medidas desse plano. (Valor
- 01.02.2002)
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2- Reajustes tarifários não são evitados com leilões
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A solução de leiloar energia foi menos intervencionista do que
o mercado temia, mas não é suficiente para neutralizar os efeitos
de reajustes tarifários que esse sistema deve provocar a partir
de 2003. Os leilões vão substituir a venda livre de energia que
era preconizada pelo modelo anterior, na proporção de 25% a cada
ano a partir do próximo ano, até que em 2006 toda a energia fosse
vendida livremente. Haverá alta nas tarifas resultante dos leilões,
admite Castello Branco, mas não na proporção que o modelo anterior
permitia. (Valor - 01.02.2002)
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3- Leilões de energia gerarão um fundo |
O governo criará um fundo com os recursos apurados nas vendas
de energia por leilões para atenuar o impacto tarifário do novo
sistema de comercialização de energia estatal. O ministro Pedro
Parente informou que o fundo poderá ser utilizado, por exemplo,
para pagamento de encargos relativos à energia emergencial, subsídio
ao gás natural e incentivo a fontes alternativas. Essa é uma das
formas que o governo terá para impedir que haja alta descontrolada
dos preços, disse Octávio Castello Branco, diretor do BNDES e
coordenador do Comitê de Revitalização, encarregado de propor
as medidas para a recuperação do setor de energia. (Valor - 01.02.2002)
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4- Venda de energia em leilão tem como objetivo a regulação
do mercado |
A decisão de definir leilões públicos, a partir deste ano, como
regra para venda da energia velha foi adotada, segundo o presidente
da GCE, ministro Pedro Parente, para evitar a possibilidade de
que grandes detentoras de energia atuassem no mercado de forma
a prejudicar a concorrência entre as empresas. Ele disse que sua
expectativa é de que com os leilões o preço da energia poderá
oscilar entre o preço mínimo praticado hoje - R$ 47,00 e R$ 48,00
o MW/h- e o custo marginal da energia (o que é negociado em mercado),
que atualmente está em torno de R$ 100,00. Segundo o ministro
esse preço marginal poderá sofrer reduções e ficar em torno de
R$ 70,00 depois da implantação das medidas referentes à comercialização
da energia velha. (Agência Estado - 01/02/2002)
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5- Orçamento das estatais elétricas não altera modelo
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O ministro das Minas e Energia, José Jorge, disse que o aumento
do orçamento das estatais elétricas federais para este ano não
significa uma mudança no modelo do setor, mas que se baseia na
expansão do sistema mediante investimentos privados. Segundo José
Jorge, as estatais federais estão fazendo investimentos pontuais
nas áreas de geração e transmissão, como a repotencialização de
cinco termelétricas, três na área de Furnas e duas no Nordeste,
que também estão sendo convertidas do óleo combustível para o
gás natural. O ministro acrescentou que, na área de transmissão,
estão sendo conduzidos pelas estatais federais somente os projetos
considerados emergenciais, para dar maior segurança ao sistema.
(Agência Estado - 01/02/2002)
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6- Aneel admite rever contratos para segurar preços |
O diretor-geral da Aneel, José Mario Abdo, admitiu ontem, 31/01/2002,
que, para segurar o preço da energia dos contratos iniciais nos
leilões, o governo poderá modificar a regra atual e aumentar o
percentual da energia a ser liberada a partir de 2003. Pela regulamentação
existente hoje, a cada ano, nos próximos quatro anos, serão liberados
25% do total da energia dos contratos. O objetivo é chegar a 2006
com 100% dessa energia vendida pelas geradoras fora dos contratos
com preços subsidiados. Segundo Abdo, a preocupação do governo
é ter instrumentos para coibir uma possível elevação exagerada
do preço da energia que irá a mercado, o que teria impacto direto
sobre o valor das tarifas cobradas do consumidor. "Será necessário
haver a modicidade das tarifas", reforçou o diretor-geral da Aneel.
(Valor - 01.02.2002)
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7- Medidas agradam empresários |
Interpretada como um recuo do governo e como uma transição coordenada
pelo Estado para um modelo completamente desregulado, a decisão
de leiloar a energia das geradoras federais e estaduais foi bem
recebida, a princípio, por empresários e analistas. "Aprovamos
a medida, vista como uma transição para a desregulação", disse
o vice-presidente da El Paso, Roberto de Almeida. Mas, segundo
ele, a aplicação dos US$ 5 bi previstos para os próximos anos
ainda depende da assinatura da compra da energia das térmicas
pelo governo. (Valor - 01.02.2002)
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8- Impacto das medidas é incerto |
O impacto da decisão de leiloar a energia das geradoras federais
e estaduais sobre os investimentos ainda é incerto. Falta seu
detalhamento, que só deve ficar pronto em março, enquanto sua
análise pode levar tempo. As indicações preliminares sinalizam
que muitas das críticas dos empresários à reforma anunciada no
início deste ano foram ouvidas. Entendidas como um retrocesso
e como um aumento do poder do Estado no setor, as primeiras propostas
tornavam incerto o cenário das empresas. Para mostrar suas opiniões
e sugestões, empresários se reuniram diversas vezes nas últimas
semanas com membros do governo, destacando a importância de regras
claras. (Valor - 01.02.2002)
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9- Novas regras não enfraquecerão o ONS |
As novas regras determinadas pela Câmara de Gestão da Crise de
Energia não enfraquecerão o ONS segundo Mário Santos. "A única
coisa que poderá enfraquecer o modelo de formação de preços é
o governo fazer algo que prejudique o consumidor final, o que
seria impensável", observou Santos. A formação de preços é feita
em função do cálculo do custo marginal na operação. Esse custo
é calculado de forma centralizada pelo ONS, com base no modelo
elaborado com o objetivo de otimizar técnica e economicamente
o sistema hidrotérmico. "A montagem não é simples, foi elaborada
por todo o setor, auditada e aprovada pela Aneel." (O Estado de
S. Paulo -01.02.2002)
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10- Rombo de R$ 1 bi pode atrapalhar reforma do setor
energético |
O MAE tem mais de R$ 1 bi em contratos não liqüidados, segundo
especialistas da área energética. O rombo pode ser um entrave
na reformulação do setor, pretendida pelo governo federal. A Câmara
de Gestão da Crise de Energia anuncia, hoje, em Brasília, os detalhes
das medidas extinguindo o MAE e criando o Mercado Brasileiro de
Energia (MBE). "Basicamente, a proposta é ter um mercado não mais
auto-regulado, mas sim sob tutela da Aneel, explica o presidente
da Associação Brasileira da Abraceel, Walfrido Ávila. A entidade
reúne os 14 agentes de comercialização ativos no mercado. Ele
reconhece que a medida é positiva, pois pode finalmente colocar
o mercado em atividade. (Gazeta do Povo - 01.02.2002)
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11- Governo pretende iniciar discussão sobre modelo de
licitação de Belo Monte |
O governo pretende deslanchar,
logo após o Carnaval, a discussão sobre o modelo de licitação da
hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, uma megausina que se sair do
papel agregará 11,2 mil MW)ao sistema elétrico a partir de 2006.
Nesta semana, a Eletrobrás aprovou em reunião de diretoria a contratação
de uma consultoria que auxiliará na modelagem do projeto de Belo
Monte. O presidente da Eletrobrás, Claudio Ávila, informou que nos
próximos dias a empresa fará uma apresentação sobre a usina de Belo
Monte em reunião conjunta do CNPE e da GCE. Ávila informou ainda
que a Eletrobrás investirá R$ 5,1 bi em geração e transmissão em
2002. No ano passado, foram R$ 4,1 bi. (Valor Econômico-01.02.2002)
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12- CNPE quer fazer licitação da usina de Belo Monte
no fim desse ano |
De acordo com Claudio Ávila, presidente da Eletrobrás no encontro
conjunto do CNPE e GCE será discutido um cronograma de trabalho
dentro do objetivo de fazer a licitação da usina de Belo Monte no
final do ano. A idéia é que a consultoria encarregada dos estudos,
cujo custo será de R$ 650 mil, seja contratada até abril. De acordo
com Ávila, o trabalho da consultoria externa vai complementar estudos
ambientais e de viabilidade feitos pela Eletronorte. O presidente
da Eletrobrás informou que ainda é preciso encontrar uma solução
para a questão ambiental, já que neste quesito há liminar da Justiça
do Pará contra o projeto. Mesmo assim, ele mantém a expectativa
de remeter ainda este mês os estudos da Eletronorte sobre Belo Monte
à Aneel. O passo seguinte será avançar na modelagem do projeto.
(Valor Econômico-01.02.2002)
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13- Investimento em Belo Monte será de US$ 3 a US$ 6
bi |
Para contratar de forma rápida a consultoria para fazer os estudos
de licitação da usina de Belo Monte a Eletrobrás optou por reduzir
o escopo do trabalho de forma a permitir que ela seja selecionada
por tomada de preço. O modelo de licitação de Belo Monte vai definir
questões como a atratividade do projeto para o setor privado, participação
da Eletrobrás e alternativas de financiamento. Belo Monte será um
empreendimento caracterizado pela parceria entre os setores público
e privado. Ele imagina que a usina seja licitada pela Aneel para
ser disputada por consórcios nacionais e internacionais ainda em
2002. O investimento na usina poderá variar de US$ 3 bi a US$ 6
bi, afirmou o presidente da Eletrobrás, Claudio Ávila. O montante
dependerá da abrangência do projeto, ou seja, se será licitada só
a usina ou também o sistema de linhas de transmissão. Ávila não
acredita que as incertezas regulatórias prejudiquem a licitação.
(Valor Econômico-01.02.2002)
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14- Aneel prevê acréscimo de 42 mil MW de energia até
2005 |
O diretor-geral da Aneel, José Mario Abdo, previu nesta quinta-feira
que o Brasil terá acréscimo de 42 mil MW de capacidade de geração
de energia elétrica no período 2001 a 2005. Segundo Abdo, esse volume
é três vezes superior à média de 1996 a 2000, que ficou em torno
de 15.500 MW e cerca de oito vezes os 5.800 MW do período de 1991
a 1995. Para o diretor da Aneel, a falta de investimentos no setor
elétrico entre 1991 e 1995 fragilizou o sistema nacional, levando
aos problemas atuais. Mas ele acredita que os novos investimentos
tendem a normalizar a situação do setor no país. Além dos investimentos
na geração, ele citou os investimentos em linhas de transmissão,
em torno de 6.000 km ao ano. (Diário OnLine - 01.02.2002)
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1- GCE vai definir no dia 19 o fim do racionamento
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O presidente da GCE, ministro Pedro Parente, disse ontem que será
anunciada na próxima reunião, dia 19, a data do fim do racionamento
de energia. Parente disse que o racionamento poderá acabar no
dia seguinte ou até 28 de fevereiro. A decisão terá a participação
do presidente Fernando Henrique Cardoso. Segundo Parente, pelas
projeções dos técnicos, os reservatórios das Regiões Sudeste e
Centro Oeste deverão atingir a curva máxima de segurança entre
os dias 14 e 28 de fevereiro. O nível desta curva indica que o
mercado poderá ser suprido sem necessidade de usar as usinas térmicas
emergenciais mesmo que se registre nível de chuvas equivalente
ao do pior ano em 70 anos. No Nordeste, a curva superior deverá
ser atingida entre os dias 9 e 24 de fevereiro. Parente explicou
que na Região Sudeste já existem reservatórios cheios e vertendo
água, mas existem outros na bacia dos Rios Grande e Paranaíba
que ainda estão com nível abaixo de 51% de sua capacidade. (Jornal
do Commercio-01.02.2002)
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2- José Jorge diz que racionamento pode acabar no Carnaval
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O racionamento de energia elétrica poderá acabar no carnaval.
O ministro de Minas e Energia, José Jorge, disse ontem que os
reservatórios que abastecem as usinas hidrelétricas nas regiões
Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste devem alcançar o nível de segurança
na época do carnaval. Segundo ele, os reservatórios do Sudeste
e Centro-Oeste estão subindo em média 0,3 ponto percentual por
dia. O ministro disse ainda que tem informações dos institutos
de meteorologia de que, na semana de carnaval, vai chover forte
no Sudeste. (Cruzeiro do Sul-01.02.2002)
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3- Reservatórios estão a 5,35 pontos do limite de segurança
no SE e no CO e a 9,44 no NE |
Segundo dados do ONS, o nível médio dos reservatórios no Sudeste
e no Centro-Oeste alcançou 46,33% da capacidade máxima, faltando
5,35 pontos porcentuais para chegar no limite de segurança definido
pelo governo. No Nordeste, o nível está em 36,83%, a 9,44 pontos
porcentuais do limite de segurança. O limite de segurança existe
para o caso de a energia emergencial das termelétricas não estar
disponível. Na prática, entretanto, várias das usinas do Programa
Prioritário de Termeletricidade já deverão entrar em operação
em meados deste ano. De acordo com José Jorge, cerca de 3.000
MW deverão ser acrescidos ao parque gerador até o final de 2002,
e outros 3.000 MW no próximo ano. (Cruzeiro do Sul-01.02.2002)
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4- Parente garante poder prever nova crise de energia
com dois anos de antecedência |
O ministro Pedro Parente disse que uma nova crise de energia poderá
ser prevista com até dois anos de antecedência. Segundo ele, o
Governo não está sendo precipitado ao definir o fim do racionamento
em fevereiro, pois o novo sistema de controle dos reservatórios
e as usinas termelétricas vão garantir o abastecimento. (Jornal
do Commercio-01.02.2002)
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5- José Jorge afirma que investimentos evitarão novo
racionamento |
O ministro das Minas e Energia, José Jorge afirmou que uma vez
encerrado o racionamento de energia, a idéia é que o Brasil nunca
mais enfrente este problema. Ele acrescentou que estão sendo tomadas
providências não só no sentido de aumentar investimentos como
também dar segurança no uso da água que estiver estocada nas barragens.
No Sudeste, de acordo com o ministro, durante os cinco meses (entre
julho e outubro) em que os reservatórios operaram com carga de
racionamento só foram gastos 8% da água estocada. Para José Jorge,
isto mostra que foi encontrada uma fórmula operacional correta
de trabalhar com as térmicas, sempre com nível de segurança muito
alto. O trabalho que o governo está fazendo é no sentido de jamais
voltarmos a viver esse problema. O ministro reiterou que a probabilidade
de existir racionamento no mês de março é zero. (Cruzeiro do Sul-01.02.2002)
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6- Curva-guia bianual ajuda a evitar racionamento |
Para evitar novos racionamentos, o presidente da GCE , ministro
Pedro Parente, divulgou ontem a criação de uma curva-guia bianual,
que vai medir a partir deste ano o nível de segurança de abastecimento
dos reservatórios de água das usinas hidrelétricas. (01.02.2002
- Gazeta Mercantil)
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7- Governo cogita criar linhas de transmissão |
Novas linhas de transmissão estão sendo cogitadas para a região
de São Paulo com o objetivo de minimizar os riscos de um novo
apagão. A informação é do ministro das Minas e Energia, José Jorge,
que citou como exemplo de novas linhas a serem criadas em São
Paulo a transmissão Curitiba-Campinas. Ele acrescentou que a licitação
de novas linhas se dará no início deste ano, e que a maior parte
estará sob controle privado. "Licitamos 16 linha recentemente,
e 14 ficaram com o setor privado", afirmou. (31.01.2002 - Gazeta
Mercantil)
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8- Ministro diz que nível de confiabilidade no sistema
deve ser monitorado |
O ministro José Jorge descartou que as causas do apagão tenham
origem somente na falta de investimentos em longo prazo no setor.
Ele destacou que o nível de confiabilidade no sistema é que deve
ser monitorado, para verificar as evoluções no conjunto das linhas.
José Jorge lembrou que a região de Itaipu e de Ilha Solteira detêm
uma carga muito alta, sem ser distribuída em outros tipos de geração.
Ele citou o Rio de Janeiro como exemplo, que, apesar de depender
também das linhas de transmissão, conta com a energia das térmicas
e nuclear para dar equilíbrio. (31.01.2002 - Gazeta Mercantil)
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9- Investimento na compra de equipamentos é da ONS |
Ao contrário de nota divulgada nesta terça-feira, a Cerj não está
investindo R$ 50 milhões na compra de três controladores lógicos
programadores (CLPs). Esses equipamentos são necessários para
que o sistema em localidades do Rio de Janeiro continue funcionando
mesmo com menor entrada de energia proveniente do sistema interligado.
O investimento na compra desses equipamentos é realizado pela
ONS mas cabe à distribuidora investir também em sistemas para
o acionamento dos CLPs e ainda em transmissão dessa energia. (31.01.2002
- Gazeta Mercantil)
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10- Vinte municípios capixabas terão racionamento de
municípios turísticos |
O racionamento no Espírito Santo cai para 1% em fevereiro para
residências e estabelecimentos comerciais situados nos 20 municípios
classificados como turísticos. Entre estes municípios estão Vitória,
Vila Velha, Guarapari, Aracruz e Serra. Nos demais 58 municípios,
a redução na meta é de 6%. Em janeiro, os índices eram 7% e 12%,
respectivamente. A indústria também terá uma folga maior em fevereiro.
A redução no consumo será de apenas 10%. (Gazeta Online-01.02.2002)
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11- Escelsa exigirá cumprimento das metas até fim de
racionamento |
Apesar de o racionamento
de energia estar perto do fim, a equipe técnica da Escelsa afirmou
ontem que as metas de consumo serão cobradas pela concessionária.
Quem ultrapassar a cota será punido com a sobretaxa e o corte
no fornecimento. A punição vale só para metas acima de 225 kWh.
Também vai vigorar em fevereiro o sistema de bônus. (Gazeta Online-01.02.2002)
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12- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Eletrobras investirá R$ 5,1 bi esse ano |
O presidente da Eletrobrás, Claudio Ávila, disse que a estatal
investirá este ano R$ 5,1 bi em projetos de geração e transmissão
de energia. No ano passado o montante foi de R$ 4,1 bi. Segundo
Ávila, para suportar os investimentos que serão feitos, a Eletrobrás
fará captações no mercado interno e externo. No segundo semestre
deste ano está prevista a captação de US$ 220 mi no mercado americano.
No mercado interno, junto ao BNDES, serão captados R$ 850 mi (dos
quais R$ 300 mi já foram aprovados). Ávila comentou também que
o excedente de energia produzido pela usina de Itaipu nos últimos
três anos, que totalizou 3.500 MW, não podem representar ganhos
para as empresas privadas. Segundo ele esse excedente deverá se
refletir numa redução do preço das tarifas para a sociedade. "O
excedente não pode virar lucro para a empresa privada. Temos que
beneficiar o consumidor no reajuste anual das tarifas", disse
Ávila, que participou do seminário Energia para Crescer, no Rio.
(A Tribuna - 01.02.2002)
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2- Eletrobrás captará US$ 220 mi em bônus |
A Eletrobrás anunciou há pouco que captará US$ 220 mi em bônus
no mercado externo no segundo semestre deste ano. A empresa acabou
de fechar uma captação de US$ 110 mi também no mercado externo.
Segundo o presidente da companhia, Cláudio Ávila, os recursos
serão utilizados no programa emergencial de geração de energia
e para suportar os investimentos previstos pela estatal para 2002
de R$ 5,1 bi. Esses recursos serão divididos meio a meio entre
geração e transmissão de eletricidade. Ávila informou que a Eletrobrás
aguarda ainda o desembolso de R$ 300 mi do BNDES. Essa operação
faz parte de um empréstimo que totaliza R$ 850 mi. (Agência Estado
- 01/02/2002)
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3- Endesa adiará metas no Brasil |
A multinacional espanhola Endesa vai adiar a sua meta de atingir
10% do mercado de distribuição do Brasil em 2005. A informação
é do representante da Endesa do Brasil, Manuel Montero Camacho,
diretor-presidente da Cerj, controlada pelo grupo. De acordo com
o executivo, os investimentos da Endesa na América Latina estão
sendo revistos em função da crise na Argentina, das indefinições
regulatórias do setor elétrico no Brasil e da mudança do cenário
econômico mundial ocorrido no segundo semestre do ano passado.
Hoje, a Endesa tem 4% da distribuição e 1% da geração de energia
elétrica no Brasil. Os planos da companhia eram de investir, até
2005, US$ 3,5 bi no país, com o intuito de atingir 10% da geração
e 10% da distribuição de energia. Montero Camacho, no entanto,
assegurou que não serão adiados os investimentos na segunda linha
de transmissão da Argentina para o Brasil (US$ 350 mi) e na construção
da termelétrica de Fortaleza (US$ 200 mi). (GloboNews - 01.02.2002)
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4- Diretor da Endesa critica alta carga tributária
no Brasil |
O diretor da espanhola Endesa, Francisco González, reforçou a
crítica de Gilson Prado, presidente da Guaraniana, controlada
pela também espanhola Iberdrola à revitalização do setor elétrico.
González admitiu que a Endesa, uma das maiores empresas de energia
elétrica do mundo, vê o Brasil como única opção de crescimento
na América Latina, mas criticou a alta carga tributária no país
e admitiu que a situação atual é de "congelamento nos investimentos
do setor". (Valor Econômico-01.02.2002)
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5- Ações de elétricas disparam na bolsa |
As ações das empresas de energia elétrica dispararam ontem na
Bovespa. As ações das Celesc subiram 22%, as da Eletrobrás , 11%
e as da Cemig , 6,3%. O volume de negociações com os papéis da
Eletrobrás também foi elevado: R$ 97,462 mi - o segundo papel
mais negociado do dia. Eletrobrás ON e PN giraram juntas 19,4%
do volume total da bolsa, que ficou em R$ 672 mi. A empresa é
a maior geradora de energia do País, respondendo por 47% da produção,
e será uma das mais beneficiadas com os leilões da chamada 'energia
velha'. 'Em época de escassez de energia, estes leilões serão
muito disputados', diz Sérgio Tamashiro, analista do setor de
energia elétrica do Unibanco. (01.02.2002 - Gazeta Mercantil)
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6- Atrair investimento é desafio, diz presidente da
Alston |
O presidente da Alston, José Luiz Alquéres, afirmou hoje a necessidade
de se investir no setor de energia no Brasil. "O grande desafio
será atrair investidores que estão cautelosos em apostar no setor",
disse. Ele informou que os investimentos no setor pelo governo
têm apresentado um ritmo decrescente. Em 2001, a média anual de
investimentos do grupo Eletrobrás foi de US$ 1,3 bilhão, com previsão
de atingir US$ 1,8 bilhão este ano. De 1995 a 1999, o volume de
investimentos da estatal no setor foi de US$ 8 bilhões. Porém,
o executivo elogiou a evolução na capacidade de geração no País
que, apesar do decréscimo de recursos, conseguiu em 2000, o acréscimo
médio anual de 1,9 GW. Para o executivo, a grande atração de capital
para o setor necessita de prática de preços realista e mínima
interferência governamental. (31.01.2002 - Gazeta Mercantil)
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7- Crédito em expansão para o setor de energia |
A demanda por financiamentos para o setor de energia está em expansão
neste ano, a exemplo de 2001, quando as empresas aumentaram o
volume de captação de recursos para projetos no setor, impulsionadas
pela crise do setor. Confirmando a tese, dois projetos já estão
sendo estruturados no Banco do Brasil. (01.02.2002 - Gazeta Mercantil)
Índice
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8- BNDES tem R$ 28,5 bi para financiar o setor elétrico |
O presidente do BNDES, Eleazar de Carvalho Filho, disse ontem
que a carteira de projetos de geração de energia elétrica da instituição
totaliza R$ 28,5 bi, dos quais o banco participará com R$ 11,7
bi. Os recursos serão aplicados em 93 projetos, sendo que 29 já
estão contratados, 49 em análise e 15 em perspectiva de enquadramento,
estágio anterior a análise. Os 93 projetos se dividem em 22 empreendimentos
de hidrelétricas, 9 de termelétricas e 29, de co-geração. Além
disto, há 31 PCHs e dois projetos de fontes alternativas de geração.
(Valor Econômico-01.02.2002)
Índice
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9- Presidente do BNDES refuta críticas à revitalização
do setor elétrico |
O presidente do BNDES, Eleazar de Carvalho refutou os ataques
feitos pelos empresários do setor elétrico no sentido de que as
medidas que vêm sendo anunciadas pelo governo contemplam somente
questões pontuais. "Acredito que o resultado final das medidas
do programa de revitalização do modelo do setor elétrico mostrará
viabilidade", afirmou. O executivo citou o esforço que o governo
vem fazendo para desverticalizar a posição de mercado das empresas
estatais do setor elétrico, como o processo de cisão das partes
de geração e transmissão de Furnas. "Essa separação é importante
para dar sinais claros ao mercado". (Valor Econômico-01.02.2002)
Índice
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10- Banco do Brasil estrutura financiamento da usina
de Corumbá IV |
O financiamento para a construção da usina de Corumbá IV, no município
de Luziânia, em Goiás já está sendo estruturado no Banco do Brasil.
A nova hidrelétrica terá capacidade de gerar energia para atender
a demanda de 240 mil habitantes. O financiamento é de R$ 230 milhões.
Desse total R$ 40 milhões serão repassados pelo Banco do Brasil,
do Fundo Constitucional para o desenvolvimento do CentroOeste
(FCO). Outros 30% referem-se a capital próprio e o restante corresponde
a parte financiada pelo BNDES. O empréstimo será sindicalizado,
de acordo com a gerente executiva de negócios estruturados do
Banco do Brasil, Vitória Morgado. Ela observou que todos os financiamentos
de longo prazo estão sendo realizados junto com outros bancos.
(01.02.2002 - Gazeta Mercantil)
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11- Presidente da Guaraniana está preocupado com
modelo de privatização da Chesf |
Gilson Veloso Prado, diretor-presidente da Guaraniana, holding
que controla três distribuidoras de energia no Nordeste, manifestou
preocupação com o modelo de privatização da Chesf e disse esperar
que o MBE funcione. "Sem definição de regras claras e efetivas,
o capital privado retrairá sua participação no setor elétrico
brasileiro", previu Prado. O executivo afirmou que a Guaraniana,
cujo operador é o grupo espanhol Iberdrola, investiu R$ 2 bi
na compra e modernização da distribuidora Celpe, em Pernambuco,
mas até o momento o grupo teve rentabilidade "pífia" sobre o
investimento. "O retorno foi inferior à rentabilidade que os
sócios poderiam ter tido se pegassem esse dinheiro e investissem
na caderneta de poupança", afirmou. Também fazem parte a Previ
e o Banco do Brasil. (Valor Econômico-01.02.2002)
Índice
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1- Energia livre deve alcançar o preço médio da energia
vendida hoje pelas geradoras privadas |
Marcos Severine, chefe de análise da Corretora Sudameris, acredita
que o preço da energia nos leilões em que as geradoras poderão
vender 25% de sua energia a partir de 2003 deve alcançar os US$
36 o MWH- justamente o preço médio da energia livre vendida hoje
pelas geradoras privadas. As distribuidoras compram a energia
dessas geradoras até o preço de US$ 36 porque é o teto permitido
para o repasse às tarifas. Por isso, as distribuidoras devem pagar
os mesmos US$ 36 pela energia dos leilões. Severine aposta que
as distribuidoras serão as grandes compradoras, assim como já
são em todo o mercado. "A mudança da regra tirou o maior entrave
que as regras anunciadas no início do ano tinham colocado sobre
o setor", diz Severine. A Eletrobrás é a mais beneficiada. Com
cotas de energia a serem vendidas por preços maiores, o faturamento
da empresa em 2003 aumenta em US$ 425,3 mi. Em 2006, quando o
valor de venda de 100% da energia produzida estará livre, a Eletrobrás
irá faturar US$ 1,701 bi a mais em cada ano. (Valor Econômico-01.02.2002)
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2- Bolsa de SP suspende negócios com energéticas |
A Bolsa de Valores de São Paulo suspendeu nesta quinta-feira os
negócios com ações das principais companhias de energia elétrica.
Com isso, estão suspensas as negociações envolvendo a Eletrobrás,
Cesp, Cemig, Copel e Emae. O motivo da suspensão é para que o
mercado assimile as novas regras para a comercialização da chamada
"energia velha", divulgadas nesta quinta-feira pela Câmara de
Gestão da Crise de Energia Elétrica (CGE). Segundo a CGE, a "energia
velha" produzida pelas empresas estatais federais e estaduais
será vendida por meio de leilão público. (Diário OnLine - 01.02.2002)
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1- Dólar comercial abre em baixa de 0,20%, a R$ 2,428
para venda |
O dólar comercial abriu o dia com baixa de 0,20%. A moeda americana
é cotada a R$ 2,423 para compra e R$ 2,428 para venda. Ontem,
o mercado cambial operou bastante volátil. Após oscilar do campo
positivo para o negativo repetidas vezes, o dólar comercial acabou
fechando em baixa de 0,16%. A moeda terminou comprada a R$ 2,4310
e vendida a R$ 2,4330. (Valor 01/02/2002)
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2- Inflação ainda segura juros |
A inflação é atualmente o principal foco de preocupação do Banco
Central e foi para evitar qualquer risco de uma retomada nos aumentos
de preços que o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu na
semana passada manter a taxa básica de juros - a taxa Selic -
no patamar de 19% ao ano. É o mesmo índice aplicado desde julho
de 2001. (Gazeta Mercantil - 01/02/2002)
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3- Dólar volta a liderar investimentos |
O dólar começou o ano retomando o posto de investimento mais rentável
do mercado. Em janeiro, a PTax (média das cotações apurada pelo
Banco Central) subiu 4,22%, saindo de R$ 2,3204 em dezembro para
R$ 2,4183. Na contramão ficou a Bolsa de Valores de São Paulo
( Bovespa ), que no mês apresentou perdas nominais de 6,25% em
reais e 10,02% em dólares. (Gazeta Mercantil - 01/02/2002)
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4- Liquidez do mercado cai para R$ 11 bi |
O sistema financeiro começou a ter mais dinheiro disponível em
caixa no mês passado. Segundo estimativas de profissionais do
mercado, a escassez média diária de recursos caiu para cerca de
R$ 11 bi. Em dezembro, a falta de dinheiro nos caixas das instituições
financeiras era de R$ 19,78 bi, em média, segundo o relatório
Focus, produzido pelo Banco Central (BC). Esse seria o valor estimado
para que os bancos pudessem equacionar suas transações financeiras
diárias. (Gazeta Mercantil - 01/02/2002)
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1- ANP condiciona compra da CEG pela Petrobrás |
A ANP sugeriu à Secretaria de Direito Econômico (SDE) e ao Cade
a aprovação da compra pela Petrobras e Petros da participação
da Enron na CEG e CEG Rio, mas com ressalvas referentes ao controle,
pela estatal, do Gasbol. As negociações entre Petrobras e Enron
estão paradas por causa da concordata da companhia americana.
Como a concordatária tem diversos ativos no Brasil, o ministro
de Minas e Energia, José Jorge, determinou que tanto a ANP quanto
a Aneel façam relatórios periódicos sobre as posições da empresa.
Os relatórios serão encaminhados ao Ministério para também avaliar
a situação econômico-financeira dos ativos. Caso seja identificado
algum problema, as concessões poderão ser cassadas. Além da CEG
e CEG Rio, a Enron tem participação em outras sete distribuidoras
de gás. No setor elétrico ela controla sozinha a paulista Elektro
e a térmica Eletrobolt, no Rio, sendo sócia da Shell no gasoduto
Bolívia Cuiabá e na usina térmica de Cuiabá. Adicionalmente ela
tem 3% da TBG e 29% da GTB, na Bolívia. Segundo os informes da
ANP e da Aneel, até agora não foi detectada nenhuma dificuldade
nas subsidiárias. (Valor Econômico-01.02.2002)
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2- Petrobras terá que vender ao menos 2% da TBG |
No Rio, em seminário de energia promovido pelo Instituto Tancredo
Neves, o diretor-geral da ANP, Sebastião do Rego Barros, informou
que o parecer da agência sobre a compra da participação da Enron
na CEG pela Petrobras não era definitivo. Mas confirmou que, de
acordo com o parecer técnico elaborado por seus técnicos, a Petrobras
teria de abrir mão do controle do Gasbol, de forma a garantir
a neutralidade do transporte de gás. Como o trecho brasileiro
do gasoduto é controlado pela Gaspetro, da Petrobras, que tem
51% da TBG, dona do Gasbol, Barros disse que, pelo parecer a estatal
deveria vender pelo menos 2% da TBG. "Estamos em fase de discussão
com os órgãos de defesa econômica, mas acredito que a questão
seja definida muito em breve pela ANP", disse Rego Barros, prevendo
pelo menos duas semanas para uma resolução a respeito. O prazo
para decisão dos órgãos de defesa da concorrência dependerá do
parecer da SDE. Não se sabe se ela decidirá sozinha ou se necessitará
da avaliação do Cade. (Valor Econômico-01.02.2002)
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3- ANP recomenda a transferência dos ativos de transporte
da Petrobras para a Transpetro |
No parecer sobre a compra da participação
da Enron na CEG pela Petrobras, a ANP também recomendou a transferência
dos ativos de transporte da Petrobras para sua subsidiária Transpetro,
lembrando que ela não é dona dos ativos que opera. O aumento da
participação da Petrobras na CEG e CEG Rio junto com seu fundo
de pensão, a Petros, fará com que o setor público tenha 59,93%
das ações da CEG, já que a BNDESPar tem 34,55%. Na CEG Rio, a
Petrobras e a BR têm 49%. A ANP ressalta que a verticalização
da cadeia produtiva no gás não é adotada apenas pela Petrobras,
já que a BG - a quem interessa aumentar o volume de gás transportado
pelo Gasbol para atender sua controlada, a Comgás - possui uma
estratégia semelhante. (Valor Econômico-01.02.2002)
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4- ANP vê riscos da Petrobras impor compra de seu gás
pela CEG e pela CEG Rio |
A ANP vê risco de a Petrobras impor a compra de seu gás pela CEG
e CEG Rio, já que o acordo firmado com a Petros dá à Petrobras
a palavra final nas decisões operacionais. Mas até que o negócio
de US$ 240 mi se concretize será necessário que a Justiça americana
defina o real proprietário dos ativos antes controlados pela Enron.
A complicada estrutura de controle da Enron através de diversas
subsidiárias - que facilitou esconder seguidos prejuízos nos balanços
- também está presente na composição do controle das distribuidoras
de gás do Rio de Janeiro. (Valor Econômico-01.02.2002)
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5- Alstom sugere a venda de todos os ativos da Enron
no Brasil e na Bolívia |
O presidente da Alstom, José Luiz Alquéres, defende que a Petrobras
deveria ser incentivada a negociar a compra das participações
da Enron no Brasil e Bolívia. "Neste momento a preocupação regulatória
é secundária em relação à preocupação de garantia de abastecimento",
avalia Alquéres. O executivo se refere à possibilidade da concordata
da Enron inviabilizar futuros investimentos para ampliar o suprimento
de gás desde a Bolívia, já que a empresa americana controla a
rede de dutos daquele país através da Transredes. Para Alquéres,
a análise de risco da "distorção" ao processo competitivo no mercado
de gás no Brasil, por conta da compra dos ativos da Enron pela
Petrobras, deveria ficar para um segundo momento. "Agora é importante
uma ação extremamente rápida da Petrobras em termos de aquisição
dos ativos da Enron", avalia o executivo.(Valor Econômico-01.02.2002)
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6- Petrobras adia inauguração de termoelétricas |
A Petrobras vai atrasar em até um ano a conclusão do seu programa
de investimentos em termoelétricas, que prevê a construção de
26 usinas com capacidade total de 9,2 MW. O programa está sendo
revisto devido às alterações na previsão de demanda com o racionamento
de energia. No início do racionamento, a estatal havia antecipado
os investimentos, de US$ 1 bi, para terminar a construção de todas
as térmicas até o final de 2003. "Agora deveremos concluir a última
usina no final de 2004", disse o gerente-executivo de Energia
da área de Gás e Energia, Nestor Cerveró. (Agência Estado - 01/02/2002)
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7- Alagoas terá R$ 36 mi para térmicas |
O Governo federal vai investir R$ 36 mi em Alagoas para a construção
de três Usinas Termelétricas Emergenciais movidas a diesel que
funcionarão para evitar apagões e racionamento. Com a construção
dessas usinas, que deverá ser concluída até junho deste ano, empresas,
indústrias e usuários domésticos poderão voltar a consumir energia
sem as metas do racionamento, o que deverá recuperar a economia
alagoana, que havia sofrido declínio. " É o fim das possibilidades
de apagão", afirmou Hugo Sanches, diretor comercial da GEBRA ,
responsável pela construção em Alagoas. A primeira usina será
construída na área industrial de Marechal Deodoro e a partir de
abril terá capacidade para gerar 15,5 MW de energia. As Usinas
localizadas em Coruripe e Penedo deverão ser entregues nos meses
de maio e junho. Segundo o diretor comercial da empresa, a urgência
na execução desse projeto e a capacidade como vai começar a gerar
energia de forma emergencial são fatores inéditos em todo o mundo.
Todas as regiões do Brasil receberão essse tipo de Usina, porém,
Sanches destacou que o Nordeste é a região que receberá maior
demanda de energia. De acordo com Sanches, o Brasil perdeu cerca
de 2% do PIB por causa do racionamento, o que representa um retrocesso
econômico. "A energia está diretamente ligada ao desenvolvimento
de um País. Cálculos internacionais afirmam que a cada 1% no crescimento
do PIB de um país, a capacidade elétrica precisa crescer o dobro",
ressaltou. (Tribuna de Alagoas-01.02.2002)
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8- Projeto de termoelétricas não inviabiliza outras
necessidades de Alagoas, segundo diretor da SEICS |
O apoio ao projeto de instalação de termoelétricas do Governo
federal em Alagoas está sendo dado pela Secretaria de Indústria
e Comércio. Segundo o diretor de desenvolvimento da SEICS, Edmundo
Accioly, a presença das usinas vai proporcionar segurança na demanda
de energia. Porém, Aciolly destacou que esse projeto não inviabiliza
outras necessidades do Estado como a construção de usinas a gás,
que precisaria de um investimento de cerca de R$ 110 mi. "Com
essas usinas emergenciais teremos o retorno da produção normal
nas industrias antes do racionamento, o turismo voltará a crescer,
será o fim dos feriadões e do racionamento. Porém, o desenvolvimento
do Estado ainda está ligado a projetos de caráter permanente",
lembrou o diretor. (Tribuna de Alagoas-01.02.2002)
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9- CONSENE dará parecer sobre efeitos ambientais das
térmicas de Alagoas no dia 5 |
A reunião de ontem realizada na secretaria de indústria e comércio
de Alagoas reuniu técnicos do Instituto do Meio Ambiente e do
Conselho Estadual de Proteção Ambiental (CONSENE) para analisar
o funcionamento das termoelétricas e seus impactos ambientais.
A primeira etapa, a licença prévia de instalação do IMA já foi
concluída. No dia cinco de fevereiro, o CONSENE deverá dar o parecer
e a partir daí, a expectativa dos técnicos é de que a licença
de operação definitiva seja expedida até 10 de março. (Tribuna
de Alagoas-01.02.2002)
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1- Produção deve aumentar |
A recuperação da atividade econômica no Brasil está se consolidando
num ritmo lento, segundo avaliação dos dirigentes do Banco Central.
A ata destaca, porém, que o fim do racionamento de energia deverá
ampliar o potencial de crescimento da economia brasileira. Segundo
o documento, o nível de confiança dos consumidores no futuro da
economia aumenta desde outubro do ano passado, o que estimula
as vendas. (Correio Braziliense - 01/02/2002)
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2- Empresariado perde preocupação com racionamento
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O racionamento de energia ainda incomoda, mas perdeu espaço na
lista de preocupações do empresariado industrial. A conclusão
é da última Sondagem Industrial, divulgada ontem pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI). Segundo outra pesquisa, da Fundação
Getúlio Vargas, também apresentada ontem, a crise energética já
não assustava tanto quanto antes. Além de cair da sexta para a
sétima colocação na lista dos 14 principais problemas apontados
pelo setor industrial, o racionamento foi citado, na última sondagem
da CNI, por 25% das pequenas e médias empresas (abaixo dos 30,5%
no terceiro trimestre) e por 19,1% das grandes empresas (contra
os 27,9% anteriores). Segundo a entidade, o resultado leva o fato
de as indústrias terem se acomodado e encontrado soluções para
lidar com o racionamento. (Correio Braziliense - 01/02/2002)
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1- Governo Bush aceitou duas das oito indicações de
Lay para a FERC |
O ex-presidente da Enron, Kenneth Lay, propôs oito candidatos
ao governo de George W. Bush para a Comissão Federal de Energia(FERC),
segundo revelou a porta-voz da Casa Branca, Anne Womack. Dos oito,
só dois foram aceitos: Pat Wood, atual presidente da FERC, e Nora
Brownell, membro da predição. Womack disse que a lista de recomendações
foi recebida pelo diretor de pessoal de Bush, Clay Johnson e que
estas recomendações figuraram entre muitas outras que Johnson
recebeu dos executivos da indústria de energia, membros do congresso
e funcionários estatais. A revelação se dá no momento em que 11
comitês do ingresso investigam as ligações entre a falida Enron
e o governo de George W. Bush. (El Mundo-01.02.2002)
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2- Caso Enron motiva Bush a querer impedir que diretoria
das companhias possa vender suas ações |
O presidente dos EUA, George W. Bush proporá hoje a reforma do
sistema de pensões que anunciou durante seu discurso sobre o Estado
da União e cujo objetivo é limitar o impacto sobre os cidadãos
de concordatas como a da gigante energética Enron, que arruinou
milhares de funcionários. Em suas propostas ao Congresso, Bush
pedirá que se proíba aos executivos vender ações de sua empresa
durante os períodos de transição ou bloqueio, como o que impediu
à diretoria do Enron, durante duas semanas, entre outubro e novembro,
de desfazer-se dos títulos de seus planos de pensão. Milhares
de funcionários da Enron perderam não só seu posto de trabalho,
mas também todas suas economias com a concordata da empresa, enquanto
os diretores mentiam sobre as práticas contábeis da firma e obtiam
benefícios vendendo seus pacotes de ação, enquanto se proibia
que os trabalhadores fizessem o mesmo, enquanto seus planos de
aposentadoria mudavam de administradores. (El Mundo-01.02.2002)
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3- Companhias de contabilidade anunciam mudanças motivadas
pelo caso Andersen-Enron |
Quatro das cinco maiores
companhias de contabilidade disseram ontem que irão rejeitar as
práticas da indústria que levaram a críticas extensivas da Arthur
Andersen, que auditou as finanças da Enron. A PwC e a própria
Andersen disseram que não irão mais prover certa tecnologia de
serviços de consultoria a clientes que auditam e que vão parar
de fornecer auditoria interna e externa à mesma companhia. A Ernst
& Young e a KPMG disseram que iam adotar as mesmas medidas, para
evitar conflitos de interesse. A Deloitte & Touche ainda mantém
sua intenção de manter serviços de consultoria e auditoria sob
um mesmo teto, uma posição que até ontem também era apoiada pela
Andersen. As medidas mostram como as companhias estão preocupadas
com o arranhão sofrido pela sua imagem com o escândalo Andersen-Enron
e com as perspectivas de novos regulamentos e legislações. (New
York Times-01.02.2002)
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4- Enron não entregou ao Senado documentos de parcerias |
A Enron se recusou a entregar a um comitê do Senado norte-americano
registros das sociedades controversas que são cruciais para entender
a queda da companhia, disse ontem o presidente do comitê, Byron
Dorgan. Dorgan disse que, a despeito da insistência do Senado,
a Enron continuou se recusando a entregar os registros de 3.000
parcerias. As investigações indicam que a Enron usou essas sociedades
para alavancar as declarações financeiras da companhia, enquanto
escondia perdas de milhões. Dorgan disse que a Enron simplesmente
não cooperou, mas que a sombra de segredo que circunda os atos
dessa companhia não será permitida permanecer de pé. Mas ele não
disse se o comitê estava considerando perpetrar uma ação judicial
contra a Enron para obter acesso aos documentos. (New York Times-01.02.2002)
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5- Lord Wakeman deixa Comissão de Reclamação à Imprensa
britânica por envolvimento com a Enron |
Ontem ocorreu a primeira baixa em conexão com a quebra da Enron
em território europeu. O presidente da Comissão de Reclamação
à Imprensa do Reino Unido, Lord Wakeman, deixou o cargo por conseqüência
do seu envolvimento com a Enron. Desde 1994, Wakeman é membro
da diretoria da Enron, devido a laços que foram forjados durante
os três anos em que foi secretário de energia, nos quais supervisou
a privatização da energia. Como ministro, ele aprovou a primeira
usina a gás da Enron em território britânico, instalada em 1990.
A partir de 94, Wakeman recebia US$ 113.000 por ano da Enron,
possuía ações da companhia e também recebia honorários por consultoria
por seu conselho em políticas de energia na Europa. Wakeman deixou
o cargo na Comissão de Reclamação à Imprensa para não constranger
a entidade por seus laços com a Enron. Ele ainda é membro da diretoria
de mais 16 companhias, posições colocadas em questão por seu envolvimento
com a Enron. (Financial Times-01.02.2002)
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6- Colapso da Enron pode ter posto fim a escândalo
envolvendo o presidente da Croácia |
O colapso da Enron pode ter posto fim a um escândalo de longa
data sobre as relações da companhia energética americana com o
governo do falecido presidente croata Franjo Tudjman. Tudjman,
que liderou a Croácia no processo de sua independência negociou
um controverso memorando de entendimento com a Enron antes de
sua morte, em dezembro de 1999. Esse memorando teria dado à Enron
direitos de construir uma usina na Croácia e conduzi-la por 20
anos, vendendo energia para a estatal croata HEP a preços superiores
ao do mercado. Fitas de conversações mostra que Tudjman esperava
que a concessão desses benefícios à Enron lhe iria assegurar favores,
incluindo uma visita de Estado a Washington. Depois de uma renegociação,
a Enron manteve o direito de construir a usina e vender eletricidade
acima do preço de mercado, mas com lucros menores que o previsto.
O contrato expira nesse verão. O fornecimento de energia da Enron
à Croácia parou no dia 30 de novembro, quando a Enron suspendeu
seus negócios na Europa. A usina não chegou a ser construída.
(Financial Times-01.02.2002)
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7- British Energy irá investir US$ 44.6 mi para implementar
suas usinas nucleares |
A British Energy, maior produtora de energia atômica do Reino
Unido, disse hoje que estava aumentando seus esforços para melhorar
a performance das usinas, mas esperava menos produção esse ano.
Numa apresentação a investidores, o grupo disse que um estudo
com a Associação Mundial de Operadores Nucleares havia mostrado
uma clara ligação entre operar seguramente e alcançar energia
a baixo custo. Diante disso, o grupo disse que gastaria cerca
de US$ 44.6 mi nos próximos dois anos para melhorar as condições
de suas usinas, tentando alavancar a produtividade. Os lucros
da BE caíram de US$ 341 mi em 2000 para US$ 14 mi ano passado
e a companhia avisou que deve ter lucro pequenos esse ano novamente.
O grupo foi afetado pela diminuição dos preços de eletricidade
no Reino Unido, motivada pela introdução de negócios mais competitivos
de comercialização de energia. (Financial Times-01.02.2002)
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8- Endesa conversa para tentar reduzir multas por apagões
na Catalunha |
A Endesa apresentou alegações e documentação informativa com o
objetivo de reduzir as multas com as quais o governo da Catalunha
sancionará a elétrica pelos apagões sofridos no estado espanhol.
O presidente da Endesa, Rodolfo Villa, se reuniu a princípios
de janeiro com o presidente da Generalitat, Jordi Pujol, para
frear a deterioração entre a administração autônoma e a companhia.
A Generalitat está ultimando três expedientes contra a Endesa,
qualificados de muito graves pelo Departamento de Indústria. Ainda
que a reunião entre Villa e Pujol não tenha sido oficial, a Endesa
demarca esse encontro como sua vontade de expressar que está disposta
a dar qualidade a um dos seus principais mercados. O desgaste
das relações entre a Endesa e o governo catalão veio à público
na apresentação de uma usina de ciclo combinado no último dia
13 de dezembro. Naquela ocasião, Pujol repreendeu a empresa pelas
queixas de empresas e usuários, dizendo que precisavam de mais
qualidade. (El País-01.02.2002)
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9- Saesa aprova fusão com a PSEG Chile |
A junta extraordinária de acionistas da Saesa, distribuidora controlada
pela norte-americana PSEG Global, aprovou por unanimidade a fusão
por incorporação da distribuidora PSEG Chile. Por sua vez também
foi acordada a fusão da filial Frontel. Com isso, a matriz do
grupo absorveu a propriedade das companhias adquirindo todos seus
ativos, passivos, concessões, permissões e autorizações. Desta
maneira a empresa sucederá em todos os direitos e obrigações às
distribuidoras absorvidas, incorporando à PSEG Chile Holding a
totalidade dos acionistas e patrimônio dessas. O presidente das
filiais e gerente da PSEG Chile Holding, Eduardo Novoa, disse
que o objetivo da fusão é simplesmente uma reorganização societária
de tipo financeiro e que não tem nenhuma implicação operacional
e comercial para as companhias. (Estrategia-01.02.2002)
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10- Representantes da Copri farão roadshow pela Europa
e os EUA para tentar vender distribuidoras do norte peruano |
Segundo o último boletim da PromPeru, essa semana viajarão representantes
da Copri e seus respectivos assessores a Nova York e a distintas
partes da Europa com a finalidade de iniciar um roadshow para
promover a venda de 100% das empresas distribuidoras elétricas
do norte peruano. Até o momento, segundo a Copri, há três companhias
interessados nestas empresas: a Tractebel, a AES e a Unión Fenosa.
Dentro do cronograma de concessões e privatizações da Copri para
o primeiro semestre desse ano, estão as seguintes distribuidoras
do norte: Electro Noroeste, Electro Norte, Electro Norte Medio
e Electro Cientro. Assim, o governo prevê ingressos de US$ 1.1
bi para este exercício pelo conceito de privatizações e concessões,
dos quais se prevê captar cerca de US$ 700 mi nos próximos cinco
meses. (Gestión-01.02.2002)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Ana Clara Cruz, Fernando Fernandes, Pedro Furley, Rodrigo
Rötzsch
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As
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pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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