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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 808 - 25 de janeiro de 2002
Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Detalhes sobre subsídios cruzados ainda em estudo

O detalhamento do pacote de revitalização do setor elétrico, previsto para a próxima semana, não deverá responder a uma das questões mais importantes para o setor no momento, que é a extinção dos subsídios cruzados. De acordo com o secretário estadual de Energia e Recursos Hídricos de São Paulo, Mauro Arce, dificilmente todos os números esperados para definir a nova política tarifária estarão nas resoluções a serem emitidas em breve. Arce explica que a definição desses cálculos demanda um estudo detalhado sobre a composição da tarifa para cada setor, que vai se estender ainda por um bom tempo. (Gazeta Mercantil - 25.01.2002)

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2- Governo federal investirá R$ 180 mi no Prodeem este ano

Para 2002, o Ministério de Minas e Energia (MME) destinará R$ 180 mi ao Programa de Desenvolvimento Energético de Estados e Municípios (Prodeem). Deste total, R$ 118 mi serão destinados à compra de equipamentos de sistemas fotovoltaicos para comunidades isoladas do país. O restante do recurso será destinado à capacitação de equipes técnicas, que serão responsáveis por realizar a implantação de novas tecnologias, como a dos microcomputadores de baixo consumo e acesso à Internet via satélite nos acampamentos do Incra. Além disso, o Prodeem irá realizar a manutenção dos cinco mil sistemas fotovoltaicos já implantados no campo. Ainda neste primeiro semestre, o governo deverá anunciar o edital de licitação de mais de seis mil sistemas fotovoltaicos. No ano passado, foram investidos R$ 52 mi no Prodeem. (Canal Energia - 25.01.2002)

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3- Para Abraceel, redução tarifária será o grande desafio do novo modelo

A redução tarifária de energia elétrica será o grande desafio do novo modelo do setor elétrico brasileiro. Para Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel), tornar o preço da energia mais atrativo ao consumidor final será um grande obstáculo para o governo. "O governo deve dar prioridade à questão tarifária caso contrário o programa de revitalização do setor elétrico não irá para frente", observa Wálfrido Ávila, vice-presidente da entidade e presidente da Tradener. (Canal Energia - 25.01.2002)

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risco e racionamento

1- FHC desautoriza José Jorge e estende relaxamento do racionamento a consumidores residenciais

O ministro José Jorge avisara anteontem que os consumidores residenciais não teriam folga no carnaval por dificuldades operacionais alegadas pelas distribuidoras de energia para realizar o cálculo das novas metas, mas ontem pela manhã o presidente Fernando Henrique Cardoso desautorizou o ministro e determinou ''expressamente'' que os consumidores residenciais tivessem os mesmos benefícios que o comércio. Na prática, esses consumidores terão de multiplicar por 1,075 a meta de consumo que consta da última conta de luz para saber quanto poderão gastar em fevereiro. Esse percentual de acréscimo foi projetado para que as pessoas pudessem gastar no carnaval a mesma quantidade de energia do ano passado, mas quem quiser poderá distribuir essa folga pelo mês inteiro. (Jornal do Commercio-25.01.2002)

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2- Governo resolve aliviar metas de racionamento para todos

O ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, presidente da GCE, anunciou ontem medidas que chamou de ''a transição para o fim do racionamento''. A partir de fevereiro, a meta de economia da indústria vai cair de até 25% para 10% em todos os setores, e o comércio e os consumidores residenciais poderão aumentar em 7,5% o consumo atual, aproveitando o período do carnaval. ''Existe uma altíssima probabilidade de o racionamento terminar no dia 28 de fevereiro, senão antes'', admitiu, pela primeira vez, o ministro. Segundo Parente, se as usinas do Programa Prioritário das Termelétricas (PPT) já estivessem instaladas, seria possível suspender imediatamente as metas, pois o nível dos reservatórios das hidrelétricas já ultrapassou o limite mínimo de segurança. (Jornal do Commercio-25.01.2002)

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3- Metas de consumo devem ser suspensas em março

A Câmara de Gestão da Crise de Energia (GCE) trabalha com a perspectiva de que o racionamento seja suspenso a partir de março. Segundo o secretário estadual de Energia e Recursos Hídricos de São Paulo, Mauro Arce, que integra a GCE, até lá os reservatórios das principais usinas do País devem alcançar o nível de 52% - mínimo esperado pelo governo para extingüir as metas de redução no consumo. A partir disso, as regiões Sudeste e Centro-Oeste devem aumentar repentinamente a demanda dos atuais 22.100 MW para 26.500 MW. Arce diz não acreditar no risco de instabilidade do sistema, em virtude do rápido aumento no consumo. A meta hoje para as regiões é de 23.500 MW. (Gazeta Mercantil - 25.01.2002)

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4- José Jorge diz que impactos do racionamento para a indústria serão praticamente nulos a partir de fevereiro

Na avaliação do ministro de Minas e Energia, José Jorge, o alívio de racionamento para as indústrias têm um impacto ainda maior que o aparente porque grande parte delas já racionalizou o uso de energia desde o ano passado. ''Para as indústrias, os impactos do racionamento praticamente são nulos a partir de fevereiro'', afirmou. As empresas industriais foram autorizadas a gastar 90% do que consumiam no período de maio a julho de 2000, o que corresponderia à demanda efetiva de hoje do setor. ''As indústrias racionalizaram o consumo e podem cumprir com certa folga a meta'', disse Jorge. Até o fim deste mês as empresas têm metas de economia de 15%, 20% e 25%, dependendo do ramo de atividade. Em fevereiro, todas ficarão unificadas em 10%. (Jornal do Commercio-25.01.2002)

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5- Indústria reclama maior flexibilização para metas

A nova meta de consumo para o setor industrial, que ficará em 10% a partir de fevereiro, foi recebida com um pouco de reserva pelos grandes consumidores de energia. Paulo Ludmer, diretor-Executivo da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia Elétrica (Abrace), tinha a expectativa de que as indústrias tivessem uma flexibilização ainda maior. "O governo deve explicar porque os industriais sempre são penalizados", diz. A partir do próximo mês, o consumo das indústrias passará a ser de 90% com base em maio, junho e julho de 2000. "O alívio foi importante, mas o ideal era não termos mais cotas de consumo", avalia Alcântara Macedo, diretor da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). (Canal Energia - 24.01.2002)

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6- Meta de economia efetiva de cidades turísticas será próxima a 0%

No caso das capitais do Sudeste e Centro-Oeste, por exemplo, consideradas cidades turísticas, a autorização de um acréscimo de 7,5% no consumo representa, na prática, que as pessoas poderão gastar quase o mesmo que em maio, junho e julho de 2000 (ou seja, uma meta de economia próxima dos 0%). Pela mesma sistemática, as metas de economia de 12% (nas cidades não consideradas turísticas do Sudeste/Centro-Oeste e capitais e cidades túristicas do Nordeste) caem para 5,4%, e as de 17% (nas demais cidades do Nordeste) para 10,8%. Quem usava como base de cálculo o consumo do verão passado terá sua meta de economia reduzida de 20% para 14%. (Jornal do Commercio-25.01.2002)

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7- Redução da meta será estendida a todo o comércio

O comércio também foi contemplado com a redução da meta de racionamento, que passa de 20% para 14% em relação ao consumo verificado no verão passado (o que permite que se gaste 7,5% a mais do que hoje). A idéia inicial era beneficiar apenas hotéis, restaurantes e clubes recreativos, devido ao carnaval, mas por problemas técnicos na distinção dos estabelecimentos o alívio foi estendido para todo o setor comercial. (Jornal do Commercio-25.01.2002)

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8- Detalhamento das medidas do Plano de Revitalização fica para a próxima semana

Em razção do blecaute da última segunda-feira, dia 21 de janeiro, GCE ganhou mais um pouco de tempo para detalhar as 18 medidas do Programa de Revitalização do Setor de Energia Elétrica. A expectativa do mercado era de que o anúncio fosse feito até o dia 25 de janeiro. Segundo o ministro Pedro Parente, coordenador do GCE, informou nesta quinta-feira, dia 24 de janeiro, o assunto deverá fazer parte da pauta da próxima reunião, prevista para acontecer na semana que vem. (Canal Energia - 24.01.2002)

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9- País ainda depende das chuvas, dizem analistas

Acabar com o racionamento agora é olhar apenas para o curto prazo e colocará o sistema elétrico novamente no começo de 2003 refém do regime de chuvas. Essa é a opinião do professor da Coppe/UFRJ (Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro), Maurício Tolmasquim. Para ele, olhando para o atual nível dos reservatórios e as chuvas 11% acima da média histórica, o governo poderia, sim, acabar com o racionamento. Entretanto, afirma, essa seria uma visão de curto prazo, pois o fornecimento normal de energia fica garantido apenas neste ano. Tolmasquim avalia que no final de dezembro as barragens das usinas chegariam ao nível crítico de 10% a 12% e, para se comporem, ficariam dependentes de um verão chuvoso em 2003. O secretário de Energia do Estado do Rio, Vagner Victer, afirmou que é muito cedo para acabar com o racionamento. Mas disse que, dependendo das chuvas, isso pode mudar até fevereiro, quando o governo planeja acabar com o plano de contenção. O vice-diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa, apoia o governo, mas teme que o final do racionamento ou a flexibilização das metas possam provocar "um efeito psicológico" ruim, incentivando o gasto desmedido de energia. (Folha - 25.01.2002)

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10- Reservatórios no Sudeste atingem 44,52%

O nível dos reservatórios das principais hidrelétricas do Sudeste e do Centro-Oeste atingiu, no dia 23.01, a marca de 44,52%. Em relação ao dia anterior, os lagos melhoraram em 0,4%. Já no Nordeste brasileiro, o patamar alcançado no dia 23.01 foi de 34,07%, o que indica uma evolução de 0,85% em relação à última terça-feira, dia 22.01. No Norte do País, a usina hidrelétrica de Tucuruí tem 105,80% de energia estocada. Os reservatórios do Sul, por sua vez, atingiram 86,18%. (Gazeta Mercantil - 24.01.2002)

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11- Cemig detecta novo crescimento do consumo em MG

Em dezembro, conforme levantamento realizado pela Cemig, o consumo de energia em Minas registrou o segundo aumento após o início do racionamento. Naquele mês, o consumo bateu 2,87 milhões de MWh, ante os 2,8 milhões de MWh verificados em novembro. Em outubro, o volume registrado foi de 2,69 milhões de MWh. Segundo o gerente de Operação do Sistema da Cemig, Elder Godinho, o aumento no consumo foi proporcionado em sua maior parte pelos consumidores residenciais, já que o aumento da utilização de energia por parte da indústria, em função da movimentação para o final do ano, ocorre, no máximo, até outubro. (O Tempo - 25.01.2002)

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12- SP e Rio já começam a religar luzes nas ruas

São Paulo e Rio de Janeiro iniciariam ainda ontem o religamento das lâmpadas de rua autorizado ontem pelo GCE. Nas duas cidades, a previsão é que o serviço seja completado em 60 dias. Em São Paulo, o desligamento levou quatro meses, mas agora prefeitura e Eletropaulo prometem trabalhar juntas para acelerar o processo. Já no Rio, a previsão de 60 dias é considerada superestimada e a Secretaria de Obras da cidade espera concluir o serviço antes disso. O Ilume (Departamento de Iluminação Pública de São Paulo) acionou suas equipes e ontem à noite começaria a acender as lâmpadas -90 mil desligadas entre as 350 mil existentes. "Queremos concluir o serviço o mais rápido possível por uma questão de segurança pública", declarou Newton Guaraldo, diretor do Ilume. A assessoria de imprensa da Eletropaulo disse que a empresa não vai se pronunciar antes de receber um comunicado oficial da Câmara de Gestão da Energia. (Folha - 25.01.2002)

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13- Cemig já começou a religar a iluminação pública em Belo Horizonte

A Cemig iniciou, no dia 24.01, a religação da iluminação pública que foi desativada durante o plano de racionamento do Governo federal. "Já mandei religar as principais avenidas de Belo Horizonte", informou na tarde de 24.01 o diretor de comercialização e distribuição da Cemig, Aloísio Vasconcelos, logo após o anúncio da decisão da Câmara de Gestão da Crise de Energia (GCE) que retirou a iluminação pública do racionamento. Vasconcelos acrescentou que espera religar todos os pontos de luz desativados durante o racionamento até o final do mês. (Hoje em Dia - 25.01.2002)

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14- ONS afirma não ter perdido o controle

O ONS informou ontem que "em nenhum momento houve perda de capacidade de controle do sistema" durante o blecaute ocorrido nesta segunda-feira. O operador, no entanto, confirma que houve falha em um "no break" (equipamento que impede corte no fornecimento de energia) no Centro Regional Sudeste. De acordo com a nota, o controle do sistema fica localizado em Brasília. O ONS informou ainda que o fato de duas das seis linhas que saem da hidrelétrica de Ilha Solteira estarem fora de funcionamento, antes mesmo do blecaute, é normal e não representou risco para o sistema. De acordo com a nota, o blecaute foi causado porque duas linhas pararam de funcionar, e não apenas a que teve o cabo rompido por desgaste do parafuso que o sustentava. Ainda de acordo com a nota do ONS, divulgada às 19h de ontem por correio eletrônico, houve demora no restabelecimento do fornecimento de energia elétrica em São Paulo e no Rio de Janeiro por problemas nos equipamentos "das empresas envolvidas". O órgão informou que está recomendando às empresas revisão preventiva imediata nos equipamentos. (Folha - 25.01.2002)

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15- ONS diz que realizou simulações antes de retirar circuitos do sistema

O ONS defende-se das acusações de ter sido responsável pelo apagão de segunda afirmando que realizou várias simulações antes de retirar os circuitos do sistema e não havia nenhum problema. A questão é que não faltaram motivos para causar o blecaute: um parafuso provocou a queda de uma linha, o sistema de proteção desligou outra sem defeito e dois circuitos estavam fora da rede por determinação do ONS. O que ocorreu foi uma seqüência de falhas. O secretário paulista de Energia, Mauro Arce, disse que o sistema de proteção - chamado relé - funcionou indesejadamente, mas de forma correta. "Se a segunda linha não tivesse sido desligada, a situação poderia ser ainda pior, ocasionando até incêndio. Isso porque houve curto-circuito muito próximo da usina." (Jornal do Commercio-25.01.2002)

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16- Aneel abriu processo que pode custar R$ 3 mi ao ONS

Na quarta-feira, a Aneel informou que abriu processo que pode resultar em multa de até R$ 3 milhões ao ONS por causa do blecaute que deixou quase todo o país sem luz na segunda-feira passada. Para a agência reguladora, o ONS teria falhado ao não impedir que o acidente se alastrasse para grande parte do sistema. O "no break" quebrado, a demora no restabelecimento da energia elétrica e o fato de duas linhas de transmissão estarem desligadas antes do acidente foram mencionados como responsabilidades do ONS. (Folha - 25.01.2002)

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17- Aneel está analisando respostas do ONS a indagações sobre o apagão

A Aneel está analisando as respostas do ONS às indagações feitas sobre os problemas que motivaram o apagão de segunda-feira. O órgão, responsável pelo gerenciamento da operação do sistema, poderá receber uma multa de R$ 3 mi, caso fique constatada a sua responsabilidade no fato de o acidente de Ilha Solteira ter tomado uma proporção quase nacional. Há consenso na Aneel de que o ONS não tem responsabilidade na manutenção do equipamento. CTEEP responderá integralmente por esta questão e também poderá ser multada, em R$ 8 mi. Ao ONS caberá a responsabilidade pelo "despacho de alto risco", já que autorizou a retirada, para manutenção, de duas linhas de transmissão num sistema operado apenas por seis linhas, e também pelo fracasso do sistema de ilhamento, que manteria o corte de fornecimento restrito à área do acidente. (O Estado de São Paulo-25.01.2002)

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18- Arce exime Cteep da responsabilidade pelo blecaute

O secretário de Energia e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, Mauro Arce, eximiu a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep) da responsabilidade pelo blecaute ocorrido na segunda-feira, dia 21.01. No dia 24.01, Arce preferiu não confrontar diretamente a Aneel, mas afirmou que poderá recorrer à Justiça para reverter alguma punição. Anteontem, a Aneel notificou a estatal paulista e o ONS pelo blecaute. "A decisão da Aneel é extremamente justificável, mas vamos argumentar que não houve falha da Cteep." No relatório que será enviado à Aneel em 15 dias, a Cteep alegará que um parafuso frouxo não prejudicaria o fornecimento de eletricidade a 11 estados do País. "A conclusão da Aneel de que o cabo rompeu por afrouxamento em um parafuso nos parece correta, mas depois houve uma seqüência de ocorrências. Eu não diria que o apagão ocorreu por causa desse parafuso solto." (Gazeta Mercantil - 25.01.2002)

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19- GCE determina inspeção geral das empresas transmissoras

A Aneel determinará a todas as empresas transmissoras uma inspeção geral em suas instalações. O presidente da GCE, Pedro Parente, disse ontem que a instrução à agência foi dada pela GCE e que a inspeção deverá analisar eventuais problemas nas linhas, com enfoque especial na situação dos parafusos que fixam os cabos, causa inicial do blecaute de segunda-feira. ''É como quando se faz quando ocorre a queda de um avião'', justificou Parente, dizendo que deve-se extrair do episódio todas as lições possíveis para evitar sua repetição. De acordo com relatório entregue anteontem pelo ONS, o distúrbio no sistema elétrico brasileiro, que deixou 10 Estados mais o Distrito Federal no escuro, foi ocasionado por um parafuso frouxo que servia para sustentar um dos cabos condutores da linha de transmissão entre a Usina de Ilha Solteira e a subestação de Araraquara. (Jornal do Commercio-25.01.2002)

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20- GCE cria grupo de trabalho para investigar causas do apagão

A GCE criou ontem um grupo de trabalho para investigar as causas do blecaute e fazer uma análise da confiabilidade do sistema de transmissão. Segundo Parente, o grupo terá 45 dias para efetuar o trabalho e poderá sugerir à Câmara medidas e ajustes do modelo do setor elétrico para evitar novos acidentes do mesmo tipo. Ele disse que esse trabalho terá uma abordagem ''estrutural institucional'' e ressaltou que a Aneel continuará atuando no evento propriamente dito. O ministro das Minas e Energia, José Jorge, afirmou que a tarefa do grupo de trabalho ''é um papel do Governo na questão do planejamento''. Ele será formado por seis técnicos, incluindo o professor Alquindar Pedroso, da Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro.Da parte do Governo participarão Altino Ventura Filho, diretor-técnico da Itaipu Binacional e coordenador do grupo; Frederico Arthur Maranhão Tavares de Lima, do Ministério da Minas e Energia; Nelson Martins, do Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel) da Eletrobrás; Leonardo Lins, da Chesf; e Francisco José Alves de Oliveira, da Copel. (Jornal do Commercio-25.01.2002)

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21- Furnas nega que seja co-responsável pelo apagão de segunda

Furnas contesta as afirmações de que tem parte da responsabilidade pelo apagão da última segunda-feira, quando o sistema interligado deixou de funcionar. Após o apagão ocorrido em março de 1999, o Governo decidiu implantar um sistema de segurança com o objetivo de isolar áreas ou regiões que viessem a apresentar problemas. Naquela ocasião, ficou determinado que o conjunto de empresas estatais e privadas destinariam cerca de R$ 20 mi no Controlador Lógico Programado (CLP). Isso permitiria isolar áreas e evitar o chamado ''efeito cascata'' no País. Ou seja, que o desligamento de uma linha de transmissão deixasse sem luz o País inteiro. (Jornal do Commercio-25.01.2002)

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22- Para Arce, blecaute está relacionado com a crise

O secretário de Energia de São Paulo, Mauro Arce, disse, no dia 24.01.2002, que a suspeita de que um parafuso tenha provocado a ruptura de um cabo entre a usina de Ilha Solteira e Araraquara (SP) é tecnicamente possível, mas outros fatores, inclusive o racionamento, teriam contribuído para o blecaute. ''Para preservarmos reservatórios de determinadas usinas, como de Marimbondo e Itumbiara, que ainda estão com apenas 20% de sua capacidade, acabamos sobrecarregando algumas linhas de transmissão como ocorreu na região onde o cabo caiu. Ou se preserva o reservatório ou se aumenta a probabilidade de acidentes como o de segunda-feira. Não tem outra saída'', disse. ''Se o acidente tivesse ocorrido em dezembro, quando a hidrelétrica de Ilha Solteira estava operando bem abaixo de sua capacidade, não aconteceria nada''. (Jornal do Brasil e O Globo - 25.01.2002)

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23- Especialistas não afirmam que Brasil está livre de apagões

Especialistas acham que seria difícil afirmar que o Brasil está livre dos apagões. Além do fator técnico, o parque nacional está sujeito a acidentes, como, por exemplo, queda de árvores ou vendaval. No caso específico das linhas da CTEEP, do Estado de São Paulo, os técnicos lembram que duas das quatro linhas estavam em manutenção. Houve a queda da terceira linha e a outra não conseguiu segurar o envio da energia produzida na Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira. (Jornal do Commercio-25.01.2002)

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24- Aneel fará levantamento do prejuízo de usuários com blecaute

A Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE) determinou, no dia 24.01.2002, à Aneel que crie um grupo especial para avaliar os prejuízos que os consumidores tiveram devido ao blecaute da última segunda-feira, dia 21.01. O grupo que vai avaliar as perdas dos consumidores consultará os órgãos de Defesa Civil nos estados para ver o que foi ou não prejuízo em decorrência do apagão. (O Globo - 25.01.2002)

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25- Análise da Aneel vê problemas potenciais nos equipamentos da CEEE

Inspeção feita pela Aneel em 239 subestações da rede básica de transmissão constatou graves problemas em equipamentos da concessionária CEEE, do Rio Grande do Sul. Na região oeste do Estado de São Paulo - onde ocorreram os acidentes que motivaram os blecautes de 1999 e da última segunda-feira - curiosamente não foram detectadas irregularidades de maior proporção. A vistoria foi feita ao longo de 2001 e os resultados estarão totalmente concluídos até o fim deste mês. Em dezembro, as operadoras começaram a receber os relatórios e as recomendações para correção das irregularidades. De acordo com o parecer técnico da Aneel, os problemas encontrados no Rio Grande do Sul podem acarretar cortes no sistema, mesmo que não imediatamente. E caso a rede de proteção apresente os mesmos defeitos do circuito de Ilha Solteira, estas interrupções podem se alastrar para o sistema interligado e também causar danos a outros Estados das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. (O Estado de São Paulo-25.01.2002)

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26- Celesc não vai indenizar prejuízos na produção industrial

A Celesc não vai indenizar os prejuízos na produção industrial causados pelo blecaute de segunda-feira, dia 21.01. As empresas que tiveram perda de matéria-prima ou deixaram de lucrar devido à falta de energia elétrica não vão ter direito à ressarcimento dos prejuízos. A Celesc vai atender apenas os consumidores que tiveram equipamentos danificados. A decisão está embasada numa cláusula do contrato de concessão firmado entre a Celesc e a Aneel. De acordo com esta cláusula, a empresa pode deixar o consumidor sem energia elétrica por no máximo 31 horas ao longo do ano (a média da Celesc está em 20 horas). Somente a partir deste período, é que o consumidor tem direito à indenização. (Diário de Santa Catarina - 25.01.2002)

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27- Indústria leva apagão à Justiça

O setor de autopeças está preparando uma ação conjunta na Justiça para recuperar a perda de R$ 400 mi que teve com o blecaute na segunda-feira. Alguns equipamentos devem demorar até uma semana para voltar ao funcionamento normal. Na área de mineração, a Paraibuna, produtora de zinco, já decidiu processar a Cemig pelo prejuízo de US$ 330 mil. A briga deve ser boa, já que distribuidoras como a Eletropaulo também se consideram vítimas do apagão e não garantem ressarcimento. (Valor Econômico-25.01.2002)

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28- Eletropaulo diz que também foi prejudicada pelo apagão

Mais de 50% da indústria de autopeças se concentra na região atendida pela Eletropaulo. A distribuidora de energia, no entanto, se julga tão vítima quanto os seus clientes: "Ficamos sem vender o nosso único produto, a energia, durante quatro horas porque nossos fornecedores não entregam o produto. Também teremos prejuízo no faturamento devido ao apagão", disse o vice-presidente da companhia, Cyro Boccuzzi. Segundo Boccuzzi, a legislação do setor elétrico obriga a empresa a ressarcir clientes que tiveram aparelhos elétricos danificados pela oscilação da carga elétrica. Mas não impõe nenhuma responsabilidade sobre prejuízos pela queda na produção. O vice-presidente da empresa pede às empresas que se sentiram prejudicadas que aguardem um pouco mais as apurações dos órgãos governamentais sobre os verdadeiros responsáveis pelo blecaute, antes de entrar na Justiça. "Elas podem estar processando quem não tem culpa", disse. (Valor Econômico-25.01.2002)

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29- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Furnas investirá R$ 800 mi em transmissão

Furnas gastará, este ano, R$ 800 mi na construção de 2,5 mil km de linhas de transmissão e na manutenção de 18 mil km de linhas que pertencem à estatal, nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do País. Esse volume de recursos é 33% superior aos investimentos da estatal no ano passado. De acordo com estatísticas internacionais, a qualidade da infra-estrutura desta malha de transmissão de eletricidade obedece a padrões comparados com o parque de transporte de energia do Canadá e da Inglaterra. Para técnicos do mercado, Furnas informou que estará destinando R$ 250 mii em 2002 na manutenção destas linhas. (Jornal do Commercio-25.01.2002)

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2- Investimento de R$ 44 mi reforça transmissão em SP

Furnas Centrais Elétricas reforçou a capacidade de transmissão do Sudeste - que estava com capacidade de geração maior que a de transmissão - por meio da ampliação da subestação Água Vermelha. Para o aumento de capacidade da subestação, foram gastos R$ 44 mi. O empreendimento aumentou em 750 MVA a disponibilidade de transmissão ao sistema, permitindo otimizar o repasse de energia elétrica gerada pelas usinas situadas nas bacias do Rio Grande, Paranaíba e Paraná, que fornecem boa parte da energia consumida no País. Em nota divulgada à impressa, Furnas considera que tal obra representa um importante elo ligação dos sistemas de alta tensão de 500 e de 400 KV da Região Sudeste. (Gazeta Mercantil - 24.01.2002)

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3- Eletrosul anuncia novos investimentos em transmissão

Cerca de R$ 300 mi serão investidos na ampliação da rede de transmissão de energia elétrica dos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul em 2002. O anúncio foi feito no dia 24.01 pelo presidente da Empresa Transmissora de Energia Elétrica do Sul do Brasil (Eletrosul), João Paulo Kleinübing, durante a inauguração da nova linha de transmissão Blumenau-Itajaí e da subestação de Itajaí. O montante de investimento - o maior da história da empresa - inclui as obras de ampliação da subestação de Campos Novos, no Oeste do Estado, e a ligação da subestação de Joinville à fábrica da Usinor, em São Francisco do Sul, no Norte catarinense. (Jornal de Santa Catarina - 25.01.2002)

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4- PCH vai baratear preço em municípios de SC

Em dezembro de 2003 deve entrar em operação a hidrelétrica Capivari, no rio que divide as cidades de São Bonifácio e São Martinho, em Santa Catarina. A usina de 12 MW está orçada em R$ 20 mi. A Cooperativa de Eletrificação Rural de Braço do Norte (Cerbranorte), com 10,8 mil pontos de distribuição em Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima, Anitápolis e Braço do Norte vai construir a usina, cujas obras devem começar em abril. A PCH Capivari foi autorizada no dia 21.01 pela Aneel. Segundo o presidente da Cebrarnorte, Evanisio Uliano, com geração própria, a cooperativa vai conseguir oferecer energia 10% mais barata que os preços atuais. É que hoje a Cerbranorte compra energia "bruta" da Celesc para redistribuir nos municípios que atende. (Diário de Santa Catarina - 25.01.2002)

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5- Novas oportunidades de negócios para geração serão debatidas na próxima segunda-feira

Começa na próxima segunda-feira, dia 28.01, no Hotel Park Plaza, em São Paulo, a conferência "Novas oportunidades de negócios na geração e como estruturar melhores contratos de energia em Trade Energy". Serão debatidos temas como política energética, experiências e tendências em relação às regras do MAE e à comercialização de energia. No evento, que vai até o dia 29.01, também será realizado um Workshop que ensinará como gerenciar riscos na comercialização para evitar possíveis perdas no negócio energia a curto, médio e longo prazo, além de trocar experiências internacionais. (Canal Energia - 25.01.2002)

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6- Cepel abre concurso para pesquisadores

O CEPEL, Centro de Pesquisas de Energia Elétrica, está abrindo concurso para pesquisadores formados em engenharia, ciência da computação, matemática, física ou economia. As inscrições poderão ser feitas entre os dias 17 a 30 de janeiro de 2002 no NCE/UFRJ predio CCMN bloco C, Ilha do Fundão - Rio e no Colégio Pedro II - Av Mal Floriano 80 - Centro -Rio. Mais informações podem ser obtidas no site www.nce.ufrj.br/concursos e através do e-mail: concursos@nce.ufrj.br (Cepel - 24.01.2002)

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financiamento

1- Prodeem busca políticas de mercado para comercialização de energia renovável

O Ministério de Minas e Energia (MME) está à caça de empresas interessadas em investir na comercialização de energia renovável para comunidades isoladas do país. De acordo com Fernando Noronha Luz, coordenador geral de Programas Energéticos da Secretaria de Energia do MME, o objetivo é dar acesso à instalação elétrica através de fontes renováveis de energia. "Estamos buscando políticas no mercado para comercializar energia para comunidades rurais que não têm acesso à rede de instalação elétrica", esclarece. Atualmente são mais de 2,5 milhões de consumidores rurais sem acesso à instalação elétrica em todo o território nacional. A expectativa é de que, em quatro anos, o programa apresente resultados significativos de comunidades iluminadas. (Canal Energia - 25.01.2002)

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2- Asmae/Bovespa fecha sem negócios

Não houve oferta de compra, no dia 24.01, no leilão de excedentes energéticos operado pela Asmae e pela Bovespa. Os vendedores ofereceram um total de 600 MWh no pregão do dia, com preços que variaram de R$ 115 a R$ 125 para o MWh. Mesmo sem proposta de compra, os valores ficaram acima dos que foram apresentados no dia 23.01, quando também não foram efetivadas transações. (Gazeta Mercantil - 24.01.2002)

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financiamento

1- Investimento estrangeiro supera expectativa em 2001

Até o Banco Central errou nas projeções de conquista de investimento estrangeiro direto em 2001. No final de 2000, o BC projetava a conquista de US$ 20 bi. Pois o Brasil conquistou US$ 22,636 bi no ano passado em investimentos estrangeiros diretos. Somente em dezembro, ingressaram US$ 3,863 bi. O total de investimentos estrangeiros diretos obtidos em 2001 representa 4,47% do PIB. (Gazeta Mercantil - 25.01.2002)

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2- Tesouro volta a alongar título cambial

O Tesouro Nacional concluiu a terceira troca de títulos cambiais que venceriam nos próximos três meses por outros papéis públicos com resgate em até três anos. O objetivo do Tesouro é alongar o prazo de vencimento dos títulos e desconcentrar o resgate de cerca de R$ 26 bi em papéis cambiais previsto para ocorrer entre fevereiro e junho. A maior parte desses títulos foi colocada em mercado após o atentado aos Estados Unidos, em 11 de setembro. O BC e o Tesouro Nacional tiveram de vender cerca de R$ 17,4 bilhões em cambiais de curto prazo para garantir "hedging" aos investidores. O volume é expressivo e poderia onerar o governo no vencimento da dívida. A proximidade da eleição presidencial, em outubro, também poderia gerar instabilidade no mercado e encarecer a rolagem dos papéis. (Gazeta Mercantil - 25.01.2002)

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3- Dólar fecha a R$ 2,397 registrando alta de 0,50%

No dia 24.01.2002, a cotação do dólar comercial subiu 0,50% e valia R$ 2,397, na venda. Durante o pregão, a moeda chegou a ser cotada a R$ 2,409 (alta de 1%). De acordo com o diretor de câmbio da Corretora Liquidez , Fábio Fender, houve algumas cotações de "hedging" e saída de dólares. A Ptax, média das cotações apurada pelo Banco Central, ficou em R$ 2,3981, alta de 0,74%. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o contrato de dólar de fevereiro subiu 0,28% a R$ 2,405. (Gazeta Mercantil - 25.01.2002)

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4- Juros fecham em alta ajustando-se à manutenção da Selic

No dia 24.01.2002, os juros futuros fecharam em alta, ajustando-se à manutenção da meta Selic, os juros básicos da economia, em 19% ao ano, pelo sexto mês consecutivo. O contrato de fevereiro passou de 18,96% para 19,05% ao ano. A taxa de abril foi de 18,94% a 19,05%. O contrato para julho foi de 18,98% a 19,18%. (Gazeta Mercantil - 25.01.2002)

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grandes consumidores

1- Paraibuna deixou de produzir 400 toneladas de zinco

Contabilizando o apagão mais o tempo de retomada da produção, a Paraibuna deixou de produzir 400 toneladas de zinco, quatro toneladas de sulfato de cobre, 30 toneladas de ácido sulfúrico, 3,2 toneladas de dióxido de enxofre, 5,4 toneladas de concentrado de prata e 1,5 tonelada de cádmio. Segundo o superintendente João Queiroga, o blecaute durou duas horas e acabou se refletindo na linha de produção por mais de 20 horas. Os valores apurados até agora ainda não incluem o desbalanceamento da produção e as horas extras gastas com funcionários para que a empresa voltasse a funcionar normalmente. (Valor Econômico-25.01.2002)

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2- Presidente da Sindipeças defende ação conjunta para cobrar prejuízos causados pelo apagão

Os prejuízos do apagão não se limitaram ao tempo em que a energia foi interrompida também no setor de autopeças. "Em alguns casos vamos levar mais de uma semana para colocar alguns fornos em funcionamento", explica Paulo Butori, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes Automotivos (Sindipeças). É o caso da própria empresa de Butori, a Fupresa, que faz a fundição de pequenas peças para motores e câmbios de veículos, incluindo grandes contratos de exportação para as maiores montadoras da Europa. Um processo de fundição refrigerado a água perde-se com a interrupção dessa refrigeração. O material se solidifica e trinca. "Temos de quebrar o refratário do forno e jogar todo esse aço fora", lamenta Butori. Segundo ele, as empresas devem se unir para cobrar o ressarcimento dos prejuízos na Justiça. O Sindipeças conta com mais de 400 fabricantes de componentes associados. Não se sabe ainda quantos vão entrar no processo. Os advogados da entidade estão buscando os melhores meios. (Valor Econômico-25.01.2002)

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3- Outras companhias prejudicadas pelo apagão preferem não recorrer à Justiça

Algumas companhias que se sentiram prejudicadas com o apagão preferem não recorrer a processos judiciais para não entrar em desentendimento com suas companhias elétricas. Alegam que a briga prejudicaria as renegociações que são feitas ao longo do ano, para ajustar à compra de energia à real demanda das empresas. Isto acontece porque os grandes consumidores têm uma forma diferente de comprar eletricidade. Geralmente, eles acertam um contrato no começo do ano com a distribuidora, onde estipulam o volume a ser adquirido e a preços mais baixos. Quando há desaquecimento da economia e a produção cai, a empresa passa a receber mais energia do que o necessário e paga mesmo sem utilizá-la. É preciso, então, que haja uma renegociação do contrato. Pode ocorrer ainda o caso inverso, onde o consumidor passe a requerer mais energia. (Valor Econômico-25.01.2002)

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internacional

1- Bolívia emite licitação de rede de gás natural da YPFB

O Ministério de Comércio Exterior boliviano, através da Unidade de Reordenamento, emitiu a licitação pública nacional e internacional para a transferência ao setor privado das redes de gás natural e das ações da YPFB em empresas distribuidoras. O ministro Claudio Mansillia informou que a privatização do negócio se concluirá no primeiro trimestre desse ano. O projeto consiste na distribuição de gás natural por redes domiciliárias e indústrias e na transferência das ações que a YPFB tem em distribuidoras. As propostas das empresas que cumpram com as exigências estabelecidas para participar da licitação deverão ser entregues no próximo dia 25 de março. (Los Tiempos-25.01.2002)

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2- Fitch Mantém Classificação AA para Gasco

A Fitch confirmou a classificação AA dada à Gasco, companhia de gás chilena. Os investimentos argentinos da Gasco representam 8% dos ativos totais da empresa, mas a Gasco recebe menos de 1% em receitas da Argentina, de modo que a Fitch não espera que as condições desfavoráveis do país tenham grande impacto. A maior ameaça às operações da Gasco na Argentina é a proposta da administração Duhalde de introduzir um imposto de 20% sobre a exportação de hidrocarboneto, a fim de ajudar o sistema bancário do país a se recuperar da desvalorização do peso. O imposto iria afetar indiretamente as importações de gás natural da Gasco feitas da Argentina via Metrogas, subsidiária da qual detém 51,8%. Mas, mesmo com o imposto, o preço geral não vai variar significativamente, uma vez que o gás natural responde por apenas 15% do custo total do gás natural no Chile. Os custos fixos como os de transporte por gasoduto a partir da Argentina são os itens mais dispendiosos da equação. (Business News Americas-24.01.2002)

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3- Ministro da Indústria francês e presidente da GdF são favoráveis à privatização da firma e da EdF

Christian Pierret, Ministro da Indústria da França, apoiou enfaticamente a privatização da Gaz de France (GdF) e da Electricité de France (EdF) numa entrevista concedida hoje à rádio. Pierret disse que a privatização é essencial, e o quanto antes for realizada, melhor, para que as companhias possam resistir à competição. Para ele, as companhias têm que ser aptas a se desenvolver internacionalmente. O presidente da GdF, Pierre Gadonneix, reiterou essa semana seu apoio por uma mudança na estrutura de capital da companhia, de maneira que esta possa levantar fundos para aquisições. O apoio também vem de Laurent Fabius, o Ministro da Economia, que se disse favorável à venda de parte da GdF e da EdF pelo Estado, mas com este remanescendo como acionista majoritário de ambas às companhias. Gadonneix disse que no passado a GdF se beneficiava de seu monopólio, mas com a liberalização do mercado, tudo mudou. (Platts-25.01.2002)

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4- Enron deve anunciar nome de seu novo presidente semana que vem

A Enron está próxima de apontar um especialista em reviravoltas em corporações para dirigi-la nas suas tentativas de preservar algum valor nos seus negócios remanescentes. Consultores e credores da Enron estão supostamente em negociações avançadas com dois candidatos para o posto. O anúncio do novo presidente da firma, que substituirá Kenneth Lay, deve se dar na semana que vem. De acordo com pessoas próximas às negociações, os dois candidatos são executivos com extensa experiência de dirigir companhias com problemas, embora nenhum dos dois seja muito conhecido. A Enron também está procurando um executivo da indústria energética que se tornaria presidente e executivo-chefe da companhia tão logo essa emerja da concordata, embora não se saiba quando e se isso vai acontecer. (Financial Times-25.01.2002)

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5- Sempra pode fazer propostas por bens da Enron

A Sempra está estudando bens pesados possuídos pela Enron, incluindo seus gasodutos, contratos de serviços energéticos e operações de comercialização, mas ainda tem que tomar uma decisão final se irá tentar comprar algum deles. Enquanto estuda esses bem, a companhia prosseguirá com os planos de aumentar sua capacidade de geração em 2.300 MW, disse o presidente da firma, Stephen Baum. A Sempra atualmente tem uma usina funcionando, três sendo construídas e cinco no estágio de permissão ou além dele. Baum disse que a maioria das usinas estará construída até 2004. Baum disse que a companhia se reuniu com membros do governo da Califórnia para discutir a possível renegociação dos seus contratos de fornecimento de 1.900 MW de energia a longo prazo que assinou no ano passado com o Departamento de Águas. Baum disse que diversos itens do contrato podiam ser renegociados, desde que as mudanças sejam mutualmente benéficas e que o valor econômico dos contratos seja mantido. (Platts-25.01.2002)

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6- 212 dos 248 congressistas que investigam a Enron receberam doações da firma e/ou da Andersen

Dos 248 senadores e deputados que estão atuando nos 11 comitês do congresso que estão investigando o colapso da Enron, 212 receberam contribuições de campanha da Enron ou de sua auditora, a Arthur Andersen. As doações de ambas as companhias são tão distribuídas no Capitólio que cada um dos 20 maiores beneficiários de doações da Enron no senado estão atuando em um dos comitês que está investigando a quebra da firma, de acordo com uma análise conduzida pelo New York Times e pelo Centro Para Políticas Responsáveis. Os 20 maiores beneficiários das doações da Andersen também estão atuando em pelo menos um dos comitês. Críticos solicitaram que todos membros do congresso que receberam doações da Andersen ou da Enron se retirassem da investigação. Um congressista, Scott Harshbarger respondeu ironicamente à sugestão: " Não sobrará ninguém para conduzir a investigação". (New York Times-25.01.2002)

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7- Executivos da Enron ofereceram informações internas da firma a investidores através de sociedade não registrada

Executivos da Enron encorajaram indivíduos abastados e instituições a investirem em uma das sociedades que ajudaram a destruir a companhia oferecendo a perspectiva de que conhecimento interno poderia potencialmente ajudá-los a dobar o dinheiro investido na firma em questão de meses, de acordo com registros da sociedade. Em dúzias de páginas, os registros confidenciais de uma sociedade chamada LJM 2 descrevem seus trabalhos como uma entidade no coração da queda da Enron. Os registros mostram executivos da companhia com duas faces, oferecendo a bancos, companhias de seguro, firmas de Wall Street e a grandes investidores informações internas sobre a Enron e suas holdings não registradas- informação essa que eles negavam aos acionistas da firma. A Comissão do Mercado de Valores está investigando se a contabilidade da Enron por suas sociedades violou a lei, mas detalhes desse inquérito ainda não foram divulgados. (New York Times-25.01.2002)

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8- Ex-funcionários acusam subdivisão da Enron de superestimar seus lucros

Uma divisão da Enron, a Enron Energy Services superestimou seus lucros em centenas de milhões de dólares nos últimos três anos e altos executivos da Enron foram avisados há quase um ano que os lucros da divisão eram ilusórios, de acordo com diversos empregados da Energy Services. A Energy Services competia com utilitárias para vender eletricidade e gás natural a consumidores comerciais e industriais. Ela era dirigida por Lou Pai, que vendeu US$ 353 mi em ações da Enron nos três últimos anos, mais do que qualquer outro executivo da firma, e por Thomas White, que deixou a Enron para se tornar secretário do Exército. A Energy Services era responsável por uma pequena parte dos ingresso da Enron, mas era promovida pela companhia como uma grande oportunidade de crescimento. Ao contrário das sociedades que a Enron usava para mover débitos e perdas em investimentos externos dos seus registros, a unidade era um negócio real com mais de 1000 funcionários. Mas ex-funcionários disseram que a companhia usou contas falsas para criar ganhos ilusórios, por exemplo estimando que o preço da eletricidade ia cair no futuro, a Energy Services registrava lucro imediato no contrato. (New York Times-25.01.2002)

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9- Lieberman abre guerra contra administração Bush no caso Enron

A busca de responsáveis, incluindo políticos, no colapso da Enron começou ontem no congresso de Washington. A avalanche de comitês parlamentares começou com a declaração de hostilidades do senador democrata Joe Lieberman, chefe do Comitê de Assuntos Governamentais, advertiu que se estudará o comportamento de todas as agências e da Administração Bush nos meses que antecederam o colapso da Enron. Dez membros do governo republicano tiveram relações com a empresa, que aproveitou os contatos nas semanas prévias à sua queda buscando uma salvação. O líder democrata do Senado, Tom Daschle, anunciou que não haverá quem escape à investigação. Na quarta, Lieberman exigiu que o governo divulgasse os detalhes de seus encontros com a Enron, que vem sendo negados pelo vice-presidente Dick Cheney. O comitê presidido por Lieberman, candidato democrata à vice-presidência nas últimas eleições, pode ser o principal instrumento para culpar a administração Bush por uma parcela da responsabilidade pela falência da Enron, maior contribuinte da campanha de Bush. (El Mundo-25.01.2002)

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10- Funcionários da Andersen receberam horas extras para destruir documentos da auditoria na Enron

Os funcionários da Andersen cobraram horas extras para destruir documentos da Enron, segundo uma mensagem interna da auditora revelada ontem, conforme informaram fontes do Congresso dos EUA. O sócio da Andersen que supervisava as contas da Enron e que foi despedido por destruir documentos, David Duncan, se negou a depor ante à Comissão de Energia depois que esta lhe negou imunidade. Uma mensagem de correio eletrônico escrita por Duncan no dia 24 de outubro dizia: " Esperamos que nos encontremos em condições de fazer horas extras, se necessário pelo resto da semana, ou pelo tempo que permita a cada um de vocês se sentir cômodo" . A ordem de destruir os documentos vigorou até o dia 10 de novembro, quando Duncan ordenou sua suspensão, motivada por uma audiência na qual os executivos da Andersen foram interrogados por uma comissão legislativa sobre sua participação no escândalo da Enron. (New York Times-25.01.2002)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Ana Clara Cruz, Fernando Fernandes, Pedro Furley, Rodrigo Rötzsch e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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