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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 807- 24 de janeiro de 2002
Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Governo adia divulgação de detalhes sobre revitalização

O detalhamento do pacote do governo para revitalização do setor elétrico não será divulgado na próxima sexta-feira, dia 25.01, como previsto. A informação é de uma fonte da GCE, que participa do processo de análise das 18 medidas anunciadas no dia 09.01.O motivo do adiamento para a próxima semana foi o blecaute da última segunda-feira, dia 21.01. A reunião da GCE que deveria ter ocorrido no dia 22.01 para tratar do pacote teve de ser cancelada em virtude da ausência do presidente do ONS, Mário Santos. "A presença dele é fundamental para os detalhes que faltam no pacote", afirmou a fonte. Santos teve que se dedicar integralmente à apuração das causas do blecaute. (Gazeta Mercantil - 24.01.2002)

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2- FHC criará grupo de trabalho para avaliar necessidade de novas reformulações

O porta-voz da presidência da República, Georges Lamaziére, informou ontem, em Brasília, que o presidente Fernando Henrique Cardoso decidiu criar, depois do apagão de segunda-feira, um grupo de trabalho de alto nível, inclusive com a participação de especialistas da área acadêmica, para proceder uma ampla avaliação das políticas do setor de energia elétrica que permita verificar se são necessárias novas reformulações. Não foram divulgados ontem mais detalhes sobre a composição desse grupo de trabalho. (Valor Econômico-24.01.2002)

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3- Revisão de tarifa não deve reduzir vulnerabilidade

Embora o governo pretenda rever a atual política de tarifas de transmissão de energia para atrair investimentos na área, especialistas acreditam que a vulnerabilidade do sistema continuará alta pelos próximos dois a três anos. E apontam que as incertezas regulatórias no setor elétrico podem prejudicar a vinda de novos investimentos em geração e distribuição. Um dos motivos de insegurança em relação ao sistema é que medida de revisão das tarifas de transmissão - que consta do plano de revitalização do setor, anunciado no dia 10 deste mês - ainda ficará sujeita à consulta pública. Ou seja, pode demorar até seis meses para ser efetivamente implementada. "Além do mais, desconhecemos os detalhes do plano. Quando o governo anunciá-lo, levaremos ainda algum tempo para analisá-lo", diz o diretor-executivo da Abrate, José Claudio Barbosa. O problema é que a construção de linhas de transmissão tem longo tempo de maturação, podendo demorar quase dois anos para que elas fiquem prontas. Ou seja, a melhoria e ampliação do atual sistema estariam em condições de operação, na melhor das hipóteses, só em 2004. (Valor Econômico-24.01.2002)

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4- Mercado vê com bons olhos mudança de políticas tarifárias do setor elétrico

A intenção do governo de alterar a política de tarifas para transmissão é vista com bons olhos pelo mercado. A idéia é corrigir as distorções existentes hoje - que desconsideram, por exemplo, a distância entre a origem e o destino da energia. Com a nova medida, os consumidores mais distantes do centro de geração deverão pagar mais. "Quem vai construir uma linha na Amazônia tem de ter uma remuneração melhor, pelo maior grau de dificuldade do empreendimento", afirma o analista de energia do Sudameris, Marcos Severine. Segundo dados do analista, as tarifas de transmissão do país estão bem abaixo do padrão internacional. Enquanto no mundo se cobram US$ 3 por KV, no Brasil, o preço cai para R$ 1. O que acaba diminuindo o apetite dos investidores. (Valor Econômico-24.01.2002)

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5- Investidores temem que novo governo mude novamente regras do setor

O que mais preocupa os investidores do setor elétrico são as incertezas em relação ao pacote de medidas, que deverá ser anunciado pelo governo nos próximos dias. Como elas prevêem maior interferência do Estado no setor, os agentes podem deixar de investir na área nesse ano eleitoral. Um novo governo, por exemplo, poderia mudar de novo as regras do jogo, o que criaria ainda mais instabilidade no já tão conturbado setor elétrico. "Por isso, estamos sinalizando ao governo nos últimos dias a importância de ter regras estáveis", diz um executivo da área. Em meio a várias incertezas, ao menos uma coisa é dada como certa pelos empresários. Eles levarão bastante tempo para analisar com profundidade as medidas mais detalhadas que serão anunciadas pelo governo. (Valor Econômico-24.01.2002)

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6- Idec mostra injustiça tarifária para energia

Um estudo realizado pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), mostra que as 18 medidas de reestruturação do setor energético, anunciadas pelo governo, no dia 09.01, não foram suficientes para criar um mecanismo justo de tarifação. O Idec diz que o governo apenas adiou uma explosão tarifária para 2003 e que, mesmo assim, a energia elétrica deverá subir entre 15% e 19,9% este ano. Segundo o Idec, os números mostram que, desde 1995, quando se iniciou a privatização, até 2001, os reajustes da energia elétrica para o consumidor residencial somaram 132%, contra 76% da inflação do período, usando-se o IPCA. Assim, os consumidores residenciais teriam pago mais caro pela mesma energia utilizada pela indústria. (Gazeta Mercantil - 24.01.2002)

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7- Intenção de mudar política das tarifas de transmissão é anterior ao blecaute

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, negou que o governo esteja pensando em mudar a política de tarifas do sistema de transmissão por causa do blecaute, com o objetivo de atrair investimentos. "A medida já estava em avaliação antes do acidente", acrescentou Octávio Castello Branco, coordenador do Comitê de Revitalização do Modelo da Câmara de Gestão da Crise de Energia e diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De fato, a revisão nas tarifas integra o pacote de medidas para o setor de energia, anunciado pelo governo no dia 09.01. (Gazeta Mercantil - 24.01.2002)

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risco e racionamento

1- Redução de meta no Carnaval é cancelada

O ministro Pedro Parente, coordenador CGE, informou na noite desta quarta que os consumidores residenciais não terão mais direito à redução na meta de economia de energia durante o Carnaval, como havia sido anteriormente divulgado pela própria CGE, o 'ministério do apagão'. De acordo com Parente, é impossível estabeler metas para um período tão curto - são milhões de residências, nas quais a leitura do consumo é feita mensalmente. Diante das dificuldades operacionais, o governo decidiu aliviar o racionamento somente para a iluminação pública, hotéis, clubes e bares no Carnaval. O ministro das Minas e Energia, José Jorge, garantiu que o detalhamento do plano será feito nesta quinta. Serão usados os 1.500 MW economizados a mais do que o esperado em janeiro. A idéia é oferecer essa 'sobra' em fevereiro. (Diário do Grande ABC - 24.01.2002)

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2- Governo deve anunciar hoje alívio para a indústria

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, afirmou, no dia 23.01.2002, que a Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE) anunciará no dia 24.01 o alívio para as indústrias e na iluminação pública, além de uma redução de meta para hotéis, bares e clubes durante o carnaval. "A idéia é que no dia 24.01 a gente resolva definitivamente esta questão: vamos aliviar o racionamento da iluminação pública e, ao mesmo tempo, vamos adotar uma meta adicional para a indústria", afirmou José Jorge. (O Globo - 24.01.2002)

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3- Recuperação de reservatórios segue em ritmo acelerado

Faltam apenas 6,43% de reforço no nível dos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste para que as duas regiões alcancem a curva-guia superior, desenhada pela GCE. A curva mínima já foi superada em 0,57%, a partir da marca alcançada no dia 22.01, de 44,12%. Considerando que, em relação ao início do mês, a evolução na recuperação dos reservatórios foi de 11,85%. Já no Nordeste, falta um pouco mais para que os reservatórios alcancem uma situação confortável em relação à curva-guia superior. No dia 22.01, os lagos apresentaram 33,22% de capacidade para armazenamento de energia. Em relação ao início do mês, o potencial de estoque aumentou 19,12%. A curva inferior já foi ultrapassada no Nordeste em 4,12%, mas ainda faltam 10,59% para chegar à guia superior. (Gazeta Mercantil - 23.01.2002)

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4- Sudeste e Centro-Oeste consomem mais 2,98% de energia que o permitido na terça

As regiões Sudeste e Centro-Oeste consumiram mais energia do que o determinado pelo governo. Segundo o presidente do ONS, Mário Santos, o consumo na terça-feira nas duas regiões foi de 24.201 MW médios, para uma meta de 23.500 MW médios. Gasto de 2,98% acima da meta de consumo. A média mensal de gasto de energia, no entanto, continua abaixo da meta em 7,95%. No Nordeste, o consumo na terça foi de 5.113 MW médios, para uma meta de 5.400 MW médios. (Tribuna da Imprensa-24.01.2002)

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5- Reservatórios continuam enchendo em todo o país

Os reservatórios que abastecem as usinas hidrelétricas nas regiões sob racionamento continuam enchendo. O nível das barragens no Sudeste e no Centro-Oeste alcançou na terça-feira 44,12% da capacidade máxima. No Nordeste, o volume de água nos reservatórios chegou a 33,22%. No Nordeste, o consumo na terça foi de 5.113 MW médios, para uma meta de 5.400 MW médios. No Sudeste, os reservatórios ultrapassaram a curva-guia mínima na segunda-feira e ficaram então a 6,72 pontos percentuais do fim do racionamento.(Tribuna da Imprensa-24.01.2002)

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6- Consumo de energia no Brasil cresce acima da média mundial

O consumo de energia no Brasil cresceu a um ritmo quatro vezes superior à média mundial nos últimos dez anos e o país ocupa a décima segunda posição entre os maiores geradores de energia primária do mundo. O levantamento é da empresa inglesa BP, que faz um acompanhamento do consumo mundial de energia nos últimos 35 anos envolvendo 71 países. Naquele ano, o Brasil participava com apenas 0,50% da energia primária disponível no mundo. Mas o país vem ganhando posição, com a participação subindo para 0,64% em 1970, 1,13% em 1980, 1,14% em 1990 e atingindo a maior participação em 2000, quando o País passou a gerar e consumir 15% da energia disponível no mundo. Em termos anuais, o País está crescendo a um ritmo de 4% ao ano, enquanto a média mundial é de pouco acima de 1%. (O Tempo - 24.01.2002)

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7- Aneel responsabiliza ONS e Cteep

A Aneel decidiu notificar o ONS e a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) por causa do apagão de 21.01, que deixou sem energia dez Estados e o Distrito Federal. O ONS e a empresa do governo paulista terão 15 dias para apresentar suas defesas ao longo do processo administrativo aberto no dia 23.01. O diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, disse que a multa máxima que poderá ser imposta ao ONS será de até R$ 3 mi. A CTEEP poderá pagar uma multa de até R$ 8 mi. A CTEEP foi notificada porque se constatou falhas na manutenção do cabo que se rompeu na linha de transmissão entre Ilha Solteira e Araraquara. Já o processo administrativo contra o ONS se deu pela demora no restabelecimento da energia, principalmente nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. (Gazeta Mercantil - 24.01.2002)

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8- Parafuso frouxo teria iniciado blecaute no país

Um parafuso frouxo que fixava o espaçador de um dos cabos de uma linha de transmissão da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira até Araraquara, em São Paulo, soltou-se e desencadeou o blecaute que, no dia 21.01.2002, deixou sem energia dois terços do Centro-Sul do país. A usina pertence à CTEEP. Em relatório divulgado no dia 23.01, a Aneel concluiu que, sem a sustentação desse parafuso, o cabo se rompeu e provocou curto-circuito na linha ao esbarrar num outro cabo. O curto provocou sobrecarga na linha, fazendo com que o sistema de proteção desligasse as duas linhas. O sistema passou a usar, então, duas linhas restantes, que foram incapazes de distribuir adequadamente a energia acumulada, ficando sobrecarregadas, e também sendo desligadas automaticamente. A usina, que tem seis linhas de transmissão, estava operando com apenas quatro porque duas estavam em manutenção autorizada pelo ONS. (O Globo - 24.01.2002)

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9- Apagão foi causado por sucessão de falhas

As primeiras informações que chegaram à Aneel sobre o blecaute que atingiu o país na segunda-feira revelam uma sucessão de falhas CTEPP e do ONS, responsabilizados pelo episódio. Houve deficiências na manutenção das linhas de transmissão, dos mecanismos de segurança e na solução do problema. A primeira falha verificada foi a ruptura de um parafuso de sustentação de um dos condutores da linha que liga a usina de Ilha Solteira à subestação de Araraquara. O problema poderia ter sido encerrado aí, mas as anormalidades seguintes fizeram com que o blecaute se espalhasse por dez Estados além do Distrito Federal. "O normal era o sistema de segurança ter desligado essa linha", disse José Mário Miranda Abdo, presidente do órgão regulador. Não foi o que ocorreu. Uma segunda linha, vizinha e paralela à primeira e com o mesmo destino, também foi desligada. A usina de Ilha Solteira tem seis linhas de transmissão, só que outras duas também estavam fora de operação por determinação do ONS. Uma para manutenção (Ilha Solteira-Bauru) e outra (Ilha Solteira-Água Vermelha) por estratégia de operação do operador do sistema. Todas as seis linhas têm tensão de 440 quilovolts. O fato de ter apenas duas linhas funcionando gerou um desequilíbrio entre carga e geração, comprometendo o escoamento da energia gerada por Ilha Solteira, usina da Cesp. (Valor Econômico-24.01.2002)

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10- Sistema de segurança devia ter isolado o problema à região de Ilha Solteira

Mesmo com todas as adversidades que se aliaram à queda do cabo que ia de Ilha Solteira a Araraquara, o sistema de segurança deveria ter isolado o problema à região, já que não conseguiu fazê-lo para a primeira linha com deficiência. O isolamento deveria ter ocorrido com um sistema de ilhamento instalado depois do blecaute de 99, exatamente para evitar casos com a mesma proporção daquele. Isso também não ocorreu. "A magnitude foi além do que seria razoável. Uma abrangência desproporcional à natureza do problema", disse José Abdo, presidente da Aneel, que elaborou as constatações preliminares, divulgadas ontem, com base em informações do ONS, da CTEEP, da Cesp e de Furnas. (Valor Econômico-24.01.2002)

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11- Perda temporária de sistema do ONS provocou duração maior do blecaute

As falhas continuaram após a energia ter caído na segunda-feira. Com o problema atingindo dez Estados, além do Distrito Federal, o restabelecimento do sistema deveria ter ocorrido em tempo mais curtos. Em algumas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, a volta à normalidade demorou mais de quatro horas. Uma das razões disso é que o ONS, responsável pela solução, também foi atingido pelo blecaute e perdeu temporariamente o sistema de supervisão e controle. "Isso interfere e impacta o tempo de restabelecimento", disse Abdo. (Valor Econômico-24.01.2002)

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12- Presidente do ONS diz que não houve sobrecarga do sistema

O presidente do ONS, Mário Santos, afirmou ontem que, no momento do acidente que causou o blecaute de segunda-feira, duas linhas de transmissão do circuito de Ilha Solteira estavam paradas para manutenção. Os técnicos do ONS estão analisando se isto pode ter contribuído para que o problema ganhasse a extensão que teve, atingindo dez Estados e o Distrito Federal. As linhas que estavam fora de operação tinham autorização do ONS para serem retiradas do circuito. Mesmo assim, Mário Santos garante que não houve sobrecarga na rede naquele momento. Segundo ele, o sistema da bacia do Rio Paraná, onde estão instaladas as linhas de transmissão atingidas, tem capacidade de carga de 7 mil MW. Na hora do acidente, salientou, a carga era de 3 mil MW. (O Estado de São Paulo-24.01.2002)

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13- ONS se nega a apontar culpados pelo apagão

Mário Santos, presidente do ONS disse que não vai indicar os culpados pelo apagão. "O ONS não responsabiliza ninguém, só aponta a origem do problema", alegou. Segundo o relatório elaborado em conjunto com técnicos das empresas que atuam na região, houve uma falha no sistema de proteção da linha 1 do circuito de Ilha Solteira. A proteção, chamada de relé, desligou a linha, que não apresentava nenhum problema, logo após o rompimento da linha 2. As duas linhas que estavam fora de operação eram a que liga a Ilha Solteira a Bauru, que parou para a execução de um serviço de modernização do sistema de proteção, e a que segue para a usina de Água Vermelha, no rio Paraná. Esta última estava em fase experimental de operação e seu funcionamento era mantido em horários alternados. No momento do acidente, estava desligada. (O Estado de São Paulo-24.01.2002)

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14- José Jorge diz que medidas para implementar segurança só serão tomadas depois de análise

Em Brasília, o ministro de Minas e Energia, José Jorge, disse que qualquer medida para aumentar a segurança do sistema só será tomada pelo governo depois da análise do detalhamento técnico sobre as causas do blecaute. Ele disse ainda que o governo está fazendo um levantamento sobre o que foi ou não implantado do projeto de segurança criado para corrigir as distorções do sistema, após o apagão de 1999. (O Estado de São Paulo-24.01.2002)

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15- Concentração da oferta reduz segurança do sistema

A concentração da produção de energia elétrica em poucas e grandes usinas é mais prejudicial à segurança do sistema que a interligação das linhas de transmissão. Isso porque acaba acentuando os quadros de anormalidade, como o do dia 21.01, quando a queda de duas linhas de transmissão da usina de Ilha Solteira provocou o desligamento do sistema elétrico em 10 Estados do País. "Mesmo a queda de duas linhas não deveriam ser suficientes para derrubar todo o sistema", diz Carlos Augusto Kirchner, diretor do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo. Por isso, a cada apagão, ganham força as vozes que defendem a revisão da atual estrutura do sistema elétrico e a instalação de usinas menores nas proximidades dos grandes centros de consumo. "Com isso, você reduz os problemas de estabilidade e as perdas de energia que ocorrem na transmissão", diz Cecilia Negri de Magalhães, consultora especializada em mercados e confiabilidade do sistema elétrico. (Gazeta Mercantil - 24.01.2002)

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16- Governo vai averiguar plano de segurança do setor elétrico

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, afirmou no dia 23.01 que o governo vai averiguar por que o plano de segurança do setor elétrico, que começou a ser implantado em março de 2000 e que deveria ter sido concluído em julho do ano passado - ou seja, há seis meses - não funcionou esta semana, quando ocorreu o blecaute em dez estados e no Distrito Federal. O governo federal investiu R$ 16 mi no sistema e a iniciativa privada deveria investir outra parcela para garantir a segurança. "Vamos ver o que foi e o que não foi implantado. Ainda existem algumas medidas a serem efetivadas", disse José Jorge. (O Globo - 24.01.2002)

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17- ONS tenta evitar apagão com térmicas

O ONS vai implementar manobras para poupar regiões contempladas por térmicas de blecautes como o que ocorreu segunda-feira, dia 21.01. O sistema interligado terá de ser remodelado para comportar as novas 36 usinas previstas no Programa Prioritário de Termelétricas (PPT) e o ONS corre contra o tempo para que a energia térmica sirva não apenas de alternativa às hidrelétricas, mas também funcione para atender a consumidores em casos de pane no sistema interligado. Segundo informação oficial do ONS, na pior das hipóteses, pretende-se reduzir o tempo de escuridão nas áreas onde as térmicas podem ser opção. A continuidade no funcionamento de térmicas como Jorge Lacerda A e B (SC) e o Complexo Candiota (RS), com quatro térmicas, localizadas na Região Sul, explicam porque a região ficou no máximo meia hora sem energia, enquanto estados como Rio, São Paulo e Espírito Santo levaram quatro horas para normalizar seus sistemas. O primeiro passo do ONS é reavaliar os sistemas de proteção das térmicas. Como são mais sensíveis a oscilações do sistema ficam mais vulneráveis ao desligamento automático de máquinas, mesmo sem necessidade. (O Globo - 24.01.2002)

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18- CPFL quer orientação da Aneel para indenizar

A CPFL informou ontem que só irá orientar os consumidores que tiveram danos em aparelhos eletroeletrônicos no apagão de segunda-feira depois de receber uma resolução da Aneel, esclarecendo como agir no caso. Entretanto, segundo a agência reguladora, as distribuidoras devem indenizar o consumidor em caso de queda de tensão, independentemente da causa. Outras empresas já adiantaram que irão ressarcir aqueles que provarem ter sido prejudicados com o blecaute. A Bandeirante, por exemplo, explicou que o procedimento será o mesmo que costuma ser adotado no caso de queda de tensão. A Light, do Rio, divulgou comunicado orientando consumidores a encaminhar carta, com data e horário da ocorrência, além de detalhes sobre o aparelho queimado. A empresa se compromete a responder em aproximadamente dez dias úteis e encaminhar a indenização em até 90 dias. (O Estado de São Paulo-24.01.2002)

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19- Procon diz que distribuidoras têm que indenizar danos do apagão

O assessor de diretoria do Procon-SP, Dante Kimura, afirmou que a responsabilidade, no caso de queda de tensão, é da distribuidora. "Caso a distribuidora não se pronuncie ou não dê uma resposta à altura, deve-se procurar os órgãos de defesa do consumidor, a Aneel, a Comissão de Serviços Públicos ou até mesmo a Justiça comum", disse. No caso das empresas prejudicadas com o apagão, a orientação é procurar um advogado para entrar com ação judicial. O Idec informou que vai esperar um laudo definitivo sobre os motivos do blecaute para saber quais medidas serão tomadas. As possibilidades incluem uma ação coletiva na Justiça. (O Estado de São Paulo-24.01.2002)

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20- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Brasil é o décimo-segundo país em geração de energia

O consumo de energia elétrica no Brasil cresceu a um ritmo quatro vezes superior à média mundial e o país ocupa hoje a décima segunda posição entre os maiores geradores de energia do mundo. O levantamento foi feito pela empresa inglesa BP que faz um acompanhamento do consumo mundial de energia nos últimos 35 anos. No início, o Brasil participava com apenas 0,5% da energia elétrica disponível no mundo e, desde então, vem ganhando posições, com a participação subindo para 0,64% em 1970, 1,13% em 1980, 1,14% em 1990, atingindo a maior participação em 2000, quando o país passou a gerar 1,5% da energia elétrica disponível no mundo. Em termos anuais, o País está crescendo a um ritmo de 4% ao ano, enquanto a média mundial está pouco acima de 1%. A diferença a favor do Brasil já foi maior. Nos anos 70, por exemplo, ainda segundo os dados da BP, o consumo de energia no país crescia ao ritmo de 8,9% ao ano, mas este ritmo "despencou" nos anos 80 para 2,2% ao ano. Na década passada, portanto, o consumo de energia no país cresceu duas vezes mais rápido do que nos 10 anos anteriores, denominada de "década perdida". (Tribuna da Imprensa-24.01.2002)

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2- Energia e petróleo lideraram ranking de fusões em 2001

As companhias energéticas lideraram, no último trimestre do ano passado, o ranking setorial de fusões e aquisições, de acordo com pesquisa realizada pela KPMG. O estudo indica a realização de 14 transações de companhias energéticas no período, 13 delas envolvendo somente capital nacional. No acumulado do ano, contudo, as companhias energéticas ficaram na segunda posição entre os setores com maior número de fusões e aquisições, perdendo apenas para a indústria de petróleo, que manteve a liderança do ranking setorial com um total de 40 transações realizadas ao longo do ano passado. Desse total, 31 operações ocorreram mediante desembolso de capital estrangeiro. A liderança do setor de petróleo no ano passado é reflexo direto da terceira rodada de licitações de áreas de produção e exploração de petróleo e gás natural, realizada em junho pela (ANP), que movimentou cerca de R$ 594 milhões. Tanto é que, no último trimestre, a área nem aparece entre os 24 primeiros setores avaliados pelo estudo. Na rodada de licitações da ANP, foram licitadas 34 áreas, de um total de 53 ofertadas, arrematadas por 22 empresas de 12 países. (Tribuna da Imprensa-24.01.2002)

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3- Houve total de 36 fusões ou aquisições no setor elétrico em 2001

No levantamento anual de fusões, as companhias energéticas asseguraram a segunda posição, com um total de 36 transações. Deste total, 28 transações foram de capital doméstico. Em uma série histórica com início em 1994, a KPMG constatou que os setores de petróleo e energético registraram recordes nas transações de fusões e aquisições. Na indústria de petróleo, o recorde anterior era de 28 transações, em 2000. No mesmo ano, as companhias estrangeiras haviam registrado o maior número de aquisições e fusões (20 transações). (Tribuna da Imprensa-24.01.2002)

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4- SP foi estado com maior número de fusões e aquisições em 2001

Considerando um total de 87 transações registradas no último trimestre do ano passado, o estudo da KPMG detectou que o Estado de São Paulo foi palco do maior número de operações de fusões e aquisições, abrigando 41,4% do total. Com isso, apenas se confirmou uma tendência verificada no ano: no acumulado de 2001, 38,8% das transações ocorreram em território paulista. (Tribuna da Imprensa-24.01.2002)

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5- EUA são maiores aportadores de capital estrangeiro

Em se tratando de capital estrangeiro, os Estados Unidos lideraram as transações no ranking de fusões do último trimestre do ano passado, com 12 operações (32,5% do total), seguidos de Portugal, com cinco (13,5%). No acumulado do ano passado, os Estados Unidos se mantiveram na ponta, com 81 transações (41,5% do total), sendo que a segunda posição foi ocupada pela Espanha, com 17 transações (8,7%). (Tribuna da Imprensa-24.01.2002)

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6- Minoritários da Cemig reclamam dívida de R$ 336 mi do governo de MG

A Associação Nacional dos Investidores do Mercado de Capitais (Animec) está ressuscitando uma dívida a ser cobrada a favor da Cemig. O governo mineiro estaria inadimplente, segundo a Animec, em R$ 336 mi com sua empresa elétrica. O presidente da Animec, Waldir Corrêa, explica que o montante é resultado do acordo feito em 1993 entre governos estaduais e federal com todas as empresas de energia do País. Na ocasião, havia um rombo aproximado de R$ 32 bi no setor elétrico, em conseqüência das perdas acumuladas pelas companhias, cujas tarifas de energia eram controladas pelo governo como arma contra a inflação. Na hora de acertar a conta e preparar o setor para a privatização, a fatia a ser paga pelo governo do Estado de Minas Gerais à Cemig foi de R$ 336 mi, agora reclamada pela Animec. A associação está atendendo a pedidos dos próprios acionistas que questionaram a emissão de R$ 625 mi em debêntures, concluída pela Cemig em dezembro de 2001. O argumento dos acionistas é de que essa forma de captação de recursos sai muito mais cara à companhia, o que seria desnecessário, uma vez que há um crédito a receber. (Gazeta Mercantil - 24.01.2002)

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7- Eletrosul inaugura linha Blumenau-Itajaí e subestação de Itajaí

O abastecimento de energia elétrica no Médio Vale do Itajaí e no Litoral de Santa Catarina ganham um reforço a partir de 24.01, com a inauguração da nova linha de transmissão Blumenau-Itajaí e da subestação de Itajaí. Resultado de investimentos da ordem de R$ 48 mi e de nove meses de trabalho, as obras deverão resolver problemas de abastecimento enfrentados por cidades da região, beneficiando cerca de 1,1 milhão de pessoas. "A obra proporcionará atendimento adequado à região, principalmente ao Litoral, melhorando a qualidade do abastecimento e garantindo o suporte necessário para o período de temporada", afirma João Paulo Kleinübing, presidente da Eletrosul. (Jornal de Santa Catarina - 24.01.2002)

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8- Fatma licencia PCH em Santa Catarina

A Fundação do Meio Ambiente (Fatma) libera no dia 24.01.2002 a licença ambiental de instalação (LAI) para a pequena central hidrelétrica (PCH) Capivari, da Cooperativa de Eletrificação Rural de Braço do Norte, no Sul de Santa Catarina. A usina vai gerar 12 MW de potência e o início da obra está previsto para maio. A usina hidrelétrica estará sediada no município de São Martinho. A usina será construída pela Cerbranorte, que investirá 20% em recursos próprios e captará 80% em financiamentos a serem definidos. Depois de concluída, a usina hidrelétrica proporcionará uma redução de 10% no custo de energia na região. O empreendimento deve beneficiar o fornecimento de energia aos moradores das cidades pertencentes à Associação dos Municípios da Região Lagunar (Amurel), como Rio Fortuna, São Martinho e Braço do Norte, entre outros. (Diário Catarinense - 24.01.2002)

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9- Investco vai emitir R$ 250 mi em debêntures para concluir usina de Lajeado

A Investco, empresa que administra os ativos da usina de Lajeado (TO), concluirá nos próximos dias a emissão de R$ 250 mi de debêntures. O objetivo do negócio é substituir um empréstimo de curto prazo e investir na conclusão das obras da hidrelétrica, segundo informou Antônio José Sellare, diretor-financeiro da EDP Brasil, uma das sócias no projeto ao lado do Grupo Rede, da CEB e da CMS. A previsão é de que a hidrelétrica, que terá capacidade instalada total de 902,5 MW, seja concluída no segundo semestre de 2002. O projeto, que faz parte do Programa Emergencial do governo, receberá um investimento de US$ 1,4 bi. (Canal Energia - 23.01.2002)

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financiamento

1- Regulamentação do MBE deve sair até o dia 1º

O governo deverá divulgar até o dia 1º de fevereiro a MP que detalha o funcionamento do MBE, que substituirá o já extinto MAE. A promessa foi feita ontem a empresários pelo diretor do BNDES, Octavio Castello Branco. E o detalhamento dos 18 pontos que constam do plano de revitalização do setor, anunciado pelo governo federal há duas semanas, poderá mesmo ser anunciado amanhã. Na pauta da reunião de ontem, os empresários levantaram algumas preocupações. A principal dúvida é de como ficarão os créditos e débitos que ainda não foram liquidados no MAE e ainda estão pendentes. "Discutimos também a necessidade de termos regras estáveis, já que a interferência da Aneel no MBE pode criar instabilidade", diz o consultor do Grupo Rede, Fernando Quartim. (Valor Econômico-24.01.2002)a

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2- Leilão Bovespa/Asmae fecha sem negócios em energia

A falta de ofertas para compra no leilão de excedentes operado pela Bovespa e pela Asmae, inviabilizou a conclusão de negócios no dia. O pregão registrou de 23.01.2002 uma única proposta de venda, com a oferta de 100 MWh ao preço mínimo de R$ 120 o MWh. (Gazeta Mercantil - 23.01.2002)

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financiamento

1- Inflação segura juros em 19% pelo sexto mês

A seca na região Sul do país e as chuvas nas demais áreas atingiram a safra agrícola e tiveram efeito perverso sobre a inflação em janeiro. O preço dos produtos "in-natura" subiu e foi refletido nos primeiros índices de inflação do ano, que ficaram acima do esperado. Esse foi um dos motivos que levou o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) a manter os juros básicos da economia, a meta Selic, inalterados em 19% ao ano, sem viés (tendência que permite ao presidente do BC alterar os juros antes da próxima reunião do Copom), pelo sexto mês consecutivo. (Gazeta Mercantil - 24.01.2002)

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2- Mercado aposta na redução dos juros mesmo que no médio prazo

No dia 23.01.2002, as projeções para os juros futuros negociadas na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) fecharam abaixo dos juros básicos da economia. Entre os contratos mais negociados, o de fevereiro passou de 18,98% para 18,96% ao ano. A taxa de abril saiu de 18,96% para 18,93% ao ano. O contrato de julho foi de 19,10% para 18,98% ao ano. "O dia foi de poucos negócios e o mercado aposta na redução dos juros mesmo que no médio prazo", disse um operador da Corretora Magliano. (Gazeta Mercantil - 24.01.2002)

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3- Dólar fecha com leve alta

No dia 23.01.2002, no mercado interbancário de dólar, a cotação da moeda norte-americana fechou com leve alta de 0,21%, negociado a R$ 2,385, na venda. O dia foi de poucos negócios e a Ptax, média das cotações apurada pelo BC, ficou em R$ 2,3804, alta de 0,58%. Na BM&F, os contratos de fevereiro e março subiram 0,20% para R$ 2,398 e R$ 2,427. (Gazeta Mercantil - 24.01.2002)

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4- Valorização do real reduz a dívida mobiliária

A valorização de 8,2% do real frente ao dólar em dezembro reduziu o estoque da dívida pública mobiliária federal interna para R$ 624,08 bi, valor 0,45% menor que o registrado em novembro, de R$ 626,93 bi. O montante do mês passado é o mais baixo desde agosto, voltando, portanto, a níveis registrados antes da tragédia americana de 11 de setembro, mas ainda ficou 22,2% acima dos R$ 510,7 bi de dezembro de 2000. (Gazeta Mercantil - 24.01.2002)

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grandes consumidores

1- Custo da energia e racionamento ameaçam ferro-ligas

O aumento das tarifas de energia elétrica para atrair capitais para os setores de geração e transmissão pode inviabilizar a retomada das posições perdidas pelas indústrias brasileiras de ferro-ligas e de silício metálico no mercado internacional em 2001. O setor tem nas exportações 70% de seus negócios. "A eletricidade pesa 30% em nossos custos variáveis e o aumento de 7,9% praticado recentemente já tirou boa parte da competitividade que precisamos ter para não sermos excluidos do mercado mundial. Novos aumentos desses custos poderão ser fatais para o setor", afirma Marco Antônio Marques Jordão, presidente da Cia. Brasileira de Carbureto de Cálcio (CBCC) e vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Ferro-Ligas e de Silício Metálico (Abrafe). Além disso, o racionamento de 25% no consumo de eletricidade, em vigor desde junho de 2001 e que ainda permanece, provocou perdas de produção e impediu as indústrias de ferro-ligas de participarem de concorrências. (Gazeta Mercantil - 24.01.2002)

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internacional

1- Tractebel e AES interessadas em leilão de elétricas no Peru

Cinco interessados adquiriram o edital do leilão das geradoras elétricas peruanas Egasa, Egesur e Egecen, previsto ainda para o primeiro semestre deste ano. Entre essas empresas estão a belga Tractebel e as americanas AES e Duke Energy. Em relação às ex-empresas da Jorbsa, há três interessadas no leilão: além da Tractebel e da AES, também comprou o edital a espanhola Unión Fenosa. No caso das empresas de transmissão elétrica Etecen e Etesur, quatro interessados compraram as bases do leilão, entre eles a Redesur, a Hidroquebec Internacional e a Isa. As informações são do diretor executivo da Copri, Pedro Sánchez. (Gestión-24.01.2002)

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2- Codelco pode entrar no negócio de geração elétrica no Chile

Analistas e fontes do setor elétrico não descartam a possibilidade de que a empresa mineradora chilena Codelco participe no negócio de geração elétrica e seja um novo operador do Sistema Interconectado Central (SIC). Isto porque é uma das seis empresas interessadas em participar na licitação do fornecimento da Chilectra, distribuidora controlada pela Enersis, e porque conta com equipamentos de geração próprios. Entretanto, uma fonte ligada a Codelco admitiu ao jornal Estrategia que a companhia comprou o edital só para conhecer as condições do processo de licitação da elétrica, mas não quis dizer se a estatal está interessada em ser um novo ator do mercado elétrico. " A idéia é estudar as bases, ver alguns detalhes, conhecer mais do negócio e compará-las com nossas licitações de fornecimento." Além disso, fontes do setor insistem que só podem participar do leilão as geradoras que efetuem aportes de eletricidade no SIC, ou seja, a Codelco teria que criar uma filial elétrica para virar uma geradora. (Estrategia-24.01.2002)

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3- Grupo de credores pede que corte federal aponte examinador ou guardião para a Enron North America

Um grupo de credores da Enron pediu à corte de concordatas para que apontasse um administrador ou investigador independente para uma das subsidiárias chave da Enron, a Enron North America, à medida que aumentam as preocupações sobre a capacidade do grupo de se reestruturar com sucesso. O pedido é o primeiro sinal de que as investigações federais, congressuais e regulatórias no grupo poderiam afetar os esforços da Enron de reestruturar-se sob o capítulo 11 da lei de concordatas. Relatos que funcionários da Enron destruíram documentos importantes depois que começou a investigação federal trouxeram urgência ao pedido, de acordo com nove credores liderados pela Wiser Oil, empresa texana de exploração e produção de petróleo e gás natural. Na sua petição, o grupo de credores pede que a corte ordene à Enron North America a assegurar e preservar todos os seus livros, registros e arquivos à espera de um examinador ou guardião. A corte deve ouvir a moção em 20 de fevereiro. (Financial Times-24.01.2002)

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4- Dynegy divulga balanço e diz continuar interessada em fusões e aquisições

A mal-sucedida tentativa de fusão da Dynegy com a Enron não afetará o apetite da companhia por explorar outras fusões ou aquisições que sejam vantajosas para a competitividade da firma, disse o CEO Chuck Watson ontem. Watson disse que a companhia está buscando uma subida nos negócios de energia agora que a Enron está praticamente fora do mercado. As companhias industriais vêem os preços atuais como estando num bom nível para a transação de contratos de fornecimento, disse o presidente da Dynegy, Steve Bergstrom. A Dynegy, que ontem anunciou um ingresso líquido de US$ 77 mi no último trimestre do ano passado, 27% a menos que no mesmo período de 2000, está projetando uma taxa de crescimento de 15% a longo prazo. Para melhorar seu balanço patrimonial, a Dynegy anunciou que pretende vender algumas usinas deficitárias para economizar US$ 750 mi por ano. (Platts-24.01.2002)

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5- Rumsfeld desmente ter possuído ações da Enron

O Secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, declarou ontem que não possuía nenhuma ação da Enron. A declaração foi uma resposta a notícias que divulgavam que Rumsfeld possuía de US$ 1.000 a US$ 15.000 em ações da firma quando foi indicado para o cargo pelo presidente George W. Bush. Na sua declaração, Rumsfeld admitiu que sua mulher, Joyce, possuía 100 ações da Enron no ano passado, através de um investimento numa organização que criara um fundo para replicar o índex de 500 firmas do Standard & Poor´s. Joyce se desfez das ações no fundo em 13 de fevereiro do ano passado, quando a ação da Enron valia cerca de US$ 70. Isto aconteceu cerca de três semanas depois de Rumsfeld ser confirmado no cargo pelo Senado. (New York Times-24.01.2002)

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6- Senado americano pede que Enron divulgue suas declarações de renda

O Comitê de Finanças do Senado norte-americano ontem pediu à Enron que divulgasse as declarações de renda da companhia. Numa carta ao executivo-chefe de finanças da Enron, o senador Max Baucus, que preside o comitê em questão e o senador Charles Grassley, líder republicano do comitê, disseram ser fundamental que o público e o congresso tenham um melhor entendimento das atividades e transações relatadas às declarações de renda e programas de aposentadoria da Enron. Na semana passada, o New York Times reportou que a Enron não pagou impostos sobre seus lucros em quatro dos últimos cinco anos e que ganhou US$ 382 mi em reembolso. O comitê planeja que o exame das declarações de renda possa começar no início de março. O porta-voz da Enron, Vance Mayer, não quis comentar sobre o assunto. (New York Times-24.01.2002)

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7- Kenneth Lay não é mais o presidente da Enron

O presidente da Enron, Kenneth Lay, se demitiu ontem, 52 dias depois da empresa que dirigia desde a sua criação, em 1986, abrisse concordata. Lay deve testemunhar ante duas comissões do Congresso dos EUA no próximo dia 4. Lay explicou que sua decisão de abandonar a presidência da firma se produziu de acordo com um comitê de credores da empresa porque as investigações sobre a quebra não lhe deixavam tempo para dirigi-la da maneira adequada. " Quero que a Enron sobreviva, e para que isso ocorra, precisamos de alguém à sua frente que possa concentrar 100% de seus esforços na reorganização da companhia e na preservação de seu valor para os nossos credores e funcionários" , disse o presidente. Lay, que se aposentará como funcionário da Enron, seguirá no conselho de administração da companhia. O conselho, junto com os credores, busca agora um substituto, um especialista que ajude a tirar a companhia da falência. (El Mundo-24.01.2002)

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8- Ex-sócio da Andersen recusa-se a testemunhar hoje sobre auditoria na Enron

David Duncan, o ex-sócio da Andersen encarregado de auditar as contas da Enron, não testemunhará hoje na Câmara dos Deputados dos EUA a menos que se lhe garanta a imunidade e que seu testemunho não será utilizado contra ele. Duncan, que foi demitido pela Andersen sob suspeita de Ter comandado a destruição de documentos sobre a auditoria na Enron, recebeu ontem uma notificação legal da Subcomissão de Investigações de Comércio e Energia da Câmara para que testemunhe e ajude a esclarecer a quebra da Enron. Entretanto, o advogado de Duncan, Robert Giuffra, escreveu em carta à subcomissão que é prematuro exigir que seu cliente testemunhe neste momento. A carta indica que Duncan, que não teve acesso até terça passada a uma série de arquivos pessoais seus na Andersen, indica que Duncan invocará a Quinta Emenda que lhe dá o direito constitucional de não depor hoje. (El Mundo-24.01.2002)

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9- Advogados de acionistas da Enron entram com petição para proteger documentos

A Enron, que colocou guardas de segurança na sua sede para evitar que se destruam mais documentos, colabora também com a investigação do FBI que pretende determinar que documentos desapareceram da sede central da empresa. Cerca de 40 advogados, que representam dezenas de acionistas e investidores da Enron, apresentarão à auditora Arthur Andersen uma petição para ter acesso aos documentos relacionados com a contabilidade da Enron. Se prevê que a juíza federal Melinda Harmon anuncie a sua decisão a respeito. Nessa petição, os advogados querem que a juíza lhes autorize a receber declarações juradas do ex-presidente da Enron, Kenneth Lay, e do principal auditor da firma, David Duncan. Também solicitaram que todos os papéis relacionados com a auditoria da Enron- incluindo os triturados- sejam transladados a um lugar mais seguro e custodiado por agentes federais. (El Mundo-24.01.2002)

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10- Lucro da Dynegy cresce 58% e atinge US$ 713 mi em 2001

A Dynegy Inc. apresentou em 2001 um crescimento de receita da ordem de 47% em relação ao ano anterior, o que elevou o faturamento para US$ 42,242 bi. Com esse resultado, o lucro líquido de uma das maiores companhias de energia elétrica do mundo sofreu acréscimo de 58% em comparação com 2000, chegando a US$ 713 mi.O balanço financeiro da Dynegy era um dos mais esperados do mercado. O desempenho da corporação revela a exposição à falência da Enron. Até o fim do ano passado, a Dynegy estava prestes a fechar acordo com a empresa concordatária. A desistência do negócio detonou o processo de falência da Enron. A exposição da Dynegy, segundo dados revelados pela companhia, chega a US$ 78 mi. (Gazeta Mercantil-24.01.2002)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Ana Clara Cruz, Fernando Fernandes, Pedro Furley, Rodrigo Rötzsch e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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