1- Governo adia divulgação de detalhes sobre revitalização |
O detalhamento do pacote
do governo para revitalização do setor elétrico não será divulgado
na próxima sexta-feira, dia 25.01, como previsto. A informação
é de uma fonte da GCE, que participa do processo de análise das
18 medidas anunciadas no dia 09.01.O motivo do adiamento para
a próxima semana foi o blecaute da última segunda-feira, dia 21.01.
A reunião da GCE que deveria ter ocorrido no dia 22.01 para tratar
do pacote teve de ser cancelada em virtude da ausência do presidente
do ONS, Mário Santos. "A presença dele é fundamental para os detalhes
que faltam no pacote", afirmou a fonte. Santos teve que se dedicar
integralmente à apuração das causas do blecaute. (Gazeta Mercantil
- 24.01.2002)
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2- FHC criará grupo de trabalho para avaliar necessidade
de novas reformulações |
O porta-voz da presidência da República, Georges Lamaziére, informou
ontem, em Brasília, que o presidente Fernando Henrique Cardoso
decidiu criar, depois do apagão de segunda-feira, um grupo de
trabalho de alto nível, inclusive com a participação de especialistas
da área acadêmica, para proceder uma ampla avaliação das políticas
do setor de energia elétrica que permita verificar se são necessárias
novas reformulações. Não foram divulgados ontem mais detalhes
sobre a composição desse grupo de trabalho. (Valor Econômico-24.01.2002)
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3- Revisão de tarifa não deve reduzir vulnerabilidade |
Embora o governo pretenda rever a atual política de tarifas de
transmissão de energia para atrair investimentos na área, especialistas
acreditam que a vulnerabilidade do sistema continuará alta pelos
próximos dois a três anos. E apontam que as incertezas regulatórias
no setor elétrico podem prejudicar a vinda de novos investimentos
em geração e distribuição. Um dos motivos de insegurança em relação
ao sistema é que medida de revisão das tarifas de transmissão
- que consta do plano de revitalização do setor, anunciado no
dia 10 deste mês - ainda ficará sujeita à consulta pública. Ou
seja, pode demorar até seis meses para ser efetivamente implementada.
"Além do mais, desconhecemos os detalhes do plano. Quando o governo
anunciá-lo, levaremos ainda algum tempo para analisá-lo", diz
o diretor-executivo da Abrate, José Claudio Barbosa. O problema
é que a construção de linhas de transmissão tem longo tempo de
maturação, podendo demorar quase dois anos para que elas fiquem
prontas. Ou seja, a melhoria e ampliação do atual sistema estariam
em condições de operação, na melhor das hipóteses, só em 2004.
(Valor Econômico-24.01.2002)
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4- Mercado vê com bons olhos mudança de políticas tarifárias
do setor elétrico |
A intenção do governo de alterar a política de tarifas para transmissão
é vista com bons olhos pelo mercado. A idéia é corrigir as distorções
existentes hoje - que desconsideram, por exemplo, a distância
entre a origem e o destino da energia. Com a nova medida, os consumidores
mais distantes do centro de geração deverão pagar mais. "Quem
vai construir uma linha na Amazônia tem de ter uma remuneração
melhor, pelo maior grau de dificuldade do empreendimento", afirma
o analista de energia do Sudameris, Marcos Severine. Segundo dados
do analista, as tarifas de transmissão do país estão bem abaixo
do padrão internacional. Enquanto no mundo se cobram US$ 3 por
KV, no Brasil, o preço cai para R$ 1. O que acaba diminuindo o
apetite dos investidores. (Valor Econômico-24.01.2002)
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5- Investidores temem que novo governo mude novamente
regras do setor |
O que mais preocupa os investidores do setor elétrico são as incertezas
em relação ao pacote de medidas, que deverá ser anunciado pelo
governo nos próximos dias. Como elas prevêem maior interferência
do Estado no setor, os agentes podem deixar de investir na área
nesse ano eleitoral. Um novo governo, por exemplo, poderia mudar
de novo as regras do jogo, o que criaria ainda mais instabilidade
no já tão conturbado setor elétrico. "Por isso, estamos sinalizando
ao governo nos últimos dias a importância de ter regras estáveis",
diz um executivo da área. Em meio a várias incertezas, ao menos
uma coisa é dada como certa pelos empresários. Eles levarão bastante
tempo para analisar com profundidade as medidas mais detalhadas
que serão anunciadas pelo governo. (Valor Econômico-24.01.2002)
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6- Idec mostra injustiça tarifária para energia |
Um estudo realizado pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec),
mostra que as 18 medidas de reestruturação do setor energético,
anunciadas pelo governo, no dia 09.01, não foram suficientes para
criar um mecanismo justo de tarifação. O Idec diz que o governo
apenas adiou uma explosão tarifária para 2003 e que, mesmo assim,
a energia elétrica deverá subir entre 15% e 19,9% este ano. Segundo
o Idec, os números mostram que, desde 1995, quando se iniciou
a privatização, até 2001, os reajustes da energia elétrica para
o consumidor residencial somaram 132%, contra 76% da inflação
do período, usando-se o IPCA. Assim, os consumidores residenciais
teriam pago mais caro pela mesma energia utilizada pela indústria.
(Gazeta Mercantil - 24.01.2002)
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7- Intenção de mudar política das tarifas de transmissão
é anterior ao blecaute |
O ministro de Minas e Energia, José Jorge, negou que o governo
esteja pensando em mudar a política de tarifas do sistema de transmissão
por causa do blecaute, com o objetivo de atrair investimentos.
"A medida já estava em avaliação antes do acidente", acrescentou
Octávio Castello Branco, coordenador do Comitê de Revitalização
do Modelo da Câmara de Gestão da Crise de Energia e diretor do
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
De fato, a revisão nas tarifas integra o pacote de medidas para
o setor de energia, anunciado pelo governo no dia 09.01. (Gazeta
Mercantil - 24.01.2002)
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1- Redução de meta no Carnaval é cancelada |
O ministro Pedro Parente, coordenador CGE, informou na noite desta
quarta que os consumidores residenciais não terão mais direito
à redução na meta de economia de energia durante o Carnaval, como
havia sido anteriormente divulgado pela própria CGE, o 'ministério
do apagão'. De acordo com Parente, é impossível estabeler metas
para um período tão curto - são milhões de residências, nas quais
a leitura do consumo é feita mensalmente. Diante das dificuldades
operacionais, o governo decidiu aliviar o racionamento somente
para a iluminação pública, hotéis, clubes e bares no Carnaval.
O ministro das Minas e Energia, José Jorge, garantiu que o detalhamento
do plano será feito nesta quinta. Serão usados os 1.500 MW economizados
a mais do que o esperado em janeiro. A idéia é oferecer essa 'sobra'
em fevereiro. (Diário do Grande ABC - 24.01.2002)
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2- Governo deve anunciar hoje alívio para a indústria |
O ministro de Minas e Energia, José Jorge, afirmou, no dia 23.01.2002,
que a Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE) anunciará
no dia 24.01 o alívio para as indústrias e na iluminação pública,
além de uma redução de meta para hotéis, bares e clubes durante
o carnaval. "A idéia é que no dia 24.01 a gente resolva definitivamente
esta questão: vamos aliviar o racionamento da iluminação pública
e, ao mesmo tempo, vamos adotar uma meta adicional para a indústria",
afirmou José Jorge. (O Globo - 24.01.2002)
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3- Recuperação de reservatórios segue em ritmo acelerado |
Faltam apenas 6,43% de reforço no nível dos reservatórios do Sudeste
e do Centro-Oeste para que as duas regiões alcancem a curva-guia
superior, desenhada pela GCE. A curva mínima já foi superada em
0,57%, a partir da marca alcançada no dia 22.01, de 44,12%. Considerando
que, em relação ao início do mês, a evolução na recuperação dos
reservatórios foi de 11,85%. Já no Nordeste, falta um pouco mais
para que os reservatórios alcancem uma situação confortável em
relação à curva-guia superior. No dia 22.01, os lagos apresentaram
33,22% de capacidade para armazenamento de energia. Em relação
ao início do mês, o potencial de estoque aumentou 19,12%. A curva
inferior já foi ultrapassada no Nordeste em 4,12%, mas ainda faltam
10,59% para chegar à guia superior. (Gazeta Mercantil - 23.01.2002)
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4- Sudeste e Centro-Oeste consomem mais 2,98% de energia
que o permitido na terça |
As regiões Sudeste e Centro-Oeste consumiram mais energia do que
o determinado pelo governo. Segundo o presidente do ONS, Mário
Santos, o consumo na terça-feira nas duas regiões foi de 24.201
MW médios, para uma meta de 23.500 MW médios. Gasto de 2,98% acima
da meta de consumo. A média mensal de gasto de energia, no entanto,
continua abaixo da meta em 7,95%. No Nordeste, o consumo na terça
foi de 5.113 MW médios, para uma meta de 5.400 MW médios. (Tribuna
da Imprensa-24.01.2002)
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5- Reservatórios continuam enchendo em todo o país |
Os reservatórios que abastecem as usinas hidrelétricas nas regiões
sob racionamento continuam enchendo. O nível das barragens no
Sudeste e no Centro-Oeste alcançou na terça-feira 44,12% da capacidade
máxima. No Nordeste, o volume de água nos reservatórios chegou
a 33,22%. No Nordeste, o consumo na terça foi de 5.113 MW médios,
para uma meta de 5.400 MW médios. No Sudeste, os reservatórios
ultrapassaram a curva-guia mínima na segunda-feira e ficaram então
a 6,72 pontos percentuais do fim do racionamento.(Tribuna da Imprensa-24.01.2002)
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6- Consumo de energia no Brasil cresce acima da média
mundial |
O consumo de energia no Brasil cresceu a um ritmo quatro vezes
superior à média mundial nos últimos dez anos e o país ocupa a
décima segunda posição entre os maiores geradores de energia primária
do mundo. O levantamento é da empresa inglesa BP, que faz um acompanhamento
do consumo mundial de energia nos últimos 35 anos envolvendo 71
países. Naquele ano, o Brasil participava com apenas 0,50% da
energia primária disponível no mundo. Mas o país vem ganhando
posição, com a participação subindo para 0,64% em 1970, 1,13%
em 1980, 1,14% em 1990 e atingindo a maior participação em 2000,
quando o País passou a gerar e consumir 15% da energia disponível
no mundo. Em termos anuais, o País está crescendo a um ritmo de
4% ao ano, enquanto a média mundial é de pouco acima de 1%. (O
Tempo - 24.01.2002)
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7- Aneel responsabiliza ONS e Cteep |
A Aneel decidiu notificar o ONS e a Companhia de Transmissão de
Energia Elétrica Paulista (CTEEP) por causa do apagão de 21.01,
que deixou sem energia dez Estados e o Distrito Federal. O ONS
e a empresa do governo paulista terão 15 dias para apresentar
suas defesas ao longo do processo administrativo aberto no dia
23.01. O diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, disse que a
multa máxima que poderá ser imposta ao ONS será de até R$ 3 mi.
A CTEEP poderá pagar uma multa de até R$ 8 mi. A CTEEP foi notificada
porque se constatou falhas na manutenção do cabo que se rompeu
na linha de transmissão entre Ilha Solteira e Araraquara. Já o
processo administrativo contra o ONS se deu pela demora no restabelecimento
da energia, principalmente nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
(Gazeta Mercantil - 24.01.2002)
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8- Parafuso frouxo teria iniciado blecaute no país |
Um parafuso frouxo que fixava o espaçador de um dos cabos de uma
linha de transmissão da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira até
Araraquara, em São Paulo, soltou-se e desencadeou o blecaute que,
no dia 21.01.2002, deixou sem energia dois terços do Centro-Sul
do país. A usina pertence à CTEEP. Em relatório divulgado no dia
23.01, a Aneel concluiu que, sem a sustentação desse parafuso,
o cabo se rompeu e provocou curto-circuito na linha ao esbarrar
num outro cabo. O curto provocou sobrecarga na linha, fazendo
com que o sistema de proteção desligasse as duas linhas. O sistema
passou a usar, então, duas linhas restantes, que foram incapazes
de distribuir adequadamente a energia acumulada, ficando sobrecarregadas,
e também sendo desligadas automaticamente. A usina, que tem seis
linhas de transmissão, estava operando com apenas quatro porque
duas estavam em manutenção autorizada pelo ONS. (O Globo - 24.01.2002)
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9- Apagão foi causado por sucessão de falhas |
As primeiras informações que chegaram à Aneel sobre o blecaute
que atingiu o país na segunda-feira revelam uma sucessão de falhas
CTEPP e do ONS, responsabilizados pelo episódio. Houve deficiências
na manutenção das linhas de transmissão, dos mecanismos de segurança
e na solução do problema. A primeira falha verificada foi a ruptura
de um parafuso de sustentação de um dos condutores da linha que
liga a usina de Ilha Solteira à subestação de Araraquara. O problema
poderia ter sido encerrado aí, mas as anormalidades seguintes
fizeram com que o blecaute se espalhasse por dez Estados além
do Distrito Federal. "O normal era o sistema de segurança ter
desligado essa linha", disse José Mário Miranda Abdo, presidente
do órgão regulador. Não foi o que ocorreu. Uma segunda linha,
vizinha e paralela à primeira e com o mesmo destino, também foi
desligada. A usina de Ilha Solteira tem seis linhas de transmissão,
só que outras duas também estavam fora de operação por determinação
do ONS. Uma para manutenção (Ilha Solteira-Bauru) e outra (Ilha
Solteira-Água Vermelha) por estratégia de operação do operador
do sistema. Todas as seis linhas têm tensão de 440 quilovolts.
O fato de ter apenas duas linhas funcionando gerou um desequilíbrio
entre carga e geração, comprometendo o escoamento da energia gerada
por Ilha Solteira, usina da Cesp. (Valor Econômico-24.01.2002)
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10- Sistema de segurança devia ter isolado o problema
à região de Ilha Solteira |
Mesmo com todas as adversidades que se aliaram à queda do cabo
que ia de Ilha Solteira a Araraquara, o sistema de segurança deveria
ter isolado o problema à região, já que não conseguiu fazê-lo
para a primeira linha com deficiência. O isolamento deveria ter
ocorrido com um sistema de ilhamento instalado depois do blecaute
de 99, exatamente para evitar casos com a mesma proporção daquele.
Isso também não ocorreu. "A magnitude foi além do que seria razoável.
Uma abrangência desproporcional à natureza do problema", disse
José Abdo, presidente da Aneel, que elaborou as constatações preliminares,
divulgadas ontem, com base em informações do ONS, da CTEEP, da
Cesp e de Furnas. (Valor Econômico-24.01.2002)
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11- Perda temporária de sistema do ONS provocou duração
maior do blecaute |
As falhas continuaram
após a energia ter caído na segunda-feira. Com o problema atingindo
dez Estados, além do Distrito Federal, o restabelecimento do sistema
deveria ter ocorrido em tempo mais curtos. Em algumas cidades
do Rio de Janeiro e de São Paulo, a volta à normalidade demorou
mais de quatro horas. Uma das razões disso é que o ONS, responsável
pela solução, também foi atingido pelo blecaute e perdeu temporariamente
o sistema de supervisão e controle. "Isso interfere e impacta
o tempo de restabelecimento", disse Abdo. (Valor Econômico-24.01.2002)
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12- Presidente do ONS diz que não houve sobrecarga
do sistema |
O presidente do ONS, Mário Santos, afirmou ontem que, no momento
do acidente que causou o blecaute de segunda-feira, duas linhas
de transmissão do circuito de Ilha Solteira estavam paradas para
manutenção. Os técnicos do ONS estão analisando se isto pode ter
contribuído para que o problema ganhasse a extensão que teve,
atingindo dez Estados e o Distrito Federal. As linhas que estavam
fora de operação tinham autorização do ONS para serem retiradas
do circuito. Mesmo assim, Mário Santos garante que não houve sobrecarga
na rede naquele momento. Segundo ele, o sistema da bacia do Rio
Paraná, onde estão instaladas as linhas de transmissão atingidas,
tem capacidade de carga de 7 mil MW. Na hora do acidente, salientou,
a carga era de 3 mil MW. (O Estado de São Paulo-24.01.2002)
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13- ONS se nega a apontar culpados pelo apagão |
Mário Santos, presidente do ONS disse que não vai indicar os culpados
pelo apagão. "O ONS não responsabiliza ninguém, só aponta a origem
do problema", alegou. Segundo o relatório elaborado em conjunto
com técnicos das empresas que atuam na região, houve uma falha
no sistema de proteção da linha 1 do circuito de Ilha Solteira.
A proteção, chamada de relé, desligou a linha, que não apresentava
nenhum problema, logo após o rompimento da linha 2. As duas linhas
que estavam fora de operação eram a que liga a Ilha Solteira a
Bauru, que parou para a execução de um serviço de modernização
do sistema de proteção, e a que segue para a usina de Água Vermelha,
no rio Paraná. Esta última estava em fase experimental de operação
e seu funcionamento era mantido em horários alternados. No momento
do acidente, estava desligada. (O Estado de São Paulo-24.01.2002)
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14- José Jorge diz que medidas para implementar segurança
só serão tomadas depois de análise |
Em Brasília, o ministro de Minas e Energia, José Jorge, disse
que qualquer medida para aumentar a segurança do sistema só será
tomada pelo governo depois da análise do detalhamento técnico
sobre as causas do blecaute. Ele disse ainda que o governo está
fazendo um levantamento sobre o que foi ou não implantado do projeto
de segurança criado para corrigir as distorções do sistema, após
o apagão de 1999. (O Estado de São Paulo-24.01.2002)
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15- Concentração da oferta reduz segurança do sistema |
A concentração da produção de energia elétrica em poucas e grandes
usinas é mais prejudicial à segurança do sistema que a interligação
das linhas de transmissão. Isso porque acaba acentuando os quadros
de anormalidade, como o do dia 21.01, quando a queda de duas linhas
de transmissão da usina de Ilha Solteira provocou o desligamento
do sistema elétrico em 10 Estados do País. "Mesmo a queda de duas
linhas não deveriam ser suficientes para derrubar todo o sistema",
diz Carlos Augusto Kirchner, diretor do Sindicato dos Engenheiros
do Estado de São Paulo. Por isso, a cada apagão, ganham força
as vozes que defendem a revisão da atual estrutura do sistema
elétrico e a instalação de usinas menores nas proximidades dos
grandes centros de consumo. "Com isso, você reduz os problemas
de estabilidade e as perdas de energia que ocorrem na transmissão",
diz Cecilia Negri de Magalhães, consultora especializada em mercados
e confiabilidade do sistema elétrico. (Gazeta Mercantil - 24.01.2002)
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16- Governo vai averiguar plano de segurança do setor
elétrico |
O ministro de Minas e Energia, José Jorge, afirmou no dia 23.01
que o governo vai averiguar por que o plano de segurança do setor
elétrico, que começou a ser implantado em março de 2000 e que
deveria ter sido concluído em julho do ano passado - ou seja,
há seis meses - não funcionou esta semana, quando ocorreu o blecaute
em dez estados e no Distrito Federal. O governo federal investiu
R$ 16 mi no sistema e a iniciativa privada deveria investir outra
parcela para garantir a segurança. "Vamos ver o que foi e o que
não foi implantado. Ainda existem algumas medidas a serem efetivadas",
disse José Jorge. (O Globo - 24.01.2002)
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17- ONS tenta evitar apagão com térmicas |
O ONS vai implementar manobras para poupar regiões contempladas
por térmicas de blecautes como o que ocorreu segunda-feira,
dia 21.01. O sistema interligado terá de ser remodelado para
comportar as novas 36 usinas previstas no Programa Prioritário
de Termelétricas (PPT) e o ONS corre contra o tempo para que
a energia térmica sirva não apenas de alternativa às hidrelétricas,
mas também funcione para atender a consumidores em casos de
pane no sistema interligado. Segundo informação oficial do ONS,
na pior das hipóteses, pretende-se reduzir o tempo de escuridão
nas áreas onde as térmicas podem ser opção. A continuidade no
funcionamento de térmicas como Jorge Lacerda A e B (SC) e o
Complexo Candiota (RS), com quatro térmicas, localizadas na
Região Sul, explicam porque a região ficou no máximo meia hora
sem energia, enquanto estados como Rio, São Paulo e Espírito
Santo levaram quatro horas para normalizar seus sistemas. O
primeiro passo do ONS é reavaliar os sistemas de proteção das
térmicas. Como são mais sensíveis a oscilações do sistema ficam
mais vulneráveis ao desligamento automático de máquinas, mesmo
sem necessidade. (O Globo - 24.01.2002)
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18- CPFL quer orientação da Aneel para indenizar
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A CPFL informou ontem que só irá orientar os consumidores
que tiveram danos em aparelhos eletroeletrônicos no apagão
de segunda-feira depois de receber uma resolução da Aneel,
esclarecendo como agir no caso. Entretanto, segundo a agência
reguladora, as distribuidoras devem indenizar o consumidor
em caso de queda de tensão, independentemente da causa. Outras
empresas já adiantaram que irão ressarcir aqueles que provarem
ter sido prejudicados com o blecaute. A Bandeirante, por exemplo,
explicou que o procedimento será o mesmo que costuma ser adotado
no caso de queda de tensão. A Light, do Rio, divulgou comunicado
orientando consumidores a encaminhar carta, com data e horário
da ocorrência, além de detalhes sobre o aparelho queimado.
A empresa se compromete a responder em aproximadamente dez
dias úteis e encaminhar a indenização em até 90 dias. (O Estado
de São Paulo-24.01.2002)
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19- Procon diz que distribuidoras têm que indenizar
danos do apagão |
O assessor de diretoria do Procon-SP, Dante Kimura, afirmou
que a responsabilidade, no caso de queda de tensão, é da distribuidora.
"Caso a distribuidora não se pronuncie ou não dê uma resposta
à altura, deve-se procurar os órgãos de defesa do consumidor,
a Aneel, a Comissão de Serviços Públicos ou até mesmo a Justiça
comum", disse. No caso das empresas prejudicadas com o apagão,
a orientação é procurar um advogado para entrar com ação judicial.
O Idec informou que vai esperar um laudo definitivo sobre
os motivos do blecaute para saber quais medidas serão tomadas.
As possibilidades incluem uma ação coletiva na Justiça. (O
Estado de São Paulo-24.01.2002)
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20- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação
do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica
e energia armazenada, clique aqui.
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1- Brasil é o décimo-segundo país em geração de energia |
O consumo de energia elétrica no Brasil cresceu a um ritmo quatro
vezes superior à média mundial e o país ocupa hoje a décima segunda
posição entre os maiores geradores de energia do mundo. O levantamento
foi feito pela empresa inglesa BP que faz um acompanhamento do
consumo mundial de energia nos últimos 35 anos. No início, o Brasil
participava com apenas 0,5% da energia elétrica disponível no
mundo e, desde então, vem ganhando posições, com a participação
subindo para 0,64% em 1970, 1,13% em 1980, 1,14% em 1990, atingindo
a maior participação em 2000, quando o país passou a gerar 1,5%
da energia elétrica disponível no mundo. Em termos anuais, o País
está crescendo a um ritmo de 4% ao ano, enquanto a média mundial
está pouco acima de 1%. A diferença a favor do Brasil já foi maior.
Nos anos 70, por exemplo, ainda segundo os dados da BP, o consumo
de energia no país crescia ao ritmo de 8,9% ao ano, mas este ritmo
"despencou" nos anos 80 para 2,2% ao ano. Na década passada, portanto,
o consumo de energia no país cresceu duas vezes mais rápido do
que nos 10 anos anteriores, denominada de "década perdida". (Tribuna
da Imprensa-24.01.2002)
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2- Energia e petróleo lideraram ranking de fusões em
2001 |
As companhias energéticas lideraram, no último trimestre do ano
passado, o ranking setorial de fusões e aquisições, de acordo
com pesquisa realizada pela KPMG. O estudo indica a realização
de 14 transações de companhias energéticas no período, 13 delas
envolvendo somente capital nacional. No acumulado do ano, contudo,
as companhias energéticas ficaram na segunda posição entre os
setores com maior número de fusões e aquisições, perdendo apenas
para a indústria de petróleo, que manteve a liderança do ranking
setorial com um total de 40 transações realizadas ao longo do
ano passado. Desse total, 31 operações ocorreram mediante desembolso
de capital estrangeiro. A liderança do setor de petróleo no ano
passado é reflexo direto da terceira rodada de licitações de áreas
de produção e exploração de petróleo e gás natural, realizada
em junho pela (ANP), que movimentou cerca de R$ 594 milhões. Tanto
é que, no último trimestre, a área nem aparece entre os 24 primeiros
setores avaliados pelo estudo. Na rodada de licitações da ANP,
foram licitadas 34 áreas, de um total de 53 ofertadas, arrematadas
por 22 empresas de 12 países. (Tribuna da Imprensa-24.01.2002)
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3- Houve total de 36 fusões ou aquisições no setor
elétrico em 2001 |
No levantamento anual de fusões, as companhias energéticas asseguraram
a segunda posição, com um total de 36 transações. Deste total,
28 transações foram de capital doméstico. Em uma série histórica
com início em 1994, a KPMG constatou que os setores de petróleo
e energético registraram recordes nas transações de fusões e aquisições.
Na indústria de petróleo, o recorde anterior era de 28 transações,
em 2000. No mesmo ano, as companhias estrangeiras haviam registrado
o maior número de aquisições e fusões (20 transações). (Tribuna
da Imprensa-24.01.2002)
Índice
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4- SP foi estado com maior número de fusões e aquisições
em 2001 |
Considerando um total de 87 transações registradas no último trimestre
do ano passado, o estudo da KPMG detectou que o Estado de São
Paulo foi palco do maior número de operações de fusões e aquisições,
abrigando 41,4% do total. Com isso, apenas se confirmou uma tendência
verificada no ano: no acumulado de 2001, 38,8% das transações
ocorreram em território paulista. (Tribuna da Imprensa-24.01.2002)
Índice
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5- EUA são maiores aportadores de capital estrangeiro
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Em se tratando de capital estrangeiro, os Estados Unidos lideraram
as transações no ranking de fusões do último trimestre do ano
passado, com 12 operações (32,5% do total), seguidos de Portugal,
com cinco (13,5%). No acumulado do ano passado, os Estados Unidos
se mantiveram na ponta, com 81 transações (41,5% do total), sendo
que a segunda posição foi ocupada pela Espanha, com 17 transações
(8,7%). (Tribuna da Imprensa-24.01.2002)
Índice
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6- Minoritários da Cemig reclamam dívida de R$ 336
mi do governo de MG |
A Associação Nacional dos Investidores do Mercado de Capitais
(Animec) está ressuscitando uma dívida a ser cobrada a favor da
Cemig. O governo mineiro estaria inadimplente, segundo a Animec,
em R$ 336 mi com sua empresa elétrica. O presidente da Animec,
Waldir Corrêa, explica que o montante é resultado do acordo feito
em 1993 entre governos estaduais e federal com todas as empresas
de energia do País. Na ocasião, havia um rombo aproximado de R$
32 bi no setor elétrico, em conseqüência das perdas acumuladas
pelas companhias, cujas tarifas de energia eram controladas pelo
governo como arma contra a inflação. Na hora de acertar a conta
e preparar o setor para a privatização, a fatia a ser paga pelo
governo do Estado de Minas Gerais à Cemig foi de R$ 336 mi, agora
reclamada pela Animec. A associação está atendendo a pedidos dos
próprios acionistas que questionaram a emissão de R$ 625 mi em
debêntures, concluída pela Cemig em dezembro de 2001. O argumento
dos acionistas é de que essa forma de captação de recursos sai
muito mais cara à companhia, o que seria desnecessário, uma vez
que há um crédito a receber. (Gazeta Mercantil - 24.01.2002)
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7- Eletrosul inaugura linha Blumenau-Itajaí e subestação
de Itajaí |
O abastecimento de energia elétrica no Médio Vale do Itajaí e
no Litoral de Santa Catarina ganham um reforço a partir de 24.01,
com a inauguração da nova linha de transmissão Blumenau-Itajaí
e da subestação de Itajaí. Resultado de investimentos da ordem
de R$ 48 mi e de nove meses de trabalho, as obras deverão resolver
problemas de abastecimento enfrentados por cidades da região,
beneficiando cerca de 1,1 milhão de pessoas. "A obra proporcionará
atendimento adequado à região, principalmente ao Litoral, melhorando
a qualidade do abastecimento e garantindo o suporte necessário
para o período de temporada", afirma João Paulo Kleinübing, presidente
da Eletrosul. (Jornal de Santa Catarina - 24.01.2002)
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8- Fatma licencia PCH em Santa Catarina |
A Fundação do Meio Ambiente (Fatma) libera no dia 24.01.2002 a
licença ambiental de instalação (LAI) para a pequena central hidrelétrica
(PCH) Capivari, da Cooperativa de Eletrificação Rural de Braço
do Norte, no Sul de Santa Catarina. A usina vai gerar 12 MW de
potência e o início da obra está previsto para maio. A usina hidrelétrica
estará sediada no município de São Martinho. A usina será construída
pela Cerbranorte, que investirá 20% em recursos próprios e captará
80% em financiamentos a serem definidos. Depois de concluída,
a usina hidrelétrica proporcionará uma redução de 10% no custo
de energia na região. O empreendimento deve beneficiar o fornecimento
de energia aos moradores das cidades pertencentes à Associação
dos Municípios da Região Lagunar (Amurel), como Rio Fortuna, São
Martinho e Braço do Norte, entre outros. (Diário Catarinense -
24.01.2002)
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9- Investco vai emitir R$ 250 mi em debêntures para
concluir usina de Lajeado |
A Investco, empresa que administra os ativos da usina de Lajeado
(TO), concluirá nos próximos dias a emissão de R$ 250 mi de debêntures.
O objetivo do negócio é substituir um empréstimo de curto prazo
e investir na conclusão das obras da hidrelétrica, segundo informou
Antônio José Sellare, diretor-financeiro da EDP Brasil, uma das
sócias no projeto ao lado do Grupo Rede, da CEB e da CMS. A previsão
é de que a hidrelétrica, que terá capacidade instalada total de
902,5 MW, seja concluída no segundo semestre de 2002. O projeto,
que faz parte do Programa Emergencial do governo, receberá um
investimento de US$ 1,4 bi. (Canal Energia - 23.01.2002)
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1- Regulamentação do MBE deve sair até o dia 1º |
O governo deverá divulgar até o dia 1º de fevereiro a MP que detalha
o funcionamento do MBE, que substituirá o já extinto MAE. A promessa
foi feita ontem a empresários pelo diretor do BNDES, Octavio Castello
Branco. E o detalhamento dos 18 pontos que constam do plano de
revitalização do setor, anunciado pelo governo federal há duas
semanas, poderá mesmo ser anunciado amanhã. Na pauta da reunião
de ontem, os empresários levantaram algumas preocupações. A principal
dúvida é de como ficarão os créditos e débitos que ainda não foram
liquidados no MAE e ainda estão pendentes. "Discutimos também
a necessidade de termos regras estáveis, já que a interferência
da Aneel no MBE pode criar instabilidade", diz o consultor do
Grupo Rede, Fernando Quartim. (Valor Econômico-24.01.2002)a
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2- Leilão Bovespa/Asmae fecha sem negócios em energia |
A falta de ofertas para compra no leilão de excedentes operado
pela Bovespa e pela Asmae, inviabilizou a conclusão de negócios
no dia. O pregão registrou de 23.01.2002 uma única proposta de
venda, com a oferta de 100 MWh ao preço mínimo de R$ 120 o MWh.
(Gazeta Mercantil - 23.01.2002)
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1- Inflação segura juros em 19% pelo sexto mês |
A seca na região Sul do país e as chuvas nas demais áreas atingiram
a safra agrícola e tiveram efeito perverso sobre a inflação em
janeiro. O preço dos produtos "in-natura" subiu e foi refletido
nos primeiros índices de inflação do ano, que ficaram acima do
esperado. Esse foi um dos motivos que levou o Comitê de Política
Monetária do Banco Central (Copom) a manter os juros básicos da
economia, a meta Selic, inalterados em 19% ao ano, sem viés (tendência
que permite ao presidente do BC alterar os juros antes da próxima
reunião do Copom), pelo sexto mês consecutivo. (Gazeta Mercantil
- 24.01.2002)
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2- Mercado aposta na redução dos juros mesmo que no
médio prazo |
No dia 23.01.2002, as projeções para os juros futuros negociadas
na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) fecharam abaixo dos juros
básicos da economia. Entre os contratos mais negociados, o de
fevereiro passou de 18,98% para 18,96% ao ano. A taxa de abril
saiu de 18,96% para 18,93% ao ano. O contrato de julho foi de
19,10% para 18,98% ao ano. "O dia foi de poucos negócios e o mercado
aposta na redução dos juros mesmo que no médio prazo", disse um
operador da Corretora Magliano. (Gazeta Mercantil - 24.01.2002)
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3- Dólar fecha com leve alta |
No dia 23.01.2002, no mercado interbancário de dólar, a cotação
da moeda norte-americana fechou com leve alta de 0,21%, negociado
a R$ 2,385, na venda. O dia foi de poucos negócios e a Ptax, média
das cotações apurada pelo BC, ficou em R$ 2,3804, alta de 0,58%.
Na BM&F, os contratos de fevereiro e março subiram 0,20% para
R$ 2,398 e R$ 2,427. (Gazeta Mercantil - 24.01.2002)
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4- Valorização do real reduz a dívida mobiliária |
A valorização de 8,2% do real frente ao dólar em dezembro reduziu
o estoque da dívida pública mobiliária federal interna para R$
624,08 bi, valor 0,45% menor que o registrado em novembro, de
R$ 626,93 bi. O montante do mês passado é o mais baixo desde agosto,
voltando, portanto, a níveis registrados antes da tragédia americana
de 11 de setembro, mas ainda ficou 22,2% acima dos R$ 510,7 bi
de dezembro de 2000. (Gazeta Mercantil - 24.01.2002)
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1- Custo da energia e racionamento ameaçam ferro-ligas
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O aumento das tarifas de energia elétrica para atrair capitais
para os setores de geração e transmissão pode inviabilizar a retomada
das posições perdidas pelas indústrias brasileiras de ferro-ligas
e de silício metálico no mercado internacional em 2001. O setor
tem nas exportações 70% de seus negócios. "A eletricidade pesa
30% em nossos custos variáveis e o aumento de 7,9% praticado recentemente
já tirou boa parte da competitividade que precisamos ter para
não sermos excluidos do mercado mundial. Novos aumentos desses
custos poderão ser fatais para o setor", afirma Marco Antônio
Marques Jordão, presidente da Cia. Brasileira de Carbureto de
Cálcio (CBCC) e vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores
de Ferro-Ligas e de Silício Metálico (Abrafe). Além disso, o racionamento
de 25% no consumo de eletricidade, em vigor desde junho de 2001
e que ainda permanece, provocou perdas de produção e impediu as
indústrias de ferro-ligas de participarem de concorrências. (Gazeta
Mercantil - 24.01.2002)
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1- Tractebel e AES interessadas em leilão de elétricas
no Peru |
Cinco interessados adquiriram o edital do leilão das geradoras
elétricas peruanas Egasa, Egesur e Egecen, previsto ainda para
o primeiro semestre deste ano. Entre essas empresas estão a belga
Tractebel e as americanas AES e Duke Energy. Em relação às ex-empresas
da Jorbsa, há três interessadas no leilão: além da Tractebel e
da AES, também comprou o edital a espanhola Unión Fenosa. No caso
das empresas de transmissão elétrica Etecen e Etesur, quatro interessados
compraram as bases do leilão, entre eles a Redesur, a Hidroquebec
Internacional e a Isa. As informações são do diretor executivo
da Copri, Pedro Sánchez. (Gestión-24.01.2002)
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2- Codelco pode entrar no negócio de geração elétrica
no Chile |
Analistas e fontes do setor elétrico não descartam a possibilidade
de que a empresa mineradora chilena Codelco participe no negócio
de geração elétrica e seja um novo operador do Sistema Interconectado
Central (SIC). Isto porque é uma das seis empresas interessadas
em participar na licitação do fornecimento da Chilectra, distribuidora
controlada pela Enersis, e porque conta com equipamentos de geração
próprios. Entretanto, uma fonte ligada a Codelco admitiu ao jornal
Estrategia que a companhia comprou o edital só para conhecer as
condições do processo de licitação da elétrica, mas não quis dizer
se a estatal está interessada em ser um novo ator do mercado elétrico.
" A idéia é estudar as bases, ver alguns detalhes, conhecer mais
do negócio e compará-las com nossas licitações de fornecimento."
Além disso, fontes do setor insistem que só podem participar do
leilão as geradoras que efetuem aportes de eletricidade no SIC,
ou seja, a Codelco teria que criar uma filial elétrica para virar
uma geradora. (Estrategia-24.01.2002)
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3- Grupo de credores pede que corte federal aponte
examinador ou guardião para a Enron North America |
Um
grupo de credores da Enron pediu à corte de concordatas para que
apontasse um administrador ou investigador independente para uma
das subsidiárias chave da Enron, a Enron North America, à medida
que aumentam as preocupações sobre a capacidade do grupo de se
reestruturar com sucesso. O pedido é o primeiro sinal de que as
investigações federais, congressuais e regulatórias no grupo poderiam
afetar os esforços da Enron de reestruturar-se sob o capítulo
11 da lei de concordatas. Relatos que funcionários da Enron destruíram
documentos importantes depois que começou a investigação federal
trouxeram urgência ao pedido, de acordo com nove credores liderados
pela Wiser Oil, empresa texana de exploração e produção de petróleo
e gás natural. Na sua petição, o grupo de credores pede que a
corte ordene à Enron North America a assegurar e preservar todos
os seus livros, registros e arquivos à espera de um examinador
ou guardião. A corte deve ouvir a moção em 20 de fevereiro. (Financial
Times-24.01.2002)
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4- Dynegy divulga balanço e diz continuar interessada
em fusões e aquisições |
A mal-sucedida tentativa de fusão da Dynegy com a Enron não afetará
o apetite da companhia por explorar outras fusões ou aquisições
que sejam vantajosas para a competitividade da firma, disse o
CEO Chuck Watson ontem. Watson disse que a companhia está buscando
uma subida nos negócios de energia agora que a Enron está praticamente
fora do mercado. As companhias industriais vêem os preços atuais
como estando num bom nível para a transação de contratos de fornecimento,
disse o presidente da Dynegy, Steve Bergstrom. A Dynegy, que ontem
anunciou um ingresso líquido de US$ 77 mi no último trimestre
do ano passado, 27% a menos que no mesmo período de 2000, está
projetando uma taxa de crescimento de 15% a longo prazo. Para
melhorar seu balanço patrimonial, a Dynegy anunciou que pretende
vender algumas usinas deficitárias para economizar US$ 750 mi
por ano. (Platts-24.01.2002)
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5- Rumsfeld desmente ter possuído ações da Enron |
O Secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, declarou ontem
que não possuía nenhuma ação da Enron. A declaração foi uma resposta
a notícias que divulgavam que Rumsfeld possuía de US$ 1.000 a
US$ 15.000 em ações da firma quando foi indicado para o cargo
pelo presidente George W. Bush. Na sua declaração, Rumsfeld admitiu
que sua mulher, Joyce, possuía 100 ações da Enron no ano passado,
através de um investimento numa organização que criara um fundo
para replicar o índex de 500 firmas do Standard & Poor´s. Joyce
se desfez das ações no fundo em 13 de fevereiro do ano passado,
quando a ação da Enron valia cerca de US$ 70. Isto aconteceu cerca
de três semanas depois de Rumsfeld ser confirmado no cargo pelo
Senado. (New York Times-24.01.2002)
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6- Senado americano pede que Enron divulgue suas declarações
de renda |
O Comitê de Finanças do Senado norte-americano ontem pediu à Enron
que divulgasse as declarações de renda da companhia. Numa carta
ao executivo-chefe de finanças da Enron, o senador Max Baucus,
que preside o comitê em questão e o senador Charles Grassley,
líder republicano do comitê, disseram ser fundamental que o público
e o congresso tenham um melhor entendimento das atividades e transações
relatadas às declarações de renda e programas de aposentadoria
da Enron. Na semana passada, o New York Times reportou que a Enron
não pagou impostos sobre seus lucros em quatro dos últimos cinco
anos e que ganhou US$ 382 mi em reembolso. O comitê planeja que
o exame das declarações de renda possa começar no início de março.
O porta-voz da Enron, Vance Mayer, não quis comentar sobre o assunto.
(New York Times-24.01.2002)
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7- Kenneth Lay não é mais o presidente da Enron |
O presidente da Enron, Kenneth Lay, se demitiu ontem, 52 dias
depois da empresa que dirigia desde a sua criação, em 1986, abrisse
concordata. Lay deve testemunhar ante duas comissões do Congresso
dos EUA no próximo dia 4. Lay explicou que sua decisão de abandonar
a presidência da firma se produziu de acordo com um comitê de
credores da empresa porque as investigações sobre a quebra não
lhe deixavam tempo para dirigi-la da maneira adequada. " Quero
que a Enron sobreviva, e para que isso ocorra, precisamos de alguém
à sua frente que possa concentrar 100% de seus esforços na reorganização
da companhia e na preservação de seu valor para os nossos credores
e funcionários" , disse o presidente. Lay, que se aposentará como
funcionário da Enron, seguirá no conselho de administração da
companhia. O conselho, junto com os credores, busca agora um substituto,
um especialista que ajude a tirar a companhia da falência. (El
Mundo-24.01.2002)
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8- Ex-sócio da Andersen recusa-se a testemunhar hoje
sobre auditoria na Enron |
David Duncan, o ex-sócio da Andersen encarregado de auditar as
contas da Enron, não testemunhará hoje na Câmara dos Deputados
dos EUA a menos que se lhe garanta a imunidade e que seu testemunho
não será utilizado contra ele. Duncan, que foi demitido pela Andersen
sob suspeita de Ter comandado a destruição de documentos sobre
a auditoria na Enron, recebeu ontem uma notificação legal da Subcomissão
de Investigações de Comércio e Energia da Câmara para que testemunhe
e ajude a esclarecer a quebra da Enron. Entretanto, o advogado
de Duncan, Robert Giuffra, escreveu em carta à subcomissão que
é prematuro exigir que seu cliente testemunhe neste momento. A
carta indica que Duncan, que não teve acesso até terça passada
a uma série de arquivos pessoais seus na Andersen, indica que
Duncan invocará a Quinta Emenda que lhe dá o direito constitucional
de não depor hoje. (El Mundo-24.01.2002)
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9- Advogados de acionistas da Enron entram com petição
para proteger documentos |
A Enron, que colocou guardas de segurança na sua sede para evitar
que se destruam mais documentos, colabora também com a investigação
do FBI que pretende determinar que documentos desapareceram da
sede central da empresa. Cerca de 40 advogados, que representam
dezenas de acionistas e investidores da Enron, apresentarão à
auditora Arthur Andersen uma petição para ter acesso aos documentos
relacionados com a contabilidade da Enron. Se prevê que a juíza
federal Melinda Harmon anuncie a sua decisão a respeito. Nessa
petição, os advogados querem que a juíza lhes autorize a receber
declarações juradas do ex-presidente da Enron, Kenneth Lay, e
do principal auditor da firma, David Duncan. Também solicitaram
que todos os papéis relacionados com a auditoria da Enron- incluindo
os triturados- sejam transladados a um lugar mais seguro e custodiado
por agentes federais. (El Mundo-24.01.2002)
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10- Lucro da Dynegy cresce 58% e atinge US$ 713 mi
em 2001 |
A Dynegy Inc. apresentou em 2001 um crescimento de receita da
ordem de 47% em relação ao ano anterior, o que elevou o faturamento
para US$ 42,242 bi. Com esse resultado, o lucro líquido de uma
das maiores companhias de energia elétrica do mundo sofreu acréscimo
de 58% em comparação com 2000, chegando a US$ 713 mi.O balanço
financeiro da Dynegy era um dos mais esperados do mercado. O desempenho
da corporação revela a exposição à falência da Enron. Até o fim
do ano passado, a Dynegy estava prestes a fechar acordo com a
empresa concordatária. A desistência do negócio detonou o processo
de falência da Enron. A exposição da Dynegy, segundo dados revelados
pela companhia, chega a US$ 78 mi. (Gazeta Mercantil-24.01.2002)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Ana Clara Cruz, Fernando Fernandes, Pedro Furley, Rodrigo
Rötzsch
e Silvana Carvalho.
Webdesigner:
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Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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sobre as empresas do setor
www.eletrobras.gov.br/provedor
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