1- Governo mudará política de tarifas na transmissão |
Uma
das primeiras medidas do governo, após o blecaute de segunda feira,
deverá ser a mudança na política de tarifas do sistema de transmissão
de energia elétrica. Alterações na forma de tarifação são vistas
pelo governo como fundamentais para atrair investimentos e expandir
a rede de transmissão. Hoje o custo de transmissão, pago pelos
consumidores, praticamente desconsidera a distância entre a origem
e o destino da energia. A cobrança da tarifa é feita como se fosse
um pedágio para cerca de 70% a 80% da energia transportada. Só
na parcela restante é que está embutido um diferencial de preço
que leva em conta as distâncias.O plano de revitalização do setor,
anunciado há duas semanas e que será detalhado nesta sexta-feira,
deverá inverter essa lógica. O governo pretende tornar mais atrativos
os investimentos na expansão das linhas de transmissão, um dos
gargalos para o crescimento da oferta de energia. Se isso acontecer,
os consumidores mais próximos dos centros de geração pagarão menos
do que os que vivem em regiões mais distantes. (Valor Econômico-23.01.2002)
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2- Projeto tenta preservar receita de ICMS sobre a
energia elétrica |
A fim de preservar a receita de ICMS obtida pelos estados com
a tributação de energia elétrica, o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE)
quer que a Comissão de Assuntos Econômicos aprove projeto de sua
autoria, determinando que a incidência desse imposto alcance todas
as etapas, desde a produção ou importação até a destinação final,
incluindo transmissão, distribuição, conexão, conversão e comercialização.
O senador argumenta que a lei em vigor já destina por inteiro,
à unidade da federação onde ocorrer o consumo, a receita do ICMS
cobrado sobre energia elétrica. Após a privatização das empresas
distribuidoras de energia elétrica e o surgimento da Aneel, estariam
ocorrendo significativas modificações nesse mercado, notadamente
com o fracionamento da operação de fornecimento, em face da introdução
de novos agentes no processo. Referindo-se à expressividade da
receita que os estados obtém com a tributação de energia elétrica,
Lúcio Alcântara disse que os estados se preocupam com o surgimento
de possíveis questionamentos judiciais, que teriam sérios reflexos
na manutenção da integridade da receita do ICMS obtida. Com esse
projeto, Lúcio Alcântara pretende adaptar a legislação à nova
realidade do mercado. (Canal Energia - 23.01.2002)
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1- Reservatórios do Sudeste atingem 43,67% |
O nível médio dos reservatórios das principais usinas do Sudeste/Centro-Oeste
chegou, no dia 21.01, a 43,67%. . A atual situação aponta que
os reservatórios estão com uma folga de 0,28% em relação à curva
guia. Já no Nordeste, a recuperação dos lagos também ocorre de
forma animadora. Os reservatórios das regiões alcançaram, no dia
21.01, o percentual de 32,27%, ante o resultado de 28,78% verificado
na última sexta-feira, dia 18.01. A previsão da Câmara de Gestão
da Crise de Energia (GCE) é de que o Nordeste e o Sudeste saiam
juntos do racionamento, quando atingirem um mínimo de 50% no estoque
de energia. (Gazeta Mercantil - 22.01.2002)
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2- Reservatórios do SE e do CO atingem curva guia mínima |
O nível dos reservatórios que abastecem as usinas hidrelétricas
nas regiões Sudeste e Centro-Oeste ultrapassou na segunda-feira
o limite inferior definido pelo Governo para o período, a chamada
curva-guia. O volume de água nas barragens alcançou, na noite
de segunda-feira, 43,67% da capacidade máxima. Esse nível está
0,28 ponto percentual acima da curva-guia inferior e é necessário
subir outros 6,72 pontos percentuais para dispensar o uso da energia
emergencial. O apagão ajudou a reduzir o consumo, principalmente
no Sudeste e no Centro-Oeste. Nessas duas regiões, o consumo na
segunda-feira foi de 20.703 MW médios. (Jornal do Commercio-23.01.2002)
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3- Governo avaliará segurança do sistema, diz MME |
O ministro de Minas e Energia, José Jorge, afirmou que o governo
concentrará esforços para avaliar a margem de segurança do sistema
elétrico interligado, com o objetivo de evitar que um defeito
isolado se propague por várias regiões do País como ocorreu no
dia 21.01 com o blecaute em dez Estados e o Distrito Federal.
"O sistema deveria ter tido um controle maior, para que o problema
ficasse circunstrito a uma área específica", disse. (Gazeta Mercantil
- 22.01.2002)
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4- ONS não dá prazo para distribuidoras enviarem relatórios |
O ONS não especificou prazo para que as distribuidoras de energia,
de 10 Estados brasileiros e do Distrito Federal, enviem seus relatórios
sobre o blecaute ocorrido no dia 21.01. De acordo com informações
da própria instituição, as concessionárias deverão entregar suas
documentações "quando tiverem concluído a apuração dos dados".
A diretriz vale, inclusive, segundo a assessoria de imprensa,
para a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP),
que opera a linha Ilha Solteira - Araraquara, de onde originou
a pane no sistema, a partir da queda de um cabo. (Gazeta Mercantil
- 22.01.2002)
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5- CTEEP diz que culpa de queda de energia não pode
ter sido exclusivamente sua |
Pela segunda vez, em menos de três anos, problemas nas linhas
de transmissão na área de concessão da Cesp - multada pelo blecaute
de 1999 - causaram distúrbios no país inteiro. No entanto, a CTEEP
e a secretaria de Energia de São Paulo rebatem as críticas de
que foram as únicas responsáveis pelo "apagão" que atingiu o país
na segunda-feira. "A empresa tem parte de responsabilidade, já
que o cabo se rompeu, mas esse problema localizado nunca poderia
ter tido tal alcance", disse o chefe de gabinete da secretaria
estadual, Henrique Gros.Segundo ele, outras falhas devem ter ocorrido
no sistema para que o problema tenha atingido várias cidades brasileiras.
A mais provável seria a falha do sistema de proteção existente
nas linhas de transmissão. O mecanismo visa a evitar o chamado
"efeito cascata". "Além do mais, é importante ressaltar que a
transmissão entre as várias regiões é interligada, sendo comandada
pelo ONS, que regula a entrada e saída de energia", afirmou. A
CTEEP já mandou fazer laudos laboratoriais para verificar o que
causou a ruptura do cabo de transmissão e está esperando os resultados,
para se pronunciar sobre o caso. A Aneel informou ontem que enviou
ofício à empresa e à Furnas, solicitando esclarecimentos sobre
o incidente. (Valor Econômico-23.01.2002)
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6- Fontes do setor acham estranhas razão e duração
do blecaute de anteontem |
Uma fonte do setor qualifica o blecaute de anteontem como muito
"estranho". Além de criticar a falha no sistema de proteção, o
empresário acha que demorou muito tempo para a luz voltar. Em
alguns Estados do país, a energia só voltou depois de mais de
quatro horas de espera. "No máximo, demoraria uma hora para religá-la",
comentou a fonte. Especialistas, porém, destacam o fato de que
as linhas de transmissão do Estado de São Paulo têm alguns problemas.
Seu padrão de qualidade seria mais baixo que a de outros Estados.No
entanto, para outra fonte do setor, será difícil "colocar um carimbo,
rotulando um único culpado". Para o empresário, a queda do cabo
desencadeou várias falhas, que não foram controladas pelo sistema
como deveriam ter sido. "Com certeza, houve mais de um problema."
A Cesp foi multada em R$ 3 mi pela falta de luz que atingiu dez
Estados brasileiros em março de 1999. Criada logo após esse incidente,
a CTEEP surgiu da cisão e desverticalização da Cesp. (Valor Econômico-23.01.2002)
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7- Queda de duas linhas causou o apagão |
O ONS descobriu que as causas do blecaute de 21.01 partiram de
duas linhas de transmissão, e não de apenas uma, conforme o anunciado.
A queda de um cabo de linha de transmissão que interliga a usina
de Ilha Solteira à subestação de Araraquara (SP) ocorreu simultaneamente
ao desligamento de uma outra linha ao lado. "Pode ter sido uma
falha do dispositivo de proteção da segunda linha, que não deveria
ter sido interrompida, mas ainda é cedo para concluir os motivos
que levaram ao desligamento das duas linhas", informou Mário Santos,
presidente do ONS, que ainda explica as conseqüências do desligamento
das duas linhas de transmissão ao restante do sistema interligado.
Santos afirmou que logo após a interrupção do funcionamento da
rede entre Ilha Solteira e Araraquara os sistemas subsequentes
não suportaram o escoamento da energia produzida naquela região.
Ele completou ainda que a segunda linha desligada que foi desligada
não foi danificada, ao contrário do que ocorreu a primeira. (Gazeta
Mercantil - 23.01.2002)
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8- Sistema entrou em colapso quando mecanismo de proteção
paralela à linha rompida se desligou |
Ontem, o ONS informou que o apagão de anteontem foi iniciado com
o desligamento em seqüência das duas linhas de transmissão que
levam a energia gerada pela hidrelétrica Ilha Solteira até Araraquara,
no sistema da CTEEP. A partir daí, o sistema rejeitou a energia
que passava por essas linhas (vinda de outras geradoras), o que
causou o desligamento das hidrelétricas que alimentavam o sistema.
Com isso, houveram oscilações de tensão e freqüência, que acionaram
os mecanismos de auto-desligamento de outras usinas, iniciando
o efeito dominó. A primeira linha de 440 kilovolts (kV) de Ilha
Solteira se partiu por razão ainda desconhecida, mas o sistema
só entrou em colapso quando o mecanismo de proteção da segunda
linha (que é paralela) se desligou. Até ontem à noite, o diretor
do ONS, Mário Santos, disse que não era possível saber se o sistema
de proteção da segunda linha "interpretou" erradamente a falha
na outra linha ou se o mecanismo apresentou um defeito."O recado
que precisamos dar à sociedade é que o sistema elétrico não é
tão frágil a ponto de uma linha derrubar todo o resto. A saída
dessas linhas justifica a oscilação que provocou o colapso", disse
Santos. (Valor Econômico-23.01.2002)
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9- José Jorge diz que segurança do sistema de transmissão
funcionou parcialmente |
Ontem o ministro de Minas e Energia, José Jorge, disse que o governo
poderá adotar novas medidas para melhorar a segurança do sistema
de transmissão, principalmente para impedir o efeito cascata de
uma interrupção, como ocorreu anteontem. "O efeito da queda de
uma linha de transmissão deve ficar restrita àquela região e não
se espalhar por todo o país." O blecaute que atingiu dez Estados
e o Distrito Federal deixou evidente que o sistema de transmissão
do país é mais vulnerável do que o governo imaginava. Já existe
um sistema de segurança, montado após o blecaute de 1999 (cuja
causa nunca foi totalmente esclarecida pelo governo) e que deveria
impedir a contaminação de grande parte da rede. As alterações
demandaram gastos de R$ 16 milhões e foram implementadas depois
do blecaute de 1999. Segundo o ministro, o sistema de segurança
apresentou falhas, mas ele acha que pelo menos evitou que a interrupção
do fornecimento de energia chegasse às regiões Norte e Nordeste
e atenuou os efeitos na região Sul. "Funcionou parcialmente",
ponderou. (Valor Econômico-23.01.2002)
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10- Aneel exige prazos do ONS e de empresas |
A Aneel resolveu tomar a frente da apuração sobre o blecaute de
21.01 e está exigindo pressa do Operador Nacional do Sistema (ONS).
Em nota divulgada no dia 22.01, a Aneel informa que determinou
que o ONS deve apresentar relatório sobre as causas do apagão
ainda no dia 22.01. Além disso, afirma que enviou ofício à Companhia
de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep), à Companhia
Energética de São Paulo (Cesp) e à Furnas para que, dentro de
24 horas, esclareçam dados sobre o episódio. O próprio superintendente
de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade da Aneel, Paulo Henrique
Lopes, vai acompanhar diretamente o trabalho de apuração no ONS.
Outros dois técnicos da agência estão no local onde houve a ruptura
do cabo que originou o apagão em efeito cascata. (Gazeta Mercantil
- 23.01.2002)
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11- CTEEP poderá ser multada novamente, diz José Jorge |
A Companhia de Transmissão
de Energia Elétrica Paulista (CTEEP), que pertence ao governo
de São Paulo, deverá ser multada novamente caso for comprovado
que a empresa tem responsabilidade pela queda do cabo na linha
de transmissão. "Haverá investigação e a empresa poderá ser punida
novamente", disse o ministro de Minas e Energia, José Jorge. Ele
não acredita que o problema tenha sido causado porque a Cesp Paraná
iria ser privatizada. A empresa paulista, controladora da CTEEP,
iria à leilão, mas não foi vendida por falta de interessados.
A CTEEP é a controladora da subestação de Bauru, na qual incidiu
um raio que provocou o apagão de março de 1999, que deixou às
escuras 11 Estados. (Gazeta Mercantil - 22.01.2002)
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12- Blecaute não mudará planos quanto ao fim do racionamento,
diz MME |
O ministro de Minas e Energia, José Jorge, afirmou no dia 22.01
que o governo não irá mudar os planos que tem feito quanto ao
fim do racionamento por causa do blecaute de 21.01. A Câmara de
Gestão da Crise de Energia (GCE) se reunirá na próxima quinta-feira,
dia 24.01, para definir as novas metas de redução do consumo para
a indústria e o plano especial de Carnaval. Também não será modificado
o percentual de armazenamento de água nos reservatórios, previsto
em 50% da capacidade total nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.
"Estão mantidas todas as posições para o final do racionamento",
disse.
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13- GCE vai elaborar relatório sobre blecaute para
FHC |
A Câmara de Gestão da Crise de Energia (GCE), coordenado pelo
ministro Pedro Parente, vai elaborar relatórios sobre o blecaute,
que serão entregues ao presidente Fernando Henrique Cardoso, para
informá-lo sobre todos os detalhes dos problemas causadores do
acidente. O ministro de Minas e Energia, José Jorge, deixou claro
no dia 22.01 que, na sua opinião, as falhas do sistema não foram
causadas pela falta de investimento, mas por causa do nível de
segurança das linhas de transmissão. (Gazeta Mercantil - 22.01.2002)
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14- Governo descarta ato político como motivo do apagão
de anteontem |
O governo descarta qualquer linha de investigação do apagão que
não seja "operacional", como define fonte do Ministério de Minas
e Energia. Houve quem cogitasse a possibilidade de fraude no sistema
de transmissão e até de um ato político. José Jorge chegou a ser
alertado por um colega do PFL para que não se contentasse com
explicações exclusivamente técnicas. (Valor Econômico-23.01.2002)
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15- Sistema não é capaz de suportar perdas múltiplas
sem provocar apagão |
O sistema energético do Brasil é projetado para suportar a perda
de um grande componente - que pode ser uma usina, uma grande turbina,
uma subestação ou uma linha de transmissão. "Mas não pode suportar
perdas múltiplas, como a queda de duas linhas de forma simultânea
( o que acabou provocando um apagão anteontem) ", explicou um
técnico. O ex-secretário de Energia do Ministério de Minas e Energia,
Afonso Henriques, que pediu demissão na semana passada, criticou
o sistema de proteção existente, que deveria fazer o acompanhamento
automático do sistema. Santos acha que os sofisticados equipamentos,
que começaram a ser instalados após o colapso do sistema em 1999,
não estão sendo programados adequadamente. "Em 1999, ficou claro
que para programar esse sistema, era preciso ter um modelo, nos
computadores, capaz de reproduzir a situação real."(Valor Econômico-23.01.2002)
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16- ONS admite que sistema elétrico brasileiro ainda
tem fragilidades |
O presidente do ONS, Mário Santos, disse ontem, que o sistema
elétrico brasileiro ainda tem fragilidades, que teriam sido responsáveis
pelo apagão, na segunda-feira, em dez Estados. "Existe um atraso
no cronograma de obras que deveriam ter sido feitas e foram retardadas",
admitiu. As causas da queda do cabo em Ilha Solteira e a reação
em cadeia nas linhas de transmissão, porém, ainda são desconhecidas.
Segundo Santos, relatório preliminar da ONS revelou que uma segunda
linha desse sistema teria se desligado segundos depois da primeira
interrupção. "O sistema de controle e supervisão do ONS é muito
complexo e como o operador só tem dois anos de fundação ele não
tem condições de diagnosticar sozinho o que houve. São milhares
de informações", justificou. A queda na linha deveria ter sido
um problema isolado. Segundo o ministro das Minas e Energia, José
Jorge, essa é a principal questão que terá de ser esclarecida
pelo ONS e pela CTEEP na apuração das causas do apagão que atingiu
10 Estados. O ministro, porém, vai esperar a avaliação final do
ONS sobre o blecaute para fazer qualquer comentário conclusivo.
(Jornal do Commercio-23.01.2002)
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17- Engenheiro atribui culpa de apagão ao ONS |
O engenheiro Carlos Augusto Kirchner passou os últimos 30 anos
da sua vida construindo linhas de transmissão em São Paulo.
Foi empregado da estatal Cesp por 28 anos - onde chefiou a equipe
de construção das linhas - e, nos últimos dois, da CTEEP, dona
da conexão que caiu e foi responsabilizada pelo apagão da segunda-feira.Para
ele, a queda de um único cabo do linhão Ilha Solteira-Araraquara,
de 440 kV, não seria capaz de tamanho estrago. "Não chegou a
interditar a conexão inteira, mas apenas um dos seus dois circuitos.
E rompimentos assim acontecem com uma certa freqüência, sem
um impacto daquele porte. É natural que cabos com mais de 30
anos, como é o caso, se rompam por fadiga", disse. Para ele,
o mais provável é que tenha ocorrido falha do ONS, ao desviar
o bloco de energia daquele ponto para outros. "Pelo que eu sei
havia linhas paradas, em manutenção programada pelo próprio
ONS, e as hidrelétricas dos rios Paraná e Paranapanema estavam
gerando a plena carga. Faltou opção de transporte dessa energia,
o que sobrecarregou as poucas linhas existentes. Para mim, a
culpa maior é da falta de investimentos em transmissão, o que
limita a operação do ONS." O excesso de tensão no circuito de
transmissão paulista teria gerado um efeito dominó de pane em
todas as geradoras de São Paulo e, posteriormente, em Itaipu.
(Valor Econômico-23.01.2002)
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18- Deficiência no sistema de proteção da malha
de transmissão pode causar novos blecautes, segundo analistas |
Blecautes como o de segunda-feira poderão se repetir com mais
freqüência nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, os maiores
centros consumidores do País, devido à deficiência no sistema
de proteção da malha de transmissão de energia. Especialistas
afirmam que esta foi a principal causa dos apagões que deixaram
milhares de cidades às escuras em abril de 1997, março de
1999 e na segunda. - Nem o rompimento de um cabo nem a queda
de um raio poderiam, de maneira nenhuma, provocar um blecaute
em dez Estados - diz Cláudio Ferreira, especialista em energia
e ex-assessor da diretoria da Aneel. A constatação de que
a pane desta semana, fora do horário de pico, foi causada
pelo rompimento de um cabo em uma rede secundária do sistema,
com voltagem relativamente baixa em relação às demais, demonstra
que "o Brasil está em situação de perigo muito grande", na
avaliação de Adriano Pires, professor da Universidade Federal
do Rio de Janeiro e um dos responsáveis pela elaboração do
programa de racionamento adotado pelo Governo. - A Aneel deveria
exigir do Operador Nacional do Sistema (ONS) um relatório
sobre as condições das linhas de transmissão. Atualmente,
isso é uma caixa preta semelhante à que foi a situação crítica
da geração no início do ano passado - disse. (Jornal do Commercio-23.01.2002)
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19- Furnas nega responsabilidade pelo blecaute
de segunda-feira |
Em nota oficial divulgado à imprensa, Furnas Centrais Elétricas
nega a responsabilidade pelo blecaute que deixou 10 estados
e o Distrito Federal sem energia durante quatro horas na última
segunda-feira, dia 21 de janeiro. De acordo com o comunicado,
a estatal fez um levantamento para detectar qualquer anormalidade
no sistema. Entretanto, Furnas afirma que o resultado não
detectou falhas no sistema, composto por 10 hidrelétricas,
duas termelétricas, 43 subestações e mais de 18 mil km de
extensão de linhas de transmissão. (Canal Energia - 22.01.2002)
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20- Estação em manutenção provocou atraso no restabelecimento
do fornecimento de energia |
O ONS enviou ontem um relatório preliminar à Aneel. Devido
à grande quantidade de informações a serem analisadas, o relatório
final será enviado hoje à tarde para Brasília. Os técnicos
do órgão estiveram reunidos com representantes das empresas
de geração e distribuição das regiões atingidas para analisarem
o problema. Uma fonte chamou a atenção para a demora para
retorno do fornecimento, que foi mais lento do que no blecaute
de 1999. Na segunda-feira, a Light, que atende 33 municípios
do Rio demorou quatro horas para retomar o fornecimento. O
problema é que um reator da estação de Furnas em Adrianópolis
estava em manutenção, explicou o ONS. (Valor Econômico-23.01.2002)
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21- Sistema interligado continuará vulnerável,
diz especialista |
O Sistema Interligado Nacional (SIN), que integra a rede
básica de energia no Brasil, é e continuará sendo mais vulnerável
do que os sistemas de outros países. Esta é a avaliação
do ex-secretário nacional de Energia e atual consultor no
setor energético, Peter Greiner, ao comentar o episódio
do blecaute, ocorrido no dia 21.01 nas regiões Sul, Sudeste
e Centro-Oeste do Brasil. Para Greiner, a razão da vulnerabilidade
está na própria característica do parque gerador nacional.
"Mais de 90% da geração brasileira vêm de hidrelétricas,
que estão longe dos centros de consumo. São necessárias,
portanto, longas linhas de transmissão", explica. Em função
dessa necessária e extensa malha de transmissão e distribuição
de energia, o consultor acredita que o sistema tem um risco
inerente de sofrer perturbações capazes de afetar grandes
áreas de consumo. (Gazeta Mercantil - 23.01.2002)
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22- Para especialistas, falta de investimentos
foi verdadeiro responsável por blecaute |
A falta de investimento em linhas de transmissão e em sistemas
que permitam o isolamento de problemas como o ocorrido na
linha que liga a sub-estação de Araraquara à Usina de Ilha
Solteira, foram os verdadeiros responsáveis pelo apagão
ocorrido na segundafeira à tarde. Esta é a avaliação, comum,
de Luís Pinguelli Rosa, vicediretor da Coordenação dos Cursos
de Pós-Graduação de Engenharia da UFRJ, e do diretor-executivo
da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia
(Abrace), Paulo Ludmer. Os dois acham um absurdo que um
país como o Brasil registre dois apagões de grandes proporções
em menos de três anos. "Acho que existem duas hipóteses
para o apagão: erro de operação, mas nesse caso deveria
haver uma manobra que isolasse o problema; a outra é que
o sistema está precário mesmo por falta de investimento.
Só que essas duas hipóteses não são excludentes", afirma
Pinguelli. Ludmer, por sua vez, considera normal que fenômenos
da natureza provoquem danos ao sistema, mas não que ocorram
apagões a cada dois anos. "Isto é inadmissível". (Gazeta
Mercantil - 23.01.2002)
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23- Presidente da CBIEE diz que setor necessita
de investimentos |
O presidente da Câmara Brasileira dos Investidores de
Energia Elétrica (CBIEE), Roberto Procópio Lima Neto,
afirmou ontem que o grande problema do setor energético
do País é a transmissão de energia. Em entrevista ontem,
em São Paulo, declarou que se houvessem caminhos alternativos
na rede de transmissão de energia brasileira, problemas
como o apagão de segunda-feira, por exemplo, poderiam
ser resolvidos mais rapidamente. De acordo com Lima Neto,
a transmissão de energia padece da falta de investimentos.
Ele acredita, porém, que o problema será sanado com as
novas definições do Governo, que devem ser apresentadas
até o dia 25. (Jornal do Commercio-23.01.2002)
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24- Atraso no PPT foi um dos fatores que
provocou blecaute |
O colapso energético nas regiões Sudeste e Centro-Oeste
na segunda-feira foi provocado por uma série de razões
que incluem a falta de investimento no setor elétrico
na década de 80 até meados dos anos 90, a inexistência
de ligação entre o sistemas do Sul e do Sudeste e o
atraso do Programa Prioritário de Termoeletricidade
(PPT), que poderiam aumentar a oferta de energia perto
dos grandes centros consumidores, reduzindo as perdas
com transmissão. A avaliação de especialistas é que
o sistema elétrico continua vulnerável devido ao atraso
do PPT, que deveria reforçar o fornecimento de energia
até 2005. A expansão da geração prevista para São Paulo
é apontada como essencial, pois o consumo de energia
no Estado cresce de 4% a 5% ao ano. (Valor Econômico-23.01.2002)
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25- Nordeste escapou por pouco do apagão |
O Nordeste livrou-se do apagão de segunda-feira por
muito pouco. Tudo indica que se o blecaute tivesse
ocorrido até um dia antes, todos os Estados da região
teriam sofrido uma redução de cerca de 12% da carga
de energia ou 600 MW - o equivalente a metade da energia
consumida em Pernambuco. " O desligamento não ocorreu
graças a São Pedro, que mandou muita chuva na área
entre Sobradinho (BA) e Itaparica (PE) " , afirma
o diretor de Operações da Chesf, Paulo de Tarso da
Costa. Segundo ele, as fortes chuvas da semana passada
elevaram para mais de 90% o nível do lago de Itaparica.
Para evitar o transbordamento do lago, a Chesf decidiu
suspender na segunda-feira, dia do apagão, a importação
de energia do Norte e do Sudeste e passar a gerar
energia com a água de Itaparica. (Valor Econômico-23.01.2002)
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26- Se o Nordeste continuasse importando
energia do Sudeste, teria sofrido apagão |
Durante a maior parte do período de racionamento,
o Nordeste importou cerca de 1.300 MW médios por dia
das regiões Norte e Sudeste. De acordo com Paulo de
Tarso, diretor de operações da Chesf, a manutenção
da importação poderia provocar apagão no Nordeste
porque o sistema Norte sofreria uma sobrecarga com
a interrupção do fluxo com o Sudeste. " Sem contato
com o Sudeste, o Norte teria que escoar todo o seu
excesso de energia para o Nordeste, que receberia
um volume acima da sua capacidade de transmissão "
, explica. Isso faria com que os esquema de proteção
da interligação Norte-Nordeste fossem acionados, isolando
o Nordeste. O diretor ressalta que o desligamento
seria distribuído entre os Estados, o que reduziria
seu impacto, e poderia ser rapidamente solucionado,
com a geração própria de energia. (Valor Econômico-23.01.2002)
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27- Nova reunião da GCE deve acontecer
amanhã |
A Câmara de Gestão da Crise de Energia (GCE) cancelou
a reunião que faria no dia 22.01 para discutir as
novas metas de redução de consumo para a indústria.
O cancelamento foi motivado pelo blecaute de 21.01,
que atingiu dez Estados e Distrito Federal, impossibilitando,
no dia 22.01, a presença do presidente do Operador
Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Mário Santos,
na reunião. Santos continuará trabalhando na sede
do ONS, no Rio de Janeiro, para detalhar as causas
do blecaute, que ocorreu por uma queda de um cabo
da linha de transmissão entre Ilha Solteira e Araucária,
no interior de São Paulo. A assessoria do presidente
da GCE, ministro Pedro Parente, informou que uma
nova reunião deverá ser marcada para a próxima quinta-feira,
dia 24.01.2002. (Gazeta Mercantil - 22.01.2002)
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28- Seguradoras aguardam laudo para estudar
indenizações |
Enquanto não for divulgado o laudo oficial sobre
o que provocou o blecaute em boa parte do País no
dia 21.01, as seguradoras não vão se manifestar
quanto ao pagamento das indenizações. Segundo o
diretor-executivo da Federação Nacional das Seguradoras
(Fenaseg), Horácio Cata Preta, tudo dependerá do
tipo de cobertura da empresa responsável. "Primeiro
temos que descobrir o que aconteceu e depois verificar
se a companhia responsável tinha seguro para isso",
afirma. "Se o evento for fortuito, a seguradora
geralmente cobre. E, dependendo da apólice, também
é possível que haja cobertura para casos de falha
técnica ou de manutenção das linhas de transmissão."
No caso dos consumidores prejudicados pelo blecaute,
Cata Preta afirma que as concessionárias de energia
são obrigadas a fazer o ressarcimento de seus clientes
e posteriormente acionar o seguro, se houver. (Gazeta
Mercantil - 22.01.2002)
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29- Aneel orienta consumidores que
tiveram eletrodomésticos danificados a procurarem
distribuidoras estaduais |
A central de atendimento telefônico da Aneel recebeu,
na segunda-feira, 21 mil ligações de consumidores.
A média diária de chamadas em dia normal é de
6 mil. Ontem, até as 16h, o número de ligações
ultrapassava 12 mil.A orientação da agência para
os consumidores que tiveram aparelhos elétricos
danificados em razão do apagão é procurar as distribuidoras
de energia nos Estados. As concessionárias têm
30 dias para resolver o problema. Caso o consumidor
não obtenha resposta nesse prazo ou considere
a solução insuficiente, poderá recorrer à Aneel.
Basta ligar para a central de atendimento telefônico
(0800 612 010) e fornecer o número do protocolo
(da reclamação) registrado na distribuidora de
energia. A agência passará a intermediar a questão.
No ano passado, foram registrados na central de
atendimento 3.880 casos relacionados a danos e
ressarcimentos. Desse total, 2.753 eram reclamações
de consumidores que foram vítimas de problemas
com as distribuidores de energia. Outras 280 consultas
foram feitas sobre defesa do consumidor. (Jornal
do Commercio-23.01.2002)
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30- Kirchner vê semelhanças no
blecaute de anteontem e no de 99 |
O engenheiro Carlos Kirchner, que também
participou da comissão de analisou o blecaute
de 11 de março de 1999, vê semelhanças naquele
blecaute e no de anteontem. Há três anos,
disse ele, cinco linhões do mesmo porte
do de Ilha Solteira-Araraquara pararam quando
houve sobrecarga na estação de Bauru. Um
raio que havia caído na linha de transmissão
a 90 km da subestação causou o estrago inicial,
mas somente isso não teria sido suficiente.
Segundos mais tarde, quando a energia desses
cinco linhões foi repassada para outras
interligações elétricas, houve uma sobrecarga
no sistema e as usinas foram desligadas
em efeito dominó. Kirchner contou que no
início da década de 80, uma ventania derrubou
os cabos de dois linhões de 440 kV (mesmo
porte do que caiu na segunda) e mais outro
de 138 kV ( um pouco menor) em Penápolis
(SP), sem causar um apagão. "Na época, a
demanda de energia era muito menor, e as
outras conexões existentes foram suficientes
para suportar a energia transferida. Isso
prova novos investimentos seriam suficientes
para evitar problemas assim. (Valor Econômico-23.01.2002)
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31- Justiça ainda definirá
culpado por blecaute de 99 |
Passados quase três anos do apagão de
março de 1999, o maior do Brasil até aquela
data, ainda não existe uma decisão definitiva
sobre o responsável. A Aneel multou a
Companhia de Transmissão de Energia Elétrica
Paulista (CTEEP) em R$ 3 mi por causa
do episódio. Mas a Justiça ainda não se
manifestou a respeito da ação movida pela
empresa contra a decisão da Aneel. Os
recursos correspondentes ao pagamento
da multa estão depositados em juízo. Ao
processo, que tramita na 15ª Vara do Distrito
Federal, foi agregado parecer favorável
à empresa, emitido pelo Ministério Público
de Bauru - cidade que abriga a subestação
afetada por um curto circuito e cujo desligamento
teria dado origem à interrupção do fornecimento
de eletricidade em 8 estados do País.
O parecer, que considera improcedente
a penalidade, é integralmente baseado
em relatório do Conselho Regional de Engenharia
e Arquitetura (Crea) - um trabalho técnico
de 21 páginas, assinado por quatro engenheiros,
que questiona como um raio pode causar
tanto estrago no sistema elétrico. (Gazeta
Mercantil - 23.01.2002)
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32- Boletim Diário da Operação do
ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário
da Operação do ONS, incluindo produção de energia
hidráulica e térmica e energia armazenada, clique
aqui.
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1- Eletrobrás capta US$ 110 mi |
A Eletrobrás concluiu no dia 22.01 uma captação de US$ 110 mi
que serão aplicados em programas emergenciais de transmissão e
geração de energia. O empréstimo tem prazo de três anos, com amortização
única. O presidente da companhia, Claudio Ávila, divulgou os detalhes
da operação em Nova York. A captação é a primeira de uma série
que a empresa deverá fazer em 2002. A Eletrobrás foi autorizada
pelo seu Conselho de Administração a captar US$ 220 mi no exterior
e R$ 1,1 bi no Brasil. Até fevereiro, a empresa deverá emitir
R$ 600 mi em debêntures, que também serão usados nos programas
emergenciais. A operação concluída no dia 22.01 foi liderada pelo
Banco Bilbao Viscaya Argentaria (BBVA), e pela Corporation Andina
de Fomento (CAF). (Gazeta Mercantil - 23.01.2002)
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2- EDP paga dívida com Tesouro para compra da Bandeirante |
A Electricidade de Portugal (EDP) está comunicando ao mercado
que saldou este mês a dívida contraída com o Tesouro Nacional
para a compra da Bandeirante Energia - distribuidora que atende
municípios no interior paulista. A multinacional conseguiu pagar
93% do débito com a utilização de títulos da dívida externa brasileira,
chamados de Brady Bonds. A captação totalizou US$ 203,739 mi,
o que permitiu quitar praticamente a totalidade da dívida de US$
275,629 mi. A dívida referente à privatização da Bandeirante foi
contraída em 29 de dezembro de 1997. E a operação financeira com
os Brady Bonds foi concluída em 27 de dezembro de 2001. Os títulos
foram adquiridos, conforme noticiaram as agências internacionais,
com "significativas reduções em relação ao seu valor nominal".
(Gazeta Mercantil - 22.01.2002)
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3- Pagamento de dívida com o Tesouro já será refletida
no balanço de 2001 da EDP |
De acordo com expectativa da EDP, a operação financeira realizada
para pagar a dívida contraída com o Tesouro Nacional para a compra
da Bandeirante Energia, já será refletida no balanço de 2001,
permitindo que a companhia registre lucro no ano. Na avaliação
da multinacional, comunicada à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa),
o ganho imediato poderá ser expresso em virtude da eliminação
do risco cambial. Isso porque a dívida da empresa para a compra
da Bandeirante, cotada em dólar, foi substituída por um passivo
em reais. Foi justamente o risco cambial, segundo a EDP, que teria
prejudicado sensivelmente os resultados da companhia em anos anteriores.
(Gazeta Mercantil - 22.01.2002)
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4- Centro-Oeste terá energia do Koblitz |
O grupo pernambucano Koblitz desenvolve três projetos de construção
de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e seis de geração de
energia térmica no Centro-Oeste. No conjunto, trata-se de investimento
de R$ 230 mi. Além do potencial hídrico para a instalação das
usinas, a opção pela região levou em conta a existência de matéria-prima
para o desenvolvimento de projetos que usam materiais alternativos
para a geração de energia, como madeira e bagaço de cana-de-açúcar.
Do total de nove projetos, quatro estão em andamento no Mato Grosso:
uma usina térmica, em parceria com o grupo pernambucano do ramo
da construção civil São Simão , e três PCHs, com o grupo cimenteiro
Brennand . Outras duas obras da Koblitz estão em andamento em
Uruguaiana, na fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina,
utilizando casca de arroz como combustível, e em Itacoatiara,
no Amazonas, com uso de resíduos de madeira. (Gazeta Mercantil
- 23.01.2002)
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5- Fundos aguardam regras para o setor de energia |
O detalhamento das novas regras de funcionamento do setor de energia
elétrica balizarão o desempenho das ações e dos fundos de energia
em 2002, opinam analistas especializados. Para o gerente de renda
variável do ABN Asset Management, Marcos Zaidan, em 2002 a expectativa
dos analistas está voltada para o detalhamento do plano de revitalização
do setor elétrico. O final do racionamento previsto para março,
segundo o executivo, também merece atenção, já que a medida aumenta
as perspectivas de uma melhora no faturamento das empresas. De
acordo com o diretor de renda variável da BankBoston Asset Management
(BAM), Júlio Ziegelmann, enquanto as novas regras para o setor
não saírem, a instabilidade vai perdurar entre os fundos setoriais
de energia, que já perdem cerca de 3% no mês. (Gazeta Mercantil
- 23.01.2002)
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1- Fim do MAE e papel da Aneel incomodam agentes |
As atenções ainda estavam voltadas, no dia 22.01, para o apagão,
mas alguns executivos das maiores empresas de energia passaram
o dia todo na sede da Asmae, em São Paulo. Na pauta da reunião,
os desdobramentos vinculados ao fim do MAE, que será substituído
pelo Mercado Brasileiro de Energia (MBE). Em quase nove horas,
a reunião do Conselho de Administração da Asmae abrigou debates
acalorados. Alguns agentes reclamam que, com a nova estrutura,
a Aneel passará a concentrar muito poder no mercado de compra
e venda de energia de curto prazo. A proposta do governo é de
que o MBE seja todo regulamentado pela Aneel, ao passo que o MAE
era orientado pelas próprias companhias do mercado. Na avaliação
de alguns executivos, isso eleva o risco regulatório e afugenta
os investidores na área de energia. Eles alegam ainda que a morosidade
do MAE, com atraso na contabilização e liquidação de suas faturas,
ocorreu por um incidente que envolvia uma estatal, Furnas. (Gazeta
Mercantil - 23.01.2002)
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2- Vendedores baixam preço para R$ 88 em leilão de
excedente |
As ofertas de venda de energia excedente, no leilão operado pela
Bovespa e pela Asmae, foram sensivelmente reduzidas no dia 22.01.
Os vendedores vinham tentando repassar o MWh a valores acima de
R$ 100 nos pregões recentes. Mas fecharam negócios ao preço médio
de R$ 88. As transações efetivadas no dia totalizam 950 MWh. O
pregão apresentou movimentos contrários. Enquanto os vendedores
baixaram os preços, os compradores mostraram interesse em comprar
energia por valores até mesmo mais altos do que os praticados
em negociações anteriores. Com isso, todos os pedidos de energia
foram atendidos. As propostas de compra chegaram a R$ 106,50,
mas o ofertante conseguiu comprar por R$ 88. Os vendedores, por
sua vez, apresentaram ofertas no valor máximo de R$ 88,70. (Gazeta
Mercantil - 22.01.2002)
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3- CBEE define contratos de usinas que entram em operação
até março |
Depois de assinar os primeiros contratos para adquirir os primeiros
1,5 mil MW dos 2.154 MW provenientes de termelétricas movidas
a óleo diesel, a Companhia Brasileira de Energia Emergencial (CBEE)
já se prepara para garantir a compra da energia gerada pelas usinas
do Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT), enquanto o
MAE não tem sua situação definida. "Já está em curso o processo
de contratos de cessão de recebíveis das usinas que entrarem em
operação até o dia 31 de março de 2002", conta Mário Miranda.
A contratação acontecerá até o dia 31 de dezembro deste ano ou
até quando o mercado atacadista começar a funcionar. O negócio
envolverá a compra de 1.912 MW, distribuídos em usinas localizadas
em seis estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio
Grande do Sul, Ceará e Bahia). A maior parte - 1.070 MW - fica
no Rio de Janeiro. A energia será contratada por um valor correspondente
a 90% do preço MAE. (Canal Energia - 23.01.2002)
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1- Analistas prevêem Selic menor em 2002 |
Ainda que o Copom mantenha a taxa básica em 19% ao ano, como esperam
dez entre dez economistas de bancos, a expectativa desses profissionais
é de queda da taxa de juros em 2002, conforme a primeira pesquisa
realizada pela Federação Brasileira das Associações de Bancos
(Febraban), com projeções de 16 instituições para as principais
variáveis econômicas em 2002. As projeções da taxa Selic média
em 2002 variaram da mínima de 16,70% à máxima de 18,50% e média
de 17,64%. O economista-chefe da Febraban, Luís Roberto Troster,
entretanto, adverte: "Há duas previsões sobre os juros: a taxa
Selic média e a taxa Selic em dezembro de 2002. O consenso maior
se verificou sobre a taxa média do que a do final de ano, em função
de diferentes trajetórias para os juros. Se a taxa Selic caísse
linearmente ao longo do ano, a taxa média ficaria em 17,64% e,
a de final de período - dezembro de 2002 - , em 16,28%. Com os
dados disponíveis, é razoável supor uma diminuição desse patamar
no primeiro trimestre do ano", resume. (Gazeta Mercantil - 23.01.2002)
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2- Analistas projetam câmbio médio de R$ 2,52 para
o dólar durante o ano |
As projeções sobre o câmbio mostram um comportamento análogo ao
dos juros básicos, considerando um câmbio atual de R$ 2,40 e um
câmbio médio projetado de R$ 2,52, supondo sua elevação linear
ao longo do ano, o dólar chegaria a R$ 2,64 em dezembro. "Como
a projeção é de R$ 2,59 para o dólar médio, considera um dólar
maior no começo do ano e uma flutuação num patamar mais elevado
que o atual, em 2002", observa economista-chefe da Federação Brasileira
das Associações de Bancos (Febraban), que realizou pesquisa com
16 instituições sobre as projeções para as principais variáveis
econômicas em 2002. (Gazeta Mercantil - 23.01.2002)
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3- Pesquisa revela expectativa de crescimento 2,47%
para o PIB em 2002 |
Em pesquisa realizada pela Federação Brasileira das Associações
de Bancos (Febraban), acerca da expectativa de 16 instituições
para as principais variáveis econômicas em 2002, a estimativa
do PIB mostra uma projeção, média, de crescimento em 2002 para
a economia brasileira de 2,47%. Prevê crescimento mais expressivo
do setor agropecuário de 3,43%, seguido de um aumento de 2,71%
no setor serviços e de 1,98% na indústria. As previsões sobre
os setores externo e fiscal são otimistas e superiores ao consenso
de mercado de outras previsões levantadas atualmente, segundo
Troster. A projeção da balança comercial ficou em US$ 5,45 bi
de superávit, maior do que a coletada pelo BC, de US$ 5 bi. O
resultado do investimento direto (US$ 16,27 bi) também é pouco
maior que o do BC (US$ 16 bi). (Gazeta Mercantil - 23.01.2002)
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4- Juros caem em leilão de prefixados |
Desde o início de 2002, o Tesouro Nacional já colocou no mercado
financeiro R$ 7,8 bi em títulos públicos prefixados (que têm rentabilidade
definida na venda). No dia 22.01, foi realizado o terceiro leilão
do ano e foram vendidos R$ 2,3 bi de papéis. A estratégia do Tesouro
é alongar o prazo de endividamento e ampliar a participação dos
prefixados no total da dívida pública (R$ 629,93 bi, em novembro).
No leilão do dia 22.01, foram vendidos R$ 2 bi de prefixados,
as Letras do Tesouro Nacional (LTN), com vencimento em sete meses
(7 de agosto de 2002). A taxa média de juros ficou em 19,46% ao
ano, abaixo dos 19,79% registrados na semana passada para papéis
semelhantes. Também foram vendidos R$ 300 mi de LTN com vencimento
mais longo, em 2 de abril de 2003. Os juros ficaram em 20,97%
ao ano (21,72% na semana anterior). (Gazeta Mercantil - 23.01.2002)
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5- Juros caem com expectativa de manutenção da taxa
básica |
A queda nos juros dos títulos do Tesouro acompanhou a retração
das projeções dos juros - que servem de referência no leilão -
na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). O contrato de fevereiro
passou de 18,99% para 18,98% ao ano. A taxa de abril foi de 19%
para 18,96%. Já os juros para julho foram exceção e subiram de
19,06% para 19,10%. Os juros futuros cederam porque os investidores
apostam que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom)
deve anunciar no dia 23.01 a manutenção na taxa básica de juros
da economia em 19% ao ano. (Gazeta Mercantil - 23.01.2002)
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6- Dólar sobe 0,25% e fecha a R$ 2,38 |
No mercado interbancário de dólar foram feitos poucos negócios
no dia 22.01.2002. A cotação do dólar comercial subiu 0,25%, para
R$ 2,38, na venda. Segundo operadores, o dia foi marcado por operações
de "day trade" (compra e venda de moeda no mesmo dia). A Ptax,
média das cotações, ficou em R$ 2,3667, baixa de 0,32%. Na BM&F,
o contrato de fevereiro subiu 0,25%, a R$ 2,393. (Gazeta Mercantil
- 23.01.2002)
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7- Tesouro realizará novo leilão para alongar dívida |
O Tesouro Nacional anunciou que fará no dia 24.01 o segundo leilão
de 2002 para alongar o prazo dos títulos cambiais. Vão ser oferecidos
ao mercado até R$ 800 mi de cambiais com vencimento em 2004 e
a mesma quantia, no máximo, para títulos com resgate em 2005.
Em contrapartida, o BC vai recomprar papéis cambiais que vencem
em 21 de fevereiro, 14 de março, 11 e 18 de abril. O Tesouro só
colocará títulos em mercado na mesma proporção dos papéis recomprados.
(Gazeta Mercantil - 23.01.2002)
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1- Endesa vai construir térmica de US$ 207 mi no Ceará |
A Endesa, maior empresa de energia da Espanha, vai investir US$
207 mi para construir a central termelétrica de Fortaleza, no
porto de Pecém (CE), que entrará em operação em dezembro de 2003.
O grupo assumiu o controle da usina por meio das controladas Endesa
Internacional, que passou a ter 51% do projeto, e da Enersis,
com os 49% restantes. A térmica pertencia à Coelce, também controlada
pela Endesa. Os contratos de venda das ações da termelétrica da
Coelce para as subsidiárias da Endesa foram assinados em dezembro.
A operação seguiu recomendação da Aneel, disse Valdenia Barros,
responsável pelo projeto da térmica na Coelce. Ela afirmou que
num primeiro momento a Endesa autorizou a Coelce a desenvolver
o projeto. Depois, a Endesa tevê que comprar as ações da térmica
atendendo resolução da Aneel. (Valor - 23.01.2002)
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2- Termelétrica de Andradina quer ser incluída no PPT |
A termelétrica Ribeirão Moinho, de Andradina, poderá ser incluída
na lista das 25 usinas termelétricas prioritárias da Aneel. A
Ribeirão Moinho terá capacidade instalada de 550 MW e contará
com R$ 420 mi de investimento, com um retorno entre 8 e 10 anos.
O empresário Adriano Caprioglio, responsável pelo empreendimento,
esteve no dia 22.01 em Brasília, onde se reuniu com a Comissão
Especial de Energia para tentar incluir a Ribeirão Moinho no rol
de prioridades da Aneel. A reunião ocorreu durante todo o dia
e até o início da noite ainda não havia uma definição. (Folha
da Região - Araçatuba-SP - 23.01.2002)
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1- Apagão atingiu 88% da indústria fluminense |
Pesquisa realizada ontem pela Firjan revelou que 88% das indústrias
do Estado tiveram perdas de produção com o apagão de segunda-feira.
O prejuízo com a interrupção do fornecimento de energia de três
horas em média e mais uma hora para restabelecer a produção foi
estimado pela entidade em R$ 95,8 mi. Já para o comércio, a estimativa
de prejuízos feita Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio)
foi de R$ 33 mi. A pesquisa da Firjan foi realizada com 102 indústrias
do Estado, sendo 26% de grandes empresas, 39% de médio porte e
35% de pequenas. Segundo o estudo da Firjan, 29% das indústrias
tiveram perda de matéria-prima e 28% dispensaram os funcionários.
José Otávio Knaack Campos, um dos membros do Grupo de Crise Energética
da Firjan, os setores mais afetados e que tiveram perdas de matéria-prima
são o têxtil, o metalúrgico e de plástico. Campos explica que
as indústrias metalúrgicas e de plásticos são eletrointensivas
e, portanto, têm dificuldades de usar geradores para atender à
linha de produção. Além disso, a linha de produção utiliza fornos
elétricos que atingem altas temperaturas e quando são resfriados
a retomada da operação é complicada e há perda de matéria-prima.
(Jornal do Commercio-23.01.2002)
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2- Falta de informação sobre tempo que duraria o apagão
agravou problemas das indústrias |
A pesquisa da Firjan também revelou que 55% das empresas que tiveram
prejuízo na produção com o apagão perderam de 26% a 50% da produção
diária. Os que perderam menos de 25% da produção de um dia foram
35% e os que perderam mais de 50% representam 10% das empresas.
Embora 46% das empresas consultadas tivessem geradores, apenas
19% tinham o equipamento para atender à linha de produção. Os
outros 27% usavam geração própria somente para a parte administrativa
e de emergência. Um dos membros do Grupo de Crise Energética da
Firjan, José Campos, disse que a falta de informação sobre quando
o fornecimento de energia deveria ser normalizado agravou mais
ainda os problemas das indústrias. Campos acrescentou que os empresários
precisam de uma previsão da duração do apagão para tomar medidas
acertadas que minimizem as conseqüências. (Jornal do Commercio-23.01.2002)
Índice
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3- A CSN, em Volta Redonda, gera, através de uma termelétrica
própria, 60% da energia consumida. |
De
acordo com a CSN, a produção parou somente por 15 a 20 minutos,
o que não chegou a prejudicar o desempenho da indústria no dia.
A empresa informou que foram desligados setores que não estavam
relacionados diretamente com a linha de produção para que a central
termelétrica da empresa pudesse manter a fabricação de aço. (Jornal
do Commercio-23.01.2002)
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4- Cedae vai entrar na justiça contra Furnas |
A elevatória da Cedae, em Guarabu, na Ilha do Governador, que
parou de funcionar com o apagão de segunda-feira, só voltou a
funcionar no final da tarde de ontem, prejudicando principalmente
a Zona Oeste da cidade e a Baixada Fluminense. A Cedae estima
um prejuízo de R$ 4 milhões. O presidente da Cedae, Alberto Gomes,
disse que vai entrar na Justiça contra Furnas para pedir ressarcimento.
(Jornal do Commercio-23.01.2002)
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5- Associação Comercial de São Paulo usa serviço de
telefones para medir prejuízo dos comerciantes |
Um levantamento da Associação Comercial de São Paulo registrou,
na capital paulista, entre 13h30 e 15h30 de segunda-feira, queda
de 44% nas consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito
(SCPC), em relação a idêntico horário na segunda anterior. As
consultas ao Usecheque, indicador das vendas à vista, no mesmo
período, caíram 32,3%. - Foi uma queda abrupta de movimento deixando
claro que os comerciantes tiveram prejuízo com o apagão - disse
o diretor do Departamento de Economia da Associação Comercial,
Marcel Solimeo. (Jornal do Commercio-23.01.2002).
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1- Total deve ingressar no consórcio Pacific LNG |
Hoje, em Paris, o grupo de empresas que forma o consórcio Pacific
LNG convidará a companhia francesa Total a incorporar-se ao projeto
de exportação de gás natural líquido da Bolívia Califórnia, anunciou
ontem o ministro boliviano de Desenvolvimento Econômico, Carlos
Kempff. Atualmente, o Pacific LNG tem as participações da espanhola
Repsol com 37,5%; da British Gas com 37,5% e da British Petroleum
com 25% e estuda a factibilidade da exportação do produto com
a comercializadora californiana Sempra Energy. A incorporação
da Total ao projeto seria atraente por tratar-se da mais importante
empresa petroleira, disse Kempff. O governo boliviano determinou
três fases para a compleição do programa de exportação. Inicialmente,
deseja consolidar um grupo de empresas com capacidade produtiva
e negociadora e em seguida, espera que se concretize a demanda
do mercado norte-americano. Cumpridas essas duas etapas, começará
a ser tratada a definição do porto donde saíra o gás natural.
(Los Tiempos-23.01.2002)
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2- Ministro francês se pronuncia favorável à rápida
liberalização do mercado |
Ministros franceses são favoráveis a uma abertura mais rápida
do mercado de energia francês, disse ontem o ministro da Indústria,
Christian Pierret. Pierret e o Ministro das Finanças Laurent Fabius
são a favor de dar a todos os clientes industriais e comerciais
de energia a escolha de seu fornecedor até o ano de 2003. Nenhuma
data foi acordada em relação a abrir o mercado residencial à competição,
porque a França quer se certificar de que a eletricidade permaneça
sendo um serviço público. O primeiro-ministro Lionel Jospin deve
decidir sobre a questão até o fim dessa semana. O presidente da
Comissão Européia, Romano Prodi, declarou recentemente que a Comissão
podia forçar o estabelecimento da competição total por decreto
se os países membros não conseguirem chegar a um acordo sobre
a proposta de liberalização na cimeira da União Européia em Barcelona,
a se realizar em março. (Platts-23.01.2002)
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3- Irã inaugura oficialmente gasoduto entre o país
e a Turquia |
Após
um atraso de dois anos, o Irã lançou ontem formalmente sua exportação
de gás natural à vizinha Turquia por intermédio de um gasoduto
de 2.575 km, o primeiro projeto dessa ordem a ser criado no país
desde o estabelecimento de uma república islâmica em 1979. Dirigentes
do país saudaram o projeto, intitulando-o o gasoduto da paz e
da amizade entre os dois países. Apesar da inauguração oficial
ter acontecido ontem, o gás começou a ser exportado na realidade
no último dia 10 de dezembro, de Tabriz, no Irã, a Konya, na Turquia,
Os dois países assinaram um acordo de 22 anos em 1996. O gasoduto
devia ter começado a funcionar no início do ano passado, mas foi
atrasado, parcialmente por causa de problemas técnicos com uma
estação medidora no Irã. O acordo de 96 fala de exportações anuais
iniciais de 3.3 bilhões de metros cúbicos, que chegariam a 10
bilhões em 2007. (Platts-22.01.2002)
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4- Powergen retira negócios térmicos e elétricos do
mercado sem encontrar comprador |
A Powergen, grupo energético britânico que é sujeito de uma proposta
aceita de cerca de US$ 14.28 bi da alemã Eon, retirou seus negócios
combinados térmicos e elétricos (CHP) do mercado depois de falhar
na busca de um comprador adequado. Analistas acreditam que o valor
dos negócios, que não foi revelado, estaria na casa de US$ 400
mi. O diretor executivo de operações no Reino Unido da Powergen,
Paul Golby, disse que os compradores potenciais não ofereceram
o suficiente pelo CHP. " Tivemos muitos interessados, mas nenhuma
das propostas refletia adequadamente o verdadeiro valor do CHP"
, disse Golby. A introdução da nova lei de Comercialização de
Eletricidade, segundo a qual as companhias sofrem punições se
produzirem energia demais ou de menos também poderia estar por
trás da decisão. As usinas do CHP foram duramente atingidas pela
lei pois não podem garantir a produtividade necessária num período
determinado de meia hora. (Financial Times-23.01.2002)
Índice
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5- Dívidas da Enron Europe podem ser bem superiores
a US$ 1 bi |
A exposição brita do braço de comercialização de energia das negociações
européias da Enron, baseadas em Londres, excluindo-se dívidas
internas á companhia, estão provavelmente bem acima de US$ 1 bi,
de acordo com as estimativas iniciais feitas pelo administrador
PwC. Um pequeno time de 50 funcionários da Enron, retidos pela
administração, estão trabalhando com centenas de milhares de contratos
não cumpridos, tentando levantar dinheiro onde for possível e
calcular a escala de dívidas individuais. Uma reunião com os credores
deve acontecer no início do próximo mês, quando números atualizados
estarão disponíveis. Embora as estimativas iniciais sugiram uma
dívida superior a US$ 1 bi, os números finais podem ser bem maiores.
A PwC disse que espera recuperar mais de US$ 100 mi em contratos
lucrativos. A Enron Europe era responsável por cerca de 20% dos
negócios de trading de energia no continente. (Financial Times-23.-01.2002)
Índice
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6- Quatro executivos da Andersen serão intimados a
depor amanhã para esclarecer caso Enron |
Investigadores do Comitê de Comércio e Energia da Câmara dos Deputados
dos EUA emitirão citações judiciais a quatro executivos de alto
ranking da Arthur Andersen, companhia que auditava até a semana
passada as contas da Enron. O presidente da Andersen, Joseph Berardino
será um deles. Além dele, serão chamados a depor David Duncan,
principal encarregado da auditoria da Enron, a advogada Nancy
Temple e o gerente Michael Odom. Duncan foi despedido pela Andersen
na terça passada porque supostamente ordenou a destruição de importantes
documentos relacionados com a companhia energética. O porta-voz
do Comitê de Comércio, Ken Johnson, disse que o propósito das
citações será obrigar que os executivos em questão prestem contas
perante o congresso amanhã. Está programada também para amanhã
outra audiência sobre o caso Enron, no Comitê de Assuntos Governamentais
do Senado. Pelo menos 10 comitês do Senado e da Câmara americanas
estão empenhados em desvendar o caso Enron. (El Mundo-23.01.2002)
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7- Sogra de Bush foi um dos investidores prejudicados
pela quebra da Enron |
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, insiste que não
há nada reprovável na maneira na qual a sua administração agiu
no caso da quebra da Enron. E para suportar sua tese, revelou
que a sua própria sogra figura entre os investidores prejudicados
da companhia. " A minha administração fez exatamente o que tinha
que fazer. O que me escandaliza é que os acionistas e os funcionários
não estavam a par dos problemas da Enron" , declarou Bush, acrescentando:
" Minha própria sogra comprou ações no verão passado que agora
não valem nada". Bush disse que as autoridades estão empenhadas
na busca de soluções para proteger melhor os acionistas. A quebra
da Enron arruinou uma grande quantidade de investidores, visto
que seus negócios no passado chegaram a superar os US$ 100 bi.
(El Mundo-23.01.2002)
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8- 20 milhões de páginas sobre a Enron teriam sido
destruídas pela Andersen |
Agentes do FBI se enfurnaram na sede da Enron em Houston, atrás
de suspeitas de destruição de documentos acerca do estado financeiro
da empresa, que recentemente abriu concordata. Um porta-voz da
Enron confirmou que os investigadores do FBI e do Departamento
de Justiça haviam visitado os escritórios, depois das acusações
de uma ex-funcionária da Enron, Maureen Castaneda, demitida ainda
esse mês, que a Enron havia destruído documentos contábeis nas
últimas semanas. Uma juíza federal de Houston abriu um procedimento
para investigar a destruição de documentos, tanto na Enron quanto
na auditora Arthur Andersen. Um advogado da Andersen, Rusty Hardin,
admitiu à juíza Melinda Harmon que o número de páginas destruídas
pela Andersen pode atingir a cifra de 20 milhões. Harmon pediu
às duas companhias que apresentem um plano para frear a destruição
de documentos. (El Mundo-23.01.2002)
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9- Experts em segurança nuclear temem atentados terroristas
nas usinas nucleares americanas |
Desde os ataques terroristas de 11 de setembro, alguns experts
em segurança nuclear estão cada vez mais preocupados que intrusos
possam entrar nas usinas nucleares americanas, montarem uma bomba
atômica com os materiais ali e a explodirem no lugar. Críticos
dos procedimentos de segurança tomados pelo Departamento de Energia
em relação às usinas nucleares dizem que os intrusos podem usar
explosivos convencionais para explodir lixo tóxico ou urânio ou
plutônio, enviando material radioativo a áreas próximas, ou que
poderiam tentar criar uma bomba atômica real. Com algum treinamento,
terroristas poderiam produzir uma reação em cadeia usando urânio
de uma maneira que produziria uma explosão substancial, dizem
alguns especialistas. Um ex-oficial de segurança do Departamento
de Energia, Ron Timm, disse que criar uma bomba atômica pode ser
feito sem explosivos, juntando partes de urânio manualmente. "
Pilotar um 757 ou num 767 é muito mais sofisticado do que estamos
discutindo aqui" , disse Timm. (New York Times-23.01.2002)
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10- Avaliação de distribuidoras equatorianas sai essa
semana |
Até o final desta semana, a Conam e Conelec, agências nacionais
de privatização e energia elétrica do Equador, vão conhecer o
resultado da avaliação das 17 distribuidoras elétricas cujo controle
(51%) vai ser leiloado em fevereiro. A partir desta informação,
as autoridades peruanas vão estabelecer o preço mínimo de cada
uma, e o Conam vai definir a data do leilão. A avaliação e a definição
do modelo de privatização das distribuidoras estão sendo feitas
pela consultoria norte-americana Salomon Smith Barney. A consultoria
peruana Latin Pacific Capital vai dar uma segunda opinião sobre
a avaliação da Salomon Smith Barney. A Deloitte & Touche vai auditar
o processo de venda das ações das distribuidoras. Três empresas
estão pré-qualificadas para esse leilão: a norte-americana AES,
a argentina Pérez Companc e a espanhola Unión Fenosa. As distribuidoras
a serem privatizadas são Bolívar, Centro Sur, Cotopaxi, Ambato,
Regional Sur, Emelnorte, Sucumbíos, Santo Domingo, Riobamba, Quito,
Esmeraldas, Manabí, Los Ríos, Santa Elena, Emelgur, Milagro e
El Oro. (Business News Americas-22.01.2002)
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Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
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Assistentes
de pesquisa: Ana Clara Cruz, Fernando Fernandes, Pedro Furley, Rodrigo
Rötzsch
e Silvana Carvalho.
Webdesigner:
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de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
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