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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 805 - 22 de janeiro de 2002
Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Secretário de Energia deixa MME

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, confirmou a saída do secretário de Energia do Ministério, Afonso Henriques Moreira dos Santos, que pediu afastamento do cargo por "não ter se adaptado". O pedido de demissão foi entregue ao ministro na última quinta-feira, dia 17.01, e foi aceito sem muitas resistências pelo ministro. Afonso Henriques foi indicado pelo ex-presidente da ANP, David Zylberstajn, e assumiu o cargo em março de 2001, após passar por uma quarentena obrigatória para os ex-diretores da Aneel. O ministro está analisando os nomes de alguns gestores indicados pelo Ministério do Planejamento para escolher o sucessor de Afonso Henriques. (Gazeta Mercantil - 21.01.2002)

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2- Aneel vai licitar ligação com Tucuruí II

Além das novas linhas que já estão em fase de implantação, a Aneel deverá licitar ainda em 2002 mais uma interligação Norte-Nordeste, a quarta entre as duas Regiões. Com isso, já fica definido o aproveitamento de parte da produção da usina de Tucuruí II, que entra em operação a partir de dezembro deste ano. Segundo o presidente da Aneel, José Mário Abdo, a linha de transmissão Tucuruí-Presidente Dutra deverá entrar em operação em março de 2003, logo após o início da geração da primeira turbina de Tucuruí II. Quando concluída, a segunda etapa da usina hidrelétrica terá capacidade de geração de 4,1 mil MW de um total de mais de 8 mil MW do Complexo Tucuruí. (Jornal do Commercio - PE - 22.01.2002)

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3- Multa aplicada a Vale Paranapanema é confirmada pela Aneel

A Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema S/A terá de pagar multa de R$ 8.717,84 por contabilizar com atraso a compra de ações da distribuidora Caiuá e o valor da reforma da agência de atendimento localizada no município de Rancharia, em São Paulo. A penalidade aplicada pela Comissão de Serviços Públicos de Energia do Estado de São Paulo (CSPE) foi ratificada pela Aneel, ao analisar recurso apresentado pela distribuidora. No mesmo processo, a Vale Paranapanema já tinha sido multada pela CSPE em R$ 17.4335,68 por não ter submetido à aprovação da Aneel o segundo acordo de acionistas assinado entre a Denerge, Jorge Queiroz de Morais Júnior e a CSW Vale L.L.C., em 1° de fevereiro de 1999. A empresa, no entanto, recolheu o valor da multa sem apresentar recurso. A Vale Paranapanema atende 131,8 mil unidades consumidoras em 27 municípios de São Paulo. (Aneel - 21.01.2002)

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4- Empresas de SC e MG são autorizadas a construir pequenas hidrelétricas

Duas empresas dos estados de Santa Catarina e Mato Grosso foram autorizadas pela Aneel a se estabelecerem como Produtores Independentes de Energia Elétrica. A Cooperativa de Eletrificação Rural de Braço do Norte Ltda. foi autorizada a construir e explorar a hidrelétrica Capivari, de 12 MW de potência instalada. A usina será construída nos municípios de São Martinho e São Bonifácio, em Santa Catarina. A entrada em operação da primeira unidade da hidrelétrica está prevista para 01.12.2003, e a segunda, em 31.12.2003. A Cassol Indústria e Comércio de Madeiras Ltda vai explorar a usina Cabixi II, de 2,3 MW da capacidade instalada. A hidrelétrica vai estar localizada no município de Comodoro (MT) e deverá entrar em operação no início do segundo semestre de 2002. Os investimentos para os empreendimentos somam R$ 22.880,00 mi. (Aneel - 21.01.2002)

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5- Suspensa importação de energia da Bolívia

A Aneel revogou a autorização para a importação de 150 MW de energia da Bolívia, outorgada à Tradener Ltda - comercializadora controlada pela Companhia Paranaense de Energia (Copel) - em dezembro de 1999. O cancelamento da autorização foi feito a pedido da empresa, que não conseguiu cumprir o cronograma estabelecido por problemas operacionais. A importação seria realizada a partir de outubro de 2001. (Aneel - 21.01.2002)

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6- Assinados contratos para novas linhas de transmissão no Nordeste

Foram assinados na segunda-feira, dia 21.01, em Recife (PE), dois novos contratos de concessão para construção, operação e manutenção de instalações de transmissão da rede elétrica no Nordeste. No total, são três linhas de transmissão, somando 437 km de extensão, e uma subestação. Com investimentos previstos de R$ 252.894.400,00, as novas linhas, leiloadas em 2001, irão beneficiar consumidores de Pernambuco, Alagoas e Paraíba. A Aneel assinou os contratos com as empresas Goiana Transmissora de Energia S.A. , vencedora da concessão da linha de transmissão Goianinha (PE) - Mussuré (PB), e INABENSA Brasil Ltda, que arrematou a concessão das linhas Xingo (AL) - Angelim (PE) e Angelim - Campina Grande (PB), além da subestação de Angelim. As concessões terão prazo de trinta anos, podendo ser prorrogadas, no máximo, por igual período. (Aneel - 21.01.2002)

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risco e racionamento

1- Apagão atinge onze estados do Brasil

A queda de um cabo de 440 KV na linha de transmissão que liga a usina de Ilha Solteira à subestação de Araraquara, em São Paulo, provocou o desligamento automático de 14 das 18 turbinas da hidrelétrica de Itaipu. Durante cerca de quatro horas, onze estados do País, entre eles os três com maior peso econômico - São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais - tiveram um apagão que, embora em proporções menores, lembrou o ocorrido em 1999. O diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, informou que a empresa responsável pela operação da linha é a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep) , estatal vinculada à Companhia Energética de São Paulo (Cesp). (Gazeta Mercantil - 22.01.2002)

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2- Queda de cabo em Ilha Solteira é a causa do blecaute

O blecaute que atingiu vários Estados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul foi provocado pela queda de um cabo na linha de transmissão da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep) de 440 KV entre Ilha Solteira e Araraquara, no interior de São Paulo. A companhia é controlada pelo governo do Estado. A informação foi anunciada pelo ministro de Minas e Energia, José Jorge, que descartou que o blecaute tenha qualquer relação com o racionamento de energia. Segundo ele, o aumento da capacidade do uso das linhas de transmissão por conta do racionamento e a capacidade máxima de geração da Usina de Itaipu não tem qualquer relação com o blecaute. (Gazeta Mercantil - 22.01.2002)

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3- Usinas têm pane em efeito dominó

A queda de um cabo de transmissão da estatal paulista Cteep ontem teve um efeito dominó sobre praticamente todas as geradoras elétricas do país, privatizadas ou não. Segundo o secretário de energia paulista, Mauro Arce, as três geradoras do Estado foram afetadas: a estatal Cesp Paraná e as privatizadas Duke Paranapanema e AES Tietê. O apagão se estendeu para as hidrelétricas que atendem aos 11 Estados das três regiões afetadas - Itaipu, Gerasul e Copel no Sul, chegando ainda às usinas da Cemig e Furnas, no Sudeste. Além do problema na linha da Cteep, de 440 quilovolts (kV); houve ainda um problema na linha de transmissão de 750 kV que liga Itaipu a São Paulo, segundo integrantes do governo. Com a oscilação na sua linha transmissão, Itaipu, responsável por 25% da energia do país, desligou 13 de suas 18 turbinas com potência individual de 700 MW.(Valor Econômico-22.01.2002)

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4- ONS poderá ser responsabilizado, diz Aneel

O diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, disse que serão abertos processos administrativos contra as empresas responsáveis pelo apagão. Segundo ele, o ONS poderá também ser responsabilizado pela queda no fornecimento porque é o órgão responsável pelo "despacho" de energia em todo o País. Abdo informou que ainda é cedo para dimensionar quantos consumidores foram atingidos pelo apagão, mas que todos poderão pedir ressarcimentos, por meio de suas distribuidoras, de possíveis danos causados em equipamentos. (Gazeta Mercantil - 22.01.2002)

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5- Interligação do sistema fez com que apagão se estendesse a onze estados

Com o defeito na rede da CTEEP, o sistema começou a apresentar oscilações de tensão e de freqüência que afetaram o resto do sistema, que é interligado. Em seguida foram acionados os dispositivos de desligamento automático de usinas e linhas, sobretudo os três linhões que transmitem a energia gerada por Itaipu até São Paulo. Se a interligação do sistema permite economia de custos e maior divisão de benefícios - funcionando como um condomínio - também implica em riscos de propalar os acidentes até áreas geograficamente distintas. O presidente do ONS, Mário Santos, destacou que as medidas de controle de emergência adotadas após o blecaute de 1999 permitiram a retomada do fornecimento em alguns Estados, incluindo toda a região Sul. Mesmo assim, Santos explicou que ainda falta descobrir porque o acidente não ficou restrito à área atingida. "Teremos que analisar agora porque a proteção não isolou melhor o sistema", disse o presidente do ONS. (Valor Econômico-22.01.2002)

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6- Presidente do ONS diz que mais termoelétricas teriam reduzido tempo do apagão

O presidente do ONS, Mário Santos explicou que se houvessem mais termoelétricas operando a gás no país o fornecimento de energia após a ruptura do cabo da CTEEP ontem em algumas áreas poderia ter voltado mais rapidamente. Isso porque uma térmica tem "partida" mais rápida do que uma usina a diesel, como por exemplo a de Santa Cruz, na Light, que precisa de aproximadamente oito horas para voltar a operar. Esse efeito cascata também afetou as usinas nucleares de Angra I e Angra II, que foram desligadas. (Valor Econômico-22.01.2002)

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7- Até às 20 h, governo não sabia explicar o que provocou a queda e como problema se espalhou

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, confirmou que o blecaute de ontem deveu-se a uma queda de cabo numa linha da CTEEP, empresa que reúne os ativos de transmissão do Estado de São Paulo. Ninguém do governo sabia informar até às 20h, o que provocou a queda e nem porque um problema localizado resultou na disseminação do blecaute por quatro regiões do país. Apenas o Nordeste, segundo o ministro, não foi atingido pela interrupção de energia, que chegou a quatro horas na maior parte da região Sudeste. Em entrevista coletiva às 19h, o ministro afirmou que naquele momento 95% do abastecimento das regiões atingidas já estava normalizado.(Valor Econômico-22.01.2002)

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8- ONS entregará relatório sobre apagão hoje

O presidente do ONS, Mário Santos, afirmou que entregará um relatório contendo a causa do apagão de ontem nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste hoje até as 18h. Caso Santos ache necessário outras avaliações, pedirá um prazo maior. Somente no fim da tarde de segunda-feira, o ONS conseguiu obter as primeiras explicações para as causas do blecaute que deixaram por quase quatro horas dez estados e o Distrito Federal parcialmente sem energia elétrica. (Globo Online - 22.01.2002)

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9- Sobrecarga das linhas durante racionamento pode ter causado apagão de ontem

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, garantiu ontem em entrevista as 19 horas que o blecaute, que começou por volta das 13:30, nada tem a ver com o racionamento de energia. Técnicos do próprio governo, contudo, admitem que o funcionamento atípico do sistema de transmissão desde junho do ano passado pode ser um dos fatores que interferiram na interrupção do fornecimento. A origem não estaria na deficiência de geração - os reservatórios estão recuperando armazenamento- mas na sobrecarga das linhas durante o racionamento, apesar de que no horário em que ocorreu a interrupção o transporte de energia pelas linhas estava normal. Por causa do racionamento, Itaipu tem gerado quase toda sua capacidade para ajudar no abastecimento das demais regiões. (Valor Econômico-22.01.2002)

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10- Mauro Arce acredita que queda no consumo pode ter provocado apagão

Para o secretário de Energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce, o racionamento de eletricidade pode colaborar para reduzir as ocorrências de acidentes no sistema interligado do país. Ou seja, ele acredita que havendo consumo mais reduzido, os riscos de blecaute estariam mais distantes. No entanto, uma queda muito acentuada no consumo de energia poderia provocar desequilíbrios, porque a falta de eletricidade nas linhas pode causar o fechamento dos cabos condutores. ''Pode ser que um dos elementos desta ligação não esteja funcionando adequadamente, o que contribuiria para a interrupção'', disse Arce. (Jornal do Brasil-22.01.2002)

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11- Presidente da Itaipu atribui culpa do blecaute à Furnas

O blecaute de ontem nada teve a ver com a Usina Hidrelétrica de Itaipu. Segundo o diretor-geral da usina, Euclides Scalco, o problema foi causado por queda de tensão no sistema de transmissão interligado de Furnas ou em alguma subestação. A queda de tensão acionou o sistema de segurança, desligando automaticamente as nove turbinas de Itaipu destinadas ao abastecimento do Brasil. A usina é responsável por 25% da energia consumida no país. Quando começou o apagão, 13h36, estavam em operação 17 das 18 máquinas geradoras de Itaipu, produzindo 10,5 mil MW. As máquinas desligadas trabalham em 60 ciclos, o sistema usado no Brasil. (Valor Econômico-22.01.2002)

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12- Pinguelli responsabiliza o governo pelo blecaute

O vice-diretor da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), o físico Luiz Pinguelli Rosa, acredita que a natureza do blecaute do dia 21.01 é bem simples. "O sistema está muito vulnerável e o problema não parece ter sido tão grave. A gravidade está na falta de investimentos pelo governo e de capacidade de geração e transmissão de energia. O sistema está operando no limite e qualquer perturbação provoca um colapso", garantiu. (Tribuna da Imprensa - 22.01.2002)

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13- Turbinas de Itaipu que fornecem energia ao Paraguai não foram afetadas por apagão

As turbinas que funcionam em 50 ciclos, fornecendo para o Paraguai, não sofreram paralisação durante o apagão de ontem. Esta, aliás, é a garantia do presidente da empresa, Euclides Scalco, de que Itaipu não apresentou problemas. Caso contrário, segundo Scalco, a energia paraguaia também teria caído e o abastecimento da região Sul não teria sido restabelecido quase que de imediato. Ele deixa claro que o blecaute nada teve a ver com a crise energética. " Não é falta d´água " , frisou. O reservatório de Itaipu está um pouco acima de seu nível normal. A operação da usina foi sendo restabelecida aos poucos durante a tarde. Às 17h, por exemplo, 11 turbinas já estavam funcionando normalmente. (Valor Econômico-22.01.2002)

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14- No Sul, falta de luz dura pouco tempo

Na Região Sul, houve apenas problemas localizados e de curta duração durante o apagão de ontem. Às 13h35, o Paraná deixou de receber 40% da carga que precisa (1,1 mil MW). Em Curitiba, a energia oscilou em pontos isolados. Santa Catarina registrou falta de energia durante 11 minutos. Segundo o presidente da Celesc, Francisco Küster, o Estado deixou de receber 30% de sua carga habitual. Num evento isolado, Florianópolis e a região Sul do Estado sofreram nova pane às 15h30, quando duas turbinas da Usina Jorge Lacerda, da Gerasul, deixaram de funcionar. O problema foi contornado com o desvio de energia de outros locais. No Rio Grande do Sul, o desligamento das turbinas provocou blecautes totais de até 25 minutos em mais de 50 municípios, afetando pelo menos 1,6 milhão de pessoas. Das três distribuidoras do Estado, a mais afetada foi a AES Sul, que atende parte da grande Porto Alegre mais a região centro-oeste. (Valor Econômico-22.01.2002)

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15- Governo gasta US$ 3 bi a menos que necessário em manutenção das linhas de transmissão

O presidente da GCE, ministro Pedro Parente, afirmou ontem que o apagão de ontem não tem qualquer relação com o racionamento de energia elétrica. Na avaliação do auxiliar do presidente Fernando Henrique Cardoso, a economia de energia nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste foi programada porque os reservatórios estavam muito abaixo do nível normal. Já o apagão ocorreu por acidente numa linha de transmissão. Cálculos do governo mostram a necessidade de se destinar US$ 7 bi para manutenção e obras no sistema, mas o governo gastou, nos últimos anos, menos de R$ 4 bi anuais. Parente chegou a marcar para hoje uma reunião com os integrantes, para avaliar as conseqüências do blecaute. Como foi divulgada a causa do apagão e como o presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Mário Santos, precisava permanecer no Rio, Parente resolveu adiar o encontro da cúpula da GCE. (Jornal do Brasil-22.01.2002)

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16- Empresa responsável por blecaute pode perder concessão

O diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, informou que a empresa responsável pela operação da linha que liga a usina de Ilha Solteira à subestação de Araraquara, é a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep) , estatal vinculada à Companhia Energética de São Paulo ( Cesp ) - a mesma que foi multada em 1999, no valor de R$ 3 mi, por causa de um defeito na subestação de Bauru. "O fato de ser reincidente sempre agrava a penalidade, que poderá culminar, em tese, no fim da concessão", disse Abdo a este jornal. Ele informou que a Aneel abriu um processo administrativo contra a empresa, na noite de 21.01.2002. A Cteep terá até a manhã de23.01 para apresentar um relatório detalhado do acidente. "Levaremos em conta principalmente se a pane foi causa ou conseqüência de fatores externos. Isto é que graduará a penalidade", avisou. (Gazeta Mercantil - 22.01.2002)

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17- José Jorge admite vulnerabilidade do sistema

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, admitiu que o sistema elétrico brasileiro continua vulnerável a problemas de transmissão de energia, como os que levaram aos blecautes de 21.01.2002 e de março de 1999, que desligaram boa parte das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste."Não dá para falar contra a constatação, qualquer sistema que falha é vulnerável", admitiu Jorge. "É preciso verificar se o nível de vulnerabilidade é aceitável", alertou. (Estado - 22.01.2002)

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18- Cancelada reunião da GCE

O diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, disse que o acidente que originou o blecaute do dia 21.01 não deve mudar os planos do governo quanto à suspensão gradativa do racionamento, com flexibilização de meta de consumo prevista para a indústria e para as atividades de turismo ligadas ao Carnaval. Essas decisões seriam anunciadas no dia 22.01, após reunião da Câmara de Gestão da Crise de Energia (GCE). Mas a reunião foi cancelada. A explicação oficial foi a impossibilidade do presidente do ONS, Mário Santos, ausentar-se do Rio de Janeiro. (Gazeta Mercantil - 22.01.2002)

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19- Apagão atrasa testes na usina de Machadinho

O blecaute que ocorreu ontem na região Sudeste acabou atrasando os testes de sincronismo das máquinas de geração da primeira turbina de Machadinho, com o sistema interligado Centro-Sul. O sincronismo, que deveria ocorrer por volta das 22h de ontem, foi transferido para às 10h de hoje. A ONS decidiu pelo adiamento em virtude dos trabalhos para restabelecer a transmissão de energia. Segundo o diretor da Machadinho Energética SA (Maesa), Luiz Fernando Achá Mercado, os testes duram cerca de 2 horas. Neste período ocorre a primeira geração de energia (com tensão elétrica), mas ainda de forma insignificante para o sistema. Na oportunidade é verificado se a energia está sendo transmitida, além dos níveis de tensão e freqüência. Os testes ajustam das máquinas. Depois do sincronismo serão efetuados outros testes como rejeição de carga (a 25%, 50%, 75% e 100%), estabilização de temperatura e tensões, além da regulagem de velocidade e outras variáveis. Após uma inspeção geral das máquinas deve começar a geração comercial, prevista para a meia-noite do dia 31 de janeiro. A geração inicia com 20 meses de antecedência com relação ao contrato. (Diário Catarinense-22.01.2002)

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20- Código do Consumidor prevê ressarcimento

Os consumidores que tiveram aparelhos eletroeletrônicos queimados por conta do blecaute que atingiu no dia 21.01 as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país têm direito ao ressarcimento do prejuízo causado em seus aparelhos. A afirmação é do coordenador de atendimento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Marcos Diegues. De acordo com ele, o artigo 20 do Código de Defesa do Consumidor obriga o fornecedor de serviços a responder pela má prestação e permite ao consumidor exigir a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos. "Apesar de o problema da queda de energia elétrica ter ocorrido na Usina de Itaipu, na divisa entre o Brasil e o Paraguai, onde a luz é gerada, a responsabilidade também é das empresas que cuidam dos processos de transmissão e distribuição", afirmou Diegues. (Diário do Gde ABC - 22.01.2002)

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21- Distribuidoras podem indenizar população

O comissário-geral da Comissão de Serviços Públicos de Energia de São Paulo (CSPE), Zevi Kann, afirmou que é possível que as distribuidoras sejam obrigadas a indenizar consumidores que tiverem aparelhos elétricos estragados por causa da queda no fornecimento de energia desta tarde. Kann afirmou que as distribuidoras têm, pelas regras do sistema elétrico, a obrigação de ressarcirem os prejuízos, mesmo que não tenham tido a culpa pelo problema. Ele lembra que, no blecaute de março de 1999, a Aneel obrigou as distribuidoras a pagarem as indenizações em um procedimento sumário. Na ocasião, houve problemas na volta da energia que causaram excesso de tensão e perda de aparelhos. A CSPE regula e fiscaliza os serviços de energia no Estado de São Paulo. (Gazeta Mercantil - 21.01.2002)

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22- José Jorge diz que governo buscará salvaguardas para evitar novos apagões

Até o início da noite de ontem o governo ainda não sabia exatamente o que havia provocado o apagão de ontem à tarde. Durante a entrevista, o ministro de Minas e Energia recebeu telefonema do presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Mário Santos, comunicando que finalmente havia identificado o problema na linha de transmissão de Ilha Solteira-Araraquara. Suspeitou-se, durante toda a tarde, que poderia ter sido em Itaipu. O sistema de segurança do sistema elétrico foi reforçado depois do blecaute de 1999, o que deveria pelo menos evitar que a queda de uma linha em São Paulo levasse a interrupção em outros Estados. José Jorge tentou evitar alarmismo e afirmou que o governo buscará salvaguardas para tentar evitar novos blecautes. "Podemos tranquilizar a população. O fato de ter dado defeito uma vez não quer dizer que vai ter outro. A posteriori vamos buscar salvaguardas para o sistema", informou. (Valor Econômico-22.01.2002)

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23- Câmara discute novas metas para indústria

A Câmara de Gestão da Crise de Energia (GCE) se reunirá no dia 21.01 para discutir as novas metas de racionamento para todos os segmentos industriais. A idéia é amenizar a redução de consumo, de forma a retirar o setor gradualmente do racionamento. Hoje, as empresas devem reduzir entre 15% e 25% o consumo em relação à média registrada nos meses de maio, junho e julho de 2001. A GCE também vai discutir como será o plano de racionamento durante o carnaval. Também será discutido o detalhamento das novas regras para o setor elétrico. (Gazeta Mercantil - 21.01.2002)

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24- Reservatórios do NE atingem 31%

Segundo o ministro das Minas e Energia, José Jorge, o nível dos reservatórios no Nordeste neste final de semana chegou à marca dos 31,17%. Os reservatórios localizados no Sudeste registraram um acúmulo equivalente a 43% de sua capacidade. "Mas os reservatórios do Nordeste enchem mais rápido. No domingo, o crescimento foi de 1,20%, enquanto no Sudeste foi de 0,65%. Isto nos leva a crer que a data do fim do racionamento para as duas regiões coincidam", disse o ministro. No domingo, o Nordeste utilizou pela primeira vez desde o início do racionamento sua própria capacidade de geração para atender suas necessidades. (22.01.2002)

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25- Cenário de escassez deve continuar nos próximos anos

Mesmo com os últimos esforços do governo, a escassez e o alto preço da energia vão conviver com os brasileiros pelos próximos dois a três anos. Esse é o cenário traçado por analistas do setor ouvidos pelo Valor, que destacam a fragilidade do sistema atual. "Uma pequena e localizada causa produz hoje no país um grande efeito, o que prova nossa extrema vulnerabilidade", diz Luiz Pinguelli Rosa, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo ele, a falta de linhas de transmissão interligando as várias regiões do país e a incapacidade de atender à crescente demanda fragilizam o sistema, o que ajuda a dar dimensões maiores a pequenos problemas. Já que algumas áreas, onde os reservatórios estão mais cheios, podem ser sobrecarregadas em detrimento de outras. Não é só a fragilidade que assusta os especialistas. A escassez de energia deve continuar sendo uma preocupação pelos próximos dois anos por dois motivos. Primeiro, os reservatórios - que, no início da década de 90, terminavam o ano com mais de 60% de sua capacidade - tiveram suas reservas gastas ao longo dos anos, sem haver recuperação. O que levou, em 2000 e 2001, às represas a começarem com 30% de seu nível. Enquanto isso, os investimentos, que demoram de três a sete anos para ficarem prontos, não vieram no ritmo suficiente desde 1995. "Ou seja, nossa dependência com São Pedro continuará alta pelos próximos dois a três anos", diz Peter Greiner, ex-secretário de Minas e Energia, entre 1994 e 1999. (Valor Econômico-22.01.2002)

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26- MP culpa autoridades por racionamento

O Ministério Público Federal conclui em duas semanas o inquérito que investiga as responsabilidades pelo racionamento de energia . Os procuradores Ana Paula Mantovani, Eliana Torelly, Guilherme Schelb, Alexandre Camanho, José Diógenes Teixeira e Luiz Fernando Bezerra vão propor ação civil pública por improbidade administrativa contra autoridades do governo federal. Os procuradores consideram que o governo falhou ao não conseguir evitar o racionamento. Mas ainda não resolveram quem será acusado na ação. ''Os peritos estão compilando dados colhidos nos depoimentos e só então vamos individualizar as responsabilidades'', afirmou Camanho. O apagão de ontem também preocupou os procuradores. ''O governo já havia atribuído a problemas do passado as circunstâncias que levaram ao risco de apagão. Agora não dá para responsabilizar governos passados. Há um ministério do apagão,'' disse Camanho. (Jornal do Brasil-22.01.2002)

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27- Tourinho alertou governo sobre colapso eminente do sistema energético

Os procuradores do MP tomaram dezenas de depoimentos para apurar responsabilidades pelo racionamento. Alguns depoentes responsabilizaram a equipe econômica. Os ministérios da Fazenda e do Planejamento teriam se negado a autorizar investimentos maciços no setor elétrico. O ex-ministro das Minas e Energia Rodolpho Tourinho, em dois depoimentos, afirmou que o sistema era frágil e garantiu ter alertado o governo sobre o colapso iminente. ''A equipe econômica sabotou o projeto das termelétricas. Da mesma forma a Aneel'', disse . Em 1999, quando ocorreu o primeiro blecaute por falha no sistema, o governo atribuiu o problema a um raio que teria atingido uma torre. Segundo depoimentos e documentos com o Ministério Público, a queda de energia ocorreu porque o sistema não estava preparado para a sobrecarga. (Jornal do Brasil-22.01.2002)

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28- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Piratininga capta US$ 155 mi no exterior

A Companhia Piratininga de Força e Luz está anunciando a captação de empréstimo externo no valor de US$ 155 mi, com prazo de um ano. O processo de obtenção de crédito foi coordenado pelo Banco do Brasil, a partir da associação sindical de bancos, e finalizado na última semana de dezembro. As instituições financeiras que se associaram para fornecer o empréstimo foram o Votorantim Bank e o BBA Creditanstalt. O BB explicou que o financiamento de capital de giro, fornecido por meio de um agente fiduciário, prevê a emissão de papéis chamados de Certificados de Participação em Empréstimo (Loan Participation Certificates). Esses títulos foram distribuídos no exterior pelo BB Securities, em Londes. (Gazeta Mercantil - 21.01.2002)

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2- Copel capta em reais para pagar eurobônus

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) prepara a emissão de R$ 500 mi em debêntures. O objetivo é dar cobertura a eventuais pedidos de resgate de parte dos US$ 150 mi em eurobônus, lançados em maio de 1997, os quais devem ser repactuados. A operação foi autorizada pelo conselho de administração da Copel e deverá ocorrer neste trimestre. Vinte e cinco instituições foram convidadas a apresentar as propostas para coordenar a operação. As escolhidas saem nos próximos dias. (Gazeta Mercantil - 22.01.2002)

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3- BP Solar terá postura agressiva em licitações do MME

O braço de geração de energia fotovoltaica do grupo British Petroleum (BP), a BP Solar, já avisa aos concorrentes: em 2002, vai entrar em todas as licitações possíveis para a venda de sistemas que conseguem transformar a luz do sol em energia elétrica. A declaração é do diretor de relações externas da empresa no Brasil, Paulo Pinho. Vencedora em 2001 de boa parte do pregão internacional promovido pelo Ministério de Minas e Energia (MME), a BP Solar avança sobre o Brasil, na expectativa de crescimento da demanda. O faturamento de US$ 10 mi, decorrente do contrato com o MME, será contabilizado nos resultados financeiros de 2002. "Esse montante já é bem expressivo em relação a 2001, quando a BP Solar iniciou suas atividade no País", afirma Pinho. A meta para 2002, comenta, vai depender do desempenho da empresa nas licitações a serem promovidas pelo governo, para o Programa de Desenvolvimento Energético para Estados e Municípios (Prodeem). Além da iniciativa estatal, a BP participa também de licitações privadas, na área de telecomunicações. (Gazeta Mercantil - 21.01.2002)

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financiamento

1- Nova América espera receber cerca de R$ 25 mi no MAE

A Usina Nova América espera receber cerca de R$ 25 mi em negócios fechados no MAE, pela venda de energia por um preço médio de R$ 500/MWh. "Durante meses o preço médio fixado pelo MAE foi de R$ 684/MWh", afirma Marcelo Avanzi, gerente da usina. "Quem gerou energia sem contrato negociou no MAE por um preço muito alto." Gilma dos Passos Rocha, da Aneel, diz que as dívidas do MAE estão sendo contabilizadas e serão resolvidas logo que sair a regulamentação de seu substituto, o Mercado Brasileiro de Energia (MBE). Foi a distorção do preço, resultado de uma equação que levava em conta vários fatores, como situação dos reservatórios e cotação do petróleo, que levou o MAE a ser extinto este mês. Para Eduardo de Carvalho, presidente da Unica, o risco é que uma visão de curto prazo desvie a atenção das dificuldades do país, que precisa de eletricidade para crescer e de fontes alternativas, já que a ampliação da capacidade hidrelétrica depende de mais reservatórios. (Folha de S. Paulo - 22.01.2002)

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financiamento

1- Déficit na balança é de US$ 258 mi na 3ª semana

A balança comercial brasileira registrou na terceira semana de janeiro um déficit de US$ 258 mi. Entre os dias 14 e 20 de janeiro, as exportações somaram US$ 805 mi, com média diária de vendas calculada em US$ 161 mi. As importações atingiram US$ 1,063 bi, registrando uma média de US$ 212,6 mi por dia. Com o déficit de US$ 258 mi do período, o superávit acumulado no ano cai de US$ 270 mi para US$ 12 mi. (Gazeta Mercantil - 21.01.2002)

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2- IGP-M tem alta de 0,32% em janeiro

A segunda prévia do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) referente a janeiro registrou alta de 0,32%, segundo informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na segunda prévia de dezembro, o índice verificava alta de 0,24%. O Índice de Preços por Atacado (IPA) teve alta de 0,10%, em comparação com a queda de 0,02% observada em dezembro do ano passado. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) deteve alta de 0,78%, ante a variação positiva de 0,66% verificada na segunda prévia de dezembro. No ano, a inflação acumula alta de 0,32% e, no período de 12 meses, o IGP-M registra alta de 10,05%. O período de coleta da segunda prévia vai do dia 21 de dezembro ao dia 10 de janeiro. (Gazeta Mercantil - 21.01.2002)

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3- Dólar sobe 0,30% e fecha a R$ 2,374

Na segunda-feira, dia 21.01.2002, a cotação do dólar comercial subiu 0,30% e era negociada a R$ 2,374, na venda. A oscilação entre o menor preço (R$ 2,366) e a maior taxa (R$ 2,38) ficou em 0,59%. A Ptax, média das cotações apurada pelo BC, ficou em R$ 2,3742, baixa de 0,04%. Na BM&F, o contrato de dólar com vencimento em fevereiro subiu 0,21% para R$ 2,387. Para março, a moeda norte-americana era negociada a R$ 2,417, alta de 0,22%. O volume de negócios ficou em R$ 4,4 bi (36.653 contratos negociados), um resultado 12% menor do que o contabilizado na sexta-feira, dia 18.01.2002 (R$ 5,04 bi e 42.170 contratos negociados). (Gazeta Mercantil - 22.01.2002)

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4- Projeções para juros fecham praticamente estáveis

No dia 21.01, as projeções para as taxas de juros futuros fecharam praticamente estáveis. Entre os contratos mais negociados, o de fevereiro - que indica a expectativa para o Copom - saiu de 18,98% para 18,99% ao ano. A taxa para abril subiu de 18,94% para 19% ao ano. Já os juros para julho caíram de 19,17% para 19,06% ao ano. O volume de negócios caiu 22%, passando de 165.731 contratos transacionados (R$ 15,1 bi), na sexta-feira, dia 18.01, para 128.581 contratos (R$ 11,8 bi). (Gazeta Mercantil - 22.01.2002)

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5- Títulos de emergentes tem fraca movimentação

No mercado internacional, houve poucos negócios com os títulos da dívida soberana de países emergentes na segunda-feira, dia 21.01.2002. As transações costumam ser concentradas em Nova York, que não funcionou devido ao feriado local. As poucas operações feitas em Londres, indicaram que o C-Bond, título da dívida brasileira mais negociado, subiu 0,63% para US$ 0,792. O Global 27, também brasileiro, fechou estável em US$ 0,763. Outro título brasileiro com bastante liquidez é o Global 40 que fechou com estabilidade e era negociado a US$ 0,796. Já o FRB, título da Argentina mais líquido no mercado, subiu 3,33% e era negociado a US$ 0,31. O Global 8, também argentino, subiu 1,25% e valia US$ 0,282. (Gazeta Mercantil - 22.01.2002)

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gás e termoelétricas

1- CGE retira Termo Catarinense Norte do PPT

A resolução 100, divulgada pela CGE, retirou definitivamente a Termo Catarinense Norte (TCN) do Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT). Com isso, tornou inviável, ao menos no curto prazo, a construção da térmica, encampada e divulgada durante meses pelo vice-governador Paulo Bauer, responsável pelos assuntos de energia da administração estadual. A planta seria abastecida com gás natural proveniente da Bolívia e geraria 350 MW. O investimento, previsto em US$ 250 mi, seria feito pelos norte americanos da El Paso. No meio do caminho, no entanto, o conselho de administração da Celesc impediu a empresa de assinar o contrato de compra da energia que seria fornecida pela nova usina. As empresas não chegaram a um consenso e o projeto foi abandonado pelos americanos. (Gazeta Mercantil - Sul - 22.01.2002)

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2- Chuva deve esfriar os negócios das usinas

As mesmas chuvas que ajudam a lavoura de cana devem esfriar os negócios energéticos das usinas. As empresas de açúcar e álcool que investiram na ampliação da capacidade geradora de energia, de olho nos altos preços praticados no mercado atacadista no ano passado, esperam as novas normas do governo para o setor e o início da colheita de cana para ver se encontram clientes. "Investimos US$ 3,5 mi em 2001 para aumentar nossa capacidade de produção de energia de 22,5 mil para 33 mil MW, ou seja, um excedente de 10,5 mil MW, e agora não sabemos se alguém vai querer comprar", diz Marcelo Avanzi, gerente das usinas Nova América e Maracaí, de São Paulo. Avanzi diz que há dúvidas se o mercado atacadista estaria disposto a pagar R$ 150/MWh de uma usina termelétrica, se pode comprar energia hidrelétrica por um preço muito menor, especialmente agora que as chuvas estão recuperando os reservatórios. (Folha de S. Paulo - 22.01.2002)

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3- Cogeração atrai investidores

Enquanto no mercado à vista (de curto prazo) o setor de cana pode encontrar dificuldades para vender energia, a longo prazo os investimentos continuam firmes. Além de fornecer energia no período mais seco do ano no Centro-Sul, de maio a novembro, as usinas de açúcar e álcool não gastam divisas com matéria-prima importada, o que atraiu o interesse do BNDES, principal parceiro dessas empresas no financiamento de projetos de co-geração. Até dezembro de 2001, o BNDES destinou R$ 781 Mi a projetos relativos à biomassa, dos quais 91%, ou R$ 714 Mi, foram para o processamento de bagaço de cana-de-açúcar. Nos projetos contratados e aprovados para usinas de açúcar, o BNDES entrou com 75%, ou R$ 173 Mi, num total de R$ 230 Mi. Estão em estudos investimentos no setor da ordem de R$ 484 Mi, dos quais o BNDES entraria com R$ 399 Mi. (Folha de S. Paulo - 22.01.2002)

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4- Grupo Balbo investiu R$ 23 Mi em cogeração

O interesse na cogeração levou o grupo Balbo, de São Paulo, dono das usinas São Francisco e Santo Antonio, a criar a empresa Bioenergia S/A, e a investir R$ 23 Mi, dos quais 70% financiados pelo BNDES, para aumentar sua capacidade de gerar excedentes de 300 kWh para 20 MWh. "Fechamos contrato de venda de energia por 12 anos com a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz)", diz Jairo Balbo, diretor industrial da São Francisco. (Folha de S. Paulo - 22.01.2002)

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grandes consumidores

1- Fiesp vai cobrar a conta dos prejuízos

O blecaute ocorrido na tarde de 21.01 no Sudeste e Centro-Oeste e no Norte do Paraná causou "perplexidade" aos industriais da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo Luiz Gonzaga Bertelli, diretor-adjunto do Departamento de Infra-Estrutura da federação, há excessiva dependência do sistema de transmissão de energia da usina hidrelétrica de Itaipu. "Não temos alternativas", disse. "Toda vez que ocorrem problemas no sistema de transmissão entre o Sul e o Sudeste, o parque industrial do Sudeste pára." De acordo com Bertelli, a Fiesp está fazendo um levantamento dos prejuízos provocados pelo apagão e irá encaminhar suas "reclamações" ao Ministério das Minas e Energia. (Tribuna da Imprensa - 22.01.2002)

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2- Apagão pára indústrias

Preparada para enfrentar falta de energia durante o racionamento, grande parte das indústrias operou pelo menos parcialmente durante o apagão de ontem. Empresas de setores eletrointensivos, como as de cloro e soda, fios e cabos, níquel, ferro-liga e silício metálico tiveram de parar a produção. Carbocloro e Níquel Tocantins, por exemplo, perderam juntas perto de US$ 204 mil em poucas horas. Onze das 15 indústrias de ferro-liga e silício metálico da Região Sudeste estimam um prejuízo de US$ 140 mil por hora parada. "Foi uma surpresa", diz Glycon Garcia Júnior, presidente da americana Phelps Dodge no Brasil, fabricante de fios e cabos. Companhias de bens de consumo, sem geradores suficientes para manter a produção, amargaram prejuízo. A Garoto deixou de fabricar 220 toneladas de chocolate nas três horas em que suas máquinas ficaram paradas. (Valor Econômico-22.01.2002)

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3- Celesc admite que indústrias que trabalham com carga elevada podem ter sofrido interrupções

Com o blecaute de ontem, a Celesc deixou de fornecer um terço do da energia para Joinville. No Médio Vale do Itajaí, 11 cidades ficaram sem energia durante 10 minutos. O gerente regional da Celesc, Flávio Camargo, admite que as indústrias que trabalham com carga elevada podem ter sofrido interrupções porque quando houve religamento, a tensão caiu. Um aviário em Treviso registrou a morte de 7 mil animais. O apagão causou um furo na principal caldeira da Usina Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo. O blecaute atingiu por 16 minutos parte de Lages e Campo Belo do Sul. Em Lages, a Lactoplasa, Laticínios Planalto Serrano, sofreu os maiores prejuízos. A empresa paralisou a fabricação de leite longa vida e perdeu 600 litros. O supervisor de produção da empresa, Rafaneli Lopes da Costa, explicou que todo o sistema de produção do longa vida é informatizado e com a falta de energia, são desligado. (Diário Catarinense-22.01.2002)

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4- Montadoras deixam de produzir carros e peças

A indústria automobilística também contabilizou perdas de produção com o apagão ocorrido na tarde de 21.01, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Centenas de veículos e autopeças deixaram de sair das linhas de montagem. A fábrica da Fiat, localizada em Betim (MG), ficou uma hora e meia parada e deixou de produzir 180 veículos. Em Indaiatuba (SP), a Toyota deixou de fazer 12 unidades do sedan Corolla durante as três horas de paralisação da unidade e em São Bernardo do Campo (SP), cerca de 1,2 mil autopeças, entre peças originais utilizadas na montagem do Corolla brasileiro e da Hilux argentina, e peças de reposição da linha Bandeirante e Hilux, dos Estados Unidos. Para a Volkswagen, as unidades de São Bernardo do Campo e Taubaté (SP) deixaram de produzir 150 veículos cada uma. Já em Resende (RJ) foram 20 veículos que deixaram de sair da linha de montagem e, em São Carlos (SP), 300 motores. São José dos Pinhais (PR) não teve sua produção atingida. (Gazeta Mercantil - 22.01.2002)

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5- Volkswagen perde 17% da produção de ontem por causa do apagão

O apagão desligou as maiores linhas de montagem de automóveis do país. A Volkswagen perdeu 17% da produção diária, 300 veículos. As montadoras têm gerador, mas não os utilizam para acionar as linhas de montagem, que requerem muita energia. Ford e GM também pararam a produção no ABC e em São José dos Campos (SP). Em Betim (MG), a Fiat deixou de produzir 180 veículos. A falta de energia afetou o atendimento nos bancos, mas não provocou pane generalizada. A maior parte das agências terminou o expediente usando energia própria de geradores. (Valor Econômico-22.01.2002)

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6- Pequeno impacto na agroindústria

A queda de energia de ontem afetou pouco as agroindústrias. Algumas estão vivendo o período de entressafra ou bem no início dos trabalhos, quando recebem pouco produto. É o caso das indústrias de suco concentrado de laranja e das processadoras de soja. Nas empresas que estão em plena operação, os prejuízos também foram pequenos. O frigorífico Ad'oro, de São Paulo, deixou de abater 40 mil frangos, um terço da produção diária. A linha de produção ficou paralisada cerca de três horas e a empresa deixou de faturar R$ 120 mil. A Perdigão informou que não foram registrados problemas em suas unidades, que dispõem de geradores de energia. . (Valor Econômico-22.01.2002)

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internacional

1- Governo espanhol pede análise dos prejuízos causados às indústrias por apagões

O governo espanhol pediu às grandes empresas industriais um informe sobre o impacto econômico dos últimos apagões nos seus negócios. O objetivo é determinar se esse setor, que se beneficia de tarifas mais baixas de energia em troca de sofrer voluntariamente cortes de fornecimento, está sendo vítima do equilíbrio atual entre a oferta e a demanda da eletricidade. As principais companhias se reuniram com representantes do executivo e nestes momentos, a patronal do setor, Aege, está elaborando um documento que deverá estar antes do fim do mês na mesa do vice-presidente econômico Rodrigo Rato. Algumas empresas estimam que o aumento dos cortes de fornecimento no mês passado lhes causou perdas de produtividade da ordem de 15 a 20%. Até agora, só as fábricas de cimento avaliaram o custo das interrupções. Segundo o sindicato da categoria, Oficemen, as companhias do setor perderam US$53 mi em dezembro. (El Mundo-22.01.2002)

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2- Unesa aprova por unanimidade ingresso da Electra del Viesgo na entidade

A associação patronal do setor elétrico espanhol, Unesa, da qual participam as quatro grandes companhias espanholas do setor (Endesa, Iberdrola, Unión Fenosa e Hidrocantrábico) aprovou ontem por unanimidade o ingresso como membro de pleno direito da entidade uma quinta empresa, a Electra del Viesgo, quinta no setor e propriedade desde o ano passado da italiana Enel, que a adquiriu à Endesa. O presidente da Unesa, José María Amusátegui, destacou em sua intervenção ante à junta que aprovou a entrada da Electra del Viesgo, que uma das primeiras decisões dessa companhia foi solicitar seu ingresso na organização, o que ele interpreta como um gesto de reconhecimento da associação e do trabalho que ela desenvolve. (El País-22.01.2002)

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3- Consumo per capita de energia em Portugal aumentou 34% na década de 90

O consumo "per capita" de energia aumentou mais de 34%, entre 1990 e 1998, em Portugal. Trata-se do maior crescimento em toda a União Européia. No entanto, Portugal continua a apresentar o menor consumo de energia por habitante, um fato que está relacionado, não a uma maior eficiência energética ou exclusivamente por razões climáticas, mas sim aos baixos níveis de conforto e de posse de equipamentos típicos de países mais desenvolvidos. As conclusões são da Direção Geral de Energia (DGE) e constam do relatório "Energia Portugal- 2001". A DGE anuncia ainda que a procura de energia final em Portugal cresceu, na década de 90, a uma taxa sustentada de 4,5% ao ano, o que dá em termos acumulados um aumento de 50%.. Os setores dos transportes e dos serviços foram os que mais contribuíram para este resultado, com taxas de crescimento do consumo de energia na casa dos 68% e dos 85%, respectivamente. (Diário Econômico-22.01.2002)

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4- Compra da Ruhrgas pela EON é bloqueada

O escritório de competição federal alemão bloqueou ontem a tomada de controle da Ruhrgas, distribuidora dominante de gás natural no país, pela EON, segunda maior companhia de eletricidade alemã. No entanto, as duas companhias, que já esperavam por esse veredicto, acreditam poder persuadir o chanceler Gerhard Schröder e seu ministro da economia, Werner Müller, de relevar os reguladores e abrir o caminho para os anseios internacionais de compra da EON. O bloqueio da fusão da EON com a Ruhrgas é altamente político. Müller foi executivo da Veba, que depois se fundiu com outra companhia para se tornar a EON. Müller permaneceu um entusiasta das elétricas e não deu nenhum sinal que irá renunciar à questão da EON-Ruhrgas. O ministro disse ontem que ainda não havia tomado nenhuma decisão, mas a expectativa é que ele apoie o pedido da Enron de relevar a decisão das autoridades reguladoras da competição. (New York Times-22.01.2002)

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5- Scottish Power pode ser quarta companhia a aumentar preços de gás no Reino Unido

A Scottish Power estaria disposta a ser a quarta companhia britânica a aumentar os preços de gás doméstico- em 6%. A medida foi atacada ontem pela Energywatch, organização de defesa dos direitos dos consumidores do setor. A British Gas, dona da Scottish Gas, aumentou seus preços em 5,3% em média no começo desse mês, sendo seguida pela London Electricity e pela Powergen. A Scottish Power tem cerca de 800.000 consumidores, um terço dos quais escoceses. John Hanlon, presidente do comitê escocês da Energywatch, declarou que este foi um mês terrível para os consumidores de gás escoceses. A Scottish Gas controla, somada à Scottish Power cerca de 90% do mercado escocês de gás natural. (Financial Times-22.01.2002)

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6- Seis geradoras compram edital para fornecimento à Chilectra

A Chilectra, distribuidora elétrica chilena controlada pelo grupo Enersis, vendeu o edital para contratação de abastecimento de energia para seis geradoras. O edital esteve à venda até sexta-feira (18/01) e foi adquirido por AES Gener, Eléctrica Santiago, Endesa Chile, Colbún, Codelco e Compañía de Generación del Sur. O prazo para apresentação de propostas vence em 15 de abril, e a Chilectra vai adjudicar o contrato em 13 de maio. Esta é a quarta tentativa da Chilectra de licitar o abastecimento de 400 GWH. As licitações anteriores não atraíram interessados, porque as distribuidoras não querem assumir o compromisso de fornecer eletricidade "em qualquer circunstância", inclusive em caso de seca, conforme a legislação atual. Em vista disso, a agência nacional de energia elétrica CNE elaborou um projeto de lei simplificado, para alterar alguns aspectos da normas em vigor e assim estimular investimentos em novos projetos de geração, transmissão e interligação no país e com a Argentina. (Business News Americas-22.01.2002)

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7- Enron investiga destruição de documentos em seus escritórios em Houston

A Enron investiga uma possível destruição de documentos nos escritórios de sua sede em Houston, que supostamente se realizou depois da companhia começar a ser investigada pelo governo dos EUA. Uma antiga executiva da Enron, declarou à cadeia de televisão ABC, que essa destruição de documentos se produziu em um dos escritórios de contabilidade da sede da Enron em Houston. A ex-diretora do departamento de investimentos estrangeiros da Enron, Maureen Castaneda, exibiu uma caixa com pedaços de documentos que, segundo ela, a levaram a deixar o seu trabalho " para utilizar como material de embalagem. Havia um montão" . Castaneda acrescentou que o processo de destruição dos documentos começou no fim de novembro e continuou até a semana passada. O advogado da Enron, Robert Benett, disse que se estão investigando as circunstâncias nas quais se produziu essa possível destruição de documentos. (El Mundo-22.01.2002)

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8- Enron diz ter notificado funcionários da proibição de se desfazer de documentos

A Enron declarou ontem à noite que desde 25 de outubro notificou expressamente seus empregados de que eles deviam preservar todos os documentos e materiais da firma. A declaração foi uma resposta à acusação de uma ex-executiva da companhia, Maureen Castaneda, de que a companhia continuava a destruir documentos em sua sede em Houston até a semana passada, contra ordens da justiça divulgadas em outubro passado. A companhia refutou as acusações dizendo ter enviado quatro e-mails entre 25 de outubro de 2001 e 14 de janeiro desse ano recomendando a preservação dos documentos. A companhia acrescentou que está cooperando totalmente com os investigadores do governo e entregou 41 caixas com documentos e materiais. A companhia disse que foi muito clara ao se expressar contra a destruição de documentos, e se alguma brecha da política da companhia for detectada, se lidará com ela de forma severa. (Platts-22.01.2002)

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9- Shell, Elf e Gaz de France tem interesse na usina indiana da Enron

Três grupos europeus de energia manifestaram interesse em comprar a controversa usina elétrica indiana que pertence em 65% à Enron. A anglo-holandesa Royal Dutch/Shell e as francesas TotalFinalElf e Gaz de France se uniram à três potenciais compradores indianos nas ofertas à usina de US$ 2.9 bi. Os credores indianos ao projeto, o maior investimento estrangeiro direto no país, estabeleceram para o meio de março o prazo para as propostas para a usina de 2.814 MW. Banqueiros disseram que a chegada potencial de investidores estrangeiros alargou a competição pela usina. A usina, mantida pela Dabhol, na qual a Enron tem uma parcela majoritária, está parada desde junho, quando a única cliente da Dabhol, a MSEB, rescindiu seu contrato, reclamando de altas tarifas. A Dabhol reclama que a MSEB, que é dona de 15% do projeto, está lhe devendo US$ 300 mi. A nova investidora da usina deve adquirir não só a parcela da Enron, como também os 10% da Bechtel e da General Electric, que construíram a usina. (Financial Times-22.01.2002)

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10- Tractebel faz proposta por negócios da Enron na Coréia do Sul

A companhia energética belga Tractebel, declarou ontem que encaminhou uma oferta pelos negócios sul-coreanos da Enron. A companhia, que fez da região do Pacífico asiático uma de suas áreas-alvo de crescimento, se negou a revelar o valor da proposta. Entretanto, a parcela de 50% da Enron na SK-Enron, uma joint venture com a SK-Corp, terceiro maior conglomerado industrial da Coréia, valeram US$ 240 mi em 1999, quando a companhia foi formada. A SK-Enron controla cerca de 25% do mercado de gás natural da Coréia do Sul e cerca de metade do mercado de gás líquido de petróleo. A companhia tem parcelas em 11 afiliados, incluindo um holding de 46% na SK Gas Co. Uma análise da imprensa sul-coreana disse que a Tractebel enfrentaria a competição da Royal Dutch/Shell e da El Paso. A Shelll se negou a comentar se estava realmente se candidatando a assumir a parcela da Enron na SK-Enron. A Enron passará uma semana avaliando as propostas e irá selecionar então o comprador perfeito. (Financial Times-22.01.2002)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Ana Clara Cruz, Fernando Fernandes, Pedro Furley, Rodrigo Rötzsch e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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