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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 803 - 18 de janeiro de 2002
Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Geradoras privadas não terão preços regulados

As geradoras privadas de energia não terão os preços regulados pelo Governo. As medidas anunciadas na semana passada, que incluíam a regulação de preços, pela Aneel, dizem respeito apenas à energia velha gerada pelas estatais federais. Segundo o diretor de Infra-Estrutura do BNDES, Octavio Castelo Branco, ainda não está decidido se estatais estaduais, como Cemig e Copel, também terão seus preços tabelados. O conceito de energia velha utilizado pelo Governo é para a eletricidade produzida nas usinas que já tiveram seus investimentos amortizados. Ou seja, a empresa está gerando energia sem necessidade de descontar o custo do empreendimento, feito há décadas. ''É fundamentalmente a energia das grandes hidrelétricas. Estamos falando da maior parte da energia no Brasil'', explica Castelo Branco, que coordena o grupo da GCE voltado para a resolução do problema da oferta de energia no curto prazo. Segundo ele, ainda falta definir que mecanismo de estabelecimento de preço será utilizado e o próprio preço do MWH. (Jornal do Commercio-18.01.2002)

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2- Eletrobrás não abre mão de excedente de Itaipu

A Eletrobrás ''não abre mão'' da chamada energia excedente de Itaipu, disse o presidente da empresa Cláudio Ávila. Esse é um dos pontos em discussão no setor e um dos maiores impasses do MAE, colocando as distribuidoras de energia elétrica e a Eletrobrás em campos opostos. A Lei 5.899, que regulamenta o Tratado de Itaipu, define que a energia da maior hidrelétrica do mundo (um empreendimento conjunto entre o Brasil e o Paraguai) pertence à Eletrobrás (no Brasil) e a Ande (no Paraguai), mas a Aneel emitiu parecer favorável às distribuidoras de energia. . A Eletrobrás não aceitou a posição da Aneel e recorreu à Justiça. Segundo Ávila, já houve duas tentativas de derrubar a liminar, mas até agora a posição da Justiça tem sido a favor da Eletrobrás. As distribuidoras de energia, porém, não estão pagando à Eletrobrás pelo uso dessa energia. O presidente da Eletrobrás informou que o Governo está buscando uma ''posição única'' sobre a questão, que deverá estar definida até o final do mês. A GCE criou um grupo de trabalho coordenado pelo secretário-executivo do Ministério das Minas e Energia, Luiz Gonzaga Leite Perazzo, que emitirá uma posição no dia 29, segundo Ávila. (Jornal do Commercio-18.01.2002)

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3- BC prevê aumento de 19% na energia

Em respeito às regras do sistema de metas inflacionárias, o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, publicou no dia 17.01.2002, carta enviada ao ministro da Fazenda, Pedro Malan, justificando o não cumprimento da meta de 2001, quando o IPCA fechou em 7,61%, acima, portanto, do teto de 6% definido para a inflação do ano passado. Na carta, Fraga projeta um aumento de 5,2% para os preços administrados em 2002. Boa parte desse aumento ainda será influenciado pelo reajuste médio de 19% do preço da energia elétrica dos consumidores residenciais. Em 2001, a inflação dos preços administrados foi de 10,4%, puxada principalmente pelo aumento das tarifas de energia elétrica. (Hoje em Dia - 18.01.2002)

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risco e racionamento

1- José Jorge admite fim simultâneo do racionamento nas regiões SE/CO e NE

O ministro José Jorge admitiu que pode estar muito próximo o fim do racionamento de energia para todo o país. " A nossa expectativa é que até o fim do mês o nível dos reservatórios esteja entre 45% e 48%. Quando chegar a 50% faremos uma reunião para decidir sobre o fim do racionamento" disse o ministro. Ontem, segundo o ONS, o nível dos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste era de 40,45%. A água subiu nos primeiros 16 dias do mês 8,16%. Mesmo assim, os reservatórios das duas regiões estão 2,15% abaixo da margem de segurança. Os reservatórios nordestinos acumularam até ontem 27,41% de água (+13,31%). Pela primeira vez, o ministro admitiu que o fim do racionamento do Nordeste vai acontecer junto com o das regiões Sudeste e Centro-Oeste. Antes o Nordeste só seria liberado um mês depois. (Valor Econômico-18.01.2002)

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2- Abrandamento do racionamento no Carnaval apresenta dificuldades

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, disse ontem que a GCE está tendo dificuldades técnicas para suspender ou amenizar o racionamento para os consumidores residenciais no período do carnaval. Ele explicou que há dificuldades para calcular uma nova meta para milhões de consumidores levando em conta apenas um período de dez dias. José Jorge afirmou que durante os dias de carnaval a prioridade no alívio das metas será dada à iluminação pública, que ficará livre do racionamento já em 1º de fevereiro. Bares, restaurantes, clubes, casas noturnas, sambódromos e outros também deverão ser beneficiados com metas mais brandas durante o carnaval. (Valor Econômico-18.01.2002)

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3- Meta para residências pode não cair no Carnaval

A redução das metas do racionamento de energia para consumidores residenciais durante o Carnaval, anunciada pelo governo no dia 15.01, pode não acontecer. No dia 17.01, o ministro José Jorge disse que "essa questão do Carnaval, do ponto de vista do consumo residencial, é de uma operacionalidade muito difícil". A questão será analisada pelo GCE na terça-feira, dia 22.01. A dificuldade operacional está na forma como são determinadas as metas. As distribuidoras de energia teriam dificuldade para calcular uma meta específica para os consumidores residenciais que vigorasse durante um período curto apenas, como no Carnaval. (Folha de São Paulo - 18.01.2002)

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4- Reservatórios no Sudeste atingem 39,66%

Segundo o ONS, os reservatórios das principais usinas hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste atingiram, no dia 15.01, 39,66% de capacidade de armazenamento de energia - no dia 14.01 acumulavam 38,88%. No Nordeste, para onde se voltam as atenções em virtude das chuvas na cabeceira do Rio São Francisco, os reservatórios alcançaram o percentual de 26,75% no dia 15.01, ante o nível de 26,01% do dia 14.01. Já no Sul do País, os reservatórios tiveram uma ligeira melhora de 82,12% para 82,68%. Ao mesmo tempo, no Norte do Brasil, a hidrelétrica de Tucuruí aproxima-se da totalidade de capacidade de estoque de energia, ao somar 94,76% em 15.01, ante volume de 93,17% no dia anterior. (Gazeta Mercantil - 17.01.2002)

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5- Reservatórios do Nordeste já atingiram curva mínima

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, disse ontem que, quando o governo decidir pelo fim do racionamento de energia, este será decretado simultaneamente para as três regiões - Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Ele ressaltou que o nível dos reservatórios das hidrelétricas nordestinas já ultrapassou o limite mínimo determinado pelo governo (curva-guia) num cenário menos otimista. José Jorge explicou que o limite mínimo do Nordeste é proporcionalmente inferior ao das Regiões Sudeste e Centro-Oeste, porque a previsão de abastecimento de energia emergencial é maior para os Estados nordestinos e por isso é mais fácil atingir a curva-guia mínima. O ministro ressaltou, no entanto, que o fim do racionamento depende de os níveis atingirem a curva máxima, e não a mínima. Para atingir os limites da curva máxima os reservatórios precisam ter seu nível elevado em 9,15 pontos porcentuais no Sudeste e no Centro-Oeste e em 14,27 pontos porcentuais no Nordeste. O ministro voltou a dizer que no momento em que os reservatórios atingirem 50% de sua capacidade máxima será convocada reunião para discutir o fim do racionamento. (O Estado de São Paulo-18.01.2002)

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6- Curva guia máxima pode ser atingida em 17 dias no NE e 18 dias no SE/CO

O volume de enchimentos dos lagos das usinas do Sudeste e Centro-Oeste continua alto. Na quarta-feira, eles encheram 0,77% a mais, o segundo melhor resultado dos últimos meses, perdendo apenas para o da terça-feira. O volume de água que entrou nos lagos do Sudeste e Centro-Oeste na quarta está acima da média diária de 0,51% verificada em janeiro. Se apenas a média de enchimento dos lagos for mantida nas próximas semanas, em cerca de 18 dias (no dia 3 de fevereiro), pode-se alcançar a curva-guia superior no Sudeste e Centro-Oeste. Uma fonte do governo já adiantou que as medidas poderão ser suspensas para todo o País a partir de março, depois da uma reunião da Câmara que deverá ocorrer no início de fevereiro. No Nordeste, o volume de água que enche os lagos está com uma média diária de 0,83%. Na quarta-feira, o nível dos reservatórios cresceu abaixo da média, apenas 0,66%. Se a média for mantida nos próximos dias, a curva-guia superior poderia ser atingida em 17 dias (em 2 de fevereiro). (O Estado de São Paulo-18.01.2002)

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7- Economia de energia na CPFL atinge 30,7% em janeiro

Nos primeiros 15 dias de janeiro, o consumo de energia no mercado da CPFL teve uma redução de 30,7%. Segundo a distribuidora, este índice totaliza uma economia de 327 mil MWh, energia suficiente para atender uma cidade do porte de Campinas por 49 dias, por exemplo. Em dezembro, a economia em sua área de concessão foi menor que a registrada até o momento. De acordo com a companhia, a redução de consumo em seu mercado atingiu 29,6%. (Canal Energia - 17.01.2002)

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8- Lei estadual vai incentivar geração de energia eólica e solar no Rio de Janeiro

O governo do estado do Rio de Janeiro deverá regulamentar a nova lei que incentiva a produção de energia eólica e solar dentro de 60 dias. A lei nº 3.770, sancionada na semana passada pelo governo estadual, estabelece a redução de 75% do ICMS aplicado sobre os ativos de novos projetos de geração de energia a partir de fontes alternativas. Com isso, o governo pretende beneficiar os projetos previstos para o estado, já em fase de medição do potencial dos ventos no Norte fluminense e na Região dos Lagos. (Canal Energia - 17.01.2002)

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9- Programa para uso de energia solar em residências terá crédito de R$ 400 mi

A Caixa Econômica Federal vai disponibilizar em 2002 uma linha de crédito de R$ 400 mi para financiamentos de sistemas de aquecedores solares em residências. O banco estatal é um dos parceiros da iniciativa, que faz parte Programa de Eficiência Energética desenvolvido pelo Ministério de Minas e Energia e pela GCE. Partindo da formulação e aplicação de três projetos, o programa tem como meta alcançar um economia de até 4 bi de kWh por ano. A redução do consumo pode possibilitar ainda a retração em até 10% da necessidade de expansão da capacidade de geração de energia do país. "Com os projetos do programa, poderemos antecipar a economia de energia que pode ser obtida com a instalação de um mercado efetivo de eficiência no Brasil, nos próximos anos", considera Marcelo Poppe, diretor do Departamento Nacional de Desenvolvimento Energético do MME. A primeira parte do programa envolve a penetração dos aquecedores solares no mercado, substituindo ou complementando os modelos elétricos. (Canal Energia - 17.01.2002)

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10- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Chesf deve estimular crescimento do NE

Transformada numa nova empresa e responsável em administrar toda a política de recursos hídricos do Nordeste, a Chesf poderá se transformar num instrumento eficaz de desenvolvimento regional. Técnicos, economistas e acadêmicos acreditam que a "nova Chesf" poderá desempenhar um papel semelhante ao da norte-americana Tennessee Valley Authority (TVA), estatal do setor elétrico criada na década de 40 que foi decisiva para reduzir as desigualdades que existiam entre o Vale do Tennessee e o restante dos Estados Unidos. A decisão de tornar a Chesf responsável pelos recursos hídricos de todo o Nordeste foi tomada há uma semana pelo Governo federal. "Com isso, está se ampliando a possibilidade de a Chesf atuar como um mecanismo de desenvolvimento e não apenas como produtora de energia", disse o diretor de Estudos Regionais e Urbanos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Gustavo Maia Gomes. (Diário de Pernambuco - 18.01.2002)

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2- Próximos meses são decisivos para a Celesc

Os próximos meses serão decisivos para a Celesc firmar-se no mercado de energia brasileiro e confirmar sua intenção de profissionalizar a gestão dos setores de distribuição e geração, afastando o apadrinhamento político de seu cotidiano. Analistas de mercado dizem que ainda faltam ações práticas que recomendem a estatal catarinense aos investidores. (A Notícia - 18.01.2002)

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3- Machadinho entra em operação na segunda-feira

A usina hidrelétrica de Machadinho, que está sendo construída na divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, começa a gerar energia comercialmente na próxima segunda-feira, dia 21.01. O anunciou foi feito pela Maesa, consórcio de empresas responsável pela construção da barragem. Até domingo, dia 20.01, serão finalizados os testes com o primeiro dos três geradores da hidrelétrica, que tem capacidade de produzir 380 MW. Quando estiver em pleno funcionamento, a hidrelétrica acrescentará 1140 MW ao sistema nacional de energia. Machadinho é considerada um modelo de parceria entre o setor público e o privado na geração de energia. A obra foi concluída 20 meses antes do previsto. (A Notícia - 18.01.2002)

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4- Linhas de transmissão de Furnas e Eletrosul têm novas receitas

A Eletrosul teve os valores de suas receitas anuais estabelecidos, permitidas pela disponibilização dos reforços nas instalações de transmissão de energia elétrica. Por exemplo, para construção do módulo geral e barramentos em 230 kV da Subestação Itajaí, a empresa terá uma receita de disponibilizará R$ 1,6 mi, nos 15 anos iniciais, e R$ 802 mil nos 15 anos restantes da concessão. Para a implantação do primeiro autotransformador trifásico de 230/138-13,8 kV, de 150 MVA e conexões associadas de 230 kV e 138 kV, da Subestação Itajaí serão disponibilizados R$ 1,3 mi, nos 15 anos iniciais, e R$ 655 mil nos 15 anos restantes da concessão. Já Furnas terá uma receita R$ 51 mi, nos 15 anos iniciais, e R$ 25,7 mi, nos 15 anos restantes da concessão, para implantação da entrada do terceiro circuito da linha de transmissão Itaberá-Tijuco Preto, em 750 kV, do sistema de transmissão de Itaipu. (Canal Energia-18.01.2002)

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5- Coelce faz transferência de ações e altera controle da Investluz

A Coelce recebeu autorização da Aneel para fazer a transferência de 15 bilhões de ações ordinárias de propriedade da Interocean Developments para a Enersis. Também foi autorizada a transferência de 10 bilhões de ações de propriedade da Estelmar Holdings para a Electra. Com o negócio, as empresas passam a fazer parte do bloco de controle da Investluz, controladora direta da Coelce. (Canal Energia - 16.01.2002)

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6- Cerj é autorizada a fazer transferências de ações para duas empresas

A Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro (Cerj) foi autorizada pela Aneel a fazer a transferência de 366,2 bilhões de ações ordinárias de propriedade da Empresa Elétrica de Panamá para a Enersis. Além disso, a agência autorizou a transferência de 319,7 bilhões de ações de propriedade da Sociedad Panameña de Eletricidad para a Electra. Com o negócio, as empresas passam a fazer parte do bloco de controle direto da Cerj. (Canal Energia - 16.01.2002)

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7- Grupos de trabalho buscarão investimentos privados para Celesc

O governo catarinense e o Conselho de Administração da Celesc começam a montar grupos de trabalho para implementar a reestruturação da empresa de energia, informa fonte familiarizada com o processo. O projeto de lei que divide a elétrica em três subsidiárias e que altera seu modelo de gestão foi sancionado no dia 16.01 pelo governador Esperidião Amin. Caberá aos novos grupos de trabalho o papel de buscar mecanismos para promover a associação com capital privado. Entre eles, não estão descartadas emissões de papéis, como debêntures, e a participação em empreendimentos privados. Pelo projeto de lei sancionado, o capital social da Celesc Geração e da Celesc Distribuição - novas subsidiárias integrais - deve se manter majoritariamente sob o controle do Governo do Estado. Já na Celesc Telecomunicações o governo deve ter, no máximo, 49% do controle acionário. (Gazeta Mercantil - 18.01.2002)

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8- Copel fez empréstimo de R$ 29,5 mi à UEG Araucária

A Copel fez empréstimo de R$ 29,5 mi em favor da UEG Araucária Ltda, uma usina a gás com participação da iniciativa privada e que tem a estatal como um de suas parceiras. A liberação do dinheiro foi autorizada no final de 2001, mas a ata da reunião do Conselho de Administração da Copel, tratando do empréstimo, só foi tornada a público em janeiro de 2002 através de sua publicação em jornal de circulação estadual. Os detalhes do acordo para a devolução do dinheiro aos cofres públicos não constam na ata do conselho. As justificativas para o repasse foram novos investimentos e um ''impacto causado pela variação cambial ocorrida posteriormente à aprovação do orçamento''. (Folha de Londrina - 17.01.2002)

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9- Mudanças no setor energético agradam à AES

Em maio do ano passado, o presidente mundial da AES Corporation, Dennis Bake, suspendeu os investimentos no Brasil, estimados em US$ 2 bi devido à falta de garantias sobre a remuneração dos empreendimentos em geração. Ele responsabilizou a Aneel pelo iminente "desastre energético" porque vinha mantendo os preços baixos " de forma irreal". Ontem, o presidente da AES Sul, Damian Obiglio disse que a visão da AES é " favorável " às primeiras medidas de reestruturação pois elas têm o objetivo de resolver " problemas sérios " do setor e " apontam para a retomada dos investimentos ". De acordo com o executivo, a iniciativa representa o reconhecimento do governo de que o modelo anterior precisava de ajustes. Desde 1997 o grupo investiu US$ 6 bi no país. O presidente da AES Sul disse que o grupo ainda pretende analisar com mais profundidade o novo pacote, mas adiantou que muitas das medidas atenderam a "inquietudes " manifestadas pelos investidores nos últimos dois anos. Um dos pontos importantes a definir, segundo ele, é o valor normativo que determinará as tarifas levando em consideração diferenças regionais e de horário de consumo. (Valor Econômico-18.01.2002)

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10- AES volta a investir em geração

A AES, maior produtora independente de energia elétrica do mundo, vai retomar os investimentos em geração de energia no Brasil. Os projetos que vão sair da gaveta são três usinas térmicas, duas em São Paulo e uma no Rio Grande do Sul, num investimento total de US$ 1,2 bilhão para geração de cerca de 3 mil MW. "Mudanças na regulação do setor e o fim do racionamento levaram à reavaliação dos projetos", informou o presidente da AES Sul - Distribuidora Gaúcha de Energia, Damian Obiglio. As duas usinas paulistas, Bariri e Santa Branca, terão capacidade para gerar, respectivamente, 1.200 MW e 1.020 MW. Nas duas obras ainda falta a concessão de licença prévia por parte dos órgãos ambientais e a definição de parceiros para bancar cada um dos empreendimentos. No Rio Grande do Sul o investimento é de cerca de US$ 450 mi na Termosul, termelétrica para gerar 750 MW em Montenegro. A usina já tem licença prévia e a Fundação Estadual de Proteção Ambiental recebeu pedido para concessão da licença de instalação. (Gazeta Mercantil - 18.01.2002)

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financiamento

1- Comae analisa soluções para resolver pendências com Aneel

O Conselho de Administração da Asmae tem até o dia 28 de fevereiro para apresentar à Aneel as soluções que pretende tomar para solução as três das 32 recomendações que ficaram pendentes desde outubro do ano passado, quando a empresa apresentou as justificativas para os outros 29 itens. Os pontos envolvem a estrutura organizacional e sua implantação; criação de um plano de cargos e salários; e a redefinição do processamento contábil. Na próxima reunião do Conselho de Administração da Asmae, marcada para a próxima terça-feira, dia 22 de janeiro, a Monitor Group, consultoria responsável pela reestruturação da empresa, apresentará um conjunto de soluções para equacionar os itens em questão. "O trabalho envolveu uma análise técnica, que resultou na elaboração de um conjunto de soluções. Agora, caberá ao Conselho da Asmae aprovar ou modificar as medidas que serão indicadas", explica Victor Madeira, sócio-diretor da Monitor Group no Brasil, consultoria responsável pelo trabalho de reestruturação da Asmae. Ele acredita que os pontos pendendes serão resolvidos na reunião da próxima semana. (Canal Energia-18.01.2002)

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2- Comae diz ter enviado justificativas à fiscalização da Aneel em outubro

"As respostas e justificativas a essa fiscalização da Asmae foram encaminhadas à Aneel em outubro do ano passado, após longa e aprofundada auditoria realizada pelas empresas Trevisan Auditores Independentes, Kroll, Demarest & Almeida e do escritório Raimundo Brito e Calasans Advogados Associados", diz carta do Conselho de Administração da Asmae,. A carta destaca ainda um conjunto de medidas tomadas pelo administração da Asmae, entre as quais: a revisão dos cronogramas das contabilizações do MAE com a inclusão do preço semanal no sub-mercado Sul; a continuidade do processo de reestruturação administrativa; e a verificação do sistema de contabilização e faturamento de energia no curto prazo. Este último processo, ressalta a carta, foi interrompido posteriormente após uma medida judicial para equacionar a questão do excedente de energia de Itaipu. Outro ponto destacado no conjunto de medidas é a redução em 25% no orçamento da Asmae no segundo semestre de 2001, que passou de R$ 50 mi para R$ 16 mi. (Canal Energia-18.01.2002)

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3- Fim do racionamento coloca em pauta futuro das bolsas de excedente de energia

As empresas que possuem bolsas de comercialização de energia começam a rever a estrutura inicial montada para atender as negociações de excedentes. Isto porque com o fim do racionamento o objetivo principal dos balcões de negócios perdem seu valor. Entretanto, nem todas as bolsas de energia serão suspensas. É o caso do BB Leilão Eletrônico. Os leilões de excedente de energia, realizado pelo Banco do Brasil, foram suspensos. Agora, o banco aguarda decisão da GCE para retomar as negociações em ambiente web. "A intenção é montar uma nova estrutura para comercializar a energia como um todo", comenta Vitória Morgado, gerente da Divisão de Energia do Banco do Brasil. Segundo ela, a decisão de suspender os leilões foi motivado principalmente pela chegada do fim do racionamento. "Com as chuvas e os ajustes ao plano, a procura por excedentes caiu para 5% este ano", observa. Além disso, o programa de revitalização do setor de energia dá outros rumos ao negócio, que comercializou em torno de 25 mil MWh, a preço médio de R$ 95,00. A expectativa, diz a gerente, é que a implementação das medidas possibilitem a abertura do mercado de energia. "É certo que os leilões de energia ganhem nova roupagem com estas novas medidas", acredita.(Canal Energia-18.01.2002)

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4- Fim próximo do racionamento prejudica negócios das bolsas de energia

Em recente entrevista ao CanalEnergia, Adilson de Oliveira, coordenador do Grupo da Crise Energética da Firjan diz que o volume de negócios nas bolsas de energia tem caído significativamente. De acordo com ele, mais de 45 mil MWh foram ofertadas desde o início das operações. Já a quantidade demandada foi em menor número, atingindo 15 mil MWh. Outra prova de que os negócios estão fracos é o leilão de excedente de energia do MAE. Atualmente, os pregões, realizados na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), têm registrado poucos negócios. O motivo é a falta de ofertas durante os leilões. Desde o início das operações, em junho passado, os pregões do MAE conseguiram comercializar 49.350 MWh, com volume total de negócios em torno de R$ 8 mi. (Canal Energia-18.01.2002)

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5- Asmae/Bovesa fecha negócio de 500 MWh a R$ 100,45

O leilão de excedentes energéticos operado pela Bovespa e pela Asmae fechou o dia 17.01 negócio que envolve 500 MWh. O preço médio do MWh ficou em R$ 100,45 - no último pregão em que houve transações, no dia 15.01, o MWh saíra cotado a R$ 101. No movimento do dia, o total de ofertas para compra foi de 800 MWh, dos quais 500 MWh a R$ 100,50 e 300 MWh a R$ 80. Na ponta vendedora, as propostas somaram 1.350 MWh, com ofertas entre R$ 100,45 e R$ 115. (Gazeta Mercantil - 17.01.2002)

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financiamento

1- O BC alonga dívida cambial de R$ 1,4 bi

O Banco Central (BC) resgatou R$ 1,4 bi em títulos cambiais que venceriam nos próximos dois meses e colocou em mercado o mesmo volume de papéis com prazo de até seis anos. O alongamento da dívida pública desconcentrou o resgate de US$ 23,6 bi em papéis cambiais previsto entre fevereiro e agosto. A maior parte desses títulos havia sido colocada em mercado após os atentados terroristas nos Estados Unidos, em 11 de setembro, de modo a dar "hedging" aos investidores. O pagamento agora da dívida cambial de curto prazo seria oneroso ao governo federal. Além disso, o agravamento da crise argentina e a proximidade das eleições presidenciais no Brasil poderiam deixar o mercado financeiro mais instável nos próximos meses e criar obstáculos para a rolagem dos papéis. (Gazeta Mercantil - 18.01.2002)

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2- BC explica descumprimento de meta

Ninguém imaginava que 2001 seria um ano com tantas turbulências na economia brasileira e mundial, nem mesmo o Banco Central do Brasil, responsável pela condução da política monetária, com o objetivo principal de manter a inflação sob controle. Tamanho era o otimismo no início de 2001 que, logo na primeira reunião do ano, o Copom decidiu reduzir a taxa Selic de 15,75% para 15,25% ao ano, mantendo trajetória de queda dos juros. Fatos inesperados, como a crise de energia e os atentados terroristas aos Estados Unidos impediram o cumprimento da meta de inflação, com teto de 6%, explicou, no dia 17.01.2002, o BC. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou variação de 7,67% no ano. (Gazeta Mercantil - 18.01.2002)

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3- Dólar oscila pouco e fecha a R$ 2,385

A cotação do dólar comercial oscilou pouco durante o dia 17.01.2002. O preço da moeda norte-americana registrou alta de 0,76%, a R$ 2,385, na venda, na última meia hora de negócios. De acordo com operadores, a alta no preço do dólar ocorreu por uma operação de "hedging", inferior a US$ 100 mi, para uma empresa de telecomunicações. "O dia foi de poucos negócios e com pouca liquidez essa operação mexeu com o mercado", disse o diretor de câmbio de um banco estrangeiro. A Ptax, média das cotações, ficou em R$ 2,3641, baixa de 0,95%. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros ( BM&F ), o contrato de dólar de fevereiro subiu 0,82%, a R$ 2,402. (Gazeta Mercantil - 18.01.2002)

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4- Juros fecham com leve baixa

No dia 17.01.2002, os juros futuros fecharam quase estáveis, com leve baixa. Entre os contratos mais negociados, o de fevereiro ficou estável em 18,99% ao ano. A taxa de abril saiu de 19,20% para 19,04%. O contrato de julho foi de 19,54% para 19,31%. O termo de DI, de agosto, ficou em 19,51%. (Gazeta Mercantil - 18.01.2002)

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gás e termoelétricas

1- AES quer concluir três termelétricas até 2005, com capacidade para gerar 3 mil MW

O grupo americano AES informou oficialmente ontem a retomada de seus planos de investimentos em termelétricas no país. Pelo menos três projetos de usinas, uma no Rio Grande do Sul e duas em São Paulo, totalizando 3 mil MW de potência e aportes de US$ 1,2 bi, deverão sair da gaveta e começar a gerar energia entre o fim de 2004 e o início de 2005. O presidente da AES no Brasil, Luiz David Travesso, já havia informado ao Valor, em novembro, a intenção de intensificar os investimentos em térmicas.Segundo o presidente da AES Sul, que distribui energia na região centro-oeste do Rio Grande do Sul, Damian Obiglio, o grupo pretende retomar " com pressa" os investimentos. O objetivo é garantir o abastecimento das suas distribuidoras - o que inclui ainda a Eletropaulo Metropolitana . De acordo com ele, como o desenvolvimento dos empreendimentos é longo, entre 18 e 24 meses, a empresa precisa se antecipar ao crescimento da demanda. (Valor Econômico-18.01.2002)

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2- Termelétrica no RS é a mais adiantada dos três projetos da AES

Dos projetos que serão retomados pela AES com as mudanças no setor energético, o mais adiantado é a usina Termosul, prevista para gerar 750 MW, em Montenegro (RS). Orçada em US$ 450 mi, a planta tem licença ambiental prévia e pode receber investimentos a partir do fim do ano. As térmicas de Santa Branca e Bariri, em São Paulo, que somam mais de 2,2 mil MW, ainda esperam licenciamento e devem avançar só em 2003. O grupo já está se movimentando para buscar financiamento, o que deverá incluir aportes da matriz e empréstimos nacionais e internacionais.(Valor Econômico-18.01.2002)

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3- Transporte por gasoduto será rateado

O subsídio para o transporte de gás do gasoduto Brasil-Bolívia, uma das 18 medidas elaboradas pelo grupo de revitalização do setor elétrico, será pago por um mecanismo semelhante a Conta de Consumo de Combustível (CCC), onde se faz o rateio por todos os consumidores do custo mais elevado das térmicas, principalmente as movidas a diesel. A informação foi transmitida no dia 17.01.2002 pelo ministro de Minas e Energia, José Jorge. Ele esclareceu que a proposta é diluir entre todos os consumidores o custo adicional que as térmicas terão no transporte do gás importado da Bolívia. A medida, segundo o ministro, ainda não está totalmente formatada, continuando a ser discutida no âmbito da GCE. (Gazeta Mercantil - 18.01.2002)

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4- Conferência em São Paulo debaterá expansão de gasodutos

Será realizado nos dias 25 e 26 de fevereiro, no Hotel Park Plaza, em São Paulo, a conferência "Expansão de gasodutos: Ampliando o transporte e novos negócios na cadeia de gás natural". Um dos objetivos é compartilhar as experiências entre as empresas do segmento sobre negócios e oportunidades de gasodutos. Também serão debatidos temas como: Questões ambientais; Programa das termelétricas; Medidas e ações do governo; Impostos e tributos. Além disso, no último dia do evento, será realizado um Workshop sobre licitações e modalidades de contratos para a construção de gasodutos e expansão do gás natural. (Canal Energia - 16.01.2002)

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internacional

1- Aumento de exportações ao Brasil faz produção de gás crescer 31% na Bolívia

O incremento das exportações ao Brasil e os preços favoráveis alentaram o crescimento da produção de gás natural na Bolívia durante o ano passado, segundo análise realizada pela Unidade de Análise de Políticas Sociais e Econômicas (Udape). O Ministério da Fazenda informou que o setor cresceu 31% no ano passado, frente aos 16% de 2000. A análise realizada pela Udape concluiu que no primeiro semestre do ano passado a produção de gás natural cresceu 53%. Entre janeiro e setembro, foram exportados 8,99 milhões de metros cúbicos por dia em média, segundo dados da Superintendência de Hidrocarburos. Até dezembro passado, o volume de exportação chegou a atingir 12,5 milhões de metros cúbicos por dia ao Brasil. Esse valor deve aumentar ainda mais no ano que vem, já que a Bolívia deverá entregar o volume total de 30 milhões de metros cúbicos por dia, que estão consignados em contrato entre os dois países. (Los Tiempos-18.01.2002)

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2- Plano boliviano de gás natural está em fase final de preparação

O plano nacional boliviano de uso de gás natural ingressou em sua fase final de preparação e se estima que nos próximos dias será apresentado à opinião pública pelo presidente Jorge Quiroga. Fontes do Ministério de Desenvolvimento Econômico informaram que o documento recolhe a opinião dos líderes dos partidos políticos que estiveram presentes na cimeira realizada no último dia 20 de junho na cidade de Cochabamba. Os partidos pediram a preparação de um documento que se constituirá na base da política boliviana sobre o uso do gás natural, um recurso abundante nas jazidas ao sul do país. Segundo foi decidido na cimeira, a comissão responsável pelo projeto tem caráter pluralista com a participação de técnicos de partidos políticos a quem se encomendou a tarefa de desenhar uma política de estado para o aproveitamento pleno do gás natural como recurso estratégico para o desenvolvimento do país. (Los Tiempos-18.01.2002)

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3- Colbún pede para Conama adiar avaliação do estudo de impacto ambiental da Central Candelária

A Colbún, geradora chilena controlada bela belga Tractebel e pelo grupo Matte, solicitou à Comissão Nacional do Meio- Ambiente (Conama) suspender o processo de avaliação do estudo de impacto ambiental (EIA) apresentado para a construção da Central Termelétrica Candelária (480MW). A geradora pediu que a avaliação fosse postergada até o dia 28 de fevereiro. O diretor da Conama, Mario Meneses, explicou que o possível atraso que sofrerão as obras e o início das operações da central não se deve a demora na entrega de novos antecedentes por parte da Colbún ou ao adiamento da aprovação do EIA, mas que cabe a Colbún analisar o que houve. Meneses disse que a geradora pode reativar o processo antes da data-limite, desde que entregue toda a informação requerida antes do dia da avaliação, a ser estabelecido pela própria elétrica. A partir daí, a Conama terá um prazo de 120 dias para aprovar ou rechaçar o EIA. (Estrategia-18.01.2002)

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4- REN e REE estudam troca de participações acionistas

A Rede Elétrica Nacional (REN) portuguesa está avaliada em US$ 703,5, contra US$ 1.19 bi da Rede Elétrica de Espanha (REE), com quem pretende realizar uma operação de troca de capital no âmbito da criação do mercado ibérico de eletricidade. O presidente da REN, José Penedos, afirma que manifestou ao ministro da Economia, Braga da Cruz, o interesse em melhorar a ligações entre as duas redes, um projeto que deveria passar por uma troca acionista entre as duas empresas. Este cenário ganhou consistência com a assinatura do protocolo ibérico para o setor elétrico e com a previsível privatização, em 2003, da REN, cujos primeiros sinais ocorreram com a entrada da CGD no seu capital. Mais recentemente foi a vez da Parpública ficar com 5% da empresa, tendo o Estado reduzido a sua presença para 45%. (Diário Econômico-18.01.2002)

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5- Enron demite a Andersen de sua auditoria

A Enron despediu a Arthur Andersen da função de auditora de suas contas. Segundo o presidente executivo da Enron, Kenneth Lay, a destruição de documentos pela Andersen contribuiu para a falência da companhia. " Como anunciamos no dia 31 de outubro, o conselho de administração da Enron concordou em revisar em comitê especial a contabilidade e outros assuntos relacionados com certas operações. Ainda que a companhia haja querido conceder o benefício da dúvida à Andersen, apesar da complexa investigação em marcha, não podemos nos permitir um minuto a mais a luz dos últimos acontecimentos, quais sejam o anúncio da destruição de documentos por parte de pessoal da Andersen e as ações disciplinares tomadas contra vários sócios da Andersen que trabalham no escritório de Houston" , disse Lay em um comunicado. O comunicado acresce que a empresa começará imediatamente o processo de seleção para contar com uma nova firma de auditoria externa. (El Mundo-18.01.2002)

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6- Enron usou-se de paraísos fiscais para não pagar impostos em quatro anos

A Enron não pagou impostos sobre seus ingressos fiscais durante quatro dos últimos cinco anos graças ao uso em grande escala de paraísos fiscais. A companhia criou 881 subsidiárias em paraísos fiscais e empregou outros truques contábeis para esconder ingressos, segundo informes financeiros a acionistas. Dentro do complicado esquema, a Enron teria 692 subsidiárias nas Ilhas Cayman, 119 em Turks e Caícos, 43 nas Ilhas Maurício e 8 nas Bermudas. A técnica consiste, basicamente, em transferir os benefícios a uma empresa associada que não esteja sujeita às leis fiscais dos Estados Unidos, como um banco com sede em um paraíso fiscal. Este associado, depois de cobrar uma taxa por seus serviços, devolve os benefícios aos Estados Unidos sob uma figura legal que os isenta de impostos segundo as leis fiscais americanas. Segundo o New York Times, graças a esse e outros métodos contábeis empregados, a Enron não pagou impostos por seus ingressos durante os anos de 96, 98, 99 e 2000. (El Mundo-18.01.2002)

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7- Congressistas decidem devolver doações da Enron a suas campanhas

Não poucos congressistas, incentivados pelas próprias direções dos partidos Republicano e Democrata, decidiram devolver as doações feitas pela Enron às suas campanhas políticas, em geral a grupos de ajuda para os antigos funcionários. Segundo o Centro para a Responsabilidade Política, que fiscaliza às contribuições à classe, 71 senadores e 188 deputados receberam algum tipo de ajuda da Enron, mas o principal beneficiário das doações foi o próprio presidente George Bush, que recebeu US$ 114 mil da firma e de seus empregados. O partido republicano irá devolver cerca de US$ 280.000 e o comitê senatorial dos democratas, US$ 100.000, quantidade que reflete o quão a Enron ajudou os políticos dos dois partidos. Nem todos beneficiários irão devolver o dinheiro, alguns argumentando que ele foi aceito de boa fé e outros pelo perigo de abrir uma via que não se sabe onde pode acabar, já que por exemplo a consultora Arthur Andersen, também investigada no caso Enron, fez doações de cerca de US$ 640.00 na última campanha. (El País-18.01.2002)

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8- Lay vendeu ações da Enron depois de advertência de Watkins

Documentos revelados ontem indicam que Kenneth Lay, presidente da Enron, se livrou de ações da companhia dias depois de receber uma carta avisando de problemas de contabilidade na firma. A carta, da autoria de Sherron Watkins, uma alta funcionária da empresa, iniciou uma investigação pela firma externa de advocacia da Enron, que concluiu que a contabilidade podia ser embaraçosa para a firma. Como parte dessa investigação, Lay se encontrou com Watkins. Os documentos divulgados ontem por investigadores do Congresso dos EUA eram memorandos internos da Arthur Andersen, então auditora da Enron. Os documentos não só descrevem as transações acionárias de Lay, como fornecem o melhor plano até hoje de como os executivos da Andersen pretendiam agir sobre a contabilidade da Enron. Em Houston, investigadores continuaram a entrevistar executivos da Enron, pressionando mais informações sobre o colapso da firma e o papel da Andersen nele. (New York Times-18.01.2002)

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9- PwC teme novos casos como o da Enron com liberalização do mercado europeu

Algumas companhias de energia da Europa podem seguir à Enron na insolvência ou se tornarem tão enfraquecidas financeiramente que se tornem alvo de aquisições, segundo advertiu o administrador da PwC na Europa. A companhia teme que tradicionais utilitárias européias não possuam as sofisticadas habilidades de comercialização necessárias para lidar com as movimentações mais voláteis dos preços que acontecerão quando os mercados energéticos da região forem liberalizados. Para a firma, o potencial para perdas significantes e retirada do mercado existe na Europa. A legislação da União Européia requer que os países membros abram ao menos 26% de sua eletricidade e 20% do gás natural à competição. No entanto, muitos países, como o Reino Unido, a Alemanha, a Suécia e a Finlândia foram além, abrindo todos seus mercados de energia à competição. (Financial Times-18.01.2002)

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10- Porta-voz de Bush diz que Enron não teve influência na formulação de novo plano energético

A Enron, a despeito de quaisquer conexões políticas ou pessoais à administração Bush, não teve qualquer influência na formação do plano nacional de energia proposto no ano passado, a Casa Branca insistiu na quinta-feira. O porta-voz de Bush, Ari Fleischer, refutou acusações do deputado californiano democrata Henry Waxman de que a Enron teve influências especiais sobre o plano que foi desenvolvido por uma força-tarefa comandada pelo vice-presidente Dick Cheney. Waxman alegou que haviam 17 itens incluídos no plano de energia que beneficiavam a Enron. Fleischer qualificou as acusações de Waxman como um desperdício do dinheiro do contribuinte, negando que a Enron ou qualquer outra companhia tenha recebido qualquer atenção especial quando o plano foi feito e que os itens que constavam dele foram incluídos por configurarem a melhor política energética. Algumas das coisas que a Enron queria mais, como um acordo de aquecimento global, não foram obtidas, segundo Fleischer. (Platts-17.01.2002)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Ana Clara Cruz, Fernando Fernandes, Pedro Furley, Rodrigo Rötzsch e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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