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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 802 - 17 de janeiro de 2002
Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Pacote de energia terá 35 pontos

O detalhamento das 18 medidas anunciadas pelo governo para o setor elétrico na semana passada se desdobrará num pacote que deve totalizar cerca de 35 pontos. Em palestra organizada na terçafeira pelo banco BBA , em São Paulo, o consultor da Power System Research , Mário Veiga - que participou da elaboração do pacote para o setor - apresentou a analistas de mercado as linhas gerais do plano do governo. Segundo participantes da reunião, Veiga afirmou que o pacote de 18 medidas é apenas "a ponta do iceberg". Diante da reação desconfiada das empresas, o governo nos últimos dias vem promovendo reuniões com executivos do setor privado e analistas do setor elétrico para explicar melhor o que se pretende com o pacote. Veiga teria destacado em vários momentos na reunião de ontem que todos os direitos contratuais dos investidores privados serão preservados. (Gazeta Mercantil - 17.01.2002)

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2- Governo divulgará antecipadamente detalhes sobre "energia velha"

A medida mais polêmica para o setor é a que trata da "energia velha". Ciente disso, o ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, deve divulgar detalhes sobre o tema em breve, antes mesmo de anunciar a totalidade das resoluções. Pelo pacote, essa "energia velha", aquela produzida pelas geradoras mais antigas, a custos mais baixos, deverá continuar sendo regulada diretamente pela Aneel, não mais sendo liberada ao mercado a partir do próximo ano. Pela regra anterior, 25% da energia negociada por contratos já fechados entre geradoras e distribuidoras poderia ser vendida livremente a grandes empresas consumidoras ou outras distribuidoras, em 2003. A liberação desses contratos seria feita gradualmente até a abertura total em 2006. (Gazeta Mercantil - 17.01.2002)

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3- GCE poderá ampliar regulação de preços para estaduais

A regulação dos preços da energia que deveria ir ao mercado livre a partir do ano que vem - 25% dos contratos- pode se estender além das estatais federais. A GCE estuda estender a intervenção também às empresas administradas pelos Estados, como forma de minimizar o temido choque tarifário que a liberalização pode provocar. As empresas já privatizadas serão poupadas desse controle. A GCE pretende, ainda, criar um percentual a ser aplicado sobre as transações realizadas no Mercado Brasileiro de Energia (MBE) para bancar os custos de operação da empresa que substituirá o MAE. Até julho de 2001, as despesas do MAE eram custeadas pelos consumidores de energia elétrica. Já está decidido que o MBE terá que se auto-sustentar, a exemplo do que acontece com as bolsas de valores, mas ainda não se definiu como será feita a arrecadação. A Câmara reuniu-se ontem e anteontem para detalhar as 18 medidas anunciadas na semana passada. Na próxima terça, o relatório final será submetido à câmara plena. Representantes das empresas serão convidados a discutir as medidas. (Valor Econômico-17.01.2002)

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4- GCE busca respaldo legal para submeter distribuidoras estaduais às mesmas regras das federais

A Aneel definirá os preços das tarifas a serem aplicadas sobre os 25% da energia das estatais que serão retirados do mercado livre. A GCE pode determinar que as empresas estaduais se submetam às mesmas regras das federais, mas busca respaldo legal para tomar a decisão. Um integrante da Câmara informou que há conflito na interpretação da legislação do setor. Há quem defenda que a submissão das estatais ao controle tarifário poderia ser feito automaticamente já que concessão de serviço público implica em tarifas, que são reguladas. O estabelecimento de preços só valeria para empresas designadas como produtores independentes - o regime para o qual as estatais passam depois de privatizadas. Mas há quem defenda que a própria legislação que definiu o mercado livre (que se iniciaria em 2003 para ser concluído em 2006) já daria sustentação às estatais para praticarem sobre a energia liberada o preço que quiserem, sem se submeter a regulação. (Valor Econômico-17.01.2002)

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5- Governo vai derrubar tarifa subsidiada

A legislação atual do setor elétrico já permite que os consumidores potencialmente livres - com demanda superior a 3 MW, ligados à alta tensão (69 quilovolts) - migrem para o livre mercado, competitivo. Mas o racionamento e a estrutura tarifária vigente esfriaram a concorrência. A tarifa subsidiada acomoda o usuário industrial na condição de "cativo" e, por isso, o governo já avisou que esse ponto vai ser derrubado. (Gazeta Mercantil - 17.01.2002)

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6- Empresários negociam apoio à reforma do setor elétrico

Embora ainda se mostrem cautelosos e incertos em relação à reforma do setor elétrico, já começa nos bastidores uma negociação informal entre agentes de mercado, principalmente externos, para que o modelo proposto pelo governo dê certo. Assustados com a crise na Argentina, em que algumas elétricas vão ter perdas, e com as dificuldades enfrentadas pela Enron, executivos começam a ver com outros olhos as medidas do governo. "Os investidores já estão, razoavelmente, convencidos de que o mercado não pode naufragar outra vez, porque, aí, os prejuízos seriam muito maiores", disse um executivo. Ainda faltam muitas arestas a serem aparadas, mas já começa a transparecer a opinião de que a reforma tem uma boa chance de dar certo, já que a ação do Estado, como coordenador, pode funcionar. Com isso, procura-se evitar que empresas entrem na Justiça ou obstruam a condução das novas medidas, além de tentar remover todos os obstáculos existentes entre as empresas. A idéia é de que até o dia 25, quando o governo deve divulgar o pacote detalhado de medidas para o setor, os investidores já tenham dado suas sugestões ao governo e acabado com suas desavenças. (Valor Econômico-17.01.2002)

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7- Paraná desiste de vender a Copel

O governo do Paraná desistiu de vender a Copel. A decisão ainda não foi oficializada, mas segundo o presidente da estatal, Ingo Hübert, as mudanças anunciadas pelo governo federal, como o fim do MAE, e a decisão de se manter a geração sob o controle estatal reduziram a pressa na privatização da empresa. "Há apenas um ano a privatização era questão de sobrevivência; hoje, entretanto, ela pode ter uma sobrevida nas mãos do Estado", afirmou Hübert, que acumula ainda o cargo de secretário estadual da Fazenda. (Gazeta Mercantil - 17.01.2002)

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8- Hübert acredita que Chesf, Eletronorte, Furnas e Cemig permanecerão estatais

Segundo Ingo Hübert, presidente da Copel e secretário da Fazenda do Estado do Paraná, que foi o principal responsável pelo saneamento financeiro e preparação da Copel para venda, outras grandes geradoras e transmissoras de energia, como a Chesf, Eletronorte, Furnas e Cemig também deverão permanecer estatais. Juntamente com a Copel, explicou, essas empresas funcionarão como uma espécie de estoque regulador de energia, sob controle do governo, uma vez que mais de 80% do processo de distribuição já foi privatizado. Caso as tarifas de energia aumentem, o governo terá em mãos um instrumento para interferir no mercado, exatamente como faz na área agrícola, ao ofertar produtos a preços mais baixos, "subsidiados, se for o caso", diz o secretário. (Gazeta Mercantil - 17.01.2002)

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9- Celesc é dividida em 3 empresas

A lei que divide a Celesc em três empresas foi sancionada, ontem, pelo governador Esperidião Amin. A cisão da empresa obedece a determinações da Aneel, as quais previam a separação das áreas de geração e distribuição. Para assumir a estrutura de postes e fibra ótica também foi criada uma terceira empresa, a Celesc Telecom. Pelo novo modelo, a Celesc Distribuição e Comercialização S.A passará a comandar a Celesc Geração e a Celesc Telecom. As duas empresas de energia continuarão sob o controle do Estado. Na empresa de telecomunicações, os investidores privados poderão assumir o comando acionário. Pela nova regulamentação, o presidente da holding não será mais nomeado diretamente pelo governador, mas escolhido por ele entre três nomes indicados pelo Conselho de Administração da empresa. A diretoria também passa a ser escolhida por meio de uma lista tríplice do Conselho. (Jornal do Commercio-17.01.2002)

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10- Amin propõe federalizar a dívida da Celesc

O governo quer federalizar uma dívida de mais de R$ 600 mi para fazer caixa à Celesc Geração, uma das subsidiárias da holding Celesc Distribuição SA. A proposta foi apresentada no dia 16.01.2002 pelo governador Esperidião Amin, durante a assinatura da lei 12.130, que regulamenta o novo modelo de gestão e estrutura da estatal. Amin entende que o Estado tem que ser "compensado" pela perda do principal parque gerador de energia elétrica há dois anos. Ele se referiu à venda da Gerasul. "Fomos o único Estado a ter a geração privatizada, o que nos dá o direito de pedir uma medida compensatória", disse ele. O governador garantiu que vai sugerir que o governo federal assuma a dívida de R$ 623 mi que o governo do Estado tem junto à Celesc e reverta o dinheiro à subsidiária na área de geração. O presidente da estatal, Francisco Küster, explicou que a estratégia tem dois benefícios. "Primeiro, o governo do Estado, que deveria pagar a dívida à estatal em 18 anos, poderia saldar a conta junto à União em 30 anos. O outro ponto é que seria uma forma de fazer caixa na Celesc Geração, ampliar projetos e atrair investidores", disse. (Diário Catarinense - 17.01.2002)

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11- Cisão na Celesc deve cortar 1.000 empregos

A Celesc promoverá o enxugamento de sua folha de pessoal e cortará, pelo menos, 1.000 funcionários, que representam mais de 22% do total de 4.500 trabalhadores. A medida faz parte do novo reordenamento administrativa que dividirá a Celesc em três empresas - geração, distribuição e telecomunicação, sob o comando de uma holding. Para analistas do mercado, os cortes devem ser mais profundos, chegando a quase 40% do pessoal. A Celesc afirma que os novos planos de desligamento serão mais atrativos para não incorrerem no erro do último Plano de Demissão Voluntária, em que pouco mais de 50 funcionários aderiram. Pela legislação eleitoral, este ano, os desligamentos devem ser feitos até 6 de julho. (A Notícia - 17.01.2002)

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risco e racionamento

1- Nordeste aproxima-se da curva mínima nos reservatórios

Falta pouco para que o nível dos reservatórios das principais hidrelétricas do Nordeste brasileiro atinjam a curva mínima traçada pelo governo para o racionamento. No dia 14.01, as usinas na região apresentaram 26,01% de capacidade de armazenamento de energia, apenas 0,51% abaixo da curva guia inferior. No dia 13.01, o percentual verificado fora de 25,25%. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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2- Consumo de energia continua abaixo das metas de racionamento

O consumo de energia nas regiões afetadas pelo racionamento continua abaixo da meta estabelecida pelo programa de racionalização do governo, como revelam os últimos números do ONS. É o caso do Sudeste/Centro-Oeste, que registrou consumo de 21.601 MW, quando sua meta é de 23,5 mil MW médios. No Nordeste, o consumo no último dia 15 de janeiro foi de 4.776 MW, uma economia de 11,56% em relação à sua meta, que é de 5,4 mil MW médios. (Canal Energia - 17.01.2002)

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3- Aneel estima economia de até 3% nas horas de pico

O horário de verão 2001/2002, iniciado em 10 de outubro, será de 126 dias, contra 133 dias em 2000/2001. Embora a Aneel ainda não disponha de dados parciais da economia obtida até agora, a estimativa geral para o período, que se encerra à zero hora de 17 de fevereiro (domingo), é de que a economia nos horários de pico (entre 17h e 22h) pode chegar até 3% para todas as regiões. No período anterior, quando não havia racionamento, essa economia chegou a 4,4% à noite, no horário de maior consumo. A economia global estimada pela Aneel para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste é de 0,9%. Para o Nordeste, a economia estimada é de 0,7%. (Agência Brasil - 17.01.2002)

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4- Prefeitura do Rio levará meses para religar iluminação pública

O carioca perdeu a iluminação pública à vista e vai recuperá-la a prazo. Para cumprir a meta de economia traçada pelo governo, de 35%, a Prefeitura do Rio cortou, no período estipulado de 30 dias, 100 mil dos 330 mil pontos de luz do município, mas levará dois meses para religar a iluminação desativada. De acordo com o secretário municipal de Obras, Eider Dantas, parte do material desligado poderá apresentar problemas, passados sete meses fora de uso. Além disso, as lâmpadas da iluminação pública terão de ser recolocadas. Com a economia média de 35% ao mês, a Prefeitura reduziu a conta mensal de luz de R$ 4,5 mi, antes do racionamento, para R$ 2,5 mi, depois. (Tribuna da Imprensa - 17.01.2002)

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5- Prefeitura de Belo Horizonte economizou R$ 5 mi em energia

A prefeitura de Belo Horizonte informou que, durante o programa de racionamento de energia, entre julho e dezembro de 2001, manteve desligados 60 mil dos 172 mil pontos de iluminação pública. Com a medida, executada pela Cemig, a prefeitura poupou mensalmente 35% do que gastaria com a iluminação pública. Isso significou economia de R$ 5 mi, dos R$ 14,2 mi destinados ao pagamento da conta no mesmo período. O montante, no entanto, foi pequeno se comparado ao orçamento do município para 2001: 0,2% de um total de R$ 1,9 bi. (Hoje em Dia - 17.01.2002)

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6- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Geradoras devem se reunir nos próximos dias com o BNDES

Para influir nas medidas que o governo prepara para o setor elétrico, as geradoras devem se reunir nos próximos dias com representantes do BNDES. Na pauta, as empresas vão buscar conhecer mais detalhes do programa e apresentar sugestões. Além de não terem gostado da medida que altera a governança do ONS, as geradoras não querem que o custo do déficit seja transformado em preço da energia a ser pago em casos de exposição. No racionamento, esse custo, que chegou a R$ 684 o MWh, foi o preço fixado no MAE. "A cotação tem de refletir um preço que os agentes consigam pagar, para que não tenhamos problemas como o anexo 5", disse o presidente da associação das geradoras, Flávio Neiva. (Valor Econômico-17.01.2002)

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2- Elétricas preparam-se para maior competição

As concessionárias de energia elétrica estão com um olho nos próprios clientes e o outro nos dos concorrentes. A bandeira da competição, cada vez mais defendida pelo governo, acionou as distribuidoras e suas respectivas áreas comerciais. Três motivos fazem com que as distribuidoras se mexam: a quebra do monopólio no suprimento de energia para clientes de grande porte; a obrigatoriedade, que ainda vai a audiência pública, para que esses usuários abandonem a condição de "cativo" e passem a ser livres; e a confiança de ter reservatórios mais cheios para gerar energia e ofererecê-la ao mercado. Pode não ser uma reviravolta, mas será ao menos um período de transição na venda de energia para clientes corporativos. A maioria das concessionárias já criou um departamento específico para esses usuários. (Gazeta Mercantil - 17.01.2002)

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3- Distribuidoras estudam perfil dos clientes preparando-se para competição

As distribuidoras aproveitam esse período, em que o governo afina seu pacote de medidas, para estudar melhor o perfil de seus clientes - e suas respectivas necessidades - e armar-se para o ambiente competitivo. "Queremos estar prontos para essa disputa em julho, com um ano de antecedência sobre a abertura dos contratos", diz Donatelli. Na Light, isso inclui o aperfeiçoamento de procedimentos internos na relação com o cliente, envolvendo ainda a área de marketing e o portfólio de serviços a ser oferecido. A Coelba , da Bahia, também trabalha com esse cronograma, de acordo com seu gerente de atendimento a organizações, Márcio André Huff. (Gazeta Mercantil - 17.01.2002)

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4- Nova estrutura tarifária pode transformar clientes "cativos" em livres

O superintendente de grandes clientes da Light , Marco Donatelli, afirma que a nova estrutura tarifária poderá induzir à passagem dos grandes clientes da categoria de "cativos" para livres. "Tudo depende de como vai ficar a legislação do setor depois dessas mudanças. Se o consumidor for obrigado a ir para o mercado livre, não haverá alternativa", diz. A tarifa e a compulsoriedade na liberação dos contratos poderiam, segundo Donatelli, precipitar "a grande batalha", aguardada somente para julho de 2003, quando haverá a liberação de quase todos os clientes de média tensão, o equivalente a cerca de 100 mil unidades consumidoras. (Gazeta Mercantil - 17.01.2002)

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5- Ratings de elétricas brasileiras são rebaixados

Depois de rebaixar a recomendação de investimento para o setor elétrico brasileiro como um todo, o banco de investimentos Salomon Smith Barney divulgou, no dia 16.01, a reavaliação para quatro empresas de geração e distribuição. Apenas a carioca Light melhorou sua performance, a partir da perspectiva de reestruturação da concessionária. Mas, no geral, o pacote de medidas do governo para revitalização do setor elétrico, com uma conseqüente forte regulação estatal, pegou mal no exterior. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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6- Competição só deslanchará quando o País contar com energia mais barata

A questão-chave para as distribuidoras é como conseguir oferecer preços atraentes de energia num quadro de racionamento. Por essa restrição, o comissário geral de Serviços Públicos de Energia de São Paulo, Zevi Kann, acredita que não haverá muita movimentação de consumidores livres neste ano - exceto se isso for obrigatório. "Em 2002 ainda teremos uma situação de transição." Segundo Kann, a competição só terá condições mais favoráveis quando o País contar com uma energia mais barata. "Sabemos que esse não é o caso das usinas termelétricas, que têm o custo de geração elevado. A redução (no preço) virá com o maior uso da biomassa, que tem um custo razoável, e também com as novas hidrelétricas", defende. (Gazeta Mercantil - 17.01.2002)

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7- Para distribuidoras, competição vai além dos preços

Internamente, as distribuidoras já perceberam que a briga pelos clientes vai além dos preços. Para fidelizar o usuário, a concessionária quer substituir a imagem de mera entregadora de energia pela de consultora, capaz de prestar diversos serviços. "Nossa meta é fornecer soluções energéticas completas. Vamos, além da commodity, agregar valor ao trabalho. Não lidamos mais com um produto, mas com um cesta de serviços", diz Osvaldo Mundoca, vice-presidente da Eletropaulo para essa área. Há um ano, a concessionária criou uma unidade exclusivamente voltada para 280 clientes corporativos. (Gazeta Mercantil - 17.01.2002)

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8- Empresas buscam fidelização através da eficiência energética

O principal nicho oferecido pelas distribuidoras na busca da fidelização do usuário é o da eficiência energética, diferencial que foi impulsionado pelo racionamento. As empresas descobriram que tinham gordura no consumo de energia e puderam manter sua produção gastando menos energia. Além disso, diz Osvaldo Mundoca, da Eletropaulo, a distribuidora pode oferecer uma série de vantagens aos clientes, conforme suas necessidades. "Fizemos, inicialmente, uma análise setorial, dentro da cadeia produtiva do consumidor. Para aqueles que não podem ter parada no fornecimento, oferecemos uma central de back-up, por exemplo", diz o executivo. (Gazeta Mercantil - 17.01.2002)

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9- Tradener ajuda Copel a arrebanhar novos clientes

Considerada uma das pioneiras na disputa por clientes livres, a Copel, do Paraná, conta com um diferencial valioso. Enquanto concorrentes como a Light ocupam-se em assediar os clientes potencialmente livres localizados em sua área de concessão e fora dela, a energética paranaense centraliza seus esforços no mercado local. A tarefa de "roubar" os clientes livres de outras distribuidoras fica a cargo da Tradener, comercializadora controlada pela Copel. "Essa estrutura garante que não tenhamos problemas de foco. Sei que não preciso gastar esforços para abrir outros mercados", afirma o diretor comercial da Copel Distribuição, Francisco Meyer. A estratégia já rendeu frutos. A Tradener arrebanhou para a carteira de clientes da Copel valiosas "aquisições", como a Carbocloro de Cubatão (SP), a Volkswagen de Taubaté (SP) e a OPP Polietileno de Caxias do Sul (RS). Segundo Meyer, essa lista é maior, mas ele prefere manter os nomes em segredo. (Gazeta Mercantil - 17.01.2002)

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10- Contrato com a Tradener volta a valer

A Tradener (comercializadora de energia que tem a Copel como acionista) voltou a vender normalmente as sobras da geração da estatal paranaense. O contrato entre as duas empresas estava suspenso por uma liminar que foi derrubada em novembro pelo desembargador José Vidal Coelho. A decisão, contudo, não foi divulgada e nem mesmo o Fórum Popular Contra a Venda da Copel tinha conhecimento do assunto. O contrato entre a Tradener e a Copel é questionado pelo advogado Daniel Ferreira. A ação questiona vários pontos do contrato, entre eles a participação acionária da Copel e a multa recisória. (Gazeta do Povo - 17.01.2002)

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financiamento

1- MBE deve enfrentar resistências

Peça fundamental para o modelo do setor, o Mercado Brasileiro de Energia (MBE) deve encontrar resistências, mesmo se sua implementação der certo. Faltam muitos detalhes para serem resolvidos. Um dos principais, além da liquidação de todos os contratos passados, é a tributação da energia. Ainda não se sabe em que ponto da cadeia os impostos serão cobrados. No fim do ano, o mercado movimentou perto de R$ 200 mi mensais. A Asmae começava a discutir o assunto com a secretaria de Receita Federal, quando a reforma foi anunciada. (Valor Econômico-17.01.2002)

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2- GCE convoca Comae para reunião para definir nova forma de fixação dos preços

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, José Guilherme Reis, convocou os membros do Conselho do Mercado Atacadista de Energia Elétrica (Comae) para uma reunião hoje, no Rio de Janeiro, para apresentar os estudos que desenvolveu sobre as alterações no Programa Mensal de Operação (PMO) e no cálculo de preço no mercado. Reis é o coordenador de um dos grupos de trabalho da GCE, responsável pelo programa de revitalização do setor elétrico. A substituição do MAE pelo Mercado Brasileiro de Energia (MBE) é um dos pontos mais discutidos desse programa. O objetivo do Governo é migrar do atual sistema de preço - baseado nos níveis dos reservatórios e nos custos de produção - para um modelo em que a lei da oferta e procura prevaleça. Pela nova sistemática, as geradoras definirão diariamente o volume e os preços dos excedentes de energia que pretendem colocar no mercado de curto prazo a cada hora do dia. Esses valores serão confrontados pelo ONS com as previsões de demanda das distribuidoras, permitindo então escolher quais usinas devem entrar primeiro em operação com base nos menores preços. (Jornal do Commercio-17.01.2002)

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3- Sem acordo sobre preço, leilão de excedente fecha nulo

O leilão de excedentes energéticos realizado pela Bovespa, em parceria com a Asmae, fechou o dia 16.01 sem negócios. Ao sentir uma leve tendência de redução nos preços, os compradores baixaram os valores de suas propostas, mas não obtiveram retorno positivo dos vendedores. No início de janeiro, o MWh chegou a ser negociado a R$ 115 e o valor havia caído, no dia 16.01, para R$ 101. Durante o pregãao, foram solicitados 600 MWh, dos quais 100 MWh a R$ 85 o MWh e 500 MWh a R$ 75 o MWh. Na ponta vendedora, foi registrada apenas uma proposta, de 950 MWh a R$ 105. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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4- Bolsa de energia da Fiemg fecha sem negócios

A bolsa de energia excedente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) fechou o dia 16.01.2002 sem nenhum negócio. O leilão não alcançou preço médio entre ofertas de compra e de venda, o que inviabilizou qualquer transação. O sistema comercializa certificados de direito de uso - entre consumidores com demanda superior a 2,5 MW - e faz também a intermediação para contratos bilaterais. No dia 15.01, o leilão vendeu 5 MW, ao preço médio de R$ 43. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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financiamento

1- Dólar cai 0,29%, fechando a R$ 2,367

No dia 16.01.2002, um dia de poucos negócios no mercado financeiro, a cotação do dólar comercial recuou 0,29% para R$ 2,367, na venda. Com fraca liquidez, grandes instituições financeiras realizaram operações de "day trade" (compra e venda no mesmo dia) e aproveitaram a oscilação de 1,52% no preço do dólar. O dólar comercial chegou a subir 1,01%, a R$ 2,398, na venda, pela manhã. "O fato é que os investidores não têm apetite para mudar posições em um cenário incerto", disse um operador de câmbio da Corretora Magliano. Durante à tarde, o ingresso de dólares levou o preço da moeda a cair 0,51%, para R$ 2,362, a mínima do dia. A Ptax, média das cotações apurada pelo Banco Central, ficou em R$ 2,3867, alta de 0,68%. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros ( BM&F ), o contrato de fevereiro caiu 0,51% para R$ 2,382. (Gazeta Mercantil - 17.01.2002)

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2- Taxas negociadas na BM&F indicam que Copom deve manter juros a 19%

As apostas dos investidores com taxas de juros negociadas na BM&F indicam que mais uma vez o Copom não deve alterar os juros básicos da economia. Se for confirmado, essa será a sexta reunião consecutiva em que os juros ficam em 19% ao ano. No dia 16.01.2002, entre os contratos mais negociados na BM&F, o de fevereiro passou de 18,95% para 18,99% ao ano. A taxa de abril foi de 19,23% para 19,20%. Os juros para julho passaram de 19,58% para 19,54% ao ano. (Gazeta Mercantil - 17.01.2002)

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3- Títulos da dívida de emergentes têm poucos negócios

No dia 16.01.2002, no mercado internacional, os títulos da dívida soberana de países emergentes tiveram poucos negócios. A evolução da crise Argentina, da Colômbia e da Venezuela afastam os investidores. A Venezuela tenta conter um ataque especulativo à moeda local. A Colômbia busca a paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). O C-Bond, título brasileiro, caiu 0,16% para US$ 0,778. O FRB, argentino, subiu 1,72% para US$ 0,295. O Flirb venezuelano subiu 1,52% para US$ 0,737. (Gazeta Mercantil - 17.01.2002)

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gás e termoelétricas

1- Petrobras define recursos para unidades de produção do Rio Grande do Norte

A Petrobras terá um orçamento da ordem de US$ 500 mi para custeio e investimento no Rio Grande do Norte em 2002. Os números são preliminares, mas a tendência é a de que o orçamento utilizado pela empresa, este ano, seja equivalente ao orçamento utilizado pela Petrobras no Estado no ano passado. O orçamento ainda vem sendo discutido entre as unidades da empresa para se chegar aos números finais. Havia uma expectativa inicial de queda no dinheiro disponibilizado, mas o orçamento deve ficar na média dos últimos anos. A assessoria de imprensa da Petrobras no Rio Grande do Norte confirmou o orçamento prévio, e antecipou que a prioridade da empresa será para as áreas de produção e exploração. Como dedicou-se mais aos cuidados com as questões de segurança e meio-ambiente, no ano passado, a Petrobras vai continuar investindo no setor, mas vai procurar se voltar também para o desenvolvimento de novos poços no ano de 2002. No ano passado, 230 novos poços foram descobertos no Estado, a maioria deles situados na barria terrestre da Bacia Potiguar. (Tribuna do Norte-17.01.2002)

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2- Petrobras diz que objetivo é aumentar a produção de petróleo e gás em 2002

O esforço da Unidade de Negócios, Exploração e Produção da Petrobras no Rio Grande do Norte e Ceará é a de manter ou até incrementar a produção de petróleo e gás em 2002. Um esforço grande, segundo a companhia, em se tratando de uma bacia adulta e com tendência natural de declínio de produção. Em todo o ano passado, a Petrobras teve uma produção média de 102 mil barris de petróleo/dia no Estado. Algo em torno de mil barris de petróleo/dia a menos quando comparado a produção anual média de 103 mil barris de petróleo/dia no ano 2000. A queda nos números finais da produção de petróleo no Rio Grande do Norte, no ano passado, segundo a Petrobras, é um aspecto pontual. A empresa confia em uma produção estável ou um pouco maior de gás natural e petróleo este ano. (Tribuna do Norte-17.01.2002)

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3- Petrobras atingiu recorde histórico de produção em dezembro

A Petrobras atingiu, em dezembro, o recorde mensal histórico de produção de petróleo, com a média de 1.507.532 barris/dia, registrando um aumento de 6 % sobre o mês anterior. Desse total, 1.469.118 foram produzidos pelos campos nacionais e 38.414 no exterior. Acrescentando o gás natural, produzido no Brasil e no exterior, convertido em barris de óleo equivalente (BOE), o volume total de hidrocarbonetos, produzido pelo Sistema Petrobras no mês passado, sobe para 1.780.339 barris/dia, outro recorde. Contribuíram para a obtenção do novo recorde a entrada operação de três poços do sistema flutuante de produção composto pelas plataformas P-40 e P-38, no campo de Marlim Sul, que no final do ano já produzia 78 mil barris/dia, o início de produção de outros três poços (dois no campo de Espadarte e um no campo de Marlim), todos na Bacia de Campos, além do aumento da eficiência operacional naquela área. A conjugação desses fatores levou a Petrobras a alcançar, no dia 27 de dezembro, o recorde diário de produção: 1 milhão 568 mil barris de óleo. (Tribuna do Norte-17.01.2002)

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4- Produção de gás natural em dezembro foi 5% superior a novembro no Brasil

A produção de gás natural do Brasil foi de 40,516 milhões de m³, em dezembro, com uma elevação de 5% em relação ao volume de novembro. Do exterior foram extraídos 3,052 milhões de m³, elevando para 43,560 milhões de m³ o total de gás natural produzido pela Petrobras no último mês de 2001. (Tribuna do Norte-17.01.2002)

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5- Térmicas incluídas no PPT devem movimentar quase US$ 2 bi

Os sete novos projetos que foram incluídos no PPT (Programa Prioritário de Termeletricidade) terão até o dia 31 de março para comprovar os requisitos solicitados no artigo 2º da resolução nº 23, da GCE. Caso as condições não sejam atendidas, o projeto poderá ser retirado do programa. Das sete usinas incluídas, quatro estão em localizadas em São Paulo. As demais estão situadas nos estados do Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Rondônia. Em São Paulo, as térmicas autorizadas são UTE Duke Energy, de 500 MW; UTE Anhanguera, de 275 MW; UTE DSG-Paulínia II, de 522 MW, e UTE DSG Mogi Mirim, de 890 MW. Já no Rio de Janeiro, a usina de Paracambi, de 500 MW, foi a escolhida pelo governo para entrar no PPT. No Mato Grosso do Sul, a autorizada foi a térmica de Campo Grande, com 247 MW. E, finalmente, em Rondônia, as usinas Termonorte I e II, que totalizam 404 MW, também foram incluídas. Ao todo, as novas termelétricas totalizam 3.368 MW de potência instalada. Já os investimentos para os sete novos projetos estão estimados em US$ 1,994 bi. (Canal Energia - 17.01.2002)

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6- Construção de térmica Paracambi será antecipada

A decisão do governo federal de incluir a termelétrica de Paracambi, antiga Cabiunas, no Programa Prioritário de Termelétricas (PPT), vai acelerar o início de sua construção. A usina, com investimentos superiores a US$ 400 mi, terá suas obras iniciadas em 60 dias. Pertence ao Grupo EDF, da França, e terá a compra de energia garantida pela Light. "A inclusão no PPT vai antecipar o início da construção", afirma o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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7- INB exportará pó de urânio para a Bélgica

O Brasil integrará, a partir de 2002, o seleto grupo mundial de exportadores de pó de urânio, usado na fabricação do elemento combustível das usinas nucleares. No dia 18.01, a Indústrias Nucleares do Brasil (INB) embarca para a Belgo Nuclear, da Bélgica, 500 kg de pó de urânio, parte de uma carga total de 3 toneladas e meia que serão exportados até o fim do mês. Assim, a empresa marca seu ingresso num mercado, do qual fazem parte apenas os Estados Unidos, a França, a Alemanha e a Inglaterra. Roberto Nogueira da Franca, presidente da INB, não fala em valores destas primeiras cargas, mas admite que faz parte de um projeto maior da empresa de ganhar presença na Europa. As vendas poderão chegar a 40 toneladas por ano, segundo os planos de Franca. (Gazeta Mercantil - 17.01.2002)

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8- Empresa faz parceria para teste de usina

A Fares Engenharia, de Florianópolis, acaba de formar uma parceria de operação com uma das maiores empresas do País na área de plataformas petrolíferas, a Forship. A empresa carioca vai trabalhar junto com a Fares em usinas termelétricas. Com a união, as duas empresas pretendem atuar em todo o País, e o primeiro serviço já foi contratado em Minas Gerais. A Fares e a Forship vão fazer os testes pré-operacionais da usina de Ibirité, termelétrica a gás situada ao lado da refinaria Gabriel Passos, em Betim (MG). O empreendimento tem capacidade inicial de 160 MW. A principal atribuição do consórcio Fares-Forship é garantir a pré-operação e dar a partida na usina, promovendo a certificação de qualidade de todas as etapas e colocando a usina em operação nos curtos prazos requeridos. (A Notícia - 17.01.2002)

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9- Minitermelétricas vão gerar 140 MW no ES

O consórcio formado pelas empresas SoEnergy, BR Distribuidora e MPE está montando quatro usinas de energia à óleo diesel, na Grande Vitória, com potência total de 140 MW. Serão investidos R$ 1,7 mi. As usinas fazem parte do Programa Emergencial de Energia e serão instaladas em quatro pontos da região Metropolitana. A primeira, que começará a operar no início de fevereiro, será instalada em Tubarão. A segunda, que começará a operar 60 dias depois, ficará na Samarco, em Ubu. A terceira e quarta usina, instaladas no Civit e em Carapina, na Serra, entrarão em funcionamento 90 e 120 dias depois, respectivamente. As usinas entrarão em funcionamento se houver falhas no sistema de energia ou estiagem, como a que provocou a crise energética. O engenheiro da CBEE, Luiz Augusto Chiazegatti, explicou que serão montados 100 contêineres, com motor e gerador de energia, nos quatro pontos escolhidos para a instalação. (Gazeta On Line - 17.01.2002)

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10- Usina capixaba perde status de projeto prioritário

A Termelétrica Grande Vitória, um investimento da Petrobras em parceria com a Escelsa e a Companhia Vale do Rio Doce, foi retirada do Programa Prioritário de Termoeletricidade (PPT) do Governo Federal, por decisão da GCE. A Petrobras negocia agora com a El Paso a sociedade em uma unidade de menor porte, também na região metropolitana de Vitória, em substituição ao projeto anterior. A usina retirada do PPT, estava projetada para 500 MW e investimentos de US$ 300 mi. A termelétrica seria instalada na Rodovia do Contorno de Vitória, em uma área situada na Serra ou em Cariacica. (Gazeta On Line - 17.01.2002)

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internacional

1- SEC investiga empréstimos à Enron

A Comissão do Mercado de Valores (SEC) está investigando se os empréstimos concedidos à Enron, a comercializadora elétrica dos Estados Unidos falida, afetarão de forma ilícita os acionistas dos bancos credores. As autoridades temem que as instituições bancárias que emprestaram dinheiro à Enron possam estar muito mais expostas. As preocupações, que vinham ganhando força, reportam-se à JP Morgan Chase e ao Citigroup. O objetivo é apurar se as práticas de não incluir nas contas determinados empréstimos nessa qualidade implicaram às entidades concessoras maiores riscos do que os do conhecimento dos seus acionistas e investidores. Esta situação já teve reações. O suíço UBS reassegurou aos acionistas que manterá a estratégia de atuação apesar das mudanças na diretoria e dos planos de aquisição da Enron, acreditando que é possível pôr de novo em atividade aquela que era considerada a maior comercializadora elétrica do mundo. (Diário Econômico-17.01.2002)

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2- SEC e auditoras estão elaborando novo regulamento para fiscalização como conseqüência do caso Andersen-Enron

A Comissão do Mercado de Valores (SEC) e as cinco grandes auditoras dos Estados Unidos estão elaborando a marcha forçada um novo regulamento para fiscalizar as auditoras e evitar a repetição de fenômenos como o da Enron, cujas contas falsas receberam um aval da Arthur Andersen antes de desencadearem na maior concordata da história dos EUA. O Departamento do Tesouro norte-americano se uniu ao SEC na exigência de reforma com o argumento de que as carências no regime de controle suscitam dúvidas em um sistema baseado na confiança dos investidores da qual depende toda a economia do país. Como a SEC também tem responsabilidades sobre a atuação das auditorias, teme-se que um novo episódio como o caso Enron ponha a perder a credibilidade de todo o sistema financeiro. (El País-17.01.2002)

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3- Andersen sabia desde agosto de impropriedades nas contas da Enron

Os auditores da Andersen que cuidaram das contas da Enron souberam em meados de agosto de um executivo da companhia das preocupações sobre impropriedades nas práticas contábeis da companhia, disseram investigadores do congresso investigando o colapso da Enron ontem. De acordo com os investigadores, advogados da Enron buscaram então conselhos para reagir à denúncia. A revelação suscita novas dúvidas sobre a decisão da Andersen de manter os relatórios financeiros da Enron até o início de novembro, quando os contadores forçaram a companhia a refazer cinco anos de resultados e apagar cerca de US$ 600 mi em lucros reportados. Além disso, um e-mail de fevereiro de 2001 indica que alguns executivos da Andersen discutiram abandonar a conta da Enron há quase um ano, por preocupações com sua legitimidade. Um porta-voz da Andersen negou-se a comentar sobre as mensagens. (New York Times-17.01.2002)

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4- Andersen publica carta tentando limpar o seu nome depois do caso Enron

Com a imagem manchada pelas práticas contábeis do caso Enron, a auditora Arthur Andersen tratou de limpar ontem seu bem nome. Em uma carta publicitária de página inteira publicada em toda imprensa americana, o presidente da companhia, Joe Berardino prometeu iminentes mudanças exaustivas nas práticas políticas da companhia para assegurar a confiança na integridade da firma. A manobra de Berardino se produziu apenas horas depois da demissão de David Duncan, o auditor que trabalhou no escritório da Enron em Houston e permitiu que documentos da auditoria da Andersen na firma fossem destruídos. Ontem, Duncan prestou depoimento a uma das seis comissões parlamentares responsáveis pela investigação dos motivos que levaram a Enron à falência.(El Mundo-17.01.2002)

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5- Jornal reproduz carta de Watkins a Lay temendo onda de escândalos na Enron

O New York Times reproduziu ontem a carta atribuída a Sherron Watkins, vice-presidente de Desenvolvimento da Enron, na qual ela avisa ao presidente Kenneth Lay dos problemas contábeis da firma, ou seja, como a companhia camuflou seus números vermelhos através de associações com outras companhias. Watkins escreveu: "Sei que seria devastador, mas desejo que nos descubram. Estamos em uma empresa estafante. Estou segura que o homem comum pensa que ocultamos perdas com essas companhias. Aqueles que não enriquecemos nos últimos anos, podemos nos permitir seguir na companhia." Watkins se declarou incrivelmente nervosa, temerosa de que uma onda de escândalos contábeis assolasse a companhia. Para ela, a saída do presidente Jeffrey Skilling, que recém-renunciara ao seu cargo, estava suscitando dúvidas que acabariam por causar uma investigação profunda na Enron. (El Pais-17.01.2002)

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6- Conselheiro de Bush fez análise dos efeitos da quebra da Enron ainda em outubro

A Casa Branca declarou ontem que o principal conselheiro econômico de George W. Bush, Lawrence Lindsey, chefe do Conselho Econômico Nacional, e que serviu como um consultor da Enron antes de unir-se à administração Bush, dirigira uma análise dos efeitos econômicos amplos de um potencial colapso da Enron, mas concluíra que ela traria pouco risco à economia americana. Lindsey disse recentemente que ao contrário de oficiais do Tesouro, ele nunca recebeu ligações de executivos da Enron buscando ajuda. A Casa Branca disse que Lindsey começou sua análise em outubro, baseado nas notícias sobre os problemas da firma, portanto duas semanas antes de Kenneth Lay, presidente da empresa, ligar para os secretários do Tesouro e do Comércio pedindo ajuda. O porta-voz do governo, Ari Fleischer, disse que o governo fez exatamente o que tinha que fazer. (New York Times-17.01.2002)

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7- Presidente da Comissão Européia ameaça França de liberalização forçada

O presidente da Comissão Européia, Romano Prodi, ontem ameaçou a França com medidas draconianas para abrir seu mercado de energia caso o país não acorde com a liberalização durante o mandato de seis meses de presidência espanhola na União Européia. Prodi disse que era essencial que a UE estabelecesse um claro cronograma para liberalizar a energia, uma questão que vem sendo bloqueada pela França. Supondo que os governos possam chegar a um acordo através de uma votação majoritária, Prodi disse que a Comissão estava disposta a propor um compromisso que abriria os mercados inicialmente apenas para usuários comerciais de eletricidade em 2003 e de gás em 2004. Se, entretanto, não houver acordo até o meio do ano, a Comissão irá propor que os estados recalcitrantes sejam forçados a abrir os mercados, sob o artigo 86 do Tratado de Roma, que permite a executiva da UE a impor a liberalização do mercado para prover serviços de interesse econômico geral. (Financial Times-17.01.2002)

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8- UTE Adia Licitação para Fornecimento de 300-400MW

A UTE, companhia energética estatal do Uruguai, adiou para 21 de fevereiro a data de apresentação e abertura de propostas por um contrato de fornecimento de 300MW-400MW, processo que implica a construção de uma usina termelétrica de ciclo combinado no sul do país. Até hoje, quatro empresas compraram o edital: a sueca Skanska, a espanhola Unión Fenosa e as argentinas Central Puerto e Epec. O processo, anteriormente programado para 22 de janeiro, foi adiado a pedido de empresas interessadas. A licitação envolve o fornecimento de 300-400MW por 15 anos, além da construção de uma usina termelétrica a gás natural de capacidade igual ou superior à requerida pela UTE. A usina deverá ser construída e operada pela iniciativa privada, mas a UTE terá direito a participar do projeto. A UTE cederá ao judiciário um contrato de compra de gás natural firmado com Pan American Energy e Wintershall. Essas empresas estão construindo o gasoduto Buenos Aires-Montevidéu, que vai abastecer a usina termelétrica a ser construída. (Business News Americas-17.01.2002)

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9- Gerente da Saesa acredita no sucesso de nova licitação

Jorge Brahm, gerente geral da Saesa, distribuidora chilena controlada pela norte-americana PSEG-Global, declarou que as condições atuais do mercado elétrico garantirão o êxito da quarta licitação de fornecimento a ser realizada pela companhia. Brahm espera ter ofertas em fevereiro, já que há três interessados e agora a Saesa está respondendo suas dúvidas. Brahm também declarou que a Saesa não entrará no negócio de geração de energia, já que a companhia é uma distribuidora e além disso participa do mercado de transmissão. Entretanto, disse que a PSEG manifestou o interesse de participar no negócio de geração. "A matriz sempre analisou a possibilidade de instalar uma central no Sul do país". (Estrategia-17.01.2002)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Ana Clara Cruz, Fernando Fernandes, Pedro Furley, Rodrigo Rötzsch e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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