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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 801 - 16 de janeiro de 2002
Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Cisão da Celesc vai ser assinada hoje por Amin

O passo decisivo para a reestruturação administrativa e juridica da Celesc será dado no dia 16.01 quando o governador Esperidião Amin sancionará o projeto de lei permitindo as mudanças na estatal. A empresa vai ser dividida em quatro: geração, distribuição, telecomunicações e uma holding, que será responsável pelo controle das outras três. Amin sanciona a lei com um único veto referente ao item que prevê a participação do setor privado na nova Celesc. A proposta inicial, aprovada pela Assembléia, previa que os investidores poderiam participar no aumento do capital, o que também exigiria um aporte do Estado. "Este artigo reduzia as possibilidades de financiamento", avaliou Amin. O projeto foi aprovado com a emenda do deputado João Henrique Blasi tornando o estado acionista majoritário das empresas de distribuição e geração e a iniciativa privada controladora do setor de telecomunicações. Pelo projeto inicial, o estado controlaria apenas a distribuição. A reestruturação da Celesc deverá estar terminada até o fim de abril. (A Notícia e Diário Catarinense - 16.01.2002)

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risco e racionamento

1- José Jorge anuncia intenção de abrandar gradualmente o racionamento

O governo deu ontem mais um passo para o fim do racionamento de energia elétrica a partir de março. O ministro de Minas e Energia, José Jorge, anunciou no fim da tarde, após reunião da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE), que em 1.º de fevereiro a iluminação pública - cuja economia tem sido de 35% - estará liberada e o racionamento para o setor industrial será aliviado, para compensar a folga da economia obtida em janeiro. De acordo com a assessoria do ministro José Jorge, a tendência é de abrandar gradualmente os mecanismos de punição do racionamento. Em janeiro, a economia de energia está excedendo a meta do governo em 1.500 MW médios e será distribuída agora para o setor industrial, inclusive o de eletrointensivo, e para o comércio. ( O Estado de São Paulo-16.01.2002)

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2- Durante o Carnaval, racionamento será reduzido ou suspenso

A população das Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do País vai poder consumir mais energia no carnaval. O anúncio foi feito ontem pelo ministro de Minas e Energia, José Jorge, ao explicar que a GCE decidiu flexibilizar o racionamento de eletricidade de forma generalizada. A GCE decide, na próxima semana, se não haverá limite para redução de consumo ou se fixará uma meta mínima de economia de luz elétrica. A medida atende aos pedidos dos prefeitos do Rio, César Maia , e Salvador, Antônio Imbassahy e é encarada como um passo para o fim do racionamento que deve ocorrer no próximo dia 15 de fevereiro. - A idéia é que a população possa ter um consumo maior de energia durante o período de 10 dias do carnaval - afirmou José Jorge ao explicar que tomou por base o período de carnaval em Olinda (PE) e Salvador (BA) para servir de parâmetro para os demais municípios que são obrigados a economizar energia. (Jornal do Commercio-16.01.2002)

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3- Estados poderão suspender corte de 35% na iluminação pública

Mesmo permitindo maior consumo, o governo continua cauteloso e não deve flexibilizar as metas de forma permanente até o final do plano de contingência. "É preciso continuar atento aos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas", disse o ministro Pedro Parente. Apesar disso, a GCE decidiu que Estados e municípios poderão suspender, a partir de 1 de fevereiro, o corte de 35% de energia feito na iluminação pública, em relação ao consumo registrado em 31 de maio de 2001. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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4- Racionamento para indústria será menor a partir de fevereiro

A partir do dia 1º de fevereiro não haverá mais racionamento no setor de iluminação pública. Já as indústrias contarão com um alívio maior. Segundo o ministro, a indústria deve poder gastar mais eletricidade, inclusive o setor eletrointensivo. As regras em vigor até o momento determinam uma redução de consumo entre 15% e 25%. O ministro José Jorge explicou que esta folga está sendo possível em função da recuperação do nível de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas. Como as chuvas permitiram aumentar a capacidade de produção de energia de 1.500 MW médios, a GCE decidiu repassar este ganho para as regiões sob racionamento. (Jornal do Commercio-16.01.2002)

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5- Governo divulgará novas metas para indústria na semana que vem

As ações do governo - maior gasto de energia no carnaval e suspensão do corte de 35% na iluminação pública - deixam claro que a tendência é amenizar cada vez mais o racionamento, até extingüi-lo definitivamente. Por isso, na próxima semana, divulgará as novas metas de redução para os diversos segmentos industriais. A flexibilização para a indústria, contudo, será possível porque há uma folga no sistema de 1,5 mil MW, registrados desde o início do ano, e que serão distribuídos entre o setor a partir do dia 1 de fevereiro. Atualmente, as indústrias têm metas de racionamento entre 15% e 25% em relação aos meses de maio, junho e julho do ano passado. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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6- Capacidade de reservatórios do Sudeste sobe para 38,18%

O nível dos reservatórios das principais usinas hidrelétricas do País continua subindo, graças às chuvas registradas em todo o território nacional. No dia 13.01, data da última medição divulgada pelo ONS, os lagos das regiões Sudeste e Centro-Oeste apresentavam 38,18% de capacidade de armazenamento de energia, ante o volume de 37,29% verificado no dia 11.01. O Nordeste - para onde ainda se voltam as principais preocupações quanto ao risco de desabastecimento energético - teve o potencial de estoque de energia ampliado de 24%, no dia 11.01, para 25,55%, no dia 13.01. Já nas regiões Norte e Sul, onde os reservatórios aproximam-se da capacidade total de geração, os níveis são de 91,82% e 81,84%, respectivamente. No dia 11.01, os lagos no Norte do País registravam 88,61%, enquanto os do Sul somavam 80,78%. (Gazeta Mercantil - 15.01.2002)

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7- Reservatórios do NE estão com mais água que o previsto

O nível dos reservatórios que abastecem as usinas hidrelétricas do Nordeste aumentou e superou a expectativa do governo. De acordo com boletim de acompanhamento do ONS, o volume de água nas barragens da região alcançou 26,01% da capacidade nesta segunda-feira, acima da expectativa de 25% do governo. Já nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o nível dos reservatórios está dentro da previsão. Nesta segunda, o nível de águas chegou a 38,88%. Para o fim do mês a expectativa é de que estejam com 48,2% da capacidade. (Diário do Grande ABC - 16.01.2002)

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8- Nível das represas cresce conforme técnicos previram

O nível dos reservatórios que abastecem as usinas hidrelétricas das regiões sob racionamento continua subindo. No Nordeste, os lagos superaram segunda-feira o porcentual esperado e nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste o nível dos reservatórios está dentro da previsão, ou seja, o volume de águas chegou a 38,88%. Para o fim de janeiro, a expectativa é de que o nível chegue a 48,2% da capacidade no Sudeste/Centro-Oeste. O índice estará bem próximo à meta de 52% de água, volume mínimo considerado pela GCE, para garantir que não haja mais problemas de abastecimento. Segundo o presidente da GCE, Pedro Parente, com lagos atingindo 52% de capacidade, haverá uma reunião que poderá decidir pelo fim das medidas. A expectativa de técnicos é que o volume seja alcançado em fevereiro. (Estado de SP - 16.01.2002)

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9- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Rumo do mercado preocupa geradoras

A intenção do governo ao anunciar as medidas para revitalizar o setor elétrico era tranquilizar - e atrair - os investidores da área, mas a reação vem se mostrando um pouco diferente. Os empresários ligados à geração estão preocupados com os rumos que o mercado ganhará daqui em diante, ainda que o governo tenha vinculado as mudanças à maior competição no setor. O desconforto se dá, essencialmente, pela falta de detalhamento das medidas. Em reunião da Associação Brasileira de Grandes Geradoras de Energia (Abrage) ocorrida no dia 15.01, ficou acertado que a entidade pedirá à GCE espaço para opinar, mesmo nos itens que terão implantação imediata e que não passarão por audiência pública. O espaço de mercado reservado à livre concorrência, os parâmetros para comercialização da 'energia velha' (produzida pelas estatais a custo baixo) e os critérios para despacho das usinas e formação de preços no extinto Mercado Atacadista de Energia (MAE) foram os pontos que mais absorveram a atenção dos investidores de geração, na reunião do dia 15.01. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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2- Abrage não quer cancelamento da abertura dos contratos iniciais

O cálculo do custo do déficit da energia, hoje em R$ 684 por MWh também foi debatido pelos empresários ligados à geração, em reunião no dia 15.01. Os geradores querem enfatizar ao governo que esse custo deve ser assumido por toda a sociedade e não isoladamente no mercado. O presidente da Abrage, Flávio Neiva, disse que os geradores querem uma clara sinalização do governo sobre a garantia de que o setor elétrico será auto-regulado no futuro. Uma das propostas discutidas pela Abrage é a de não cancelar abertura dos contratos iniciais (entre geradoras e distribuidoras), mas apenas adiar o processo de liberação do mercado, previsto para ocorrer a partir de 2003. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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3- Empresa russa quer atuar no Brasil

A principal produtora de alumínio da Rússia, a Russian Aluminium (RusAl), assinou uma carta de intenções com empresas brasileiras para participar da construção de uma fábrica de cabos elétricos no Brasil. O presidente Fernando Henrique Cardoso, que está em visita oficial à Rússia, participou da cerimônia de assinatura. A Luminar e a ITS, representando a General Electric, e a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) assinaram o memorando. A RusAl, a GE e a Fiesc já haviam selado um acordo preliminar em dezembro do ano passado para a criação de uma empresa conjunta. O objetivo é construir a fábrica no Estado de Santa Catarina. (Gazeta Mercantil - 15.01.2002)

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4- Distribuidoras gaúchas ameaçam ir à Justiça buscar benefícios

Caso não consigam os mesmos benefícios obtidos do governo por empresas de outras regiões do país, as distribuidoras gaúchas sinalizam com a opção de levar à Justiça o pleito. Segundo fonte ligada à AES Sul, houve no fim do ano passado reunião com a GCE, onde foi sugerido pelo próprio governo que as companhias conseguissem pareceres jurídicos favoráveis. Ontem, as companhias levaram os pareceres prontos. Neles, consta que "à medida em que houve um pedido do governo para que a população consumisse menos, isso poderá ser caracterizado como uma intervenção governamental". Pleiteam o benefício, além da AES Sul, a RGE, a Celesc e a Companhia Estadual de Energia Elétrica. A Copel disse por meio de assessoria que não participará da reunião e é contra o pleito do benefício na Justiça, apesar de alegar prejuízos com a redução no consumo. (Valor Econômico-16.01.2002)

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5- Governo federal não está sensibilizado com pleito das distribuidoras gaúchas

O governo não está sensibilizado com o pleito das distribuidoras gaúchas para serem indenizadas pela recomendação do governo federal de que se consumisse menos na região. O ministro de Minas e Energia, José Jorge, afirmou ontem que a perdas das empresas é "risco de mercado". O governo não teria como oferecer compensação, a exemplo da operação acertada com as distribuidoras das regiões sob racionamento. As perdas serão repostas com reajuste tarifário. O BNDES emprestará R$ 5,7 bilhões a geradoras e distribuidoras a título de antecipação dessas perdas. (Valor Econômico-16.01.2002)

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6- Guaraniana faz emissão de R$ 700 mi

A Guaraniana, holding do setor elétrico que tem como principais sócios a Previ , a Iberdrola e o Banco do Brasil , está preparando uma emissão de R$ 700 mi em debêntures. A operação, que estava prevista para o final de 2001, deverá chegar ao mercado ainda em janeiro de 2002. Parte dos recursos será utilizada para reestruturar a dívida da empresa, que era de R$ 1,3 bi no final de 2000. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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7- Elektro desiste de emissão de debêntures

A Elektro não encontrou boas condições no mercado para a emissão de debêntures. A empresa cancelou a operação de R$ 195 mi, que havia registrado na CVM em outubro de 2001. A decisão partiu do Conselho de Administração da companhia, que se reuniu no dia 14.01. O documento comunicando a suspensão da emissão foi enviado no dia 15.01 à Bolsa de Valores de São Paulo. A direção da Elektro, no entanto, não esclareceu os motivos que levaram ao cancelamento da operação. Para alguns analistas, a desistência deve ter sido influenciada pelo prêmio da operação. Esses especialistas desconfiam que, com a quebra da controladora, a norteamericana Enron, em dezembro do ano passado, os credores devem ter pedido prêmios muito acima do mercado para ficarem com os papéis de emissão da companhia. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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8- BB adia venda de participações acionárias na Guaraniana

O ano de 2001 foi particularmente difícil para a Guaraniana, holding do setor elétrico com atuação na região Nordeste do País, que tem como principais acionistas a Previ , a Iberdrola e o Banco do Brasil. Suas principais controladas - Coelba , Celpe e Cosern, todas distribuidoras, além da Itapebi , geradora, e da GCS Energia , comercializadora, na Região Nordeste do País - sofreram muito com o racionamento de energia elétrica. O Banco do Brasil, que tinha a intenção de vender a sua participação de aproximadamente 10% na holding entre o final de 2001 e o início de 2002, como parte do plano de se desfazer de suas participações acionárias, teve que adiar os planos de desmobilização para o fim do primeiro semestre ou o início do segundo semestre. A crise na Argentina, segundo analistas, provavelmente tirou do páreo a maior interessada na participação do BB, a Iberdrola, que já possui 39% da Guaraniana. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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financiamento

1- Definido cálculo de preço de energia nas negociações de curto prazo

O governo ainda não divulgou oficialmente, mas já definiu como pretende implantar a lei da oferta e procura nas negociações de curto prazo com energia elétrica. O sistema é radicalmente diferente do atual - baseado nos custos da produção e não nas condições de mercado - e começará a vigorar, na melhor das hipóteses, a partir do segundo semestre. Será implantado, portanto, no Mercado Brasileiro de Energia (MBE), que substituirá o Mercado Atacadista de Energia (MAE). (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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2- Geradoras definirão diariamente volume e preços dos excedentes que pretendem colocar no mercado

Em síntese, pela nova sistemática, as geradoras terão que definir, diariamente, o volume e os preços dos excedentes (energia que não consta dos contratos de longo prazo) que pretendem colocar no mercado de curto prazo a cada hora do dia. Os dados serão encaminhados ao ONS e confrontados com as previsões de demanda das distribuidoras. Com base na comparação entre esses dados e levando em consideração os requisitos técnicos do sistema, o ONS decidirá quais usinas deverão entrar primeiro em operação, dando preferência àquelas que apresentarem os menores preços. Atualmente, os preços são determinados por um sistema de computador que leva em conta diversas variáveis, inclusive as projeções das condições meteorológicas. Os valores do MWh, com validade semanal, são estabelecidos para cada uma das regiões (ou submercado) do País: Norte, Sul, Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste. O dia é dividido em apenas três períodos: carga leve (madrugada), pesada (o chamado horário de ponta, no início da noite) e média (a maior parte do período). Essas características fazem com que o ONS determine a operação das usinas sem levar em conta critérios financeiros, "como se todas pertencessem a um único dono", diz um profissional que participou dos estudos que permitiram as mudanças. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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3- Nova metodologia de cálculo pretende dar maior estabilidade ao mercado de curto prazo

Os efeitos da nova sistemática de cálculo do preço da energia no mercado "spot" não serão sentidos pelo pequeno consumidor, ou consumidor cativo, que continuará a pagar tarifas regulamentadas pela Aneel. O que se pretende é dar maior estabilidade ao mercado "spot", constituído como centro financeiro da livre negociação da energia e cujos preços deveriam funcionar como sinalizadores da necessidade de investimentos na expansão do sistema. A sistemática atual, no entanto, embute uma volatilidade tão grande - superior, inclusive, à do dólar - que muitos investidores chegaram a afirmar que temiam aplicar recursos na construção de usinas contando, apenas, com a rentabilidade aferida no mercado. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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4- Novo sistema da cálculo de energia no mercado "spot" deve vigorar somente em 2003

Segundo um profissional ligado à GCE, a proposta do governo para alteração do sistema de cálculo do preço da energia no mercado "spot" será submetida a audiência pública no final de janeiro, mas as suas linhas gerais permanecerão inalteradas. O mercado deverá se manifestar, apenas, sobre as características e detalhes específicos. Após a aprovação da configuração final, virá a fase das providências práticas e montagem do sistema de computador que permitirá a aplicação da nova metodologia. Assim, calcula ele, "os preços que refletem a oferta e a demanda deverão vigorar apenas no segundo semestre ou em 2003". Até lá, o sistema atual (chamado newave) continuará em vigor. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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5- GCE determinará mudança em 3 variáveis do newave ainda nesta semana

Como a nova metodologia de cálculo do preço da energia no mercado "spot" só entrará em vigor no segundo semestre do 2002, ou em 2003, uma resolução da GCE, ainda nesta semana determinará a mudança em três variáveis do newave. O custo do racionamento deixará de ser único (R$ 684,00) para refletir a intensidade da contenção, dividida em quatro patamares: até 5%; de 5% a 10%; de 10% a 20% e a partir de 20%. Neste último, o preço do MWh pode superar os R$ 2 mil. Além disso, a GCE mudará os critérios das variáveis projeção de demanda e consumo e da chamada "aversão ao risco", introduzindo dados que reflitam e permitam a prevenção das situações de escassez. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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6- Leilões continuam enquanto governo não define remodelação da Asmae

A continuidade do atual mecanismo de negociação de excedentes (leilões Asmae/Bovespa), voltado para consumidores com demanda superior a 2,5 MW e ligados em alta tensão, depende de acertos do governo sobre a remodelação da Asmae. Enquanto isso, garantem fontes envolvidas na operação, os pregões continuarão sendo realizados. A Medida Provisória que institui as novas medidas para revitalização do setor elétrico ainda não foi publicada. A extinção do MAE e também da Asmae só será formalizada depois da edição da MP. (Gazeta Mercantil - 15.01.2002)

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7- Grupos que venderam energia emergencial pro Nordeste relutam em fornecer valores

Os grupos vitoriosos de um dos maiores negócios realizados no País nos últimos anos - a venda de energia emergencial para o Nordeste - ainda estão relutantes em dar maiores detalhes sobre a operação. O consórcio com maior volume de contratos, o SoEnergy, com 17,09% dos 2,15 mil MW licitados, está programando para os próximos dias uma entrevista para detalhar o negócio. O consórcio congrega a Petrobras Distribuidora, o grupo MPE e a Sotreq, revenda da Caterpillar. A BR (subsidiária da Petrobras) está se associando aos grupos MPE e SoEnergy. A SoEnergy é uma empresa controlada por um revendedor da Caterpillar instalado na Colômbia, em conjunto com a brasileira Sotreq. O grupo Keppel Fels, uma estatal de Cingapura que atua na construção e reforma de plataformas petrolíferas, divulgou nota oficial informando que o valor do contrato assinado atinge US$ 400 milhões. Como a participação dessa empresa representa 8,82% do total, isso indicaria a perspectiva de negócios totais superiores a US$ 4,5 bi. A Keppel Fels ficou na quarta posição, com a previsão de fornecer 190 MW. (Jornal do Commercio-16.01.2002)

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8- Grupo Enguia diz que é difícil estimar quanto será gasto com energia emergencial pro Nordeste

Nelson Silveira, coordenador do consórcio Enguia, que ficou com a segunda maior parcela dos contratos licitados de venda de energia emergencial para o Nordeste, com um total de 241 MW ou o equivalente a 11,19% do total, disse que o valor final é difícil de ser estimado, porque não se sabe quanto o governo vai usar, efetivamente, dessas usinas. A CBEE previu duas situações. Numa delas, o governo pagaria apenas pelo "aluguel" das unidades contratadas, que seria uma espécie de seguro. Mas, se houver necessidade, essas usinas injetarão energia elétrica no sistema, quando o preço poderá atingir até R$ 288 o MW. Silveira não quis detalhar as empresas que participam do consórcio Enguia, mas confirmou que o Grupo Arbi, do empresário Daniel Birmann, é um dos investidores. Segundo Silveira, o grupo vai usar equipamentos da Caterpillar, que já estariam todos no País. "Agora é uma corrida contra o tempo, porque temos 90 dias para instalar as unidades geradoras." (O Estado de São Paulo-16.01.2002)

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9- Asmae/Bovespa comercializa 550 MWh em excedentes

O leilão de excedentes operado pela Asmae e pela Bovespa negociou, no dia 15.01, 550 MWh, ao preço médio de R$ 101 o MWh. O valor indica uma ligeira pressão para a desvalorização do custo da energia. No movimento do dia, as ofertas de compra somaram 1.550 MWh, com preços entre R$ 95 e R$ 102 para o MWh. Já na ponta vendedora, os certificados registrados no sistema totalizaram 2.500 MWh, de R$ 99 a R$ 118 o MWh. (Gazeta Mercantil - 15.01.2002)

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10- Banco do Brasil interrompe leilões de energia excedente

O Banco do Brasil cancelou temporariamente a realização dos leilões de energia excedente, iniciados em 18 de outubro. A assessoria de imprensa da instituição informou que o ambiente criado para esses negócios só será retomado após definições do governo sobre o futuro do racionamento e a remodelagem do setor elétrico. No total, a bolsa de energia do BB movimentou 1,6 MWh a um preço médio de R$ 95. Desde novembro, no entanto, não há apresentação de ofertas a este sistema, informou a assessoria de imprensa. Com o anúncio do pacote para revitalização do setor elétrico e a sinalização do governo em rever metas de consumo para a indústria, o próprio banco tomou a iniciativa de suspender os leilões. Não há ainda data para a retomada do serviço. (Gazeta Mercantil - 15.01.2002)

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financiamento

1- Taxas sobem no leilão de prefixados

O acirramento da situação argentina na última semana trouxe instabilidade ao mercado financeiro e fez o Tesouro Nacional pagar mais caro para vender títulos públicos aos investidores. Os juros obtidos na venda de papéis prefixados (com rentabilidade definida no leilão) ficaram acima do registrado na semana anterior. O TN vendeu R$ 2,5 bi em Letras do Tesouro Nacional (LTN, prefixadas), em dois lotes. O primeiro, de R$ 2 bi, tem vencimento em sete meses (7 de agosto de 2002) e foi leiloado com juros anuais médios de 19,79%. Na última venda, os juros haviam ficado em 19,10%. O outro lote foi de R$ 500 mi de LTN tem vencimento mais longo, em 15 meses (2 de abril de 2003). A taxa média de juros ficou em 21,72% ao ano, mais de um ponto percentual acima da registrada na semana passada, de 20,45%. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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2- Taxas de juros sobem na BM&F

As taxas de juros futuros negociadas na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) subiram no dia 15.01.2002. A divulgação de índices de inflação acima do esperado reduziram as apostas de que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) possa reduzir os juros básicos da economia. A taxa está em 19% ao ano e o Copom define os juros que vigorarão até fevereiro em reunião nos dias 22 e 23. Entre os contratos de juros mais negociados na BM&F, o de fevereiro passou de 19,02% para 18,95% ao ano, a única exceção. A taxa de abril saiu de 19,22% para 19,23% ao ano. O contrato de julho subiu de 19,52% para 19,58%. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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3- BM&F vai mudar contratos de juros na sexta

A partir de sexta-feira, dia 18.01, a BM&F passa a cotar os contratos de juros em taxa e não mais em P.U. (Preço Unitário). Até agora, os contratos eram negociados pelo P.U. que valia R$ 100 mil. Quanto menor estivesse o PU, mais alta estaria a taxa de juros. "Ninguém pensa em P.U. e depois em taxa. Todos pensam nos juros finais e estamos simplificando a operação. Não muda nada na negociação", disse o diretor técnico da bolsa, Marco Aurélio Teixeira. A mudança vai padronizar a cotação dos contratos de juros com outros derivativos (termo de taxa de juros, futuro de cupom cambial e swaps). (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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4- Dólar recua 0,96% e fecha a R$ 2,374

No dia 15.01.2002, a cotação do dólar comercial recuou 0,96% para R$ 2,374, na venda, com o ingresso de cerca de US$ 100 mi no país. "O mercado tem pouca liquidez e qualquer ingresso de dólares derruba o preço. Foram apenas três ou quatro operações que ajudaram a baixar a taxa", disse o diretor de câmbio da Corretora Liquidez , Fábio Fender. A cotação chegou a cair 1,79% para R$ 2,354, na venda, mas voltou a subir no final da tarde com protestos na Argentina contra o presidente, Eduardo Duhalde. Os investidores temem que novos conflitos sociais no país vizinho possam impedir o sucesso do novo sistema cambial. A Ptax, média das cotações apurada pelo Banco Central, ficou em R$ 2,3705, baixa de 1,52%. Na BM&F, o contrato de dólar para fevereiro recuou 1,03% e valia R$ 2,395. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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5- BC faz leilão para troca de títulos cambiais

O Banco Central faz no dia 17.01 um leilão para troca de títulos cambiais curtos por outros mais longos. Vão ser recomprados títulos com resgate em 21 de fevereiro, 14 de março, 11 e 18 de abril. Em contrapartida, o BC venderá até R$ 500 mi de cambiais que vencem em 10 de março de 2004 e a mesma quantia, no máximo, para títulos com resgate em 20 de janeiro de 2005. E mais um lote de até R$ 400 mi que vence em 16 de julho de 2008. A venda dos títulos longos será feita na mesma quantidade dos papéis recomprados. O primeiro leilão desse tipo ocorreu em 14 de dezembro de 2001. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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gás e termoelétricas

1- Câmara altera projetos para garantir que termelétricas saiam do papel

A GCE reconheceu que pelo menos três dos 32 projetos do Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT) não têm condições de iniciar operação tão cedo. Resolveu retirá-los do programa e substituí-los por sete empreendimentos, em estágio mais avançado, que pleiteavam direito à proteção que o governo oferece aos inscritos no PPT: garantia de fornecimento de gás e de contratos de compra da energia e preços imunes à variação cambial por períodos de 12 meses. Dois dos projetos que deixaram o PPT (Termo Catarinense Norte e Vitória) têm participação da Petrobras. A estatal é parceira minoritária de várias térmicas exatamente para agilizar sua viabilização. A outra usina retirada do PPT (Riogen) é da Enron. O governo crê que a crise vivida pela empresa tenha atrasado o início do projeto. O ministro José Jorge afirmou que a retirada dos projetos deu-se porque elas ainda não iniciaram as obras, o que comprometeria o cronograma do PPT. "Se no futuro estiver tudo bem, elas voltam", afirmou. (Valor Econômico-16.01.2002)

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2- PPT passa a englobar 36 usinas, quatro a mais do que anteriormente

O PPT (Programa Prioritário de Termeletricidade) salta de 32 para 36 usinas com a inclusão dos novos projetos feita ontem pela GCE. A capacidade de geração passará a 12.180 MW. A previsão inicial era de 10.800 MW. As três usinas que saíram somavam 1.350 MW. As sete que entraram, 3, 3 mil MW. O PPT demandará 30 milhões de metros cúbicos de gás/dia, e o governo garante que a alteração não compromete a abastecimento. (Valor Econômico-16.01.2002)

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3- Novas térmicas são pequenas e de uso industrial

A Câmara de Gestão da Crise Energética autorizou, no dai 15.01, a inclusão no Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT) de 18 novas unidades térmicas do Programa de Co-geração de Energia Elétrica. São pequenas usinas, normalmente de uso industrial, que podem ter co-geração em torno de 213,8 MW, informa a Agência Estado. A inclusão dessas usinas no PPT completa a demanda diária de 2 milhões de metros cúbicos de gás natural, segundo o Ministério das Minas e Energia. (Campo Gde News - 15.01.2002)

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4- Iberdrola anuncia contrato para manutenção de Angra 1 e 2

A companhia espanhola de eletricidade Iberdrola anunciou, no dia 15.01, a assinatura de um contrato, no valor de € 20 mi (US$ 17,9 mi), com a Eletronuclear para inspecionar e fazer a manutenção das usinas nucleares Angra 1 e 2. Com prazo de cinco anos, o acordo será firmado por meio da subsidiária Iberdrola Ingeniera y Consultoria. As usinas têm capacidade instalada de 2.000 MW e estão localizadas em Angra dos Reis, entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. A Iberdrola Ingeniera y Consultoria já oferece suporte técnico às plantas desde 1996. (Gazeta Mercantil - 15.01.2002)

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5- Eletronuclear nega que Iberdrola tenha vencido licitação

A Iberdrola, segunda maior elétrica da Espanha, pode ter se precipitado, no dia 15.01, ao anunciar ter vencido um processo de licitação no Brasil, no valor de 20 mi, e analistas temem que ela possa perder o negócio. A holding espanhola, que tem forte atuação no setor de distribuição brasileiro, divulgou ter saído vitoriosa na disputa internacional promovida pela estatal brasileira Eletronuclear para a inspeção e manutenção das Usinas Nucleares Angra 1 e 2, por meio da subsidiária Iberdrola Engenharia e Consultoria (Ibenbrasil). No proprio dia 15.01, contudo, a informação foi desmentida pela Eletronuclear, que divulgou nota na qual afirma que "o processo licitatório está em andamento, não tendo havido ainda a assinatura do contrato com a Iberdrola". Especialistas de mercado temem que o grupo espanhol possa perder a licitação por ter antecipado a conclusão da negócio. Como a nota foi divulgada no final do expediente da empresa, executivos da holding não foram encontrados para comentar o assunto. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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6- Iberdrola informa que contrato ainda precisa ser aprovado pela Eletronuclear

A Iberdrola informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o contrato da concorrência, de US$ 17,8 milhões, ainda precisa ser aprovado pelo conselho de administração da Eletronuclear. A estatal também divulgou ontem nota na qual esclarece que o processo licitatório está em andamento, "não tendo havido ainda a assinatura do contrato com a Iberdrola". Fontes do setor garantem que a abertura de uma concorrência internacional para fazer serviços de manutenção em Angra 1 e 2 faz parte dos procedimentos "normais" da central, pois muitos trabalhos exigem pessoal e ferramentas altamente especializados. Um dos equipamentos da usina que requer cuidado especial é o gerador de vapor de Angra 1, que tem apresentado defeitos. Outro trabalho para os técnicos estrangeiros é a inspeção do combustível da central. (Valor Econômico-16.01.2002)

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7- Experiência foi importante para que Iberdrola ganhasse licitação de Angra

A Iberdrola Engenharia e Consultoria, que ganhou a licitação para fazer os trabalhos de operação e manutenção em Angra 1 e 2, está presente nas centrais nucleares da Espanha e desenvolve serviços em outros projetos da América Latina e Leste Europeu. Esta experiência em engenharia, operação e manutenção de centrais nucleares foi importante para a Iberdrola Engenharia ganhar essa licitação. Na etapa final dessa concorrência, a empresa espanhola venceu a franco-alemã Framatone ANP (Framatone-Siemens). A confirmar-se o resultado dessa disputa, a Iberdrola Engenharia, controlada pelo grupo homônimo, fará os trabalhos de manutenção em Angra em parceria com as empresas Tecnatom e Westinghouse Eletric Co. (Valor Econômico-16.01.2002)

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8- Iberdrola participou dos estudos para viabilidade de Angra 3

A Iberdrola, que está prestes a fechar acordo para realizar por cinco anos a manutenção das usinas Angra 1 e Angra 2, no passado já realizou em Angra 1 serviços de apoio para a recarga, além de serviços especiais de engenharia e compras, e, em Angra 2, prestou assessoria no início da operação e realizou serviços de apoio técnico. E também participou dos estudos de viabilidade para a construção de Angra 3. Estes estudos indicaram que seriam necessários investimentos de cerca de US$ 1,7 bi para concluir Angra 3, que injetaria no sistema elétrico mais 1,35 mil MW. Até meados de 2002 a nova análise de viabilidade econômico-financeira de Angra 3 deverá estar concluída. A partir daí, o governo deverá ratificar ou não a decisão de construir a usina, o que não será fácil por tratar-se de ano eleitoral. (Valor Econômico-16.01.2002)

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9- Angra 1 receberá US$ 7 mi para equipamentos e segurança

No ano em que completa seu décimo sétimo aniversário, a Usina Angra 1 receberá da Eletronuclear um investimento da ordem de US$ 7 mi em equipamentos e segurança. De acordo com cientistas e técnicos da empresa, a mudança servirá para detectar de forma mais rápida qualquer acidente. A intenção é evitar problemas como os desligamentos repentinos, ou vazamentos semelhante ao que ocorreu em maio do ano passado. Na ocasião, 22 mil litros de água vazaram para um tanque de contenção. (A Gazeta - 16.01.2002)

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10- Grupo HRG vai instalar usina térmica em Betim

O Grupo HRG, que ficou na terceira posição entre os maiores fornecedores de energia emergencial ao Nordeste, vai ofertar 192 MW instalando uma usina térmica em Betim (MG). Ele conta com a participação de dois diretores da Fundição Conradi, instalada em Itaúna (MG), mas Gilberto Borges, o terceiro sócio, garante que a HRG é uma empresa independente. Ele não quis informar a composição do grupo nem a previsão de faturamento, mas estava contente com o negócio e já está programando a duplicação de capacidade da termoelétrica Aureliano Chaves. (O Estado de São Paulo-16.01.2002)

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grandes consumidores

1- Indústria deve se recuperar com o fim do racionamento

O coordenador de política econômica da CN), Flávio Castelo Branco, previu a recuperação da produção de vários setores da indústria se o Governo encerrar o racionamento de energia elétrica na Região Sudeste. Segundo ele, as áreas industriais que mais vêm sofrendo por causa do esquema são as de metalurgia, produtos químicos e a de fabricação têxtil, bem como aquelas cujo uso de equipamentos passou a sofrer restrições nas residências, ou seja, as de aparelhos eletroeletrônicos e a de eletrodomésticos. Castelo Branco afirmou que o racionamento de energia elétrica foi um dos principais fatores para a desaceleração da atividade industrial em 2001. ''Nós não temos um levantamento de quanto a indústria deixou de faturar durante o racionamento. Isso porque, além da restrição no consumo, tivemos várias dificuldades, como a crise na Argentina, a elevação da taxa de juros no Brasil e a recessão da economia mundial. No entanto, com certeza, o racionamento de energia elétrica foi um dos principais fatores que contribuíram para essa redução na atividade industrial ao longo do ano passado''. (Jornal do Commercio-16.01.2002)

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2- Indústria de alumínio atribui queda de 11,1% na produção ao racionamento

A indústria brasileira de alumínio primário fechou o ano de 2001 com queda de 11,1% na produção em comparação ao resultado do ano anterior, de acordo com dados da Associação Brasileira do Alumínio (Abal) divulgados, ontem. De janeiro a dezembro de 2001, o volume totalizou 1.130,7 mil toneladas - uma redução de 140,7 mil toneladas em relação às 1.271,4 mil toneladas produzidas em 2000. Para a associação, esse resultado é consequência direta do racionamento de energia elétrica. Segundo a Abal, a indústria de alumínio primário cumpriu as metas de redução do consumo de energia elétrica sem afetar o suprimento do produto no mercado interno. (Jornal do Commercio-16.01.2002)

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3- Programa do SEBRAE premiará empresas eficientes no uso de energia

O programa de ecoeficiência do SEBRAE-RJ está promovendo um concurso que visa premiar 12 empresas ( 4 do setor industrial, 4 do setor comercial e 4 do setor de serviços) para se constituírem unidades de demonstração no uso eficiente de energia. As empresas evencedoras terão como prêmio: a divulgação, pelo SEBRAE-RJ, em todo território nacional, do nome da empresa como exemplo no campo da eficiência energética.; consultoria técnica de até 320 horas com objetivo de identificar novos projetos aplicáveis na empresa e acompanhamento técnico da mesma carga horária caso tais projetos sejam implantados; apoio dos parceiros no Projeto no encaminahmento de novos negócios com fabricantes de equipamento e empresas de consultoria. Além disso, três empresas, uma de cada setor, serão convidadas para uma viagem técnica para a Alemanha, com todos os custos cobertos pelo programa de ecoeficiência. (SEBRAE-RJ- 15.01.2002)

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4- Conheça as exigências para participação no concurso do SEBRAE-RJ

Para participar do concurso do programa de ecoeficiência do SEBRAE-RJ, que premiará os vencedores com, entre outras coisas, uma viagem técnica da Alemanha, as empresas terão que ter implantado uma ou mais das medidas a seguir e apresentar os benefícios alcançados no campo da eficiência energética. São elas: introdução de novas rotinas operacionais, treinamento de pessoal, otimização no uso da capacidade de produção instalada, maior eficiência na utilização dos equipamentos e instalações existentes, instalação de equipamentos mais eficientes e desenvolvimento de novos produtos relacionados à eficiência energética. Poderão participar do Concurso micro, pequenas e medias empresas, dos segmentos de indústria, comércio e serviços, que tenham até 499 funcionários e que atendam as exigências especificadas no Edital. Para concorrer, a empresa deverá ter registros que comprovem as medidas implantadas e os resultados alcançados. (SEBRAE-RJ- 15.01.2002)

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5- Indústria paulista tem o menor índice de emprego desde 1994

O ano de 2001 foi o que apresentou o menor índice de emprego na indústria paulista desde 1994 - quando a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) começou a fazer a medição. Segundo o Departamento de Pesquisas Econômicas (Depecon) da Fiesp, em 1994 existiam 2,15 milhões de pessoas empregadas na indústria paulista. Em 2001 esse número caiu para 1,58 milhão, o que representa uma queda de 570 mil postos de trabalho. Em 2001, houve redução de 32.437 postos de trabalho na indústria paulista, ou queda de 2,02% no nível de emprego. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)

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internacional

1- Andersen demite sócio responsável por destruição de documentos sobre a Enron

A Arthur Andersen demitiu o seu sócio responsável pela auditoria da Enron ontem, alegando que ele ordenou a destruição de milhares de documentos e e-mails depois de tomar conhecimento que a Comissão de Valores e Comércio (SEC) tinha começado uma investigação na contabilidade da Enron. O sócio demitido, David B. Duncan, convocou uma reunião de auditores no escritório de Houston da firma e ordenou um esforço expedito para destruir os documentos, no dia 23 de outubro, um dia depois da a Enron revelar que a SEC tinha começado a sua investigação. A auditoria da Andersen sobre a Enron está sob investigação desde que a firma do setor energético abriu concordata, em dezembro do ano passado. (New York Times-16.01.2002)

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2- Enron e deputado texano envolvidos em suspeita de tráfico de influência

É sabido que a Enron despejou dinheiro e atenção em dezenas de figuras políticas da capital norte-americana, mas uma demonstração de quão cuidadosamente a companhia cultivou membros do congresso se dá no caso do deputado texano Tom DeLay. Como outros membros da delegação do Texas, estado-base da Enron, DeLay, um republicano cujo distrito fica no subúrbio de Houston, próximo à sede da Enron, recebeu vultosas doações para a sua campanha da Enron- US$ 28.900 desde 1989. Mas DeLay, o disciplinador da maioria da casa, não é apenas mais um deputado. As doações foram apenas um ponto de partida. A Enron usou como lobistas dois membros influentes do gabinete informal de DeLay, Ed Buckham e Karl Gallant. Buckham e Gallant lideravam comitês próximos a DeLay, que receberam doações da Enron, através de seu presidente, Kenneth Lay e do vice-presidente, Joseph Sutton. O porta-voz de DeLay disse que não havia nada de errado na relação de DeLay com a Enron, descrevendo a firma como uma donatária de oportunidades iguais. (New York Times-16.01.2002)

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3- J. P. Morgan e Citigroup vão divulgar detalhes de seu envolvimento com a Enron

Os dois maiores credores da Enron deram respostas distintas às questões sobre seus laços com a falida companhia. Enquanto a J.P. Morgan Chase se apressou em detalhar suas perdas potenciais, o Citigroup repetidamente rejeitou as inquirições. Mas as trilhas seguidas pelos dois bancos de investimento devem começar a convergir nos próximos dois dias quando elas relatarem seus ganhos no quarto trimestre de 2001. A J.P. Morgan deve providenciar novos detalhes sobre os custos de sua exposição à Enron hoje, enquanto o Citigroup deve quebrar o silêncio sobre quão profundos eram seus laços com a Enron ao discutir seus ganhos amanhã. Ao contrário do J. P. Morgan, o Citigroup negou-se a divulgar detalhes dos empréstimos que fez à Enron, alegando não acreditar que as quantias envolvidas eram grandes o suficiente para ter que ser reveladas aos investidores. No entanto, o Citigroup parece ter tido envolvimento suficiente com a Enron para buscar ajuda com um executivo do Departamento de Tesouro, cerca de um mês antes da quebra de Enron. (New York Times-16.01.2002)

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4- Enersis negocia aspectos legais e econômicos do contratos de suas filiais na Argentina

A Enersis, holding chilena de energia, está negociando com o governo da Argentina os aspectos legais e econômicos dos contratos de suas filiais no país, em conseqüência das medidas econômicas adotadas pelo governo de Eduardo Duhalde. Segundo uma fonte, essas negociações acontecem através das associações de distribuidoras (Adeera) e de geradoras (Ageera) da Argentina, além de contatos individuais com autoridades e agentes diplomáticos. A Enersis já sabe que a distribuidora Edesur sofrerá impacto em suas contas por causa da "pesificação", enquanto as geradoras terão impacto em suas dívidas em dólares, enquanto que o faturamento poderá ter impacto menor em razão das vendas a serem feitas ao mercado brasileiro, através do Cien, consórcio de interligação Argentina-Brasil, que neste semestre inaugura a segunda linha de 1.000MW. A Enersis controla as geradoras argentinas Central Costanera, Central Termoeléctrica Buenos Aires e Hidroeléctrica El Chocón, totalizando 3.266MW, equivalentes a 19% do sistema interligado argentino. (Business News Americas-15.01.2002)

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5- AESGener nega concordata da Chivor

A AESGener, geradora chilena controlada pela norte-americana AES, informou à Superintendência de Valores e Seguros que a Chivor, filial colombiana da elétrica, não abriu concordata, nem seus credores solicitaram sua quebra, em resposta a um ofício da SVS, que solicitou à companhia completar a informação de um balaço enviado no dia 2 de janeiro. Naquela ocasião, a AESGener comunicou o vencimento, em 28 de dezembro, de um crédito concedido a Chivor em 1996 por um sindicato de bancos liderado pelo Bank of America. Este, estruturado em base ao financiamento de um projeto, foi outorgado por US$ 400 mi e a dívida atual engloba US$ 343 mi por conceito de capital e US$ 10,8 mi por juros. A AESGener explicou que a Chivor realizou os estudos para estruturar uma estratégia de refinanciamento baseada na colocação de um voucher local na Colômbia e na extensão da linha de crédito concedida por parte das entidades financeiras. A AESGener disse que contratempos impediram a realização do pagamento, mas que a situação da Chivor não afetou a companhia chilena. (Estrategia-16.01.2002)

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6- NRG tenta fazer valer acordos pré-liberalização de energia na Turquia

Executivos de energia, com o apoio de funcionários do governo americano, lançaram ontem uma campanha para salvar contratos lucrativos de geração de energia na Turquia que vão de encontro aos planos bancados pelo Banco Mundial da Turquia para um mercado de eletricidade liberalizada. Como o primeiro-ministro turco Bulent Ecevit viajou para uma visita de três dias a Washington, a companhia americana NRG disse que espera que o governo americano pressione a Turquia a honrar contratos que transferem temporariamente os direitos de operação de usinas estatais a companhias privadas. Um total de oito contratos dessa espécie iriam, caso implementados, render US$ 1 bi em taxas ao governo e outros US$ 1.2 bi para atualizar as obsoletas usinas estatais. Mas os contratos não são condizentes com o objetivo recém-adotado pelo governo de criar um mercado liberalizado, incluindo a venda total das usinas estatais e das redes de distribuição. (Financial Times-16.01.2002)

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7- Lei de Concessões Elétricas peruana será reformulada

As modificações que o Governo peruano vêm preparando à lei de concessões elétricas estarão orientadas a ajustar alguns aspectos da mesma, como é o caso da concentração horizontal e vertical, do pagamento pela potência e pela energia. Essas modificações se farão de maneira consensual com os agentes envolvidos, informou o ministro do setor, Jaime Quijandría. Quijandría detalhou que para elaborar as ditas modificações, contará com a participação das empresas do setor e também das associações de usuários. O ministro adiantou que se formarão quatro comissões de trabalho e se farão audiências públicas. Na estimativa de Quijandría, o projeto poderá estar pronto no primeiro trimestre, já que a reforma tem que ser condizente com os planos de promoção do investimento privado e das privatizações, as quais já tem data de leilão. Quijandría acredita que a nova lei deve sair o mais tardar em março. (Gestión-16.01.2002)

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8- UBS compra trading de energia da Enron sem desembolso imediato

A Enron divulgou ontem alguns detalhes sobre a venda da divisão de negócios em energia e gás para o banco suíço UBS Warburg. Na análise de agências internacionais de notícias, o UBS fez um grande negócio ao adquirir as operações da Enron após a quebra da gigante elétrica norte-americana. Em resumo, o UBS não fará qualquer aporte inicial pela aquisição de 100% da operadora. Em troca, o banco precisará apenas pagar royalties à Enron. Embora os valores referentes a esses royalties não tenham sido revelados oficialmente nos documentos que constam do processo em curso na Corte de Falências dos Estados Unidos, fontes indicam que a Enron ficará com 33% da renda das operações de energia. O percentual seria válido por dois anos. Além disso, o UBS lavou as mãos diante de quaisquer obrigações da Enron, especialmente referentes ao fundo de pensão da elétrica. Até mesmo o depósito de US$ 25 milhões, feito pelo banco suíço para o lance no qual arrematou a Enron não será restituído. (Gazeta Mercantil-16.01.2002)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Ana Clara Cruz, Fernando Fernandes, Pedro Furley, Rodrigo Rötzsch e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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