1- Cisão da Celesc vai ser assinada hoje por Amin |
O
passo decisivo para a reestruturação administrativa e juridica
da Celesc será dado no dia 16.01 quando o governador Esperidião
Amin sancionará o projeto de lei permitindo as mudanças na estatal.
A empresa vai ser dividida em quatro: geração, distribuição, telecomunicações
e uma holding, que será responsável pelo controle das outras três.
Amin sanciona a lei com um único veto referente ao item que prevê
a participação do setor privado na nova Celesc. A proposta inicial,
aprovada pela Assembléia, previa que os investidores poderiam
participar no aumento do capital, o que também exigiria um aporte
do Estado. "Este artigo reduzia as possibilidades de financiamento",
avaliou Amin. O projeto foi aprovado com a emenda do deputado
João Henrique Blasi tornando o estado acionista majoritário das
empresas de distribuição e geração e a iniciativa privada controladora
do setor de telecomunicações. Pelo projeto inicial, o estado controlaria
apenas a distribuição. A reestruturação da Celesc deverá estar
terminada até o fim de abril. (A Notícia e Diário Catarinense
- 16.01.2002)
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1- José Jorge anuncia intenção de abrandar gradualmente
o racionamento |
O governo deu ontem mais um passo para o fim do racionamento de
energia elétrica a partir de março. O ministro de Minas e Energia,
José Jorge, anunciou no fim da tarde, após reunião da Câmara de
Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE), que em 1.º de fevereiro
a iluminação pública - cuja economia tem sido de 35% - estará
liberada e o racionamento para o setor industrial será aliviado,
para compensar a folga da economia obtida em janeiro. De acordo
com a assessoria do ministro José Jorge, a tendência é de abrandar
gradualmente os mecanismos de punição do racionamento. Em janeiro,
a economia de energia está excedendo a meta do governo em 1.500
MW médios e será distribuída agora para o setor industrial, inclusive
o de eletrointensivo, e para o comércio. ( O Estado de São Paulo-16.01.2002)
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2- Durante o Carnaval, racionamento será reduzido ou
suspenso |
A população das Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do País
vai poder consumir mais energia no carnaval. O anúncio foi feito
ontem pelo ministro de Minas e Energia, José Jorge, ao explicar
que a GCE decidiu flexibilizar o racionamento de eletricidade
de forma generalizada. A GCE decide, na próxima semana, se não
haverá limite para redução de consumo ou se fixará uma meta mínima
de economia de luz elétrica. A medida atende aos pedidos dos prefeitos
do Rio, César Maia , e Salvador, Antônio Imbassahy e é encarada
como um passo para o fim do racionamento que deve ocorrer no próximo
dia 15 de fevereiro. - A idéia é que a população possa ter um
consumo maior de energia durante o período de 10 dias do carnaval
- afirmou José Jorge ao explicar que tomou por base o período
de carnaval em Olinda (PE) e Salvador (BA) para servir de parâmetro
para os demais municípios que são obrigados a economizar energia.
(Jornal do Commercio-16.01.2002)
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3- Estados poderão suspender corte de 35% na iluminação
pública |
Mesmo permitindo maior consumo, o governo continua cauteloso e
não deve flexibilizar as metas de forma permanente até o final
do plano de contingência. "É preciso continuar atento aos níveis
dos reservatórios das usinas hidrelétricas", disse o ministro
Pedro Parente. Apesar disso, a GCE decidiu que Estados e municípios
poderão suspender, a partir de 1 de fevereiro, o corte de 35%
de energia feito na iluminação pública, em relação ao consumo
registrado em 31 de maio de 2001. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)
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4- Racionamento para indústria será menor a partir
de fevereiro |
A partir do dia 1º de fevereiro não haverá mais racionamento no
setor de iluminação pública. Já as indústrias contarão com um
alívio maior. Segundo o ministro, a indústria deve poder gastar
mais eletricidade, inclusive o setor eletrointensivo. As regras
em vigor até o momento determinam uma redução de consumo entre
15% e 25%. O ministro José Jorge explicou que esta folga está
sendo possível em função da recuperação do nível de água nos reservatórios
das usinas hidrelétricas. Como as chuvas permitiram aumentar a
capacidade de produção de energia de 1.500 MW médios, a GCE decidiu
repassar este ganho para as regiões sob racionamento. (Jornal
do Commercio-16.01.2002)
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5- Governo divulgará novas metas para indústria na
semana que vem |
As ações do governo - maior gasto de energia no carnaval e suspensão
do corte de 35% na iluminação pública - deixam claro que a tendência
é amenizar cada vez mais o racionamento, até extingüi-lo definitivamente.
Por isso, na próxima semana, divulgará as novas metas de redução
para os diversos segmentos industriais. A flexibilização para
a indústria, contudo, será possível porque há uma folga no sistema
de 1,5 mil MW, registrados desde o início do ano, e que serão
distribuídos entre o setor a partir do dia 1 de fevereiro. Atualmente,
as indústrias têm metas de racionamento entre 15% e 25% em relação
aos meses de maio, junho e julho do ano passado. (Gazeta Mercantil
- 16.01.2002)
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6- Capacidade de reservatórios do Sudeste sobe para
38,18% |
O nível dos reservatórios das principais usinas hidrelétricas
do País continua subindo, graças às chuvas registradas em todo
o território nacional. No dia 13.01, data da última medição divulgada
pelo ONS, os lagos das regiões Sudeste e Centro-Oeste apresentavam
38,18% de capacidade de armazenamento de energia, ante o volume
de 37,29% verificado no dia 11.01. O Nordeste - para onde ainda
se voltam as principais preocupações quanto ao risco de desabastecimento
energético - teve o potencial de estoque de energia ampliado de
24%, no dia 11.01, para 25,55%, no dia 13.01. Já nas regiões Norte
e Sul, onde os reservatórios aproximam-se da capacidade total
de geração, os níveis são de 91,82% e 81,84%, respectivamente.
No dia 11.01, os lagos no Norte do País registravam 88,61%, enquanto
os do Sul somavam 80,78%. (Gazeta Mercantil - 15.01.2002)
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7- Reservatórios do NE estão com mais água que o previsto
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O nível dos reservatórios que abastecem as usinas hidrelétricas
do Nordeste aumentou e superou a expectativa do governo. De acordo
com boletim de acompanhamento do ONS, o volume de água nas barragens
da região alcançou 26,01% da capacidade nesta segunda-feira, acima
da expectativa de 25% do governo. Já nas regiões Sudeste e Centro-Oeste,
o nível dos reservatórios está dentro da previsão. Nesta segunda,
o nível de águas chegou a 38,88%. Para o fim do mês a expectativa
é de que estejam com 48,2% da capacidade. (Diário do Grande ABC
- 16.01.2002)
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8- Nível das represas cresce conforme técnicos previram
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O nível dos reservatórios que abastecem as usinas hidrelétricas
das regiões sob racionamento continua subindo. No Nordeste, os
lagos superaram segunda-feira o porcentual esperado e nas Regiões
Sudeste e Centro-Oeste o nível dos reservatórios está dentro da
previsão, ou seja, o volume de águas chegou a 38,88%. Para o fim
de janeiro, a expectativa é de que o nível chegue a 48,2% da capacidade
no Sudeste/Centro-Oeste. O índice estará bem próximo à meta de
52% de água, volume mínimo considerado pela GCE, para garantir
que não haja mais problemas de abastecimento. Segundo o presidente
da GCE, Pedro Parente, com lagos atingindo 52% de capacidade,
haverá uma reunião que poderá decidir pelo fim das medidas. A
expectativa de técnicos é que o volume seja alcançado em fevereiro.
(Estado de SP - 16.01.2002)
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9- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Rumo do mercado preocupa geradoras |
A intenção do governo ao anunciar as medidas para revitalizar
o setor elétrico era tranquilizar - e atrair - os investidores
da área, mas a reação vem se mostrando um pouco diferente. Os
empresários ligados à geração estão preocupados com os rumos que
o mercado ganhará daqui em diante, ainda que o governo tenha vinculado
as mudanças à maior competição no setor. O desconforto se dá,
essencialmente, pela falta de detalhamento das medidas. Em reunião
da Associação Brasileira de Grandes Geradoras de Energia (Abrage)
ocorrida no dia 15.01, ficou acertado que a entidade pedirá à
GCE espaço para opinar, mesmo nos itens que terão implantação
imediata e que não passarão por audiência pública. O espaço de
mercado reservado à livre concorrência, os parâmetros para comercialização
da 'energia velha' (produzida pelas estatais a custo baixo) e
os critérios para despacho das usinas e formação de preços no
extinto Mercado Atacadista de Energia (MAE) foram os pontos que
mais absorveram a atenção dos investidores de geração, na reunião
do dia 15.01. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)
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2- Abrage não quer cancelamento da abertura dos contratos
iniciais |
O cálculo do custo do déficit da energia, hoje em R$ 684 por MWh
também foi debatido pelos empresários ligados à geração, em reunião
no dia 15.01. Os geradores querem enfatizar ao governo que esse
custo deve ser assumido por toda a sociedade e não isoladamente
no mercado. O presidente da Abrage, Flávio Neiva, disse que os
geradores querem uma clara sinalização do governo sobre a garantia
de que o setor elétrico será auto-regulado no futuro. Uma das
propostas discutidas pela Abrage é a de não cancelar abertura
dos contratos iniciais (entre geradoras e distribuidoras), mas
apenas adiar o processo de liberação do mercado, previsto para
ocorrer a partir de 2003. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)
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3- Empresa russa quer atuar no Brasil |
A principal produtora de alumínio da Rússia, a Russian Aluminium
(RusAl), assinou uma carta de intenções com empresas brasileiras
para participar da construção de uma fábrica de cabos elétricos
no Brasil. O presidente Fernando Henrique Cardoso, que está em
visita oficial à Rússia, participou da cerimônia de assinatura.
A Luminar e a ITS, representando a General Electric, e a Federação
das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) assinaram o
memorando. A RusAl, a GE e a Fiesc já haviam selado um acordo
preliminar em dezembro do ano passado para a criação de uma empresa
conjunta. O objetivo é construir a fábrica no Estado de Santa
Catarina. (Gazeta Mercantil - 15.01.2002)
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4- Distribuidoras gaúchas ameaçam ir à Justiça buscar
benefícios |
Caso não consigam os mesmos benefícios obtidos do governo por
empresas de outras regiões do país, as distribuidoras gaúchas
sinalizam com a opção de levar à Justiça o pleito. Segundo fonte
ligada à AES Sul, houve no fim do ano passado reunião com a GCE,
onde foi sugerido pelo próprio governo que as companhias conseguissem
pareceres jurídicos favoráveis. Ontem, as companhias levaram os
pareceres prontos. Neles, consta que "à medida em que houve um
pedido do governo para que a população consumisse menos, isso
poderá ser caracterizado como uma intervenção governamental".
Pleiteam o benefício, além da AES Sul, a RGE, a Celesc e a Companhia
Estadual de Energia Elétrica. A Copel disse por meio de assessoria
que não participará da reunião e é contra o pleito do benefício
na Justiça, apesar de alegar prejuízos com a redução no consumo.
(Valor Econômico-16.01.2002)
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5- Governo federal não está sensibilizado com pleito
das distribuidoras gaúchas |
O governo não está sensibilizado com o pleito das distribuidoras
gaúchas para serem indenizadas pela recomendação do governo federal
de que se consumisse menos na região. O ministro de Minas e Energia,
José Jorge, afirmou ontem que a perdas das empresas é "risco de
mercado". O governo não teria como oferecer compensação, a exemplo
da operação acertada com as distribuidoras das regiões sob racionamento.
As perdas serão repostas com reajuste tarifário. O BNDES emprestará
R$ 5,7 bilhões a geradoras e distribuidoras a título de antecipação
dessas perdas. (Valor Econômico-16.01.2002)
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6- Guaraniana faz emissão de R$ 700 mi |
A Guaraniana, holding do setor elétrico que tem como principais
sócios a Previ , a Iberdrola e o Banco do Brasil , está preparando
uma emissão de R$ 700 mi em debêntures. A operação, que estava
prevista para o final de 2001, deverá chegar ao mercado ainda
em janeiro de 2002. Parte dos recursos será utilizada para reestruturar
a dívida da empresa, que era de R$ 1,3 bi no final de 2000. (Gazeta
Mercantil - 16.01.2002)
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7- Elektro desiste de emissão de debêntures |
A Elektro não encontrou boas condições no mercado para a emissão
de debêntures. A empresa cancelou a operação de R$ 195 mi, que
havia registrado na CVM em outubro de 2001. A decisão partiu do
Conselho de Administração da companhia, que se reuniu no dia 14.01.
O documento comunicando a suspensão da emissão foi enviado no
dia 15.01 à Bolsa de Valores de São Paulo. A direção da Elektro,
no entanto, não esclareceu os motivos que levaram ao cancelamento
da operação. Para alguns analistas, a desistência deve ter sido
influenciada pelo prêmio da operação. Esses especialistas desconfiam
que, com a quebra da controladora, a norteamericana Enron, em
dezembro do ano passado, os credores devem ter pedido prêmios
muito acima do mercado para ficarem com os papéis de emissão da
companhia. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)
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8- BB adia venda de participações acionárias na Guaraniana |
O ano de 2001 foi particularmente difícil para a Guaraniana, holding
do setor elétrico com atuação na região Nordeste do País, que
tem como principais acionistas a Previ , a Iberdrola e o Banco
do Brasil. Suas principais controladas - Coelba , Celpe e Cosern,
todas distribuidoras, além da Itapebi , geradora, e da GCS Energia
, comercializadora, na Região Nordeste do País - sofreram muito
com o racionamento de energia elétrica. O Banco do Brasil, que
tinha a intenção de vender a sua participação de aproximadamente
10% na holding entre o final de 2001 e o início de 2002, como
parte do plano de se desfazer de suas participações acionárias,
teve que adiar os planos de desmobilização para o fim do primeiro
semestre ou o início do segundo semestre. A crise na Argentina,
segundo analistas, provavelmente tirou do páreo a maior interessada
na participação do BB, a Iberdrola, que já possui 39% da Guaraniana.
(Gazeta Mercantil - 16.01.2002)
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1- Definido cálculo de preço de energia nas negociações
de curto prazo |
O governo ainda não divulgou oficialmente, mas já definiu como
pretende implantar a lei da oferta e procura nas negociações de
curto prazo com energia elétrica. O sistema é radicalmente diferente
do atual - baseado nos custos da produção e não nas condições
de mercado - e começará a vigorar, na melhor das hipóteses, a
partir do segundo semestre. Será implantado, portanto, no Mercado
Brasileiro de Energia (MBE), que substituirá o Mercado Atacadista
de Energia (MAE). (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)
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2- Geradoras definirão diariamente volume e preços
dos excedentes que pretendem colocar no mercado |
Em síntese, pela nova sistemática, as geradoras terão que definir,
diariamente, o volume e os preços dos excedentes (energia que
não consta dos contratos de longo prazo) que pretendem colocar
no mercado de curto prazo a cada hora do dia. Os dados serão encaminhados
ao ONS e confrontados com as previsões de demanda das distribuidoras.
Com base na comparação entre esses dados e levando em consideração
os requisitos técnicos do sistema, o ONS decidirá quais usinas
deverão entrar primeiro em operação, dando preferência àquelas
que apresentarem os menores preços. Atualmente, os preços são
determinados por um sistema de computador que leva em conta diversas
variáveis, inclusive as projeções das condições meteorológicas.
Os valores do MWh, com validade semanal, são estabelecidos para
cada uma das regiões (ou submercado) do País: Norte, Sul, Sudeste/Centro-Oeste
e Nordeste. O dia é dividido em apenas três períodos: carga leve
(madrugada), pesada (o chamado horário de ponta, no início da
noite) e média (a maior parte do período). Essas características
fazem com que o ONS determine a operação das usinas sem levar
em conta critérios financeiros, "como se todas pertencessem a
um único dono", diz um profissional que participou dos estudos
que permitiram as mudanças. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)
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3- Nova metodologia de cálculo pretende dar maior estabilidade
ao mercado de curto prazo |
Os efeitos da nova sistemática de cálculo do preço da energia
no mercado "spot" não serão sentidos pelo pequeno consumidor,
ou consumidor cativo, que continuará a pagar tarifas regulamentadas
pela Aneel. O que se pretende é dar maior estabilidade ao mercado
"spot", constituído como centro financeiro da livre negociação
da energia e cujos preços deveriam funcionar como sinalizadores
da necessidade de investimentos na expansão do sistema. A sistemática
atual, no entanto, embute uma volatilidade tão grande - superior,
inclusive, à do dólar - que muitos investidores chegaram a afirmar
que temiam aplicar recursos na construção de usinas contando,
apenas, com a rentabilidade aferida no mercado. (Gazeta Mercantil
- 16.01.2002)
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4- Novo sistema da cálculo de energia no mercado "spot"
deve vigorar somente em 2003 |
Segundo um profissional ligado à GCE, a proposta do governo para
alteração do sistema de cálculo do preço da energia no mercado
"spot" será submetida a audiência pública no final de janeiro,
mas as suas linhas gerais permanecerão inalteradas. O mercado
deverá se manifestar, apenas, sobre as características e detalhes
específicos. Após a aprovação da configuração final, virá a fase
das providências práticas e montagem do sistema de computador
que permitirá a aplicação da nova metodologia. Assim, calcula
ele, "os preços que refletem a oferta e a demanda deverão vigorar
apenas no segundo semestre ou em 2003". Até lá, o sistema atual
(chamado newave) continuará em vigor. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)
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5- GCE determinará mudança em 3 variáveis do newave
ainda nesta semana |
Como a nova metodologia de cálculo do preço da energia no mercado
"spot" só entrará em vigor no segundo semestre do 2002, ou em
2003, uma resolução da GCE, ainda nesta semana determinará a mudança
em três variáveis do newave. O custo do racionamento deixará de
ser único (R$ 684,00) para refletir a intensidade da contenção,
dividida em quatro patamares: até 5%; de 5% a 10%; de 10% a 20%
e a partir de 20%. Neste último, o preço do MWh pode superar os
R$ 2 mil. Além disso, a GCE mudará os critérios das variáveis
projeção de demanda e consumo e da chamada "aversão ao risco",
introduzindo dados que reflitam e permitam a prevenção das situações
de escassez. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)
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6- Leilões continuam enquanto governo não define remodelação
da Asmae |
A continuidade do atual mecanismo de negociação de excedentes
(leilões Asmae/Bovespa), voltado para consumidores com demanda
superior a 2,5 MW e ligados em alta tensão, depende de acertos
do governo sobre a remodelação da Asmae. Enquanto isso, garantem
fontes envolvidas na operação, os pregões continuarão sendo realizados.
A Medida Provisória que institui as novas medidas para revitalização
do setor elétrico ainda não foi publicada. A extinção do MAE e
também da Asmae só será formalizada depois da edição da MP. (Gazeta
Mercantil - 15.01.2002)
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7- Grupos que venderam energia emergencial pro Nordeste
relutam em fornecer valores |
Os grupos vitoriosos de um dos maiores negócios realizados no
País nos últimos anos - a venda de energia emergencial para o
Nordeste - ainda estão relutantes em dar maiores detalhes sobre
a operação. O consórcio com maior volume de contratos, o SoEnergy,
com 17,09% dos 2,15 mil MW licitados, está programando para os
próximos dias uma entrevista para detalhar o negócio. O consórcio
congrega a Petrobras Distribuidora, o grupo MPE e a Sotreq, revenda
da Caterpillar. A BR (subsidiária da Petrobras) está se associando
aos grupos MPE e SoEnergy. A SoEnergy é uma empresa controlada
por um revendedor da Caterpillar instalado na Colômbia, em conjunto
com a brasileira Sotreq. O grupo Keppel Fels, uma estatal de Cingapura
que atua na construção e reforma de plataformas petrolíferas,
divulgou nota oficial informando que o valor do contrato assinado
atinge US$ 400 milhões. Como a participação dessa empresa representa
8,82% do total, isso indicaria a perspectiva de negócios totais
superiores a US$ 4,5 bi. A Keppel Fels ficou na quarta posição,
com a previsão de fornecer 190 MW. (Jornal do Commercio-16.01.2002)
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8- Grupo Enguia diz que é difícil estimar quanto será
gasto com energia emergencial pro Nordeste |
Nelson Silveira, coordenador do consórcio Enguia, que ficou com
a segunda maior parcela dos contratos licitados de venda de energia
emergencial para o Nordeste, com um total de 241 MW ou o equivalente
a 11,19% do total, disse que o valor final é difícil de ser estimado,
porque não se sabe quanto o governo vai usar, efetivamente, dessas
usinas. A CBEE previu duas situações. Numa delas, o governo pagaria
apenas pelo "aluguel" das unidades contratadas, que seria uma
espécie de seguro. Mas, se houver necessidade, essas usinas injetarão
energia elétrica no sistema, quando o preço poderá atingir até
R$ 288 o MW. Silveira não quis detalhar as empresas que participam
do consórcio Enguia, mas confirmou que o Grupo Arbi, do empresário
Daniel Birmann, é um dos investidores. Segundo Silveira, o grupo
vai usar equipamentos da Caterpillar, que já estariam todos no
País. "Agora é uma corrida contra o tempo, porque temos 90 dias
para instalar as unidades geradoras." (O Estado de São Paulo-16.01.2002)
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9- Asmae/Bovespa comercializa 550 MWh em excedentes |
O leilão de excedentes operado pela Asmae e pela Bovespa negociou,
no dia 15.01, 550 MWh, ao preço médio de R$ 101 o MWh. O valor
indica uma ligeira pressão para a desvalorização do custo da energia.
No movimento do dia, as ofertas de compra somaram 1.550 MWh, com
preços entre R$ 95 e R$ 102 para o MWh. Já na ponta vendedora,
os certificados registrados no sistema totalizaram 2.500 MWh,
de R$ 99 a R$ 118 o MWh. (Gazeta Mercantil - 15.01.2002)
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10- Banco do Brasil interrompe leilões de energia excedente |
O Banco do Brasil cancelou temporariamente a realização dos leilões
de energia excedente, iniciados em 18 de outubro. A assessoria
de imprensa da instituição informou que o ambiente criado para
esses negócios só será retomado após definições do governo sobre
o futuro do racionamento e a remodelagem do setor elétrico. No
total, a bolsa de energia do BB movimentou 1,6 MWh a um preço
médio de R$ 95. Desde novembro, no entanto, não há apresentação
de ofertas a este sistema, informou a assessoria de imprensa.
Com o anúncio do pacote para revitalização do setor elétrico e
a sinalização do governo em rever metas de consumo para a indústria,
o próprio banco tomou a iniciativa de suspender os leilões. Não
há ainda data para a retomada do serviço. (Gazeta Mercantil -
15.01.2002)
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1- Taxas sobem no leilão de prefixados |
O acirramento da situação argentina na última semana trouxe instabilidade
ao mercado financeiro e fez o Tesouro Nacional pagar mais caro
para vender títulos públicos aos investidores. Os juros obtidos
na venda de papéis prefixados (com rentabilidade definida no leilão)
ficaram acima do registrado na semana anterior. O TN vendeu R$
2,5 bi em Letras do Tesouro Nacional (LTN, prefixadas), em dois
lotes. O primeiro, de R$ 2 bi, tem vencimento em sete meses (7
de agosto de 2002) e foi leiloado com juros anuais médios de 19,79%.
Na última venda, os juros haviam ficado em 19,10%. O outro lote
foi de R$ 500 mi de LTN tem vencimento mais longo, em 15 meses
(2 de abril de 2003). A taxa média de juros ficou em 21,72% ao
ano, mais de um ponto percentual acima da registrada na semana
passada, de 20,45%. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)
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2- Taxas de juros sobem na BM&F |
As taxas de juros futuros negociadas na Bolsa de Mercadorias e
Futuros (BM&F) subiram no dia 15.01.2002. A divulgação de índices
de inflação acima do esperado reduziram as apostas de que o Comitê
de Política Monetária do Banco Central (Copom) possa reduzir os
juros básicos da economia. A taxa está em 19% ao ano e o Copom
define os juros que vigorarão até fevereiro em reunião nos dias
22 e 23. Entre os contratos de juros mais negociados na BM&F,
o de fevereiro passou de 19,02% para 18,95% ao ano, a única exceção.
A taxa de abril saiu de 19,22% para 19,23% ao ano. O contrato
de julho subiu de 19,52% para 19,58%. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)
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3- BM&F vai mudar contratos de juros na sexta |
A partir de sexta-feira, dia 18.01, a BM&F passa a cotar os contratos
de juros em taxa e não mais em P.U. (Preço Unitário). Até agora,
os contratos eram negociados pelo P.U. que valia R$ 100 mil. Quanto
menor estivesse o PU, mais alta estaria a taxa de juros. "Ninguém
pensa em P.U. e depois em taxa. Todos pensam nos juros finais
e estamos simplificando a operação. Não muda nada na negociação",
disse o diretor técnico da bolsa, Marco Aurélio Teixeira. A mudança
vai padronizar a cotação dos contratos de juros com outros derivativos
(termo de taxa de juros, futuro de cupom cambial e swaps). (Gazeta
Mercantil - 16.01.2002)
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4- Dólar recua 0,96% e fecha a R$ 2,374 |
No dia 15.01.2002, a cotação do dólar comercial recuou 0,96% para
R$ 2,374, na venda, com o ingresso de cerca de US$ 100 mi no país.
"O mercado tem pouca liquidez e qualquer ingresso de dólares derruba
o preço. Foram apenas três ou quatro operações que ajudaram a
baixar a taxa", disse o diretor de câmbio da Corretora Liquidez
, Fábio Fender. A cotação chegou a cair 1,79% para R$ 2,354, na
venda, mas voltou a subir no final da tarde com protestos na Argentina
contra o presidente, Eduardo Duhalde. Os investidores temem que
novos conflitos sociais no país vizinho possam impedir o sucesso
do novo sistema cambial. A Ptax, média das cotações apurada pelo
Banco Central, ficou em R$ 2,3705, baixa de 1,52%. Na BM&F, o
contrato de dólar para fevereiro recuou 1,03% e valia R$ 2,395.
(Gazeta Mercantil - 16.01.2002)
Índice
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5- BC faz leilão para troca de títulos cambiais |
O Banco Central faz no dia 17.01 um leilão para troca de títulos
cambiais curtos por outros mais longos. Vão ser recomprados títulos
com resgate em 21 de fevereiro, 14 de março, 11 e 18 de abril.
Em contrapartida, o BC venderá até R$ 500 mi de cambiais que vencem
em 10 de março de 2004 e a mesma quantia, no máximo, para títulos
com resgate em 20 de janeiro de 2005. E mais um lote de até R$
400 mi que vence em 16 de julho de 2008. A venda dos títulos longos
será feita na mesma quantidade dos papéis recomprados. O primeiro
leilão desse tipo ocorreu em 14 de dezembro de 2001. (Gazeta Mercantil
- 16.01.2002)
Índice
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1- Câmara altera projetos para garantir que termelétricas
saiam do papel |
A GCE reconheceu que pelo menos três dos 32 projetos do Programa
Prioritário de Termeletricidade (PPT) não têm condições de iniciar
operação tão cedo. Resolveu retirá-los do programa e substituí-los
por sete empreendimentos, em estágio mais avançado, que pleiteavam
direito à proteção que o governo oferece aos inscritos no PPT:
garantia de fornecimento de gás e de contratos de compra da energia
e preços imunes à variação cambial por períodos de 12 meses. Dois
dos projetos que deixaram o PPT (Termo Catarinense Norte e Vitória)
têm participação da Petrobras. A estatal é parceira minoritária
de várias térmicas exatamente para agilizar sua viabilização.
A outra usina retirada do PPT (Riogen) é da Enron. O governo crê
que a crise vivida pela empresa tenha atrasado o início do projeto.
O ministro José Jorge afirmou que a retirada dos projetos deu-se
porque elas ainda não iniciaram as obras, o que comprometeria
o cronograma do PPT. "Se no futuro estiver tudo bem, elas voltam",
afirmou. (Valor Econômico-16.01.2002)
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2- PPT passa a englobar 36 usinas, quatro a mais do
que anteriormente |
O PPT (Programa Prioritário de Termeletricidade) salta de 32 para
36 usinas com a inclusão dos novos projetos feita ontem pela GCE.
A capacidade de geração passará a 12.180 MW. A previsão inicial
era de 10.800 MW. As três usinas que saíram somavam 1.350 MW.
As sete que entraram, 3, 3 mil MW. O PPT demandará 30 milhões
de metros cúbicos de gás/dia, e o governo garante que a alteração
não compromete a abastecimento. (Valor Econômico-16.01.2002)
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3- Novas térmicas são pequenas e de uso industrial |
A Câmara de Gestão da Crise Energética autorizou,
no dai 15.01, a inclusão no Programa Prioritário de Termeletricidade
(PPT) de 18 novas unidades térmicas do Programa de Co-geração
de Energia Elétrica. São pequenas usinas, normalmente de uso industrial,
que podem ter co-geração em torno de 213,8 MW, informa a Agência
Estado. A inclusão dessas usinas no PPT completa a demanda diária
de 2 milhões de metros cúbicos de gás natural, segundo o Ministério
das Minas e Energia. (Campo Gde News - 15.01.2002)
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4- Iberdrola anuncia contrato para manutenção de Angra
1 e 2 |
A companhia espanhola de eletricidade Iberdrola anunciou, no dia
15.01, a assinatura de um contrato, no valor de 20 mi (US$ 17,9
mi), com a Eletronuclear para inspecionar e fazer a manutenção
das usinas nucleares Angra 1 e 2. Com prazo de cinco anos, o acordo
será firmado por meio da subsidiária Iberdrola Ingeniera y Consultoria.
As usinas têm capacidade instalada de 2.000 MW e estão localizadas
em Angra dos Reis, entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.
A Iberdrola Ingeniera y Consultoria já oferece suporte técnico
às plantas desde 1996. (Gazeta Mercantil - 15.01.2002)
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5- Eletronuclear nega que Iberdrola tenha vencido licitação |
A Iberdrola, segunda maior elétrica da Espanha, pode ter se precipitado,
no dia 15.01, ao anunciar ter vencido um processo de licitação
no Brasil, no valor de 20 mi, e analistas temem que ela possa
perder o negócio. A holding espanhola, que tem forte atuação no
setor de distribuição brasileiro, divulgou ter saído vitoriosa
na disputa internacional promovida pela estatal brasileira Eletronuclear
para a inspeção e manutenção das Usinas Nucleares Angra 1 e 2,
por meio da subsidiária Iberdrola Engenharia e Consultoria (Ibenbrasil).
No proprio dia 15.01, contudo, a informação foi desmentida pela
Eletronuclear, que divulgou nota na qual afirma que "o processo
licitatório está em andamento, não tendo havido ainda a assinatura
do contrato com a Iberdrola". Especialistas de mercado temem que
o grupo espanhol possa perder a licitação por ter antecipado a
conclusão da negócio. Como a nota foi divulgada no final do expediente
da empresa, executivos da holding não foram encontrados para comentar
o assunto. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)
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6- Iberdrola informa que contrato ainda precisa ser
aprovado pela Eletronuclear |
A Iberdrola informou, por meio de sua assessoria de imprensa,
que o contrato da concorrência, de US$ 17,8 milhões, ainda precisa
ser aprovado pelo conselho de administração da Eletronuclear.
A estatal também divulgou ontem nota na qual esclarece que o processo
licitatório está em andamento, "não tendo havido ainda a assinatura
do contrato com a Iberdrola". Fontes do setor garantem que a abertura
de uma concorrência internacional para fazer serviços de manutenção
em Angra 1 e 2 faz parte dos procedimentos "normais" da central,
pois muitos trabalhos exigem pessoal e ferramentas altamente especializados.
Um dos equipamentos da usina que requer cuidado especial é o gerador
de vapor de Angra 1, que tem apresentado defeitos. Outro trabalho
para os técnicos estrangeiros é a inspeção do combustível da central.
(Valor Econômico-16.01.2002)
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7- Experiência foi importante para que Iberdrola ganhasse
licitação de Angra |
A Iberdrola Engenharia e Consultoria, que ganhou a licitação para
fazer os trabalhos de operação e manutenção em Angra 1 e 2, está
presente nas centrais nucleares da Espanha e desenvolve serviços
em outros projetos da América Latina e Leste Europeu. Esta experiência
em engenharia, operação e manutenção de centrais nucleares foi
importante para a Iberdrola Engenharia ganhar essa licitação.
Na etapa final dessa concorrência, a empresa espanhola venceu
a franco-alemã Framatone ANP (Framatone-Siemens). A confirmar-se
o resultado dessa disputa, a Iberdrola Engenharia, controlada
pelo grupo homônimo, fará os trabalhos de manutenção em Angra
em parceria com as empresas Tecnatom e Westinghouse Eletric Co.
(Valor Econômico-16.01.2002)
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8- Iberdrola participou dos estudos para viabilidade
de Angra 3 |
A Iberdrola, que está prestes a fechar acordo para realizar por
cinco anos a manutenção das usinas Angra 1 e Angra 2, no passado
já realizou em Angra 1 serviços de apoio para a recarga, além
de serviços especiais de engenharia e compras, e, em Angra 2,
prestou assessoria no início da operação e realizou serviços de
apoio técnico. E também participou dos estudos de viabilidade
para a construção de Angra 3. Estes estudos indicaram que seriam
necessários investimentos de cerca de US$ 1,7 bi para concluir
Angra 3, que injetaria no sistema elétrico mais 1,35 mil MW. Até
meados de 2002 a nova análise de viabilidade econômico-financeira
de Angra 3 deverá estar concluída. A partir daí, o governo deverá
ratificar ou não a decisão de construir a usina, o que não será
fácil por tratar-se de ano eleitoral. (Valor Econômico-16.01.2002)
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9- Angra 1 receberá US$ 7 mi para equipamentos e segurança |
No ano em que completa seu décimo sétimo aniversário, a Usina
Angra 1 receberá da Eletronuclear um investimento da ordem de
US$ 7 mi em equipamentos e segurança. De acordo com cientistas
e técnicos da empresa, a mudança servirá para detectar de forma
mais rápida qualquer acidente. A intenção é evitar problemas como
os desligamentos repentinos, ou vazamentos semelhante ao que ocorreu
em maio do ano passado. Na ocasião, 22 mil litros de água vazaram
para um tanque de contenção. (A Gazeta - 16.01.2002)
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10- Grupo HRG vai instalar usina térmica em Betim |
O Grupo HRG, que ficou na terceira posição entre os maiores
fornecedores de energia emergencial ao Nordeste, vai ofertar
192 MW instalando uma usina térmica em Betim (MG). Ele conta
com a participação de dois diretores da Fundição Conradi, instalada
em Itaúna (MG), mas Gilberto Borges, o terceiro sócio, garante
que a HRG é uma empresa independente. Ele não quis informar
a composição do grupo nem a previsão de faturamento, mas estava
contente com o negócio e já está programando a duplicação de
capacidade da termoelétrica Aureliano Chaves. (O Estado de São
Paulo-16.01.2002)
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1- Indústria deve se recuperar com o fim do racionamento
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O coordenador de política econômica da CN), Flávio Castelo Branco,
previu a recuperação da produção de vários setores da indústria
se o Governo encerrar o racionamento de energia elétrica na Região
Sudeste. Segundo ele, as áreas industriais que mais vêm sofrendo
por causa do esquema são as de metalurgia, produtos químicos e
a de fabricação têxtil, bem como aquelas cujo uso de equipamentos
passou a sofrer restrições nas residências, ou seja, as de aparelhos
eletroeletrônicos e a de eletrodomésticos. Castelo Branco afirmou
que o racionamento de energia elétrica foi um dos principais fatores
para a desaceleração da atividade industrial em 2001. ''Nós não
temos um levantamento de quanto a indústria deixou de faturar
durante o racionamento. Isso porque, além da restrição no consumo,
tivemos várias dificuldades, como a crise na Argentina, a elevação
da taxa de juros no Brasil e a recessão da economia mundial. No
entanto, com certeza, o racionamento de energia elétrica foi um
dos principais fatores que contribuíram para essa redução na atividade
industrial ao longo do ano passado''. (Jornal do Commercio-16.01.2002)
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2- Indústria de alumínio atribui queda de 11,1% na
produção ao racionamento |
A indústria brasileira de alumínio primário fechou o ano de 2001
com queda de 11,1% na produção em comparação ao resultado do ano
anterior, de acordo com dados da Associação Brasileira do Alumínio
(Abal) divulgados, ontem. De janeiro a dezembro de 2001, o volume
totalizou 1.130,7 mil toneladas - uma redução de 140,7 mil toneladas
em relação às 1.271,4 mil toneladas produzidas em 2000. Para a
associação, esse resultado é consequência direta do racionamento
de energia elétrica. Segundo a Abal, a indústria de alumínio primário
cumpriu as metas de redução do consumo de energia elétrica sem
afetar o suprimento do produto no mercado interno. (Jornal do
Commercio-16.01.2002)
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3- Programa do SEBRAE premiará empresas eficientes
no uso de energia |
O
programa de ecoeficiência do SEBRAE-RJ está promovendo um concurso
que visa premiar 12 empresas ( 4 do setor industrial, 4 do setor
comercial e 4 do setor de serviços) para se constituírem unidades
de demonstração no uso eficiente de energia. As empresas evencedoras
terão como prêmio: a divulgação, pelo SEBRAE-RJ, em todo território
nacional, do nome da empresa como exemplo no campo da eficiência
energética.; consultoria técnica de até 320 horas com objetivo
de identificar novos projetos aplicáveis na empresa e acompanhamento
técnico da mesma carga horária caso tais projetos sejam implantados;
apoio dos parceiros no Projeto no encaminahmento de novos negócios
com fabricantes de equipamento e empresas de consultoria. Além
disso, três empresas, uma de cada setor, serão convidadas para
uma viagem técnica para a Alemanha, com todos os custos cobertos
pelo programa de ecoeficiência. (SEBRAE-RJ- 15.01.2002)
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4- Conheça as exigências para participação no concurso
do SEBRAE-RJ |
Para participar do concurso do programa de ecoeficiência do SEBRAE-RJ,
que premiará os vencedores com, entre outras coisas, uma viagem
técnica da Alemanha, as empresas terão que ter implantado uma
ou mais das medidas a seguir e apresentar os benefícios alcançados
no campo da eficiência energética. São elas: introdução de novas
rotinas operacionais, treinamento de pessoal, otimização no uso
da capacidade de produção instalada, maior eficiência na utilização
dos equipamentos e instalações existentes, instalação de equipamentos
mais eficientes e desenvolvimento de novos produtos relacionados
à eficiência energética. Poderão participar do Concurso micro,
pequenas e medias empresas, dos segmentos de indústria, comércio
e serviços, que tenham até 499 funcionários e que atendam as exigências
especificadas no Edital. Para concorrer, a empresa deverá ter
registros que comprovem as medidas implantadas e os resultados
alcançados. (SEBRAE-RJ- 15.01.2002)
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5- Indústria paulista tem o menor índice de emprego
desde 1994 |
O ano de 2001 foi o que apresentou o menor índice de emprego na
indústria paulista desde 1994 - quando a Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo (Fiesp) começou a fazer a medição. Segundo
o Departamento de Pesquisas Econômicas (Depecon) da Fiesp, em
1994 existiam 2,15 milhões de pessoas empregadas na indústria
paulista. Em 2001 esse número caiu para 1,58 milhão, o que representa
uma queda de 570 mil postos de trabalho. Em 2001, houve redução
de 32.437 postos de trabalho na indústria paulista, ou queda de
2,02% no nível de emprego. (Gazeta Mercantil - 16.01.2002)
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1- Andersen demite sócio responsável por destruição
de documentos sobre a Enron |
A Arthur Andersen demitiu o seu sócio responsável pela auditoria
da Enron ontem, alegando que ele ordenou a destruição de milhares
de documentos e e-mails depois de tomar conhecimento que a Comissão
de Valores e Comércio (SEC) tinha começado uma investigação na
contabilidade da Enron. O sócio demitido, David B. Duncan, convocou
uma reunião de auditores no escritório de Houston da firma e ordenou
um esforço expedito para destruir os documentos, no dia 23 de
outubro, um dia depois da a Enron revelar que a SEC tinha começado
a sua investigação. A auditoria da Andersen sobre a Enron está
sob investigação desde que a firma do setor energético abriu concordata,
em dezembro do ano passado. (New York Times-16.01.2002)
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2- Enron e deputado texano envolvidos em suspeita de
tráfico de influência |
É sabido que a Enron despejou dinheiro e atenção em dezenas de
figuras políticas da capital norte-americana, mas uma demonstração
de quão cuidadosamente a companhia cultivou membros do congresso
se dá no caso do deputado texano Tom DeLay. Como outros membros
da delegação do Texas, estado-base da Enron, DeLay, um republicano
cujo distrito fica no subúrbio de Houston, próximo à sede da Enron,
recebeu vultosas doações para a sua campanha da Enron- US$ 28.900
desde 1989. Mas DeLay, o disciplinador da maioria da casa, não
é apenas mais um deputado. As doações foram apenas um ponto de
partida. A Enron usou como lobistas dois membros influentes do
gabinete informal de DeLay, Ed Buckham e Karl Gallant. Buckham
e Gallant lideravam comitês próximos a DeLay, que receberam doações
da Enron, através de seu presidente, Kenneth Lay e do vice-presidente,
Joseph Sutton. O porta-voz de DeLay disse que não havia nada de
errado na relação de DeLay com a Enron, descrevendo a firma como
uma donatária de oportunidades iguais. (New York Times-16.01.2002)
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3- J. P. Morgan e Citigroup vão divulgar detalhes de
seu envolvimento com a Enron |
Os
dois maiores credores da Enron deram respostas distintas às questões
sobre seus laços com a falida companhia. Enquanto a J.P. Morgan
Chase se apressou em detalhar suas perdas potenciais, o Citigroup
repetidamente rejeitou as inquirições. Mas as trilhas seguidas
pelos dois bancos de investimento devem começar a convergir nos
próximos dois dias quando elas relatarem seus ganhos no quarto
trimestre de 2001. A J.P. Morgan deve providenciar novos detalhes
sobre os custos de sua exposição à Enron hoje, enquanto o Citigroup
deve quebrar o silêncio sobre quão profundos eram seus laços com
a Enron ao discutir seus ganhos amanhã. Ao contrário do J. P.
Morgan, o Citigroup negou-se a divulgar detalhes dos empréstimos
que fez à Enron, alegando não acreditar que as quantias envolvidas
eram grandes o suficiente para ter que ser reveladas aos investidores.
No entanto, o Citigroup parece ter tido envolvimento suficiente
com a Enron para buscar ajuda com um executivo do Departamento
de Tesouro, cerca de um mês antes da quebra de Enron. (New York
Times-16.01.2002)
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4- Enersis negocia aspectos legais e econômicos do
contratos de suas filiais na Argentina |
A Enersis, holding chilena de energia, está negociando com o governo
da Argentina os aspectos legais e econômicos dos contratos de
suas filiais no país, em conseqüência das medidas econômicas adotadas
pelo governo de Eduardo Duhalde. Segundo uma fonte, essas negociações
acontecem através das associações de distribuidoras (Adeera) e
de geradoras (Ageera) da Argentina, além de contatos individuais
com autoridades e agentes diplomáticos. A Enersis já sabe que
a distribuidora Edesur sofrerá impacto em suas contas por causa
da "pesificação", enquanto as geradoras terão impacto em suas
dívidas em dólares, enquanto que o faturamento poderá ter impacto
menor em razão das vendas a serem feitas ao mercado brasileiro,
através do Cien, consórcio de interligação Argentina-Brasil, que
neste semestre inaugura a segunda linha de 1.000MW. A Enersis
controla as geradoras argentinas Central Costanera, Central Termoeléctrica
Buenos Aires e Hidroeléctrica El Chocón, totalizando 3.266MW,
equivalentes a 19% do sistema interligado argentino. (Business
News Americas-15.01.2002)
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5- AESGener nega concordata da Chivor |
A AESGener, geradora chilena controlada pela norte-americana AES,
informou à Superintendência de Valores e Seguros que a Chivor,
filial colombiana da elétrica, não abriu concordata, nem seus
credores solicitaram sua quebra, em resposta a um ofício da SVS,
que solicitou à companhia completar a informação de um balaço
enviado no dia 2 de janeiro. Naquela ocasião, a AESGener comunicou
o vencimento, em 28 de dezembro, de um crédito concedido a Chivor
em 1996 por um sindicato de bancos liderado pelo Bank of America.
Este, estruturado em base ao financiamento de um projeto, foi
outorgado por US$ 400 mi e a dívida atual engloba US$ 343 mi por
conceito de capital e US$ 10,8 mi por juros. A AESGener explicou
que a Chivor realizou os estudos para estruturar uma estratégia
de refinanciamento baseada na colocação de um voucher local na
Colômbia e na extensão da linha de crédito concedida por parte
das entidades financeiras. A AESGener disse que contratempos impediram
a realização do pagamento, mas que a situação da Chivor não afetou
a companhia chilena. (Estrategia-16.01.2002)
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6- NRG tenta fazer valer acordos pré-liberalização
de energia na Turquia |
Executivos de energia, com o apoio de funcionários do governo
americano, lançaram ontem uma campanha para salvar contratos lucrativos
de geração de energia na Turquia que vão de encontro aos planos
bancados pelo Banco Mundial da Turquia para um mercado de eletricidade
liberalizada. Como o primeiro-ministro turco Bulent Ecevit viajou
para uma visita de três dias a Washington, a companhia americana
NRG disse que espera que o governo americano pressione a Turquia
a honrar contratos que transferem temporariamente os direitos
de operação de usinas estatais a companhias privadas. Um total
de oito contratos dessa espécie iriam, caso implementados, render
US$ 1 bi em taxas ao governo e outros US$ 1.2 bi para atualizar
as obsoletas usinas estatais. Mas os contratos não são condizentes
com o objetivo recém-adotado pelo governo de criar um mercado
liberalizado, incluindo a venda total das usinas estatais e das
redes de distribuição. (Financial Times-16.01.2002)
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7- Lei de Concessões Elétricas peruana será reformulada |
As modificações que o Governo peruano vêm preparando à lei de
concessões elétricas estarão orientadas a ajustar alguns aspectos
da mesma, como é o caso da concentração horizontal e vertical,
do pagamento pela potência e pela energia. Essas modificações
se farão de maneira consensual com os agentes envolvidos, informou
o ministro do setor, Jaime Quijandría. Quijandría detalhou que
para elaborar as ditas modificações, contará com a participação
das empresas do setor e também das associações de usuários. O
ministro adiantou que se formarão quatro comissões de trabalho
e se farão audiências públicas. Na estimativa de Quijandría, o
projeto poderá estar pronto no primeiro trimestre, já que a reforma
tem que ser condizente com os planos de promoção do investimento
privado e das privatizações, as quais já tem data de leilão. Quijandría
acredita que a nova lei deve sair o mais tardar em março. (Gestión-16.01.2002)
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8- UBS compra trading de energia da Enron sem desembolso
imediato |
A Enron divulgou ontem alguns detalhes sobre a venda da divisão
de negócios em energia e gás para o banco suíço UBS Warburg. Na
análise de agências internacionais de notícias, o UBS fez um grande
negócio ao adquirir as operações da Enron após a quebra da gigante
elétrica norte-americana. Em resumo, o UBS não fará qualquer aporte
inicial pela aquisição de 100% da operadora. Em troca, o banco
precisará apenas pagar royalties à Enron. Embora os valores referentes
a esses royalties não tenham sido revelados oficialmente nos documentos
que constam do processo em curso na Corte de Falências dos Estados
Unidos, fontes indicam que a Enron ficará com 33% da renda das
operações de energia. O percentual seria válido por dois anos.
Além disso, o UBS lavou as mãos diante de quaisquer obrigações
da Enron, especialmente referentes ao fundo de pensão da elétrica.
Até mesmo o depósito de US$ 25 milhões, feito pelo banco suíço
para o lance no qual arrematou a Enron não será restituído. (Gazeta
Mercantil-16.01.2002)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
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As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
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