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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 800 - 15 de janeiro de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Documentos sobre energia elétrica saem dia 25

A Câmara de Gestão da Crise da Energia (GCE) divulgará apenas dia 25 de janeiro, 15 documentos de apoio e um relatório final, que permitirão, ao mercado, entender a lógica que levou o governo a divulgar, na semana passada, o conjunto das 18 medidas referentes ao mercado de eletricidade. O compromisso foi assumido no dia 14.01 pelo ministro Pedro Parente com aproximadamente 15 grupos de investidores privados, nacionais e estrangeiros, que atualmente controlam empresas geradoras e distribuidoras de energia elétrica. (Gazeta Mercantil - 15.01.2002)

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2- GCE reúne-se com investidores privados para explicar pacote de revitalização

Após reunião com aproximadamente 15 grupos de investidores privados, o ministro Pedro Parente, com o intuito de apresentar aos agentes as linhas gerais do pacote de revitalização do setor elétrico, o ministro Parente explicou que as preocupações dos agentes concentram-se em torno de "quatro ou cinco das dezoito medidas que constam no pacote". Entre elas, citou o ministro, estão a política para a comercialização da energia "velha", produzida pelas geradoras estatais. Na avaliação de Parente, a reunião foi bem aproveitada, na medida em que o objetivo era explicar aos agentes privados que as 18 medidas precisam ser analisadas "como um todo" e voltadas à revitalização do setor, e não apenas isoladamente. (Gazeta Mercantil - 15.01.2002)

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3- Reunião entre GCE e investidores não esclarece dúvidas

Segundo participantes, pouco se avançou, na reunião secreta realizada no final da tarde do dia 14.01, entre GCE e os 15 grupos de investidores privados. O prazo de quase três horas foi insuficiente para discussão aprofundada das medidas. Além disso, eles também não conseguiram dimensionar se o conjunto caminha para a revitalização ou se implica em um retrocesso do modelo atualmente implantado, com o avanço do Estado sobre o mercado. As respostas, segundo entenderam os participantes, estão contidas nos documentos que serão divulgados dia 25. Ainda assim, alguns deles saíram otimistas. "A impressão é que o governo está querendo estruturar um quebra-cabeças com peças que se ajustam", disse um deles. "O ministro só disse que o modelo é para revitalizar o setor", diz Fernando Quartim, consultor do grupo Rede . "Mas algumas medidas apontam para o retrocesso do modelo". (Gazeta Mercantil - 15.01.2002)

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4- Chesf Xingó terá controle estatal, mas o capital será misto

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, confirmou, no dia 14.01, que uma das novas empresas que surgirão da cisão da atual Chesf, a Chesf Xingó, deverá seguir o modelo de corporação pública. Esse tipo de empresa, de capital misto, se mantém sob o controle estatal, mas com parte de suas ações nas mãos de acionistas privados. José Jorge explicou ainda que a pulverização de ações no mercado poderá ser feita com uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O modelo final será definido até maio de 2002, quando deverá ocorrer a divisão da estatal existente hoje. O ministro explicou que o novo modelo, em que a Chesf também irá cuidar da política de recursos hídricos do Nordeste, não enfraquecerá órgãos como a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf). Ele garantiu que a Codevasf vai continuar cuidando dos projetos de irrigação, sem se sobrepor às funções da nova Chesf. (Jornal do Commercio - PE - 15.01.2002)

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5- Aneel anuncia concessões a serem licitadas em 2002

Ontem, a Aneel anunciou as 16 concessões que serão licitadas em 2002, nos Estados do Tocantins, Maranhão, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná. No primeiro semestre, serão leiloadas 11 concessões, que juntas acrescentarão novos 2.226,2 MW. No segundo semestre, cinco concessões somarão outros 2.362 MW. Serão necessários investimentos de R$ 6,8 bilhões na construção das usinas. Segundo o diretor de geração da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), Miguel Saad, os próximos leilões devem repetir os altos ágios verificados em 2001, que chegaram a 3.000% sobre o preço mínimo. "Esses percentuais abaixam muito a taxa interna de retorno". Em 2003, a Aneel vai leiloar mais 25 concessões de hidrelétricas com um total de 6.390 MW. (Valor Econômico-15.01.2002)

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6- Edital de leilão de 11 novas hidrelétricas deve sair em abril

A Aneel deverá lançar no mês de abril o edital do leilão de concessões para construção e exploração de mais onze hidrelétricas. Dos onze empreendimentos, sete já integram o Programa Nacional de Desestatização (PND). Os outros quatro deverão ser submetidos em breve ao Conselho Nacional de Desestatização (CND) para que possam ser incluídos no Programa. A Aneel deverá licitar, ao todo, 16 concessões de hidrelétricas este ano. O edital de licitação das outras cinco usinas que irão a leilão ainda em 2002 será lançado no segundo semestre. (Aneel - 14.01.2002)

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7- Aneel autoriza 2 empresas de MG a se estabelecerem como produtores independentes

A Aneel autorizou duas empresas de Minas Gerais a se estabelecerem como produtores independentes de energia elétrica. A empresa Usina Coruripe Açúcar e Álcool S/A foi autorizada a explorar a termelétrica Campo Florido, localizada no município de Campo Florido. A usina será equipada com um turbogerador a vapor e utilizará como combustível para geração de energia o bagaço de cana-de-açúcar. Orçada em R$ 14,4 mi, a termelétrica terá 12MW de capacidade instalada. A empresa Coruripe Energética S/A, localizada no Município de Iturama, foi autorizada a construir e explorar a Usina Coruripe Iturama. A térmica vai trabalhar com dois turbogeradores a vapor, totalizando 24 MW de capacidade instalada, e com investimento previsto de R$ 28,8 mi. As duas termelétricas deverão entrar em operação até 27 de junho de 2002. (Aneel - 14.01.2002)

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8- Aneel estabelece receita permitida para linhas de MG e SC

A Aneel estabeleceu os valores das receitas anuais permitidas para o terceiro circuito da linha de transmissão Itaberá - Tijuco Preto, de Furnas, e para a linha de transmissão da Eletrosul, Blumenau - Itajaí, associada à subestação Itajaí. O primeiro empreendimento, que integra o sistema de transmissão de Itaipu, foi autorizado em 1994 e entrou em operação em maio de 2001. Considerada obra emergencial para o fornecimento de energia ao leste de Santa Catarina, o segundo empreendimento obteve autorização em janeiro de 2001 e deverá entrar em operação até o final deste mês. Furnas poderá obter pela disponibilização de sua linha o valor máximo anual de R$ 75.805.036,49. Já a Eletrosul poderá receber valor máximo anual de R$ 4.475.483,99 pela subestação Itajaí e R$ 4,1 mi pela linha. (Aneel - 14.01.2002)

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9- Aneel soluciona impasse entre distribuidoras e cooperativas de eletrificação rural

Após três meses de mediação, a Aneel conseguiu solucionar disputa que se arrastava há 50 anos envolvendo a delimitação das áreas de atuação de distribuidoras e de cooperativas de eletrificação rural. O acordo que resultou na edição da Resolução nº 012, publicada no Diário Oficial da União de 14.01.2002, permite a retomada do processo de regularização das cooperativas como permissionárias de serviços públicos de energia elétrica em áreas urbanas, ou como autorizadas para implantação de instalações de uso privativo em zonas rurais. A transformação das cooperativas em permissionárias trará ganhos para os consumidores, uma vez que elas estarão submetidas às exigências de qualidade na prestação do serviço contidas na regulamentação da Aneel. (Aneel - 14.01.2002)

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10- Aneel determina que bacias hidrográficas sejam analisadas

A Aneel determinou que as bacias hidrográficas de Minas Gerais, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, São Paulo, Amazonas, Pará e Mato Grosso do Sul, sejam analisadas. Na última semana, foram assinados contratos com as empresas Engeviz Engenharia S/C Ltda, a Cocremat Engenharia e Tecnologia S/A, a Leme Engenharia Ltda e a Engecorps (Corpo de Engenheiros Consultores S/C Ltda), para que o inventário hidrelétrico das bacias seja feito. A intenção é permitir novos empreendimentos no setor. O potencial de geração de energia das bacias é de 3 mil MW. (Diário do Grande ABC - 15.01.2002)

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11- Concessão da Itumbiara-Marimbondo é cassada

A Aneel resolveu cassar a concessão da linha Itumbiara-Marimbondo (MG), arrematada em junho de 2001. De acordo com boletim semanal da Aneel, a empresa que arrematou a linha, a Contren, não conseguiu viabilizar financiamento no exterior, até a assinatura do contrato, que deveria ter ocorrido em 28 de setembro. O prazo foi adiado pela Aneel para 22 de outubro e novamente a Contren não conseguiu a garantia financeira para a construção da linha. Outros 120 dias foram pedidos à Aneel, mas o órgão regulador resolveu cassar a concessão. A Contren é controlada pela PEM Engenharia. A linha Itumbiara-Marimbondo (500 KV) tem extensão de 212 km. Com o cancelamento, a empresa vencedora do leilão perde o valor pago para a qualificação ao leilão, de R$ 1 mi. (Gazeta Mercantil - 14.01.2002)

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12- MP contesta reajustes nos preços de energia

O Ministério Público Federal está questionando a metodologia utilizada pela Aneel para calcular os reajustes anuais de tarifas das distribuidoras de energia. O procurador Rodrigo Valdez de Oliveira protocolou na Justiça Federal, na última sexta-feira, ação civil pública para que os lucros obtidos por essas empresas com a venda de energia no mercado atacadista sejam descontados dos aumentos de tarifas. Segundo ele, a metodologia está prejudicando os consumidores de energia, sejam eles residenciais, comerciais ou industriais, além de permitir que as distribuidoras se apropriem dos lucros com a venda de excedentes de energia no mercado atacadista. A ação pede ''que nos próximos reajustes a serem concedidos sejam incorporadas as eventuais receitas com a venda de energia excedente no MAE pelas concessionárias de energia elétrica na fórmula de cálculo do IRT (Índice de Reajuste Tarifário)". O procurador também quer a revisão dos reajustes concedidos desde julho de 1999. (Jornal do Commercio-15.01.2002)

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risco e racionamento

1- José Jorge descarta apagão em 2002

A Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE) vai definir, no fim de fevereiro, a manutenção ou não do racionamento no Nordeste. No entanto, o ministro de Minas e Energia, José Jorge, adiantou, no dia 15.01.2002, que está totalmente descartada a possibilidade de que, em 2002, haja necessidade de apagões ou feriadões. Uma das garantias do sistema é a instalação de usinas emergenciais que irão gerar energia a óleo diesel. (Jornal do Commercio - PE - 15.01.2002)

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2- Parente diz que Brasil está quase livre do apagão

O presidente da GCE, Pedro Parente, afirmou hoje que "o Brasil está praticamente livre do apagão", durante pronunciamento em cadeia de rádio e televisão transmitido apenas para o Nordeste. Ele afirmou, no entanto, que o racionamento continua por mais algum tempo e pediu "paciência e empenho" por parte da população. O ministro explicou como será feita a criação de uma nova empresa pública, a Companhia de Desenvolvimento Hídrico do Nordeste, originada da cisão da Chesf, e que vai reunir quase todas as usinas hidrelétricas do São Francisco. "Nós vamos ter uma empresa moderna e eficiente na geração de energia e que vai cuidar também da revitalização do São Francisco." Parente afirmou que apesar de todo esse investimento, ainda vai levar um tempo para acabar com os problemas de água e energia da região. (Estado de Minas - 15.01.2002)

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3- Meta de racionamento para indústria deve ser reduzida a partir de fevereiro

As metas do racionamento de energia elétrica no setor industrial deverão ser reduzidas a partir do dia 1º de fevereiro, disse, ontem, em Recife, o ministro de Minas e Energia, José Jorge. Segundo ele, a idéia do Governo é utilizar as sobras de energia das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste para aumentar a oferta voltada às fábricas do país. Em dezembro, disse, o consumo de eletricidade nas regiões Sudeste e Centro-Oeste ficou 9% abaixo do esperado. No Nordeste, a economia extra foi de 12%. As metas de racionamento impostas ao setor variam de 15% a 25%. As novas regras serão discutidas no final deste mês. (Jornal do Commercio-15.01.2002)

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4- José Jorge diz que indústria pode ter nova cota

O setor industrial poderá ter uma nova cota de energia a partir de fevereiro. A informação foi dada no dia 14.01 pelo ministro de Minas e Energia, José Jorge. A idéia é utilizar o excedente de energia que não vem sendo utilizado nas regiões do País para ofertar uma maior capacidade às indústrias nacionais. "O consumo no Nordeste está 12% menor que o previsto após termos dado uma certa folga para os consumidores residenciais e para cidades turísticas em dezembro. No Sudeste o índice está 9% menos que o previsto. Pensamos em transferir parte desta capacidade para o setor industrial", disse o ministro. Também está sendo avaliada pelo ministério mudanças na cota do setor público. José Jorge descartou, ainda, o risco de apagões programados ou de novos feriados ao longo deste ano. (Gazeta Mercantil - 15.01.2002)

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5- CBEE assina contrato de energia emergencial com Cia Energética de Petrolina

No dia 14.01, foi assinado o contrato entre a Comercializadora Brasileira de Energia Elétrica (CBEE) e a Companhia Energética de Petrolina. A empresa foi criada, exclusivamente, para implantar, em Petrolina, uma térmica de 128 MW, carga capaz de abastecer os cerca de 400 mil moradores da própria Petrolina e do município vizinho de Juazeiro (BA). A usina está sendo implantada pelo consórcio Cisa/Petrobank/Penedo, que está investindo US$ 97 mi (aproximadamente R$ 240 mi). (Jornal do Commercio - PE - e Diário de Pernambuco - 15.01.2002)

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6- Cumprimento da meta entre clientes residenciais da Eletropaulo aumentou em dezembro

A Eletropaulo vem constatando uma melhoria dos índices de cumprimento da meta entre os seus clientes residenciais. Segundo dados da empresa, 78% dos clientes residenciais haviam cumprido as metas em dezembro, ante 75% do mês anterior. Em contrapartida, os clientes industriais e comerciais afrouxaram os seus controles e ampliaram o consumo no mês passado. (O Estado de São Paulo-15.01.2002)

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7- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Eletrobras pode retirar ação judicial sobre excedente de Itaipu

O presidente da Eletrobrás, Cláudio Ávila, afirmou que poderá desistir das "demandas judiciais" feitas pela estatal em 2001, que lhe garantiram a titularidade sobre os excedentes energéticos produzidos pela Itaipu Binacional. Ávila argumentou que a preocupação da Eletrobrás é a de permitir que os excedentes de Itaipu favoreçam o consumidor brasileiro de energia, como um todo, e não isoladamente cada distribuidora. Ele afirmou discordar do uso dessa carga para comercialização no MAE, que é contabilizada financeiramente a favor das empresas. A liminar da Eletrobrás é apontada como uma das principais razões da paralisia do mercado. Foram feitas duas tentativas, em vão, de cassar a decisão judicial. "A liminar está mantida, por enquanto", disse Ávila. No entanto, ele afirmou que vai retirar a ação da Justiça, se o pacote do governo for encaminhado na direção de impedir a comercialização desses excedentes no mercado "spot". (Gazeta Mercantil - 14.01.2002)

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2- Abrage debate medidas do pacote governo nesta terça-feira

Será realizada nesta terça-feira, dia 15 de janeiro, em São Paulo, reunião da Associação Brasileira das Grandes Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), para debater o teor de cada uma das 18 medidas divulgadas pelo governo. Antes de serem implementadas, 10 das 18 medidas passarão por um processo de audiência pública onde as soluções apresentadas estarão em debate. A entidade quer ter uma participação ativa neste processo. (Canal Energia - 15.01.2002)

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3- Elétricas começam a abandonar leilões da Aneel

O apetite dos grandes consumidores de energia para arrematar as concessões de hidrelétricas que serão leiloadas em 2002 está afugentando as companhias elétricas do páreo. O presidente da Brascan Energética, Antônio Carlos Novaes, disse ao Valor que a companhia decidiu não mais participar dos leilões da Aneel neste ano. A estratégia, agora, é comprar usinas já prontas ou entrar como parceiro dos vencedores após o leilão, na construção e operação dos empreendimentos. "A formação de preços dos eletrointensivos é muito diferente da nossa, já que eles repassam esse custo para algum produto final e nós não." (Valor Econômico-15.01.2002)

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4- CPFL deve repetir parceria com grandes consumidores nos leilões da Aneel

Para minimizar os riscos, a CPFL tem a estratégia de entrar sempre em parceria nos leilões da Aneel. Ela deve repetir a composição do último consórcio, que arrematou a usina de Salto Pilão e contava com a participação de consumidores de energia de peso: Votorantim, Camargo Corrêa e Alcoa. Para arrematar a usina Pai Querê, a CPFL repetiu a associação com a Alcoa e a Votorantim. "São parceiros tradicionais, mas não significa necessariamente que a composição venha a ser a mesma", disse Saad. Nos próximos leilões, o foco do consórcio deverá se voltar para os dois maiores projetos que serão leiloados: as usinas de Estreito, de 1. 358 MW, e Serra Quebrada, de 1.328 MW, ambas no Tocantins. (Valor Econômico-15.01.2002)

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5- EDP deve dar lances na usina Tupiratins

O grupo Eletricidade de Portugal (EDP), que tem a tradição de disputar os aproveitamentos onde fez os estudos de viabilidade, deve dar lances na usina Tupiratins, de 820 MW, no Tocantins. Segundo Antônio Manoel Garcia, o presidente da Enertrade, empresa de geração da EDP, o grupo tem três hidrelétricas em desenvolvimento e interesse em aumentar o parque gerador. No último leilão, a empresa pagou ágio de 3.089% pela concessão de Couto Magalhães, em disputa com o consórcio encabeçado pelo grupo Votorantim. (Valor Econômico-15.01.2002)

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6- Keppel vai instalar usina em Salvador

A Keppel Fels Energy & Infrastructure Ltd ., unidade de fornecimento de energia e equipamentos de petróleo da Keppel Corp ., de Cingapura, firmou contrato de US$ 400 mi para distribuir eletricidade no Nordeste do País, informou a empresa. Pelo acordo, a unidade da Keppel no Brasil instalará e operará uma usina hidrelétrica no Porto de Aratu, Salvador (BA). As operações comerciais começarão até junho de 2002 e acabarão no final de dezembro de 2004, segundo a empresa. O acordo é entre a Nordeste Generation Ltd., subsidiária integral da Keppel FELS no Brasil, e a Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial (CBEE). (Gazeta Mercantil - 15.01.2002)

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7- TO e GO lideram investimentos em usinas hidrelétricas

Goiás e Tocantins receberão 82,3% dos investimentos de R$ 16,4 bi a serem aplicados pela iniciativa privada no programa brasileiro de licitação de usinas hidrelétricas para o biênio 2002/2003, respondendo por 9 mil MW dos 10,9 mil MW que devem ser gerados. No período, estão previstas licitações de 22 obras nos dois estados (15 em Goiás e sete no Tocantins), mais de 50% das 41 previstas para o País. Para a Aneel, o crescimento dos investimentos no Tocantins se deve ao início da exploração efetiva da capacidade hidrológica do rio Tocantins, onde a potência instalada prevista para o biênio será de 7,3 mil MW, com investimentos de R$ 11 bi. Já em Goiás há predominância de projetos de geração de 37 MW a 408 MW, os quais totalizarão aplicações de R$ 2,4 bi. (Gazeta Mercantil - CO - 15.01.2002)

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8- Eletropaulo vai premiar cliente

A Eletropaulo realizará, entre 22 de janeiro e 2 de março, sorteios de refrigeradores e lâmpadas eficientes, além de um automóvel, para os consumidores residenciais que cumpriram suas metas de consumo ao longo do racionamento, encontram-se adimplentes com a companhia e com o seu cadastro atualizado. A promoção "Ligado na Conta Eletropaulo", como foi batizada a campanha, deverá absorver investimentos de R$ 1,25 mi. "A promoção é uma forma de retribuir o esforço dos clientes ao longo do racionamento, que mantiveram uma economia média de 22% a 23% no período do racionamento", disse Gilberto Menezes, responsável pela área de Assuntos Corporativos da distribuidora. Embora não seja o seu objetivo principal da promoção, conforme ressaltou Menezes, a promoção deverá ter impacto positivo nos índices de inadimplência da empresa, que historicamente oscilam entre 5% e 8%. Os sorteios serão realizados de segunda a sexta-feira, no programa "Cidade Alerta", da TV Record.(O Estado de São Paulo-15.01.2002)

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financiamento

1- MBE terá comando unificado e encampará a Asmae

O Ministro Pedro Parente confirmou, em reunião com grupos de investidores privados, no dia 14.01, que o Mercado Brasileiro de Energia (MBE), que substituirá o Mercado Atacadista de Energia (MAE), terá o comando unificado e encampará a Asmae (braço operacional do MAE). Mas não esclareceu se o controle dessa nova pessoa jurídica será estatal ou privado. Esse detalhe é considerado essencial para o futuro do novo modelo. "Se a empresa for estatal, isso significa que o governo está estatizando o mercado", diz Fernando Quartim, consultor do grupo Rede. "Se for privada, não sei como o governo poderá determinar as regras, pois, por lei, os acionistas são os responsáveis pela empresa, qualquer que seja ela", completa. "A impressão que se tem é que o governo está montando uma empresa para a iniciativa privada assumir". (Gazeta Mercantil - 15.01.2002)

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2- Lucro de distribuidoras no MAE está na casa dos 650%

Ontem, o preço no MAE atingiu R$ 336,00 por MWH. Já os valores cobrados nos contratos iniciais situam-se por volta de R$ 45,00 por MWH. Pelos cálculos do Ministério Público, o lucro da distribuidora que vende energia no mercado atacadista tendo adquirido energia da geradora por meio de contratos iniciais é de 647%. Segundo o diretor do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, Carlos Augusto Kirchner, assistente técnico do estudo realizado pelo Ministério Público sobre o reajuste de tarifas pela Aneel, o fato do MAE estar atualmente paralisado, não efetuando as liquidações das operações de compra e venda de energia, e de que ele será extinto e sucedido pelo MBE (Mercado Brasileiro de Energia), ''não reduz e não invalida a iniciativa. (Jornal do Commercio-15.01.2002)

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3- Bolsa da Fiemg negocia 10 MWh

A Bolsa de Energia da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) negociou, no dia 14.01, um total de 10 MWh, dos 92 MWh ofertados. O preço médio do MWh foi de R$ 42. Desde 18 de julho, data da primeira negociação em energia realizada pela Fiemg, a bolsa já realizou 769 leilões, responsáveis pela comercialização de 6,901 mil MWh. No total, foram movimentados R$ 1,224 mi. (Gazeta Mercantil - 14.01.2002)

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financiamento

1- Superávit na balança é de US$ 250 mi na 2ª semana de janeiro

A balança comercial brasileira registrou, na segunda semana de janeiro, um superávit de US$ 250 mi, com exportações totalizando US$ 1,102 bi e importações, US$ 852 mi. Entre os dias 7 e 13 de janeiro, as vendas diárias de produtos brasileiros para o Exterior somaram US$ 220,4 mi, enquanto as compras foram de US$ 170,4 mi/dia, segundo informações divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. A balança comercial brasileira acumula no mês um superávit de US$ 270 mi. Em 2001, a balança fechou com saldo positivo de US$ 2,643 bi, com as exportações totalizando US$ 58,223 bi e as importações, US$ 55,580 bi. (Gazeta Mercantil - 15.01.2002)

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2- Juro futuro fecha em alta na BM

Todas as projeções para as taxas de juros negociadas na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) voltaram a ficar acima de 19% ao ano, o patamar dos juros básicos da economia. As taxas futuras, com vencimento em até seis meses, haviam caído abaixo de 19% na semana passada e sinalizavam redução de 0,25 ponto percentual nos juros básicos, passando para 18,75% ao ano. Após a divulgação de índices de inflação com taxas acima do esperado no início deste mês e do agravamento da situação na Argentina, os juros futuros subiram e indicam que os investidores descartam um corte nos juros básicos. Entre os contratos mais negociados na BM&F, o de fevereiro passou de 18,98% para 19,02% ao ano. A taxa de abril foi de 19,09% para 19,22% ao ano. O contrato de julho subiu de 19,39% para 19,52% ao ano. O contrato a termo de Depósito Interfinanceiro (DI), que vence em março de 2003 e indica a taxa prefixada para o período, ficou em 21,29%. (Gazeta Mercantil - 15.01.2002)

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3- Dólar tem baixa de 0,29% e fecha a R$ 2,397

A cotação do dólar comercial oscilou 0,75% durante o dia 15.01. Pela manhã, o preço da moeda norte-americana subiu 0,46% para R$ 2,415, na venda. "O mercado está preocupado com a possibilidade de quebra dos bancos na Argentina, principalmente das instituições espanholas", disse o diretor de câmbio da Corretora Liquidez, Hermann Miranda. Com poucos negócios durante o dia no mercado interbancário, o ingresso de cerca de US$ 150 mi provenientes de captações externas feitas por companhias em 2001 levaram o preço do dólar para o menor nível do pregão durante à tarde. A cotação da moeda no fechamento do dia ficou em R$ 2,397, na venda, baixa de 0,29%. Na BM&F, o contrato de fevereiro recuou 0,23% e valia R$ 2,420. O contrato com vencimento em março deste ano caiu 0,22% e era negociado a R$ 2,450. (Gazeta Mercantil - 15.01.2002)

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gás e termoelétricas

1- Pernambuco terá 244 MW de energia térmica

A partir de março, Pernambuco começa a contar com a energia térmica emergencial que vai afastar o risco de um novo racionamento em 2002. Até julho próximo, estarão disponíveis 244 MW, carga ofertada por dez usinas que produzirão energia a partir da queima do óleo diesel. No dia 14.01, o governador em exercício Mendonça Filho assinou o termo de autorização para instalação das termelétricas. Apesar da garantia de que a energia emergencial será realmente disponibilizada, o ministro das Minas e Energia, José Jorge, afirmou que somente em 28 de fevereiro irá decidir quando e como terminará o atual programa de racionamento no Nordeste. "Vamos esperar as chuvas de janeiro e fevereiro", disse o ministro. (Diário de Pernambuco - 15.01.2002)

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2- Turbinas e geradores da TermoRio chegam no dia 15

A partir desta terça-feira, dia 15 de janeiro, chegam duas turbinas e dois geradores para a usina TermoRio, termelétrica que está em fase de construção em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Os equipamentos chegarão pelo Porto de Sepetiba. A previsão é de que os equipamentos cheguem ao local onde está sendo construída a usina somente na quarta-feira, dia 16 de janeiro. A TermoRio, uma das maiores termelétricas em construção no país, é uma das 15 previstas no Programa Prioritário de Termoeletricidade (PTT) do governo federal. Prevista para se concluída em maio de 2004, terá capacidade instalada de 1.040 MW. (Canal Energia - 14.01.2002)

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grandes consumidores

1- Empresários se reúnem para discutir energia

Para expor opiniões e tentar entender o modelo que está sendo implementado na área, representantes de elétricas se reuniriam ontem com membros e técnicos do governo. Segundo um empresário ouvido pelo Valor, o encontro ocorreria na sede do BNDES, em São Paulo. Segundo a fonte, a reunião - que poderia contar com as presença do coordenador da GCE, Pedro Parente - teria por objetivo ouvir as críticas do setor sobre o plano. Para os empresários, há várias dúvidas. Primeiro, não se sabe quem ficará encarregado das licitações com a reestruturação do Ministério de Minas e Energia. Se a tarefa caberá à secretaria de Energia ou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Muitos também se mostram céticos quanto ao funcionamento do Mercado Brasileiro de Energia (MBE), que substitui o antigo MAE. Principalmente, porque o grande obstáculo da sua operação, a briga da Eletrobrás com as distribuidoras pela energia excedente de Itaipu, ainda não foi tocado. Alguns especialistas também criticam que a não-liberação da energia das estatais pode tornar o preço de mercado artificial. Outra incógnita é saber qual participação terá o Estado na área, após as medidas. (Valor Econômico-15.01.2002)

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2- Produção na Bahia é a que mais cresce

Com crescimento de 6,8% em novembro, a Bahia apresentou o melhor desempenho industrial em relação ao mesmo mês de 2000, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua Pesquisa Industrial Mensal referente à produção regional. A produção de produtos químicos (17,3%) e de papel e papelão (29,3%) sustentaram o resultado da região e compensaram a queda na fabricação de alimentos e da extração de petróleo. (Gazeta Mercantil - 15.01.2002)

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3- Sete regiões pesquisadas pelo IBGE reduzem produção

Sete regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reduziram sua produção industrial em novembro de 2001 em relação ao mesmo mês de 2000. Segundo o Instituto, o resultado foi negativo porque a base de comparação é muito elevada, ou seja, em novembro daquele ano houve expansão intensa da indústria. Além de citar a elevada base de comparação como principal motivo da retração da produção, o IBGE revela que a queda na extração mineral influenciou, pelo menos, o desempenho dos três Estados que apresentaram quedas na produção. Espírito Santo (-8,7%), Minas Gerais (-6,5%) e Rio de Janeiro (-3,6%) informaram recuo na exploração de minérios. A queda mais expressiva da indústria ocorreu no Ceará, onde a produção recuou 12,3%. Rio Grande do Sul (-3,7%), Pernambuco (-3,1%) e a região Nordeste (-3%) também revelaram resultados negativos. Na região Sul, o setor industrial manteve-se estável, enquanto em São Paulo, houve aumento de 0,8%. (Gazeta Mercantil - 15.01.2002)

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internacional

1- Martín Villa sai da presidência da Endesa

Está confirmada a saída de Rodolfo Martín Villa da presidência da elétrica espanhola Endesa. Ele ocupa o cargo desde 1997 e sua retirada deverá ser concretizada após assembléia geral de acionistas, prevista para abril. Em seu lugar, assumirá o atual vice-presidente da empresa, Manuel Pizarro. Segundo agências internacionais, Pizarro já era o cotado para estar à frente da fusão entre Endesa e Iberdrola, que ainda não ocorreu. De acordo com o estatuto da espanhola, o principal executivo da empresa deve ter, no mínimo, três anos como integrante do conselho da empresa - pré-requisito cumprido por Pizarro. (Gazeta Mercantil - 14.01.2002)

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2- Funcionária da Enron advertiu diretoria sobre " estranhas operações contábeis" meses antes da falência

Uma empregada do grupo energético Enron advertiu a seus chefes da existência de estranhas operações contábeis em agosto de 2001, quatro meses antes da firma abrir concordata, segundo revelou uma investigação do congresso norte-americano. Os deputados descobriram uma carta de advertência que solicitava mais informação ao presidente executivo da Enron, Kenneth Lay e aos auditores da Arthur Andersen. A funcionária escreveu a carta dois meses antes da Enron anunciar perdas milionárias, que acabaram conduzindo à sua falência em 2 de dezembro. Esta é mais uma das informações privilegiadas que a companhia e sua auditora ocultaram do público geral antes da quebra. (El Mundo-15.01.2002)

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3- Deputado diz ter provas de que houve abuso de informação privilegiada na Enron

Embora os democratas do Congresso americano estejam divididos sobre a o manejo da escandalosa quebra da Enron e seus vínculos com a Casa Branca, existe a certeza que, além de irregularidades na contabilidade, houve abuso de informação privilegiada. O deputado John Dingell, democrata de maior estatura no Comitê de Comércio e Energia da Câmara dos Deputados, afirmou que há provas fortes desse abuso, e também provas claras que não se apresentaram informes anuais com honestidade e exatidão. Dingell está entre os 250 membros do congresso que receberam contribuições da Enron para suas campanhas. A companhia aportou US$ 5,77 mi desde 1990 para campanhas políticas, a maioria dos quais destinada a candidatos republicanos. Dezenas de acionistas entraram com uma ação judicial na qual acusam um grupo de 29 executivos e diretores da Enron de enganar aos investidores e compartilhar informação privilegiada, já que se desfizeram de US$ 1,1 bi em ações da firma nos dois anos que antecederam sua quebra. (El Mundo-15.01.2002)

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4- Vice-presidente da Comissão Européia defende enfaticamente energia nuclear

A vice-presidente da Comissão Européia, Loyola de Palacio, assegurou ontem que está disposta a impulsionar a abertura dos mercados energéticos por decreto se a União Européia não alcançar um acordo a esse respeito. De Palacio defendeu o futuro da energia nuclear na União com ênfase:" Não se pode seguir enganando o povo, dizendo que é possível renunciar à energia nuclear e reduzir as emissões contaminadoras" , disse. As usinas nucleares são responsáveis por 15% da energia gerada na EU, porcentagem que na Espanha sobe a 27%. Embora a energia nuclear esteja bem assentada na Espanha e na França (onde mais de dois terços da energia gerada vem dessa fonte), a Alemanha, outro país-chave na União, fechou em junho passado um acordo para desmantelar progressivamente todas as instalações regulares. (El País-15.01.2002)

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5- Comissão Européia defende liberalização por decreto, se for preciso

A vice-presidente da Comissão Européia, Loyola de Palacio, insistiu, como fizera de junho, que está disposta a propor à Comissão a liberalização por decreto dos mercados de gás e eletricidade se os sócios comunitários não chegarem a um acordo na próxima cimeira, de Barcelona, ou no conselho de ministros de energia que se realizará em junho. Um dos objetivos da liberalização é aumentar as interconexões elétricas entre os países até uma média de 10%. Na Espanha, as interconexões são responsáveis por apenas 3% da energia elétrica consumida. De Palacio assegurou que caso sinta-se bloqueada, a Comissão fará uso do artigo 86.2 do Tratado de Roma, que faculta ao Executivo comunitário adotar aquelas iniciativas necessárias para garantir o bem comum. Ou seja, a Comissão estaria disposta a contornar as objeções da França e da Alemanha, coma imposição de uma diretiva que acabará com a assimetria da abertura dos mercados energéticos. (El País-15.01.2002)

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6- Lay usou passivo da Enron para pagar empréstimo

Kenneth Lay, o presidente da Enron, usou o passivo da sua companhia para repagar um empréstimo no ano passado, um advogado da firma revelou ontem. Isso indica que Lay vendeu mais de suas posses do que fora anteriormente revelado. O advogado, Robert Benett, disse que Lay estava pagando um empréstimo expandido pela companhia. Ele se negou a informar a quantia do empréstimo, quanto dele foi pago e quantas ações Lay retornou à companhia, mas disse que os detalhes seriam revelados pela Comissão de Valores e Comércio mês que vem. Benett também não revelou quando a transação de repagamento do empréstimo aconteceu, de forma que não ficou determinado qual o valor a companhia colocou nas ações que usou para repagar o empréstimo. (New York Times-15.01.2002)

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7- Irã espera que gasoduto entre esse país e a Índia contribua para paz entre a Índia e o Paquistão

O ministro do Petróleo do Irã, Bijan Zanganeh, disse hoje que espera que a proposta feita por Teerã para construir um gasoduto do Irã à Índia via o Paquistão traga paz e estabilidade à região. Zanganeh disse que o passado mostra que cooperação econômica reduz a tensão entre as nações. O Irã vem pressionando à Índia para optar pelo gasoduto via o Paquistão, uma proposta que a Índia reluta em aceitar por causa do clima tenso entre os dois países. O gasoduto proposto teria a capacidade de transportar 5 milhões de metros cúbicos de gás anualmente. Ao invés dele, a Índia pressiona Teerã a optar por um gasoduto submarino, mas a proposta é cara e não está claro se há tecnologia disponível para colocar o gasoduto no fundo do mar. Um gasoduto similar entre a Índia e o Omã foi cancelado após ser determinado que ele não era tecnologicamente factível. (Platts-15.01.2002)

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8- Comissão de Energia do Congresso peruano aprova Lei de Eletrificação Rural

A Comissão de Energia e Minas do Congresso do Peru aprovou ontem por unanimidade a minuta do projeto da Lei de Eletrificação Rural, que terá uma vigência de dez anos. O objetivo da lei é contribuir para um desenvolvimento econômico sustentável, melhorar a qualidade de vida da população rural, combater a pobreza, restringir a migração do campo à cidade e fomentar o aproveitamento de energias limpas e renováveis. A minuta explica que, passados cinco anos, será necessário avaliar a efetividade do plano, realizar um balanço do processo e decidir sobre a eventual necessidade de ajustes na mesma. O presidente da comissão, José Carrasco, disse que a minuta acolheu cerca de 70% da proposta feita pelo Poder Executivo. A lei cria um Fundo de Eletrificação Rural, que recolherá 2% de imposto a geradoras e distribuidoras para investir na eletrificação rural. (La República-15.01.2002)

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9- Naturgas estima em US$ 86,7 mi gasto da nova estratificação na Colômbia

No dia 14 de dezembro de 2001 foi aprovada no congresso colombiano uma lei que irritou às empresas de serviços públicos porque podia encarecer as tarifas ao usuário. A lei, que ainda não foi sancionada pelo presidente, ordena que os prefeitos refaçam as estratificações urbanas e rurais em todos os municípios com base na metodologia a ser definida pelo departamento nacional de planejamento nos próximos seis meses. A Associação Colombiana de Gás Natural (Naturgas) calculou em US$ 86.67 mi os custos da nova estratificação, que de acordo com uma lei de 1999 devem ser assumidos por partes iguais entre as prefeituras e as empresas de serviço público que atendem cada município. O presidente da Naturgas, Leopoldo Montañez, disse que os maiores afetados serão os usuários dos serviços públicos, uma vez que todos os gastos que sejam feitos pelas prestadoras de serviço serão transpostos às tarifas. (El Tiempo-15.01.2002)

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10- Demanda de energia deve crescer 2,1% em 2002 na Colômbia

Para este ano se espera uma queda no aumento da demanda de energia na Colômbia, consistente com o crescimento econômico projetado para o governo para o ano de 2002. De acordo com os cálculos do governo, se calcula que esse ano a demanda de energia não crescerá mais do que 2,1%, enquanto o Planejamento Nacional acredita que a economia crescerá entre 2,5 e 3,5%. No ano passado, o consumo de energia por parte do setor produtivo cresceu 2,4%, de modo que haverá uma pequena queda no aumento da demanda. Por outro lado, as finanças do setor elétrico se fortalecerão com os US$ 48,5 mi que a Interconéxión Eléctrica S.A. (ISA) espera arrecadar com a venda do segundo lote de suas ações. As ações sairão ao mercado acionário no primeiro semestre de 2002. A direção da ISA acha que essas ações vão ter uma demanda semelhante à do primeiro lote. (El Colombiano-15.01.2002)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Ana Clara Cruz, Barbara Oliveira, Fernando Fernandes, Rodrigo Rötzsch e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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