1- MME tenta recuperar o comando do setor elétrico |
Na tentativa de recuperar
o comando do setor, o Ministério de Minas e Energia (MME) começa
a definir, no dia 14.01, o cronograma e a forma de implantação
da nova estrutura interna. Uma das principais conseqüências do
processo será a redistribuição de funções com as agências reguladoras
Aneel e ANP. "Vamos iniciar uma discussão para divisão de funções
e para deixar claro o papel do ministério", diz Luiz Gonzaga Leite
Perazzo, secretário-executivo do MME. A perda de poder do ministério
foi apontada diversas vezes como uma das principais responsáveis
pela paralisia do setor e, em conseqüência, pela crise de abastecimento.
(Gazeta Mercantil - 11.01.2002)
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2- Jorge diz que MME atuará como um coordenador do
setor |
A reestruturação do Ministério de Minas e Energia, apresentada
pela GCE como uma das medidas de revitalização do setor de energia
no País, será implementada em até dois meses. Preocupado com as
repercussões do anúncio das medidas, que interpretaram um retrocesso
no processo de abertura do mercado, o ministro José Jorge ressaltou
que elas não significam uma reestatização, mas sim a preparação
do ministério para desempenhar um novo papel, em um ambiente privatizado.
"Não é um ministério à antiga, empreendedor, mas coordenador",
garantiu o ministro. José Jorge afirmou, no dia 11.01, que, quanto
mais agentes houver nesse mercado, melhor será, e eles devem atuar
de forma coordenada. Caberá ao Ministério zelar por essa coordenação.
(Jornal do Commercio - PE - 11.01.2002)
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3- Reestruturação do MME estará concluída em dois meses
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O ministro de Minas e Energia José Jorge afirmou nesta quinta-feira,
dia 10 de janeiro, que, em no máximo dois meses, a nova estruturação
do MME estará montada. José Jorge participa da cerimônia de assinatura,
em Brasília, dos primeiros contratos de compra da chamada energia
emergencial, que totalizam 2.153,6 MW em 38 termelétricas (movidas
à óleo combustível, óleo diesel e biomassa), instaladas em 13
estados do país. (Canal Energia - 10.01.2002)
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4- Medidas de revitalização do setor entram em vigor
no máximo em seis meses |
A reestruturação do Ministério de Minas e Energia, anunciada dia
9 de janeiro, representa o caminho para modernização do órgão.
Este é o posicionamento do ministro José Jorge. De acordo com
o ministro, o novo ministério será dotado de mecanismos mais atuais
para cuidar de um setor privatizado com maior capacidade de integrar
os agentes do mercado e garantir à população energia a preços
competitivos. "O ministério era muito frágil para cuidar de questões
milionárias como a energia e mineração", afirmou. Em relação ao
plano de revitalização do setor, José Jorge disse que, em seis
meses no máximo, as 18 medidas anunciadas no dia 10.01.2002 estarão
em vigor, incluindo as consultas públicas. (Canal Energia - 10.01.2002)
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5- Regulamentação de energia começará a ser publicada
na semana que vem |
O setor deve demorar, ainda, cerca de uma semana para conseguir
avaliar o real impacto das medidas anunciadas pela Câmara de Gestão
da Crise de Energia (GCE), no dia 10.01.2002. Apenas no dia 16.01,
ou 17.01, a Aneel começará a publicar as resoluções que regulamentam
as mudanças, apresentadas apenas em seus aspectos gerais. Dada
a falta de informações, no dia 10.01, a sensação geral no mercado
era de que o governo deu sinais de reconhecer a necessidade de
agir com maior firmeza. Mas havia muitas dúvidas sobre o impacto
das medidas para a livre concorrência prevista no novo modelo.
(Gazeta Mercantil - 11.01.2002)
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6- Mudanças no sistema tarifário ainda serão detalhadas |
Um dos pontos que serão detalhados na revitalização do setor elétrico
é a mudança no sistema tarifário, no qual o consumidor residencial
paga mais caro para que a indústria tenha energia mais barata.
Ao propor a eliminação desses "subsídios cruzados", Francisco
Gros admitiu que primeiro será necessário identificar esta subvenção.
"Não há uma posição clara sobre quais são os subsídos e sobre
quais deveriam ser as tarifas mais adequadas", admitiu Gros durante
sua exposição na GCE. A única definição é que, sem mexer nesse
sistema, as tarifas terão preços irreais, que distorcem o mercado.
Medidas como essa serão detalhadas nas próximas semanas e meses
pelos técnicos, para enfim serem colocadas para o público. Segundo
o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, José
Guilherme Reis, na semana que vem ou em duas semanas, no máximo,
deverão ser anunciadas as novas regras de formação de preços da
energia livre, ou seja, aquela que vai ser comercializada no Mercado
Brasileiro de Energia (MBE). (O Estado de São Paulo-11.01.2002)
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7- Decisão de limitar participações cruzadas no setor
elétrico por enquanto é apenas diretriz |
Por enquanto, não passa de uma diretriz também a decisão de limitar
as participações cruzadas no setor para evitar o abuso do poder
de mercado. O governo ainda não sabe de quanto seria a necessidade
de contratação de energia de reserva, para reduzir a dependência
do regime de chuvas. Ela serviria como uma espécie de seguro contra
racionamentos. O ministro José Jorge, das Minas e Energia, recusou-se
a comentar a reação do mercado financeiro aos esboços das medidas
e a queda nas cotações de diversas empresas do setor elétrico.
Alegou que está impedido de falar sobre mercado de ações, por
ser do Conselho de Administração da Eletrobrás e da Petrobrás,
que têm ações em bolsas de valores. (O Estado de São Paulo-11.01.2002)
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8- Eletrobrás acha que medidas não tiveram fortalecimento
suficiente |
Sobre a queda das ações das empresas elétricas ontem nas Bolsas,
Cláudio Ávila, presidente da Eletrobrás, acha que as medidas ainda
não tiveram detalhamento e esclarecimento suficientes. A Eletrobrás
é a mais afetada pela interrupção do programa de liberação de
preços à proporção de 25% ao ano a partir de 2003. Segundo Ávila,
a questão envolvendo as tarifas das geradoras federais, que iriam
começar a ser liberadas no ano que vem ainda é uma questão a ser
tratada nos próximos dias. Por isso, ele acha cedo avaliar se
elas poderão ter algum reflexo sobre os investimentos privados.
Experiente fonte do setor avalia que a decisão de cancelar a liberação
dos preços da geração estatal significa "uma reversão das expectativas
para os minoritários" da Eletrobrás, que concentra 80% da geração
no país. Esses investidores contavam com a liberação gradual dos
preços, quando as empresas poderiam vender energia livre pelo
custo marginal de expansão, que é mais alto que os dos contratos
iniciais. (Valor Econômico-11.01.2002)
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9- Vice-presidente da Celpe aprova pacote de medidas
para setor |
As linhas gerais do pacote de medidas para o setor elétrico, anunciadas
no dia 10.01 pelo governo federal, indicam o claro objetivo de
criar, a partir de agora, uma estabilidade regulatória no País.
Esta é a opinião de Roberto Alcoforado, vice-presidente da Celpe.
Para ele, o plano de reestruturação dá um sinal correto de mercado
aos investidores, à medida que busca adotar um cálculo real do
custo de déficit da energia e quando incentiva os projetos de
geração. Alcoforado ressalta que as empresas elétricas ainda estão
se debruçando sobre as mudanças divulgadas. Ele mesmo afirma não
poder quantificar, no momento, os resultados financeiros para
as distribuidoras, que devem perder uma fatia dos consumidores
industriais, que serão incentivados a comprar energia diretamente
das geradoras. (Gazeta Mercantil - 10.01.2002)
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10- Mudanças estão na direção certa, diz Light |
As mudanças no setor elétrico, anunciadas no dia 10.01 pelo governo,
foram bem recebidas pelo presidente da Light, Michel Gaillard.
"As regras estão mais claras, mas ainda não está tudo esclarecido.
O governo está na direção certa", afirmou. Segundo o executivo,
o governo se tornou ciente de algumas fraquezas do setor. Pelas
novas regras, o mercado não estará totalmente aberto a partir
de 2003, conforme estava inicialmente previsto. O governo também
reconheceu que o modelo adotado para o setor não alcançou o resultado
esperado e decidiu extinguir o MAE, que será substituído pelo
Mercado Brasileiro de Energia (MBE). (Gazeta Mercantil - 10.01.2002)
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11- Presidente da Tractebel acredita que mudanças fortalecerão
o mercado |
O
presidente da Tractebel, Mauricio Bähr avalia que as mudanças anunciadas
pela GCE vieram para fortalecer o mercado. "Se a criação do Mercado
Brasileiro de Energia resolver a questão da liquidez do MAE vai
ser ótimo, mas será preciso garantir que as mudanças não desequilibrem
os contratos existentes pois cada alteração de regra cria incertezas
para o investidor." Ele frisou que a liquidação dos créditos do
MAE tem que ser rápida porque as empresas precisam fechar seus balanços
em janeiro. Entretanto, Bähr ressalta que os investidores privados
ampliaram a capacidade de geração do Brasil contando com a liberação
gradual dos preços. "Agora, só será liberada uma parcela muito pequena,
correspondente a 25% de 20% da geração que está nas mãos de empresas
privadas", disse. Além da Gerasul, as únicas grandes geradoras privadas
com contratos de longo prazo são a AES Tietê e a Cesp Paranapanema
(controlada pela Duke Energy). (Valor Econômico-11.01.2002)
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12- Ex-ministro Tihabu acha que governo poderia ter ido
mais além nas propostas |
O ex-ministro de Minas e Energia, Mauro Thibau afirma que as medidas
para a revitalização do setor elétrico são construtivas, mas insuficientes
para formar um quadro de regulamentação. "É um remendo necessário
para fazer com que o setor volte a funcionar." Mas ele argumenta
que é preciso apoiar as iniciativas, pois o governo está demonstrando
interesse em "destravar um modelo que estava quase enterrado". Em
relação à maior interferência do governo no mercado, Thibau acredita
que até existe a possibilidade de conviver com um sistema híbrido
na geração de energia, desde que a regulamentação seja igual para
ambos os lados. Ele questiona, porém, a reação do investidor privado
diante da mudança. "Será que vão considerar as garantias suficientes
a ponto de colocar mais dinheiro no País?", indaga. O ex-ministro
alerta para que haja prudência na intervenção feita pelo governo.
Na sua opinião, o Estado não pode abandonar o setor, mas também
não pode perturbar os agentes que atuam neste mercado. "A intenção
não deverá ser a de imposição; os investidores não convivem bem
com essa posição." (O Estado de São Paulo-11.01.2002)
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13- Reestruturação do setor energético elimina chance
de vender Copel |
A reestruturação do sistema elétrico nacional, promovida pelo governo
federal, sepulta de vez o leilão da Copel, pelo menos para 2002.
A afirmação é do analista do setor de energia do Banco Sudameris,
Marcos Severini. O ex-superintendente da Copel, João Carlos Cascaes,
também afirma que a proposta do governo federal para o sistema elétrico
nacional inibe interesse pelo leilão. O retorno ao modelo intervencionista
no sistema afasta a possibilidade das concessionárias públicas em
reajustar suas tarifas dos atuais US$ 20 por MWh para US$ 36 por
MWh, a partir de 2003 como estava previsto. O preço mínimo da Copel
foi avaliado, considerando este cenário que pode não se concretizar
mais, disse Severini. Além disso, o modelo de reestruturação do
sistema elétrico eleva o risco dos investidores, que ficam mais
resistentes em investir em novos empreendimentos, disse Severini.
O analista lembra ainda, que com o novo modelo o governo federal
que apoiava as privatizações retira totalmente esse apoio. (Folha
do Paraná - 11.01.2002)
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14- Consumidor pode ganhar com pacote do setor elétrico
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Com o pacote que altera o modelo de gestão do mercado de energia
elétrica, o governo tenta evitar uma explosão nas tarifas, risco
a partir de 2003. Isso deve beneficiar o consumidor, que teria de
arcar com um "tarifaço" após o vencimento dos contratos entre geradoras
e distribuidoras, com conseqüente revisão do preço. "As medidas
evitarão disparada nos preços", diz Adílson de Oliveira, professor
de Economia da Energia da UFRJ. Entre as ações que afetam o preço
está a venda da "energia velha", gerada por hidrelétricas estatais
que não dependem de novos investimentos, antes que o mercado busque
novas opções, como termelétricas. O nível dos reservatórios fará
parte do preço, para que o mercado antecipe projetos de geração.
Já a fonte geradora não pesará, ou seja: o consumidor não pagará
mais se a energia for gerada em usinas termelétricas. "O sistema
combinará o uso de hidrelétricas e termelétricas: quando chove muito,
usa-se menos energia térmica, quando os reservatórios baixam, as
termelétricas são acionadas", diz Oliveira. (Jornal da Tarde - 11.01.2002)
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15- Usinas emergenciais terão R$ 4 bi |
O Tesouro Nacional foi autorizado a emitir R$ 16 bi até o final
de 2005 para lastrear as operações de aluguel das usinas emergenciais
e a compra de energia que elas gerarem. Mas o que está definido
até agora é um gasto de R$ 4 bi para arcar com o pagamento do
aluguel dessas usinas nesse período, mesmo que elas não tenham
que fornecer energia para o sistema, conforme explicação do presidente
da Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial (CBEE),
Mário Miranda. O custo desse programa será repassado aos consumidores,
segundo decisão da GCE. (Gazeta Mercantil - 11.01.2002)
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16- Consumidor de baixa renda não pagará aluguel das
térmicas |
A capitalizaçao da CBEE para aquisição de energia emergencial
e aluguel das usinas é o primeiro passo, segundo o ministro das
Minas e Energia, José Jorge, para a formação de um banco de reserva.
Essa margem poderá ser utilizada para evitar novo racionamento
de energia elétrica. O uso das térmicas funcionará como um "seguro"
na eventualidade de um novo quadro de escassez de chuvas até 2005.
Elas produzirão eletricidade se o nível dos reservatórios baixar
muito nesse período. Se isso ocorrer, a CBEE comprará energia
com dinheiro do Tesouro e a revenderá para as distribuidoras que,
por sua vez, repassarão esse custo para as contas de luz dos consumidores.
No entanto, nem todos arcarão com o ônus. Os consumidores residenciais
de baixa renda ficarão isentos desse custo relativo ao aluguel
das usinas. E os consumidores residenciais e rurais com consumo
inferior a 350 kwh não entrarão no rateio. Como os custos serão
repassados, em algum momento, para as tarifas, "o impacto fiscal
será pequeno", afirmou o presidente da CBEE, Mário Miranda. (Gazeta
Mercantil - 11.01.2002)
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17- Cliente pagará seguro para evitar racionamentos
no futuro |
Os consumidores começarão a pagar, já este ano, a conta para ter
a garantia de que não haverá futuros problemas no abastecimento
de energia elétrica no mercado brasileiro, obrigando a população
a passar novamente por um racionamento. O governo anunciou ontem
a criação de um fundo de reserva de 2.153 MW procedentes de termelétricas,
para garantir o abastecimento emergencial até 2005. Quando esta
energia adicional não estiver sendo usada, a conta do aluguel
- de R$ 70 por MW/mês - será dividida com o consumidor. Caso seja
preciso utilizar a energia, o preço ficará mais salgado, passando
para R$ 280 o MW. O governo ainda está estudando se o preço do
aluguel será repassado ao consumidor trimestralmente. Já o preço
do uso da energia será repassado dentro do calendário de reajuste
anual de tarifas de eletricidade. (O Globo-11.01.2002)
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18- Tesouro Nacional bancará R$ 16 bi em seguro da
energia emergencial |
Os contratos de compra de energia emergencial foram firmados ontem
entre o Ministério de Minas e Energia e a estatal Comercializadora
Brasileira de Energia Emergencial (CBEE). Os 2.153MW do fundo
de reserva estão distribuídos em 38 usinas espalhadas pelo país.
Para viabilizar o programa, o Tesouro Nacional está bancando R$
16 bi em seguro. Caso a energia armazenada não seja utilizada,
a conta do aluguel será de R$ 4 bilhões até 2005. Se for integralmente
utilizada, hipótese que o governo descarta, a conta sobe para
R$ 16 bilhões, valor correspondente ao seguro. A energia emergencial
está assim distribuída: Piauí (52,1MW), Ceará (409,3MW), Rio Grande
do Norte (141MW), Paraíba (79,7MW), Pernambuco (244MW), Alagoas
(214,5MW), Sergipe (92MW), Bahia (321MW), Espírito Santo (140MW),
Minas Gerais (256MW), Goiás (92,1MW), São Paulo (41MW) e Mato
Grosso do Sul (70MW). Os contratos foram assinados com 24 empresas
ou consórcios, dos quais 21 são empresas nacionais. (O Globo-11.01.2002)
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1- Governo mantém o cronograma do racionamento |
O ministro de Minas e Energia, José Jorge, afirmou ontem que o
governo só vai decidir sobre o fim do racionamento de energia
nas regiões Sudeste e Centro-Oeste no dia 28 de fevereiro, em
uma reunião da GCE. " Marcamos uma reunião para 28 de fevereiro,
um pouco antes talvez, para ver o que vai acontecer em março.
Pelas medidas de 2001, podemos dizer que estamos livres do apagão.
Mas o racionamento continuará até 28 de fevereiro. A partir desta
data vamos avaliar o que fazer", disse. O ministro afirmou ainda
que ficou combinado que, se em algum momento, os reservatórios
chegarem a 52% da capacidade, seja que dia for, será convocada
uma reunião para decidir a antecipação ou não do fim do racionamento.
(O Globo-11.01.2002)
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2- Chuvas estão ficando menos freqüentes no Sudeste
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As chuvas no Sudeste e Centro-Oeste estão menos freqüentes. Os
reservatórios vinham subindo a uma média de 0,8% ao dia em dezembro,
mas esse índice caiu para 0,3%. Já os reservatórios do Nordeste,
que vinham subindo 0,3%, passaram a subir 1,25%. Ontem, os reservatórios
do Sudeste e Centro-Oeste estavam com o nível de 36,74% e no Nordeste,
em 22,40%. O desvio em relação à margem de segurança era de 4,71
pontos percentuais nas duas regiões e, no Nordeste de 2,5 pontos.
(O Globo-11.01.2002)
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3- Consumo de energia no Sudeste/Centro-Oeste volta
a subir em janeiro |
O forte calor nos últimos dias na região Sudeste/Centro-Oeste
está provocando um aumento no consumo de energia. A economia de
energia na região caiu 1,24%, passando de 10,76%, no último dia
8 de janeiro, para 9,52%, no dia 9, em relação à sua meta de consumo,
que é de 23,5 mil MW. No dia 09.01, a região consumiu 21.263 MW.
Já no Nordeste, a queda foi menor, de 0,5%. No dia 09.01, a região
consumiu 4.738 MW, uma economia de 12,26% em relação à meta, de
5,4 mil MW. (Canal Energia - 10.01.2002)
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4- Capacidade de armazenamento no Nordeste está em
22,4% |
Mesmo com a demanda subindo nas regiões afetadas pelo racionamento,
os níveis dos reservatórios seguem evoluindo. No Nordeste, a capacidade
de armazenamento está em 22,4%. Na principal hidrelétrica da região,
a de Sobradinho, o nível do reservatório atinge 16,01%. Já no
Sudeste/Centro-Oeste, a situação é mais tranqüila, registrando
36,74% de armazenamento. Os índices dos reservatórios nas hidrelétricas
de Furnas e Emborcação estão em, respectivamente, 33,72% e 21,07%.
No Sul, a capacidade de armazenamento atinge 81,44%. Na usina
de Salto Santiago, o reservatório registra 79,31%. E, finalmente,
a hidrelétrica de Tucuruí, principal usina da região Norte, está
em 84,43% de armazenamento, segundo dados do boletim divulgado
pelo ONS, referente ao dia 09.01. (Canal Energia - 10.01.2002)
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5- Hidrelétricas do Sul começam enfrentar efeitos da
estiagem |
Os reservatórios das usinas hidrelétricas da região Sul começam
a enfrentar os efeitos da estiagem. Segundo informações da Gerasul,
a empresa opera as usinas termoelétricas com toda a capacidade,
obedecendo ao um pedido do ONS. A produção de energia térmica
da empresa subiu de 340 megawatts (MW) para 850 MW, passando a
importar mais 300 MW da Argentina. O nível dos reservatórios da
região apresentou uma redução, entre o início de dezembro e o
começo de janeiro, de cerca de 4,5% depois de mais de 50 dia de
estiagem. As distribuidoras de energia elétrica do Sul não foram
incluídas no acordo fechado entre as empresas do setor e a GCE
em que foram definidas compensações financeiras para as perdas
de receita provocadas pelo racionamento. (Diário do Grande ABC
- 11.01.2002)
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6- Apagão afeta 81 cidades da região nordeste do Pará |
Belém e outros 80 municípios da região nordeste do Pará ficaram
sem energia elétrica no dia 10.01, a partir das 17 horas, por
causa de um defeito na linha de transmissão de Tucuruí para a
estação de Vila de Conde, que fornece energia para a região. Três
horas e meia depois do apagão, a energia voltou por 15 minutos,
para ser cortada de novo. O incidente causou transtornos nas 81
cidades, com engarrafamentos no trânsito e atividades paralisadas.
A Eletronorte procurava descobrir, à noite, o que havia motivado
a pane na linha de transmissão. (Gazeta Mercantil - 10.01.2002)
Índice
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7- Abertas inscrições para Prêmio de Conservação de
Energia |
A Eletrobrás, por meio do Programa Nacional de Energia Elétrica-Procel,
abriu inscrições para o Prêmio Nacional de Conservação e Uso Racional
de Energia - Edição 2001, para as categorias de empresas do setor
energético e imprensa. Os interessados podem se inscrever pela
internet até o dia 30 de janeiro ou encaminhar os trabalhos à
Eletrobras/Procel até 8 de fevereiro. (Jornal Cruzeiro do Sul
- 11.01.2002)
Índice
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8- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
Índice
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1- Crescem os projetos para energia |
O novo presidente do BNDES, Eleazar de Carvalho Filho, acredita
que a liberação de recursos para investimentos em energia vai
superar o R$ 1,3 bi desembolsado durante todo o ano de 2001. No
próximo dia 21 a diretoria do BNDES se reúne para definir outros
itens relevantes no orçamento de 2002, que é de R$ 28 bi. A carteira
total de projetos de geração de energia, incluindo os contratados,
aprovados e os que estão em fase de análise, chega a R$ 11 bi.
Esses programas de investimento prevêem a geração de 15,1 MW e
mais 4 mil km de linhas de transmissão. (Jornal do Brasil - 11.01.2002)
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2- Mercado interpretou as medidas da GCE como intervencionistas
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O impacto das mudanças no setor elétrico, que o mercado financeiro
interpretou como intervencionistas, foi grande no pregão paulista.
A bolsa fechou em queda de 3,21%, puxada sobretudo pela queda
nas cotações dos papéis das empresas do setor elétrico. As ações
preferenciais da Eletrobrás, por exemplo, chegaram a cair 9% em
relação ao dia anterior no momento de pico e encerraram o dia
com queda de 8,83%. A queda nas ações preferenciais da Cesp foi
maior, de 10,12%, enquanto o mesmo tipo de papel da Cemig caiu
7,35% e da Copel 6,02%. "Nas novas regras, as empresas estatais
ficaram impedidas de atuar no mercado livre, portanto terão tarifas
fixadas pelo governo e, com isso, podem perder rentabilidade,
o que afasta as apostas dos investidores e suas expectativas quanto
à privatização, por exemplo, da Chesf", diz o analista do Bank
of America Marcelo Portilho, fazendo coro a um discurso que percorreu
todas as mesas de operações do mercado. (O Estado de São Paulo-11.01.2002)
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3- Eletrobrás pode deixar de faturar US$ 500 mi |
Em entrevista à Agência Estado, o analista Marcos Severine, da
Sudameris Corretora, estimou que a Eletrobrás pode deixar de faturar
algo próximo a US$ 500 mi com a não liberação dos contratos iniciais
de energia a partir de 2003, conforme previsto nas medidas anunciadas
ontem que põem um ponto final no MAE. Segundo ele, o volume de
receita "perdida" pela empresa subiria para US$ 1 bi em 2004 e
US$ 1,5 bi em 2005. (O Estado de São Paulo-11.01.2002)
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4- Cerj investe R$ 60 mi para estender programa "Luz
no Campo" |
A Cerj está investindo R$ 60 mi para estender o programa de eletrificação
rural, "Luz no Campo", em sua área de concessão. A empresa pretende
eletrificar 100% da sua área rural, o que exigirá a construção
de mais de seis mil km de rede elétrica para levar energia a cada
propriedade. Já no início de 2002, a distribuidora inaugurará
a eletrificação de 25 ocas da tribo Terra Indígena Parati-Mirim,
em Parati. O programa permite a participação do cliente no custo
total do projeto de eletrificação, mas CERJ arcou com todos os
custos que deveriam ser pagos pelos índios. O evento acontece
no dia 14 de janeiro, às 11 horas. (Canal Energia - 11.01.2002)
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5- Itaipu repassa US$ 11,14 mi em royalties |
Na quinta-feira, dia 10 de janeiro, Itaipu Binacional realizou
o pagamento de mais uma parcela mensal de royalties, referente
ao mês de novembro de 2001, mais ajustes do dólar relativos a
uma parcela de 1997. Desta vez, o valor pago foi de US$ 11,14
mi, o equivalente a R$ 26,5 mi. Do montante pago, a maior parte
será repassada para o estado do Paraná: US$ 8,43 mi. O restante
será distribuído entre a Aneel; os Ministérios de Meio Ambiente
e Amazônia Legal, de Ciência e Tecnologia e Minas e Energia; e
o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
Desde que começou a pagar as royalties, em 1985, Itaipu já repassou
ao Tesouro Nacional US$ 1,88 bi. (Canal Energia - 10.01.2002)
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6- Bahia ganhará usina eólica |
Das 20 usinas eólicas que serão construídas no Brasil nos próximos
anos, com projetos já aprovados pela Aneel, uma ficará na Bahia,
no município de Caetité. A usina será construída pela Enerbrasil
- Energias Renováveis do Brasil, empresa do grupo espanhol Iberdrola,
que teve outros 12 projetos autorizados. Ela está prevista para
entrar em operação em dezembro de 2003, com capacidade para gerar
59,50 MW. A Enerbrasil tem mais dois projetos para a Bahia sendo
analisados pela Aneel. Juntas, as três usinas previstas para o
estado representarão investimentos da ordem de R$550 mi. Mas,
observa o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Enerbrasil,
Hernán Saavedra, mesmo esses projetos já autorizados só poderão
sair do papel depois que o Congresso Nacional aprovar o Projeto
de Lei 2.905, que fixa as regras para a regulamentação do setor
de energias renováveis. (Correio da Bahia, 11.01.2002)
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7- Ceará inaugura parque eólico |
Será reinaugurado no dia 11.01 o Parque Eólico do Mucuripe, localizado
na Praia Mansa (CE), resultado de um empreendimento conjunto da
Coelce, e da Wobben Windpower. Com o centro de energia eólica
de Fortaleza entrando em operação, 1% do consumo anual do Ceará,
que utiliza 1 mil MWh, será atendido através desta forma alternativa
de energia limpa. Até 2004, com o funcionamento dos parques de
Paracuru e Camocim, que encontra-se em processo de licitação,
a energia eólica deverá atender a 4% do consumo anual do Estado.
E se pelo menos oito das 14 usinas autorizadas pela Aneel forem
instaladas, juntamente com o funcionamento das duas termelétricas
do Pecém, o Ceará se tornará auto-suficiente em energia. (O Povo
- CE - 11.01.2002)
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1- Liquidação de contrato das estatais permanece inalterada
com criação do MBE |
A mudança no processo de inserção das estatais no mercado livre
a partir de 2003, com os preços regulados pelo governo, não impede
a liquidação de sobras -ou falta- de contratos dessas empresas
no Mercado Brasileiro de Energia (MBE), substituto do MAE. A intervenção
do governo será sobre a negociação bilateral de 25% da geração
que deveria ser feita livremente entre essas geradoras e seus
clientes. No entanto, se a geração for menor ou maior do que o
estabelecido nos contratos a liquidação será feita no Mercado
Brasileiro de Energia, ao preço válido para as demais empresas.
"A diferença entre a energia contratada e a energia efetivamente
produzida é sempre liquidada no Mercado Brasileiro de Energia,
ao preço do próprio MBE, dentro das regras do MBE, não importando
se a empresa é pública ou estatal", disse ao Valor uma fonte do
governo envolvida na reformulação do modelo do setor elétrico.
(Valor Econômico-11.01.2002)
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2- Gros seria o pai da criação do MBE |
O governo buscará formas de anular o efeito que a regulação sobre
os preços das estatais possa causar na competição com as empresas
privadas, que poderão negociar livremente 25% de sua geração.
Para evitar desequilíbrio de preços, a saída pode ser realização
de leilões ou rateio da energia entre as distribuidoras. As 18
medidas anunciadas anteontem foram elaboradas por um grupo de
técnicos do governo auxiliados pela companhia PSR Consultoria,
empresa sediada no Rio de Janeiro, e que tem como sócio Mário
Veiga, especialista no setor elétrico e que já trabalhou no Centro
de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel) da Eletrobrás. O Comitê
de Revitalização foi coordenado por Francisco Gros, ex-dirigente
do BNDES, recém empossado na presidência da Petrobras. A Gros
é atribuída a paternidade da substituição do MAE pelo MBE e da
alteração para a negociação da energia das estatais no mercado
livre. (Valor Econômico-11.01.2002)
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3- CBEE assina contratos com produtores independentes |
No dia 10.01.2002, foram assinados no Ministério das Minas e Energia
os primeiros 20 contratos, de um total de 24, com produtores independentes
que participam do programa emergencial do governo. Os quatro restantes
deverão ser assinados nos próximos dias. Os contratos assinados
pela CBEE garantem 1,5 mil MW de potência instalada de um total
previsto de 2,1 mil MW, a um custo de R$ 288,00 por MWh. Ao todo
serão contratadas 38 usinas termelétricas movidas a óleo combustível,
óleo diesel e biomassa, que deverão estar prontas para operar
até 1º de julho de 2002. A maioria delas no Nordeste. (Gazeta
Mercantil - 11.01.2002)
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4- CBEE fechará em janeiro contrato com geradoras inscritas
no PPT |
A CBEE assinará, ainda neste mês, contratos de compra de até 1.912
MW de geradoras independentes inscritas no Programa Prioritário
de Termoeletricidade (PPT), que entram em operação até 31 de março.
Essas empresas deveriam negociar a energia produzida no MAE, que
será substituído pelo Mercado Brasileiro de Energia (MBE). Os
contratos vão vigorar até 31 de dezembro deste ano ou até o funcionamento
do MBE. (Gazeta Mercantil - 11.01.2002)
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5- Empresas elogiam extinção do MAE |
A reformulação do setor elétrico anunciada pela GCE na quarta-feira
foi considerada um indicador importante para redefinir o ambiente
regulatório. Entretanto, ainda existem dúvidas sobre os efeitos
nos investimentos. As empresas aguardam que as medidas sejam submetidas
às audiências públicas para enviarem sugestões. O presidente da
Light, Michel Gaillard, elogiou a intervenção no MAE. Lembrou
que nunca funcionou e afirmou que agora o governo tem controle
sobre um setor "estratégico e vital" da economia. O ex-diretor
geral da Agência Nacional do Petróleo, David Zylbersztajn, apoiou
a extinção do MAE, que segundo ele tinha um "defeito congênito".
Ele acha cedo para avaliações, mas disse que a pior regra é a
que não existe ou não funciona. "O que assusta mesmo é a incerteza.
Era preciso fazer alguma coisa e isso foi feito. E o governo obviamente
não tem intenção de piorar a situação para os investidores", disse.
Gaillard, da Light, acha que agora o governo "ficou ciente de
algumas fraquezas" do setor, em função disso, as decisões anunciadas
estão no caminho certo. (Valor Econômico-11.01.2002)
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6- Leilão de energia comercializa 1.250 MWh |
O leilão de energia excedente da Bovespa recebeu uma injeção de
ânimo e fechou o dia 10.01 com transações de um volume total de
1.550 MWh. O preço médio do MWh foi de R$ 115. Durante o período
de oferta, foram registrados 2.850 MWh para venda, com valores
de R$ 115 a R$ 155 o MWh. Na ponta compradora, os certificados
somaram 2.500 MWh, com valores de R$ 110 a R$ 116. (Gazeta Mercantil
- 10.01.2002)
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1- Argentina afeta mercado e dólar fecha com alta de
1,98% |
A apreensão com a crise argentina voltou a atingir o mercado financeiro.
A cotação do dólar comercial subiu 1,98% e fechou em R$ 2,422,
na venda, o preço mais alto desde 5 de dezembro. Segundo operadores
de câmbio, grandes bancos espanhóis que mantêm atividade na Argentina
e também atuam no Brasil intensificaram a compra de dólares para
remeter ao país vizinho. Além disso, de acordo com o diretor de
câmbio da Corretora Liquidez , Hermann Miranda, a indefinição
na situação econômica da Argentina levou algumas empresas a buscar
"hedging" cambial. A Ptax, média das cotações apurada pelo BC,
ficou em R$ 2,3896, alta de 0,43%. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros
(BM&F), o dólar para fevereiro subiu 1,93% a R$ 2,448. (Gazeta
Mercantil - 11.01.2002)
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2- Crise argentina eleva juros |
No dia 10.01, o mercado financeiro voltou a ficar apreensivo com
a crise argentina. As taxas de juros tiveram alta e já não indicam
a possibilidade de corte nos juros básicos da economia, que estão
em 19% ao ano. A alta do dólar, de 4,13% neste ano, também aumenta
a chance de que a desvalorização possa ser repassada para a inflação.
A meta de inflação para este ano é de 3,5% com a variação de dois
pontos percentuais. Esse seria mais um motivo que poderia levar
o Copom a manter os juros básicos inalterados. Entre os contratos
de juros mais negociados na BM&F, o de fevereiro passou de 18,99%
para 19,01% ao ano. O contrato de julho saiu de 19,13% para 19,33%.
O contrato a termo de Depósito Interfinanceiro, de julho, ficou
em 19,38%. (Gazeta Mercantil - 11.01.2002)
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3- Com crise argentina, títulos da dívida soberana
brasileira caem |
No mercado internacional, os títulos da dívida soberana brasileira
caíram. "A Argentina serviu de pretexto para uma realização de
lucros", disse o diretor de mercados emergentes da Corretora López
León Brokers , Felipe Brandão. O C-Bond, título mais negociado,
recuou 1,27% e valia US$ 0,775. O Global 27 recuou 1,63% para
US$ 0,755. Os papéis caíram mesmo após o banco de investimentos
JP Morgan ter elevado a recomendação de compra dos títulos de
neutra para "overweight" (aumentar posições). (Gazeta Mercantil
- 11.01.2002)
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4- BNDES anuncia orçamento de R$ 28 bi |
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
vai destinar R$ 28 bi a financiamentos de projetos de investimento
em 2002. O orçamento para 2002 foi anunciado, no dia 11.01, pelo
novo presidente da instituição, Eleazar de Carvalho Filho, durante
cerimônia de transmissão do cargo na sede do banco, no Rio. Assim,
o orçamento de 2002 é 7,6% maior que os R$ 26 bi orçados em 2001,
embora os desembolsos efetivos do BNDES tenham ficado, no ano
passado, em R$ 25,6 bi. Para compor o orçamento de 2002, o BNDES
contará com captação de recursos externos, em valores próximos
aos US$ 1,35 bi do ano passado, possível colocação de título do
banco no mercado interno, além de retorno de financiamentos de
parcela de recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Também
financiamentos já aprovados e que vinham sendo negociados desde
o ano passado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
- U$ 900 mi - e com o JBIC (ex-Eximbank do Japão) - US$ 300 mi
-, engrossarão o orçamento do BNDES. (Gazeta Mercantil - 11.01.2002)
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5- Projetos de geração já somam R$ 10,9 bi na carteira
do BNDES para 2002 |
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
vai destinar R$ 28 bi a financiamentos de projetos de investimento
em 2002. De acordo com o novo presidente da instituição, Eleazar
de Carvalho Filho, o banco já conta em 2002 com demanda por créditos
de R$ 30 bi entre projetos em consulta, em análise e aprovados.
Somente no setor de geração de energia, a carteira total do banco
entre projetos contratos, aprovados e em análise soma R$ 10,9
bi, visando corrigir o forte hiato de investimentos dos últimos
anos. No ano passado, os desembolsos, no setor elétrico somaram
R$ 1,3 bi. (Gazeta Mercantil - 11.01.2002)
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6- BNDES lançará títulos no mercado doméstico |
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
lançará em 2002, pela primeira vez em sua história, um título
no mercado doméstico para captar recursos. De acordo com o diretor
financeiro do banco, Isac Zagury, o Conselho Monetário Nacional
deverá analisar o projeto nas próximas semanas. O título é uma
das alternativas que o BNDES dispõe para completar o orçamento
de R$ 28 bi previsto para o ano, caso as condições de mercado
dificultem a captação de aproximadamente US$ 1, 35 bi previsto
para este ano no exterior. "A nossa idéia é lançar o título mesmo
que consigamos captar o que pretendemos lá fora. Mas se tivermos
dificuldades no exterior, ou aqui no Brasil para vendermos as
ações que temos na carteira da BNDEPar, a emissão serviria para
complementar o orçamento previsto", explicou Zagury. (Gazeta Mercantil
- 11.01.2002)
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1- Petrobras bate recorde de produção de petróleo |
A Petrobras atingiu, em dezembro, o recorde mensal histórico de
produção de petróleo, com a média de 1.507.532 barris/dia, registrando
um aumento de 6% sobre o mês anterior. Desse total, 1.469.118
foram produzidos pelos campos nacionais e 38.414 no exterior.
Acrescentando o gás natural, produzido no Brasil e no exterior,
convertido em barris de óleo equivalente (BOE), o volume total
de hidrocarbonetos, produzido pelo Sistema Petrobras, no mês passado,
sobe para 1.780.339 barris/dia, outro recorde. (Jornal do Commercio
- 11.01.2002)
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2- Produção de gás natural sobre 5% |
A produção de gás natural do País foi de 40,516 milhões de metros
cúbicos, em dezembro, com uma elevação de 5% em relação ao volume
de novembro. Do exterior, foram extraídos 3,052 milhões de metros
cúbicos, elevando para 43,560 milhões de metros cúbicos o total
de gás natural produzido pela Petrobras no último mês do ano passado.
(Jornal do Commercio - 11.01.2002)
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1- Fiscal geral dos EUA renuncia à investigação criminal
da Enron |
O fiscal geral dos Estados Unidos, John Ashcroft, renunciou a
conduzir a investigação que o Departamento de Justiça americano
iniciou sobre a quebra da Enron. A companhia aportou entre 1999
e 2000 um total de US$ 57.4999 dólares aos comitês de campanha
de Ashcroft, que antes de encabeçar o Departamento de Justiça
era senador por Missouri. Tal quantidade inclui uma doação de
US$ 25 mil do presidente da empresa, Kenneth Lay. A maior parte
do dinheiro procedia da própria empresa, ainda que pequenas quantias
tenham sido doadas pelos funcionários. Ashcroft tomou a decisão
de se impedir na investigação no mesmo dia em que o senador democrata
da Califórnia Henry Waxman lhe enviou uma carta em que lhe recordava
que a Enron havia sido um dos principais contribuintes de sua
campanha. Na carta, Waxman levantou suspeitas sobre a doação de
Lay, que segundo ele infringe e muito a legislação eleitoral ao
suplantar em US$ 23.000 o limite de US$ 2.000 estabelecido para
doações pessoais à uma campanha. (El Mundo-11.01.2002)
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2- Arthur Andersen admite que documentos de auditoria
da Enron foram destruídos |
A corporação Arthur Andersen, que fez a auditoria das contas da
Enron, reconheceu que seus empregados destruíram ou fizeram desaparecer
um número significativo, mas indeterminado de documentos relacionados
com a empresa energética. O material destruído, segundo a Andersen,
inclui documentos eletrônicos e em papel, assim como correspondências.
O diretor da Divisão de Vigilância da Comissão de Valores da Bolsa
de Nova York, Steven Cutler, declarou que investigarão se é verdade
que houve pessoas que obstruíram ou destruíram possíveis provas
em relação à Enron. Um alto funcionário da Comissão, cujas fontes
indicam que houve mais de mil documentos desaparecidos, considera
muito grave a destruição dos documentos. (El Mundo-11.01.2002)
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3- Direção da Enron pediu ajuda ao governo dos EUA
antes de abrir concordata |
A
Casa Branca revelou que a direção da Enron, que está sob investigação
judicial, solicitou a ajuda da Administração Bush antes de abrir
concordata. O presidente da Enron, Kenneth Lay, realizou uma das
maiores contribuições financeiras à campanha eleitoral do atual
presidente americano, assim como outros executivos do grupo. O
porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, admitiu que no ano passado
Lay informou ao secretário do Tesouro, Paul O´Neill e ao secretário
de Comércio, Don Evans, dos graves problemas financeiros do seu
grupo. Mesmo assim, ambos ministros decidiram não intervir, declarou
Fleischer, portanto a Casa Branca não cometeu nenhuma ação ilegal
em relação à concordata da Enron. (El Mundo-11.01.2002)
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4- Leilão pelos negócios energéticos da Enron entra
madrugada adentro |
Representantes da Enron negociaram madrugada adentro ontem enquanto
tentavam extrair o melhor negócio das companhias interessadas
em comprar seus negócios de comercialização de energia. Advogados
das companhias que acompanhavam as negociações disseram que em
vários pontos da noite, diferentes propostas pareciam estar ganhando
frente, mais que as negociações estavam muito acirradas para que
houvesse uma decisão. UBS e Citibank submeteram ofertas essa semana
e a BP estava querendo comprar partes do negócio. Advogados da
Enron disseram que mais propostas informais foram feitas ao longo
da semana. Tarde da noite de ontem, o executivo-chefe de finanças
da Enron, Jeffrey McMahon, declarou que o leilão continuava e
podia prosseguir por toda a noite. Ele esperava poder chegar a
uma conclusão para fazer um anúncio hoje pela manhã. (New York
Times-11.01.2002)
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5- Califórnia processa a PG&E por possível fraude |
O promotor geral do Estado da Califórnia entrou numa amarga batalha
legal concernindo a crise de energia no estado no ano passado
ao entrar ontem com uma ação civil contra a PG&E Corporation,
acusando a companhia de transferir impropriamente bilhões de dólares
em dinheiro de sua subsidiária utilitária. O processo acusa a
companhia de fraude, ao violar acordos com o estado quando a subsidiária
pagou bilhões de dólares à sua holding, enquanto a holding nunca
retornou nenhum dinheiro para ajudar a utilitária a operar. O
promotor Bill Lockyer disse que esses pagamentos, que podem ter
chegado a uma quantia de US$ 4,5 bi nos últimos cinco anos, enfraqueceram
a utilitária, a Pacific Gas & Electric Company, o que, segundo
Lockyer, pode ter contribuído para que a companhia abrisse concordata
em abril passado, no topo da crise de energia do estado, sendo
que ela é a maior no seu setor na Califórnia. A ação judicial
pode atrasar os esforços da utilitária de sair da concordata.
(New York Times-11.01.2002)
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6- Geração acumulada em 2001 sobe 6,2% na Venezuela |
A geração acumulada de eletricidade na Venezuela subiu 6,3% entre
janeiro e novembro do ano de 2001 em relação ao mesmo período
do ano anterior, conforme informou ontem a Câmara Venezuelana
da Indústria Elétrica (Caveinel). Segundo o boletim periódico
emitido pela Caveinel, a geração elétrica nesse período, durante
o ano 2000, se situou em 75.342 GWH, a passo que em 2001 esse
valor subiu para 80.007 GWH. O aumento se deve principalmente
aos níveis relatados pela Cadafe, pela Edelven e pela Electricidad
de Caracas. Também contribuiu para o aumento do nível a importação
de energia da vizinha Colômbia. (El Universal-11.01.2002)
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7- Electrolima sofre intervenção de Superintendência
de Serviços Públicos na Colômbia |
A crise das empresas de serviços públicos colombianos, ocasionada
por más administrações, onerosas para os cofres públicos, segue
fazendo estragos. A Superintendência de Serviços Públicos do país
anunciou ontem que na próxima semana intervirá na Electrificadora
del Tolima (Electrolima) para evitar o corte de serviço a 50 mil
usuários, devido às elevadas dívidas que a distribuidora tem com
os geradores de quem compra energia. A Electrolima vem se unir
a uma lista de 11 outras empresas que sofreram intervenção da
Superintendência, entre elas as elétricas San Andrés, Arauca,
Cauca e Chocó. O superintendente Diego Caicedo explicou que ao
fim da intervenção na empresa se definirá se ela será liquidada
ou entregue a um administrador. Para Caicedo, as principais dificuldades
da Electrolima são seu vultoso passivo com os geradores e a carga
de prestações, que dificultam sua viabilidade financeira. (El
Tiempo-11.01.2002)
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8- Ministro de Energia no Peru diz que plano de eletrificação
rural será fortalecido |
O ministro de Energia e Minas do Peru, Jaime Quijandría, afirmou
que o plano de eletrificação rural será fortalecido para alcançar
a cobertura elétrica de 84%, no território nacional, como o governo
previu ao final de sua administração. Quijandría indicou que a
cobertura de serviço elétrico atual é insuficiente, já que atualmente
o nível está na casa dos 73%. O ministro anunciou que já está
pronta a agenda de discussões em torno da segunda reforma do setor
elétrico, a qual está relacionada com as tarifas e com o funcionamento
do Comitê de Operação Econômica (Coes). Quijandría reiterou que
não haverá trocas radicais e que no debate participarão os principais
interessados nas mudanças, já que se espera obter uma reforma
consensual. (La República-11.01.2002)
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9- Avaria em interruptor deixa paraguaios sem energia
por várias horas |
Uma avaria em um interruptor de 220.000 volts na estação de Puerto
Botánico da Administração Nacional de Eletricidade (ANDE), deixou
sem serviço por várias horas os clientes das zonas de Santísima
Trindad, Loma Pytá, zebalos Cué, Mariano, Roque Alonso e parte
de Assunção, ontem, no Paraguai. O problema afetou também a estação
de tratamento de la Corposana, que se viu obrigada a interromper
o fornecimento de água a uma grande quantidade de usuários. Segundo
o gerente técnico da ANDE, engenheiro Fabián Cáceres, o problema
se originou em um dispositivo mecânico que é permanentemente exigido
para a cobertura das áreas em questão e que, apesar da manutenção
periódica que recebe, está exposto a falhas. (ABC-11.01.2002)
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10- ERSE e CNE discutem mercado ibérico de eletricidade |
As duas entidades reguladoras do setor da eletricidade em Portugal
e na Espanha irão dar continuidade durante este mês aos encontros
com vista à criação de um mercado ibérico de energia, anunciou
hoje a Entidade Reguladora do Setor Elétrico (ERSE). Os operadores
de ambos os sistemas elétricos, a Rede Elétrica Nacional (REN)
e a Red Electrica de España (REE), participarão nas próximas reuniões
para intensificar a coordenação entre todos os trabalhos em curso.
A ERSE e a Comissão Nacional de Energia espanhola (CNE), que iniciaram
em Dezembro as conversações em Madrid no âmbito da criação do
mercado ibérico do setor, irão nesta fase analisar as respostas
à consulta pública efetuada sobre o assunto e avançar para a estruturação
do Novo Mercado Ibérico. Os governos português e espanhol assinaram
no passado dia 14 de Novembro um protocolo de colaboração para
a criação conjunta deste mercado. (Diário Econômico-11.01.2002)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Ana Clara Cruz, Barbara Oliveira, Fernando Fernandes,
Rodrigo Rötzsch
e Silvana Carvalho.
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de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
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As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor
www.eletrobras.gov.br/provedor
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