1- Plano de revitalização do setor energético é apresentado
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O plano de revitalização
do setor energético, com 18 itens, foi apresentado ontem ao presidente
Fernando Henrique Cardoso. Os empresários Antônio Ermírio de Moraes
e Jorge Gerdau participaram da reunião a convite do governo. As
estatais ficarão de fora das negociações no mercado. O governo
ainda detalhará as regras para a comercialização da energia oriunda
das estatais federais que se descolarem dos contratos iniciais.
Pela regra do modelo atual, a partir do ano que vem as empresas
poderiam vender 25% de sua geração no mercado livre. A liberação
seria gradual, 25% por ano, até chegar a 2006 com a energia totalmente
desvinculada de contratos, mas o governo irá regulamentar a venda
da chamada energia velha (das estatais), depois de submeter o
tema a consulta pública. O ministro Pedro Parente citou como exemplo
definição de preços, venda em leilões e até redução do percentual
de energia a ser liberada ano a ano. A regra só valerá para as
estatais. (Valor Econômico-10.01.2002)
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2- Novo modelo é híbrido do modelo antigo com outro
elaborado em 96 |
O Governo enterrou, ontem, o modelo de administração do setor
de energia elétrica que defendeu por cinco dos sete anos da Presidência
de Fernando Henrique Cardoso, idealizado para liberalizar o mercado
de energia. O MAE acaba. Projetado para ser administrado pela
iniciativa privada, o MAE era peça fundamental do sistema, mas
jamais chegou a funcionar. Haverá maior interferência estatal.
O Ministério de Minas e Energia passa a ter função importante
no planejamento estratégico do setor. Haverá ainda mais subsídios
estatais e seguro antiapagão - usinas termelétricas à disposição
do Governo para serem usadas em caso de emergência. O modelo atual,
que está sendo substituído, é um híbrido do modelo antigo - todo
estatal - com o elaborado pela consultoria Coopers & Lybrand em
1996, que previa competição privada entre distribuidoras e geradoras.
O fracasso desse modelo é uma das causas do atual racionamento
de energia. (Jornal do Commercio-10.01.2002)
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3- Governo manterá controle sobre geração |
A GCE anunciou ontem que o governo voltará a controlar os preços
no mercado de geração de energia elétrica no país. A medida faz
parte de um pacote de 18 medidas regulatórias do setor elétrico,
preparado pelo BNDES, com a finalidade de evitar que pressões
acumuladas no setor provoquem tarifaços na conta de luz do consumidor
final. Um dia após comunicar que não vai mais privatizar as geradoras,
a GCE decidiu que os preços da energia produzida por essas empresas,
responsáveis por 90% da oferta no país, não serão mais liberados
em 2003 e vão continuar sendo fixados pelo governo. "Caso isso
não ocorresse haveria um aumento substancial dos preços de fornecimento
em 2003. A medida tem como objetivo evitar um choque tarifário",
disse o presidente da Petrobras, Francisco Gros, que ontem participou
pela última vez da reunião da GCE. (O Globo - 10.01.2002)
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4- Para Gros, plano evitará que usinas perturbem funcionamento
do mercado |
Francisco Gros, presidente da Petrobras e coordenador do grupo
que elaborou o plano de revitalização do setor energético, afirmou
que a alteração evitará que as usinas existentes perturbem o funcionamento
do mercado. As empresas, já amortizadas, poderiam praticar preços
poucos competitivos para os entrantes no mercado. O cronograma
de liberação do mercado foi elaborado num momento em que se pensava
que em 2003 todas as estatais já teriam sido transferidas para
a iniciativa privada. Como a privatização do setor elétrico não
ocorreu e nem deve ocorrer tão cedo, essa estrutura poderia levar
a um choque tarifário.. "Não é possível deixar essa energia livre,
porque ela levaria a um aumento exagerado de preço", afirmou o
ministro Pedro Parente. Furnas, Chesf e Eletronorte respondem
por cerca de 60% do abastecimento. (Valor Econômico-10.01.2002)
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5- Pacote evita explosão tarifária, diz analista |
O pacote de medidas para revitalizar o setor elétrico do País
deverá evitar uma explosão tarifária que havia sido prevista por
especialistas para o ano que vem. A avaliação foi feita pelo coordenador
do Programa de Planejamento Energético da Coordenação de Programas
de Pós-Graduação em Engenharia da UFRJ, Maurício Tolmasquim. Apesar
do ponto positivo, Tolmasquim ressalta que é preciso definir o
modelo do novo mercado de energia. Uma das 18 propostas apresentadas
ontem (09) na Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE)
prevê a regulação, por parte do governo, da venda da energia velha
(contratos vigentes entre geradoras e distribuidoras). Esta energia
não será mais liberada a partir de 2003, para evitar um choque
tarifário com a abertura dos contratos iniciais. "Prorrogar os
contratos iniciais e não liberar a partir de 2003 é positivo.
Iríamos assistir a uma explosão tarifária", afirmou Tolmasquim.
(Jornal Cruzeiro do Sul - 10.01.2002)
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6- GCE quer garantir rentabilidade aos investimentos
privados e impor limites à atuação estatal |
O programa de revitalização do setor de energia elétrica apresentado
pelo presidente da Petrobras, Francisco Gros, com 18 medidas,
das quais 11 serão submetidas à consulta pública, quer adequar
o modelo do setor elétrico às dificuldades no cumprimento do cronograma
das privatizações, previsto inicialmente para ser concluído até
2003. Um dos objetivos é garantir rentabilidade aos investimentos
privados e impor limites à atuação estatal. Algumas das medidas
introduzem novas variáveis para a formação de preços do setor,
como o nível dos reservatórios. "Será introduzida uma curva de
segurança, refletindo a aversão de agentes e consumidores ao risco
hidrológico e assegurando o despacho das usinas térmicas quando
necessário para garantir a segurança do sistema", explicou Gros.
Isso significa que o preço da energia poderá subir em caso de
seca, ao contrário do que ocorreu em 2000. O grupo que elaborou
a proposta de revitalização do setor elétrico identificou que
os preços do MAE caíram cerca de dois terços entre novembro de
2000 e janeiro de 2001, mostrando a inadequação à realidade do
mercado. (Gazeta Mercantil - 10.01.2002)
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7- GCE defende limite para investimento cruzado |
A Câmara de Gestão da Crise de Energia (GCE) preparou relatório
no qual defende limites mais duros à participação de empresas
no setor elétrico. Segundo o estudo, é preciso dificultar a presença
cruzada (em geração e em distribuição, ao mesmo tempo) dos investidores.
O presidente da Petrobras, Francisco Gros, que chefiou os trabalhos
que resultaram no parecer, disse que a participação cruzada emperra
a competição no setor, pois favorece o poderio econômico na definição
de preços. Para Gros, o setor precisa ser "desverticalizado" sem
que um grupo controle geração, distribuição e transmissão. O relatório
propõe ainda acabar com os subsídios cruzados e mudar os mecanismos
de financiamento de geração alternativa. (Gazeta Mercantil - 09.01.2002)
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8- Novo modelo propõe fim dos subsídios cruzados |
O novo modelo para o setor de energia elétrica propõe o fim dos
subsídios cruzados nas tarifas de energia. Assim, os consumidores
residenciais deixarão de pagar mais caro para compensar as tarifas
mais baixas do setor industrial. Os contratos bilaterais das geradoras
com as distribuidoras subirão de 85% para 95% do mercado cativo.
O objetivo é amarrar a geração a contratos bilaterais, reduzindo
a exposição dos agentes no mercado atacadista. Os contratos de
longo prazo darão maior segurança para viabilizar os novos projetos.
(Gazeta Mercantil - 10.01.2002)
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9- Consumidor pagará seguro contra escassez de energia
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Outra medida proposta pelo Comitê de Revitalização do Setor de
Energia Elétrica da GCE é a contratação de usinas térmicas de
reserva, cujo fornecimento funcionará como uma espécie de seguro
contra a escassez de energia. O custo dessa margem de segurança
no abastecimento será bancado pelo consumidor. Parente acha que
é melhor pagar um seguro do que pagar o sinistro, que seria a
falta de energia. (Gazeta Mercantil - 10.01.2002)
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10- Governo fará alterações no preço da energia livre
e no Valor Normativo |
O governo fará também alterações no processo de formação de preço
da energia no mercado livre. Será estabelecida uma curva mínima
de segurança que determinará o acionamento de usinas térmicas
para poupar água dos reservatórios se houver ameaça ao sistema.
Essa curva de segurança, que será elaborada nos próximos dias
pelo ONS, refletirá na formação de preços. O Valor Normativo,
que determina as tarifas, também passará por revisão. Atualmente
o VN é formado com base nas diferentes fontes de geração. A variação
agora contemplará diferenças regionais e horário de consumo. O
governo vai rever ainda os limites de participação de mercado
para tentar evitar abuso de poder dos agentes. Atualmente a Aneel
admite que uma empresa detenha até 20% do mercado nacional, 25%
nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e 35% no Nordeste. A idéia
do plano de revitalização é tornar esses limites mais rígidos.
O modelo será levado a consulta pública. (Valor Econômico-10.01.2002)
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11- VN será o mesmo para todas as fontes de energia |
Segundo
o programa de revitalização do setor de energia elétrica, apresentado
pelo Comitê de Revitalização do Setor de Energia Elétrica da GCE
, no dia 09.01, o Valor Normativo, que define os limites de repasse
do custo de energia para as tarifas, será um só independente da
fonte. Pelo novo modelo, o VN deverá variar de acordo com a região
e o horário de uso da energia. (Gazeta Mercantil - 10.01.2002)
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1- MME se tornará único responsável por abastecimento
de energia no Brasil |
O Ministério de Minas e Energia (MME) passará por reformulação
para se tornar, após o racionamento, o único responsável pelo
abastecimento de energia no país. O modelo, com criação de novas
secretarias, já está definido. Um grupo de trabalho com representante
do próprio MME, do Ministério do Planejamento e da Casa Civil
definirá, nas próximas semanas, critérios para contratação de
pessoal para atender a nova estrutura. Serão criadas três novas
secretarias. Uma de Política e Planejamento Energético, uma de
Petróleo e Gás Natural e outra de Energia Alternativas, Eficiência
Energética e Meio Ambiente. A idéia é agilizar o trâmite de processos
de licenciamento ambiental para evitar atraso em obras. (Valor
Econômico-10.01.2002)
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2- GCE quer curva de segurança permanente |
A Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE) defendeu,
no dia 09.01, a criação de uma curva de segurança permanente,
definida pelo ONS, a fim de que seja possível determinar a reativação
de usinas térmicas sempre que o nível dos reservatórios estiver
perto de limites críticos. A idéia é aliviar um pouco a produção
das hidrelétricas nesta situação-limite por meio da termeletricidade
até que os reservatórios encham e atinjam capacidade considerada
segura. O presidente da Petrobras, Francisco Gros - que comandou
os trabalhos do Comitê de Revitalização do Setor de Energia Elétrica
da GCE -, disse que a criação de uma curva de segurança permanente,
evitaria "distorções". Segundo ele, no fim de 2000, com os reservatórios
já em nível crítico, a cotação no MAE tinha caído cerca de 60%.
(Gazeta Mercantil - 10.01.2002)
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3- Comitê de Revitalização sugere revisão da governança
do ONS |
O parecer elaborado pelo Comitê de Revitalização do Setor de Energia
Elétrica, sugere também rever a governança do Operador Nacional
do Sistema (ONS). De acordo com o presidente da Petrobras, Francisco
Gros, que chefiou os trabalhos que resultaram no parecer, só a
diretoria do ONS deveria tomar decisões. Para ele, o conselho
do Operador sofre influências já que tem representantes do setor
privado, os quais defendem interesses próprios. (Gazeta Mercantil
- 10.01.2002)
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4- Sudeste tem capacidade armazenada de 36,34% |
Os principais reservatórios das Regiões Sudeste e Centro-Oeste
iniciaram a semana com 35,96% de energia armazenada, de acordo
com dados referentes à 07.01.2002 fornecidos pelo ONS. O nível
sofreu, no dia 08.01, ligeiro aumento, para 36,34%, como divulgou
o ministro de Minas e Energia, José Jorge, em Brasília. Já no
Nordeste, onde o cenário de escassez é mais grave, a capacidade
dos reservatórios era de 21,35%, superior aos 20,20% registrados
no dia 07.01. Com a melhora na economia do consumo na região,
a previsão do governo é chegar ao fim do mês com 31% de poupança
do potencial produtivo das hidrelétricas. (Gazeta Mercantil -
10.01.2002)
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5- Parente nega revisão de metas agora |
O coordenador da GCE, Pedro Parente, disse, no dia 09.01, durante
reunião de integrantes da Câmara com o presidente Fernando Henrique
Cardoso, que nenhuma revisão das metas de consumo do Sudeste e
do Nordeste poderá ser considerada antes do fim de fevereiro.
Segundo Parente, a situação melhorou nas últimas semanas, mas
ainda não permite a revisão ou a suspensão do racionamento. (Gazeta
Mercantil - 10.01.2002)
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6- GCE cogita fim do racionamento |
O fim do racionamento nas regiões Sudeste e Centro-Oeste poderá
ser decidido em fevereiro. Um técnico da GCE calcula que, se o
regime de chuvas continuar no ritmo das últimas semanas, por volta
do dia 15 de fevereiro os lagos das usinas deverão atingir o total
de 52% de água. Esse é o patamar mínimo de segurança para evitar
riscos de apagão nesse ano, sem comprometer o fornecimento em
2003 e usar usinas emergenciais "Acho difícil que com 52% de água
continuaremos com o racionamento", admitiu ontem o presidente
da GCE, ministro Pedro Parente. O volume de chuvas esse ano está
3% acima da média histórica. No mesmo período do ano passado chovia
30% menos. "Isso não é fruto de trabalho da Câmara. Foi Deus",
disse o presidente Fernando Henrique Cardoso. Na terça-feira,
as usinas estavam com 36,34% de água. "Por isso, só em fevereiro
poderemos avaliar melhor a situação", avisou Parente. (Estado
- 10.01.2002)
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A Itaipu Binacional começou ontem a produzir energia em carga
máxima, gerando 11.600 MW médios, pouco mais de 1.000 MW acima
do normal. A medida, determinada pelo ONS, foi tomada para atender
o consumo brasileiro enquanto outras usinas do Sul e reservatórios
de hidrelétricas do Sudeste acumulam água para os próximos meses.
Apesar da produção máxima, o reservatório da usina, que ontem
estava normal, ou seja, 219 metros acima do nível do mar, não
deve baixar a ponto de causar impacto nas praias da Costa Oeste.
Técnicos calculam que o lago fique no máximo um metro abaixo do
normal. (Gazeta do Povo - 10.01.2002)
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8- Reservatórios do NE registram aumento diário |
O nível dos reservatórios do Nordeste está subindo um ponto percentual
por dia nos últimos dias devido ao aumento das chuvas na região.
Ontem, eles atingiram 21,35% da sua capacidade, a metade do nível
verificado no mesmo período de 2001. A previsão do ONS é que eles
terminem o mês entre 30% e 34% da sua capacidade. No bloco Sudeste/Centro-Oeste,
as usinas estão com 36,34% da capacidade. A expectativa é que
o racionamento acabe em março para essas regiões e, em abril para
o Nordeste. No mês, a economia de energia ficou 10,76% acima das
novas metas no Sudeste/Centro-Oeste e 12,76% acima no Nordeste.
O ministro José Jorge (Minas e Energia) afirmou que se esse nível
de economia for mantido até o fim do mês, as indústrias e a iluminação
pública terão suas metas de racionamento reduzidas em fevereiro,
o que já aconteceu para os outros consumidores em dezembro. Indústria
e iluminação pública têm hoje metas entre 15% e 35%. (A Tarde
- 10.01.2002)
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9- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Plano terá missão de atrair novos investidores,
avalia ex-ministro |
O plano de revitalização do setor elétrico terá a missão de atrair
novamente o interesse do investidor privado para expandir a matriz
energética nacional, avaliou o ex-ministro da Indústria e Comércio,
João Camilo Penna, que participou da reunião da GCE, como convidado
especial. Segundo ele, as medidas têm o objetivo de dar garantias
quanto ao futuro do setor, tanto para o investidor privado como
para o consumidor. A fórmula anterior, disse ele, não deu certo,
pois o governo tentou introduzir no mercado um modelo de competição
num momento de escassez de eletricidade. "O resultado foi o afastamento
do investidor privado de novos empreendimentos, como as usinas
térmicas movidas a gás, que estão atrasadas." O ex-ministro diz
que saiu aliviado da reunião. Embora as medidas ainda sejam conceituais,
ele acredita que o setor ganhará um novo rumo. Na sua opinião,
o governo focou o trabalho em cima de antigos temores dos investidores,
como é o caso da "energia velha" produzida pelas grandes usinas.
Como a maior fatia dessa eletricidade permanece nas mãos das estatais,
o mercado temia uma concorrência desigual ou manipulação de preços.
Penna diz que a intenção das medidas é exatamente evitar essa
concorrência predatória com os novos investidores, ao mesmo tempo
em que mantém sob controle o risco de explosão tarifária. (Estado
- 10.01.2002)
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2- Analistas afirmam que mudança de regras podem desagradar
investidores |
Analistas do setor concordam que as alterações de rota podem desagradar
os investidores. A mudança nas regras durante a abertura do setor
de energia elétrica foi a principal crítica feita pelo analista
do Banco Brascan, André Segadilha. Segundo o analista, a reestruturação
terá um efeito político positivo, mas tende a dificultar ainda
mais a privatização de companhias do setor, como a Copel, Celesc
e Celg. "Essa mudança no meio do caminho é muito mal vista pelos
investidores", ressaltou o analista. Segadilha lembra que muitas
companhias fizeram investimentos em geração de energia na expectativa
da abertura do mercado em 2003 e levaram em conta o modelo atual.
Ele avalia que a decisão de manter a tarifa das geradoras estatais
sob controle irá prejudicar as geradoras privadas, que terão dificuldades
para competir no mercado. (Jornal Cruzeiro do Sul - 10.01.2002)
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3- Rating em moeda local da Light sobe de negativo
para estável |
A Standard & Poor´s melhorou, no dia 09.01, a avaliação da perspectiva
do rating em moeda local da distribuidora carioca Light - Serviços
de Eletricidade S/A. A companhia deixou para trás a classificação
negativa e alcança agora o patamar estável (BB), conforme comunicado
feito pela agência no Brasil. Já o rating em moeda estrangeira
foi mantido em BB-, o que significa a confirmação da perspectiva
negativa. O resultado da avaliação da Standard & Poors está relacionado
com o descruzamento acionário na Light entre os controladores
EDF (França) e AES (EUA), que está prestes a ser concluído. A
empresa norte-americana vai assumir uma dívida de US$ 500 mi da
Light. Em troca, a EDF repassa para as mãos da AES o controle
da distribuidora paulista Eletropaulo. Além disso, a companhia
francesa deve emprestar US$ 550 mi para o capital social da Light.
(Gazeta Mercantil - 09.01.2002)
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4- Celesc coloca subestação em operação |
A Celesc colocou em operação, a subestação do Morro do Boi. em
Balneário Camboriú. A unidade entrou em operação com mais de um
mês de antecedência. A previsão inicial era que ela começasse
a operar em fevereiro. Os investimentos da empresa para atendimento
da temporada de verão no litoral catarinense, somam R$ 8,4 mi,
que engloba ainda a ampliação da capacidade de transformação das
subestações Itajaí 2, Itajaí-Salseiros e Piçarras, representa
um aporte de 40% de energia disponível. Na região, a Celesc conta
com mais de 110 mil clientes fixos, mas esse número cresce durante
o verão. Segundo a estatal, o empreendimento afasta o risco de
falta de energia na região. (A Notícia - 10.01.2002)
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5- Manso começa o ano gerando 90 MW |
A época de chuvas tem contribuído para que a Usina Hidrelétrica
de Manso, em Chapada dos Guimarães (MT), começasse o ano gerando
em média 90 MW - o melhor desempenho desde o início das operações,
em 30 de novembro de 2000. O patamar atingido nestes primeiros
dias de janeiro corresponde a 42% da capacidade total da usina,
que é de 210 MW. (Diário de Cuiabá - 10.09.2002)
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O governo deve editar uma medida provisória para acabar com o
Mercado Atacadista de Energia (MAE) e substituí-lo pelo Mercado
Brasileiro de Energia (MBE). Para a Aneel, essa substituição é
necessária porque o MAE não funcionou até hoje como deveria e
precisa ser reformulado. A agência acredita que o MAE opera insatisfatoriamente
porque devido aos conflitos de interesses. Assim, para eliminá-los,
o MBE deverá ter um conselho de administração sem votos cruzados
e sem divisão do conselho em categorias. Além disso, o MBE será
regulado pela Aneel, enquanto o MAE é auto-regulamentado. A mudança
do MAE para o MBE deverá consolidar-se até março, segundo apresentação
feita pela Aneel, no dia 09.01, durante reunião da GCE. (Gazeta
Mercantil - 09.01.2002)
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2- Substituto do MAE fará arbitragem com poder sobre
estatais |
O plano de revitalização do modelo do setor elétrico, divulgado
ontem, modifica regras para participação das estatais na abertura
do mercado que se dará a partir do ano que vem e substitui o MAE,
auto-regulado, por uma empresa subordinada a regulamentação da
Aneel. O Mercado Brasileiro de Energia (MBE), substituto do mercado
atacadista, terá estrutura mais enxuta e mecanismos de arbitragem
aos quais as estatais também terão de se submeter. A substituição
do MAE pelo MBE será legalizada por Medida Provisória e a transição
deverá ser concluída até março. O MBE terá um conselho de administração,
uma câmara de arbitragem e uma superintendência responsável pela
contabilização e liquidação do mercado. A Aneel ficará responsável
pela elaboração da convenção da empresa, definição das regras,
fiscalização, fixação do cronograma para contabilização e liquidação
do mercado e será a última instância administrativa para análise
de conflitos. Na estrutura atual, a Aneel apenas homologa procedimentos
definidos pelo mercado. (Valor Econômico-10.01.2002)
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3- Futuro da Asmae é incerto |
O governo determinará, por meio de Medida Provisória, a imediata
intervenção na Asmae. Entre as medidas anunciadas no dia 09.01,
não está claro que a empresa deixará de existir. Num primeiro
momento, ela sofreria uma intervenção da Aneel e, no futuro, sua
função tenderia a desaparecer, com a criação do Conselho de Administração
do novo Mercado Brasileiro de Energia e sua superintendência operacional.
A Asmae é uma empresa privada formada pelos agentes do setor e
administrada hoje pela Monitor Group, que trabalha também no seu
plano de reestruturação. Na interpretação do presidente da Monitor,
Vitor Madeira, o contrato com a Asmae continua existindo. Para
ele, as medidas reforçaram o papel da Administradora do MAE, à
medida que o governo tenta reforçar o trabalho de reorganização
da empresa. Madeira, no entanto, aguarda mais detalhes sobre as
alterações, uma vez que não foi informado ainda - nem pelo governo
nem pelos agentes -, sobre a continuidade ou não do contrato com
a Monitor. (Gazeta Mercantil - 10.01.2002)
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4- FHC concorda com fim do MAE |
O presidente Fernando Henrique Cardoso concorda com a idéia de
acabar com o Mercado Atacadista de Energia (MAE), autor-regulado,
e substituí-lo por um mercado regulado pelo governo, via Aneel.
Para FHC, o MAE tornou-se o "calcanhar de Aquiles" do sistema
energético do País, em razão do seu mau funcionamento. Além disso,
o presidente acredita que é preciso "capacidade de planejamento"
- o que, segundo ele, a regulação pelo governo permitirá - para
que haja de fato competição no setor. (Gazeta Mercantil - 09.01.2002)
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5- Para governo, setor privado não conseguiu auto-regular
mercado de energia |
Na avaliação do Governo, o setor privado não conseguiu auto-regular
o mercado de energia, como estava previsto no modelo anterior.
''Não deu certo, por isso mudou'', disse Francisco Gros, presidente
da Petrobras e coordenador do grupo que estabeleceu as diretrizes
para o novo modelo do setor elétrico. O grupo coordenado por Gros
apresentou ontem ao presidente Fernando Henrique Cardoso uma lista
de 18 medidas - 11 ainda passarão por consulta pública-que vão
delinear o setor elétrico a partir de agora. As medidas modificam
a formação de preços no setor - como eliminação de subsídios para
a indústria - os critérios para definir quais usinas vão gerar
energia e a forma pela qual as empresas geradoras vão relacionar-se
com os seus clientes. O presidente da CGE, ministro Pedro Parente,
disse que há razões para que o preço da energia usada pela indústria
seja menor. Mas tais subsídios serão reavaliados. (Jornal do Commercio-10.01.2002)
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6- Fim do MAE divide opiniões dos técnicos |
As decisões tomadas pelo Grupo de Revitalização do Setor Elétrico
da GCE, principalmente no que diz respeito ao fim do MAE, causaram
reações adversas entre os técnicos da área. De um lado, os que
defendem a mudança, pois o MBE funcionará de todo o jeito, do
outro há quem diga que a interferência governamental vai desestimular
os investidores. Essa é a opinião, por exemplo, do presidente
da Guaraniana Comércio e Serviços (GCS), Paulo Cezar Tavares.
"Já que a auto-regulamentação não deu certo, é melhor que exista
um órgão regulado pela Aneel, mas que funcione", comentou Tavares.
Mas para o diretor da AES Infoenergy, Emílio Lacerda, um mercado
controlado pelo Governo não é atrativo para quem opera e afasta
novos investimentos do País. Segundo Lacerda, o que os investidores
esperam é um mercado onde os agentes assumam riscos e tomem decisões.
(Jornal do Commercio - PE - 10.01.2002)
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7- Novo modelo prevê mais contratos de longo prazo
entre geradoras e clientes |
De acordo com o novo modelo para o setor energético, deverá haver
maior quantidade de contratos de longo prazo entre as geradoras
e seus clientes, mas os grandes consumidores poderão ficar livres
para escolher de quem irão comprar sua energia, para que haja
mais competição. O Governo decidiu também que o atual sistema
não permitia formação de preços correta para que os agentes de
mercado passassem a investir em energia e houvesse mais geração
termelétrica. O preço da energia hidrelétrica - mais baixo - deveria
subir na iminência de falta de energia, a fim de que fossem estimulados
investimentos e a geração de energia termelétrica. Isso não aconteceu.
O novo sistema de formação de preços levará em conta o nível dos
reservatórios das hidrelétricas. Abaixo de um determinado nível,
o preço da energia hidrelétrica sobe, permitindo que se use a
energia das usinas termelétricas e se poupe água dos reservatórios.
(Jornal do Commercio-10.01.2002)
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8- Distribuidoras terão que ter respaldo de 95% de
seus mercados em contratos com geradores |
As distribuidoras terão que ter respaldo de 95% de seus mercados
em contratos de longo prazo com geradores. Atualmente essa exigência
é de 85%.Francisco Gros, coordenador do plano de revitalização
do setor energético, afirmou que o objetivo é estimular a emissão
de contratos de longo prazo que respaldem a expansão da matriz
energética do país. Será criado um seguro para o sistema baseado
em usinas termelétricas e cujos custos serão rateados entre os
consumidores. (Valor Econômico-10.01.2002)
Índice
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9- Leilão de energia volta a fechar sem negócios |
O leilão de energia excedente Asmae/Bovespa voltou a fechar sem
negócios no dia 09.01. Os vendedores se apresentaram ao pregão
empolgados com a possibilidade de repassar o insumo a valores
mais altos. Durante dias seguidos, não foram feitas propostas
de venda e houve excesso de demanda, o que chegou a pressionar
o preço para até R$ 130. No dia 08.01 foi o primeiro dia de 2002
em que foram efetivadas transações no leilão, mas no dia 09.01
não houve acordo no preço. Na ponta vendedora foi apresentada
apenas uma oferta, de 500 MWh a R$ 135 o MWh. Mas os compradores
se dispuseram a pagar no máximo R$ 120 por MWh. No total, eles
solicitaram 4.340 MWh no dia. (Gazeta Mercantil - 09.01.2002)
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1- Juros sobem com incerteza argentina e divulgação
do IGP-M |
A incerteza com o rumo do pacote anunciado na Argentina reduziu
as apostas de que o Copom possa cortar os juros básicos da economia,
que estão em 19% ao ano. "Na última ata do Copom, o BC mencionou
que, apesar da melhora nos fundamentos macroeconômicos, a situação
internacional não permitia o corte nos juros. De lá para cá, a
evolução da crise argentina só piorou", disse um diretor de tesouraria
de um banco estrangeiro. A divulgação, no final da tarde de 09.01,
da inflação medida pelo IGP-M, desanimou ainda mais algumas apostas
de corte nos juros. A inflação na primeira prévia de janeiro ficou
em 0,47%. No dia 09.01.2002, entre os contratos de juros mais
negociados na BM&F, o de fevereiro - que indica a expectativa
para o Copom - subiu de 18,97% para 18,99% ao ano, sinalizando
a manutenção dos juros. A taxa para abril saiu de 18,85% para
18,94% ao ano. O contrato de julho ficou estável em 19,01% ao
ano. O contrato a termo de DI (Depósito Interfinanceiro), que
vence em março de 2003 e indica a taxa prefixada para o período,
ficou em 20,41%. (Gazeta Mercantil - 10.01.2002)
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2- Dólar fecha a R$ 2,375, na venda |
A instabilidade do mercado atingiu também a cotação do dólar comercial.
No dia 09.01, o preço da moeda norte-americana oscilou 1,10% entre
o maior preço (R$ 2,395) e a menor cotação (R$ 2,369). De acordo
com operadores do mercado, pela manhã as compras de dólar foram
acentuadas devido ao receio com o desdobramento da crise argentina.
"Os exportadores aproveitaram e fecharam o câmbio", disse o diretor
de câmbio de um banco internacional. À tarde, o fraco volume de
negócios no mercado interbancário e algumas vendas pontuais de
moeda norte-americana derrubaram o preço do dólar. No final do
dia, a moeda era norte-americana era negociada com estabilidade,
a R$ 2,375, na venda. A Ptax ficou em R$ 2,3794, alta de 1,45%.
Na BM&F, o contrato de dólar com liquidação financeira em fevereiro
ficou estável em R$ 2,402. Para março, a moeda valia R$ 2,431,
alta de 0,01%. (Gazeta Mercantil - 10.01.2002)
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3- Tesouro divulga perfil da dívida para 2002 |
O Tesouro Nacional anunciará, até a primeira semana de fevereiro,
a composição da dívida pública para 2002, com os prazos de vencimentos
médios, quantidades e tipos de cada papel que ofertará em 2002.
O objetivo é estabelecer critérios claros para que o mercado possa
operar com maior previsibilidade. Mas o Secretário do Tesouro
Nacional, Fábio Barbosa, disse que ficará fora da apresentação
a estratégia de composição e emissão de papéis cambiais. O motivo
é que o Tesouro Nacional irá estabelecer junto com o Banco Central
toda a estratégia de emissão de papéis cambiais no mercado, de
acordo os objetivos de política macroeconômica do governo. Apenas
o que foi fixado, até o momento, é o limite de captação de US$
5 bi de recursos no exterior com emissões de papéis públicos,
dos quais US$ 1,4 bi já foram captados. Fábio Barbosa informou
que os compromissos exclusivos do Tesouro com serviços da dívida
no exterior é de US$ 3,8 bi em 2002, cerca de US$ 200 mi inferior
ao ano 2001. (Gazeta Mercantil - 10.01.2002)
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1- Programa de revitalização propõe subsídios para
o transporte do gás no Gasbol |
O programa de revitalização do setor de energia elétrica também
propõe a criação de subsídios para o transporte do gás natural
do gasoduto Bolívia-Brasil para as usinas térmicas do PPT e também
para as energias alternativas, como a eólica e a solar. Segundo
José Mário Abdo, da Aneel, está sendo examinada a criação de um
fundo para bancar esses subsídios. Parente informou que os recursos
virão das tarifas. (Gazeta Mercantil - 10.01.2002)
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2- Prefeito ameaça barrar obras de termelétrica no
MS |
O prefeito Issam Fares ameaçou criar obstáculos para a construção
da usina termoelétrica de Três Lagoas (MS). O prefeito disse até
estar disposto a parar as obras caso o município perca os recursos
devidos a compensação por estragos ambientais. O montante seria
de R$ 7,5 mi. "Se esse dinheiro não ficar na cidade, eu não assino
autorização para obras secundárias que são essenciais para a termelétrica.
Aí eu quero ver", disse Issam. Ele se referia a uma área de proteção
ambiental pertencente ao município, denominada Recanto das Capivaras,
que fica contígua à Cascalheira, região às margens do Rio Paraná
onde será construída a termelétrica. A tubulação da usina terá
que passar, obrigatoriamente, pelo Recanto das Capivaras. E é
essa autorização que Issam está ameaçando negar. A irritação do
prefeito é porque ele ficou sabendo que o Governo do Estado está
pretendendo aplicar no Pantanal os recursos de compensação ambiental
da termelétrica. (Correio do Estado - MS - 10.01.2002)
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1- Credores da Enron tentam adiar venda de negócios
energéticos da companhia |
Mais de 15 credores da Enron estão buscando permissão da corte
para adiar a venda dos negócios de comercialização de energia
da companhia, alegando preocupar-se na maneira pela qual o dinheiro
será gasto pela companhia americana, que abriu concordata. Embora
o comitê oficial de credores tenha declarado que não apóie a petição
de adiar a venda, credores individuais, como a Aquila e o Royal
Bank of Scotland entraram com moções pedindo que o juiz Arthur
Gonzalez considerasse seu pedido de marcar uma audiência com eles
para sexta antes de aprovar a venda. Está marcado para hoje o
encontro da Enron com o comitê dos credores para tentar um acordo
em relação a qual das três propostas por seus negócios será aceita.
Se um acordo for alcançado, a Enron buscará a aprovação da corte
na sexta-feira. (Financial Times-10.01.2002)
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2- Departamento de justiça dos EUA inicia investigação
criminal do caso Enron |
O departamendo de Justiça americana deu início a uma investigação
criminal sobre as atividadas da Enron, que até abrir concordata
em dezembro passado era uma das maiores comercializadoras de eletricidade
e gás natural do mundo. Na investigação, dirigida pela Comissão
de Câmbios e Valores, participarão fiscais das cidades de Houston,
San Francisco e Nova Iorque. Fontes explicaram que o ponto central
da investigação será a possibilidade de fraude devido a alianças
corporativas que causaram o endividamento da Enron. Tais alianças
teriam servido para ocultar seus problemas financeiros e para
proteger seus antecedentes de crédito, ao mesmo tempo em que a
empresa inchava durante quatro anos consecutivos seus balanços
financeiros com garantias financeiras. (El Mundo-10.01.2002)
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3- EDF defende abertura à competição no setor elétrico |
O
presidente do grupo energético francês EDF, François Roussely,
defendeu ontem a idéia de aproveitar a próxima reunião de cúpula
da União Européia, que se realizará em março em Barcelona, para
abrir à competição o conjunto do mercado profissional. Atualmente,
só os grandes clientes industriais tem direito na França a escolher
um fornecedor de energia que não seja a EDF. "Com os preparativos
de Barcelona podemos franquear uma nova etapa, estendendo a competição
ao conjunto de profissionais e não somente aos grandes industriais"
, declarou Roussely. O presidente da EDF condiciona essa abertura
a manutenção do monopólio da EDF para o mercado residencial, aproximadamente
50% dos consumidores de energia na França. (El País-10.01.2002)
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4- Rating da dívida da Northern Natural Gas passa para
o positivo com aquisição pela Dynegy |
A agência Fitch ontem alterou o rating do débito não-segurado
da Northern Natural Gas Co de negativo para a positivo. A NNG,
pertencente à Enron, tem uma dívida de aproximadamente US$ 500
mi. A Fitch justificou a alteração no rating pelo recente anúncio
de que a Dynegy tinha chegado a um acordo com a Enron para exercer
sua opção de adquirir a NNG. As duas partes concordaram em concluir
a transação no fim de janeiro. Em troca, a Enron tem a opção de
readquirir o gasoduto por US$ 1,5 bi até o dia 30 de junho, caso
no qual a Fitch poderia reconsiderar a mudança de rating e redeslocar
a avaliação para negativo novamente. (Platts-10.01.2002)
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5- Segundo Pluspetrol, crise no Peru não afetará projeto
Camisea |
Críticos da política energética da administração Bush voltaram
a pressionar ontem por mais informação em relação aos contatos
do governo com a Enron. Eles dizem que os relatórios dos encontros
ente o gabinete do vice-presidente Dick Cheney e executivos da
companhia não explicou de forma abrangente a extensão das atividades
da administração. A pressão por mais informações está vindo de
todos os lados do espectro político, incluindo o grupo de esquerda
Fundo de Defesa dos Recursos Naturais o grupo conservador Judicial
Watch, ambos dos quais processaram a administração em busca de
documentos relacionados às força-tarefa de energia da Casa Branca,
comandada por Cheney. Ambos grupos consideram insuficientes os
relatórios de Cheney e querem provas documentais do que foi discutido
nas reuniões. (Financial Times-10.01.2002)
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6- Segundo Pluspetrol, crise no Peru não afetará projeto
Camisea |
O vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios Internacionais
da Pluspetrol, Alberto Moons, consórcio argentino responsável
pela exploração da jazida de gás de natural de Camisea, no Peru,
garantiu que a crise no seu país não afetará o andamento das obras
para o desenvolvimento do projeto Camisea. Moons garantiu que
mais tardar no fim de março ou princípio de abril, os equipamentos
e a maquinaria estarão no campo de Camisea para dar início à perfuração
dos poços. Moons disse que não está previsto nenhum atraso e que
a Pluspetrol continua com o objetivo de adiantar o término do
projeto, para que o gás chegue à costa peruana já no início de
2004 ou até no fim de 2003. (Gestión-10.01.2002)
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7- São instalados seis novos transformadores, responsáveis
por 30% da energia gerada no Equador |
Ontem foram inaugurados seis novos transformadores de energia
no Equador, para reforçar o sistema de transmissãoelétrica do
país.Cinco desses transformadores foram instalados nas subestações
Salitral e La Trinitaria em Guayaquil e outro na subestação de
Milagro, na mesma província de Guayas. Os equipamentos, importados
ao final do ano passado, da Bélgica e do Japão, contam com uma
capacidade de transmissão de 600 MW, o que corresponde a 30% do
total da energia gerada no país. Para isso foi feito um investimento
de 30 milhões de dólares pela Transelectric, empresa pertencente
ao Fondo de Solidaridad, que vem solucionar os problemas de capacidade
de transmissão em Guayaquil, que provocara alguns cortes de energia
nos meses passados. (El Comercio-10.01.2002)
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8- Índios equatorianos entram no negócio de exploração
de gás |
A Confederação de Nacionalidades Indígenas da Amazônia Equatoriana
(Confeniae) entrou no negócio de gás natural. Através da empresa
Amazonia Gas , a Confeniae fechou um acordo para a participação
na exploração do campo de gás Sacha, da Petroproducción. O contrato
deve ser assinado no fim desse mês e as obras devem começar o
mais tardar em abril, disse Edwin Piedra, gerente da Amazonia
Gas. A companhia formará um consórcio com a Companhia de Exploração
Keyano Pimee, de propriedade de índios canadenses, que tem vários
anos de experiência no negócio de petróleo. Para possibilitar
a obra, 25 funcionários da Confeniae passarão por um estágio na
Universidade de Calgary, visando prepará-los a levar a cabo a
exploração. (El Comercio-10.01.2002)
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9- Electropaz suspende cortes de energia até regularização
das cobranças |
As grandes filas ocasionadas pelos problemas em seu sistema informático,
retardando o pagamento das faturas, obrigou ontem a Electropaz
boliviana a suspender os tradicionais cortes de serviço aos usuários
devedores. Pelo menos até que não haja mais filas e as pessoas
possam pagar sem problemas, haverá uma espécie de tolerância em
relação às faturas vencidas, disse o gerente comercial da companhia,
Mauricio Baldez. A medida, em vigor desde a semana passada, poderá
durar alguns dias, até que se solucionem as falhas do sistema
e se aumente o número de caixas atendendo os usuários. Ontem,
os bancos normalizaram a cobranças aos usuários, que só vinha
sendo realizada nas agências centrais de La Paz e El Alto, que
hoje voltam a atender o público, já que estiveram fechadas ontem
para implementação no sistema de cobrança. (La Razón-10.01.2002)
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10- Isagen investe US$ 2,136 mi em programas sociais
em 2001 |
A empresa geradora de energia colombiana Isagen desenvolveu sua
gestão social por meio do programa de informação e participação
comunitária (Pipc), desenvolvido em sete municípios do leste colombiano,
nas zonas de influência da central Termocentro e nas zonas adjacentes
ao projeto hidrelétrico Miel I em Norcasia. Entre outros, se executaram
projetos de cultivo de cana, plantação de banana, pepino e tomate,
construção de quadras polidesportivas, granjas de galinhas e criação
de peixes, programas de saúde, auxílio a desempregados, recreação,
educação e cultura. O Pipc representou um investimento de US$
3,5 mi em 2001, US$ 2,136 dos quais vieram da Isagen. (El Colombiano-10.01.2002)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Ana Clara Cruz, Barbara Oliveira, Fernando Fernandes,
Rodrigo Rötzsch
e Silvana Carvalho.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
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pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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