1- A questão do fim do racionamento no Sudeste |
Será
que o bom volume de chuvas dos últimos dias é suficiente para
justificar o fim do racionamento? Técnicos do governo acreditam
que se os reservatórios do Sudeste atingirem 47%, o racionamento
pode chegar ao fim. Entretanto, devemos ter em mente que, assim
como o ano passado foi atipicamente seco, este ano, segundo as
previsões do Instituto Nacional de Meteorologia, será atipicamente
úmido. Não há garantias para o ano que vem. Seria, portanto, recomendável
adotar uma postura mais cautelosa sobre os rumos do racionamento.
O nível de armazenamento
dos reservatórios do Sudeste está atualmente em torno de 35%,
ligeiramente superior aos 31,4% registrados no primeiro mês de
2001 - ano de início do racionamento, mas consideravelmente inferior
ao dos anos anteriores: 56,8% (1999), 69,9% (1998), 74,6% (1997)
e 61,3 (1996). A exceção foi o ano 2000, quando janeiro registrou
um nível de armazenamento de 29% e quando só não houve racionamento
devido às boas chuvas que fizeram os reservatórios quase dobrarem
de capacidade e terminarem o período úmido com quase 60% de armazenamento.
Neste mesmo ano, de janeiro a abril houve um aumento no nível
dos reservatórios de cerca de 30 pontos percentuais, superando
a variação dos quatro anos anteriores em que este oscilou entre
12,1 e 14,2 pontos percentuais. Em um ano de afluências normais,
os reservatórios tenderiam a chegar a cerca de 49%, atingindo
a meta dos técnicos do governo, porém muito aquém dos números
registrados no período 1996-1999. Além disso, mesmo uma afluência
positivamente anormal, como foi a de 2000, não foi suficiente
para evitar a necessidade de racionamento em 2001. A questão que
precisa ser considerada é se, no próximo ano, não haverá outro
período de poucas chuvas, como ocorreu no ano passado.
Assim, deveríamos encarar
essas boas chuvas como um momento de alívio e voltarmos nossa
atenção para ações que resultem na diversificação da nossa matriz
de geração elétrica, no intuito de diminuir nossa dependência
em relação às chuvas.
(Grupo
de Estudos de Empresas de Energia Elétrica - NUCA/IE/UFRJ)
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1- Chesf fica fora do plano de privatização |
O presidente Fernando
Henrique Cardoso resolveu ceder aos apelos de governadores e parlamentares
da região Nordeste e pôs fim às chances de privatização da Chesf.
Por ordem de Fernando Henrique, a Chesf será excluída do Programa
Nacional de Desestatização (PND) e os ativos ficarão agrupados
em três companhias públicas. Estas novas estatais administrarão
os recursos hídricos e geração de energia, além da transmissão
de eletricidade entre os Estados nordestinos. O anúncio foi feito
pelo ministro de Minas e Energia, José Jorge, no dia 08.01.2002,
no Palácio do Planalto, após reunião com alguns governadores e
líderes políticos do Nordeste. (Jornal do Brasil - 09.01.2002)
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2- Chesf dará origem a estatal na área hídrica |
O governo vai reestruturar a Chesf para que ela atue na área de
recursos hídricos. A idéia é criar uma nova empresa e usá-la para
lidar com o problema da seca no Nordeste. Essa decisão foi anunciada
no dia 08.01.2002 pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em
reunião com vários governadores do Nordeste. Segundo o ministro
da Integração Nacional, Ney Suassuna, a estatal Xingó, geradora
como a Chesf, também deveria ser usada na futura estatal dos recursos
hídricos. (Gazeta Mercantil - 08.01.2002)
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3- Reestruturação da Chesf será estudada até maio |
A reestruturação da Chesf vai ser estudada pelo governo até maio,
segundo o ministro de Minas e Energia, José Jorge. Quando os estudos
estiverem concluídos, a idéia da reestruturação terá de ser ser
referendada pelo Congresso, por meio de um projeto de lei. O governo
pretende dividir a Chesf em três: a Companhia de Energia e Desenvolvimento
Hídrico do Nordeste, Chesf-Xingó e Eletrobrás Transmissora do
Nordeste. As duas últimas continuarão fazendo parte do grupo estatal
Eletrobrás. A outra ficará primeiro sob controle da Eletrobrás
mas, no futuro, se tornará pública, sendo gerida pela União. José
Jorge afirmou que, se o projeto de transposição das águas do Rio
São Francisco for desengavetado, será tocado pela Companhia de
Energia e Desenvolvimento. (Gazeta Mercantil - 08.01.2002)
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4- Minoritários da Eletrobrás devem ser compensados
por cisão da Chesf |
O presidente do BNDES, Eleazar Carvalho, afirmou que em maio será
concluído o processo de cisão dos ativos da Chesf, cujos ativos
ficarão agrupados em três companhias públicas. É possível que
os acionistas minoritários da Eletrobrás, holding que controla
a Chesf, sejam compensados pela União. ''A nova empresa poderá
não ser atrativa para os investidores'', antecipou Carvalho. ''Por
este motivo, estudamos alternativas que mantenham os interesses
dos sócios minoritários. Tudo será feito em respeito às leis do
país.'' (Jornal do Brasil - 09.01.2002)
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5- Governo poderá permutar ações de minoritários da
Eletrobrás |
O governo ainda estuda o que fazer para compensar os acionistas
minoritários da Eletrobrás pela retirada da Chesf da holding.
A nova empresa será controlada diretamente pela União. Eleazar
de Carvalho, novo presidente do BNDES afirmou que poderá haver
permuta de ações. "Haverá a mais absoluta transparência e respeito
aos minoritários". Cerca de 30% das ações da Eletrobrás estão
nas mãos de minoritários. (Valor Econômico-09.01.2002)
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6- Nordeste terá R$ 800 mi para obras hídricas |
Com a reestruturação da Chesf e a criação da empresa pública da
Companhia de Energia e Desenvolvimento Hídrico do Nordeste (CEDHN),
o Governo Federal estima que a Região Nordeste irá receber um
investimento anual de R$ 800 mi em obras hídricas. Esse valor
significa a 'sobra de caixa' (receita menos despesa) que todos
os anos a Chesf repassa à União, que por sua vez aplicava o dinheiro
na área hídrica de todo o País. "Não era justo que esse dinheiro
fosse investido pela Eletrobrás (estatal que reúne as companhias
hidrelétricas brasileiras) em outras Regiões. É até um contra-senso,
já que o Nordeste é uma Região tão pobre", diz o governador em
exercício de Pernambuco, José Mendonça Filho, que participou ontem
da reunião de divulgação das modificações da Chesf. "Essas mudanças
têm que ser comemoradas porque, a partir de agora, haverá um fortalecimento
regional." (Jornal do Commercio - 09.01.2002)
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7- Para presidente da Chesf, CEDHN é uma necessidade
antiga |
Para o presidente da Chesf, Mozart Siqueira, a criação da Companhia
de Energia e Desenvolvimento Hídrico do Nordeste era uma necessidade
antiga da Região que carecia de um órgão que centralizasse todas
as ações e recursos destinados à área hídrica. "Não será mais
preciso esperar pela liberação de recursos da União, o que nem
sempre acontecia", diz Siqueira. Ele destaca também o fato de
a nova empresa ser um órgão supraestadual, que será responsável
pela gestão de todos os rios da Região Nordeste. Hoje, compete
à Chesf a administração apenas dos rios São Francisco, Parnaíba
e de Contas. De acordo com Siqueira, a execução orçamentária da
Chesf durante este ano será a mesma aprovada no orçamento do ano
passado. Só a partir de 2003 é que a nova empresa pública criada
deverá usar os recursos próprios. (Jornal do Commercio - 09.01.2002)
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8- Ministério deverá coordenar agências |
O governo poderá fazer no dia 09.01 o anúncio de uma medida concreta
sobre a sua antiga insatisfação com o desempenho da Aneel: passar
ao Ministério de Minas e Energia a coordenação do trabalho da
Aneel e também da ANP. O ministro da Casa Civil e presidente da
GCE, Pedro Parente, informou na semana passada que a proposta
consta do relatório final do Comitê de Revitalização do Setor
de Energia Elétrica e só dependia da aprovação do presidente Fernando
Henrique Cardoso, que se reunirá no dia 09.01 com o comitê, em
Brasília. Em conversa com jornalistas na semana passada, Parente,
indagado se as agências ANP e Aneel seriam unificadas por proposta
do relatório do Comitê, respondeu: "Não creio em unificação, mas
em um trabalho de coordenação das agências pelo ministério." (Estado
- 09.01.2002)
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9- RS pede ao STJ que revise decisão em relação à privatização
da COPEL |
A Procuradoria Geral do Estado (PGE) do Rio Grande do Sul protocolou
ontem no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, um pedido
de reconsideração da decisão do ministro Paulo Costa Leite (presidente
do STJ). Em 4 de janeiro, ele manteve a paralisação do processo
de privatização da Copel ao negar pedido de recurso do governo
estadual. O STJ é a última instância para pedido de recursos em
ações dessa natureza. Costa Leite entendeu que não há urgência
na venda e, por isso, endossou a decisão do Tribunal Regional
Federal, em Porto Alegre, que suspendeu a venda até que sejam
julgadas todas as ações que questionam a privatização e tramitam
na Justiça Federal. Entretanto, a procuradora geral do estado,
Márcia Carla Pereira Ribeiro, argumentou em seu pedido de reconsideração
que o estado tem mesmo urgência em retomar o processo. Não seria
apenas uma questão de realizar o leilão - ainda sem data definida
por falta de interessados - mas também de dar seqüência a todo
o trâmite burocrático da alienação do controle acionário da estatal.(Gazeta
do Povo - 09.01.2002)
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1- Plano de revitalização do setor elétrico será aprovado
nesta quarta-feira |
O presidente da República Fernando Henrique Cardoso participará,
no dia 9 de janeiro, em Brasília, da primeira reunião geral da
Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE) em 2002. O
objetivo do encontro é aprovar o Plano de Revitalização do Setor
Elétrico, coordenado pelo então presidente do BNDES e atual da
Petrobrás, Francisco Gros. (Canal Energia - 09.01.2002)
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2- Governo anuncia hoje curva guia para SE e CO |
Hoje o governo anuncia os gráficos de referência (curva guia,
no jargão dos técnicos) para as Regiões Sudeste e Centro-oeste.
O ministro José Jorge afirmou que o gatilho para suspender a contenção
de consumo nas regiões é acúmulo de 50% nos reservatórios. Inicialmente
a idéia é que o racionamento seja suspenso em março, mas poderá
ocorrer antes se os reservatórios chegarem a 50% antes de fevereiro.
Atualmente os reservatórios acumulam cerca de 36% de armazenamento.
(Valor Econômico-09.01.2002)
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3- Metas podem acabar em março no Sudeste |
O racionamento pode acabar no Sudeste em março e no Nordeste em
abril. O governo admite pôr fim às metas de consumo nas duas regiões
com base em trabalhos apresentados no dia 08.01 pelo ONS. Segundo
o Ministro de Minas e Energia, José Jorge, a decisão de suspender
o racionamento ainda não foi tomada pelo governo, mas ele reconheceu
que os números de economia apresentados pelo ONS e as previsões
de chuvas permitem ser otimista e indicou março e abril como possíveis
prazos para encerrar o racionamento. (Gazeta Mercantil - 08.01.2002)
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4- Chuvas dobram nível no lago da usina de Furnas |
As chuvas que atingiram o sudoeste mineiro recentemente praticamente
dobraram o volume d'água no reservatório da usina de Furnas, saltando
de 16,97% para 32,76%, em 08.01.2002. Esse resultado, segundo
Furnas, é animador porque mostra que o reservatório está sendo
recuperado, embora, a partir do dia 03.01, tenha havido uma redução
na afluência. Comparando os dados divulgados pelo ONS, a água
que entrava no lago no dia 02.01 era de 1.900 m³/s. No dia 07.01
era de 1.000 m³/ s. Por isso caiu o ritmo do enchimento, que teve
variação de 0,87 ponto percentual no dia 2 e, em 07.01, de 0,41.
A defluência, água que sai do reservatório por conta da geração
de energia, teve média de 200 m³/s nos primeiros sete dias deste
mês, o que fez com que houvesse mais entrada do que saída de água,
mesmo em um volume menor. Isso mostra, segundo Furnas, que o racionamento
de energia continua sendo importante para a recuperação do reservatório.
(Estado - 09.01.2002)
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5- Nível dos reservatórios no Sudeste/Centro-Oeste
ultrapassa limites previstos |
No Sudeste e Centro-Oeste o nível de água dos lagos já ultrapassou
os limites mínimos previstos pelo governo para fevereiro e março.
Dados do ONS mostram que, no dia 07.01, as barragens das hidrelétricas
nas duas regiões alcançaram 35,96% de sua capacidade. A expectativa
mais pessimista da GCE era de que os reservatórios só chegariam
a 35% em fevereiro, mantendo-se neste nível em março. Projeções
de ontem da Câmara indicavam que a demanda normal no Nordeste
pode ser atendida caso seus reservatórios atinjam 34% da capacidade
máxima em 30 de abril. No dia 07.01, os reservatórios da região
alcançaram 20,2% da capacidade e existe a possibilidade de o nível
chegar a 34,9% no fim de janeiro. (Estado - 09.01.2002)
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6- Reservatórios do Nordeste atingem o nível de 20,2%
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Os níveis dos reservatórios no Nordeste continuam em recuperação.
De acordo com o boletim do ONS, relativo ao dia 07.01, a capacidade
de armazenamento na região atinge 20,2%. No Sudeste/Centro-Oeste,
os reservatórios registram 35,96%. Já a capacidade de armazenamento
nas regiões Norte e Sul do país atinge, respectivamente, 74,98%
e 82,26%. (Canal Energia - 08.01.2002)
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7- Reservatórios do Nordeste podem chegar ao fim do
mês com 31% da capacidade |
Até ontem os reservatórios da região Nordeste acumulavam 20,20%
de armazenamento e as estimativas são de chegar ao fim deste mês
com 31%. "As chuvas contam a nosso favor para chegar a 48% no
fim de abril. Só se houver uma mudança brusca", disse o ministro
de Minas e Energia, José Jorge. O racionamento na região será
suspenso se esse armazenamento for verificado. O governo fez três
projeções usando como referência os índices hidrológicos verificados
em 2001. Na segunda hipótese, os reservatórios chegariam ao final
de abril com 34% de armazenamento. Nesse caso, para garantir 100%
de abastecimento, será necessário acionar toda a energia emergencial
e as usinas do Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT).
Na pior das hipóteses -reservatórios com 28% de armazenamento-
, só será possível garantir 95% do abastecimento, com o acionamento
das térmicas a gás e a diesel. (Valor Econômico-09.01.2002)
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8- NE pode sair do racionamento em abril |
O racionamento de energia deve acabar em março nas regiões Sudeste
e Centro-Oeste e em abril no Nordeste. As datas constam de estudos
realizados pelo ONS sobre a previsão de nível de reservatórios.
Os limites mínimos para as usinas serão aprovados na reunião de
hoje GCE, com uma previsão de chuvas bem mais pessimista do que
as que já foram divulgadas pelos institutos especializados. O
ministro José Jorge (Minas e Energia) não confirmou as datas para
o fim do racionamento, mas disse que o governo pode trabalhar
com essa hipótese. ''Estamos trabalhando com a melhor hipótese
para o consumidor e para São Pedro." (Diário de Natal - 09.01.2002)
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9- Consumo nas regiões afetadas pelo racionamento continua
abaixo das metas |
Se o nível dos reservatórios continua se recuperando, por outro
lado, o consumo de energia nas regiões afetadas pelo racionamento
continua abaixo das metas estabelecidas pelo governo. No Sudeste/Centro-Oeste,
no dia 07.01, o consumo foi de 20.579 MW, uma economia de 12,43%
em relação à sua meta, que é de 23,5 mil MW médios. Com meta de
5,4 mil MW, a região Nordeste consumiu 4.681 MW. A redução de
consumo na região registra 13,31%. (Canal Energia - 08.01.2002)
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10- Receita com sobretaxa não é suficiente |
Os consumidores na faixa acima de 225 kWh que economizaram além
da meta estipulada não estão recebendo os bônus pelo desempenho.
O motivo apresentado pelas distribuidoras é o baixo índice na
arrecadação com sobretaxas, resultado do sucesso do plano de racionamento
no país. "No início, o montante arrecadado era suficiente para
atender a este grupo. Atualmente, com o ajuste da população ao
racionamento, não está sendo mais possível realizar o pagamento",
revela Wanderley Aparecido Campos, ouvidor da Eletropaulo. (Canal
Energia - 09.01.2002)
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11- Produção de energia na Bahia subirá mais de 25%
nos próximos três anos |
A
oferta de energia elétrica no estado da Bahia crescerá mais de
25% nos próximos três anos. Atualmente, o estado conta com 7,6
milhões de MW. Nos próximos anos, este número terá um acréscimo
de mais 1,9 milhões de MW provenientes de 17 novos projetos, que
incluem hidrelétricas, termelétricas e usinas eólicas. Os investimentos
totalizarão R$ 2 bi. Destaca-se, dentre os projetos, o da termelétrica
Termobahia, prevista para entrar em operação no final do segundo
semestre gerando, inicialmente, 190 MW. Entre as hidrelétricas,
o destaque é usina de Itapebi, com 450 MW. Até o final de 2002,
a primeira turbina deve começar a funcionar, gerando 150 MW. O
estado conta ainda com três projetos de usinas eólicas, já autorizados
pela Aneel, com uma produção total de 218 MW. (Canal Energia -
09.01.2002)
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12- STF mantém liminar que favorece o Rio |
O presidente do STF, Marco Aurélio Mello, indeferiu no dia 08.01.2002
pedido de reconsideração apresentado pela Advocacia-Geral da União
(AGU) e confirmou julgamento de sua autoria que autorizou o Rio
de Janeiro a reduzir em até 80%, a partir de junho de 2001, as
parcelas destinadas ao pagamento da dívida com a União. Elas variam
de R$ 100 mi a R$ 120 mi por mês. O presidente do STF havia concedido
liminar beneficiando o Rio no dia 03.01.202, como forma de compensar
a queda de arrecadação de ICMS sofrida pelo governo fluminense
em decorrência do racionamento de energia elétrica imposto pelo
governo federal. De acordo com o procurador-geral do Rio de Janeiro,
Francesco Comte, a perda tributária total do estado entre julho
e dezembro de 2001, em decorrência da crise no setor de energia,
foi de R$ 629 mi. Ela seria responsável pelo falta de recursos
para pagar aos servidores públicos e dívidas do Estado. (Gazeta
Mercantil - 09.01.2002)
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13- Rio pede que horário de verão seja estendido |
O Governo do Estado do Rio pediu ao Governo o prolongamento do
horário de verão por mais 14 dias. Também foi solicitado que o
fim do racionamento não seja antecipado. Os pedidos já foram encaminhados
ao ministro Pedro Parente. De acordo com o secretário estadual
de Energia do Rio, Wagner Victer, mais duas semanas de adoção
do horário de verão ajudaria a economizar energia e traria mais
segurança à população. O horário de verão tem previsão de término
em 17 de fevereiro. Segundo afirma o secretário, seria precipitado
terminar com o racionamento antes do fim do período úmido (final
de abril), apesar dos nível dos reservatórios ter melhorado nas
últimas semanas. ''É necessário ter níveis de água mais seguros
nos reservatórios'', disse. (Jornal do Commercio - 09.01.2002)
Índice
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14- Órgão da ONU levanta potencial eólico brasileiro
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O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) está
mapeando o potencial de uso de energia do sol e do vento (eólica)
do Brasil e de outros 12 países em desenvolvimento. O objetivo
é aumentar a consciência sobre a importância do uso de energias
renováveis e a necessidade de projetos locais aproveitando o potencial
energético alternativo. O projeto começou em dezembro de 2000
e está medindo a capacidade eólica de diferentes regiões desses
países. "Nossa intenção é fazer com que os governos e as empresas
desses países comecem a pensar sobre o assunto e fornecer mapas
que os ajudem a criar projetos", afirma Tom Hamlin, que coordena
o projeto do Pnuma. (Estado - 09.01.2002)
Índice
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15- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
Índice
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1- Receita bruta da Cataguazes até novembro soma R$
866 mi |
A receita bruta consolidada das cinco distribuidoras de energia
que compõem o Sistema Cataguazes - Leopoldina entre janeiro e
novembro de 2001 totalizou R$ 866 mi. O montante é 90% maior do
que o registrado no mesmo período de 2000, em decorrência principalmente
da aquisição da Saelpa. Mais uma vez as vendas no MAE ajudaram
a Cataguazes a melhorar seus números. Em novembro passado, as
cinco distribuidoras juntas sofreram uma queda média de 20,3%
no consumo de energia, na comparação com o mesmo mês de 2000.
Em volume físico, a movimentação caiu de 497 GWh para 396 GWh,
o que resultou em receita de R$ 63 mi em novembro (dado restrito
para a venda no mercado próprio da Cataguazes). No acumulado do
ano (de janeiro a novembro), as vendas físicas consolidadas foram
de 4.827 GWh, 44,9% mais do que nos 11 primeiros meses de 2000.
No MAE, apenas em novembro, o Sistema Cataguazes comercializou
36 GWh, o que lhe rendeu embolsos de R$ 19,9 mi. (Gazeta Mercantil
- 08.01.2002)
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2- Bahia prevê investimentos de R$ 2 bi em transmissão |
Além de 17 novos projetos para geração de energia, que incluem
hidrelétricas, termelétricas e usinas eólicas, a Bahia também
ampliará a sua infra-estrutura de transmissão, com a implantação
de quatro novas linhas de transmissão, o que totalizarão 3.890
km de extensão, com investimentos previstos de R$ 2 bi. Segundo
o secretário de Infra-Estrutura do Estado da Bahia, Roberto Moussallem,
estes investimentos garantirão o atendimento de novos projetos
industriais, além de aumentar a oferta de energia para os consumidores
residenciais. Para os projetos de linha de transmissão, o secretário
destaca a implantação do sistema Norte/Nordeste, de 500 KV, ligando
o município de Sobradinho a Presidente Dutra (MA), a partir de
abril de 2003. Além disso, a Aneel prevê a licitação de duas linhas
de transmissão em 2002: Camaçari-Governador Mangabeira e Colinas-Sobradinho.
(Canal Energia - 09.01.2002)
Índice
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3- Joaquim Silva Filipe é confirmado na presidência
da Bandeirante |
O ex-diretor comercial da distribuidora paulista Bandeirante Energia,
Joaquim Silva Filipe, foi confirmado no dia 08.01.2002 no cargo
de diretor presidente da companhia. A substituição de Júlio de
Barros já havia sido anunciada há alguns dias pela empresa, mas
só no dia 08.01 a mudança foi aprovada em reunião do Conselho
Administrativo. Barros assume posição no grupo EDP, controlador
da Bandeirante. Para o lugar de Filipe, na direção comercial,
foi eleito o engenheiro Carlos Alberto Loureiro, que acumula 25
anos de trabalho na portuguesa EDP. (Gazeta Mercantil - 08.01.2002)
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4- Programa da Cemat beneficia mais de 60 mil alunos
de Mato Grosso |
Em 2002, o programa de combate ao desperdício de energia da Rede
Cemat (Centrais Elétricas Matogrossenses) será estendido para
as empresas Celtins (TO) e Celpa (PA), ambas também de propriedade
do Grupo Rede. Em 2001, 144 mil alunos em toda a área de concessão
da Rede Cemat receberam visitas das equipes do Energia na Medida.
Somente no interior de Mato Grosso, mais de 60 mil alunos foram
beneficiados com o projeto. Com investimentos de R$ 207 mil, o
programa foi lançado inicialmente em Cuiabá, com o objetivo de
conscientizar os estudantes sobre o uso racional e eficiente de
energia elétrica. (Canal Energia - 07.01.2002)
Índice
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1- CBEE comprará energia de usinas merchants |
A CBEE, responsável pela contratação da energia emergencial, comprará
também energia das usinas merchants até que o MAE volte a operar.
A empresa pagará pelo MW 90% do preço negociado no MAE. Mário
Miranda, presidente da CBEE, afirmou que já estão assegurados
cerca de 1912 MW dessa fonte, usinas termelétricas movidas a gás
natural e que não têm contratos de fornecimento. A CBEE deve assinar
amanhã os contratos com as usinas móveis -a diesel- que gerarão
energia em caráter emergencial. Serão contratado 2.153 MW de potência,
o que resulta em 1,16 mil MW de energia média em 2002. As usinas
emergenciais funcionarão como espécie de seguro do sistema e só
entrarão em operação se os reservatórios não forem suficientes
para garantir o abastecimento. Novos gráficos de referência traçados
pelo governo para a região Nordeste mostram que, se os reservatórios
chegarem a 48% da capacidade no final de abril, o que é factível,
não será necessário acionar o seguro. (Valor Econômico-09.01.2002)
Índice
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2- Leilão do MAE fecha o primeiro negócio de 2002 |
O leilão de excedentes do MAE fechou no dia 08.01 seu primeiro
negócio em 2002. Ao todo, foram comercializados 1.550 MWh a R$
110 o MWh. Os valores estão muito próximos dos praticados no fim
de 2001. A transação só foi efetivada no dia 08.01 porque, pela
primeira vez em 2002, os vendedores se apresentaram ao leilão.
As propostas de venda somaram 2.050 MWh ao máximo de R$ 110 o
MWh. Já as ofertas de compra tiveram a mesma soma de energia,
de 2.050 MWh, com os preços variando de R$ 95 a R$ 116. (Gazeta
Mercantil - 08.01.2002)
Índice
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1- IPC-RJ recua para 1,19% em dezembro |
A inflação dos cariocas, medida pela Fundação Getúlio Vargas,
recuou para 1,19% em dezembro ante 1,50% registrados no mês anterior.
Com isso, o Índice de Preços ao Consumidor do Rio de Janeiro (IPC-RJ)
fechou 2001 com variação acumulada de 7,96%. Mais pesaram no bolso
dos consumidores os aumentos de preços dos alimentos (1,66%).
As despesas com habitação e transportes também pressionaram o
IPC, com aumento de 1,32% cada grupo. Também ficaram mais caros
cuidar da saúde (0,71%) e se vestir (0,79%). (Gazeta Mercantil
- 08.01.2002)
Índice
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2- Tesouro vende parcialmente títulos de longo prazo |
O Tesouro Nacional fez o primeiro leilão de títulos públicos de
2002 e foi parcialmente atingido pela situação argentina. Por
um lado, conseguiu vender títulos com juros mais baixos porque
os investidores apostam que a taxa básica de juros deve cair.
Mas a expectativa sobre a reabertura do sistema financeiro na
Argentina fez os investidores fugirem dos títulos de longo prazo,
que vencem em 2003. O Tesouro ofertou R$ 3 bi em Letras do Tesouro
Nacional (LTN, prefixados, com rentabilidade definida na venda).
Os títulos foram divididos em dois lotes. No primeiro, foram vendidos
R$ 2 bi de LTN que vencem em 7 de agosto de 2002. Os juros médios
que vão remunerar o investidor ficaram em 19,10% ao ano. O outro
lote era de R$ 1 bi de LTN com prazo de vencimento em 15 meses,
em 2 de abril de 2003. Desse total, foram vendidos apenas R$ 921,95
mi com juros anuais médios de 20,45%. A taxa ficou abaixo dos
22,23% registrados na venda de títulos semelhantes no último leilão,
em 18 de dezembro. (Gazeta Mercantil - 09.01.2002)
Índice
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3- Malan diz que tendência da taxa de juros é declinante |
O ministro da Fazenda, Pedro Malan, disse, em entrevista ao Bom
Dia Brasil, da TV Globo, que a tendência da taxa de juros realmente
é declinante. Entretanto, isso não significa que a queda ocorrerá
já na próxima reunião do Copom, que ocorrerá nos dias 22 e 23
de janeiro, para definir os juros que irão vigorar até fevereiro.
"A trajetória é declinante, não tenho dúvida a esse respeito.
Mas não vou especular sobre o que fará o Banco Central na próxima
reunião do Copom, em duas semanas", disse. (Gazeta Mercantil -
09.01.2002)
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4- Argentina eleva dólar a R$ 2,375 |
A previsão de reabertura das instituições financeiras na Argentina,
depois de 18 dias de feriado bancário, preocupou os investidores
brasileiros. No dia 08.01, a expectativa de que as instituições
voltariam a funcionar trouxe dúvidas aos investidores e atingiu
o mercado financeiro. Diante do cenário de incertezas, os investidores
preferiram comprar dólares, e a procura elevou a moeda em 1,93%
para R$ 2,375, na venda. Esse foi o maior valor registrado desde
14.12.2001, quando estava em R$ 2,377. A Ptax, média das cotações,
ficou em R$ 2,3454, alta de 0,11%. Na BM&F, o contrato de fevereiro
subiu 1,76% para R$ 2,402. (Gazeta Mercantil - 09.01.2002)
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5- Investimento direto foi de US$ 23 bi e bate recorde
em 2001 |
O Brasil recebeu, em 2001, cerca de US$ 23 bi de investimentos
diretos estrangeiros (IDE), segundo confirmou ontem o diretor
de Assuntos Internacionais do Banco Central, Daniel Gleizer. A
notícia representa o maior fluxo de investimentos estrangeiros
diretos no país, sem privatizações importantes, e foi recebida
com entusiasmo pelo mercado. Em 2000, o investimento direto somou
US$ 33,33 bi, segundo o BC. O detalhamento desses investimentos
acontecerá no próximo dia 24, mas já há quem creia na necessidade
de uma revisão nas previsões de entrada de recursos internacionais
no país este ano, estimada em US$ 18 bi. "Foi uma surpresa imensa,
especialmente se observarmos que não houve privatizações importantes
em dezembro, quando o fluxo chegou próximo aos US$ 4 bi, o maior
do ano", disse o economista-chefe do Lloyds TSB no Brasil, Odair
Abate. "Se for confirmado esse fluxo anual, certamente teremos
que refazer as estimativas para 2002". (Valor Econômico-09.01.2002)
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6- Economista do Lloyds acredita que investidores vêem
boas perspectivas para o Brasil em longo prazo |
O economista-chefe do Lloyds TSB, Odair Abate considera que o
alto valor dos investimentos diretos estrangeiros no Brasil em
2001 prova que os investidores estão "olhando" o país com perspectivas
de médio e longo prazo positivas. "Investimentos tão grandes em
um período pós-terrorismo e em meio à crise da Argentina são espetaculares
e mostram também que o período eleitoral não está assustando os
investidores, eles demonstraram que não acreditam em mudanças
radicais", avaliou o economista. Ele também considera que esse
resultado pode refletir uma antecipação de investimentos previstos
para setores privatizados recentemente, como os de telecomunicações
e energia. "Os investidores podem ter percebido uma tendência
de fortalecimento do real e resolveram investir enquanto a taxa
de câmbio ainda deixam o país barato".(Valor Econômico-09.01.2002)
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7- Há quem veja com ceticismo o fluxo investimento
direto de 2001 |
Um economista responsável pelas análises de um banco sediado em
São Paulo viu com ceticismo a divulgação dos investimentos diretos
estrangeiros no Brasil em 2001 em BC e acredita em reclassificação
de outros recursos internalizados como IDE. Para este economista
que preferiu não ser identificado, um investimento expressivo
como o anunciado pelo diretor internacional do BC, Daniel Gleizer
causaria uma queda na taxa de câmbio mais substancial do que a
registrada nas últimas semanas. Alessandro Bassoli, economista-chefe
do HSBC Investment Bank, também considerou o resultado divulgado
"espetacular", mas não acredita em revisão precisa nas perspectivas
para este ano. "O montante de investimentos recebidos no ano passado
mostra que nem o governo nem o mercado encontraram uma metodologia
eficiente para realizar essas previsões", salientou. Bassoli destacou
ainda o fato de o fluxo recorde de dezembro ter acontecido sem
a realização de privatizações. "Isso mostra que os investimentos
foram sustentados em um patamar muito bom". (Valor Econômico-09.01.2002)
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1- El Paso cria unidade para importação de petróleo |
No rastro da abertura do setor de combustíveis, a gigante El Paso
Energy, uma das empresas que mais investiu em energia no Brasil,
acaba de criar uma unidade de negócios de petróleo e combustíveis
totalmente dedicada à importação de derivados para o Brasil. O
encarregado do novo departamento é Murilo Ferreira, ex-chefe do
departamento de comercialização (Decom) da Petrobras, vinculado
à diretoria de abastecimento. A El Paso já vendeu um carregamento
de 31 mil toneladas de nafta para a Copesul, trazido de uma refinaria
própria em Aruba, no Caribe, e tem grandes planos para o segmento
de downstream (transporte e comercialização). (Valor Econômico-09.01.2002)
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2- El Paso quer aproveitar oportunidades trazidas pela
abertura do mercado |
"O objetivo da nossa empresa é aproveitar as oportunidades trazidas
pela abertura do mercado. Em todos os lugares onde existe a desregulamentação,
da cadeia de gás até o elétron, nós vamos estar", explica Roberto
Almeida, vice-presidente de relações institucionais da El Paso,
em relação à ciação de uma unidade para exportação de petróleo.
Segundo ele, o departamento de comercialização de derivados que
está sendo montado por Ferreira poderá vir a se tornar uma empresa,
dependendo do sucesso dos negócios da área. Almeida diz que, em
princípio, a idéia é trazer nafta, gasolina, óleo diesel e combustível
de aviação (QaV) produzidos pela El Paso em Aruba. (Valor Econômico-09.01.2002)
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3- El Paso pode tornar-se misturador |
A El Paso estuda a possibilidade de se tornar
um misturador, agente que, sob autorização da ANP, poderá importar
gasolina A e misturá-la ao álcool antes de revender no país. "O
blending também é um nicho importante nesse mercado, principalmente
no Nordeste", diz Almeida, lembrando que outras companhias já
estão pedindo autorização para importar diesel para aquela região.
O executivo da El Paso explica que agora a companhia está analisando
a possibilidade de adquirir capacidade de armazenamento para esses
combustíveis, o que vai depender de alguns estudos. Almeida diz
que a El Paso "está mais seletiva" depois da crise econômica aprofundada
pelos atentados nos Estados Unidos em setembro do ano passado;
do colapso da sua rival Enron, que derrubou as ações das empresas
de energia nas bolsas; e da falta de solução para o pagamento
da energia emergencial gerada no Brasil. Explica-se: a companhia
investiu US$ 600 mi na construção da termoelétrica Macaé Merchant,
no Rio, que irá gerar 700 MW no final desse mês e 870 MW até julho.
(Valor Econômico-09.01.2002)
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1- Pesificação é única certeza na indústria energética
Argentina |
O desatrelamento das tarifas dos serviços públicos argentinos
em relação ao dólar é hoje a única certeza das empresas de serviços
públicos na Argentina, entre elas as companhias elétricas. "O
decreto que contém as medidas econômicas é o único que define
a "pesificação" das tarifas, embora deixe para definição posterior
ou nem mesmo mencione diretamente muitos aspectos importantes,
como, por exemplo, impostos e taxas para insumos da indústria
energética", disse um analista de uma empresa internacional de
prestígio, que preferiu o anonimato. No entanto, essa certeza
não é muito animadora para as empresas elétricas, já que a pesificação
das tarifas e o fim da convertibilidade em geral trarão impactos
importantes nas finanças das empresas, à medida que as dívidas
existentes estão em dólar, segundo opinião dos analistas consultados.
(Business News Americas-08.01.2002)
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2- Enron continuará negócios de comercialização na
América Latina |
A Enron declarou ontem que continuará os seus negócios de comercialização
de gás e energia na América Latina. A companhia decidiu continuar
com as operações, porque elas acrescem valor aos bens que a Enron
possui na região. Tais bens incluem uma parcela no gasoduto de
6.605 km da argentina Transportadora de Gas del Sur, o maior do
continente sul-americano. Além disso, a Enron possui 50% do segmento
de transportes da companhia estatal boliviana de gás e petróleo,
YPFB e 66% de uma usina movida a gás natural de 480 MW em Cuiabá,
no Mato Grosso. (Platts-08.01.2002)
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3- Centrica pode perder 20% da clientela em decorrência
dos aumentos na tarifa de gás natural |
A
companhia britânica Centrica poderia perder cerca de 2.7 milhões
de clientes por causa da sua decisão, em dezembro último, de aumentar
os preços oferecidos por seu ramo British Gas, que fornece gás
natural, de acordo com uma pesquisa de opinião feita por um grupo
de observadores do consumo de energia. A pesquisa, divulgada pela
BBC ontem à noite, revelou que 20% dos 13,5 milhões de consumidores
de gás natural no Reino Unido (2.7 milhões) se declararam dispostos
a mudar de fornecedor para escapar dos aumentos. A pesquisa também
revelou que 84% dos consumidores de outras companhias jamais mudariam
para a British Gas e que 58% de todos os consumidores de energia
considera a decisão de aumentar os preços equivocada. A Centrica
anunciou em dezembro o aumento de 5,3% das suas tarifas, sendo
seguida pela London Electricity e pela Powergen. As demais fornecedoras
de gás- no total são 14- não realizaram qualquer aumento. (Platts-09.01.2002)
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4- Enron diz ter múltiplas propostas para o leilão
de seus negócios energéticos, a ser realizado amanhã |
Diversas instituições financeiras e companhias, incluindo Citibank,
UBS e BP indicaram um sério interesse em comprar os negócios de
comercialização de energia da Enron, de acordo com as pessoas
envolvidas no leilão desses negócios. Foi requisitado que cada
companhia depositasse US$ 25 mi como garantia de sua oferta por
toda a operação ou parte dela, de acordo com documentos da corte.
Uma porta-voz da Enron não quis comentar o número de companhias
que apresentou propostas ou suas identidades, dizendo somente
que a companhia estava recebendo propostas múltiplas. Um advogado
cujo cliente estará envolvido no leilão disse que outras companhias
podem apresentar propostas, embora o prazo oficial tenha estourado
ontem. O leilão está marcado para amanhã. (New York Times-09.01.2002)
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5- Assessor de Cheney diz que situação financeira da
Enron não foi discutida |
Executivos da Enron se encontraram quatro vezes no último ano
com a equipe da força-tarefa de energia do vice-presidente dos
EUA, Dick Cheney, para discutir questões da política energética,
mas nunca falaram sobre as finanças da companhia, de acordo com
o assessor de Cheney, David Addington. Addington revelou a existência
dos contatos privados com a Enron em uma carta na semana passada,
respondendo a um pedido do Senador Henry Waxman, que está investigando
o caso. Waxman considera que a Enron e outras companhias de energia
tiveram um acesso muito amplo à força-tarefa. Hoje, Waxman enviou
uma carta a Cheney na qual parabenizou-o por revelar alguns detalhes
dos encontros da sua força-tarefa com executivos da Enron, mas
solicitou que o vice-presidente providenciasse um relatório completo
dos contatos entre a Enron e a força-tarefa e outros executivos
da Casa Branca. (New York Times-08.01.2002)
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6- Williams assegura balanço patrimonial com venda
de US$ 1 bi em valores conversíveis |
A Williams tornou-se a mais recente companhia de energia dos EUA
a assegurar seu balanço patrimonial para reviver a confiança no
setor após o colapso da Enron. A companhia sediada em Tulsa, Oklahoma,
vendeu US$ 1 bi em valores que são conversíveis em ações, disse
a companhia, cujos principais investidores são a Merril Lynch
e a Salomon Smith Barney. Os papéis conversíveis carregam um cupom
de 9%. A venda segue a da Calpine, que levantou US$ 1,2 bi depois
de seu downgrade pela Moody´s. As companhias energéticas estão
sendo pressionadas a fortalecer seu balanço patrimonial desde
a quebra da Enron. A Williams foi uma das companhias que anunciaram
que o fariam em dezembro passado, cumprindo agora sua promessa.
(Financial Times-08.01.2002)
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7- Governo da Estônia desiste de vender estatal de
energia à americana NRG |
O governo da Estônia se retirou ontem de um acordo para vender
o produtor monopolista de energia do país para a NRG Energy, sediada
nos EUA. O governo estoniano citou prazos perdidos para garantias
financeiras como a razão para finalizar as conversas em torno
da privatização com a NRG, que teria que pagar US$ 70.5 mi por
uma parcela de 49% nas duas usinas de querosene da Narva Power.
O prazo final de 31 de dezembro passou sem que a NRG e a Eesti
Energija, possuidora da Narva, obtivessem uma aprovação bancária
paa um empréstimo de US$ 240 mi como parte do plano de privatização.
O dinheiro é necessário para trazer as usinas elétricas dos tempos
da União Soviética aos níveis ecológicos demandados pela União
Européia, como parte do planejado acesso da Estônia à união. (Financial
Times-08.01.2002)
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8- Sistema de pagamentos faz com que Electropaz seja
advertida pela Superintendência boliviana |
A empresa boliviana Electropaz recebeu ontem uma advertência da
Superintendência de Eletricidade para regularizar seu trabalho
com o sistema bancário para a cobrança das faturas de luz, já
que um milionário sistema informático que não significa a contento
está sendo motivo de dores de cabeça para os clientes da empresa
Desde o mês passado, se formam filas enormes nos escritórios centrais
da Electropaz em La Paz e El Alto, causando irritação nos usuários
de energia elétrica que querem pagar suas faturas. O novo software
usado para a cobrança das faturas impede que os usuários paguem
através do setor bancário. Isso tem que ser mudado, e além disso
a Electropaz tem que dobrar a capacidade dos caixas que tem em
suas centrais, e para isso tem um prazo de 24 horas, a partir
de hoje, conforme informou ontem o superintendente de Eletricidade,
Alejandro Nowotny. Os escritórios da companhia estão fechados
e reabrem amanhã, com o aumento de capacidade. (La Razón-09.01.2002)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Ana Clara Cruz, Barbara Oliveira, Fernando Fernandes,
Rodrigo Rötzsch
e Silvana Carvalho.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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sobre as empresas do setor
www.eletrobras.gov.br/provedor
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