1- Aneel deve leiloar 6.284 km de linhas em 2002 |
A parcela mais significativa
das obras futuras em transmissão virá dos dois leilões previstos
pela Aneel para 2002. A relação das obras ainda não está integralmente
definida, pois depende da divulgação, pelo Ministério de Minas
e Energia (MME), do Plano Decenal de Expansão do Setor Elétrico,
prevista para abril. A princípio, no entanto, a agência prevê
leiloar um total de 6.284 km de linhas, divididas em 16 projetos
e que exigirão investimentos próximos a R$ 2,8 bi. (Gazeta Mercantil
- 07.01.2002)
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2- Aneel abrirá audiência pública sobre a remuneração
de investimentos em linhas |
Desde 1999, a Aneel realiza leilões de linhas de transmissão,
abertos à iniciativa privada e às empresas públicas. A proposta,
embutida no novo modelo do setor elétrico, é que a transmissão
se transforme em um novo nicho de negócios, em que a rentabilidade
é obtida pelo aluguel da linha, independentemente do volume de
energia transportado. Do ponto de vista financeiro, o vencedor
da licitação seria o grupo ou o consórcio que se dispusesse a
cobrar as menores tarifas. O problema, segundo se comenta no mercado,
é que a rentabilidade prevista pela Aneel, na faixa de 10% a 12%
ao ano, não é suficiente para atrair os investidores. A maior
parte dos participantes dessas licitações pertence à indústria
fornecedora - que complementa a rentabilidade do negócio com o
fornecimento de bens e serviços - ou representa as concessionárias
de eletricidade, que se responsabilizam pela operação. Segundo
Jandir Amorim Nascimento, superintendente da Aneel, em janeiro
a Aneel abrirá audiência pública sobre a remuneração desses investimentos.
O processo, de acordo com as previsões, deverá estar concluído
em março. (Gazeta Mercantil - 07.01.2002)
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3- STJ mantém suspensa privatização da Copel |
O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Paulo Costa
Leite, negou o pedido do Estado do Paraná e manteve a decisão
do Tribunal Regional Federal (TRF), que suspendeu o leilão de
ações da Copel. Com essa decisão, o processo de privatização da
empresa continuará parado até o julgamento das ações em curso
na primeira instância, ou até uma decisão do TRF da 4ª Região
(Porto Alegre/RS). Para Costa Leite, deferir a petição "somente
contribuiria para conturbar ainda mais a moldura jurídica desta
controvérsia". A suspensão do leilão da Copel foi decidida pela
4ª Turma do TRF, durante exame de um agravo de instrumento solicitado
pelo presidente do Fórum Popular, Nelton Friedrich, contra a venda
da Copel. Ele é o autor de ação popular cuja liminar havia sido
negada pela 7ª Vara da Justiça Federal do Paraná. Na decisão pesaram
as várias alegações de vício no processo de privatização, entre
as quais possível fraude nos critérios de avaliação que teria
levado ao subfaturamento total da Copel e à celebração de contratos
lesivos à estatal já na sua fase de privatização. (Gazeta Mercantil
- 04.01.2002)
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4- Agravo regimental pode ser a saída do governo do
Paraná para tentar privatizar a Copel |
A Procuradoria Geral do Estado do Paraná ainda não recebeu a notificação
oficial do Superior Tribunal de Justiça, informando sobre a manutenção
da suspensão do processo de privatização da Copel. A decisão foi
tomada no dia 04.01.2002, pelo presidente do STJ, ministro Paulo
Costa Melo, e confirma a interrupção decidida pelo Tribunal Regional
Federal da 4ª Região. Somente após a procuradora-geral do estado,
Márcia Carla Pereira Ribeiro, receber a decisão, o governo paranaense
se pronunciará oficialmente sobre a confirmação da suspensão.
Entre as alternativas que o governo terá para tentar derrubar
o cancelamento da privatização estão a entrada com um agravo regimental
- que só será avaliado pela corte especial do STJ em fevereiro
- e o pedido de reconsideração da decisão. (Canal Energia - 04.01.2002)
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1- Chuvas melhoram o nível dos reservatórios |
Os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste atingiram
34,21% da sua capacidade no terceiro dia do ano - nível bem acima
do início de dezembro de 2001, quando estava em 23,5%, e maior
do que no fim do mês passado (32,71%). A recuperação se deve às
fortes chuvas nas últimas semanas. Segundo o ONS, nos primeiros
três dias de 2002 o nível das chuvas chegou a 113%, ou seja, 13%
acima da média histórica dos últimos 70 anos. O ONS prevê que
o nível dos reservatórios, tanto no Sudeste/Centro-Oeste quanto
no Nordeste, fique em torno dos 50% até abril, quando termina
o período de chuvas. Esses números deverão ser fixados na reunião
da próxima semana da GCE. (O Globo - 07.01.2002)
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2- Para ONS, ainda é cedo para fazer previsões |
Apesar da recuperação, os técnicos do ONS insistem que é cedo
para fazer previsões para 2002. Para a GCE, a situação no Sudeste/Centro-Oeste
é satisfatória, mas o nível dos reservatórios que abastecem o
Nordeste é muito baixo. Nos três primeiros dias do ano, a energia
armazenada da região foi de 15,85%, contra 14,10% em dezembro.
Porém, os reservatórios estavam em 36,8% em dezembro de 2000.
O ONS registrou queda no consumo de energia nos três primeiros
dias do ano. A redução atingiu 15,87% no Sudeste e Centro-Oeste
(economia 5,9 pontos percentuais acima da verificada em dezembro).
No Nordeste, a redução foi de 16,04%, quase o dobro de dezembro
(8,17%). (O Globo - 07.01.2002)
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3- Reservatórios do Nordeste registram 15,85% de armazenamento
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Os níveis dos reservatórios do Nordeste começam 2002 com boas
expectativas. Isto porque nos primeiros dias do ano, os reservatórios
vêm registrando aumento nos níveis de armazenamento na região.
No dia 3 de janeiro, o volume de energia armazenada subiu 0,60%
em um dia. Atualmente, o nível dos reservatórios na região está
em 15,85%. No Sudeste/Centro-Oeste, a situação é mais tranqüila.
A capacidade de armazenamento na região atinge 34,21%, um aumento
de 0,58% em relação ao dia anterior, dia 2. Já nas regiões Norte
e Sul, os níveis dos reservatórios estão em, respectivamente,
62,92% e 82,57%. (Canal Energia - 04.01.2002)
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4- Consumo de energia continua abaixo da meta global
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O consumo de energia nas regiões Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste
está aumentando devido ao forte calor nestas áreas. Ainda assim,
a demanda continua abaixo da meta global de consumo estabelecida
pelo ONS. No Sudeste/Centro-Oeste, o consumo no dia 03.01.2002
foi de 19.771 MW, uma economia de 15,87% em comparação à sua meta
(23,5 mil MW médios). Já a economia na região Nordeste está em
16,04%. Com meta de consumo de 5,4 mil MW médios, a região consumiu
4.534 MW no dia 03.01.2002. (Canal Energia - 04.01.2002)
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5- Especialistas não acreditam que fornecimento de
energia esteja garantido |
Embora o Governo tenha reduzido as metas de consumo de energia
e as chuvas do final de dezembro e início de janeiro tenham aumentado
bastante o nível dos reservatórios das hidrelétricas, principalmente
nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, especialistas ainda se mostram
apreensivos quanto ao desfecho da crise energética.Entre os que
acreditam que as novas usinas termelétricas e os atuais níveis
dos reservatórios ainda não são suficientes para garantir segurança
ao fornecimento de energia se São Pedro não colaborar, estão o
ex-ministro da Ciência e Tecnologia e ex-integrante do Conselho
Nacional de Política Energética (CNPE), José Goldemberg, o coordenador
do departamento de Planejamento Energético da Coordenação de Programas
em Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio
de Janeiro (Coppe/UFRJ), Maurício Tolmasquim e o diretor do Instituto
Ilumina (ONG que realiza estudos do setor elétrico), Roberto Pereira
D'Araújo. (Jornal do Commercio - 07.01.2002)
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6- Goldemberg é contra redução de metas |
José Goldemberg, coordenador do departamento de Planejamento Energético
da Coppe/UFRJ, professor do Departamento de Eletrotécnica e Energia
da Universidade de São Paulo (USP), pediu demissão do CNPE em
dezembro por não concordar com a atitude da GCE de reduzir as
metas de economia de energia. "Trabalhei na Cesp. Sou do setor
elétrico há muitos anos e nunca vi confiar em reservatórios com
menos de 50% do nível de água - diz Goldemberg. Na quinta-feira,
o nível dos reservatórios nas regiões Sudeste e Centro-Oeste era
de 33,63%. Já no Nordeste o nível era 15,25%. O professor explica
que os níveis dos reservatórios da região Sudeste e Centro-Oeste
estão somente 2 ou 3 pontos percentuais acima dos níveis de igual
período do ano passado e que, se as previsões do Instituto Nacional
de Meteorologia não se confirmarem, o racionamento terá de ser
mais rigoroso novamente. "Prever chuvas para daqui a três meses
é difícil. A margem de erro é grande. O Governo está apostando
nas Previsões do Instituto Nacional de Meteorologia. Há outros
órgãos, como o Instituto de Meteorologia da USP, que não compartilham
dessas previsões" afirma Goldemberg. (Jornal do Commercio - 07.01.2002)
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7- Grande parte da energia adicionada ao SIN ainda
não entrou em operação |
De acordo com os números da Aneel, do início do racionamento até
dezembro de 2001 foram adicionados ao Sistema Integrado Nacional
(SIN) 924,4 MW de capacidade de geração térmica. Entretanto, desse
total, 700 MW seriam das usinas Macaé Merchant (350 MW) e da Eletrobolt
(350 MW), ambas foram inauguradas há mais de dois meses no Estado
do Rio, mas não entraram ainda em operação comercial. As duas
usinas, chamadas de Merchants, foram construídas para vender energia
no mercado spot, mas o MAE, ambiente onde essas negociações deveriam
ocorrer, não funciona plenamente. A El Paso (proprietária da Macaé
Merchant) informou que a usina está operando somente com 88 MW
de capacidade e injetando energia no sistema de Furnas. Entretanto,
a empresa confirmou que o Governo ainda não apresentou uma proposta
concreta para a compra dessa energia. A Eletrobolt, que também
não começou a operar, tem o seu futuro ainda mais incerto por
causa do processo de concordata da Enron, sua controladora. (Jornal
do Commercio - 07.01.2002)
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8- Segundo Goldemberg, mais 4 mil MW seriam necessários
para relaxar metas de racionamento |
Para o professor Goldemberg, seria necessário que a capacidade
de geração térmica do País tivesse aumentado em pelo menos 4 mil
MW em 2001 para que o Governo assumisse as medidas de relaxamento
das metas de racionamento. O professor reclama que o CNPE não
foi consultado antes de o Governo anunciar as medidas e afirmou
que o órgão foi esvaziado após a criação da GCE. Goldemberg acrescenta
que foram alguns membros do CNPE, que agora não são ouvidos, que
impediram o Governo de tomar atitudes precipitadas quando os reservatórios
chegaram a níveis críticos em abril de 2001. "Os mesmos técnicos
que não alertaram o Governo do problema em novembro de 2000, em
abril de 2001, entraram em pânico e quiseram instituir apagões
de até quatro horas diárias", conta. O CNPE foi regulamentado
em junho de 2000 para funcionar como um órgão consultor da Presidência
da República para políticas energéticas, mas com a medida do racionamento,
a GCE passou a centralizar todas as decisões de política energética.
(Jornal do Commercio - 07.01.2002)
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9- Construção de linha Londrina (PR) e Campinas (SP)
pode ser antecipada |
Existem obras que, por serem essenciais ao aumento no intercâmbio
de eletricidade entre as regiões do País, poderão ter o cronograma
antecipado. É o caso, por exemplo, da ligação entre as cidades
de Londrina (PR) e Campinas (SP). A GCE estuda, atualmente, antecipar
o início de operação de 2007 para 2005. "No Sul existem dez usinas
para serem construídas", diz Manoel Zarone, presidente da geradora
Gerasul . "Mas, se não se antecipar a construção de linhas de
transmissão, a região não terá como enviar essa eletricidade para
o Sudeste", completa ele. É bom lembrar que, enquanto o Sudeste
era submetido ao racionamento, o Sul tinha de administrar as sobras
de eletricidade. "Se houvesse linhas de transmissão suficientes,
os lagos das hidrelétricas seriam poupados em 11%", afirma Zarone.
"Talvez o racionamento nem tivesse sido necessário." (Gazeta Mercantil
- 07.01.2002)
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10- STF compensa Rio pelo racionamento |
O Estado do Rio poderá descontar dos pagamentos mensais de sua
dívida com a União o prejuízo de R$ 630 mi provocado pela queda
na arrecadação de ICMS por causa do racionamento de energia, entre
os meses de junho e dezembro de 2001. O presidente do STF, ministro
Marco Aurélio de Mello, concedeu ontem liminar que permite ao
estado pagar apenas 20% do valor de seus compromissos com a União.
Os descontos serão feitos até abater os R$ 630 mi. Por mês, segundo
o governador Anthony Garotinho, o Estado do Rio repassa à União
e às autarquias federais cerca de R$ 100 mi. Deste total, R$ 70
mi são pagos à União. É deste valor que serão abatidos os 80%
para compensar os prejuízos causados pela crise de energia. Segundo
o secretário estadual de Fazenda, Fernando Lopes, caso a União
vença o julgamento do mérito da ação, a diferença será paga no
final do contrato. A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou ontem
com recurso no STF para suspender a decisão. O governo federal
alega que não foi ouvido e que Garotinho agiu de má-fé ao esperar
o recesso do Judiciário para pedir a liminar. (O Globo - 07.01.2002)
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11- RJ deixa de pagar R$ 24 mi ao mês |
O procurador-geral
do Rio, Francesco Comte, disse que a perda tributária total do
estado entre julho e dezembro de 2001, em decorrência da crise
no setor de energia, foi de R$ 629 mi. Ele justificou o valor
dizendo que resulta da soma das quedas registradas mês a mês após
o início do racionamento com a frustração do aumento de arrecadação
esperada no início do ano. Com a decisão, os cofres cariocas desembolsarão
apenas 20% do valor das parcelas da dívida com a União, que variam
entre R$ 100 mi e R$ 120 mi por mês. Os 80% restantes serão descontados
do passivo de R$ 629 mi da União com o Rio de Janeiro. O procurador
afirma que a arrecadação total do estado caiu de R$ 829 mi em
junho para R$ 715 mi em dezembro. Segundo ele, inverteu-se a tendência
de aumento de arrecadação verificada no primeiro semestre. (Gazeta
Mercantil - 07.01.2002)
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12- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Grupo português prevê faturar US$ 100 mi com novas
linhas |
A Aneel prevê licitar em 2002 mais de 6 mil km de linhas de transmissão,
que exigirão investimentos de R$ 2,8 bi. A perspectiva deixa bastante
animados os fornecedores de bens e serviços ao setor. O grupo
português Quintas & Quintas, fabricante de cabos e torres, no
Brasil desde o final de 2000, prevê faturar em 2002 cerca de US$
100 mi, o equivalente à metade das receitas da matriz portuguesa.
"Já iniciamos 2002 com encomendas de US$ 65 mi", diz Mauro Gomes
Baleeiro, vice-presidente da empresa. (Gazeta Mercantil - 07.01.2001)
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2- Investimentos em linhas de transmissão animam Pirelli
Cabos |
A necessidade de tirar o atraso nos investimentos em transmissão
de energia elétrica - exposta pelo racionamento - anima a indústria
de bens de capital por encomenda. Na Pirelli Cabos, as vendas
para as obras de transmissão de energia, que respondem por cerca
de 20% do faturamento bruto, próximo a R$ 1 bi, tendem a crescer
entre 10% e 20% em 2002. Nas demais linhas de produto, como fios
esmaltados ou cabos de uso geral na construção civil, "a evolução
deverá ser proporcional ao crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) do País", diz Jorge Minas Hanmal, diretor de marketing.
(Gazeta Mercantil - 07.01.2002)
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3- Eletronorte contrata serviços de eficientização
para sistema de iluminação pública |
A Eletronorte (Centrais Elétricas do Norte do Brasil) receberá,
até o dia 23 de janeiro, propostas para contratação de empresa
que irá executar serviços de eficientização e expansão do sistema
de iluminação pública dos municípios de Novo Repartimento, Jacundá
e Tucuruí. (Canal Energia - 04.01.2002)
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4- Edital para concurso do Sebrae-RJ será divulgado
nesta segunda-feira |
Será divulgado nesta segunda-feira, dia 7 de janeiro de 2002,
pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do
Rio de Janeiro (Sebrae-RJ) o edital do "Concurso para seleção
de empresas/Unidades de Demonstração no uso eficiente de energia".
O objetivo do concurso é premiar 12 empresas dos setores industrial,
comercial e de serviços. As empresas terão até o dia 8 de fevereiro
para encaminharem o questionário de inscrição. (Canal Energia
- 07.01.2002)
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5- Seesp apresenta relatório revelando deficiências
dos contratos iniciais |
O Sindicato dos Engenheiros de São Paulo (Seesp) já se manifestou
contrário ao acordo entre o governo e as concessionárias - que
resultou no reajuste extraordinário de energia para ressarcir
as perdas financeiras das concessionárias com o racionamento -
apresentando um relatório, elaborado pela Universidade de São
Paulo (USP), que revela as deficiências dos contratos iniciais
entre geradoras e distribuidoras. "O modelo dos contratos de concessão
acabou desequilibrando a compensação financeira entre distribuidoras
e geradoras em situações críticas, como o racionamento", afirma
Carlos Augusto Kirchner, presidente do Seesp. Em sua opinião,
o acordo evidencia os problemas que ainda envolvem os contratos
iniciais. Assim, diz ele, os prejuízos causados pelo racionamento
deveriam ser resolvidos entre as distribuidoras e geradoras, sem
envolver os consumidores finais. "O que se viu com o acordo foi
o resultado de uma administração mal-feita do setor elétrico nacional",
revela o presidente. (Canal Energia - 04.01.2002)
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1- Preços do MAE para região Sul sofrem aumento de
53,42% |
Para a segunda semana de janeiro, os preços do MAE para a região
Sul estão em R$ 64,04, um aumento de 53,42%. Os valores são válidos
para o período que compreende os dias 5 a 11 de janeiro. Na semana
anterior, os preços estavam em R$ 41,74. Nas demais regiões, os
preços são determinados de acordo com a resolução nº 77, da GCE.
Assim, nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Norte, o valor fixado
é de R$ 336,00. Já no Nordeste, o preço é de R$ 562,15. (Canal
Energia - 07.01.2002)
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2- Leilão de energia tem excesso de demanda e falta
de oferta |
Pela segunda vez consecutiva em 2002, o leilão de excedentes energéticos
Asmae/Bovespa não registrou vendedores. Desde a retomada dos pregões,
no dia 02.01.2002, nenhuma proposta de venda foi feita. Ao mesmo
tempo, o excesso de demanda, que no dia 04.01.2002 verificou um
total de 3.500 MWh solicitados, começa a puxar para cima o preço
do MWh. Dos 3.500 MWh em certificados de direito de uso de energia
foram apresentados com valores entre R$ 52 e R$ 130. (Gazeta Mercantil
- 04.01.2002)
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3- Perspectiva do fim do racionamento altera comportamento
nos leilões de excedente |
Com a perspectiva de o governo optar em breve pelo fim do racionamento,
diante do comportamento das chuvas nesta estação, os vendedores
optam pela cautela na comercialização nos leilões de excedentes
energéticos. Alguns podem estar esperando a melhor hora para escoar
seus certificados de energia, aproveitando os últimos momentos
em que há chance de o preço subir. Outros, no entanto, já estão
se antecipando para avaliar novas formas de contratar a sobra
de energia. Neste caso, tratam-se de pequenos produtores, que
podem buscar, desde já, proteção para o insumo ainda não contratado,
em vez de ficar à mercê de um mercado livre. (Gazeta Mercantil
- 04.01.2002)
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4- Redução da atividade industrial faz bolsa de energia
da Firjan cair |
O futuro da bolsa de excedente de energia da Federação das Indústrias
do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) está indefinido. Isto porque,
com a possibilidade de o governo decretar o fim do racionamento
até abril na região Sudeste/Centro-Oeste, a bolsa perderá sua
característica inicial: a de comercialização de excedentes de
energia entre as empresas. "Hoje, os níveis dos reservatórios
na região estão 5% acima do verificado no ano anterior. Acredito
que o governo já poderia, inclusive, anunciar o fim do racionamento
na região", afirma Adilson de Oliveira, coordenador do Grupo da
Crise Energética da entidade. Segundo ele, o bom índice de economia
e a capacidade de geração aumentando na região também contribuem
para finalizar o plano. Além disso, o volume de negócios nas bolsas
de energia tem caído significativamente. O resultado, diz o coordenador,
pode ser atribuído ao bom desempenho das indústrias no cumprimento
das metas de consumo. "A tendência é de que as indústrias se ajustem
cada vez às suas metas de consumo", avalia. Outro fator que também
contribui para o baixo desempenho da bolsa é a sazonalidade das
empresas no início do ano. Com a redução da atividade industrial,
é natural que as empresas recorram cada vez menos às bolsas de
energia. Porém, Adilson de Oliveira diz que o balanço da bolsa
de energia elétrica ainda é positiva. (Canal Energia - 07.01.2002)
Índice
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1- Dólar sobe à espera da Argentina |
O mercado financeiro começa a semana de olho na divulgação do
novo pacote econômico na Argentina, que foi anunciado no final
de semana. No dia 04.01.2002, o preço do dólar comercial subiu
1,57% para R$ 2,33, na venda, com a expectativa sobre as medidas
econômicas. "A desvalorização do peso é certa, mas ninguém quer
ficar sem proteção durante o final de semana e ser surpreendido
por alguma notícia ruim. Por isso os investidores correram para
comprar dólares", disse um diretor de tesouraria de um banco estrangeiro.
A Ptax, média das cotações do dólar comercial apurada pelo Banco
Central, ficou em R$ 2,3101, alta de 0,74%. O contrato de dólar
futuro com liquidação financeira em fevereiro subiu 1,62% e era
negociado a R$ 2,365. (Gazeta Mercantil - 07.01.2001)
Índice
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2- Banco Central tem expectativas favoráveis em relação
à inflação nos próximos meses |
O Banco Central concluiu, na 66ª reunião do COPOM, realizada nos
dias 18 e 19 de dezembro de 2001, que as expectativas dos índices
de inflação para os próximos meses delineiam-se bastante favoráveis.
Vários fatores contribuem nesse sentido como o recente comportamento
da taxa de câmbio, a desaceleração observada nos preços de produtos
agrícolas, como cereais e carnes bovinas, a ausência de pressões
acentuadas dos preços administrados e a perspectiva de queda dos
preços dos combustíveis. Assim, ainda que nos próximos meses estejam
presentes pressões sazonais decorrentes dos reajustes de mensalidades
escolares e aumento nos preços de gás de cozinha e da energia
elétrica, deverão preponderar os fatores acima mencionados, possibilitando
queda nas taxas de inflação. (Banco Central-02.01.2002)
Índice
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3- Curva de juros apresentou maior variabilidade desde
a penúltima reunião do COPOM |
Na última reunião do COPOM, realizada nos dias 18 e 19 de dezembro
do ano passado, o Banco Central declarou que a curva de juros
apresentou uma maior variabilidade desde a penúltima reunião do
COPOM. Após as declarações da diretoria do Banco Central de que
a meta de inflação de 2002 será perseguida com empenho e o anúncio
de leilão de oferta firme de LTN de 16 meses, verificou-se uma
elevação da inclinação da curva, com o spread entre a taxa de
1 ano e a Taxa Selic passando de 186 p.b., no dia 21 de novembro,
para 418 p.b., no dia 29, data do leilão de oferta firme. A percepção
de melhoria da economia doméstica, diante da valorização do real
frente ao dólar, dos resultados favoráveis da balança comercial
e dos anúncios de captações externas, favoreceu a reversão parcial
da inclinação da curva de juros, reduzindo esse spread para 239
p.b., em 14 de dezembro. (Banco Central-02.01.2002)
Índice
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4- Semana terá divulgação de importantes indicadores
econômicos |
Esta semana também terá a divulgação de importantes indicadores
econômicos. Hoje, dia 07.01.2002, sai o índice de produção industrial,
de novembro. Na quarta-feira, dia 09.01.2002, será conhecida a
inflação apurada pelo IGP-M na primeira semana de janeiro. Na
quinta-feira, dia 10.01.2002, sai a inflação medida pelo IGP-DI.
Mas o índice mais importante será conhecido na sexta-feira, dia
11.01.2002, quando será divulgada a inflação medida pelo Índice
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de dezembro. O índice é
utilizado como parâmetro para a meta de inflação no ano, que é
de 3,5% com a variação de dois pontos percentuais. (Gazeta Mercantil
- 07.01.2001)
Índice
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5- Contratos de juros entre fevereiro e junho sobem,
mas permanecem abaixo de 19% |
Na sexta-feira, dia 04.01.2002, as taxas de juros futuros negociadas
na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) subiram, mas todos os
contratos entre fevereiro e junho estão abaixo de 19%, indicando
o corte nos juros básicos. O contrato de fevereiro recuou de 18,94%
para 18,98% ao ano. A taxa de abril foi de 18,76% para 18,93%
ao ano. O contrato de julho saiu de 18,84% para 19,09% ao ano.
O contrato a termo de Depósito Interfinanceiro, que vence em março
e indica a taxa prefixada para o período, ficou em 18,87%. (Gazeta
Mercantil - 07.01.2001)
Índice
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6- Começa a venda de títulos públicos para pessoas
físicas pela internet |
No dia 07.01.2002, começa a venda de títulos públicos para pessoas
físicas pela internet. O governo vai oferecer dois tipos de Letras
do Tesouro Nacional (LTN), quatro de Letras Financeiras do Tesouro
(LFT) e cinco de Notas do Tesouro Nacional série C. Segundo o
secretário-adjunto do Tesouro, Rubens Sardenberg, a compra dos
papéis poderá ser feita 24 horas por dia. O objetivo é incentivar
poupança de longo prazo e dar transparência à dívida pública.
O investimento mínimo será de R$ 200 e o máximo de R$ 200 mil
por mês. As vendas serão semanais e o Tesouro fará recompras às
quartas-feiras. (Gazeta Mercantil - 07.01.2001)
Índice
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1- Petrobras poderá desacelerar térmicas |
A Petrobras aguarda a reunião da GCE, prevista para a próxima
semana, para definir a sua estratégia de expansão no setor de
energia em 2002. O diretor de gás e refino da estatal, Antonio
Luiz de Menezes, disse que a reunião será decisiva para a execução
do planejamento da empresa no setor de energia elétrica e gás
em 2002. De acordo com Menezes, a Petrobras não pretende reduzir
seus investimentos destinados às usinas térmicas. No entanto,
ele admite que a Petrobras poderá rever a velocidade com que vai
desenvolver os projetos, em função da realidade do momento e do
atraso no funcionamento do MAE. A empresa participa de 29 projetos
de termelétricas que garantem a compra de 4,5 mil MW. Ele acredita
que os projetos anunciados serão lucrativos no médio e longo prazo
e que continuarão fazendo parte do plano do governo para o setor
elétrico. "O que precisamos é de uma definição mais clara das
políticas que irão dirigir o setor elétrico, para tocarmos os
nossos investimentos", disse. (Gazeta Mercantil - 07.01.2002)
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2- Petrobras próxima de comprar participações na Ceg
e Ceg-Rio |
Mesmo sem revelar valores, ainda não totalmente contabilizados,
o diretor de gás e refino da Petrobras, Antonio Luiz de Menezes,
adiantou que a área de gás da estatal fechou o ano de 2001 com
resultados superiores aos do ano anterior. Um exemplo do interesse
pela área é a negociação para a aquisição de participações da
norte-americana Enron na Ceg e Ceg-Rio, distribuidoras de gás
natural no Estado do Rio. Segundo Menezes, a Petrobras está finalizando
a compra nos próximos dias. Técnicos da Petrobras estão, desde
a semana passada, nos Estados Unidos, para fechar o negócio. "O
que falta para fechar o negócio é o aval da justiça americana.
Precisamos saber para quem vamos entregar o cheque", disse Menezes.
O negócio está encaminhado desde abril de 2001, pelo valor de
US$ 240 mi. (Gazeta Mercantil - 07.01.2002)
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3- Apesar da crise, Petrobras cogita novos investimentos
na Argentina |
A crise argentina preocupa a Petrobras,
mas, como já era esperada, não deverá trazer maiores conseqüências
para a estatal brasileira, que tem ativos estimados em cerca de
US$ 900 mi no país vizinho após adquirir em dezembro a rede de
postos Eg3, da Repsol YPF. Atualmente está na Argentina o maior
volume de investimentos da Petrobras fora do Brasil. Em segundo
lugar vem a Bolívia. Os dois países são considerados prioritários.
O diretor da área internacional da Petrobras, Jorge Camargo, não
descarta, inclusive, a possibilidade de a estatal fazer novas
aquisições por lá. Mas tudo ainda está em fase de planejamento.
"Queremos crescer na Argentina e para isso vamos aproveitar as
oportunidades que surgirem. Nesse primeiro momento, estamos buscando
oportunidades para redução de custos, sinergias de logística e
oportunidades de agregação de valor." (Valor Econômico-07.01.2002)
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4- Segundo diretor da Petrobras, acordo com a Repsol
YPF envolve proteções de ambas as partes |
O diretor internacional da Petrobras, Jorge Camargo, não nega
que esteja preocupado com a Argentina, mas frisa que a preocupação
"não é com o negócio" que foi feito. Explica que o acordo da Petrobras
com a Repsol YPF envolve mecanismos de proteção de ambas as partes,
incluindo proteção contra o que está acontecendo hoje, explicou
Camargo. É difícil prever o que vai acontecer na Argentina em
2002, diz ele. Admite que a diminuição do ritmo econômico "afeta
o negócio". Mas diz que como a Petrobras tem planos de longo prazo,
e a previsão é que a "situação irá se reverter". Ele afirma que
o plano estratégico da área internacional da Petrobras prevê o
aumento da participação no mercado de distribuição argentino,
passando do 4º lugar entre as distribuidoras, com cerca de 11%
do mercado, para 20%. E se o plano é crescer, diz Camargo, questões
envolvendo a proibição de remeter lucros para o exterior - conforme
determinava o último pacote do ex-ministro Domingo Cavallo - não
são um problema. (Valor Econômico-07.01.2002)
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5- Acordo da Petrobras com a Repsol YPF demorou para
sair para garantir proteções |
O diretor internacional da Petrobras, Jorge Camargo, explica que
o contrato da Petrobras e Repsol YPF demorou para ser concluído
porque existiam dois tipos de complexidades: a troca de ativos
em si, e o fato dessas posições serem consideradas como estratégicas,
muito mais do que econômicas. Ele inclui vários mecanismos de
proteção prevendo diversos cenários no curto, médio e longo prazos,
como diz Camargo, sem detalhar as regras, que estão protegidas
por sigilo. Antes de adquirir os cerca de 700 postos de combustíveis
da rede Eg3 e da refinaria Baía Blanca, a Petrobras tinha participação
na exploração das reservas de gás do campo de Aguaragüe, em sociedade
com a Tecpetrol e a Repsol, além de vários blocos na bacia Neuquém.
Adicionalmente, a estatal tem 34% da empresa Mega, em sociedade
com a Dow Chemical e a Repsol. A Mega produz gás em Neuquém, que
é transportado para a região de Baía Blanca, onde é processado
e fracionado. Os componentes usados na petroquímica ficam com
a Dow. A Petrobras fica com o GLP (gás de cozinha) que é exportado
para o Brasil. (Valor Econômico-07.01.2002)
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6- Gros fará sua primeira viagem à frente da Petrobras
à Bolívia |
O novo presidente da Petrobras, Francisco Gros fará à Bolívia,
sua primeira viagem internacional após assumir a presidência da
empresa. Gros deve viajar no final de janeiro ou início de fevereiro,
onde vai inaugurar junto com o presidente Jorge Quiroga a segunda
fase da planta de produção de gás no campo de San Alberto e as
obras do gasoduto Yacuíba-Rio Grande (Gasyrg), onde a Petrobras
vai investir US$ 300 mi neste ano. "Entre as prioridades da área
internacional em 2002 estão a gestão dos nossos negócios na Argentina,
que pelo tamanho terão que ter uma gestão muito cuidadosa; os
investimentos na Bolívia e no Golfo do México, onde temos muito
para crescer e pretendemos fazer uma grande aquisição, se ela
aparecer." (Valor Econômico-07.01.2002)
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7- TermoBahia e TermoCeará assinam contrato para usar
sistema de transmissão |
TermoBahia e TermoCeará, duas das térmicas do PPT (Programa Prioritário
de Termeletricidade) que devem entrar em operação ainda este ano,
já garantiram o acesso ao sistema de transmissão de energia elétrica.
Os contratos foram assinados nesta sexta-feira, dia 4 de janeiro,
pelo presidente do ONS, Mário Santos. As térmicas agregarão um
total de 387 MW ao sistema interligado, sendo 187 MW da TermoBahia
e 200 MW da TermoCeará, através das subestações da Chesf. Está
prevista ainda a expansão da capacidade das duas usinas, em 2004,
em mais 255 MW, na TermoBahia, e 70 MW, na TermoCeará. (Canal
Energia - 07.01.2002)
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8- Licença ambiental atrasa instalação de térmicas
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A demora na concessão de licenças ambientais tem sido responsável
pelo atraso na instalação de 43% das usinas termoelétricas autorizadas
pela Aneel, o que totaliza 29 unidades com capacidade de geração
de 10.295,8 MW. Deste total, 19 ainda aguardam a obtenção da licença
ambiental para início da construção. Esses processos, porém, poderão
levar meses ou até anos para serem liberados pelos órgãos estaduais.
Isso porque, além da resistência de ambientalistas, que paralisam
os estudos com ordens judiciais, os técnicos das secretarias de
meio ambiente ainda não estão totalmente familiarizados com esta
nova fonte de energia. Por outro lado, é preciso levar em conta
que são projetos complexos, portanto, exigem mais cuidado para
não afetar o meio ambiente. (Estado - 07.01.2002)
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9- Aneel deverá assinar mais convênios para agilizar
licenças |
O atraso na concessão de licenças ambientais tem dado certa dor
de cabeça ao governo que conta com a expansão do setor para eliminar
definitivamente a escassez de energia nos próximos três anos.
Exemplo disso, é a iniciativa tomada pela Aneel para tornar mais
ágil a concessão das licenças. Trata-se de um convênio que a agência
vem assinando com os órgãos estaduais de meio ambiente para melhorar
o sistema de análise. Segundo o superintendente de Fiscalização
dos Serviços de Geração da Aneel, Cristiano Amaral, 6 acordos
já foram assinados e outros 4 deverão ser fechados em breve. Entre
os Estados que aderiram ao convênio estão Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul, Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina, além do Ibama.
A expectativa é que São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro
e Minas Gerais - áreas com maior dificuldade na concessão de licenças
- também fechem o acordo no início deste ano. (Estado - 07.01.2002)
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10- Programa de convênios prevê investimentos de
R$ 12,4 mi |
O programa de convênio prevê investimentos da ordem de R$ 12,4
milhões, sendo R$ 8 milhões do orçamento da Aneel e R$ 4,5 milhões
dos órgãos ambientais. A intenção, explica o superintendente
de Fiscalização dos Serviços de Geração da Aneel, Cristiano
Amaral, é amenizar as principais carências dos departamentos
de análise e concessão de licenças ambientais. "Com os recursos
disponíveis, eles poderão incrementar sua infra-estrutura dando
mais rapidez na aprovação dos pedidos", argumenta. Além disso,
a Aneel pretende ter maior poder de fiscalização dos projetos
de construção das usinas. Um dos principais benefícios do convênio
é que os profissionais dos órgãos ambientais passarão a ter
assessoria técnica para avaliar os projetos. "Existe todo um
ritual que precisa ser seguido para que o projeto não sofra
qualquer tipo de intervenção jurídica", explica Amaral. Em São
Paulo, embora a secretaria ainda não tenha assinado o convênio,
existe uma boa expectativa em relação ao programa. O assistente
executivo do Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental
(DAIA) de São Paulo, Marcos Mattiusso, explica que a consultoria
servirá para dar embasamento nas análises. (Estado - 07.01.2002)
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11- São Paulo é o Estado que impõe mais dificuldade
nas licenças |
São Paulo é considerado o Estado que mais impõe dificuldade
na concessão das licenças. Das 29 usinas atrasadas, 9 estão
no Estado. A justificativa do assistente executivo do Departamento
de Avaliação de Impacto Ambiental (DAIA) de São Paulo, Marcos
Mattiusso, é que os projetos estão localizados em áreas já saturadas,
como Paulínea e Cubatão, por exemplo. Isso acaba dificultando
o estudo, pois trata-se de mais uma fonte de poluição agregada
à qualidade do ar desses locais. "Os empreendedores querem ficar
próximos de seus potenciais consumidores", diz. Outro problema
que sempre causa discussão entre os ambientalistas e até mesmo
entre a população é a utilização da água para refrigeração do
vapor. O temor é que o bombeamento de água dos lagos ou rios
cause deficiência no abastecimento de água para a população.
Esse foi um dos principais motivos que obrigaram a Intergem
a alterar o projeto de construção de Carioba 2. "Não analisamos
apenas um município, mas toda a área que tem influência indireta",
explicou Mattiusso. No caso de Carioba 2, argumenta, o uso da
água em excesso poderia impactar também o fornecimento de água
para a cidade de Campinas. Para tentar apressar os licenciamentos
dos projetos de grande porte, a secretaria de meio ambiente
de São Paulo eliminou uma etapa do processo, que é o relatório
preliminar para início dos estudos. Agora, os empreendedores
partem direto para o Estudo de Impacto Ambiental (Eia-Rima).
"Alguns projetos não necessitam passar por essa etapa", afirma
Amaral. (Estado - 07.01.2002)
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1- Elétricas argentinas pedem "seguro de câmbio" para
compensar mudança nas tarifas |
As companhias de energia que atuam na Argentina já começaram as
negociações com o governo local para rever os contratos de concessão.
Elas pedem um "seguro de câmbio" que lhes permita cumprir seus
compromissos em dólar, agora que tiveram suas tarifas congeladas
em peso pelo governo argentino. As concessionárias argentinas
exigem que seja implantado um mecanismo especial que lhes permita
obter, ainda pela paridade cambial, receita em peso suficiente
para cancelar os débitos feitos em dólares. O projeto de lei que
acaba com o regime de convertibilidade foi aprovado ontem pelo
Congresso argentino e põe fim à dolarização das tarifas de serviços
públicos e acaba com a indexação desses preços à inflação dos
Estados Unidos. Mas ele também dá amplos poderes ao governo para
definir regras para a reestruturação das dívidas em dólares. É
isso que as elétricas pleiteiam. (Valor Econômico-07.01.2002)
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2- Elétricas argentinas ameaçam entrar na Justiça para
garantir seguro de câmbio |
Caso o governo argentino não ceda às pressões das elétricas para
criação de um seguro de câmbio, as principais empresas ameaçam
ir à Justiça para obter novas regras, mais favoráveis. Elas têm
a seu favor, segundo analistas, cláusulas dos contratos de concessão
que impõem a renegociação e formas de compensação no caso do fim
da paridade de um peso para um dólar. "Se está no contrato, elas
possuem um forte argumento", disse um consultor. As duas maiores
distribuidoras elétricas argentinas em faturamento e número de
clientes, a Edenor e a Edesur - controladas, respectivamente,
pela francesa EDF e pela espanhola Endesa - , já teriam começado
a negociar as novas regras por meio da Asociación de Empresas
de Servicios Públicos (Adespa). A americana AES, que no país vizinho
controla a terceira maior distribuidora em número de clientes,
a Edelap, também estaria prestes a renegociar novos mecanismos
para assegurar o seu equilíbrio econômico e financeiro. (Valor
Econômico-07.01.2002)
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3- Cresce a disputa na petroquímica sul-americana |
A
desvalorização do peso vai acirrar a disputa na indústria petroquímica
do Mercosul. Com o fim da paridade cambial e um aprofundamento
da crise na Argentina pelo menos nos próximos meses, as empresas
brasileiras e argentinas desse setor buscarão colocar o excedente
de sua produção em outros mercados. "A desvalorização cambial
não traz ganhos competitivos para a petroquímica, porque este
é um setor cujos preços estão atrelados ao dólar. Mas, indiretamente,
o fim da paridade poderá ampliar a crise no país no início, o
que deverá impulsionar as companhias a colocarem o excedente em
outros mercados. E mais produtos pode significar uma queda de
preço", diz Gilberto Pereira de Souza, analista da Itaú Corretora.
(Valor Econômico-07.01.2002)
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4- Companhias argentinas acreditam que fim da paridade
impulsionará exportações |
Apesar do quadro de crise na Argentina, companhias como a belga
Solvay Indupa e a argentina Perez Companc - todas com atividades
no país - acreditam que o fim da paridade cambial na Argentina
impulsionará as vendas para o exterior. "A desvalorização do peso
ajudará as exportações do setor petroquímico argentino", diz Raúl
Bustamante, diretor-geral da belga Solvay Indupa para América
do Sul, que mantém uma fábrica de 210 mil toneladas de policloreto
de vinila (PVC) na Argentina. Além de uma unidade de 240 mil toneladas
no Brasil. De olho nessa possibilidade e também prevendo uma queda
nas vendas de poliestireno na Argentina durante o primeiro trimestre
deste ano, a Perez Companc afirma que uma das estratégias é aumentar
as exportações desse produto. Isso vai gerar mais receita em dólar,
com impacto positivo sobre o faturamento do conglomerado, que
foi de US$ 1,55 bilhão em 2000. "Essa previsão de queda inicial
na demanda e os problemas de crédito com alguns clientes na Argentina
incentivam as exportações", diz Marcelo Bianchi, diretor comercial
da Innova, empresa controlada pela Perez Companc. Essa crise não
afeta os negócios da Innova. (Valor Econômico-07.01.2002)
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5- Dynegy assume duto da Enron |
A Enron, que iniciou o maior processo de concordata da História
dos Estados Unidos, no mês passado, concordou em ceder o controle
de um duto de US$ 2,7 bi para a Dynegy, concorrente que, em novembro,
desistiu da aquisição do controle acionário da comercializadora
de energia. A Dynegy pagará US$ 23 mi e assume ainda neste mês
a administração do duto Northern Natural Gas, uma ligação de 26,5
mil km do Texas até a região dos Grandes Lagos .Apesar do negócio,
a Enron continuará com sua ação judicial de US$ 10 bi contra a
Dynegy, por esta ter abandonado sua proposta de aquisição de US$
23 bilhões.. Em novembro, a Dynegy repassou capital à Enron para
continuar as operações sob o acordo de fusão. Pelo investimento,
a Dynegy recebeu ações preferenciais de uma empresa nova que controla
o duto - que pode transportar 121,7 milhões de metros cúbicos
de gás natural por dia, ou 8% da produção dos EUA, e é uma importante
ligação com o Texas e com os campos do Golfo do México. (Gazeta
Mercantil-07.01.2002)
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6- Primeiro tubo do Gasyrg chega à Bolívia no dia 20 |
O primeiro tubo para o Gasoduto Yacuíba-Rio Grande (Gasyrg), na
Bolívia, chegará no dia 20 de janeiro, mas os trabalhos de preparação
para o duto já começaram no último dia 31 de dezembro, conforme
informou a Transierra, proprietária da linha de transporte de
gás. A tubulação de 82 centímetros de diâmetro é fornecida pela
Confab-Marubeni, um consórcio nipo-brasileiro, o mesmo que forneceu
os tubos para o gasoduto binacional entre Brasil e Bolívia. Os
tubos ingressarão por Puerto Suárez. A construção do gasoduto
de 432 km de extensão está a cargo de dois consórcios, o norte-americano
Harbert-Wilbross e o argentino-brasileiro-boliviano Contreras-Conduto-Bolinter.
(Los Tiempos-07.01.2002)
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7- Encerra-se hoje o prazo para propostas para controle
de negócios energéticos da Enron |
É provável que ao menos três companhias apresentem propostas para
assumir o controle dos negócios de energia da Enron até o fim
do prazo que se encerra hoje, de acordo com os conselheiros da
companhia. É provável que o Citigroup, um dos maiores credores
da Enron, faça uma proposta. Até o fim da semana não ficará claro
se todos os potenciais compradores submeteram ofertas, mas se
o leilão obtiver sucesso, aumentará a confiança da maioria dos
credores da Enron. Por outro lado, qualquer atraso no fechamento
de um acordo pode prejudicar as chances da Enron reviver seus
negócios de comercialização e reestruturar o resto da companhia.
Conselheiros da Enron disseram ontem que todos os compradores
potenciais da parcela majoritária da joint-venture a serem formada
dispõem de credibilidade suficiente para restaurar a confiança
dos investidores da firma. (Financial Times-07.01.2002)
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8- Filial da Enron ganha permissão para rescindir 700
contratos de fornecimento de energia |
A Enron Energy Services, EES, filial da Enron, ganhou aprovação
da corte de falências norte-americana para rescindir quase 700
contratos para fornecer energia e gás que a filial alegou serem
"um fardo para o Estado". Os acordos de fornecimento representam
cerca de 1.200 contas, de acordo com Melani Gray, a advogada que
cuidou do caso pela EES. Gray disse que o juiz Arthur Gonzalez
aprovou a moção instaurada no dia 21 de dezembro, mas que ainda
não a havia assinado. A rescisão afetará acordos com companhias
como a TXU Energy Services e a United Airlines. Além desses, a
EES ainda tem cerca de 25.00 contratos adicionais para fornecer
energia e gás a pequenos negócios e entidades governamentais pelos
Estados Unidos afora. Tais contatos serão avaliados para ver quais
são valorosos para o estado e quais são danosos. (Platts.com-04.01.2002)
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9- 2002 será o ano das energias renováveis no Reino
Unido, segundo ministro da Energia |
O ministro de energia do Reino Unido, Brian Wilson, previu que
2002 vai ser o ano das energias renováveis, no qual o potencial
da energia gerada de fontes ecológicas vai ser finalmente reconhecido
na Grã-Bretanha. Wilson disse que o acordo de renováveis do governo
britânico, que entra em vigor no dia primeiro de abril, vai transformar
o mercado da energia alternativa. O acordo obriga às companhias
elétricas a adquirirem uma proporção de energia de fontes renováveis
a um preço especial. O governo britânico comprometeu a fazer que
essa proporção chegue a 10% até 2010. Wilson disse que uma parte
substancial do fundo arrecadado pelo governo será dedicado neste
ano à instalação das primeiras usinas éolicas e aproveitadoras
de restos da colheita- as duas áreas de maior crescimento potencial.
Wilson disse que essa é a oportunidade para projetos potencialmente
viáveis ganharem o apoio do qual necessitam, para que se averigüe
quais têm futuros realmente viáveis no Reino Unido. (Platts.com-07.01.2002)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
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