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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 790 - 21 de dezembro de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Acionista da Eletrobrás terá ações de Furnas

Os acionistas minoritários da Eletrobrás receberão ações de Furnas, quando esta estatal deixar de ser subsidiária em geração da Eletrobrás. A informação é do ministro das Minas e Energia José Jorge, ao comentar as decisões do dia 19.12 divulgadas pelo Conselho Nacional de Desestatização (CND). José Jorge informou que 70% das ações da Eletrobrás pertencem ao governo, sendo os 30% restantes referentes aos acionistas minoritários. Com a retirada de Furnas do âmbito do controle da estatal, para compensar a perda de força das ações da Eletrobrás e não prejudicar os minoritários que detêem ações da estatal, a eles serão oferecidas ações de Furnas. (Gazeta Mercantil - 20.12.2001)

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2- Analistas acreditam que pulverização acionária não deve acarretar venda de Furnas

Apesar de no aspecto financeiro-contábil preparar uma hipotética privatização de Furnas Centrais Elétricas, o modelo de cisão proposto pelo relatório de Reestruturação do Setor da GCE não deve suscitar efetivamente na desestatização da geradora federal. Essa é a opinião do analista de Energia Elétrica da Unibanco Corretora, Sérgio Tamashiro. Segundo ele, a pulverização das ações da empresa deve seguir um modelo idêntico ao aplicado na Petrobras, onde a empresa teve parte de suas ações colocadas no mercado, mas continuou sob o controle do governo. A separação das atividades de geração e transmissão, no entanto, facilita a avaliação da empresa, além de atrair investidores para um possível processo de privatização. "Se for tocado, o processo de venda disponibilizará determinados ativos, específicos ao interesse do investidor, o que acaba segmentando clientes e mercado. A experiência da Copel com certeza influiu", afirma o analista, citando o fracasso na privatização da concessionária do Paraná. Na ocasião, os consórcios alegaram, entre outras razões para a desistência da disputa, o desinteresse pela aquisição de todas as áreas da empresa. (Canal Energia - 21.12.2001)

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3- Governo estuda aumentar parcela do FGTS que poderá ser usada na compra de ações de Furnas

O governo estuda aumentar a parcela do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) que os trabalhadores poderão usar na compra das ações de Furnas Geração, estatal que surgirá da divisão de Furnas entre geração e transmissão. A proposta considerada é aumentar o percentual de 50% - patamar permitido para a compra de ações da Petrobras com o dinheiro do fundo, em 2000 - para 60%. As ações de Furnas Geração que excedem o controle do governo serão oferecidas ao público, doméstico e internacional, em 2002, após a conclusão de um complexo processo de reestruturação societária das empresas estatais elétricas. (Jornal do Brasil - 21.12.2001)

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4- Novas regras da geração serão definidas até maio

O Governo Federal e as empresas de geração ligadas à Eletrobrás têm até o dia 31 de maio de 2002 para apresentar suas propostas de reestruturação dentro do processo de revitalização do modelo energético. As propostas serão o primeiro passo para a cisão dessas empresas, visando um futuro processo de privatização que só deverá acontecer depois de 2002. (Jornal do Commercio - PE - 21.12.2001)

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5- MAE é próximo problema a ser resolvido pela GCE

Depois de anunciar o mega-acordo com o setor elétrico o ministro da Casa Civil, Pedro Parente, garante que o próximo problema a ser resolvido pela GCE é o MAE. "Nós vamos nos debruçar sobre o MAE na próxima reunião para discutir a revitalização do setor", disse, acrescentando que ela está marcada para a segunda semana de janeiro. Parente está convicto de que o MAE tem um sério problema de governança corporativa e garante que esse mercado será "destravado", mas prefere não fazer previsões de prazo. As faturas de compra e venda de energia não são liquidadas no MAE desde agosto do ano passado. (Valor Econômico-21.12.2001)

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6- Tesouro dá empréstimo para setor de energia

O acordo fechado entre governo, distribuidoras e geradoras de energia, para repor as perdas dessas empresas com o racionamento, prevê financiamento casado que deve custar IGP-M mais taxa anual em torno de 10%. Esse custo já está embutido nos cálculos do aumento de 2,9% da tarifa de energia para o consumidor. Os recursos para o financiamento vão sair do Tesouro Nacional, que os repassará para o BNDES, encarregado dos contratos com o setor. (Gazeta Mercantil - 21.12.2001)

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7- Governo ainda está estudando como repassará financiamento ao BNDES

Pedro Parente explicou que o Governo ainda estuda a forma como o Tesouro vai repassar para o BNDES o financiamento referente a 90% dos R$ 7,3 bi que as empresas vão receber, dos quais R$ 2,7 bi previstos para as geradoras e R$ 4,6 bi para as distribuidoras. O presidente do BNDES, Francisco Gros, explicou que as contas apresentadas serão auditadas antes que o banco dê o financiamento, que virá junto com um aumento de 2,9% nas contas de luz por um período médio de três anos. Gros e Parente explicaram que ainda não estão definidas as condições gerais do empréstimo, que não sairá do caixa do BNDES, apesar de o risco ser do banco. Uma possibilidade, disse Parente, é que o Tesouro faça uma recompra antecipada de parte de seus títulos que estão na carteira do banco, mas outra possibilidade é que se vá a mercado. O ministro da Casa Civil adiantou ainda que o Governo está pensando em usar parte da receita da Aneel com a concessão de licenças. Desse modo, os consumidores não terão que arcar com um aumento adicional de 2% em sua conta de luz para pagar pela energia emergencial, além dos 2,9% já definidos para repor as perdas das empresas do setor. (Valor Econômico-21.12.2001)

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8- Fiesp quer explicação sobre subsídios à tarifa

A diretora do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Clarice Messer, observou no dia 20.12 que a elevação em 7,9% da tarifa de energia para uso da indústria sob o argumento de que isso representará uma redução dos subsídios ao setor leva a duas questões "absolutamente relevantes e ainda não-respondidas": de quanto será essa redução e em quanto tempo vai ocorrer. "Precisamos saber de quanto será essa redução de subsídios e em quanto tempo irá ocorrer para que possamos nos planejar para esse ajuste. Estamos sem horizonte e precisamos ter um para que tenhamos perspectivas mais definidas", afirmou. (Gazeta Mercantil - 20.12.2001)

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9- Fiesp considera reajuste injusto mas não vai à Justiça

Na opinião do diretor de Infra-estrutura da Fiesp, Pio Gavazzi, o aumento tarifário diferenciado para indústria é injusto. "Além de termos prejuízos com a redução de produção, ainda teremos de recompor perdas de terceiros." Mas, mesmo com a indignação, a entidade não deverá contestar judicialmente a decisão do governo. Gavazzi explica, no entanto, que a partir de agora a Fiesp vai se engajar mais na reestruturação tarifária, que prevê o fim do subsídio cruzado. Ou seja, diminuir a diferença entre o valor das tarifas para as diferentes classes de consumo. (Estado - 21.12.2001)

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10- Aneel lança guia para investidores em PCHs

Cooperativas rurais, fundos de investimentos, pequenas, médias e grandes empresas, proprietários rurais e outros profissionais com disponibilidade de capital para a realização de investimentos serão o público-alvo do Guia para o Empreendedor de Pequenas Centrais Hidrelétricas que a Aneel começará a distribuir, no início de janeiro, em todo o Brasil. O documento, em CD-ROM, explica de forma simplificada todos os passos que devem ser seguidos pelos interessados na construção e na exploração de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), que são as usinas de pequeno porte, com capacidade instalada de até 30 MW e reservatório com área igual ou inferior a 3 km. O conteúdo do CD-ROM inclui também a legislação e a regulamentação da Aneel para as PCHs. (Aneel - 20.12.2001)

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11- Programa de incentivos às PCHs não deu certo

O programa de incentivos às PCHs, lançado com pompa pelo governo no começo do ano, não deslanchou. O governo bem que tentou atrair o interesse dos empresários. Dentre os benefícios oferecidos, a garantia de compra, pela Eletrobrás, da energia produzida e o financiamento de até 80% dos projetos via BNDES. Mas o programa emperrou por conta das licenças ambientais, que também prometiam ser mais ágeis. A expectativa era de uma adesão de pelo menos 60 empreendimentos que totalizariam 400 MW no primeiro ano, mas apenas dez projetos totalizando 100 MW deram entrada no programa. Uma PCH tem capacidade de produção de até 30 MW e o seu reservatório pode ter área igual ou inferior a 3 km. "É um tamanho muito menor que o de uma hidrelétrica de grande porte. Mas a burocracia é a mesma ", disse o presidente da Brascan Energética, Antônio Carlos Novaes. (Valor Econômico-21.12.2001)

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12- Conama não tem cumprido prazos determinados pela GCE

Para agilizar o processo de licenciamento das PCHs, a GCE determinou ao Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) que cada etapa do licenciamento dure no máximo dois meses de análise, contados a partir da entrega da documentação. São três as etapas de licenciamento: primeiro se obtém a licença prévia; depois a licença de implantação e, por último, a licença de operação. Esses prazos, no entanto, não têm sido cumpridos, segundo os investidores. Isso porque o Conama, órgão federal, não consegue controlar com eficácia as secretarias estaduais de meio ambiente, que são as responsáveis pelo licenciamento e têm certa autonomia. (Valor Econômico-21.12.2001)

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13- Aneel firma convênio com órgãos ambientais para agilizar emissão de licenças

Um convênio assinado entre a Aneel, o Ibama e seis órgãos estaduais ambientais promete agilizar a análise e a emissão de licenças ambientais para instalação de usina geradoras e linhas de transmissão de energia elétrica. O convênio prevê a aplicação de R$ 13 mi para os órgão ambientais, que manterão equipes técnicas especializadas e equipamentos para acelerar os processos, que, segundos os empreendedores de projetos do setor, é um dos principais entraves do cumprimento do cronograma das obras. O convênio também incluirá a variável ambiental na fase de estudo de inventário das bacias hidrológicas. A participação dos órgãos ambientais se dá, basicamente, na emissão de três licenças ambientais, emitidas em diferentes fases: a LP (Licença de Projeto), emitida na aprovação do projeto; a LI (Licença de Instalação), necessária para o início das obras; e a LO (Licença de Operação), emitida entre o final da obra e o início das suas operações. (Canal Energia - 20.12.2001)

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14- Aneel adia data de audiência para aprovar contrato de adesão

A Aneel adiou para o dia 13 de março de 2002 audiência pública que realizará, simultaneamente, em vários estados, e cujo objetivo é obter subsídios e informações adicionais para aprovação do modelo de Contrato de Adesão, destinado a regular as relações de fornecimento de energia elétrica entre a concessionária e o consumidor do grupo B (baixa tensão). Além disso, a agência reguladora decidiu acrescentar Pernambuco à relação de estados onde acontecerão os debates. As audiências públicas estavam marcadas amteriormente para o dia 27 de fevereiro de 2002. (Canal Energia - 20.12.2001)

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15- Senado aprova indicação de dois diretores da Aneel

O plenário do Senado Federal aprovou, esta semana, a recondução de Jaconias de Aguiar e a nomeação de Isaac Pinto Averbuch para os cargos de diretores da Aneel, por quatro anos. Antes de serem submetidas ao plenário, as indicações do Presidente da República para a direção da Agência foram apreciadas pela Comissão de Serviços de Infra-Estrutura do Senado, que sabatinou e aprovou os indicados. Jaconias de Aguiar é engenheiro eletricista e ocupou os cargos de presidente da Cemat e diretor da Coelba. Já Isaac Pinto Averbuch é advogado e engenheiro eletricista e exerceu o cargo de coordenador-geral de análise de infrações à ordem econômica nos setores de Serviço e Infra-Estrutura da Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça. (Canal Energia - 21.12.2001)

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risco e racionamento

1- Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste estão 12,48% acima de curva-guia em dezembro

O nível dos reservatórios no Sudeste/Centro-Oeste está 12,48% acima da curva-guia para o mês de dezembro. A capacidade de armazenamento na região atinge 27,02%. No Nordeste, o nível dos reservatórios na região está em 10,73%, ficando 6,05% acima do limite de segurança. Em relação à redução de consumo, números do ONS revelam que o consumo nas regiões afetadas pelo racionamento continuam subindo. No Nordeste, por exemplo, o consumo caiu 11 MW, registrando 5.035 MW no último dia 19 de dezembro. A economia na região atinge 6,76%. No Sudeste/Centro-Oeste, a economia é um pouco menor (5,63%). Com meta de 23,5 mil MW, a região teve consumo de 22.177 MW. Já a região Norte consumiu 2.107 MW quando sua meta é de 2,3 mil MW. (Canal Energia - 20.12.2001)

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2- Economia de energia no Nordeste atinge 8,7% em dezembro

O consumo de energia nas regiões afetadas pelo racionamento continua subindo. Embora tenha tido uma pequena queda na economia (0,21%), a região Sudeste/Centro-Oeste registra economia de 5,85% no consumo de energia. Com meta de 23,5 mil MW, o consumo na região foi de 22.123 MW. No Nordeste, a economia também teve queda de 0,21%. No dia 18.12, a região consumiu 5.024 MW contra os 5.013 MW consumidos no dia anterior. A redução de consumo na região Norte também caiu, ficando em 8,7%. O consumo de energia na região foi de 2,1 mil MW quando a sua meta é de 2,3 mil MW. (Canal Energia - 19.12.2001)

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3- Governo da Bahia reduz consumo em mais de 40%

O governo da Bahia economizou 30 GWh nos seis primeiros meses do racionamento de energia decretado pelo governo federal, o que equivale a mais de 40% do que era consumido pelo estado antes da crise de energia que atingiu o país. Além do controle no uso dos aparelhos de ar-condicionado e elevadores, que apareciam como os vilões nas contas de energia dos prédios públicos estaduais, outros procedimentos do menor impacto também foram seguidos à risca pelos servidores públicos, desde aqueles lotados nos grandes prédios do Centro Administrativo da Bahia (CAB) até outros que servem nas mais distantes regiões. (Correio da Bahia - 21.12.2001)

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4- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Gerasul produz mais e lucra menos

A Gerasul - maior empresa privada de geração de energia do Brasil - contabilizou 27.644,296 GWh produzidos em suas usinas até novembro de 2001, 47,2% mais do que em todo o ano 2000. O diretor-presidente Manoel Arlindo Zaroni Torres informou que as quatro hidrelétricas e as quatro térmicas da empresa geraram tudo o que puderam, para abastecer o Sul do País e mandar o excedente para a Região Sudeste, que sofria com a escassez de energia. Entretanto, o empresário declarou que o fato das usinas estarem trabalhando a plena capacidade não significa que o desempenho financeiro da Gerasul esteja excelente. Ele explicou que os contratos de venda são fixos e quando há diferença de fornecimento, para cima ou para baixo os preços pagos geralmente são reduzidos. A receita líquida da empresa até setembro foi de R$ 981,55 mi, 31,2% superior à do mesmo período de 2000. Nos nove meses, a empresa registrou prejuízo de R$ 6,86 mi, contra um lucro de R$ 11,84 mi em igual período do ano passado. (Gazeta Mercantil - Sul - 21.12.2001)

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2- Indústrias devem garantir metade da receita extraordinária das elétricas

O setor industrial será responsável por cerca de 50% da receita extraordinária arrecadada pelas empresas elétricas com os novos reajustes concedidos pelo governo para recomposição das perdas do racionamento. Segundo levantamento feito pela Corretora Unibanco, as concessionárias de energia deverão faturar, por ano, R$ 1,5 bi a mais com a recomposição tarifária. Desse total, a indústria responderá por aproximadamente R$ 700 mi; o comércio, por R$ 450 mi; e as residências, por R$ 350 mi. (Estado - 21.12.2001)

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3- Eletronorte vai entrar com medida contra suspensão das obras de Belo Monte

A Eletronorte afirma que ainda não foi notificada sobre a ação civil movida pelo Ministério Público Federal que obriga a devolução de R$ 3,8 mi gastos com os estudos ambientais para a hidrelétrica de Belo Monte, realizado pela Fundação de Amparo e Desenvolvimento de Pesquisas (Fadesp). Segundo Luiz Carlos Gatto, gerente da Assessoria Jurídica da estatal, caso isto ocorra a União vai entrar com medidas próprias para revogar a ação. "A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) já elaborou um documento atestando a legalidade da contratação da Fadesp para a realização dos estudos de Eia/Rima da usina", afirma. As obras de construção da hidrelétrica já foram paralisadas devido à irregularidades na contratação da Fadesp sem licitação, além da falta de acompanhamento do trabalho pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e de Recursos Renováveis (Ibama) e de autorização do Congresso Nacional. A decisão de suspender das obras foi anunciada no último dia 6 de dezembro pelo juiz federal Herculano Martins Nacif, da 5ª Vara da Justiça, no Pará. O juiz manteve a liminar concedida pelo juiz Catão Alves, do Tribunal Regional Federal, da 1ª Região. (Canal Energia - 20.12.2001)

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4- Passivo atuarial não-reconhecido pela Eletropaulo chega a R$ 1,8 bi

Como se não bastasse a retirada obrigatória de cerca de R$ 500 mi contabilizados nos balancetes trimestrais deste ano, a Eletropaulo pode sofrer outro baque considerável nas suas contas. Por obra de um passivo atuarial contraído junto à Fundação Cesp, no valor de R$ 1,8 bi, a concessionária terá que apresentar o déficit até 31 de dezembro deste ano. O primeiro revés é relacionado à contabilização (indevida) do Anexo V dos contratos inicias, calculado pela empresa no valor aproximado de R$ 500 mi. A Eletropaulo contava com a aplicação do dispositivo, e o conseqüente pagamento do valor pelas geradoras de energia. No entanto, com o acordo setorial firmado no dia 19 de dezembro, o Anexo V valerá somente para o mês de maio, não sendo considerado em nenhum outro período do racionamento. O valor virtual terá que ser retirado do próximo balanço anual da empresa, a ser lançado entre abril e maio de 2002. No mesmo documento, a distribuidora terá que arcar com um déficit atuarial de R$ 1,8 bi com o fundo de pensão do empregados da empresa, a Fundação Cesp. A determinação foi especificada na deliberação 371 da CVM, de dezembro do ano passado, que emitiu normas de benefícios à empregados. (Canal Energia - 21.12.2001)

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5- Iberdrola inaugura empresa de manutenção em Salvador

A Tracol Serviços Elétricos, empresa do Grupo Iberdrola que atua no segmento de manutenção elétrica, acaba de inaugurar uma nova sede em Salvador. Ao longo de 2001, a organização investiu cerca de R$ 3 mi para estruturar a matriz, na capital baiana, e instalar uma filial no Recife. As metas para 2002 são ampliar a participação no mercado nordestino e diversificar o portfólio de serviços. Há um ano, a empresa decidiu aumentar o leque de prestação de serviços e desde então tem investido em novas áreas. Entre as novidades estão a manutenção em instalações energizadas até 230 mil volts, reforma de transformadores, construção e montagens de subestações, linhas e redes de distribuição e transmissão. (Gazeta Mercantil - NE - 21.12.2001)

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6- Brascan aguarda autorização da Aneel para início das obras de 256 MW

A Brascan tem três pequenas usinas em construção, que somam 67 MW, e outros 256 MW esperando autorização da Aneel para início das obras. "Queremos receber logo a autorização das obras de 100 MW e esperamos outros 156 MW permitidos ao longo de 2002", disse o presidente da companhia, Antônio Carlos Novaes. Serão 18 novas PCHs até 2005, cujos investimentos somariam US$ 400 milhões, mas somente se a primeira etapa se mostrar bem-sucedida. "O pior empecilho não é o atraso em si, mas o aumento nos custos que ele provoca. Isso pode inviabilizar economicamente alguns projetos, já que as PCHs exigem um maior investimento por MW de capacidade instalada que as hidrelétricas de maior porte, que ganham em escala", disse Novaes. (Valor Econômico-21.12.2001)

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7- Cataguazes tem cinco projetos atrasados por falta de licença ambiental

A Cataguazes tem cinco projetos de pequenas centrais, todos em Minas Gerais, atrasados há oito meses por falta de licença ambiental. Segundo o presidente da companhia, Manoel Neiva, os equipamentos estão comprados, as empreiteiras contratadas, esperando para iniciar as obras e os terrenos adquiridos. Os projetos já consumiram R$ 150 milhões, mas as licenças, que já somam 15 quilos de papel cada, não saem, diz ele. "Nossa expectativa era ter iniciado as obras em abril, mas até agora, nada", disse. Com este atraso, ele não acredita que as usinas entrem em operação em 2002, como estava previsto. "Agora, somente em 2003, já que são necessários no mínimo 14 meses de construção", disse. (Valor Econômico-21.12.2001)

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8- Cemig gasta mais com compra de energia

O baixo nível dos reservatórios da Cemig vem obrigando a empresa a gastar, neste final de ano, pelo menos 30% a mais que o normal com a compra de energia junto ao sistema interligado. De acordo com o gerente de Planejamento Hidroenergético da estatal, Aelton Marques de Faria, a empresa está produzindo 48 GW/h por mês e adquirindo 52 GW/h para atender a uma demanda de exatos 100 GW/h. O normal para o período, segundo Faria, seria uma produção entre 60 e 70 GW/h. O preço da energia adquirida pela Cemig varia de acordo com a origem do insumo. O valor do MWh cobrado por Furnas, por exemplo, é de R$ 48. O mesmo MWh adquirido junto a outras plantas do sistema interligado custa R$ 4. Faria justifica o disparate entre os dois valores afirmando que a "Cemig tem um contrato com Furnas". Já nas transações no sistema interligado, segundo ele, não existem contratos. (O Tempo - 20.12.2001)

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9- Celpe investirá R$ 19,7 mi em subestações e novas linhas

Apesar das perdas com o racionamento, a Celpe anunciou ontem o investimento R$ 19,7 mi na expansão e melhoria dos seus serviços de transmissão e distribuição de energia em todo o Estado. Estão sendo implantadas seis novas linhas de transmissão e 29 subestações foram automatizadas. As novas linhas totalizaram 219 km de extensão e atenderão tanto a Região Metropolitana do Recife como o Agreste e o Sertão. Segundo o diretor de Gestão de Ativos da Celpe, Reive Barros, nesse projeto foram investidos cerca de R$ 10 mi. Com as linhas, o sistema terá mais segurança para um aumento na demanda, reduzindo também o percentual de perdas por problemas técnicos. Barros explicou ainda que o empreendimento vai beneficiar mais de 1,2 milhão de pessoas no Estado. Parte do investimento total de R$ 7,5 mi foi aplicado na modernização de 17 subestações. (Jornal do Commercio - 20.12.2001)

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financiamento

1- Preço do MWh no leilão sobe para R$ 115

O preço do MWh comercializado no leilão de energia excedente do MAE subiu para R$ 115 no pregão de 20.12.2001. Este é o patamar de valor no qual os vendedores têm insistido já há vários dias. Esta foi a cotação alcançada para um volume de 400 MWh vendidos. Durante o pregão, foram solicitados 1.100 MWh, dos quais 400 MWh a R$ 115, 400 MWh a R$ 100 e 300 MWh a R$ 85. Os vendedores ofereceram inicialmente 150 MWh a R$ 140 e depois registraram oferta de 700 MWh a R$ 115. (Gazeta Mercantil - 20.12.2001)

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2- Leilões do MAE serão interrompidos no Natal e no Ano Novo

A Administradora de Serviços do Mercado Atacadista de Energia (Asmae) e a Bovespa, responsáveis pela operação dos leilões de energia excedente do MAE, avisam que não haverá leilão nos próximos dias 24, 25 e 31 de dezembro e em 1º de janeiro. (Gazeta Mercantil - 20.12.2001)

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financiamento

1- Fraga diz que taxa de inflação para 2002 é de 3,7%

O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, disse, no dia 20.12.2001, que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que baliza as metas do governo, deve fechar o ano de 2002 em 3,7%. A última estimativa divulgada pela autoridade monetária era de 3,9%. Este número fará parte do relatório trimestral de inflação que deve ser divulgado no final de dezembro. Para 2001, a projeção é de que a inflação fique em 7,4%. Segundo Fraga, para chegar a esses números foi considerada uma taxa Selic de 19% ao ano e câmbio de R$ 2,36. Ele disse, ainda, que a projeção do aumento da tarifa de energia elétrica caiu de 30% para algo próximo de 20%. (Gazeta Mercantil - 20.12.2001)

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2- Segundo o BC, PIB deve crescer 2,5% em 2002

O presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, afirmou, no dia 20.12.2001, que o PIB deve crescer 2,5% em 2002. Este ano o PIB deve apresentar um crescimento de 2%. Ele disse que considerou, para desenhar este cenário, uma taxa de juros básica (Selic) de 19% ao ano. No que diz respeito à indústria, Fraga prevê um crescimento de 4% a 5% em 2002. Fraga afirmou que o crescimento estimado será impulsionado principalmente pelas exportações e continuidade de investimentos. O BC conta ainda com as safras recordes projetadas pelo setor agrícola. (Gazeta Mercantil - 20.12.2001)

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3- Juros bancários caíram em novembro

Depois de apresentarem os mais altos índices do ano em outubro, os juros e o "spread" bancário reverteram tendência de alta em novembro, apresentando quedas em todos os segmentos. A taxa de juro geral em novembro foi de 61,93% ao ano, contra 65,79% em outubro. O spread foi de 43,47% ao ano no mês passado, contra 46,86% em outubro. A taxa média cobrada de empréstimos a pessoas físicas foi de 74,08% em novembro, queda superior a quatro pontos percentuais à que era aplicada em outubro. Para o segmento de pessoas jurídicas, o juro médio no mês passado foi de 44,03% anual, contra 47,31% em outubro. A taxa de captação do Certificado de Depósito Bancário (CDB) recuou também um pouco, de 18,92%, em outubro, para 18,46%, em novembro. O spread do segmento de PF foi de 55,62% em novembro, contra 59,63% em outubro. No segmento de PJ, o spread médio dos bancos foi de 25,57% ao ano no mês passado, contra o índice de 28,38% cobrado em outubro. (Gazeta Mercantil - 21.12.2001)

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4- BB capta US$ 450 mi via remessas

O Banco do Brasil (BB) conseguiu, mesmo no conturbado dia 20.12.2001, não apenas colocar a securitização de remessas da sua agência de Nova York ao Brasil, como teve demanda suficiente para ampliar em 50% a emissão programada originalmente, de US$ 300 para US$ 450 mi, pelo prazo de sete anos. "A operação vinha sendo estruturada há dois ou três meses e calhou de sair hoje (20.12), e nós ficamos, realmente, um pouco apreensivos ontem (19.12) à noite", relatou o presidente do BB, Eduardo Guimarães. "Mas, felizmente, a demanda foi tão boa que tivemos de ampliar a oferta da operação." A securitização do dia 20.12 obteve níveis de ratings palatáveis para investidores institucionais - Baa1 pela Moody's Investors Services e BBB + pela Standard & Poor's. A remuneração final ao investidor foi compatível com esses ratings, de 7,89% ao ano, ou 325 pontos básicos acima do título do Tesouro americano de prazo semelhante. (Gazeta Mercantil - 21.12.2001)

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5- Cotação do dólar sobe 1,57%

A deterioração da economia Argentina atinge cada vez menos o mercado financeiro brasileiro. No dia 20.12.2001, a cotação do dólar comercial reagiu à onda de más notícias vindas do país vizinho, mas em menor intensidade do que no primeiro semestre do ano. O dólar subiu 1,57% e valia R$ 2,333, na venda. No mês, o preço do dólar já caiu 6,5% e no ano a cotação da moeda norte-americana ainda acumula alta de 19,6%. A Ptax, média das cotações apurada pelo Banco Central (BC), ficou em R$ 2,3202, alta de 1,19%. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o contrato de dólar com liquidação financeira em janeiro de 2002 subiu 1,99% e valia R$ 2,349. Para fevereiro, a moeda estava cotada a R$ 2,385, valorização de 2,02%. (Gazeta Mercantil - 21.12.2001)

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6- Projeção de juros fecha dia com valorização

A deterioração da economia Argentina atinge cada vez menos o mercado financeiro brasileiro. No dia 20.12.2001, as projeções para taxas de juros reagiram à onda de más notícias vindas do país vizinho, mas em menor intensidade do que no primeiro semestre do ano. Na BM&F as projeções tiveram valorização mas efeito não foi mais intenso porque o presidente do BC, Armínio Fraga, afirmou que a taxa de inflação para 2002 deve ficar em 3,7% ao ano, abaixo da previsão anterior de 4%. Entre os contratos de juros mais negociados, o de janeiro de 2002 saiu de 18,95% para 19,15% ao ano. A taxa de abril foi de 19,39% para 19,77% ao ano. O contrato a termo de DI, que vence em julho, passou de 19,86% para 20,10%. (Gazeta Mercantil - 21.12.2001)

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gás e termoelétricas

1- Aneel aumenta o número de autorizações para construção de termelétricas

Entre os dias 10 de novembro e 10 de dezembro, o número de projetos para construção de termelétricas, autorizados pela Aneel passou de 62 para 68. De janeiro até dezembro deste ano, dez termelétricas entraram em operação comercial. Ao todo, as termelétricas autorizadas deverão acrescentar 19.947,6 MW até 2005, sendo que 20 já estão em construção, totalizando uma capacidade de geração de 7.427,1 MW, contra 6.865,5 MW há um mês. (Canal Energia - 20.12.2001)

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2- Petrobras confirma descoberta de reserva de gás na Bahia

A Petrobras fez a maior descoberta comercial, em regime de parceria, desde a abertura do setor do petróleo, em 1998. A empresa confirmou a existência de uma reserva de 20 bilhões de m³ de gás, na Bacia de Camamu, na Bahia. A previsão é a de que o poço comece a produzir de 2 milhões a 3 milhões de m³ de gás natural por dia, a partir de 2003. As parceiras da Petrobras nesse empreendimento são as empresas Queiroz Galvão e Petroserv. (Jornal do Brasil - 21.12.2001)

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3- Fluid investe para servir água pura às usinas térmicas

A Fluid Brasil, especializada em projetos de tratamento de água para uso industrial - localizada em Jundiaí (SP) -, quer aproveitar o avanço das termelétricas com geração combinada de gás e vapor para ganhar terreno no mercado brasileiro. Em 2002, a empresa, de capital nacional, aplicará R$ 5 mi na montagem de uma unidade para pré-montagem dos equipamentos. A demanda por água desmineralizada nas térmicas já rendeu dois contratos para a empresa, o primeiro de R$ 750 mil com a Usina Termelétrica de Juiz de Fora (dos grupos Cataguases Leopoldina e Alliant Energy International), e o segundo com a térmica Três Lagoas, empreendimento dos grupos Odebrecht e Promon. A empresa disputa ainda o fornecimento de equipamentos para tratamento de água em outros dois empreendimentos termelétricos que serão instalados em Pernambuco e no Ceará. (Gazeta Mercantil - IP - 21.12.2001)

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4- Celpe vai captar R$ 41 mi para financiar a Termopernambuco

A usina Termopernambuco deverá captar financiamentos em um total superior a R$ 41 mi junto a bancos privados. O aval para a negociação dos empréstimos foi dado na última reunião do Conselho de Administração da Celpe. Os empréstimos estão sendo negociados junto aos bancos Bilbao Viscaya (BBV), que irá financiar R$ 19,89 mi; Safra, que irá conceder um empréstimo de R$ 11,49 mi, e Itaú, com R$ 10,2 mi. Além disso, a Aneel também autorizou que a Celpe participe do capital da Termopernambuco, que será construída também pelo grupo Guaraniana, o mesmo que controla a distribuidora de energia estadual. Na semana passada, o BID anunciou a liberação de US$ 192 mi para a usina. O project finance prevê ainda participações do Exim Bank e do BNDES. (Jornal do Commercio - PE - 21.12.2001)

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grandes consumidores

1- Compra de motores, geradores e transformadores sobe 81%

O Brasil passou a importar 81,76% mais motores, geradores e transformadores elétricos (e componentes) entre janeiro e novembro do que no mesmo período em 2000. Nos primeiros 11 meses de 2000 os desembolsos relacionados a esses produtos somaram US$ 700,270 mi. O volume em 2001 subiu para US$ 1,272 bi, resultado do apelo provocado pela crise energética e, conseqüentemente, pela necessidade de geração distribuída. Só em novembro, o aumento das compras foi de 225% em relação ao mesmo mês em 2000. (Gazeta Mercantil - 21.12.2001)

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2- Indústria paulista cresce mais que o previsto

A indústria paulista vai crescer mais do que imaginava em 2001. Depois de anunciar que a atividade industrial não teria expansão superior a 2,5% - falou-se até em menos de 2% -a direção da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) espera que o crescimento no setor chegue a 2,9% em 2001. "Achamos que a roda voltou a girar e penso que entraremos em 2002 com um cenário melhor do que o previsto", disse Clarice Messer, diretora da Fiesp. Para 2002, a entidade estima que a produção industrial deverá sofrer aumento de até 3%. Entretanto, um dos obstáculos para o setor atingir essa taxa é a crise argentina, além da alta taxas de juros e da dificuldade de crédito. A queda na renda do brasileiro também é um fator preocupante. (Folha de S.Paulo - 21.12.2001)

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internacional

1- Quijandría diz que crise argentina não afetará o projeto Camisea

O ministro de Energia e Minas do Peru, Jaime Quijandría, descartou ontem que a crise econômica argentina afete o financiamento das empresas desse país que estão a frente do projeto de gás de Camisea. Assinalou que mesmo que possa haver uma turbulência a nível internacional para a captação de fundos de financiamento na Argentina, no caso das empresas argentinas que participam em Camisea, o financiamento está sendo buscado fora do país e o trâmite está bastante avançado. Participam do consórcio encarregado do projeto as empresas argentinas Techint e Pluspetrol, que tem a maior participação. (La República-21.12.2001)

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2- Bolívia quintuplicará sua exportação de gás no Cone Sul nos próximos dez anos

A Bolívia quintuplicará sua exportação de gás natural no Cone Sul na próxima década graças ao novo projeto do Brasil de ampliar o gasoduto que une ambos países até o norte da Argentina e o Paraguai. O ministro boliviano de Desenvolvimento, Carlos Kempff, assinalou que a venda de gás natural subirá pelo menos 140 milhões de metros cúbicos diários com a possibilidade de alcançar os 170 milhões em 2010, quando se ponha em marcha a ampliação do tubo. Atualmente, a Bolívia vende 10 milhões de metros cúbicos de gás natural ao Brasil, mas desde o ano 2003, deverá triplicar esse volume e em 2005 a venda subirá a 90 milhões de gás por efeito da ampliação do tubo proposta pelo Brasil. A Bolívia projeta grande parte de sua expectativa de crescimento a médio prazo em suas exportações de gás natural, que daqui a dois anos lhe renderá US$ 500 mi anuais. (El Universal-21.12.2001)

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3- Nenhuma empresa adquiriu edital da Saesa até o momento

Hoje vence o prazo para a aquisição do edital da quarta licitação pelo fornecimento da Saesa, distribuidora chilena controlada pela PSEG Global e até ontem, ninguém havia comprado o edital para participa do processo. Supõe-se portanto que não existem interessados em apresentar ofertas por 80% das necessidades elétricas da companhia. Na licitação anterior, algumas companhias compraram os editais. Desta vez nem isso aconteceu, e está descartada a extensão do prazo. Caso alguma empresa adquira hoje o edital, as ofertas definitivas deverão ser apresentadas em 15 de fevereiro de 2002 e a venda se dará no dia 28 do mesmo mês. (Estrategia-21.12.2001)

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4- Companhias elétricas chilenas sem boas perspectivas

As empresas elétricas chilenas não têm as melhores perspectivas atualmente e, apesar de não serem tão negativas como as da Argentina, estão classificadas no nível médio pelas agências de classificação internacionais. Para 2002, no Chile não são esperadas grandes novidades, mas sim um aumento no consumo de energia elétrica provocado por uma aguardada reativação econômica com crescimento anual em torno de 5%. É consenso entre os analistas que o mercado chileno não sofrerá mudanças antes que sejam aprovados no Congresso Nacional os projetos de reforma da atual legislação para o setor elétrico, motivo pelo qual as empresas têm adiado seus planos de investimentos. A Comissão Nacional de Energia (CNE) trabalha na elaboração de dois projetos para modificar a atual regulamentação, com a intenção de incentivar os investimentos em geração e transmissão. No primeiro semestre de 2002, esses projetos devem chegar ao Congresso. (Business News Americas-21.12.2001)

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5- Qualidade do crédito da EDP é superior à da Endesa

A qualidade do crédito da EDP é superior ao da Endesa, a maior elétrica da Península Ibérica, defende a Bear Stearns, apesar de reconhecer que a Standard & Poors, que recentemente reviu em baixo a notação da empresa portuguesa, foi branda na sua análise. A agência de notação passou o rating AA- da EDP para uma perspectiva negativa, o que foi interpretado pela Bear Stern como uma aprovação do negócio da Hidrocantábrico. A Bear Stern afirma, no entanto, que a nova relação com a elétrica das Astúrias não está devidamente contabilizada na análise realizada pela Standard&Poor, sublinhando que é fundamental que a elétrica desenvolva a sua relação com a Hidrocantábrico, investindo no seu crescimento. Ao mesmo tempo refere que nem a proposta tarifária, nem o aumento da concorrência no mercado doméstico tiveram grande impacto na EDP. (Diário Econômico-21.12.2001)

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6- CE propõe revisão das orientações de financiamento

A Comissão Europeia (CE) pretende rever as orientações de financiamento às redes energéticas europeias, defendendo que o co-financiamento comunitário aos projetos prioritários neste domínio seja de 20%. Esta é uma das medidas incluídas no plano apresentado ontem por Bruxelas, visando melhorar a utilização das infra-estruturas energéticas de gás natural e eletricidade e o encorajar investimentos em novas infra-estruturas com relevância comunitária. A comissária européia da Energia, Loyola de Palacio, relembrou que o orçamento comunitário destinou a este setor US$17,95 mi e que Bruxelas irá concentrar esforços em 12 projetos - sete para a eletricidade e cinco para o gás natural -, propondo-se implementar um procedimento "menos complexo" para as redes transeuropéias. (Diário Econômico-21.12.2001)

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7- Preços de energia disparam em alguns mercados europeus

Os preços de energia a curto prazo dispararam em alguns mercados europeus em reação ao colapso da Enron, embora perdas diretas na maioria das grandes companhias provavelmente sejam limitadas, de acordo com a análise da Standard & Poor´s. Os preços na Alemanha alcançaram US$ 180 o MWh, quase três vezes o preço normal dos picos de inverno. Os altos preços se espalharam nos mercados alemão e francês, afetando a Áustria, a Holanda e a Suíça. O efeito da quebra da Enron em outros mercados como o Reino Unido, a Espanha, a Itália e a Escandinávia foi mais limitado, com os preços de atacado se mantendo em níveis normais para o período do inverno. O aumento de preços nos outros mercados se deu por uma necessidade de cobrir desequilíbrios contratuais a curto prazo e liquidez reduzida, mais do que as baixas temperaturas e os cortes de energia, disse a Standard & Poor´s. (Financial Times-21.12.2001)

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8- Mirant põe 60 milhões de novas ações no mercado tentando mostrar sua saúde financeira

A Mirant colocou no mercado 60 milhões de novas ações ontem como parte de um esforço de levantar dinheiro, cortar gastos e vender bens, para reassegurar seus investidores que ela tem caixa e crédito amplos para operar a despeito de um rating baixo. A liberação das ações, 20 milhões a mais do que o esperado, levantou US$ 759 mi. Ao anunciar esses passos, a Mirant se uniu a uma crescente lista de rivais no setor energético que estão tentando mostrar que podem continuar a competir efetivamente no novo e turbulento mundo da geração de energia, criado após o colapso da Enron. O rating da Mirant tinha sido reduzido ao mínimo na quarta pela Moody´s, mesmo dia que a agência rebaixou a Calpine. Numa conferência telefônica com analistas, executivos da Mirant tentaram aumentar a confiança que a companhia tem caixa alta e pleno acesso a crédito. (New York Times-21.12.2001)

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9- Citigroup está próximo de finalizar uma oferta pela Enron

O Citigroup, número um em serviços financeiros nos EUA, está próximo de finalizar uma oferta pelos negócios energéticos da Enron. O leilão dos negócios está marcado para ser realizado numa corte federal de falências no dia 10 de janeiro. Além do Citigroup, outros grupos como J. P. Morgan Chase, Goldman Sachs Group, American International Group e UBS Warburg também podem estar preparando suas propostas. Não está definido ainda quanto o Citigroup oferecerá pela unidade, que a Enron deseja manter em funcionamento com a criação de uma joint venture na qual ela entraria com 49% e a agência compradora, com 51%. (Financial Times-21.12.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Ana Clara Cruz, Barbara Oliveira, Fernando Fernandes, Rodrigo Rötzsch e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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