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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 788 - 19 de dezembro de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Geradoras e distribuidoras assinam acordo final com governo federal

As empresas distribuidoras e geradoras de energia elétrica assinaram na madrugada de 19 de dezembro, o acordo final sobre as perdas provocadas pelo racionamento. No acordo, o BNDES vai liberar financiamento para cobrir 90% das perdas de R$ 4,2 bi das distribuidoras. Já para as geradoras, o acordo estabelece que estas concessionárias deverão desembolsar pela energia livre o valor de 0,6 VN, e não 0,7 VC como haviam aprovado anteriormente. Até dezembro de 2002, o valor aplicado para a recompra de energia será de 0,9 VN. (Canal Energia - 19.12.2001)

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2- GCE reúne-se para discutir modelo do setor

A GCE se reúne no dia 19.12.2001, a partir das 14h30, para discutir os termos finais sobre a remodelagem do setor elétrico. O documento vai redefinir, por exemplo, como será a administração do despacho da energia pelo ONS. O presidente Fernando Henrique Cardoso participará do encontro para "bater o martelo" sobre a remodelagem, feita pelo Comitê de Revitalização do Setor Elétrico, coordenado pelo presidente do BNDES, Francisco Gros. Esta será a última reunião da GCE este ano, que ficará com os trabalhos suspensos até a segunda semana de janeiro de 2002. (Gazeta Mercantil - 18.12.2001)

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3- Senado derruba cobrança de nova taxa de iluminação pública municipal

O governo não conseguiu aprovar, no dia 18.12, a proposta de emenda constitucional (PEC) que cria a contribuição sobre os serviços de iluminação, a Taxa de Iluminação Pública (TIP). Eram necessários ao menos 49 votos para que a proposta fosse aprovada. Com 46 votos a favor, 14 contra e duas abstenções, a PEC não passou no Senado. "A rejeição da PEC pegou todos nós de surpresa", disse o presidente do Senado, Ramez Tebet, acrescentando que a proposta só será reapresentada depois de fevereiro de 2002. (O Globo - 19.12.2001)

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4- MPF recebe representação contra reajustes extraordinários

Pesquisadores da USP e diretores do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo apresentaram uma representação ao Ministério Público Federal, argumentando que o reajuste das contas de luz, anunciado no dia 17.12, fere a atual legislação e cria privilégio, ao premiar as concessionárias e punir os consumidores. Eles pedem a revogação do reajuste e que o BNDES seja proibido de emprestar às concessionárias para cobrir prejuízos com o racionamento. O aumento vai de 2,9% (residências) a 7,9% (empresas). A representação sustenta que o racionamento decorreu "da omissão de geradoras e distribuidoras de energia" na execução de investimentos. (O Globo - 19.12.2001)

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5- Senado regulamenta cobrança da Cide

O Senado aprovou, no dia 18.12, o projeto de lei que regulamenta a cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) dos combustíveis. Com a aprovação da medida, o governo já tem autorização para liberar daqui a duas semanas os preços e a importação de combustíveis e derivados de petróleo. O projeto deve ser sancionado no dia 19.12 pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. (O Globo - 19.12.2001)

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6- Assembléia aprova cisão da Celesc

Com 26 votos favoráveis, 13 contrários e uma abstenção, a Assembléia Legislativa de Santa Catarina aprovou, no dia 18.12.2001, o novo modelo de gestão da Celesc, que cria uma holding e três empresas subsidiárias (uma de geração, uma de distribuição e outra de telecomunicações). O modelo pretende profissionalizar a administração da companhia, com mudanças no conselho, onde o Estado passa a ser minoritário. Embora facilite o acesso da Celesc ao capital privado, o novo modelo não permitirá a captação de recursos para resolver os problemas de caixa da empresa no curto prazo, diz o representante dos empregados no conselho de administração, Paulo Sá Brito. (Gazeta Mercantil - 19.12.2001)

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7- Emenda determina Estado como majoritário da Celesc Geração

Com 26 votos favoráveis, 13 contrários e uma abstenção, a Assembléia Legislativa de Santa Catarina aprovou, no dia 18.12.2001, o novo modelo de gestão da Celes. Porém, os parlamentares aprovaram emenda alterando um dos pontos definidos pela consultoria Accenture, empresa que desenhou o novo modelo. Pela proposta original, o governo permaneceria como majoritário na holding e na empresa de distribuição de energia, permitindo a sócios privados o controle da empresa de geração e telecomunicações. O projeto aprovado no dia 18 obriga o Estado a permanecer como majoritário também na geração. (Gazeta Mercantil - 19.12.2001)

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risco e racionamento

1- Reservatórios em todo o país estão acima da curva guia

O período de chuvas está enchendo os reservatórios que abastecem as usinas hidrelétricas em todo o País. De acordo com o boletim de acompanhamento do ONS, os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste alcançaram na segunda-feira 26,34% da capacidade máxima, o que representa 12,05 pontos percentuais acima da curva-guia, que é o limite mínimo determinado pelo governo para o mês. Desde o início de dezembro, o nível dos reservatórios nas duas regiões subiu 3,08 pontos percentuais. No Nordeste, ontem, o nível dos reservatórios era de 10,44%, cerca de 5,8 pontos percentuais acima da curva-guia. Do dia primeiro ao dia 17 de dezembro o nível dos reservatórios na região subiu 2,44 pontos percentuais. No Norte, o reservatório da usina de Tucuruí alcançou ontem 39,06%. A expectativa do governo é de decretar o fim do racionamento na região, quando o nível do reservatório chegar a 50% da capacidade máxima. (Gazeta de Alagoas-19.12.2001)

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2- Consumo de energia vem se mantendo abaixo da meta

De acordo com o boletim do ONS, o consumo de energia no início da semana nas regiões Sudeste e Centro-Oeste manteve-se abaixo da meta, como ocorreu no fim de semana. Os dados mostram que foram gastos 22.073 MW médios, para uma meta de 23.500 MW médios. A economia acumulada de energia desde o início do mês foi de 6,07% acima da meta. No Nordeste, o consumo ontem foi de 5.109 MW médios, abaixo do limite estabelecido para a região que é de 5.400 MW médios. A economia de energia nos Estados nordestinos nos dezessete primeiros dias do mês foi de 7,17% acima da meta. No Norte, foram consumidos 2.208 MW médios, para uma meta de 2.300 MW médios. A economia registrada desde o início do mês é de 8, 96% acima da meta. (Gazeta de Alagoas-19.12.2001)

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3- Norte está fora do racionamento a partir de 1º de janeiro

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, afirmou, no dia 18.12, que o racionamento de energia na região Norte será suspenso no dia 01.01.2002. A GCE divulgará no dia 19.12 o decreto presidencial que acaba com o plano de contigência do uso da energia, fixado em 5% de redução em relação a maio, junho e julho de 2000. "O racionamento no Norte acaba no dia 1 de janeiro. A expectativa é que o presidente FHC divulgue isto amanhã (19.12.)", disse o ministro. Ele informou que a medida foi tomada porque técnicos do governo estão projetando, para o dia 27.12, um armazenamento de água em 50% da capacidade do reservatório da usina de Tucuruí, a maior da região. (Gazeta Mercantil - 19.12.2001)

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4- Programa Reluz chega ao município de Paracambi, no Rio de Janeiro

Será assinado no dia 19 de dezembro, no município de Paracambi, estado do Rio de Janeiro, os contratos referentes ao início da eficientização energética da iluminação pública (Reluz), que será responsável pela substituição dos antigos pontos de luz por outros de menor consumo. O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, o prefeito de Paracambi, André Ceciliano, e o presidente da Light, Michel Gaillard, que participam do encontro, também irão inaugurar a mostra Expo-Light. O objetivo é ensinar métodos de economia de energia para estudantes da região. No mesmo dia, o secretário entregará à prefeitura de Paracambi o certificado "Secretaria de Energia", relativo à universalização do atendimento dos serviços energia elétrica convencional e rural. (Canal Energia - 19.12.2001)

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5- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Endesa pode se reapresentar para compra da Copel

A Enersis, braço latino-americano da espanhola Endesa, elegeu o Brasil como esteio do seu plano de expansão na América Latina. Segundo Alfredo Llorente, presidente da Enersis no Chile, o grupo está especialmente atento às privatizações que ainda serão feitas no mercado brasileiro. Llorente não descartou a possibilidade de a Endesa voltar a apresentar-se para a compra da Copel, distribuidora de energia do Paraná, na qual esteve interessada antes que as turbulências dos mercados em 2001 a levassem a desistir. (Gazeta Mercantil - 19.12.2001)

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2- Endesa atenta ao espólio da Enron no Brasil

A Enersis, filial latino-americana da companhia de energia espanhola Endesa, entrou em fase de expansão, após cumprir os objetivos de rentabilidade fixados quando a Endesa passou a controlar seu capital, em 1999. As informações foram dadas pelo presidente da Enersis no Chile, Alfredo Llorente. O principal esteio do plano de crescimento será o Brasil, onde a Enersis controla 5% da distribuição. O grupo estará muito atento às privatizações que ainda devem ser feitas no mercado e às demais oportunidades de negócio, "como a possível venda de ativos da Enron". (Gazeta Mercantil - 19.12.2001)

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3- Endesa vê na interligação da rede na América Latina caminho para o crescimento

Fora as oportunidades de negócio no Brasil e no México, a Enersis, braço latino-americano da espanhola Endesa, acredita que o grande trunfo na América Latina está na interligação da rede de energia elétrica dos países. "Este será o caminho para o crescimento do setor, já que não é racional que os mercados permaneçam fechados". A companhia já tem em fase de construção uma segunda linha de interligação entre a Argentina e o Brasil com um investimento previsto de US$ 350 mi e 1 mil MW de potência. O início das operações está previsto para maio. Além disso, ela estuda a construção de uma linha de interligação entre o Chile e a Argentina, embora, primeiro, o governo chileno deva aprovar a norma que regulará a atividade. "Os trâmites avançam lentamente e tudo sugere que não serão concluídos até o quarto trimestre do próximo ano", disse o presidente da Enersis no Chile, Alfredo Llorente. (Gazeta Mercantil - 19.12.2001)

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4- Assembléia da CPFL Geração ratificará compra de ativos

A CPFL Geração de Energia S/A deve consolidar, no dia 26.12, a estratégia para aquisição de ativos em usinas hidrelétricas. Está convocada para este dia Assembléia Geral Extraordinária para ratificar os negócios já anunciados anteriormente pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), controlada pelo grupo VBC. Os acionistas da CPFL Geração deverão ratificar a compra da participação detida por Serra da Mesa Energia S/A no capital social da holding Semesa S/A, bem como sua participação no capital social da Foz do Chapecó Energia S/A. Além disso, o negócio envolve também a aquisição do capital de Serra da Mesa na Campos Novos Energia S/A. O grupo controlador VBC deve também transferir à CPFL sua participação na Barra Grande Energia S/A. (Gazeta Mercantil - 18.12.2001)

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5- CPFL Geração estuda aumento de capital social

A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) deve deliberar, em Assembléia Geral Extraordinária, no dia 26.12, sobre a proposta de aumento de capital social da CPFL Geração, de R$ 119,652 mi para R$ 689,618 mi. Para tanto serão emitidas 100,169 bilhões de ações escriturais, das quais 34,450 bilhões de ordinárias e 65,718 bilhões de preferenciais. O preço de subscrição foi calculado em R$ 5,69 por lote de mil ações ordinárias ou preferenciais. (Gazeta Mercantil - 18.12.2001)

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6- Celpe precisa de mais três anos para repor perdas

O novo aumento na energia elétrica, concedido pelo Governo Federal para compensar as distribuidoras pelas perdas com o racionamento, terá validade por três anos e cinco meses em Pernambuco. Essa é a projeção inicial feita pela Celpe, levando em consideração o reajuste de 2,9% para uma parte expressiva dos consumidores da Celpe e o de 7,9% para o setor industrial. Segundo o vice-presidente da Celpe, Roberto Alcoforado, essa projeção foi feita contabilizando as perdas até agora - que totalizam R$ 160 mi - e mais R$ 40 mi, caso o racionamento se estenda até abril do próximo ano. Isso porque a GCE só vai avaliar se será possível acabar com o racionamento em fevereiro, quando se terá uma idéia mais ampla sobre o nível dos reservatórios. Alcoforado explicou que em torno de 50% do mercado da Celpe é composto pelos consumidores residenciais (com exceção dos de baixa renda), rurais e do poder público. São esses que terão aumento de 2,9%. O restante é formado pela indústria e comércio que terão reajuste de 7,9%. (Jornal do Commercio - 18.12.2001)

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7- Eletropaulo muda leitura e prejudica consumidor

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) está denunciando uma mudança na data de leitura de diversos consumidores da Eletropaulo. A irregularidade aconteceu na medição de novembro, na região da Vila Madalena, zona Oeste, onde a leitura de consumo que seria feita em 26 de novembro foi adiada para 5 de dezembro, englobando o consumo de 40 dias. Com a mudança da data, grande parte dos consumidores da região ultrapassaram as metas de energia estipuladas pelo Governo, o que ocasionou o pagamento de sobretarifas. A Eletropaulo avisa que o consumidor prejudicado deve se dirigir a agência da empresa na Rua Vital Brasil, 466, no Butantã, para corrigir sua meta e ser restituído em caso de pagamento de sobretarifa. (Jornal da Tarde - 19.12.2001)

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8- Assembleia de acionistas decidirá mudanças no conselho de administração da Celesc

A partir de agora, com a aprovação da cisão da Celesc pela Assembléia Legislativa de Santa Catarina, será definido o cronograma para implantar as alterações, que iniciam com assembléia de acionistas para aprovar as mudanças no conselho de administração, que passará a ter treze membros (seis do governo, três dos acionistas minoritários, três da sociedade e um dos empregados). Hoje o governo indica seis conselheiros. (Gazeta Mercantil - 19.12.2001)

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9- Celesc deve lançar PDI em 2002

O novo modelo de gestão da Celesc e as mudanças na estrutura começam em 2002. Um enxugamento na folha é uma das obrigações das novas empresas, segundo o diagnóstico da Accenture Consultoria, reponsável pelo estudo da nova estrutura. Não se sabe o número de demissões necessárias, mas o presidente da estatal, Francisco Küster, já sinalizou como uma das alternativas para os próximos anos o lançamento de um novo Programa de Dispensa Incentiva (PDI). A estatal tem 4,5 mil funcionários. (Diário Catarinense - 19.12.2001)

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financiamento

1- Pregão vende 260 MWh a R$ 105 o MWh

O leilão de energia excedente do MAE movimentou, no dia 18.12, 260 MWh e voltou a vender o MWh a R$ 105, valor próximo ao que era praticado no final de novembro. As ofertas de compra no dia somaram 1.990 MWh, com registros entre R$ 95 e R$ 105,11 para o MWh. Na ponta vendedora, os certificados apresentados totalizaram 460 MWh entre R$ 100 e R$ 120 o MWh. (Gazeta Mercantil - 18.12.2001)

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financiamento

1- Inflação recua para 0,24% em dezembro

A inflação em dezembro recuou para 0,24% de acordo com a 2ª prévia de dezembro do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), divulgada, pela FGV. O mesmo índice no mês passado apontou inflação de 0,97%. O Índice de Preços por Atacado (IPA) registrou queda de 0,02% na segunda prévia. O IPA apontou alta de 1,13% na segunda prévia de novembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) verificou alta de 0,66% em comparação com os 0,77% observados no mesmo índice em novembro. Já o Índice Nacional de Construção Civil (INCC) teve alta de 0,73%, variação superior ao registrado no mesmo índice no mês passado, quando atingiu alta de 0,53%. Em 2001, a inflação acumula alta de 10,41%, mesma variação observada no período de 12 meses. O período de coleta utilizado na segunda prévia de dezembro vai de dia 21 de novembro a 10 de dezembro. (Gazeta Mercantil - 18.12.2001)

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2- Tesouro vende R$ 2 bi em prefixados no leilão do ano

No dia 18.12.2001, o Tesouro Nacional fez o último leilão de 2001. Foram vendidos R$ 2 bi em prefixados com resgate em junho de 2002. A taxa média de juros ficou em 20,35%, acima dos 20,18% obtidos na semana passada. "O mercado tem liquidez reduzida pelo final do ano e os bancos não querem abrir novas posições de risco por isso a demanda para o leilão foi pequena e as taxas subiram", disse o diretor de derivativos do Lloyds TSB , Maurício Zanella. Foram leiloados outros R$ 300 mi de títulos com resgate mais em abril de 2003. Os juros ficaram em 22,23% ao ano. Em 2001, o Tesouro vendeu R$ 66,5 bi em prefixados e R$ 68,5 bi em títulos pós-fixados. Os leilões serão retomados em 08.01.2002. (Gazeta Mercantil - 19.12.2001)

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3- Leilões de títulos serão quinzenais em 2002

O Tesouro Nacional pretende realizar leilões de títulos públicos, hoje semanais, somente de quinze em quinze dias no segundo semestre de 2002, informou o secretário-adjunto do Tesouro, Rubens Sardenberg. A decisão é justificada pelo baixo volume de vencimentos entre julho e dezembro de 2002 (R$ 26 bi) e pela eventual instabilidade do mercado às vésperas das eleições. (Gazeta Mercantil - 19.12.2001)

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4- Projeção de juros fecha dia com leve queda

As taxas de juros negociadas na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) fecharam o dia 18.12.2001 praticamente estáveis. O mercado espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha os juros inalterados em 19% ao ano. A decisão sai na noite de 19.12.2001. O contrato de janeiro saiu de 19,13% para 19,06%. O de abril foi de 19,78% para 19,55%. O termo de DI foi de 20,46% a 20,15%. (Gazeta Mercantil - 19.12.2001)

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5- Dólar cai 1,27% e fecha dia cotado a R$ 2,325

No dia 18.12.2001, a cotação do dólar comercial caiu 1,27% para R$ 2,325, na venda. Os poucos negócios e o anúncio de que a Varig e a Boeing fizeram um acordo que prevê a venda de ações da empresa brasileira ajudaram a derrubar a taxa. A Ptax, média das cotações, ficou em R$ 2,343, baixa de 0,64%. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o contrato de janeiro de 2002 caiu 1,36% para R$ 2,341. (Gazeta Mercantil - 19.12.2001)

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6- Copom decide manter TJLP em 10% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, no dia 18.12.2001, manter a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) em 10% ao ano, índice que terá validade durante o primeiro trimestre de 2002. A taxa é composta por 3,5% de fator "inflação" (é a meta prevista para variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo no próximo ano) e 6,5% de fator "risco". Em setembro, quando a TJLP subiu de 9,5% para 10%, o governo argumentava que o fator "inflação" respondia por 3,625% da taxa, enquanto que o fator "risco" representava 6,375%. (Gazeta Mercantil - 19.12.2001)

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gás e termoelétricas

1- Com quebra da Enron, termelétrica RioGen pode não sair do papel

Em 30 dias, a quebra da Enron pode fazer a sua primeira vítima direta no Brasil. Há a possibilidade de ser abandonado o projeto da usina termelétrica RioGen, em Seropédica, que pelo seu desenho produziria 500 MW, ou 10% da demanda do Estado do Rio de Janeiro. O projeto exige investimentos de US$ 400 mi. O secretário estadual de Energia, Wagner Victer, considera que o prazo de 30 dias é suficiente para que a Enron encontre investidores que queiram absorver o empreeendimento e tirá-lo do papel. O próprio secretário, aliás, tem comandado o processo de apresentação do negócio a empresas de energia dispostas a colocar os US$ 400 mi no projeto. (Jornal do Commercio - 19.12.2001)

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2- Obras da térmica Norte Fluminense começam em janeiro de 2002

O consórcio UTE Norte Fluminense, grupo que vai construir a térmica Norte Fluminense, fechou contrato para execução das obras da usina. O acordo foi fechado com o consórcio formado pelas construtoras Andrade Gutierrez, Promon e Odebrecht e prevê investimentos da ordem de R$ 350 mi, durante 28 meses. As obras, que devem começar em janeiro próximo, envolvem os trabalhos civis, de engenharia, da instalação dos equipamentos e da construção da subestação. Além disso, o consórcio será responsável pela ligação do sistema à rede de transmissão e execução dos testes da usina. Atualmente, o consórcio UTE Norte Fluminense está finalizando os serviços de terraplanagem. Prevista para entrar em operação em 2003, a usina terá capacidade instalada de 780 MW em ciclo combinado. A energia gerada pela termelétrica será fornecida à Light. (Canal Energia - 19.12.2001)

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3- RS ganha fábrica de caldeiras a biomassa

A implantação de uma fábrica de caldeiras no município de Santo Antônio da Patrulha (RS), a Becker Vyncke Caldeiras Ltda, foi anunciada no dia 18.12 pela direção da empresa. Com investimento total de R$ 5 mi, a empresa terá capacidade para produzir 24 caldeiras por ano. Cerca de R$ 1,6 mi será financiado pelo Banco Regional Desenvolvimento do Extremo-Sul (BRDE). O empreendimento é voltado para a produção de energia limpa, a partir da queima de biomassa e resíduos agroindustriais, como madeiras e cascas de arroz. A localização estratégica do Estado foi fundamental para a viabilização do projeto. A unidade da Becker Vyncke está sendo ampliada em três mil metros quadrados para abrigar a produção das caldeiras e deve ser concluída no segundo semestre de 2002. (Gazeta Mercantil - Sul - 19.12.2001)

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grandes consumidores

1- Fiemg critica ajuda do governo às concessionárias

O reajuste de 7,9% das tarifas de energia para os consumidores industriais e comerciais provocou indignação geral entre os empresários, que criticaram duramente a ajuda do governo às concessionárias de energia para compensar os prejuízos obtidos com o racionamento. Eles alegam que o reajuste, aliado às perdas do setor produtivo, deverá causar aumento do desemprego e perda de competitividade das empresas no mercado externo. "O racionamento impôs à indústria mineira acréscimo de 20% nos seus custos. Esse aumento provocará um estrago ainda maior", disse o economista da Fiemg, Frederico Ribeiro. (Estado de Minas - 19.12.2001)

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2- Abrace quer que governo explique cálculo do índice de reajuste de 7,9%

A Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia Elétrica (Abrace), que também se manifestou contra o reajuste de 7,9%, quer que o governo explique a razão do aumento e como foi calculado o índice. "Já esperávamos um percentual maior para a indústria, mas queremos entender em que este reajuste foi baseado", afirmou Paulo Ludmer, que preside a Abrace. (Estado de Minas - 19.12.2001)

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3- Comércio mineiro critica reajuste extraordinário

O comércio também aguarda uma piora nas vendas por conta da energia elétrica. O economista da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Fernando Sasso, explica que o reajuste será aplicado no pior período possível para o setor, que é o início de ano, quando o volume de vendas é tradicionalmente pequeno em relação aos outros meses. "Esse aumento reduzirá ainda mais as margens de lucro, pois não há como repassar o custo para o consumidor final." (Estado de Minas - 19.12.2001)

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4- Ferro-ligas devem perder US$ 19 mi por ano com aumento da tarifa

O aumento de 7,9% nas tarifas de energia elétrica para as indústrias vai provocar uma perda de US$ 19 mi por ano, nos próximos três anos, na margem operacional das indústrias de ferro-ligas, setor eletrointensivo que movimenta mais de US$ 850 mi por ano. E, mantido o racionamento de 25% imposto ao setor, essa nova perda vai elevar para US$ 100 mi a queda na margem dessas empresas que, em 2001, calcula estar faturando US$ 178 mi a menos que em 2000, o que já tinha provocado a redução de US$ 136 mi para US$ 55 mi na margem operacional acumulada pelas 16 empresas do setor. "A sensibilidade da nossa indústria ao aumento da tarifa é muito grande e nos leva a uma perigosa perda de competitividade em relação aos concorrentes internacionais", disse Eduardo Caram Patrus, presidente da Ligas de Alumínio S.A. (Liasa) e da Associação Brasileira dos Produtores de Ferro-Ligas e Silício Metálico (Abrafe). (Gazeta Merantil - 19.12.2001)

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internacional

1- RWE quer entrar no mercado norte-americano

A RWE, empresa alemã de energia, está disposta a capitalizar o vácua criado pelo colapso da Enron entrando no mercado energético norte-americana. Atualmente a número dois na comercialização de energia na Europa, a RWE está contratando cerca de 160 funcionários para competir com os rivais americanos Duke Energy, Mirant e Calpine no setor. Um diretor da RWE, Stefan Judisch, disse ontem em Houston que a companhia está se preparando para lançar sua primeira sede americana no primeiro trimestre do ano que vem. Ele disse que até o momento já estão assegurados 50 empregados e que o sistema está sendo testado e um calendário está sendo definido. Judisch disse ainda que muitos empregados da Enron procuraram a RWE em busca de um emprego. A RWE declarou que ainda não falou com muitos parceiros no mercado americano pois quer antes garantir sua capacidade de entrar nesse mercado. (Financial Times-19.12.2001)

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2- Arthur Andersen volta a dizer que cometeu " erros honestos"

A Arthur Andersen, companhia que auditou a Enron pouco antes de sua falência, foi interpelada ontem pela segunda vez por um inquérito do congresso americano e reiterou sua posição de que os equívocos que fez na sua revisão da companhia foram erros honestos. C. E. Andrews, chefe da auditoria global da Andersen, também repetiu as acusações feitas na semana passada de que a Enron teria infringido leis ao reter informação sobre suas parcerias dos auditores da Andersen. Andrews disse que numa das folhas de balanço da companhia, que englobava 20% de seu patrimônio, a Andersen fez um julgamento profissional sobre o tratamento contábil apropriado que se provou errado. Em relação aos demais 80%, Andrews disse que a companhia não foi provida de informação crítica e fundamental. O executivo-chefe da Enron, Kenneth Lay, negou-se a aparecer para depor ontem, mas concordou em testemunhar numa segunda audiência em fevereiro. (Financial Times-19.12.2001)

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3- Dynegy e demais energéticas terão que se adequar a novos padrões

Os recentes rebaixamentos de rating das empresas energéticas promovidos pela Moody´s ressaltam a necessidade de se adotarem novos standards no setor em seguida ao colapso da Enron. Os analistas acreditam que levará ao menos seis meses para que as companhias vão ao encontro dos requerimentos impostos pelas agências de avaliação de crédito. A Dynegy e a El Paso disseram ter planos de reforçar as folhas de balanço, e a Calpine também estaria trabalhando em um novo balanço. A Dynegy pretende vender bens, reduzir os gastos de capital em US$ 750 mi no ano que vem e garantir o equilíbrio para levantar US$ 500 mi no terceiro trimestre. Os bens a serem vendidos incluem uma parcela da Dynegy Storage, algumas pequenas usinas adquiridas via Detesch Energy em meados dos anos noventa e parte da posse de gás natural. (Financial Times-19.12.2001)

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4- Tractebel disputa com Titanium e CPG o controle da Edelnor

Depois de ter recusada uma proposta pelo controle da companhia no meio do ano, a belga Tractebel voltou à briga pela posse da Edelnor chilena através da proposta apresentada pela F.S. Inversiones, ligada à companhia belga, para comprar os 82,34% da Edelnor. A FS oferece pelo controle da companhia a soma de US$ 4,5 mi, que serão pagos em cash no momento da transação. A proposta excede assim as propostas da CPG e da Titanium, já que embora ambas as firmas tenham proposto os mesmos US$ 4,5 mi, elas pretendem pagar a quantia a prazo. Ao adquirir a Edelnor, a Tractebel pode pretender fundi-la com a Electroandina, que também controla, o que seria um passo na direção da fusão da Electroandina com a Colbún, que também é controlada pela Tractebel. (Estrategia-19.12.2001)

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5- Orçamento argentino de 2002 prevê aumento de 3 a 6% na cobrança do gás

O gás argentino aumentará entre 3 e 6% caso se aprove o projeto do orçamento 2002, apresentado ontem pelo ministério da Economia. É porque agora todos os usuários do país, ao invés do Estado, pagariam um subsídio às casas de família da Patagônia, que constitucionalmente pagam 50% a menos pelo gás. As pressões políticas frearam o fim desse benefício, que anteriormente era arcado pelo governo, mas passará a ser bancado pelos demais consumidores. O artigo 73 do Orçamento 2002 cria um Fundo Fiduciário para Subsídios de Consumos Residenciais de Gás. Esse fundo se alimentará com uma cobrança de US$ 4,02 a cada 1000 metros cúbicos de gás consumidos. Fontes do ministério de Infra-estrutura explicaram ontem que o repasso para os consumidores residenciais será da ordem de 3%, enquanto as indústrias terão que pagar 6% a mais. (El Clarín-19.12.2001)

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6- Gaseba Uruguay movimentará US$ 200 mi na próxima década

Nos próximos 10 anos, cerca de US$ 200 mi serão mobilizados pela Gaseba Uruguay e toda a cadeia de gás do país, conforme informou ontem o gerente geral da Gaseba Uruguay, Alain Saclier. A Gaseba planeja investir em Uruguai US$ 100 mi nos próximos 10 anos em obras de infra-estrutura, redes de distribuição e conversão dos clientes residenciais ao gás natural. Além disso, estima que ganhará 100 mil clientes no período e mobilizará outros US$ 100 mi através da compra de equipamentos e da atividade de empresas satélites que realizarão as instalações internas para os clientes e a conversão de gás natural. A Gaseba acredita que no transcurso de seu plano de ação para a próxima década se triplicará seu número atual de clientes, se realizarão renovações na rede de ferro fundido e se multiplicará por sete seu volume de vendas. A Gaseba declarou ainda estar em negociações avançadas com o Ministério de Indústria, Energia e Mineração para colocar as tarifas do gás em um nível acessível a todos os consumidores. (El Observador-19.12.2001)

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7- Lima terá que se adaptar para a chegada do gás de Camisea

A população de Lima sentirá imediatamente o benefício econômico trazido pela chegada ao mercado do gás de Camisea. Não obstante, é imprescindível que quando chegue a Lima, o gás encontre os setores de transportes, industrial e residencial pronto para recebê-lo. Nesse sentido, a partir de 2002, o Ministério de Energia e Minas do Peru começará a coordenar com o Ministério de Transportes, Comunicações, Moradia e Construção o desenvolvimento de uma série de normas para que as novas construções de edifícios e a importação de novos veículos se voltem para esse fim. Com Camisea surgirão novas demandas de indústrias adicionais às existente, que fabriquem por exemplo reguladores, medidores e uma série de elementos básicos para a instalação de um sistema de gás natural. (Gestión-19.12.2001)

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8- Chanceler peruano acredita em cooperação Bolívia-Peru para exportação de gás

O chanceler peruano Diego García Sayán declarou que existe a possibilidade de que a Bolívia e o Peru unam esforços em seus projetos de exportar gás natural ao mercado norte-americano e esclareceu que o Peru põe à disposição da Bolívia os sus portos para o embarque do recurso energético, em virtude de uma plena colaboração sem interesses mesquinhos. O ministro ,que esteve na Bolívia, foi recebido pelo presidente Jorge Quiroga. García Sayán disse que o tema foi tratado na conversa, mas não em profundidade, uma vez que ainda está em estudo a factibilidade do projeto, nas mãos de consórcios de transnacionais que exploram os ricos recursos bolivianos. (La República-19.12.2001)

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9- China pretende investir US$ 100 bi na produção de gás e petróleo

Nos próximos dez anos, as autoridades chinesas planejam investir US$ 100 bi na construção de dutos, no estímulo à exploração de petróleo e gás em território chinês e no exterior, além de intervir em usinas elétricas ineficientes. Pela primeira vez, a China discute a criação de uma reserva estratégica de petróleo equivalente a 20 dias de importações, a um custo de US$ 3 bi. O primeiro-ministro Zhu Rongji planeja também ampliar a desregulamentação do mercado de energia - cortando subsídios e liberando preços - e vem estimulando as principais empresas de petróleo a aumentarem a produtividade e a se voltarem mais para o mercado. O estímulo ao aumento da produção de petróleo e gás explica-se pela necessidade de livrar o país da grande quantidade de carvão barato que hoje envenena as cidades chinesas. (Valor Econômico-19.12.2001)

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10- China pretende investir US$ 100 bi na produção de gás e petróleo

Especialistas acham que a China dispõe de recursos para reformar seu sistema energético. "Não nos esqueçamos de que este é um país com volume fabuloso de poupança", diz Noureddine Berrah, especialista em energia do Banco Mundial. "E com a entrada do país na Organização Mundial do Comércio, os grandes investidores já começam a chegar a Pequim - muitos, na verdade, já estão lá." Além disso, o setor de energia passa hoje por uma abertura, e recebe de braços abertos a participação estrangeira em muitas áreas - da exploração ao refino do petróleo. Começa-se a permitir que multinacionais tenham participação acionária em empresas petrolíferas locais. A ExxonMobil, a BP e a Royal Dutch/Shell Group investiram mais de US$ 1 bilhão nas três principais companhias de petróleo do país - China National Offshore Oil (CNOOC), PetroChina e Sinopec. A Shell e a BP planejam a abertura de centenas de postos de gasolina no Sul da China. (Valor Econômico-19.12.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Ana Clara Cruz, Barbara Oliveira, Fernando Fernandes, Rodrigo Rötzsch e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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