1- Elétricas selam acordo e reajuste sai nesta semana
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Todas as pendências entre geradoras e distribuidoras de energia
foram acertadas e as empresas já contam com o anúncio dos reajustes
tarifários e a liberação do financiamento. Hoje, a Câmara de Gestão
da Crise de Energia se reúne extraordinariamente para debater
o acordo e pode anunciar até o fim da tarde as medidas, se a reunião
não se estender além do previsto. O BNDES cobrirá 90% do déficit
das distribuidoras, que soma R$ 4,2 bi, e deve liberar o dinheiro
em janeiro. O reajuste deve vigorar a partir deste mês. (Valor
Econômico-17.12.2001)
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2- Tarifa de energia da Cerj pode subir 18,07% |
A conta de energia elétrica dos 1,63 milhão de clientes da Cerj
pode ficar 18,07% mais cara a partir de janeiro. O índice pedido
pela concessionária está sendo analisado pela Aneel. O percentual
de repasse, que será divulgado às vésperas do Réveillon, não deve
ficar muito distante do índice reivindicado pela companhia fluminense.
O último reajuste de tarifas da Cerj foi de 17,81%, autorizado
no final do ano passado. Com a homologação das novas tarifas de
energia da Cerj, a agência reguladora encerra a série de aumentos
dados para as 63 distribuidoras de energia elétrica. Os contratos
de concessão firmados entre as empresas e a Aneel determinam reajustes
tarifários anuais. Neles incidem o IGP-M apurado pela Fundação
Getúlio Vargas, encargos não-gerenciáveis e custos, como, por
exemplo, encargos trabalhistas. (Jornal do Commercio-17.12.2001)
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3- Índice proposto pela Cerj parta aumento de tarifas
está 7,23% acima do IGP-M |
O índice solicitado pela Cerj para aumentar suas tarifas está
7,23 pontos percentuais acima do IGP-M acumulado nos últimos 12
meses - a inflação encontra-se em 10,84%. Na prática, isso significa
que a distribuidora está pedindo uma fatia maior de aumento para
fazer frente a outros custos. A base de clientes da concessionária
é de consumidores residenciais. A tarifa de energia residencial
é bem mais cara se comparada com a energia vendida para a indústria.
Dos 1,63 milhão pontos de consumo, 1,4 milhão referem-se a residências,
ou seja, 85,42%. O processo de reajuste das tarifas de energia
elétrica começa bem antes da data-limite do aniversário do contrato
de concessão. Cabe às distribuidoras apresentarem uma planilha
com as justificativas dos índices pedidos. No caso da Cerj, está
sendo reivindicado um aumento de 18,07%, bem acima dos 12% anunciados
no mês passado pela companhia como sendo o índice ideal para repasse
às tarifas. (Jornal do Commercio-17.12.2001)
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4- Preço de energia preocupa governo |
O reajuste da energia elétrica durante o Plano Real ficou em 189,39%
na média em todo o país. As capitais que mais tiveram aumentos
na conta de energia elétrica foram Belo Horizonte (228%), Salvador
(213,57% e Rio de Janeiro (210,47%). Somente este ano, o reajuste
médio no país chegou a 14,93%, puxado por um aumento de 28,29%
em Belém, seguido de 17,31% em Curitiba. As tarifas de energia
elétrica são hoje uma das principais preocupações do governo,
pois têm um impacto muito forte sobre uma taxa de inflação que
já está bastante pressionada. (O Globo - 17.12.2001)
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5- Economistas prevêem reajustes da energia entre 20%
e 25% no ano que vem |
Os economistas são menos pessimistas que o BC quanto à energia
e a maioria projeta reajustes entre 20% e 25% para a energia em
2002. O economista da PUC-RJ Luiz Roberto Cunha, trabalha com
um aumento para a energia elétrica na casa dos 20%, no próximo
ano. Sua avaliação é que, na média, os preços administrados subam
10% respondendo por 2,5 pontos percentuais da inflação do IPCA,
no ano. "O grande vilão será a energia elétrica", vaticinou. Ele
estima inflação entre 5% a 5,5% em 2002, num cenário de câmbio
em R$ 2,40. Os economistas esperam uma pressão menor do câmbio
sobre a inflação no próximo ano. O economista Luis Afonso Lima,
do BBV Banco, projeta câmbio de R$ 2,55 no final de 2001 e de
R$ 2,65 em dezembro de 2002. "E não esperamos um repasse de depreciação
superior ao deste ano", explicou,. Em 2001, calculou, 15% da desvalorização
foi parar nos preços. (Valor Econômco-17.12.2001)
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6- Anexo 5 será aplicado somente em maio |
O principal ponto de discussão das negociações entre as elétricas
e o governo - a aplicação ou não do Anexo 5 dos contratos iniciais
- foi finalmente acertado. Ele será aplicado somente no mês de
maio, onde não havia oficialmente racionamento, com um deságio
de 40% e depois será extinto. Isso significa que as geradoras
terão de arcar com alguma perda que as distribuidoras tiveram
naquele mês, mas não pagarão o valor integral dos preços do MAE
no período, de R$ 684 MWh. Segundo o levantamento da Abrage, a
perda está estimada em R$ 240 mi, somente em maio. Com o deságio
de 40%, as geradoras vão pagar cerca de R$ 150 mi à vista às distribuidoras.
Mas as geradoras terão de arcar com outros R$ 220 mi referentes
à energia livre comprada em maio dos geradores independentes.
(Valor Econômico-17.12.2001)
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7- Produtoras terão que pagar 60% do VN pela energia
livre |
Para o período do racionamento, ficou acertado que as produtoras
de energia terão de desembolsar pela energia livre 60% do VN-
que hoje é R$ 75,96 o MWh para energia hidrelétrica - e não mais
70% do VN como havia sido acertado anteriormente. Não haverá recompra
de energia a preços do MAE durante o racionamento. Entre junho
e novembro, onde a redução média foi de 20% no consumo, as geradoras
vão receber o diferimento da média do que foi faturado, o equivalente
a R$ 1,2 bi. O dinheiro será repassado pelas distribuidoras, que
receberão diretamente o financiamento do BNDES. De dezembro até
o mês final do racionamento, os geradores vão faturar 98% dos
contratos, cabendo às distribuidoras o pagamento de empréstimos
mensais, variando de acordo com as perdas das geradoras em cada
mês. Terminado o período de contenção , ficou combinado que o
valor da energia livre será de 90% do VN, e não o seu valor integral,
conforme tratado anteriormente. (Valor Econômico-17.12.2001)
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8- Aneel autoriza construção de 20 usinas eólicas |
A Aneel autorizou a construção de 20 novas usinas eólicas que
juntas terão capacidade de geração de 1.773 MW. A maior parte,
18 delas, será construída na região Nordeste, no Rio Grande do
Norte, Ceará, Pernambuco e Bahia. Duas usinas serão construídas
no Rio de Janeiro. Nos próximos dias, a agência deverá autorizar
novas usinas, que totalizarão mais de 2 mil MW, aproximadamente.As
informações são da Radiobras. (Safras - 14.12.2001)
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9- Usinas éolicas beneficiarão o Estado do Rio de Janeiro |
O secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo,
Wagner Victer, disse ontem que a decisão da Aneel de autorizar
a construção das usinas eólicas representará um grande impulso
para o Estado, uma vez que o Rio de Janeiro tem dois projetos
de geração que receberão investimentos de US$ 170 milhões, a cargo
da francesa Siif Énergies: um em Arraial do Cabo, com potência
de 39,60 MW e operação prevista para 2003 e outra também no mesmo
município, com potência de 135 MW. Victer informou ainda que há
outros projetos em estudo para o Norte do Estado, a cargo da EnerBrasil.
(Jornal do Commercio - 17.12.2001)
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1- Governo flexibiliza metas de consumo |
A GCE decidiu tornar ainda mais flexíveis as metas de consumo
de verão, principalmente para as famílias que costumam viajar
no período. Uma resolução da GCE publicada ontem permite que seja
substituído um mês de consumo atípico por outro de consumo regular
para efeito de cálculo da meta. Uma família que tenha saído de
férias em janeiro deste ano e por isso consumiu pouca energia
no mês, pode considerar o que foi gasto em novembro de 2000 ou
em março de 2001 e assim aumentar a média. A medida vale para
quem está usando como base para o cálculo da nova meta de gasto
a média do que foi consumido em dezembro de 2000 e em janeiro
e fevereiro deste ano. Nesses casos, a meta é redução de 20% no
consumo. A opção vale para os consumidores residenciais, comerciais
e de serviços, que devem solicitar à distribuidora a mudança dos
meses de referência para cálculo da meta. Será caracterizado como
mês de consumo atípico aquele em que o gasto seja de, no mínimo,
30% menor que a meta mensal de consumo. (Jornal do Commercio-17.12.2001)
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2- Distribuidoras já aceitam revisão |
A Light informou ontem que já está recebendo pedidos de revisão
de meta de consumo de verão. De acordo com o superintendente de
Qualidade e Sistemas Comerciais da Light, Ernesto Haikewitsch,
a concessionária estava apenas esperando uma decisão da GCE para
começar a analisar a solicitação dos clientes. Já a Cerj informou
que o número de pedidos de revisão de meta pode chegar a 5% do
total de clientes residenciais da empresa, o que equivale a 80
mil consumidores. "Cerca de 70% dos clientes da Cerj ficaram com
a meta de inverno, mas, com a possibilidade de revisão de meta
do verão, esse número pode cair", informou o gerente de Coordenação
da Cerj, Carlos Ewandro Naegele. (O Globo - 17.12.2001)
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3- Norte e Nordeste são únicas regiões a cumprir meta |
O Norte e o Nordeste continuam sendo as únicas regiões a cumprirem
a meta de consumo. Na quinta-feira , no Norte, foram consumidos
2.172 MW médios, para uma meta de 2.300 MW médios. A economia
acumulada na região de 1º a 13 de dezembro é de 9,74% acima da
meta. No Nordeste, foram gastos 5.202 MW médios, para uma meta
de consumo de 5.400 MW. A economia acumulada dos 13 primeiros
dias de dezembro na região é de 6,91% acima da meta. (O Imparcial
- 17.12.2001)
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4- Consumo aumenta nas regiões Sudeste e Centro-Oeste |
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o consumo continua aumentando.
Na quinta, pela terceira vez consecutiva, o gasto de energia nas
duas regiões foi superior à meta estipulada pelo governo. De acordo
com o boletim diário de acompanhamento do ONS, foram consumidos
23.945 MW médios, enquanto o limite determinado é de 23.500 MW
médios. A economia de energia registrada nas duas regiões ficou
1,89% abaixo da meta, o que está provocando queda no índice de
economia acumulada no mês. Nos 13 primeiros dias de dezembro a
economia foi de 5,32% acima da meta, tendo chegado ao índice mais
alto de 9,55% no acumulado de 1º a 5 de dezembro. Os reservatórios
que abastecem as usinas hidrelétrica no Sudeste e no Centro-Oeste
chegaram ontem a 25,32% de sua capacidade máxima, o que representa
11,51 pontos porcentuais acimada curva guia, que é o limite mínimo
determinado pelo governo para este mês. No Nordeste o nível dos
reservatórios ontem era de 10,24%, o que significa 5,68 pontos
porcentuais acima da curva guia. (Tribuna da Imprensa - 17.12.2001)
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5- Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste continuam
enchendo |
Apesar do aumento do consumo, os reservatórios que abastecem as
usinas hidrelétricas no Sudeste e no Centro-Oeste continuam enchendo
e chegaram a 25,32% de sua capacidade máxima no dia 13.12, o que
representa 11,51 pontos percentuais acimada curva guia, que é
o limite mínimo determinado pelo governo para este mês. No Nordeste
o nível dos reservatórios no dia 13.12 era de 10,24%, o que significa
5,68 pontos percentuais acima da curva guia. (Tribuna da Imprensa
- 17.12.2001)
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6- Volume de água em Sobradinho se mantém baixo |
O ONS não soube explicar em que critérios se baseou o ministro
das Minas e Energia, José Jorge, para afirmar que, se o reservatório
de Sobradinho atingir 50% de sua capacidade, o racionamento poderá
ser suspenso em março. De concreto, sabe-se que há uma semana
não tem chovido na região, mas há previsões de chuvas para os
próximos dias o que, talvez, justifique o otimismo do ministro.
Passando pela pior seca em 70 anos, Sobradinho está com 8,55%
de sua capacidade, 3,55% a mais do limite de segurança, segundo
informou o boletim publicado no dia 13.12.2001 pela ONS. (A Tarde
- 16.12.2001)
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7- Sul deve reduzir transferências para o Sudeste nos
próximos meses |
A secretária de Energia, Minas e Comunicações do Rio Grande do
Sul, Dilma Rousseff, traçou, durante o encontro do Conselho Estadual
de Política Energética, um panorama das condições de abastecimento
na Região Sul, que está ingressando no período de estiagem. Nos
próximos meses, Dilma disse que a tendência é de que o Sul reduza
as transferências de energia para o Sudeste. Ela afirmou não acreditar
no fluxo inverso. O intercâmbio de energia do Sul para o Sudeste
ficou em 1.575 MW médios entre maio e novembro. Neste período,
899 MW médios deixaram de ser transferidos devido ao limite físico
nominal de 2.500 MW médios do sistema. (Tribuna da Imprensa -
17.12.2001)
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8- Fim do racionamento tem data marcada na região Norte |
O racionamento de energia elétrica na região Norte (parte do Maranhão,
leste do Pará e Tocantins pela classificação da ONS), deve acabar
no próximo dia 27, segundo afirmou ontem o vice-presidente da
Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace),
Paulo Ludmer. De acordo com ele, a GCE trabalha com essa data
porque o reservatório de Tucuruí, o principal da região, tem enchido
em um ritmo de até 3% ao dia devido às fortes chuvas. Segundo
Ludmer, Tucuruí chegará ao ponto de verter água. "Até há alguns
dias o Norte mandava 400 MW para o Nordeste, que precisa de 1.300
MW. Os outros 900 MW eram mandados pelo Sudeste e Centro-Oeste.
Agora o Norte abastece o Nordeste em 1.000 MW e o Sudeste manda
os outros 300 MW", disse. Assim, Turucuí se mantém cheio, por
conta das chuvas, e os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste
enchem mais depressa, porque mandam menos energia para o Nordeste.
(O Imparcial - 17.12.2001)
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9- Indústrias economizam mais energia na área de concessão
da Eletropaulo |
O setor industrial da área de concessão da Eletropaulo obteve
mais adesão à redução no consumo de energia no mês de novembro
em relação a outubro. As indústrias que utilizam energia elétrica
em alta tensão, cuja meta é de 25%, foram as que apresentaram
um melhor resultado: em novembro, 86% cumpriram a meta, ante 85%
em outubro. Nas indústrias com meta de redução de 20% e 15%, o
índice foi de 85% e 88%, respectivamente. No mês anterior, as
reduções foram de 83% e 88%. Entre os clientes residenciais, houve
uma redução no cumprimento da meta. Em novembro, 75% respeitaram
a meta de consumo, ante 78% em outubro. Os clientes que consomem
mais de 500 KWh continuam apresentando o melhor índice de redução,
com 93% dentro da meta. No setor comercial, os clientes de média
e alta tensão mantiveram os índices de outubro, 89% ficaram dentro
da meta estabelecida de economia de energia. Entre as empresas
comerciais de baixa tensão o resultado também foi igual a outubro,
82% cumpriram a meta. (Gazeta Mercantil - 14.12.2001)
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10- RS critica avaliação sobre efeitos da crise energética
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A secretária de Energia, Minas e Comunicações do Rio Grande do
Sul, Dilma Rousseff, criticou a posição da GCE ao sinalizar que
o Sul não seria beneficiado pela recomposição de perdas registradas
pelas geradoras e distribuidoras com o racionamento. "Não dá para
fingir que as concessionárias do Sul não tiveram perdas de mercado",
afirmou Dilma, que participou da reunião do Conselho Estadual
de Política Energética. Para o Sul, o ONS recomendou uma economia
de 7% a partir de junho, que foi promovida de forma voluntária
por governos, empresas e consumidores. (Tribuna da Imprensa -
17.12.2001)
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11- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para
obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo
produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Eletronorte muda estratégia em Belo Monte |
As derrotas na Justiça e o risco cada vez maior de atrasos no
cronograma das obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, no oeste
do Pará, levaram a Eletronorte, responsável pelos estudos de viabilidade
do empreendimento, a mudar sua estratégia. A ordem agora é atuar
em duas frentes. No front jurídico, a empresa passará a contar
com a Advocacia Geral da União que, a partir desta semana, assume
o caso, conforme informou na semana passada o gerente do departamento
jurídico da Eletronorte, Luiz Carlos Gatto. E como a lide judicial,
travada com o Ministério Público, poderá se estender por um longo
tempo, a estatal decidiu tomar medidas para garantir o cronograma.
(Gazeta Mercantil - Norte - 17.12.2001)
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2- Eletronorte suspende convênio com a Fadesp |
De acordo com a nova estratégia que adotou para garantir o cronograma
da hidrelétrica de Belo Monte, a Eletronorte passará a seguir
todas as recomendações do Ministério Público. A primeira medida
foi a suspensão do convênio com a Fadesp (Fundação de Amparo ao
Desenvolvimento da Pesquisa). A Fundação, ligada à Universidade
Federal do Pará, foi contratada por cerca de R$ 4 mi para fazer
os estudos ambientais na área do Xingu. Como a contração foi feita
sem licitação, o Ministério Público contestou o convênio e, na
semana passada, o juiz substituto da 5ª Vara Federal do Pará,
Herculano Martins Nacif, tirou as esperanças de que o trabalho
poderia ser retomado em breve, ao manter a liminar que suspendia
os estudos. A Eletronorte decidiu então cancelar o convênio. (Gazeta
Mercantil - Norte - 17.12.2001)
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3- Ibama vai acompanhar estudos de Belo Monte |
A falta de acompanhamento, por parte do Ibama, do estudo ambiental
realizado pela Fadesp (Fundação de Amparo ao Desenvolvimento da
Pesquisa) na área do Xingu, foi outro motivo apontado pelo Ministério
Público para pedir a suspensão do trabalho. O MP entende que,
por receber afluentes que passam por outros estados, o Xingu é
um rio federal. Por isso, o acompanhamento teria que ser feito
pelo órgão federal. A Eletronorte diz que os impactos da obra
ficarão apenas no Pará e entende que a competência para a análise
é da Secretaria Executiva de Ciências Tecnologia e Meio Ambiente
do Pará (Sectam). Nesta semana, porém, enviará carta ao Ibama
com cópias do estudos já feitos pela Fadesp e pedirá que o Instituto
passe a acompanhar o trabalho. (Gazeta Mercantil - Norte - 17.12.2001)
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4- Eletronorte enviará carta ao Congresso pedindo autorização
para continuar estudos |
A Eletronorte anunciou que enviará carta ao Congresso, pedindo
autorização para continuar os estudos para a viabilização de Belo
Monte. O Ministério Público Federal alega que por afetar terras
indígenas, mesmo o levantamento do potencial da usina só poderia
ser iniciado após autorização dos parlamentares. Para a Eletronorte,
a autorização do Congresso só seria necessária para "efetivação"
da obra. "Estamos fazendo apenas os estudos. Não pedimos autorização
porque ao final, um estudo pode considerar um investimento inviável",
disse o diretor de Operação, Jorge Palmeira. Com as decisões judiciais
desfavoráveis, a Eletronorte decidiu também retirar todos os seus
técnicos de Altamira. Eles serão deslocados, após o Ano Novo,
para Itaituba, onde começarão a estudar outros aproveitamentos
hidrelétricos. (Gazeta Mercantil - Norte - 17.12.2001)
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5- MPF quer devolução das verbas gastas com estudos
de Belo Monte |
A Eletronorte já gastou R$ 3,8 mi para desenvolver os estudos
ambientais da hidrelétrica de Belo Monte. O Ministério Público
Federal vai ingressar com ação civil pública contra a Eletronorte
e a Fundação de Amparo e Desenvolvimento de Pesquisas (Fadesp)
para a devolução aos cofres públicos do dinheiro gasto com estes
estudos. Cerca de 95% dos R$ 3,8 mi do convênio já foram pagos
à Fadesp, acompanhando a proporcionalidade dos serviços executados.
As parcelas eram liberadas à medida que os pesquisadores concluíam
as diversas etapas do estudo. Elogiando a competência técnica
da Fadesp ao fazer o Eia/Rima de Belo Monte, o diretor da Eletronorte,
Jorge Palmeira, informou que o Tribunal de Contas da União considerou
perfeitamente legal a contratação da entidade. O tribunal apenas
sugeriu, em seu relatório, ainda não votado em plenário, que o
convênio assinado entre a empresa e a Fadesp seja transformado
em contrato. (Tribuna da Imprensa - 17.12.2001)
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6- Celesc tentará vender ações da Casan em 2002 |
As ações da Casan foram a leilão no dia 13.12.2001 na Bovespa,
mas não houve interessados. Os operadores e investidores do setor
alegaram dois motivos para justificarem o desinteresse: ausência
de regulamentação do segmento de saneamento, cujo projeto tramita
no Congresso Nacional, e a falta de ingerência na empresa caso
comprassem os papéis. Apesar do fracasso, o diretor-financeiro
da Celesc, Ênio Branco, garantiu que vai esperar um momento mais
adequado e levar os papéis a um novo leilão em 2002. Para evitar
mais um contratempo, a estatal vai pedir ao governo do Estado
auxílio para deixar os papéis mais atrativos. (A Notícia - 17.12.2001)
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7- Sindicato vai tentar evitar comercialização das
ações da Casan |
A Celesc vai enfrentar resistência dentro do próprio Estado para
vender os 19,7% do capital da Casan. A direção do Sindicato dos
Trabalhadores em Água e Saneamento de Santa Catarina (Sintaesc)
prometeu mobilizar a Federação dos Municípios catarinenses (Fecam)
na tentativa de evitar a comercialização das ações. "Embora o
leilão tenha fracassado, o governo não vai desistir de vender
esses papéis", entende o diretor-financeiro do sindicato, Mário
Dias. (A Notícia - 17.12.2001)
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8- Usinas eólicas serão geridas pela Sif Ènergies e
pela Enerbrasil |
A maior parte da energia produzida pelas usinas eólicas a serem
instaladas no Brasil será gerada pela Siif Énergies Brasil Ltda.,
afiliada do grupo Siifelec, que produzirá 1.080 MW em sete usinas
eólicas. As outras 13 usinas serão construídas pela Enerbrasil
Energias Renováveis do Brasil Ltda, ligada ao grupo espanhol Cia.
Americana de Energias Renovables S/A. Segundo a Aneel, as duas
empresas atuarão como produtores independentes de eletricidade,
estão sediadas no Rio de Janeiro, e poderão comercializar livremente
sua energia. Nos próximos dias a Agência deverá conceder autorizações
para novos empreendimentos, que poderão adicionar 2 mil MW ao
parque gerador. (Jornal do Commercio-17.12.2001)
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1- Leilão de excedente do MAE negocia 2.000 MWh |
O leilão de energia excedente no MAE registrou, no dia 14.12.2001,
a movimentação de 2.000 MWh. Essa energia foi negociada a R$ 108
o MWh, o que movimentou um total de R$ 216 mil. As ofertas registradas
pelos compradores foram de 990 MWh a R$ 112 o MWh; 1.000 MWh a
R$ 110; 500 MWh a R$ 109 o MWh; além de outras duas de 380 MWh,
com um lance de R$ 95 o MWh. Na ponta vendedora, houve oferta
de 4.600 MWh, sendo 2.000 MWh a R$ 108; 1.200 MWh a R$ 115; 800
MWh a R$ 118; 200 MWh a R$ 120 e 400 MWh a R$ 125. (Gazeta Mercantil
- 14.12.2001)
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2- Preços do MAE para região têm aumento de 1.132,5% |
Para a terceira semana de dezembro, os preços do MAE para a região
Sul tiveram um aumento de 1.132,5%. Nesta semana, os valores,
válidos para os dias 15 a 21 de dezembro, estão em R$ 49,30. Na
semana anterior, o preço foi de R$ 4,00. Nas demais regiões afetadas
pelo racionamento, os preços são determinados de acordo com a
resolução nº 77, da GCE. Assim, nas regiões Sudeste/Centro-Oeste
e Norte, o valor fixado é de R$ 336,00. Já no Nordeste, o preço
é de R$ 562,15. (Canal Energia - 17.12.2001)
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3- AES Infoenergy pretende comercializar 40 MW médios
em 2002 |
Seguindo a tendência de outras grandes empresas de energia no
país, a AES Sul inicia, a partir de janeiro, as operações da AES
Infoenergy, braço comercial da distribuidora gaúcha. A empresa
nasce, além do propósito de trading, oferecendo uma linha de serviços
de informação sobre o segmento. A comercializadora nasceu dos
quadros da própria AES Sul, onde as funções de compra e venda
de energia seriam operadas num setor da empresa. Este ano, a distribuidora
optou por criar uma subsidiária voltada integralmente para trading.Inicialmente,
se prevê um volume de negociações próximos a 40 MW médios para
o ano que vem. Além da AES Sul, a comercializadora também pretende
atuar transacionando energia de outras empresas. (Canal Energia
- 17.12.2001)
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1- Câmbio e energia ameaçam meta inflacionária de 2002
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A valorização do real frente ao dólar neste fim de 2001 e a definição
de um reajuste pequeno (entre 3% e 4%) para compensar as perdas
das distribuidoras com o racionamento só vão ajudar a inflação
no curto prazo. No conjunto, as pressões que já existem para 2002
continuam a desenhar um cenário sem espaço para queda iminente
de juros, segundo avaliação de economistas ouvidos pelo Valor.
A meta do BC para a inflação de 2002 é 3,5% (com flutuação até
5,5%). Apenas os preços administrados (serviços públicos principalmente)
devem responder por uma inflação anual entre 2,0% e 2,5%, deixando
um espaço muito pequeno para a variação dos demais preços da economia
(especialmente aqueles que respondem à variação do câmbio e ao
aumento da demanda). Por isso, os economistas continuam a esperar
juros altos, ritmo fraco de atividade e câmbio monitorado pelo
BC. (Valor Econômico-17.12.2001)
Índice
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2- Índices de inflação serão divulgados na quarta e
na quinta |
Na quarta e quinta-feira, dias 19.12 e 20.12, o mercado financeiro
vai estar de olho à divulgação de índices de inflação. Serão conhecidas
a segunda prévia do IGP-M, a segunda prévia da inflação ao consumidor
em São Paulo e a inflação apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor
Amplo entre 15 de novembro e 15 de dezembro. (Gazeta Mercantil
- 14.12.2001)
Índice
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3- Leilões serão retomados em janeiro |
A primeira experiência na tentativa de alongar o vencimento de
títulos cambiais foi considerada um sucesso pelo diretor de política
monetária do Banco Central (BC), Luiz Fernando Figueiredo. "O
mercado está vendo com tranqüilidade a questão de alongar", disse.
O teste foi considerado tão positivo, que os leilões de troca
serão retomados em janeiro, admitiu o BC. Na operação do dia 14.12,
o BC recomprou Notas do Banco Central série Especial (NBC-E),
com vencimento no início de 2002, e vendeu Notas do Tesouro Nacional
série D (NTN-D), de longo prazo, com dois lotes, um para 20 de
janeiro de 2005 e o outro, em 20 de setembro de 2006. "O leilão
foi um teste e alcançou seu objetivo", afirmou, após o término
da operação. (Gazeta Mercantil - 17.12.2001)
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4- Tesouro vende títulos públicos pela Internet |
No dia 17.12.2001, o Tesouro Nacional começa a vender títulos
públicos aos investidores pela Internet, no endereço www.tesouro.fazenda.gov.br.
As compras em papéis públicos podem chegar a R$ 200 mil por mês.
O valor mínimo será de R$ 200. O objetivo do governo é ampliar
a negociação com títulos públicos. (Gazeta Mercantil - 14.12.2001)
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5- Projeções para as taxas de juros tiveram pequena
volatilidade no dia 14 |
As projeções para as taxas de juros tiveram pequena volatilidade
no dia 14.12.2001. Os investidores aguardam no dia 19.12 a conclusão
da reunião do Copom que irá definir o rumo da taxa básica de juros,
que está em 19% ao ano. A expectativa é de que a inflação acumulada
no ano - de 6,98% e já superior à meta de 4% com a variação de
dois pontos percentuais - não permita a redução nos juros básicos.
Entre os contratos mais negociados, o de janeiro de 2002 passou
de 19,17% para 19,12% ao ano. A taxa de abril saiu de 19,73% para
19,81%. O contrato a termo de DI, que vence em julho, saiu de
20,35% para 20,47%. (Gazeta Mercantil - 14.12.2001)
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6- Dólar fecha semana a R$ 2,377 para venda |
No dia 14.12.2001, o dia foi de poucos negócios devido à proximidade
do final de ano. O preço do dólar comercial subiu 0,13% e valia
R$ 2,377 (venda). A Ptax, média das cotações, ficou em R$ 2,384,
baixa de 0,03%. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros ( BM&F ), o
contrato de janeiro caiu 0,04%, para R$ 2,394. (Gazeta Mercantil
- 14.12.2001)
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1- RS quer aumentar produção de termelétricas |
A secretária de Energia, Minas e Comunicações do Rio Grande do
Sul, Dilma Rousseff, defendeu o despacho das térmicas e a importação
integral de energia da Argentina - 550 MW estão previstos para
março do ano que vem - para que o Sul possa enfrentar sem riscos
elevados os meses de dezembro a abril (período de estiagem). A
Região Sul já fez este pedido, que permitiria poupar os reservatórios
das hidrelétricas, aumentando a produção termelétrica, ao ministro
Pedro Parente, coordenador da CGCE, que encaminhou a questão para
ser estudada pelo ONS, descreveu Dilma. Entre junho e novembro,
a geração das termelétricas no Sul ficou em média 600 MW abaixo
dos que previam os estudos para o período. As projeções indicavam
geração entre 1.600 MW e 1.800 MW com as unidades instaladas -
Jorge Lacerda (SC), Presidente Médici (RS), São Jerônimo (RS),
Charqueadas (RS), Alegrete (RS) e Uruguaiana (RS). (Tribuna da
Imprensa - 17.12.2001)
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2- Usina Cocal inaugura complexo de cogeração |
A usina Cocal acaba de inaugurar um dos mais modernos complexos
do estado de São Paulo de cogeração de energia a partir do bagaço
de cana. O complexo tem capacidade para cogerar 25 mil KWh de
energia. O processo ainda está em fase de testes, mas em breve
estará em funcionamento. Antes mesmo da crise de energia a empresa
já estava investindo na cogeração de energia elétrica a partir
dos resíduos de cana-de-açúcar. De acordo com o supervisor, Sérgio
Cariati, o processo de cogeração de energia da Cocal é um dos
mais modernos do país com caldeira considerada como inovadora
no conceito de geração de vapor. A tecnologia é totalmente nacional
e o equipamento foi projetado para utilizar bagaço de cana e também
combustíveis complementares (óleo e gás natural), o que permite
o funcionamento durante todo o ano e não apenas no período de
safra. (Canaweb - 14.12.2001)
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3- Estaleiro Itajaí lança navio para transporte de
gás |
Um navio especializado no transporte de
gás foi lançado pelo Estaleiro Itajaí S/A, do Grupo Metalnave,
em Itajaí. O Metaltanque 4 é o primeiro de uma série de três navios
gaseiros encomendados pela Metalnave que vão gerar no próximo
ano 1.500 empregos diretos e seis mil indiretos. Além dos empregos,
os navios propaneiros permitirão uma economia de US$ 3,5 milhões
por semestre, que eram gastos com o frete de navios estrangeiros.
A embarcação deverá estar pronta para sua primeira viagem em sete
meses. Com capacidade de 6,4 mil metros cúbicos de gás, 114 metros
de comprimento e pesando oito mil toneladas, o Metaltanque IV
operará em toda a costa brasileira e argentina. (A Notícia - 17.12.2001)
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1- Indústria tem queda em 9 regiões em outubro |
A indústria brasileira apresentou tendência de queda em nove das
12 áreas pesquisadas em outubro de 2001, segundo informou o IBGE,
no dia 14.12.2001, em seus indicadores regionais do mês. As indústrias
que apresentaram crescimento no período foram as de Santa Catarina
( 11,0%), da região Sul (3,0%) e de Pernambuco ( 2,7%). A indústria
do Rio de Janeiro apresentou a maior queda do mês (8,9%). No período
acumulado de janeiro a outubro, oito das 12 áreas pesquisadas
apresentaram crescimento em comparação com igual período de 2001.
As maiores taxas de elevação foram as da indústria do Paraná (4,3%)
e de Santa Catarina (4,3%). Em seguida, estão São Paulo (3,4%)
e Rio de Janeiro (2,5%). (Gazeta Mercantil - 14.12.2001)
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2- Tendência de desaceleração permanece na indústria |
A tendência de desaceleração na atividade industrial permaneceu
nos dados apresentados, no dia 14.12.2001, pelo IBGE, em seus
indicadores regionais. A gerente de Análise do Departamento de
Indústria do Instituto, Mariana Martins Rebouças, considerou que
o cenário do mês de outubro, que revelou queda em nove das 12
áreas pesquisadas pelo IBGE, é afetado por fatores como racionamento,
juros, crise na Argentina e desaceleração na economia mundial.
Ela chama atenção para o fato de que, no ano passado, a indústria
estava em ritmo crescente, e que a comparação com uma base elevada
no ano passado afetou o resultado de outubro. Mariana considerou
ainda que as encomendas de vendas direcionadas para o Natal começaram
tarde este ano. Tradicionalmente a indústria se aquece já em setembro,
mas em 2001, a preparação para as vendas no final do ano só começou
em final de outubro. (Gazeta Mercantil - 14.12.2001)
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3- São Paulo tem 1ª queda mensal desde setembro de
99 |
A
indústria de São Paulo apresentou em outubro de 2001 queda de
2% em comparação com o mesmo mês do ano passado. É o primeiro
resultado mensal negativo do Estado desde setembro de 1999, de
acordo com os indicadores regionais de indústria do IBGE. Segundo
o instituto, a utilização de uma base comparativa maior do ano
passado e a queda significativa no segmento material de transporte
- influenciado pela indústria automobilística - afetaram o desempenho
do Estado no mês. Outros segmentos que conduziram ao resultado
de queda de São Paulo foram os de metalúrgica, que deteve queda
de 3,7% em comparação com o mesmo mês no ano passado, e material
elétrico de telecomunicações, com variação negativa de 2,9% no
período. (Gazeta Mercantil - 14.12.2001)
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4- SC detém maior alta mensal desde outubro de 1997 |
Santa Catarina apresentou a maior taxa mensal de crescimento de
sua indústria desde outubro de 1997, com 11% de alta em comparação
com o mesmo mês do ano passado. De janeiro a outubro deste ano,
o Estado verifica elevação de 4,3% e, no período de 12 meses,
detém alta de 4,1%. Os dados são dos indicadores regionais da
indústria, divulgados pelo IBGE. No Estado, dez dos 17 ramos industriais
apresentaram taxas positivas de crescimento em outubro, em relação
ao mesmo mês de 2001. As altas mais impactantes foram as no segmento
de material elétrico (115%) e de produtos alimentares (9,9%).
As principais influências negativas foram as quedas de papel e
papelão (0,6%) e de produtos de matérias plásticas (11,7%). Segundo
o instituto, o desempenho positivo da indústria catarinense deve-se
ao aumento na fabricação de equipamentos para o setor de energia
elétrica, aves abatidas e carne de suíno. (Gazeta Mercantil -
14.12.2001)
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1- Governo espanhol quer encaminhar venda da Enagas
em janeiro |
O Ministério de Economia espanhol quer definir em janeiro próximo
o regulamento sobre tarifas para o transporte de gás e estabelecer
as condições para a venda da Enagas, filial da empresa Gas Natural.
O projeto, que deveria estar em marcha há meses, sofreu atrasos
constantes devido às dificuldades para chegar a um consenso em
que nenhuma das partes saia prejudicada. Um decreto de 29/06/2000
estabelece que a Gas Natural tem que vender 65% de seu capital
para cumprir com os compromissos de liberalização energética e
para quebrar seu monopólio no setor. No entanto, a operação não
pôde ser colocada em marcha antes que fosse definido o regulamento
sobre tarifas de transporte e pedágio. A venda da Enagás deve
se dar em dois ramos: um para investidores institucionais e outro
em que poderão entrar companhias elétricas e operadoras de gás.
As grandes companhias Endesa, Ibredrola, Unión Fenosa e Hidrocantrábico
já anunciaram seu interesse de se tornarem acionárias da Enagas.
(El Mundo-17.12.2001)
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2- Governo espanhol pode criar caução para garantir
a criação de novas hidrelétricas |
A Comissão Nacional de Energia Espanhola propôs ao governo que
obrigue as empresas interessadas em construir novas centrais elétricas
a depositar uma antecipação do investimento a ser realizado. O
fim dessa caução seria garantir a realização do projeto. A questão
da diminuição das tarifas pode ser postergada para 2003, então.
O documento elaborado pela CNE, a pedido do vice-presidente Rodrigo
Rato, analisa a situação do sistema elétrico e de gás natural
e tem como objetivo fundamental garantir o fornecimento nos próximos
anos. A situação exposta pelo documento é de que no momento o
fornecimento está garantido, mas que serão necessários investimentos
da ordem de US$ 1,35 bi de dólares no sistema de gás e outros
US$ 1,5 na rede elétrica entre 2001 e 2005. (El País-17.12.2001)
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3- Usinas nucleares dos EUA não estão preparadas para
ataques terroristas |
Os testes de segurança
criados pela Comissão Reguladora Nuclear dos EUA para garantir
que os seguranças dos reatores podem repelir terroristas envolvem
ataques simulados por apenas três intrusos, ajudados por um guarda
dentro da usina, de acordo com um grupo de segurança nuclear.
No entanto, até contra desafios tão limitados, os guardas de quase
metade dos reatores se saíram mal nos testes, de acordo com documentos
reunidos pelo grupo. A regulação nuclear considera cinco guardas
um bom contingente para lidar com ataques externos e sequer considera
a hipótese de ataques por via aérea ou marítima, muito embora
muitas usinas fiquem a beiras de rio ou do mar ou em zonas onde
o vôo não é estritamente controlado. A Comissão Reguladora Nuclear
considera que um ataque em maiores proporções não é plausível.
(New York Times-17.12.2001)
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4- Enron quer realizar leilão em janeiro |
A Enron encontrou ao menos 14 compradores potenciais para seus
negócios de comercialização de energia, o suficiente para que
ela planeje um leilão para a unidade em menos de um mês, sem excluir
a possibilidade de uma venda extra-leilão antes. Na tarde de Sexta-feira,
advogados da Enron entraram com uma petição pedindo que o Juiz
Arthur Gonzalez aprove um leilão de uma parcela de 51% numa joint
venture. Essa joint venture iria possuir todos os negócios da
Enron, que incluem a Enron Online e commodities que vão de gás
natural a aço, além de complexos instrumentos financeiros. A companhia
e seus advogados decidiram ir a leilão o quanto antes, para evitar
mais deterioração da companhia. O preço a ser pedido ainda não
foi definido, já que a Enron estaria entrando com os negócios
e a investidora, com sua credibilidade. Caso Gonzalez aprove a
petição, o leilão deve ser marcado para 10 de janeiro. (New York
Times-17.12.2001)
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5- Definidas controladoras do gasoduto Argélia-Europa |
Foram definidas as empresas gestoras do novo gasoduto que será
construído entre a Argélia e a Europa, orçado em cerca de US$5.102
mi, um valor que está condicionado ainda ao desenho final do traçado
que se admite possa chegar ao Reino Unido, deixando de fora, no
entanto, Marrocos. Depois de assegurados os primeiros testes de
viabilidade económica, as empresas que participam no projeto preparam-se
agora para constituir a sociedade promotora e gestora desta grande
rede de transporte de gás natural. A nova sociedade designada
Medagaz será liderada pela espanhola Cepsa e pela argelina Sonatrach,
cada uma com 20%. Na sua estrutura acionista participam ainda
a Endesa, a britânica BP, as francesas Gaz de France e TotalFina
Elf, assim como os italianos da ENI, parceiros estratégicos da
Galpenergia. Cada um destes acionistas terá participações na ordem
dos 12%. (Diário Econômico-17.12.2001)
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6- Rede portuguesa de gás natural será concluída em
2003 |
A espinha dorsal da rede portuguesa de gás natural só ficará concluída
no início de 2003, quando estiver assegurada a ligação entre Setúbal
e Sines, essencial, uma vez que permitirá o escoamento do gás
natural liquefeito que entrará em Portugal através do terminal
de Sines. São mais 90 km de gasoduto que custarão cerca de US$40.4
mi Este traçado permite ainda abastecer os concelhos de Palmela,
Alcácer, Grândola, Santiago e Sines. O grosso do traçado internacional
ficou concluído em Fevereiro de 1997. Mas por decisão política
do atual governo estendeu-se o gasoduto à região de Santarém,
Portalegre, Guarda e Viseu e Castelo Branco. Esta foi uma opção
polêmica devido à fraca rendibilidade do projeto, que conduziria
a atrasos substanciais no arranque da construção, ainda também
por terminar. (Diário Econômico-17.12.2001)
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7- Transgás e Enagás negociam reforço do gasoduto internacional |
A Transgás portuguesa, controlada pela Galpenergia, está negociando
com a espanhola Enagás o reforço da capacidade da parte internacional
do gasoduto do Magreb, no âmbito do plano de emergência definido
pela Comissão Nacional de Energia espanhola, face à carência de
infra-estruturas gasistas. As conversações envolvem os trechos
Huelva-Córdoba e Córdoba-Campo Maior, infra-estruturas geridas
pela Al-Andaluz e pela Extremadura. Ambas as empresas detidas
em 30% e 49%, respectivamente, pela Transgás. Calcula-se que este
projeto envolve um investimento de US$ 44,9 mi. A Enagás quer
ainda ver resolvido o déficit de armazenagem subterrânea, dificultada
pela legislação. A Galpenergia espera retomar negociações com
a Enagás para ceder capacidade de armazenagem, nas instalações
do Carriço, em Leiria, atualmente em construção, cujo investimento
disparou para US$ 107,35 mi. (Diário Econômico-17.12.2001)
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8- Thorndike acha que apenas um pais entre Peru e Bolívia
exportará gás para os EUA |
O vice-presidente da Sociedade Nacional de Mineração, Petróleo
e Energia do Peru, Felipe Thorndike, não considera factível a
possibilidade de que Peru e Bolívia se unam para exportar gás
natural à América do Norte. Ele declarou que o primeiro país que
instale uma planta para liquefazer o gás natural e consiga exportá-lo
ao mercado norte-americano provavelmente será o único que o fará
devido ao investimento para a operação, que seria maior do que
US$ 4 bi, o que tornaria muito difícil a instalação de uma segunda
planta nessa zona de energia. Thorndike acha que a vantagem do
Peru em relação à Bolívia é que o país já adiantou seu gasoduto
em pelo menos dois anos e que a distância que separa o país da
América do Norte é menor do que àquela desde a Bolívia. Entretanto,
a Bolívia assinou um memorando com uma companhia da Califórnia
para distribuir gás. (Gestión-17.12.2001)
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9- Licitação de Turbinas afetaria rentabilidade das
geradoras do SIC |
Um dos pontos mais questionados da Lei Elétrica Curta, que será
votada pelo congresso chileno no início do próximo ano é a questão
da possibilidade do governo chamar licitação de turbinas em caso
de desabastecimento elétrico. A respeito da questão, geradores
e analistas avaliaram que caso isso ocorra, a rentabilidade de
algumas geradoras se verá seriamente afetada. A oposição das geradoras,
em especial das componentes do SIC (Sistema Interconectado Central)
se dá porque o novo ator ingressaria no mercado com certos privilégios,
já que teria assegurada a rentabilidade de seus investimentos,
a passo que a operação das restantes se tornaria menos interessante.
O investimento da companhia que participar na licitação será assegurado,
já que o usuário pagaria o custo que faltaria para equiparar o
investimento da companhia. (Estrategia-17.12.2001)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
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de pesquisa: Ana Clara Cruz, Barbara Oliveira, Fernando Fernandes,
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As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
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Instituto de Economia da UFRJ
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