1- Garantia de compra de energia térmica |
O
governo está estudando a possibilidade de estender a garantia
de compra de energia das térmicas do tipo merchant (térmicas mercantis)
para além do racionamento. Visando solucionar um dos problemas
que vêm emperrando a geração térmica no País, o que a princípio
foi anunciado como medida emergencial para superar a escassez
atual de energia poderá tornar-se permanente.
A
medida, que procura incentivar os investidores garantindo uma
rentabilidade mínima de seus empreendimentos, tem como base o
argumento de aproveitamento da energia dessas usinas como estoque
regulador permanente. A intenção do governo federal seria então
a de garantir o suprimento de energia do País por meio das termelétricas
quando o sistema hidrelétrico não puder suportar a demanda em
função da escassez de chuvas. A idéia seria viabilizada com a
criação de um seguro da oferta de energia térmica, um "seguro
tarifário", que seria cobrado mensalmente dos consumidores na
conta de luz. Não se sabe ainda de quanto pode ser o valor ou
o percentual desse seguro, mas a proposta conta com forte apoio
dentro do governo.
A questão é delicada pois, além de bastante impopular, pode também
esbarrar nas metas de inflação impostas ao País. A maior polêmica
envolve os investidores que bradam por maior segurança para suas
inversões, que garantiriam maior segurança para o sistema, e os
consumidores que demonstram insatisfação com os sucessivos aumentos
dos preços administrados, sobretudo os de energia elétrica. O
reajuste extraordinário das tarifas, decorrente dos prejuízos
do racionamento, está calculado em aproximadamente 3% e 4%, em
média, para os consumidores residenciais e não deve passar de
10 % para as indústrias. O reajuste será temporário e terá uma
duração de até três anos. Assim, sob o pretexto da prevenção contra
novas crises como a recente, o consumidor precisará ser convencido
de que, além de arcar com o prejuízo das empresas, materializado
no reajuste extraordinário, terá também que assegurar a remuneração
mínima dos investidores, do grande capital, para garantir que
não enfrentará novos racionamentos.
(Grupo
de Estudos de Empresas de Energia Elétrica/NUCA-IE-UFRJ)
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1- Geradores e distribuidores chegam a acordo final
sobre perdas do racionamento |
Geradores e distribuidores
de energia se reuniram no dia 13.12.2001, em São Paulo, com Octávio
Castello Branco, diretor de infra-estrutura do BNDES e membro
da Comissão de Revitalização do Setor Elétrico para pôr fim às
ultimas questões envolvendo as perdas do racionamento. Na reunião,
que acabou por volta das 23h, ficou definido que, para o mês de
maio, será aplicado o Anexo V e os geradores pagarão pela energia
com um deságio de 40%. Houve também algumas modificações em relação
aos meses do racionamento: pelo acordo final aprovado entre as
partes, os geradores terão que desembolsar pela energia livre
o valor de 0,6 VN, e não 0,7 VN como haviam aprovado anteriormente.
Mudanças também no que diz respeito à recompra de energia até
dezembro de 2002: o valor aplicado será de 0,9 VN. (Canal Energia
- 14.12.2001)
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2- Governo decide abandonar a privatização de geradoras
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O governo divulga na quarta-feira o resultado do trabalho do grupo,
comandado pelo BNDES, que ficou encarregado de elaborar as propostas
para a revitalização do setor elétrico. Uma das importantes conclusões
desse trabalho é o adiamento, por alguns bons anos, de qualquer
pretensão de privatização das empresas geradoras de energia. Será
necessário manter as companhias geradoras nas mãos do Estado,
que hoje detém 75% da capacidade de geração de energia do país,
para que essas empresas (Furnas, Chesf, Eletronorte) funcionem
como um "colchão", impedindo que se concretize um choque tarifário
a partir da abertura do mercado para livre compra do insumo de
2003 em diante. (Valor Econômico-14.12.2001)
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3- Parente descarta privatização em 2002 |
O ministro Pedro Parente, presidente da GCE, afirmou no dia 13.12.2001
que a privatização das geradoras estatais não ocorrerá durante
o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. "O governo
mantém a decisão de privatizar, mas não quero dar prazos. Mas,
sendo realista, não há prazo para fazer isto em 2002", disse.
Ele lembrou também que 2002 é um ano eleitoral e que a questão
da privatização do setor teria um peso emocional muito grande
nas eleições. (Gazeta Mercantil e O Globo - 14.12.2001)
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4- Privatização elevaria preço das tarifas |
O governo brasileiro não poderá privatizar as geradoras nos próximos
anos porque se isso acontecer, o livre mercado se encarregará
de elevar o preço da energia para o patamar das termelétricas,
o que significaria contratar hoje um choque nas tarifas de energia
elétrica da ordem de 100% para os anos de 2003 a 2006. Isso porque
os contratos iniciais pressupõem liberalização de 25% ao ano a
partir de 2003. Ou seja, as geradoras, ao final, poderão vender
toda a energia produzida a um preço livre. A prática normal do
mercado é puxar seu preço para o equivalente ao da energia marginal
que entra no sistema. No caso do Brasil, a energia marginal é
térmica, cujo custo de produção é praticamente o dobro da hidrelétrica.
Problema, aliás, que só foi descoberto em toda a sua extensão
a partir das discussões no âmbito da Câmara. (Valor Econômico-14.12.2001)
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5- Bird propõe sistema alternativo de elevação das
tarifas energéticas |
Estudo feito por técnicos do Banco Mundial sobre a questão do
aumento do preço energético, e que subsidiou o debate entre os
técnicos do grupo, aponta uma alternativa para operacionalizar
a decisão de impedir o aumento das tarifas. A proposta do Bird
é de que a energia velha gerada pelas estatais, já plenamente
amortizada, seja vendida pelo preço da energia nova (que tenderá
a encostar no preço da termoeletricidade ) e sobre o lucro extraordinário
que as empresas terão com esse aumento, o governo aplicaria um
imposto. O dinheiro do imposto arrecadado seria devolvido aos
consumidores, que pagaram mais pela energia, em forma de bônus.
Essa é apenas uma forma "elegante" de dizer que não haverá o choque
tarifário. (Valor Econômico-14.12.2001)
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6- Governo quer definir regras claras para o modelo |
Segundo afirmou o ministro Pedro Parente, presidente da GCE, no
dia 13.12.2001, a preocupação crucial do governo é definir regras
claras para o novo modelo do setor, como forma de dar sinais claros
aos investidores. Com isto, a privatização seria uma conseqüência
natural do setor, com uma regulamentação mais consolidade. "A
nossa preocupação é com o modelo. O governo entende que, precisa
se definir a regra do jogo para pensar no futuro", disse. Contudo,
Parente afirmou que não há mais tempo hábil para privatizações
em 2002. (Gazeta Mercantil e O Globo - 14.12.2001)
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7- Última reunião da GCE esse ano será realizada quarta-feira |
Na terça feira, a Câmara terá reunião durante todo o dia para
fechar as propostas que constarão do documento do grupo coordenado
pelo BNDES. Na quarta feira, em nova e última reunião do ano,
a Câmara de Gestão da Crise, na presença do presidente Fernando
Henrique Cardoso, aprovará as sugestões que poderão ser colocadas
em consulta pública. Isso ainda não está resolvido. Conclui-se,
assim, um trabalho de oito meses que pretende renovar o marco
regulatório do setor, desemperrar o funcionamento do mercado atacadista
e rever parte da legislação que se comprovou dúbia nos momentos
mais agudos da crise, quando era preciso resolver os problemas
entre os agentes. Exemplo da controversa legislação e complexo
ambiente regulatório foi a discussão sobre o Anexo 5 dos contratos
iniciais. Até hoje imperam dúvidas entre os agentes do setor elétrico
se os termos desse anexo se aplicam ou não em situações de racionamento.
Com o reajuste tarifário de 6% que o governo concederá, as demandas
pela aplicação do Anexo 5 ficam formalmente descartadas. (Valor
Econômico-14.12.2001)
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8- Documento apresentado à GCE prevê novos papéis para
a Aneel e para o MME |
No trabalho apresentado à Câmara de Gestão da Crise serão feitas
recomendações para uma recauchutagem tanto no papel da Aneel quanto
nas tarefas do Ministério das Minas e Energia, que deverá se voltar
mais para o planejamento desse setor. O documento proporá, também,
progressiva redução dos subsídios cruzados, um sistema em que
os consumidores industriais pagam bem menos pelo preço da energia
do que os consumidores residenciais e comerciais. Não deverá,
porém, delimitar o tempo em que essa redução ocorrerá. (Valor
Econômico-14.12.2001)
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9- Conta de luz residencial vai subir entre 3% e 4% |
O coordenador da GCE, ministro Pedro Parente, afirmou, no dia
13.12.2001, que o reajuste extraordinário nas tarifas de energia
para cobrir os prejuízos das distribuidoras e geradoras com o
racionamento será anunciado na semana que vem e vai ficar entre
3% e 4%, em média, para os consumidores residenciais. Para as
indústrias, o reajuste não deve passar de 10%. O reajuste será
temporário e terá uma duração de até três anos. "Não será uma
coisa diferente disso. Estamos trabalhando para adotar o menor
índice possível. Não será um aumento que assuste o consumidor",
disse. Junto com o reajuste de energia extraordinário, o governo
vai anunciar uma linha de financiamento do BNDES para as distribuidoras.
(O Globo - 14.12.2001)
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10- Energia deve sofrer reajuste ainda em 2001 |
O ministro-chefe da Casa Civil e coordenador da GCE, Pedro Parente,
afirmou no dia 13.12.2001 que o reajuste extraordinário das tarifas
de energia, para repor as perdas de distribuidoras com o racionamento,
deve ocorrer ainda em 2001. O anúncio deve sair na próxima semana,
possivelmente no dia 19.12.2001, quando a GCE mantém sua última
reunião, com a presença do presidente Fernando Henrique. O reajuste
passará a valer logo depois do anúncio, refletindo na inflação
ainda de 2001. (Diário OnLine - 14.12.2001)
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11- Consumidores de baixa renda não sofrerão reajuste
extraordinário |
Segundo
o coordenador da GCE, ministro Pedro Parente, os consumidores residenciais
de baixa renda não terão qualquer aumento de em sua conta de luz
com o reajuste extraordinário nas tarifas de energia para cobrir
os prejuízos das distribuidoras e geradoras com o racionamento.
A definição de consumidor de baixa renda varia conforme a distribuidora.
Na Light, por exemplo, é aquele que gasta até 50 KWh. (O Globo -
14.12.2001)
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12- Reajuste da tarifa de energia será menor para residências |
O reajuste das tarifas de energia, motivado pelas perdas com o racionamento,
deve ficar entre 3% e 4% para os consumidores residenciais. De acordo
com o ministro Pedro Parente, presidente da GCE, o aumento das tarifas
para o setor industrial deve ser inferior a 10%. "O reajuste será
diferente para cada categoria de consumo. Mas, em todas as distribuidoras,
o valor da categoria será igual", disse Parente. Segundo ele, os
reajustes deverão vigorar por cerca de três anos. As distribuidoras
de energia, no entanto, podem alterá-los seis meses antes ou depois.
(Gazeta Mercantil - 14.12.2001)
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13- Governo discute fórmula para amenizar cobrança de
energia emergencial |
Além do reajuste extraordinário, para compensar as perdas das empresas
com o racionamento, o governo estuda um segundo aumento em função
da energia emergencial, que será cobrado a partir do momento em
que as usinas entrarem em operação. A equipe econômica do governo
discute fórmulas para amenizar este segundo aumento, porque o novo
reajuste será cobrado pela geração da energia nova e pelo aluguel
de equipamentos a serem utilizados na geração. A idéia é minimizar
o reajuste que corresponde ao aluguel de equipamentos, com a utilização
de recursos do próprio setor elétrico, cujas fontes não foram antecipadas
pelo governo. Dessa forma, o consumidor bancaria a geração da energia
das usinas previstas no Programa Emergencial do governo, mas não
arcaria com os custos dos equipamentos das usinas. "Trabalhamos
para encontrar uma fórmula de minimizar o reajuste que corresponde
ao aluguel de equipamento", disse Pedro Parente. (Gazeta Mercantil
- 14.12.2001)
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14- Parente acredita em reajuste menor que os 30% previsto
pelo BC para 2002 |
O ministro Pedro Parente acredita que o reajuste de energia em 2002
será menor do que os 30% previstos pelo Banco Central. Segundo ele,
o Ministério da Fazenda está estudando uma forma de não repassar
para o consumidor o custo de implantação das usinas emergenciais.
O repasse desse custo está na previsão do BC. A alternativa é que
o próprio setor elétrico absorva esse gasto extra. Contribuirá ainda
para que o reajuste fique abaixo de 30% a queda nos preços do dólar
e do petróleo. Parente acredita que o valor do dólar ficará nesse
patamar. Assim, também haveria uma redução nos custos das distribuidoras
com a compra de energia em dólar . "Se o dólar e o petróleo continuarem
como estão, os reajustes serão razoavelmente menores do que os previstos
pelo BC", afirmou. (O Globo - 14.12.2001)
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15- Modelo de reestruturação do setor será apresentado
no dia 19.12 |
O coordenador da GCE, ministro Pedro Parente, disse, no dia 13.12.2001,
que o governo apresenta na quarta-feira, dia 19.12.2001, na reunião
da GCE com a presença do presidente Fernando Henrique Cardoso, um
estudo para reestruturar o setor elétrico. Parente disse que o governo
quer "destravar" o setor, que tem imperfeições no modelo. Ele citou
como exemplo a discussão entre a Aneel e a Eletrobrás sobre o excedente
de energia da hidrelétrica de Itaipu. (O Globo - 14.12.2001)
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16- Taxa de iluminação pública deve ser aprovada este
ano |
A pressão de um grupo de prefeitos levou, no dia 13.12.2001, os
líderes do Senado a fecharem um acordo que permitirá a aprovação
ainda em 2001 da proposta de emenda constitucional (PEC) que cria
a contribuição para custear os serviços de iluminação pública. A
PEC foi aprovada no dia 13.12.2001 por unanimidade pela Comissão
de Constituição e Justiça (CCJ) e no dia 18.12.2001 deve ser votada
em primeiro turno no plenário e no dia seguinte, em segundo turno.
O senador Antero Paes Barros (PSDB-MS), no entanto, avisou que pretende
apresentar uma emenda à PEC, o que pode impedir a votação da proposta
em dois turnos na semana que vem. Antero quer propor a isenção dessa
nova contribuição dos consumidores residenciais que gastem menos
de 100 KW/mês. (O Globo - 14.12.2001)
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17- Adiada votação da cisão da Celesc |
Sem tempo para votar sequer o orçamento estadual para 2002, a Assembléia
Legislativa de Santa Catarina adiou para a próxima semana a votação
de um novo modelo operacional para a Celesc, que pretende promover
uma cisão patrimonial que a torne mais atraente aos investidores
privados. Com ativos de cerca de R$ 1 bi, a Celesc possui atualmente
pequenas centrais geradoras, uma grande rede distribuidora para
1,7 milhão de clientes e um moderno sistema telefônico de cabos
ópticos para manutenção de linhas. Se aprovado pelos deputados estaduais,
o novo modelo resultará em uma holding e mais três empresas - uma
geradora, uma distribuidora e outra de telecomunicações. (Gazeta
Mercantil - 14.12.2001)
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18- Comissão do Senado aprova nomes para diretoria da
Aneel |
A Comissão de Serviços de Infra-Estrutura do Senado aprovou, no
dia 12.12, a recondução de Jaconias de Aguiar e a nomeação de Isaac
Pinto Averbuch para os cargos de diretores da Aneel. A recondução
de Jaconias de Aguiar foi aprovada por 16 votos a favor, com um
contra e uma abstenção. Os senadores aprovaram a nomeação de Isaac
Averbuch por 16 votos a favor, com duas abstenções. Os nomes de
Aguiar e Averbuch serão agora submetidos à votação no plenário do
Senado, provavelmente no dia 18.12. Com a confirmação pelo plenário
do Senado, os dois diretores cumprirão mandato de quatro anos na
Aneel. (Aneel - 12.12.2001)
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1- Racionamento deve acabar em fevereiro |
O governo deverá suspender o racionamento de energia em fevereiro
de 2002. O ministro Pedro Parente, presidente da GCE, disse no
dia 13.12.2001 que está é a intenção do governo, que depende,
contudo, do armazenamento de água nos reservatórios entre dezembro
de 2001 e janeiro e fevereiro de 2002. Segundo ele, é preciso
que haja também o cumprimento do cronograma previsto no Programa
Emergencial de Energia, que deverá agregar cerca de 1.000 MW de
energia a partir do início do ano 2002. (Gazeta Mercantil - 14.12.2001)
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2- Reservatório do Nordeste acumula água pela primeira
vez no racionamento |
Pela primeira vez desde o início do racionamento, os reservatórios
do Nordeste começam a armazenar água. Segundo números do ONS,
relativo ao dia 12 de dezembro, o nível de armazenamento está
5,68% acima da curva-guia prevista para o mês, com índice de 10,22%
no armazenamento. A economia no consumo de energia é de 7,19%.
Com meta de 5,4 mil MW, a demanda atendida no dia 12.12 na região
foi de 5.012 MW. Já no Norte, a redução está em 10,09%, registrando
consumo de 2.068 MW. (Canal Energia - 13.12.2001)
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3- Economia no Sudeste/Centro-Oeste está em 5,93% |
No Sudeste/Centro-Oeste, a folga nos reservatórios é maior que
no Nordeste, com 11,47%. A capacidade de armazenamento na região
está em 25,2%. Embora, o nível dos reservatórios esteja acima
do previsto para o mês, o consumo de energia nesta região está
aumentando. Números do ONS mostram que a economia na região está
em 5,93%. No dia 12.12.2001, o Sudeste/Centro-Oeste consumiu 22.107
MW, quando sua meta de consumo global é de 23,5 mil MW. (Canal
Energia - 13.12.2001)
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4- Brasileiro manterá economia de energia após fim
do racionamento |
O presidente da Radiobrás, Carlos Zarur, entregou, no dia 13 de
dezembro, ao presidente da GCE, ministro Pedro Parente, pesquisa
realizada no site da Agência Brasil sobre a mudança de hábitos
do cidadão em função do racionamento de energia. De acordo com
a pesquisa, 34,9% dos votantes afirmaram estar consumindo menos
energia e 33,1% garantiram que permanecerão com os novos hábitos
após o fim do racionamento. Além disso, 31,9% disseram que mudaram
seus hábitos por causa do racionamento. A enquete ficou no ar
do dia 19 de outubro até o dia 20 de novembro e teve 6.154 participantes.
A pesquisa da Radiobrás restringiu o acesso à votação a uma única
vez. (Agência Brasil - 13.12.2001)
Índice
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5- Órgãos públicos estaduais e municipais têm novo
cálculo de meta de consumo |
Os órgãos públicos estaduais, distritais e municipais têm novo
cálculo de meta de consumo. A resolução nº 83, da GCE, determina
que a meta de 35% de economia, antes baseada no mês de julho de
2000, será calculada tendo como referência o mesmo mês do ano
anterior a partir do mês de dezembro de 2001. Com isso, a meta
de consumo para estes consumidores seguirá a mesma regra em vigor
para o poder público federal, através do decreto 3.818. (Canal
Energia - 14.12.2001)
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6- Presidente da CEB é indicado para compor Grupo de
Trabalho da GCE |
A GCE indicou, através da Resolução 82, Rogério Villas Bôas Teixeira
de Carvalho, presidente da CEB, para compor o Grupo de Trabalho,
criado para estudar e propor ações que promovam a competitividade
nas atividades da indústria do gás natural. Além disso, o grupo
também avalia possíveis ações e seus efeitos no mercado de gás
natural e eletricidade para o desenvolvimento da atividade de
geração termelétrica à gás natural. (Canal Energia - 14.12.2001)
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7- Blecaute afeta metade dos consumidores de Santa
Catarina |
O segundo blecaute em oito dias deixou metade dos consumidores
de Santa Catarina sem energia elétrica no final da manhã de ontem
e causou prejuízos às empresas que pararam a produção por até
cinco horas. A interrupção novamente foi causada por um curto-circuito
na subestação central da Eletrosul em Blumenau (responsável pelo
problema ocorrido na quarta-feira da semana passada) e voltou
a afetar o Vale do Itajaí e o Norte do Estado. A queda de energia
ocorreu das 11h17min às 11h40min. Pelo menos três quedas de energia
foram percebidas por empresas joinvilenses. "O pessoal não precisa
se preocupar com apagão, o que aconteceu foi apenas um problema
técnico", afirmou Pedro Bornhausen, gerente regional da Celesc
no Vale do Itajaí. Ele diz que o problema aconteceu às 11h17min
e foi solucionado às 11h29min. "Como o acidente aconteceu numa
subestação central, o abastecimento de luz foi cortado em todas
as cidades da região", explicou. (Jornal de Santa Catarina - 14.12.2001)
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8- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Plano prepara a transformação de Furnas |
Furnas Centrais Elétricas quer deixar de ser estatal e se transformar
em empresa pública, com ações negociadas nas bolsas de valores
e autonomia de gestão. O plano estratégico da companhia, concluído
esta semana, será encaminhado à Diretoria e ao Conselho de Administração,
cujo exame, segundo o presidente de Furnas, Luiz Carlos Santos,
consumirá algum tempo. O plano foi elaborado pelo consórcio Accenture-Engevix
para os próximos anos, quando se prevê a abertura do mercado e
a livre negociação de energia. A idéia de Luiz Carlos Santos é
pulverizar as ações de Furnas, com o governo mantendo a "golden
share", ou ação especial, que lhe permite interferir em algumas
decisões chaves da empresa. (Estado - 14.12.2001)
Índice
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2- Furnas tomará empréstimo de R$ 600 mi |
Depois de registrar lucro recorde, de R$ 520 mi, nos nove primeiros
meses de 2001, Furnas Centrais Elétricas concluiu que terá de
tomar empréstimo de R$ 600 mi para compensar as dificuldades de
liquidação das operações no MAE. A intenção era abrir capital
para captar recursos no exterior ainda em 2002, o que foi descartado
por sua controladora, a Eletrobrás. A própria repassará recursos
a Furnas, já que foi autorizada a lançar debêntures no mercado
externo. (Gazeta Mercantil - 14.12.2001)
Índice
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3- Furnas investirá R$ 1,6 bi para cumprir programa
emergencial |
O empréstimo da Eletrobrás será necessário para que Furnas possa
fazer frente a investimentos da ordem de R$ 1,6 bi previstos,
cumprindo o papel de um dos principais agentes do programa emergencial
do governo para a geração de eletricidade. A modernização de três
térmicas no estado do Rio, que devem acrescentar ao sistema cerca
de 1.500 MW. Estão ainda nos projetos da empresa, três linhas
de transmissão que somarão 800 Km e duas subestações. (Gazeta
Mercantil - 14.12.2001)
Índice
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4- Vendas no MAE responderam por 35% do lucro de Furnas
no terceiro trimestre |
O diretor financeiro de Furnas, Márcio Nunes, lembra que a venda
de energia excedente das usinas de Angra II e Manso, em Minas
Gerais, no MAE respondeu por cerca de 35% do lucro do terceiro
trimestre. A estatal comercializou 600 mil MWh no MAE entre julho
e setembro, quando o preço de referência estabelecido pelo governo
se mantinha elevado: R$ 684 mil por MWh. Foi volume suficiente
para cobrir os 20% da perda de receita provocada pelo racionamento
e, ainda, acrescentar cerca de R$ 100 mi ao lucro da empresa,
pelo menos em termos contábeis. Como o MAE não liquidou operações,
Furnas não recebeu pela energia excedente. Nunes explica que "o
balanço leva em conta o que foi comercializado, mesmo que os compradores
ainda não tenham pago". (Gazeta Mercantil - 14.12.2001)
Índice
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5- Celesc fracassa na venda das ações da Casan |
O fracasso do leilão dos 19,3% de participação na Casan, ontem
na Bovespa, complicou a situação financeira da Celesc. A estatal
esperava obter pelo menos R$ 110 mi com a venda para fazer frente
a uma parte dos R$ 380 mi em dívidas vencidas e a vencer no curto
prazo, mas agora dificilmente conseguirá novos recursos extraordinários
ainda este ano. " O mercado potencial não está comprador " , disse
o diretor financeiro da Celesc, Ênio Branco, depois de constatar
a ausência de interessados nos papéis da Casan. Antes do leilão,
ele mantinha uma expectativa " positiva " , pois havia feito contatos
com empresas como a Vivendi, Ondeo, Nuon, Águas de Barcelona e
Águas de Portugal. Os papéis deverão ser postos à venda novamente
no primeiro semestre do ano que vem. (Valor Econômico-14.12.2001)
Índice
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6- Celesc tentará vender participação na hidrelétrica
de Dona Francisca |
A Celesc tentará vender sua participação de 23% na usina hidrelétrica
de Dona Francisca, construída por um consórcio que inclui ainda
a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), do Rio Grande
do Sul, e a Copel, do Paraná, o grupo Gerdau, a Inepar e a Desenvix.
A parte da Celesc na usina, com potência instalada de 125 MW é
avaliada em R$ 45 mi. A venda foi aprovada esta semana pela Assembléia
Legislativa de Santa Catarina, com direito de preferência para
os demais integrantes do consórcio. A Gerdau, porém, adiantou
ontem que não tem interesse na operação. A CEEE acha o negócio
" bom " , mas uma eventual compra depende da disponibilidade de
recursos no ano que vem, disse o presidente Vicente Rauber. Na
prática, a situação é complicada, pois a estatal gaúcha já anunciou
o lançamento de R$ 200 milhões em debêntures para bancar os investimentos
previamente programados para 2002. (Valor Econômico-14.12.2001)
Índice
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7- Federalização de crédito é esperança da Celesc para
quitar dívidas urgentes |
As dívidas mais urgentes da Celesc incluem US$ 61,2 mi em Euro
Commercial Papers vencidos em junho e que a companhia está tentando
rolar por um prazo de mais 48 meses. Há ainda R$ 45 mi em debêntures
com vencimento em 2004 e repactuação em fevereiro do ano que vem.
Na última renegociação, a empresa desembolsou R$ 20 mi entre juros
e resgates. No fim do terceiro trimestre a Celesc apresentava
ainda um endividamento financeiro de R$ 229,7 mi, a maior parte
de curto prazo e indexadas ao dólar, além de R$ 284,9 mi devidos
a fornecedores. Após fracassar o leilão da Casan, as esperanças
da Celesc voltam-se agora também para a federalização de um crédito
de quase R$ 660 mi que ela detém junto ao governo estadual. A
operação prevê a emissão de títulos federais em favor da empresa,
que venderá os papéis para arrecadar recursos, mas tudo depende
ainda de um parecer da Secretaria do Tesouro Nacional, o que dificilmente
sairá ainda este ano. (Valor Econômico-14.12.2001)
Índice
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8- Cisão seria uma das últimas alternativas para evitar
falência da Celesc |
Um dos últimos cartuchos da Celesc é a cisão da companhia em uma
holding estatal encarregada da distribuição de energia e duas
subsidiárias, uma de geração e outra de telecomunicações abertas
à participação majoritária de investidores privados. O projeto
do governador Esperidião Amim deveria ser votado ontem na Assembléia
Legislativa, mas foi adiado para a próxima semana. Há duas semanas
o presidente da Celesc, Francisco Küster, disse que a empresa
abandonaria todos os projetos de construção de novas usinas dos
quais participa caso não haja a cisão e a entrada de um novo sócio.
Ele calcula em até R$ 180 mi o volume de recursos necessários
para os empreendimentos. (Valor Econômico-14.12.2001)
Índice
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9- CPFL inaugura subestação |
A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) inaugura em janeiro
de 2002, em Ribeirão Preto, subestação de R$ 3 mi com capacidade
de 40 mil KW e dotada de seis alimentadores. "Será o oitavo
equipamento no município e exemplifica os investimentos da concessionária
para garantir o fornecimento regular de eletricidade aos consumidores",
diz Amleto Landucci Júnior, gerente de Serviços de Campo da
regional Nordeste da empresa. (Gazeta Mercantil - IP - 14.12.2001)
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10- CPFL lança Operação Verão |
Na manhã de 13.12.2001, a CPFL lançou, em Ribeirão Preto, a
Operação Verão, campanha iniciada em dezembro de 2001 e com
término em março de 2002, planejada com as áreas de atendimento,
capacidade operativa, logística, contingências, manutenção focada
e segurança. "Estamos prontos para enfrentar o período de chuvas,
responsável pelo maior número de interrupções no fornecimento
de energia devido a raios, ventos e queda de galhos na rede
elétrica", afirma Amleto Landucci Júnior, gerente de Serviços
de Campo da regional Nordeste da empresa. A Operação Verão também
foi lançada, no dia 13.12, em São José do Rio Preto. No dia
14.12, será a vez de Bauru e, em 18.12, a cerimônia de lançamento
da operação ocorrerá em Campinas. Nos 234 municípios de sua
área de cobertura, onde vivem perto de oito milhão de pessoas,
a CPFL investiu R$ 3 mi na campanha. "Trata-se de um aporte
para o incremento à qualidade de nossos serviços e que não será
repassado para as contas de luz", assegura o gerente. (Gazeta
Mercantil - IP - 14.12.2001)
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11- Eletrificação rural avança em Mato Grosso |
Pelo balanço do segundo ano de lançamento do programa de eletrificação
rural Luz no Campo em Mato Grosso, 40% das propriedades rurais
do Mato Grosso estão com energia elétrica. No início do programa,
que saiu do papel em abril de 2000, esse percentual era de 29%.
Até agora foram investidos R$ 78 mi e a previsão é de que, até
o primeiro semestre de 2003, o programa consuma R$ 170 mi no Estado.
A meta final é eletrificar 80% das propriedades rurais mato-grossenses.
"É difícil falar em 100% porque existem áreas muito isoladas",
explica o coordenador regional do programa em Mato Grosso, Eraldo
Pereira. O levantamento feito pelas Cemat indica que, até agora,
o programa atendeu 95 municípios e 12 mil consumidores. (Gazeta
Mercantil - CO - 14.12.2001)
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12- Cemig não informa reajuste a mais de 700 mil consumidores |
Mais de 700 mil domicílios atendidos pela Cemig tiveram as contas
reajustadas a partir desta semana em função da reclassificação
dos consumidores, que retira desses usuários os subsídios anteriormente
aplicados pela estatal. Perderam os subsídios os consumidores
que gastam entre 30 KW/h e 129 KW/h. A Cemig, porém, não disponibilizou
o índice de reajuste. De acordo com o gerente de Planejamento
Comercial da companhia, Antônio Jorge Macedo da Cunha, somente
em março os consumidores terão conhecimento do percentual de aumento
na conta. Segundo ele, 1.364.965 consumidores, 33% do total, que
gastam até 29 KW/h, continuam tendo subsídios. O recadastramento
começou a ser discutido em novembro do ano passado. Pelo acordo,
o benefício foi retirado de 714.063 domicílios que gastam entre
30 KW/h e 129 KW/h e terminou na última segunda-feira. A Cemig
também não informou ainda a previsão de aumento de receita que
terá este ano com o acréscimo dessas tarifas. (Estado de Minas
- 14.12.2001)
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1- Carlos Lyra vende para Ceal, GCS Guaraniana e Cemig |
O Grupo Carlos Lyra já vem investindo na geração de energia por
meio do bagaço de cana há alguns anos e atualmente tem contratos
de venda do excedente com a Ceal (Companhia Energética de Alagoas)
e GCS Guaraniana de 500 MWh por mês. Com a Cemig (Companhia Energética
de Minas Gerais), o fornecimento negociado pela última safra foi
de 1000 MWh por mês. (Gazeta Mercantil - NE - 14.12.2001)
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2- Excedente do grupo Carlos Lyra será vendido para
Nordeste e Sudeste |
De acordo com o assessor da diretoria do Grupo Carlos Lyra, Luiz
Magno Brito, a empresa já começou a investir na compra de caldeiras,
geradores e turbinas especiais. A previsão de investimentos é
de R$ 64,3 mi. ´Com isso, vamos triplicar o nosso excedente para
venda´, observa. Cerca de 50% da energia que passará a ser gerada
nos próximos anos terão como destino a comercialização nas regiões
Nordeste e Sudeste durante o período de estiagem. Atualmente,
o grupo está estudando propostas de compra desse excedente da
Cemig e Guaraniana. Ambas propuseram contrato de compra por um
período de dez anos. Segundo Brito, esse é o período do financiamento
do BNDES. ´Para retirarmos o financiamento, o banco exige um contrato
de longo prazo com empresas idôneas´, diz. Além disso, o projeto
irá provocar um aumento na capacidade de moagem das usinas em
20% e da produção de açúcar em 50%. No momento, a capacidade das
cinco unidades da Usina Caeté é de processar cerca de 7 Mi de
ton de cana-de-açúcar por ano/safra e produção de 2, 4 mil litros
de álcool e 6,9 mil ton de açúcar por dia. Nas Usinas Delta e
Volta Grande, em Minas Gerais, esse aumento de capacidade deve
gerar 1.250 empregos diretos no campo. (Gazeta Mercantil - NE
- 14.12.2001)
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3- Grupo Carlos Lyra deixa de consumir 40 MWh das concessionárias |
Com a duplicação da capacidade das cinco centrais as usinas do
grupo Carlos Lyra devem deixar de consumir aproximadamente 40
MWh de energia elétrica das concessionárias. A previsão para que
a nova estrutura comece a operar a pleno, segundo a direção da
empresa, é em setembro de 2003. Em Alagoas, as atividades terão
início na semana que vem com a chegada de alguns equipamentos.
(Gazeta Mercantil - NE - 14.12.2001)
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1- Mercado aprova troca de papéis cambiais |
O Tesouro Nacional deve obter sucesso na primeira troca de títulos
cambiais, que vencem no início de 2002, por papéis com resgate
mais longo (2005 e 2006). Apesar de alguns investidores ainda
estarem receosos com a transação, a maior parte do mercado financeiro
considera a troca importante para desconcentrar os vencimentos
em 2002. "O único inconveniente é o prazo de vencimento que fica
no próximo governo e ainda não se sabe se o novo presidente irá
manter a atual política monetária", disse um diretor de tesouraria
de um banco estrangeiro. (Gazeta Mercantil - 14.12.2001)
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2- Investidores avaliam decisão do BC em eliminar as
intervenções diárias no câmbio |
No dia 13.12.2001, os investidores passaram o dia repercutindo
a troca de títulos cambiais e a decisão do Banco Central (BC)
em eliminar as intervenções diárias no mercado a partir de 2002.
O BC vendia regularmente US$ 50 mi para equilibrar a liquidez
no mercado cambial. Segundo operadores, a suspensão das intervenções
já era esperada porque as captações de empresas no exterior devem
favorecer o fluxo de ingresso de dólares nos próximos dias. Além
disso, o sistema financeiro registrava escassez de reais. Para
comprar os US$ 50 mi os bancos gastavam R$ 118 mi (cotação do
dólar em R$ 2,37). Para o economista do Citibank , Robério Costa,
se for preciso o BC pode rever a política de atuação no mercado
cambial. "Se houver escassez de dólares, o setor público tem a
sua disposição US$ 10 bi de aporte do FMI e mais US$ 5 bi de captações
internacionais", disse. Ele afirma que há fluxo de dólares no
setor privado e "se continuar assim não será preciso nenhuma intervenção
no câmbio em 2002". (Gazeta Mercantil - 14.12.2001)
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No dia 13.12.2001, o preço do dólar comercial subiu 0,13% para
R$ 2,374, na venda. Pela manhã, os investidores reduziram as posições
em dólares e venderam moeda com a expectativa de ingresso de mais
dólares durante o dia. Mas a entrada de dólares não aconteceu
e a cotação voltou a subir nos últimos trinta minutos de negócios.
A Ptax, média das cotações feita pelo BC, ficou em R$ 2,3847,
alta de 1,26%. Na BM&F, o dólar de janeiro subiu 0,09% e valia
R$ 2,395. (Gazeta Mercantil - 14.12.2001)
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4- Taxas de juros fecham próximas à estabilidade na
BM&F |
No dia 13.12.2001, as projeções para as taxas de juros fecharam
próximas à estabilidade na BM&F. Entre os contratos mais negociados
na BM&F, o de janeiro de 2002 passou de 19,16% para 19,17% ao
ano. A taxa de abril saiu de 19,83% para 19,73%. O contrato a
termo de DI, de julho que indica a taxa prefixada no período,
saiu de 20,38% para 20,31%. (Gazeta Mercantil - 14.12.2001)
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1- GasNatural negocia troca de ativos da CEG |
O capital social das distribuidoras de gás canalizado CEG e CEG
Rio deve sofrer outras alterações além da transferência de ativos
da Enron para a Petrobrás: as espanholas GasNatural e Iberdrola
negociam uma troca de ativos que envolverá suas participações
nas distribuidoras. Segundo acordo entre as duas multinacionais,
a GasNatural assumirá os 9,82% e os 13,12% da Iberdrola na CEG
e CEG Rio, respectivamente, ampliando sua participação nas empresas
para 29% e 38%. O acordo inicial foi firmado em meados de 2001
e prevê que a Iberdrola ganhe como contrapartida uma participação
de 13% na GasNatural México. A Agência Reguladora de Serviços
Públicos Concedidos do Estado do Rio (Asep) ainda não foi consultada
sobre a transferência das ações, segundo o governo do Estado.
Mas fontes do mercado confirmam a proximidade do fechamento da
operação. (Estado - 14.12.2001)
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2- Ambientalistas não aprovam troca de sistema em Carioba
2 |
Os ambientalistas não aprovaram a troca do sistema de condensadores,
de água por ar, no projeto da termelétrica Carioba 2, em Americana
(SP). Segundo os empreendedores, com a mudança, a usina gastará
120 m² de água - antes, seriam 1.288 m² - do Rio Piracicaba. O
total de água evaporada cairá de 1.069 para 32 m² por hora. Em
consequência, a geração inicial ficará ao redor de 945 MW, podendo
chegar a 1.200 MW. "Mesmo com redução na perda de água, os impactos
ambientais negativos serão grandes", disse o diretor da Sociedade
de Defesa do Meio Ambiente de Piracicaba (Sodemap), Paulo Figueiredo.
"A geração a ar agravará a poluição atmosférica. Será um problema
a mais." O ambientalista Carlos Bocuhy, do Conselho Estadual do
Meio Ambiente (Consema), acrescenta que a queima de gás causa
emissões emissões de gás carbônico, material particulado e óxido
de nitrogênio, todos muito prejudiciais à saúde. (Estado - 14.12.2001)
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3- Usina Caeté tem primeiro financiamento |
A Usina Caeté, empresa alagoana integrante
do Grupo Carlos Lyra, teve aprovado pelo BNDES um financiamento
no valor de R$ 51,5 Mi para aumentar a produção de energia a partir
do bagaço da cana-de-açúcar. O dinheiro será aplicado em cinco
centrais de co-geração (três em Alagoas e duas em Minas Gerais)
que terão sua capacidade ampliada de 36 mil MHW para 50 mil MHW
em 2002 e 75 mil MHW até 2004. É a primeira concessão aprovada
pelo BNDES dentro de uma linha de crédito especial criada especificamente
para dar apoio a projetos de co-geração de energia elétrica a
partir de resíduos da produção do setor sucro-alcooleiro. (Gazeta
Mercantil - NE - 14.12.2001)
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4- Futuro da usina Termocatarinense será decidido na
próxima semana |
Com o fim das negociações entre a El Paso e a Celesc, o futuro
da usina Termocatarinense será decidido na próxima semana pelo
governo de Santa Catarina. Ainda sem data definida, o governo
estuda a possibilidade de retomar as negociaçõe sobre garantias
e condições de longo prazo para fornecimento de energia. A tendência
é de que o governo estude novas propostas de empresas interessadas
no projeto. Segundo a Celesc, a possibilidade é que a Gerasul
seja a escolhida para as novas negociações, empresa que perdeu
a concorrência para a El Paso. (Canal Energia - 14.12.2001)
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1- Senado dos EUA conduz audiência sobre o caso Enron
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O presidente do Comitê de Comércio, Ciência e Transporte do Senado
dos EUA, Fritz Hollings, disse na Quinta que o comitê ia conduzir
uma audiência no próximo dia 18 concernindo os problemas da Enron.
A lista de testemunhas convocadas ainda não estava disponível.
O Comitê de Serviços Financeiros da casa começou com as audiências
essa semana , chamando representantes da auditora Arthur Andersen
e do Comitê de Seguranças e Câmbio. Os executivos da Enron se
negaram a aparecer perante o comitê. (Platts.com-13.12.2001)
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2- Andersen é primeira auditora a admitir culpa no
caso Enron |
A milionária falência da Enron, a maior comercializadora elétrica
mundial, veio colocar sob suspeita as firmas responsáveis pela
auditoria das suas contas, estando as responsabilidades pela queda
do gigante da energia sob investigação do Congresso dos Estados
Unidos da América. O administrador-delegado da Andersen, auditora
das contas da Enron, foi o primeiro a admitir o que poderá vir
a ser uma longa lista de "mea culpa". "Cometemos erros consideráveis",
admitiu Joe Berardino, embora acusando a comercializadora de ter
ocultado informação financeira importante, designadamente um acordo
que mantinha com a Chewco e com a LJM Cayman, suas parceiras,
e cujos resultados não foram incluídos no consolidado da Enron,
por desconhecimento dos auditores. Uma investigação, em finais
de Outubro, da Comissão do Mercado de Valores pôs a nu as fórmulas
de contabilidade que lhe permitiram obter lucros fictícios de
US$586 mi nos últimos anos. (Diário Econômico-14.12.2001)
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3- Lei pode facilitar exploração de gás natural nos
EUA |
Uma
lei introduzida na quarta no senado dos EUA encorajaria o desenvolvimento
dos recursos de gás natural nas terras federais eliminando o limite
de área que as companhias podem possuir em um estado. A lei alteraria
o Ato de Concessão Mineral para estender o limite de 995.865 km²
de concessão a uma companhia. A lei foi apresentada ao comitê
de Energia e Recursos Naturais do Senado. O senador Thomas, um
dos propositores da lei, disse que nas condições atuais, é necessário
um maior limite de área para proteger os grandes investimentos,
que precisavam manter as taxas de descobrimento de novos recursos.
(Platts.com-14.12.2001)
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4- Moody´s põe Calpine em revisão |
A Moody´s colocou ontem a avaliação das dívidas da Calpine e de
suas afiliadas em revisão para um possível rebaixamento, citando
as preocupações crescentes com a liquidez da companhia, o modesto
fluxo de caixa em curto prazo e a flexibilidade financeira reduzida
como motivos para a revisão. A situação da Calpine foi posta em
xeque por um artigo do New York Times publicado no último domingo
e desde então os executivos da companhia vêm tentando afastar
as comparações com a Enron. A falência da Enron fez com que o
mercado energético, antes totalmente desregrado, tenha agora que
ficar explicando seus passos aos investidores, assustados com
o colapso da outrora maior companhia energética dos EUA. (Financial
Times-14.12.2001)
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5- EPM Recebe Propostas para Construção de 2 PCHs |
A companhia elétrica integrada colombiana EPM receberá propostas
até o dia 15 de janeiro para a construção de duas PCHs, com capacidade
total de 31,5 MW e investimento de US$ 35mi. Oito empresas já
compraram o edital de licitação. A EPM, de Medellín, analisará
as propostas em um período de 30 dias para depois anunciar o vencedor.
A companhia pretende firmar os contratos em fevereiro, para que
as obras sejam iniciadas em março. Os projetos são as hidrelétricas
La Vuelta (11,7 MW) e La Herradura (19,8 MW), a 14km de distância
uma da outra, no rio La Herradura, no departamento de Antioquia.
A EPM pretende que La Vuelta entre em operação em dezembro de
2003, e La Herradura, em março de 2004. (Business News Americas-14.12.2001)
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6- Enersis alcança 98,24% de propriedade da Chilectra |
A oito dias de finalizar os poderes compradores que a Enersis
abriu por suas filiais distribuidoras Chilectra e Rio Maipo, a
holding controlada pela Endesa España conseguiu adquirir em torno
de 0,4% adicional da primeira e 0,3% da Segunda. Desde que se
abriram os poderes, no dia 3 de julho passado, a Enersis elevou
a 98,24% sua participação na Chilectra e a 98,7% na Rio Maipo.
Embora o prazo vença às 14 horas do próximo dia 26, o mais provável
é que a Enersis prossiga com o seu objetivo de converter as duas
companhias em sociedades anônimas fechadas, já que a lei estabelece
que uma companhia pode deixar de ser aberta quando tem menos de
500 acionistas ou quando 10% do capital deixou de pertencer a
um mínimo de 100 acionistas. (Estrategia-14.12.2001)
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7- Endesa entrará com um sétimo do capital da EPL |
A Endesa anunciou sua participação em uma nova companhia na qual
construirá um sistema de distribuição de eletricidade de US$320
mi para seis países da América Central. A decisão da empresa faz
com que um dos projetos energéticos mais ambiciosos jamais concebido
dê mais um passo para a sua materialização: a criação de um mercado
único multinacional. A Endesa indicou que entraria com um sétimo
do capital para a EPL, que construirá e operará a linha , se unindo
a seis companhias estatais de distribuição. A firma espanhola
terá o controle operacional do grupo. (El Universal-14.12.2001)
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8- Controvérsia entre Jorbsa e Fonafe chega ao fim |
Depois de diversas conversas entre a Fonafe e a Jorbsa para a
transferência ao Estado peruano de 30% das ações das Empresas
Elétricas do Norte que haviam sido outorgadas a Jorbsa em dezembro
de 1998, chegou-se a uma solução definitiva das controvérsias
suscitadas. Através de um decerto publicado ontem no Diário Oficial,
dá-se a conhecer o reconhecimento da transferência das ações da
Jorbsa para a Fonafe. Com este contrato, as partes se comprometem
a pôr cabo a todos os processos judiciais que tivessem entre si,
com uma única exceção: a arbitragem referida aos juros do saldo
de preço das ações adquiridas pela Jorbsa que não foram pagas
por divergências quanto à forma de cálculo das mesmas. (Gestión-14.12.2001)
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9- Eon quer controlar a Ruhrgas e investir US$ 25,77
bi nos próximos três anos |
A Eon anunciou ontem que pagará US$ 3,5 bi para adquirir uma parcela
da Ruhrgas que lhe permitirá a controlar a empresa, o maior importador
e distribuidor da Alemanha, caso possa superar as questões competitivas.
A companhia pretende investir US$ 25,77 bi nos próximos três anos
em projetos de capital e aquisições, 55% dos quais fora da Alemanha.
Os investimentos incluem aproximadamente US$7,18 bi para a tomada
proposta da Powergen britânica e US$ 3,59 bi para adquirir a Bergemann,
a holding que possui 34,8% da Ruhrgas. (Financial Times-14.12.2001)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
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de pesquisa: Ana Clara Cruz, Barbara Oliveira, Fernando Fernandes,
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e Silvana Carvalho.
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As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
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