1- Fomentando o investimento na qualidade da energia
elétrica |
Atualmente
o debate sobre a compensação dos impactos economico-financeiros
do racionamento sobre as empresas do setor elétrico está centrado
em proposta que resultará em um reajuste tarifário. Sendo inevitável
a elevação do custo de energia para os consumidores, não seria
melhor se ele viesse acompanhado da melhoria na qualidade do serviço
prestado?
Em
abril deste ano, foi elaborado pelo Conselho Europeu de Reguladores
de Energia um estudo entitulado Quality
of electricity supply: initial benchmarking on actual levels,
standards and regulatory strategies, que faz uma comparação
entre os índices de qualidade utilizados por reguladores europeus.
Esse estudo traz à tona a importância da regulação nesse campo,
no intuito de garantir a qualidade do fornecimento, o que evidencia
uma melhora, em última análise, para os consumidores do produto
energia elétrica.
Em
se tratando uma agência reguladora de um órgão público, esta deve
ter um foco não só econômico, mas também social. Assim, é recomendavel
o uso de outros índices além dos de continuidade do fornecimento
utilizados pela Aneel, que regula basicamente dois índices: FEC
(freqüência equivalente de interrupções por consumidor) e DEC
(duração equivalente de interrupções por consumidor). No entanto,
sabemos que, por exemplo, variações bruscas na voltagem podem
danificar os aparelhos elétricos.
A
questão está em que, geralmente, as regras técnicas caminham em
sentido oposto aos aspectos econômicos, incorrendo em elevação
dos custos. Nessa diretriz, o regime de price-cap incentivado,
que é o tipo de tarifação praticado pela Aneel para as distribuidoras,
não estimula a realização de investimentos em qualidade, direcionando-as
para a otimização contínua das despesas gerenciáveis. Destarte,
um mecanismo interessante de incentivo aos investimentos nessa
área seria o acréscimo de um fator Q ao RPI-X (índice de preços
- IGP - menos fator X). Este novo fator contemplaria diferentes
aspectos da qualidade que pudessem ser, de alguma forma, medidos
no que tange à qualidade comercial (relacionamento com os clientes),
continuidade do fornecimento e qualidade da voltagem. Um primeiro
passo nesse sentido poderia ser a padronização da medição desses
aspectos, de forma a poder incorporá-los ao fator Q. Dessa forma,
a agência atuaria no sentido de regular o produto da concessionária,
deixando a cargo desta última o papel de escolher a técnica mais
conveniente para o alcance de níveis de qualidade cada vez maiores.
A tendência é que seja obtido junto às empresas um compromentimento
com a qualidade, estimulando a busca de técnicas a custos cada
vez menores, fomentando assim os investimentos voltados para incrementar
a qualidade dos serviços prestados aos consumidores.
(Grupo
de Estudos de Empresas de Energia Elétrica/NUCA-IE-UFRJ)
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1- BNDES financiará parte de perdas das geradoras |
Coordenado pela associação
que representa as geradoras (Abrage), o acordo se divide em três
vertentes. O primeiro deles refere-se ao preço de energia para
recompra das sobras contratuais. As geradoras bateram o pé e sugeriram
o pagamento de apenas 70% do Valor Normativo (VN - preço máximo
da energia a ser repassada para o consumidor), o que equivale
hoje a aproximadamente R$ 55. A proposta foi aceita pelo governo.
A segunda vertente das negociações relaciona-se às perdas do racionamento,
decorrentes principalmente da energia livre vendida às distribuidoras
no período de escassez do insumo. A dívida soma R$ 2,2 bi até
novembro. É aí que entra o BNDES para financiar parte deste valor.
As geradoras ainda arcarão com um montante deste rombo, o equivalente
a 70% do VN sobre o total de MW negociados. O restante virá do
financiamento estatal. A terceira parte do acordo está mais voltada
à reestruturação do setor. O governo se comprometeu a reavaliar
os cálculos para definição do preço da energia no MAE, considerado
hoje insustentável pelas atuais regras. A partir desta semana,
novas reuniões com geradores serão realizadas para acertar detalhes
jurídicos. (Gazeta Mercantil - 07.12.2001)
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2- Geradoras e distribuidoras sentam-se para negociar
nesta semana |
A partir desta semana, que vai de 10.12 a 15.12, comissões de
geradores e de distribuidores se reunirão para fechar pendências
que não passam pelo governo. E, por fim, bastará alinhavar as
duas negociações que foram conduzidas paralelamente pelo governo,
com distribuidoras e geradoras. O resultado final será o anúncio
de linha de crédito e um escalonamento de reajustes tarifários,
os quais, segundo o ministro José Jorge, só sairão em 2002. (Gazeta
Mercantil - 07.12.2001)
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3- Isaac Pinto é convidado para diretoria da Aneel
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O ministro de Minas e Energia, José Jorge, encaminhou ao presidente
Fernando Henrique Cardoso a recondução de Jaconias de Aguiar para
mais um mandato na diretoria da Aneel. O ministro, no entanto,
decidiu substituir o atual diretor Luciano Pacheco por Isaac Pinto,
engenheiro eletricista que já trabalhou na Celp e na Chesf. Os
dois atuais diretores, que estão na Aneel desde 17 de dezembro
de 1997, terão mandato vencido no dia 17.12.2001, de acordo com
o regulamentação da agência. Isaac Pinto trabalha desde 1999 na
secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça. Tanto
Jaconias quanto Pinto ficarão na agência por mais quatro anos
caso seus nomes sejam aprovados pelo Senado Federal. (Gazeta Mercantil
- 07.12.2001)
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4- Presidente do TRF mantém nula a criação da Gerasul
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O presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região,
desembargador federal Teori Zavascki, manteve a sentença do juiz
substituto da 2ª Vara Federal de Florianópolis, Gilson Jacobsen,
que declarou nula a cisão da Eletrosul. O desmembramento da Eletrosul
resultou na criação da Gerasul e na posterior incorporação à Eletrobrás
Gerações (Eletroger). A ação civil pública foi proposta pelo Ministério
Público Federal contra a União, Gerasul, Eletrobrás, Eletroger,
BNDES, Aneel e a Tractebel Sul. Zavascki considerou que a medida
provisória 1.533-11, que autorizou a criação de duas sociedades
por ações a partir da reestruturação da Eletrosul, tendo uma como
objeto social a geração e outra a transmissão de energia elétrica,
violou expressamente normas da Constituição, segundo as quais
somente por lei específica pode ser autorizada a criação de empresa
pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação pública.
(Diário Catarinense - 10.12.2001)
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5- Brasil avalia efeitos da quebra da Enron |
As autoridades brasileiras responsáveis pelo setor elétrico acenderam
o sinal amarelo ao tomar conhecimento do pedido de concordata
da Enron. Com discrição, a Aneel, o MME e até o governo de São
Paulo, passaram a dedicar mais atenção do que o normal às empresas
controladas pela companhia americana, particularmente a Elektro.
Todos os instrumentos disponíveis para evitar que a crise nos
EUA resulte em problemas de abastecimento no interior de São Paulo
foram acionados. Com o objetivo de não chamar a atenção do mercado
para evitar o risco de abalar a cotação das ações da companhia
paulista, segundo especialistas em energia, a Aneel teria convocado
ao longo da semana representantes da empresa para ouvi-los sobre
os problemas vividos pela matriz. Além disso, os balancetes mensais
que a companhia envia para o órgão regulador estão sendo detidamente
examinados para verificar se a concessionária está remetendo recursos
para os EUA, a fim de capitalizar a empresa-mãe. Isso seria uma
irregularidade. Publicamente, a agência não comenta o caso. (Estado
- 10.12.2001)
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6- Primeiras avaliações da Elektro tranqüilizam governo |
Segundo o ministro de Minas e Energia, José Jorge, "o governo
está avaliando o fato (pedido de concordata da Enron Corp.)
com preocupação, porque a Enron é uma das principais empresas
de energia do mundo, com investimentos importantes no Brasil",
afirmou no meio da semana. Uma autoridade com trânsito no Palácio
do Planalto revelou que as primeiras avaliações são tranqüilizadoras.
Constatou-se que nos balanços da empresa não existem créditos
devidos da matriz para a controlada, ou seja, a concessionária
brasileira não depende de recursos dos Estados Unidos - que com
a concordata dificilmente seriam honrados. Além disso, a dívida
da Elektro com a Enron americana, que estava em cerca de US$ 470
mi em dezembro de 2000, só deverá ser paga em 2007 e 2008. (Estado
- 10.12.2001)
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7- Aparato legal deve prevenir contaminação da crise
da Enron na Elektro |
O governo brasileiro considera que existe um guarda-chuva legal
capaz de funcionar como uma proteção contra a contaminação da
crise da Enron na Elektro. Além do controle da remessa de recursos
para o exterior, a lei que regulamenta a Aneel, as resoluções
do órgão regulador e os contratos de concessão exigem que todas
as transações técnicas e financeiras entre as concessionárias
e sua controladoras devem ser submetidas à agência. "A Elektro
é um mundo diferente das empresas do grupo Enron", disse uma autoridade
com trânsito no Palácio do Planalto. "Ela não tem a mesma situação
complicada que existe no resto do grupo." O governo aparentemente
não teme que as ações da concessionária brasileira sejam negociadas
de afogadilho nos EUA como forma de pagar parte das dívidas da
matriz. Nesse caso, a lei das concessões, de 1995, é clara: qualquer
transferência do controle sem prévia anuência do poder concedente
implicará o fim da concessão. Nessa hipótese, considerada bastante
remota, a Aneel nomearia um interventor e o controle da Elektro
seria novamente licitado. (Estado - 10.12.2001)
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8- Racionamento de energia não freia guerra fiscal
entre estados nordestinos |
Nem mesmo o racionamento de energia e a ameaça de apagão foram
suficientes para conter a guerra fiscal entre os Estados do Nordeste.
Os governos da Bahia, Pernambuco e Ceará, maiores economias regionais
e detentores das políticas fiscais mais agressivas, asseguram
que a atração de indústrias, via incentivos fiscais, manteve o
mesmo ritmo do ano passado e deve se acirrar ainda mais. (Valor
Econômico-10.12.2001)
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1- GCE determina novo método de avaliação de racionamento
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As metas de consumo nas regiões afetadas pelo racionamento de
energia possuem novo método de avaliação pelo ONS. Nas resoluções
nº 76 e 80, da GCE, o novo valor total por região corresponde
à soma das novas metas determinadas para cada consumidor. Assim,
a meta fixada para a região Sudeste/Centro-Oeste é de 23,5 mil
MW. No Nordeste e Norte, as novas metas são de 5,4 mil MW e 2,3
mil MW. Com isso, os valores percentuais de economia passam a
ser acompanhados com base nestes novos parâmetros, indicando a
economia obtida. (Canal Energia - 10.12.2001)
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2- Resolução estabelece cálculo de meta de consumidor
sazonal para 2002 |
A GCE estabelece, através da Resolução 81, como as empresas distribuidoras
devem proceder, no primeiro semestre de 2002, para calcular a
meta dos consumidores com características sazonais permanentes.
O cálculo terá como base o consumo dos cinco primeiros meses de
2001. O consumidor que ultrapassar a meta estará sujeito à tarifação
especial. A cobrança será feita na primeira fatura enviada pela
distribuidora após a leitura que constatou o excesso de consumo.
No caso em que o consumo for menor, o pagamento do bônus deverá
constar na fatura de julho de 2002. (Canal Energia - 10.12.2001)
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3- Contratação emergencial terá 2,1 mil MW |
A GCE aprovou a contratação de 2.143 MW de energia emergencial,
gerada em unidades móveis, como contêineres, caminhões e barcaças
ancoradas no litoral. A maior parte do montante contratado (1.484
MW) ficará no Nordeste. O restante irá se dividir entre o Sudeste
e Centro-Oeste. (Gazeta Mercantil - 10.12.2001)
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4- Racionamento causa prejuízos superiores a US$ 500
mi na Paraíba |
Ao contrário das três maiores economias do Nordeste, a Paraíba
não ficou imune ao racionamento de energia. O Estado, que adotou
recentemente uma política ousada de incentivos fiscais, calcula
perdas superiores a R$ 500 mi apenas por causa do adiamento de
projetos industriais devido à restrição na oferta de energia.
"Somente em cinco grandes indústrias que estão com os seus processos
de instalação ou expansão interrompidos, o prejuízo chega a R$
548 milhões " , contabiliza o secretário de Indústria e Comércio
do Estado, José Fernandes Neto. Ele acrescenta que mais 30 empresas,
de pequeno e médio porte, também suspenderam suas decisões - ao
menos temporariamente - de se instalar no Estado. (Valor Econômico
- 10.12.2001)
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5- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Light e Eletropaulo terão que cumprir determinações
para descruzarem ações |
A distribuidoras Light e Eletropaulo terão que cumprir determinações
para que os seus controladores - respectivamente a EDF e a AES
- consigam descruzar as ações pertencentes às companhias. O objetivo
da operação financeira é que o grupo francês assuma integralmente
a concessionária carioca e a AES controle a empresa paulistana.
Nas medidas impostas pela Aneel, a Eletropaulo terá que comprovar
que o terreno usado para a troca de ativos foi utilizado para
a construção da termelétrica de Santa Branca. No caso da Light,
a empresa terá que submeter a anuência prévia da Aneel o contrato
de uso de rede, que será firmado com a Light Telecom Ltda. (Canal
Energia - 10.12.2001)
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2- Celesc vende 19% de ações da Casan |
Para quitar débitos vencidos e equilibrar o caixa, a Celesc coloca
à venda no dia 13.12.2001, na Bovespa, 110,7 milhões de ações
que possui na Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan).
Metade ordinárias, metade preferenciais, as ações da empresa de
saneamento foram recebidas em 1999 como pagamento de dívida histórica
de fornecimento de energia e representam 19,3% do capital da Casan,
controlada pelo governo catarinense e considerada imprivatizável
pelo governador Esperidião Amin. Presente em 219 dos 293 municípios
catarinenses, a Casan fatura cerca de R$ 150 mi por ano. Baseada
em consultas feitos por investidores interessados, a Celesc espera
receber algo mais do que o valor nominal de R$ 1 por ação. (Gazeta
Mercantil - 10.12.2001)
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3- Celesc pagará debenturistas com dinheiro da Casan |
A Celesc vai usar o dinheiro apurado com a venda das ações da
Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) no pagamento
de cerca de R$ 20 mi a debenturistas com quem fechou acordo em
31 de outubro e, ainda, quitar débitos com credores de commercial
papers que desde meados do ano têm direito a receber cerca de
US$ 1,1 mi mensalmente durante 48 meses. O que sobrar vai ajudar
a equilibrar o caixa, cuja necessidade foi estimada em cerca de
R$ 200 mi, em meados do ano. (Gazeta Mercantil - 10.12.2001)
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4- Petrobras Energia à toda em junho |
A ofensiva da Petrobras Energia no mercado está programada para
junho de 2002. A subsidiária da estatal irá gerir os ativos da
holding na área de energia e ordenar sua atuação no ramo de comercialização
de energia elétrica. O diretor de Gás e Energia da Petrobras ,
Antônio Luiz Silva de Menezes, afirma que, até meados de 2002,
a subsidiária terá 1.800 MW em carteira, como garantia de energia
a ser comprada. "Vamos escoar essa produção no mercado bilateral,
em contratos de longo prazo e até mesmo no MAE." Apesar da morosidade
das operações no MAE, que teve a contabilização de seus contratos
novamente paralisada, Menezes trabalha com a expectativa dos profissionais
do setor, de ver o MAE revigorado - e funcionando - em 2002. (Gazeta
Mercantil - 10.12.2001)
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5- Investimentos da Petrobras no setor chegam a US$
1,75 bi |
Além de sociedade na comercialização das plantas mercantis, a
estatal tem participação nas usinas Fafen (BA), Ibiritermo (MG),
Piratininga (SP), Três Lagoas (MS), Corumbá (MS), Refap (RS),
TermoBahia (BA), TermoRio (RJ), Cubatão (SP) e Porto Suarez, na
Bolívia. Os investimentos da Petrobras na construção das usinas
e na ampliação do gasoduto Bolívia - Brasil (Gasbol), para transportar
o gás, somam US$ 1,75 bilhão, aplicados em parceria com o setor
privado. O valor não inclui os gastos com o desenvolvimento da
produção de gás no Brasil e na Bolívia. (Valor Econômico-10.12.2001)
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6- CPFL usa a LRF para cobrar as prefeituras |
A concessionária Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), que
atua em 234 municípios do interior de São Paulo, está usando a
Lei de Responsabilidade Fiscal para renegociar R$ 42 mi devidos
pelos municípios por conta de iluminação pública. A CPFL assustou
os prefeitos com medidas como embargo de obras. Pela lei, novos
investimentos não podem ser feitos enquanto ainda houver dívidas.
(Gazeta Mercantil - 10.12.2001)
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1- Preços do MAE na região Sul permanecem em R$ 4,00
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Na segunda semana de dezembro, os preços do para a região Sul
permanecem em R$ 4,00. O valor é válido para o período que compreendem
os dias 8 a 14 de dezembro.Nas demais regiões afetadas pelo racionamento,
os preços do MAE são determinados pela resolução nº 77, da GCE.
Assim, o valor para o Sudeste permanece em R$ 336,00. Para o Nordeste,
o preço é de R$ 562,15. (Canal Energia - 10.12.2001)
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2- Leilão de excedente do MAE comercializa mil MWh
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Na sexta-feira, dia 07.12.2001, o leilão de excedente de energia
do MAE comercializou mil MWh, com volume total de negócios de
R$ 110 mil MWh. O fixing por MWh foi de R$ 110,00. Durante o pregão
foram feitas seis ofertas para venda num total de 3.070 MWh, a
preços de até R$ 150,00. Para compra, foram feitas sete ofertas.
A quantidade de energia ofertada foi de 5.580 MWh, com preços
que variaram de R$ 85,00 a R$ 110,00. (Canal Energia - 07.12.2001)
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3- Leilão de energia reflete consumo durante o verão |
A primeira semana de dezembro do leilão de excedentes do MAE aponta
o rumo que essas negociações devem tomar durante o verão, período
em que valerão novas metas de redução de consumo. De forma geral,
o comportamento dos participantes no leilão do MAE, indica o grau
de dificuldade das médias e grandes empresas em economizar energia
no racionamento. Os preços praticados neste mercado acompanham
a demanda. A semana passada começou com o MWh cotado a R$ 99 e
fechou com R$ 110. Este pode ser um sinal de que, mesmo com a
flexibilização das metas de gasto energético, a chegada do verão
e o aumento na produção industrial para as vendas de fim de ano
tornam estreita a possibilidade de as empresas cumprirem o racionamento.
A elas, não resta outra alternativa a não ser comprar o direito
de uso de mais energia, se não quiserem pagar sobretaxa. (Gazeta
Mercantil - 10.12.2001)
Índice
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4- A partir de 2003, MWh poderá custar mais de R$100
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O perfil dos vencedores dos últimos leilões de concessões de hidrelétricas
pode ser mais um sinal de que o mercado espera uma grande elevação
do preço da energia, principalmente a partir de 2003, quando começa
a abertura efetiva do setor, afirmam especialistas para os quais
os grandes consumidores de energia e distribuidoras que compraram
as concessões estão querendo se proteger de um futuro incerto.
O coordenador do Departamento de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ,
Maurício Tolmasquim, alerta que, quando os contratos das geradoras
forem renegociados, o preço da energia deverá sofrer um aumento
expressivo. Para o professor, o preço médio do MWh deverá passar
dos atuais R$ 45 para mais de R$ 100 a partir de 2003. (Jornal
do Commercio - 10.12.2001)
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5- Petrobras prepara estratégia de atuação para comercializar
energia |
A Petrobras prepara a sua estratégia de atuação como grande negociadora
de energia em 2002, quando terá disponível 1.800 MW para comercialização
em contratos bilaterais e no MAE. A receita anual esperada com
o novo negócio é de, no mínimo, R$ 1,5 bi no primeiro ano. Em
2003, serão 4.500 MW disponíveis para a estatal, segundo o diretor
de Gás e Energia da empresa, Antônio Luiz de Menezes, de um total
de 8.600 MW novos que entrarão no sistema nacional. "Hoje somos
a principal empresa alavancadora de nova energia no país", disse.
O setor tem uma importância tão grande que a estatal criou a Petrobras
Energia, uma empresa específica para cuidar do assunto. (Valor
Econômico-10.12.2001)
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6- Inoperância do MAE atrasou entrada da Petrobras
no setor |
A estatal pretendia entrar na comercialização elétrica em 2001,
mas seus planos foram frustrados pela inoperância do MAE e pelo
atraso na operação de projetos termelétricos. Hoje, apenas 25
MW estão sendo comercializados pela Petrobras no MAE, oriundos
da termelétrica Fafen, localizada na Fábrica de Fertilizantes
Nitrogendados da empresa, na Bahia. O projeto tem parceria do
grupo português EDP. Mas a estatal ainda não recebeu um centavo
desse dinheiro: o MAE está com a sua contabilização paralisada,
por força de uma liminar, e a liquidação das operações sequer
foi iniciada. Duas termelétricas do tipo mercantis (feitas exclusivamente
para o MAE) onde a Petrobras é sócia na comercialização - Eletrobolt,
da Enron; e Macaé Merchant, da El Paso -, estão prontas mas ainda
paradas, também devido à inoperância do mercado atacadista. (Valor
Econômico-10.12.2001)
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1- Declaração de Fraga faz cotação do dólar cair |
A declaração do presidente do Banco Central, Armínio Fraga, de
que no médio e longo prazo a taxa de câmbio está "muitíssimo depreciada",
analisada isoladamente pelos investidores, fez a cotação do dólar
recuar 1,20% na no dia 07.12.2001 e ser negociada a R$ 2,391,
na venda, o menor preço desde 3 de julho, quando um dólar valia
R$ 2,355. A cotação mínima do dia chegou a R$ 2,39, queda de 1,24%.
A Ptax, média das cotações apurada pelo BC, ficou em R$ 2,4005,
desvalorização de 1,76%. Na BM&F, o contrato de dólar com liquidação
em janeiro de 2002 caiu 1,11% e valia R$ 2,421. (Gazeta Mercantil
- 10.12.2001)
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2- Tesouro leiloa R$ 800 mi em títulos cambiais |
O Tesouro Nacional inicia a semana com a venda de títulos públicos
que vão alongar o perfil da dívida mobiliária federal. No dia
10.12.2001, serão vendidos R$ 800 mi em títulos cambiais. Os papéis
vão substituir outro R$ 1 bi em títulos que serão resgatados no
dia 13.12.2001. A venda será dividida em dois leilões. No primeiro,
serão ofertados R$ 500 mi em Notas do Tesouro Nacional (NTN-D),
com vencimento em quatro anos (20 de janeiro de 2005). O segundo
leilão terá R$ 300 mi em títulos cambiais que vencem em cinco
anos (20 de setembro de 2006). A última vez que o Tesouro vendeu
títulos com esses prazos foi em 28 de novembro. Os papéis com
resgate em 2006 tiveram juros anuais médios de 12,69%. (Gazeta
Mercantil - 10.12.2001)
Índice
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3- TN leiloará R$ 2 bi no dia 11.12 |
No dia 11.12.2001, o Tesouro Nacional volta ao mercado com a venda
de títulos prefixados (com rentabilidade definida em leilão).
Vão ser leiloados R$ 2 bi em LTN que terão resgate em 5 de junho
de 2002 e mais R$ 300 mi com vencimento mais longo, em dois anos
(2 de abril de 2003). (Gazeta Mercantil - 10.12.2001)
Índice
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4- Inflação no RJ tem maior alta do ano |
O Índice de Preços ao Consumidor do Rio de Janeiro (IPC-RJ) registrou
a maior alta de 2001, com variação de 1,5% em novembro, mais que
o dobro do verificado em outubro, quando o índice sofreu elevação
de 0,70%. Em setembro, a inflação observou variação positiva de
0,13%. A informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de
Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). No ano, a inflação
acumula elevação de 6,70%. No período de 12 meses, o IPC-RJ verifica
aumento de 7,64%. O IPC-RJ foi apurado por meio de levantamento
de dados de famílias no intervalo de classe de renda de 1 a 33
salários mínimos. (Gazeta Mercantil - 07.12.2001)
Índice
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5- IBGE divulga IPCA de novembro no dia 12.12 |
Na quarta-feira, dia 12.12.2001, os investidores vão estar atentos
à divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado
pelo IBGE, que vai mostrar a inflação acumulada em novembro. O
índice serve de referência para a meta de inflação estipulada
pelo BC neste ano, de 4% com a variação de dois pontos percentuais.
Até outubro, a inflação acumulada era de 6,22%. (Gazeta Mercantil
- 10.12.2001)
Índice
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6- Taxas de juros negociadas na BM&F fecham com leve
baixa |
Na sexta-feira, dia 07.12.2001, as taxas de juros negociadas na
BM&F fecharam com leve baixa. Entre os contratos mais negociados,
o de janeiro de 2002 passou de 19,29% para 19,28% ao ano. O contrato
de abril saiu de 20,19% para 20,07% ao ano. O contrato a termo
de DI (Depósito Interfinanceiro), que vence em julho e indica
a taxa prefixada para o período, caiu de 21% para 20,74%. (Gazeta
Mercantil - 10.12.2001)
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7- Papéis de emergentes fecham com pequena valorização |
Em 07.12.2001, no mercado internacional, os títulos da dívida
de países emergentes tiveram valorização. O C-Bond, título brasileiro
mais negociado, ficou estável em US$ 0,757. Já o Global 27 recuou
0,17% e era negociado a US$ 0,735. O Global 40, também brasileiro,
teve alta de 0,33% para US$ 0,762. Já o FRB, título argentino
mais líquido, recuou 1,78% e valia US$ 0,415. O Global 8 caiu
0,10% e valia US$ 0,309. (Gazeta Mercantil - 10.12.2001)
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1- Bolívia pedirá ao Brasil adiantamentos pela venda
de gás |
O presidente boliviano Jorge Quiroga se propôs três objetivos
na viagem que fará hoje ao Brasil: aumentar as vendas de gás,
desenvolver uma nova política tarifária e dar um grande passo
rumo a titularização das exportações de gás. Quiroga inquirirá
o presidente brasileiro, Fernando Henrique Cardoso, quanto à possibilidade
de que o Brasil adiante pagamentos relativos a futuras vendas,
o que vem sendo chamado de polêmica pela titularização. Apesar
dos pontos de vistas divergentes no seu quadro ministerial, o
presidente boliviano também abordará a questão das tarifas do
gás, ainda que a fixação destas esteja nas mãos de empresas privadas.
Fernando Henrique pode solicitar uma fixação de bandas pelo governo
boliviano que impeça que as tarifas flutuem bruscamente. (La Razón
- 12.10.2001)
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2- Fazenda define nesta semana regras para nova contribuição
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O Ministério da Fazenda pretende concluir esta semana a proposta
do projeto de lei que regulamentará a Contribuição de Intervenção
no Domínio Econômico (Cide) que incidirá sobre os combustíveis.Pela
proposta, a alíquota da Cide será específica, ou seja, incidirá
sobre a quantidade física do produto e não sobre o seu valor em
dinheiro. O objetivo é evitar a sonegação da tributação com o
subfaturamento do produto, não mais importando o valor pelo qual
ele foi vendido. A Cide será cobrada somente nas refinarias e
na importação, de forma monofásica. A Cide incidirá sobre petróleo,
combustíveis e seus derivados, gás natural e álcool. A sua introdução
marcará a abertura total do mercado, com o fim do monopólio da
Petrobrás na importação de combustíveis. (Estado - 10.12.2001)
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3- Proposta reduz ICMS de gasodutos |
O secretário de Energia de São Paulo, Mauro
Arce, está pessoalmente envolvido para desatar a briga em torno
da cobrança do ICMS no gás natural. O problema é tido como crucial
pelos empresários da área de gás e também pelos investidores de
geração de energia elétrica. No dia 06.12.2001, Arce fechou uma
proposta para eliminar o problema ao reunir-se com executivos
da Petrobras e da equipe econômica do governo federal. Nesta semana,
Arce encontra-se com o secretário da Receita Federal, Everardo
Maciel, para prosseguir com as negociações. A sugestão será ainda
levada à GCE. (Gazeta Mercantil - 10.12.2001)
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4- Investidores acompanham com atenção proposta de
ICMS menor |
Do ponto de vista dos investidores, a cobrança do ICMS também
é acompanhada com atenção. "É uma pendência séria, que pode inviabilizar
os projetos", diz o vice-presidente da AES Tietê , Demóstenes
Barbosa da Silva. O grupo pretende instalar duas térmicas - Santa
Branca (1.000 MW) e Bariri (750 MW). Juntas, indicam investimento
de quase US$ 1 bi. "Hoje, o gás representa 60% do custo de produção
de uma térmica. Se tiver o ICMS, isso sobe para 72%, o que elevaria
o preço a um nível inviável para competição." Rio de Janeiro e
Mato Grosso do Sul não pagam ICMS sobre o gás. Mas, pelo contrato
de concessão, a AES tem de expandir a geração em território paulista.
(Gazeta Mercantil - 10.12.2001)
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5- Solução para ICMS do gás sai nesta semana |
Sai nesta semana uma solução para o problema do repasse do ICMS
sobre o gás natural, impasse que está emperrando os projetos termelétricos
localizados em Estados importadores do insumo. A solução mais
provável será por meio de compensação financeira do governo federal
para o Estado de Mato Grosso do Sul, que atualmente recolhe todo
o imposto sobre o gás que chega ao Brasil via gasoduto Bolívia-Brasil
(Gasbol). Em contrapartida, o governo do Mato Grosso do Sul terá
de abrir mão de parte da receita que hoje obtém recolhendo o ICM
sobre o gás. A Petrobras, que recolhe todo o imposto para o governo
estadual, deixaria de pagar pelo menos a parte do preço do insumo
referente ao seu transporte (Valor Econômico-10.12.2001)
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6- Comgás está otimista com negociações |
O presidente da Comgás, Oscar Prieto, também está otimista com
as negociações: "Acredito que saia um solução nesta semana", disse.
Por falta de condições de repassar o ICMS às termelétricas, a
Comgás suspendeu, em outubro, as obras do gasoduto que abasteceria
à usina de Piratininga, de propriedade da Petrobras e da Emae,
prevista para entrar em operação neste mês. Segundo Prieto, se
as obras forem retomadas nos próximos dias, a usina poderá estar
gerando 200 MW em janeiro. "Não haverá atrasos", garantiu ele.
A Comgás importa de Mato Grosso do Sul e do Rio o insumo comprado
pela Petrobras e paga o tributo. Mas o Estado de São Paulo não
reconhece esse crédito a receber pela companhia paulista. (Valor
Econômico-10.12.2001)
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7- Usinas de açúcar geram 5% da energia consumida pela
Ceal |
A energia fornecida pela Ceal, este ano, em função da crise energética,
vem recebendo um reforço através do processo de co-geração de
energia proveniente de um grupo de usinas de açúcar do Estado.
Ao todo, estarão conectadas ao sistema de transmissão da Ceal
nove usinas, estando duas delas em processo de ligação à rede
e duas em fase de estudo de viabilização para o processo de co-geração.
A energia produzida pelas usinas vem sendo comercializada entre
R$ 80 a R$ 90 por MWh para a Guaraniana, comercializadora do Grupo
Iberdrola, proprietário das antigas estatais de Pernambuco (Celpe),
Bahia (Coelba) e Rio Grande do Norte (Consern). Wlademir de Abreu
informou que a energia fornecida pelas usinas, apesar de não ser
comprada diretamente pela Ceal, é consumida em Alagoas. "A Ceal
paga a Companhia Hidrélétrica do São Francisco (Chesf) pela energia
que consome das usinas e a Chesf faz o encontro de contas com
a Guaraniana, que é a pro-prietária da energia", destacou. (Gazeta
de Alagoas - 09.12.2001)
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1- Citigroup e UBS farão propostas pela Enron |
Os bancos de investimento Citigroup e UBS Warburg estão se preparando
para fazer propostas rivais para tomar o controle das operações
de venda de energia da Enron. Espera-se que os dois bancos façam
essa semana propostas separadas a uma corte de falências em Nova
York, na tentativa de salvar algum valor dos negócios da Enron,
que sofreram com a incerteza que cerca suas finanças. Não é esperado
que o JP Morgan Chase, que também manifestou interesse nas operações
da Enron, faça uma proposta neste estágio dos acontecimentos.
Entretanto, o banco, que também perdeu muito dinheiro com a quebra
da Enron, pode fazer uma proposta rival no futuro. Assessores
da Enron, da Citigroup e da UBS estavam finalizando ontem à noite
detalhes das propostas e seu anúncio pode vir ainda hoje. Tanto
a Citigroup quanto a UBS desejam criar uma joint venture com a
Enron que controlaria os negócios de energia da firma. O banco
vencedor forneceria o crédito para possibilitar o negócio, enquanto
a Enron e seus credores iriam receber uma parcela dos lucros futuros.
(Financial Times-10.12.2001)
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2- Enron pagou US$ 50 mi a funcionários no início de
novembro |
Conforme se dirigia a um acordo de fusão com a Dynegy no mês passado,
a Enron pagou cerca de US$ 50 mi a 75 funcionários que trabalhavam
como negociadores de gás natural e eletricidade. Os pagamentos,
realizados na primeira semana de novembro, visavam incentivar
os mais rentáveis negociadores da companhia a não deixarem seus
empregos antes da fusão, declarou um executivo da Enron. Esta
remuneração não está incluída nos US$ 55 mi em bônus pagos a cerca
de 500 funcionários dias antes da Enron buscar proteção de seus
credores na corte de concordatas, no dia 2 de dezembro, depois
que a Dynegy desistiu da fusão. Desses US$ 55 mi, 11 executivos
receberam bônus que variaram de US$ 500 mil a US$ 5 mi, sendo
que 5 deles receberam mais de US$ 1 mi cada. (New York Times-10.12.2001)
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3- Normas de distribuição de gás no Peru são modificadas |
Segundo as modificações
do Regulamento de Distribuição de Gás Natural por Rede de Dutos
Peruano, a Osinerg deverá coordenar com o concessionário a elaboração
dos procedimentos e métodos de cálculo aplicáveis para determinar
em que casos o fornecimento será técnica e economicamente viável.
O órgão regulador deverá publicar o procedimento preliminar e
depois considerar as observações e sugestões que surjam, depois
do quê emitirá a resolução correspondente. De acordo com a norma
anterior, a Osinerg era autônoma na elaboração desses procedimentos.
As mudanças haviam sido solicitadas pelo consórcio responsável
pelo transporte de gás de Camisea, bem como pela Tractebel, empresa
que se encarregaria da distribuição do gás em questão em Lima,
para que o contrato de distribuição pudesse ser assinado. (Gestión-10.12.2001)
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4- Tarifas elétricas venezuelanas devem subir 3,5% |
O Ministério de Energia e Minas da Venezuela e as empresas do
setor estudam as projeções macroeconômicas do próximo ano (inflação
e tipo de câmbio), o preço dos combustíveis e o custo decorrente
da conjuntura elétrica nacional (ano de seca e restrições do parque
térmico), a fim de redefinir as tarifas que entrarão em vigor
no dia 1º de janeiro e terão uma duração de seis meses. O esquema
estará concluído possivelmente até o dia 20 deste mês e a aspiração
do governo venezuelano é que o ajuste em discussão não ultrapasse
o incremento de 2001, que ficou na média ponderada de 3,54% .
(El Universal-10.12.2001)
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5- Mirant pode aceitar oferta da Titanium pela Edelnor |
Fontes do setor elétrico dizem que a companhia norte-americana
Mirant, detentora de 82,34% das ações da Edelnor chilena, pode
vir a aceitar a oferta da Titanium pelo controle da geradora.
Isso seria possível porque, ao desfazer- se da companhia antes
do dia 14, a Mirant não teria que arcar com o pagamento de US$
4,5 mi aos recebedores de bônus da Edelnor. Em meados de outubro,
a Mirant informou que não tinha certeza se realizaria o pagamento
em questão, e que caso o fizesse, a companhia se tornaria deficitária.
A Mirant tem até o dia 17 de dezembro para aceitar a proposta
de US$ 2,5 mi apresentada pela Titanium. O diferencial da negociação
da Titanium das propostas anteriores pela Edelnor é a de que ela
estaria comprando o capital, e não a dívida da companhia. Num
primeiro momento, a Titanium negociará apenas com a Mirant, e
não com os recebedores de bônus, que por ora não mostraram interesse
em se desfazer dos papéis da companhia. (Estrategia-10.12.2001)
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6- Reguladores dos EUA e Europa se encontram em Roma |
Reguladores de energia da Europa e dos EUA se encontraram em Roma
na Sexta- feira para discutir questões do mercado de energia,
incluindo a segurança do fornecimento de energia. Os executivos
reconheceram a necessidade de fornecer sinais de preço próprios
aos consumidores e na criação de regras consistentes capazes de
atrair investimento em novo fornecimento. William Nugent, representante
dos Estados Unidos, disse que alguns estados daquele país ainda
têm que se adaptar às novas regras do mercado. O chefe da Ofgem,
Callum McCarthy, disse aos reguladores que a segurança do fornecimento
na Grã-Bretanha foi fortalecida como resultado do crescente mercado
competitivo que está se instalando no país. Segundo McCarthy,
o Reino Unido tem hoje capacidade de geração de energia que excede
em mais de 30% suas necessidades. No entanto, Jacques Andre Trosch,
da Comissão de Regulação de Energia Francesa, admoestou que a
desregulação do mercado de energia não conduz automaticamente
a menores preços, melhor fornecimento e maior segurança, conforme
mostraram a crise energética californiana e o colapso da Enron.
(Platts.com-07.12.2001)
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7- ABB pode fazer proposta por negócios da Powergen |
A ABB pode ser uma das compradoras potenciais dos negócios combinados
de eletricidade e termoeletricidade da Powergen, uma das maiores
companhias energéticas da Grã-Bretanha. Atualmente, a Powergen
está cotada em US$ 14,34 bi, já que tal foi a proposta feita pela
companhia alemã Eon. A Powergen sinalizou no início desse ano
que desejava vender seus negócios combinados térmicos e elétricos(CHP),
que são mais eficientes que as tradicionais usinas, que geram
só eletricidade. Os crescentes preços do gás natural e problemas
causados por novos acordos de negociação de energia, surgidos
em março, abalaram as finanças dos operadores do CHP. Além da
EON e da ABB, a Electricité de France também estaria interessada
no negócio. (Financial Times-10.12.2001) ***
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1- CEER - Council of European Energy Regulators. Quality
of electricity supply: initial benchmarking on actual levels,
standards and regulatory strategies |
CEER - Council of European Energy Regulators. Quality of electricity
supply: initial benchmarking on actual levels, standards and regulatory
strategies. Milão: Autorità per l'energia elettrica e il gas,
Abril/2001. - 70
páginas
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Ana Clara Cruz, Barbara Oliveira, Fernando Fernandes,
Rodrigo Rötzsch
e Silvana Carvalho.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
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pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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sobre as empresas do setor
www.eletrobras.gov.br/provedor
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