O
atual choque de oferta de energia elétrica deve estimular a realização
de investimentos em geração distribuída, cuja localização é próxima
ao consumidor e, por isso, independe do sistema de transmissão
centralizado.
Tradicionalmente,
o baixo custo da energia elétrica no Brasil, cuja matriz energética
é predominantemente hidráulica, tem representado uma vantagem
competitiva para as empresas instaladas no país. Ante o atual
ambiente de incerteza, a geração distribuída pode oferecer aos
grandes consumidores industriais flexibilidade e controle sobre
o custo de um importante insumo. A proposta de desenvolvimento
de um mercado para comercialização de energia elétrica em conjunto
com a entrada de energia nova, mais cara, gerada em usinas termelétricas
e a perspectiva de reformulação da estrutura tarifária no país
contribuem que a expectativa de elevação a curto e médio prazo
dos preços de energia elétrica para o setor industrial.
Além
disso, os investimentos em cogeração apresentam como um diferencial
o aproveitamento de resíduos gerados no processo produtivo como
combustível para a geração de energia elétrica. A possibilidade
de comercialização do excedente de energia gerado pode constituir
uma fonte adicional de receita para a empresa. No país, empresas,
como a CSN, inclusive constituíram empresas específicas para a
atuação nesta área: a CSN Energia. Outro fator de atratividade
tem sido a existência de linhas de financiamento do BNDES destinadas
a projetos de cogeração. Deve se também realçar a iniciativa do
governo de criar um Programa Prioritário para a biomassa, nos
moldes do PPT.
A
tendência é que estes aspectos estimulem novos investimentos em
geração distribuída e, consequentemente, uma crescente participação
na matriz energética brasileira.
(Grupo
de Estudos de Empresas de Energia Elétrica/NUCA-IE-UFRJ)
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1- Leilão da Celg é remarcado para o dia 18 |
O leilão de privatização
da Celg foi remarcado para o dia 18.12.2001, na Bolsa do Rio.
O edital de privatização havia marcado o leilão para o dia 22.11.2001,
mas uma liminar concedida pelo juiz substituto Carlos Eduardo
Castro Martins, da 5ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal,
provocou o adiamento. A liminar foi derrubada na semana passada
pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Paulo
Costa Leite. Ainda há duas ações em tramitação contra a privatização.
O governo estadual conta com o recesso do Judiciário para ganhar
tempo e realizar o leilão no dia 18. (Gazeta Mercantil - 28.11.2001)
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2- Fontes próximas ao leilão da Celg acreditam em novo
adiamento |
Fontes que acompanham as negociações travadas entre o governo
de Goiás e a empresa sustentam que o destino do leilão da Celg
poderá ser o mesmo da paranaense Copel, adiado por duas vezes
até ser suspenso sem data definida. O governo do Estado reforça
suas apostas e acredita que o leilão vai ocorrer no dia marcado,
mesmo que apenas um investidor apareça. Considerada única candidata
firme, a belga Tractebel terá ainda de confirmar seu interesse.
(Gazeta Mercantil - 28.11.2001)
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3- Novo cronograma fixa pré-identificação de interessados
no dia 05.12 |
O novo cronograma para o leilão da Celg fixa a entrega dos documentos
para a pré-identificação dos interessados para 05.12.2001. Os
nomes dos investidores pré-identificados, após a aprovação da
Aneel, serão conhecidos dia 12.12.2001. Estes terão até às 18
horas do dia 17.12 para depositar as garantias financeiras e os
contratos com as corretoras na Câmara Brasileira de Liquidação
e Custódia. O valor das garantias deverá corresponder a 50% do
preço mínimo das ações levadas a leilão, R$ 1,320 bi. O novo texto
deixa explícito que o comprador deverá manifestar-se a respeito
de sua decisão de fechar o capital da Celg no ato de registro
na CVM da oferta pública de compra das ações dos minoritários.
(Gazeta Mercantil - 28.11.2001)
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4- Assembléia Legislativa recebe o projeto da nova
Celesc |
O projeto de lei que propõe novo modelo de gestão na Celesc chega
hoje à Assembléia Legislativa. Os deputados terão 15 dias para
analisar e votar. Outro projeto, que divide a empresa, já está
na Casa e tem que ser votado este ano. A oposição alega que não
há tempo suficiente para analisar a nova proposta e pretende empurrar
a discussão para o ano que vem. Hoje, o governador Esperidião
Amin leva o texto à Assembléia. Os deputados entram em férias
dia 13 de dezembro e a oposição diz que o tempo é curto para analisar
matéria dessa importância. O projeto divide a Celesc em três empresas
- geração e distribuição de energia e telecomunicações - além
de alterar a forma de escolha dos diretores. "É a despolitização
do comando", resumiu o procurador-geral do Estado, Walter Zigelli,
que analisou as questões jurídicas. Em seu parecer, Zigelli disse
que não há impedimentos jurídicos e que, "se houver questões polêmicas,
caberá aos deputados aperfeiçoar". São os ajustes no texto que
podem levar as discussões para o ano que vem. "Esta questão dificilmente
será discutida em um ano eleitoral", acredita Amin. (Diário Catarinense
- 28.11.2001)
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5- Quatro empresas continuam fora do leilão de hidrelétricas |
A Aneel negou todos os recursos administrativos apresentados contra
o resultado da pré-qualificação para o leilão de 11 concessões
para construção de usinas hidrelétricas, previsto para 30.11.2001,
na BVRJ. Dessa forma, continuam fora da disputa as empresas Iberdrola
Energia S/A; José Cartellone Construcciones Civiles S/A; Fuad
Rassi, Engenharia, Industria e Comércio Ltda e Cesbe S/A Empreendimentos.
(Gazeta Mercantil - 27.11.2001)
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6- Pré-qualificados tem até quinta para depositar garantias |
A Aneel manteve a decisão anterior e 40 empresas, individualmente
ou agrupadas em consórcios, poderão participar do leilão de 11
concessões para construção de usinas hidrelétricas. As empresas
e/ou consórcios pré-qualificados para o leilão têm que depositar
as garantias na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia
(CBLC), em São Paulo, até as 14 horas desta quinta-feira, dia
29.11.2001. Somente com as cauções, as empresas disputarão o leilão.
(Gazeta Mercantil - 27.11.2001)
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7- Gros defende alta de tarifa |
O presidente do BNDES, Francisco Gros, classificou de 'aumento
emergencial' a elevação prevista para as tarifas de energia elétrica
nos próximos 2 ou 3 anos, motivada pela falta de água que afetou
o setor hidrelétrico e a receita das distribuidoras de energia.
Durante entrevista, o economista afirmou que será 'um aumento
temporário e extraordinário'. O Governo pretende financiar entre
80% e 90% das perdas no faturamento que as empresas de geração
e distribuição de energia tiveram com racionamento. Gros explicou,
no entanto, que a medida ainda não está decidida. 'O que está
sendo sugerido, ainda não decidido, seria a possibilidade de um
financiamento que descontasse estas receitas de modo a dar uma
injeção no caixa destas empresas, a curto prazo, e regularizar
o setor, que no momento, está bastante confuso', esclareceu. Ele
também defendeu os preços das tarifas firmados nos contratos de
concessão das empresas do setor e afirmou que os preços de energia
no Brasil são muito baratos. 'O grande desafio neste setor é viabilizar
os investimentos necessários para que, no futuro, não falte energia
no Brasil, e para que isso ocorra nós vamos ter que colocar o
preço da energia no valor correto ou então nós teremos a energia
mais cara do mundo que é a energia que falta', explicou o presidente
do BNDES. (Hoje em Dia - 28.11.2001)
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8- Analistas divergem sobre reajuste extra de energia |
As dúvidas sobre conceder ou não o reajuste extra nas tarifas
de energia ainda em 2001, para reduzir as pressões sobre a inflação
de 2002, afligem não apenas a equipe econômica, mas também os
economistas. Se o aumento que vai compensar os prejuízos das distribuidoras
com o racionamento entrar em vigor até 01.12.2001, há risco de
romper-se o teto de 7,8% da meta de inflação acertada com o FMI.
Por outro lado, se o aumento ficar para janeiro, a meta de 2002
(de 3,5%, podendo chegar a 5,5%) começará o ano pressionada. Um
reajuste linear de 5%, por exemplo, elevaria o IPCA em 0,19 ponto
percentual. (O Globo - 28.11.2001)
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9- Será difícil evitar aumento de energia e ICMS, diz
Arce |
O secretário de Energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce, um
dos coordenadores da GCE, afirmou que dificilmente serão atendidos
os pedidos da indústria paulista para que os reajustes das tarifas
de energia elétrica, que deverão ser acertados com as empresas
do setor elétrico, não sejam acompanhados de aumento da arrecadação
de impostos, que incidem sobre a tarifa. Segundo representantes
da Fiesp e da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais
de Energia (Abrace), os impostos sobre a tarifa de energia já
representam um porcentual de 40% do valor total da conta de luz.
(Estado - 28.11.2001)
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1- Entrada de energia via importação enfrenta problemas |
A projeção inicial do Ministério de Minas e Energia era de entrada
de 1048 MW via importação em 2001, mas até agora o realizado foi
de apenas 98 MW. A Eletrobrás disputa na Justiça com as distribuidoras
os direitos sobre os excedentes de Itaipu: as duas partes reivindicam
o direito de comercialização, de olho na venda no MAE. Mas, depois
de pareceres favoráveis às empresas no âmbito administrativo,
a Eletrobrás conseguiu liminar na Justiça que suspende o faturamento
dos excedentes no MAE. Outra importação, da Tradener, já estava
atrasada devido a um questionamento do Itamaraty sobre o acordo
de troca entre Brasil e Paraguai. A resistência da Eletrobrás
em dar continuidade ao acordo de parceria deixou a situação mais
complicada e a importação deve ser retirada do programa de aumento
de oferta. Também está atrasada a importação de outros 500 MW
de energia da Argentina, pela Cien. Equipamentos para instalação
da estação conversora ficaram retidos no porto por falta de documentação
sobre incidência de impostos. (Valor - 27.11.2001)
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2- Governo discutirá fim do horário de verão no Nordeste |
O governo reúne na próxima semana os secretários de Energia do
Nordeste para discutir a possibilidade do fim do horário de verão
na região. A suspensão vem sendo pleiteada pelos governadores,
que alegam que a mudança nos relógios traz pouca economia no consumo
e um desconforto maior para a população, que já está sendo submetida
ao racionamento. A expectativa é que o governo atenda ao pedido
dos secretários, uma vez que a região será a mais castigada a
partir de 1º de dezembro, quando a meta de redução cairá somente
para 17% em relação à média do consumo nos meses de maio, junho
e julho. (Gazeta Mercantil - 27.11.2001)
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3- Governo define limites para iluminação natalina |
A GCE divulgou nota para explicar que as novas regras para o racionamento
de energia, anunciadas na semana passada pelo governo, não alteram
os limites definidos para a iluminação natalina nas cidades brasileiras
incluídas no programa de racionamento. A autorização e a limitação
no fornecimento de energia das prefeituras foram formalizadas
em novembro pela GCE e valem para o período de 10 de dezembro
a 6 de janeiro de 2002. Fica permitido às indústrias, comércio
e setor de serviços a instalação de ornamentação comemorativa,
desde que respeitando-se as metas fixadas para cada um durante
o racionamento. (Agência Brasil - 28.11.2001)
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4- Com o feriado, Nordeste economiza 15% de energia
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A região Nordeste conseguiu economizar 15% de energia em seu feriado
extraordinário do dia 26.11, o último decretado em função do racionamento.
Com o resultado, a economia acumulada em novembro na região passou
para 13,1%. O desempenho do feriado está no mesmo patamar registrado
no feriado de 16.11, também extraordinário, quando a economia
totalizou 15,1%. (Estado - 28.11.2001)
Índice
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5- Consumo de energia aumenta quase 40% |
A elevação da temperatura nas cidades fluminenses e no litoral
paulista tem sido um dos principais fatores da queda na economia
de energia das Regiões Sudeste/Centro-Oeste e não o anúncio, feito
na semana passada, da redução das metas, como se tem especulado.
Desde o início de novembro, o consumo diário aumentou quase 40%.
O pior índice foi registrado no dia 23.11, quando houve apenas
7,5% de economia; no dia 26.11, esse número fechou em 10%. (Jornal
do Commercio - 28.11.2001)
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6- Na área da Light, calor é responsável pelo aumento
do consumo |
Na área de atuação da Light, no Rio de Janeiro, o aumento mais
expressivo do consumo começou no dia 21, quando a média de temperatura
no Estado saltou de 29,9º para 35,4º, explica o superintendente
da empresa, Paulo Morais. Essa elevação foi responsável por um
crescimento de 56% no uso de energia. ''A economia de eletricidade
caiu de 19,1% para 8,4% na nossa área de atendimento". Dizendo-se
preocupado com a elevação dos índices da Light, Moraes argumentou
que "com o aumento do calor, fica difícil reduzir o consumo''.
(Jornal do Commercio - 28.11.2001)
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7- Consumo nas cidades metropolitanas de SP se mantém
estável |
O nível de consumo nas cidades metropolitanas de São Paulo tem
se mantido num nível razoavelmente estável. Na Eletropaulo, a
média de economia dos últimos cinco dias foi de 21%. Mas, na no
dia 26.11.2001, o índice ficou em 18,9%. Na CPFL, a economia de
eletricidade continua bem acima da meta de 20% estabelecida pelo
governo. Desde o dia 19.11, o menor índice foi de 25,9%. Já na
Bandeirantes, que cobre as cidades de Caraguatatuba e São Sebastião,
no Litoral Norte, a redução do consumo diário ficou em 14,16%
no dia 26.11; na Piratininga, que abastece parte da Baixada Santista,
a economia caiu para 14,94%. A justificativa de técnicos do setor
é a chegada do verão. (Jornal do Commercio - 28.11.2001)
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8- Corte e sobretaxa da Cemig são suspensos |
Os consumidores da Cemig estão livres da sobretaxa nas tarifas
de energia por conta do descumprimento da meta do racionamento.
A suspensão da cobrança começou na última segunda-feira e obedece
a um termo de ajustamento de conduta firmado entre a estatal e
o Ministério Público de Minas Gerais na semana passada. O acordo
assinado entre o Ministério Público e a Cemig, fruto de controvérsia
gerada por uma liminar da Justiça estadual, também previa a suspensão
dos cortes no fornecimento aos usuários reincidentes na desobediência
da meta. Os cortes estão suspensos desde a semana passada. Em
outubro, a Justiça Federal devolveu à Justiça Estadual a competência
para julgar a ação do Ministério Público que pedia a suspensão
dos cortes de luz na estatal. Agora, a decisão sobre qual das
instâncias vai julgar a ação será tomada pelo Tribunal de Justiça
do Estado de Minas Gerais (TJMG). Entre janeiro e outubro, o déficit
acumulado entre a arrecadação com a sobretaxa aplicada aos consumidores
que ultrapassaram a meta do racionamento e o pagamento dos bônus
aos que economizaram além da cota foi de R$ 49 mi. A expectativa
é que tal diferença chegue a R$ 92 mi até o final do ano. (O Tempo
- 28.11.2001)
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9- Sobretaxa pode gerar indenização pela Cemig |
A Cemig pode ser convocada a explicar à Justiça a cobrança de
sobretaxa de 96.250 consumidores que descumpriram a meta de racionamento
de energia em outubro. Levando em conta que a cobrança de sobretaxa
e o corte do fornecimento, determinados pela GCE, estão suspensos
por liminar da Justiça Estadual, desde o início do mês passado,
a Promotoria de Defesa do Consumidor, do Ministério Público Estadual,
prepara uma ação coletiva de indenização, que vai contemplar todo
o universo de consumidores punidos com a sobretaxa. Procurada
pela reportagem, a Cemig não se pronunciou sobre o assunto. O
promotor titular da Promotoria de Defesa do Consumdor, Marcos
Tofani, afirmou que a ação foi motivada pela divulgação, na imprensa,
pela própria empresa, de que 96.250 consumidores haviam sido sobretaxados
em outubro. Tofani disse estar amparado pelo artigo 42, parágrafo
único, do Código de Defesa do Consumidor. "O código é claro. Diz
que toda cobrança indevida dá direito ao consumidor à devolução
em dobro", frisa. (Hoje em Dia - 28.11.2001)
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10- Oferta de energia vai crescer muito menos do que
o previsto pelo governo |
A redução do racionamento pelo governo é vista como temerária
pelos empresários. E um dos maiores motivos é que já começam a
surgir dúvidas se os 20 mil MW previstos pelo governo para entrar
vão entrar mesmo dentro do prazo. Para 2001, estava prevista a
entrada de 4 mil MW, sendo que mais de mil MW seriam importados
da Argentina. O que não vai ocorrer. Primeiro, porque a importação
de 500 MW da Argentina feita pela Companhia de Interconexão Energética,
que deveria entrar em dezembro de 2001, ficará para março de 2002.
Dificuldades para a liberação de equipamentos importados na alfândega
para a construção de linhas fizeram com que a conclusão da obra
fosse adiada. Outra importação que estaria prevista para entrar
2001 era da Tradener (450 MW). A Eletrobrás, que seria parceira
do negócio, suspendeu as conversas com a empresa importadora,
porque teme que os direitos sobre o volume importado seja reivindicada
pelas distribuidoras brasileiras e também se constitua em objeto
de discussão sobre os excedentes da empresa binacional. (Valor
- 27.11.2001)
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11- Cronograma de Tucuruí é antecipado por causa do
racionamento |
A
antecipação do cronograma de Tucuruí II foi determinada em julho
pela GCE devido ao racionamento. O "sinal verde" do BNDES ocorreu
em apenas dois meses. O investimento total para ampliar a geração
em Tucuruí II é de R$ 2,63 bi e o BNDES financiará 32% deste valor.
Destes, R$ 325 mi correspondem ao "empréstimo-ponte" e R$ 525
mi serão financiados no longo prazo com garantia da Eletrobrás.
O BNDES também definiu que os restantes R$ 802 mi serão obtidos
com captação no mercado doméstico através de emissão de debêntures
da Eletrobrás. A estrutura da operação foi aprovada pela GCE.
O aumento da capacidade de Tucuruí é um dos poucos investimentos
de que a GCE dispõe com capacidade para aumentar expressivamente
a oferta de energia elétrica nos próximos três anos. (Valor -
27.11.2001)
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12- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- BNDES aprova R$ 325 mi para Eletronorte ampliar
Tucuruí |
O BNDES aprovou no dia 27.11.2001 um "empréstimo ponte" de R$
325 mi à Eletronorte. O aporte visa apoiar a duplicação da potência
da hidrelétrica de Tucuruí (PA). O BNDES informa que a modalidade
"empréstimo-ponte" foi escolhida para viabilizar a continuidade
de investimentos na obra até abril de 2002. Segundo o BNDES, até
abril de 2002 serão discutidas as condições para a concessão de
financiamento a longo prazo, com valor de R$ 525 mi - totalizando
aporte de R$ 850 mi, por parte do BNDES, para o empreendimento.
(Gazeta Mercantil - 28.11.2001)
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2- Eletrobrás emitirá debêntures para concluir ampliação
de Tucuruí |
As obras de ampliação da potência da hidrelétrica de Tucuruí (PA)
já haviam sido inciadas pela Eletrobras desde julho de 1998. O
total do orçamento para as obras de ampliação prevê recursos de
R$ 2,63 bi. A Eletrobrás já aplicou R$ 978 mi no empreendimento,
com recursos próprios e da Eletronorte. Além do aporte de R$ 325
mi do BNDES, a Eletrobrás realizará operação de emissão de debêntures
da ordem de R$ 802 mi no mercado interno, visando captar os recursos
restantes para as obras de ampliação. (Gazeta Mercantil - 28.11.2001)
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3- EDP quer comprar ações ordinárias e preferenciais
dos minoritários da Iven |
No dia 27.11.2001, a EDP anunciou uma oferta de aquisição da totalidade
das ações ordinárias e preferenciais dos acionistas minoritários
da Iven, que detém 52% do capital da Escelsa. Com a operação,
a EDP pretende adquirir o equivalente a 17,38% das ações da holding
que estão no mercado. Foi estabelecido o preço de R$ 490 por lote
de mil ações. A oferta tem como base o valor patrimonial da companhia.
A operação ainda depende da aprovação da Comissão de Valores Mobiliários
(CVM). (Gazeta Mercantil - 28.11.2001)
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4- Atraso em obras faz Eletrosul reforçar frente de
trabalho |
A Eletrosul acelerou o ritmo de trabalho nas obras de suas duas
principais linhas de transmissão em construção para adequá-las
ao cronograma de Aneel e colocar o sistema em operação em 31 de
dezembro. A empresa ampliou as frentes de trabalho e o número
de operários envolvidos nas obras das linhas de Blumenau-Itajaí
e Itá-Caxias. Apesar do esforço ninguém da empresa esconde o temor
de que as linhas não fiquem prontas a tempo. Um atraso na operação
afetará consumidores e a Eletrosul, com perda de receita. Os investimentos
nas duas linhas são de R$ 300 mi. (A Notícia - 28.11.2001)
Índice
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5- Emissão de debêntures pode ser mais ágil |
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) quer reduzir o tempo gasto
no registro das emissões de debêntures com a padronização dos
títulos. Em duas ou três semanas, colocará em audiência pública
projeto para simplificar a análise dos pedidos de registro e padronizar
as emissões. A proposta prevê que o pedido de registro da emissão
deverá ser formulado pela empresa e pela instituição financeira
líder da distribuição por meio de uma entidade como as bolsas.
(Gazeta Mercantil - 28.11.2001)
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6- AES cresce no mercado de telecomunicações |
A norte-americana AES Corp. já está com tudo pronto para a abertura
total do mercado de telefonia no Brasil, que começa em janeiro
de 2002. A empresa acaba de concluir um programa de investimentos
de US$ 200 mi para a construção de 'backbones' (infra-estrutura
de redes) destinados ao mercado de telecomunicações. Fica, assim,
na confortável posição de responder à demanda que se avizinha
com uma rede de 20 mil km de cabos coaxiais e ópticos para o transporte
de dados, voz, TV a cabo e internet de alta velocidade em banda
larga. O foco de negócios da multinacional sempre foi a geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica. No Brasil, além
dessas atividades, a companhia decidiu agregar valor às suas operações
com a comercialização de serviços de rede e circuitos especializados
de telecomunicações. (Gazeta Mercantil - 28.11.2001)
Índice
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7- AES e Cemig investem em TV a cabo e internet |
A norte-americana AES e a Cemig entraram em novo ramo. Parceiras
na Infovias S.A., compraram 51% da empresa mineira W@y Brasil,
dona de 37 concessões de TV a cabo e internet de banda larga.
Cada sócio entrou com R$ 37,5 mi. É mais um passo que a AES dá
para potencializar sua rede de 20 mil km para transporte de dados
em alta velocidade ("backbone"), que custou US$ 200 mi e a deixa
preparada para a abertura total do mercado de telefonia em 2002.
(Gazeta Mercantil - 28.11.2001)
Índice
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1- Celesc não compensará El Paso |
A El Paso e a Celesc devem assinar hoje, na seda brasileira da
empresa, no Rio de Janeiro, o contrato de compra de energia da
usina Termocatarinense Norte (TCN), em Guaramirim. A Celesc vai
acertar pontos pendentes, como a quantidade de energia a ser fornecida,
e decidiu cortar as compensações pela queda no preço do MW. A
El Paso exigiu medidas compensatórias por ter baixado o Valor
Normativo (VN) do megawatt de R$ 101,84 para R$ 91,03. A usina
deve entrar em operação com 350 MW. O diretor de Engenharia e
Operação, Cesar Augusto Bleyer Bresola, não tem dúvidas: o PPA
será assinado mesmo sem as medidas compensatórias. "Oferecemos
a garantia de compra e viabilizamos a usina deles", justificou.
Há ainda o tempo como fator favorável à estatal. É que a empresa
norte-americana quer incluir a TCN no Programa Prioritário das
Termelétricas (PPT) do governo federal, que deve encerrar na sexta-feira,
30, para conseguir incentivos. (Diário Catarinense - 28.11.2001)
Índice
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2- Leilão de excedente negocia 50 MWh a R$ 106 o MWh |
O leilão de energia excendente do MAE conseguiu fechar um negócio
no dia 27.11.2001. Uma das ofertas de venda, que pedia um preço
de R$ 105 por MWh, conseguiu uma oferta de compra de R$ 106 por
MWh. Nessa operação foram vendidos 50 MWh por um total de R$ 5,3
mil. As ofertas de compra de energia totalizaram pedidos de 800
MWh, sendo 50 MWh a R$ 106; 150 MWh a R$ 105,50; 350 MWh a R$
105; 50 MWh a R$ 95,50; e 200 MWh a R$ 95. Na ponta vendedora,
foram ofertados 50 MWh a R$ 105; 5.200 MWh a R$ 120 e 100 MWh
a R$ 130. (Gazeta Mercantil - 27.11.2001)
Índice
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1- Juro futuro sobe na BM&F |
Os investidores reforçaram suas apostas de que o Banco Central
(BC) pode ser mais ativo na condução da política monetária para
perseguir a meta de inflação de 3,5% ao ano em 2002, com a variação
de dois pontos percentuais. Na manhã de 27.11.2001, especialistas
consideraram ser provável que a autoridade monetária promova um
aumento dos juros para conter a inflação no próximo ano. O reflexo
foi imediato nas projeções dos juros negociados na BM&F, que subiram.
Entre os contratos de juros mais negociados, o de dezembro passou
de 19,11% para 19,13% ao ano. O contrato de janeiro de 2002 saiu
de 19,24% para 19,28% ao ano. Os juros para abril de 2002 passaram
de 19,71% para 19,89%. O contrato a termo de Depósito Interfinanceiro,
que vence em julho e indica a taxa prefixada no período, subiu
de 20,20% para 20,50%. (Gazeta Mercantil - 28.11.2001)
Índice
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2- Tesouro paga mais na LTN |
No dia 27.11.2001, o Tesouro Nacional teve de pagar mais caro
para vender títulos prefixados (rentabilidade definida na venda),
depois de seis semanas consecutivas de queda na remuneração. O
leilão de R$ 2 bi em Letras do Tesouro Nacional (LTN), com vencimento
em 5 de junho de 2002, teve juros médios de 20,41% ao ano. Na
última venda de papéis semelhantes, na semana passada, os juros
haviam ficado em 20,02% ao ano. "O resultado do leilão acompanhou
a trajetória das taxas de juros futuros. O aumento dos preços
administrados pode impactar a inflação em 2002 e gerar alta nos
juros básicos", afirmou o diretor de renda fixa do Itaú-LAM (Lloyds
Asset Management), Mario Bello. (Gazeta Mercantil - 28.11.2001)
Índice
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No dia 27.11.2001, o preço da moeda norte-americana oscilou entre
R$ 2,483 (máxima) e R$ 2,453 (mínima) para fechar em R$ 2,472,
na venda, queda de 0,32%. A Ptax ficou em R$ 2,4604, desvalorização
de 1,16%. Na BM&F, os contratos de dólar com liquidação financeira
em dezembro e janeiro de 2002 tiveram desvalorização de 0,19%
e foram negociados a R$ 2,479 e R$ 2,510, respectivamente. (Gazeta
Mercantil - 28.11.2001)
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4- Títulos de emergentes fecham com desvalorização |
No dia 27.11.2001, no mercado internacional, os principais títulos
da dívida de países emergentes fecharam com desvalorização. O
C-Bond, título brasileiro mais negociado, caiu 0,65% e era negociado
a 76% do seu valor de face. O FRB, título da dívida argentina
mais líquido no mercado internacional, recuou 5,75% e valia 47,125%
do valor de face. (Gazeta Mercantil - 28.11.2001)
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5- IPC tem inflação de 0,77% na 3ª prévia de novembro |
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fipe-USP na
terceira quadrissemana de novembro de 2001, apontou inflação de
0,77% em São Paulo ante deflação de 0,13% registrada no mesmo
período de 2000. Na segunda medição de novembro, o indicador apresentou
valorização de 0,90%. (Gazeta Mercantil - 27.11.2001)
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1- Governo estuda garantir compra de energia de térmicas
para além do racionamento |
O que a princípio foi anunciado como medida emergencial para superar
a escassez de energia, poderá tornar-se permanente. O governo
estuda a possibilidade de estender a garantia de compra de energia
das térmicas mercantis para além do racionamento, aproveitando
a energia dessas usinas como estoque regulador permanente. A intenção
do governo federal seria a de garantir o suprimento de energia
do País por meio das termelétricas, quando o sistema hidrelétrico
não estiver dando conta da demanda em função da escassez de chuvas.
(Gazeta Mercantil - 28.11.2001)
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2- Governo estuda criação de seguro da oferta de energia
térmica |
O governo estuda a criação de um seguro da oferta de energia térmica,
mesmo que essa capacidade não seja despachada para o sistema.
O presidente do ONS, Mário Santos, saiu no dia 27.11.2001 em defesa
dessa proposta. Segundo ele, essa tarifa garantiria um mínimo
de remuneração para os investidores, mesmo que a energia não fosse
despachada para o sistema. "É um seguro que as geradoras deveriam
ter", disse Santos. O presidente da ONS confirmou existir uma
tendência forte de o governo aceitar esse seguro. O debate sobre
o tema está na GCE e poderá ser resolvido mediante um "seguro
tarifário", que seria cobrado mensalmente dos consumidores na
conta de luz. Mário Santos não disse de quanto poderia ser o valor
ou o percentual desse seguro. (Gazeta Mercantil - 28.11.2001)
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3- Ampliação do Gasbol será de 25 milhões de m³ |
A Transportadora Brasileira do Gasoduto
Bolívia-Brasil (TBG) apresenta, no dia 21.12.2001, o seu projeto
para aumento de capacidade de transporte de gás natural que será
suficiente para atender a demanda da Petrobras, sua controladora.
A TBG constatou que precisará aumentar a capacidade do Gasoduto
Bolívia-Brasil (Gasbol) em cerca de 25 milhões de m³ por dia,
e não em 68 milhões, conforme fora solicitado pelas companhias
que participam do concurso aberto para ampliação do gasoduto.
O cálculo é resultado de uma consulta prévia que a transportadora
fez às nove empresas que manifestaram interesse em adquirir o
transporte ininterrupto de gás. (Gazeta Mercantil - 28.11.2001)
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4- País consumirá 8 milhões de m³ de gás a mais por
dia |
Do anúncio do Programa Prioritário de Termelétricas (PPT) à entrada
em operação das primeiras usinas movidas a gás, a estimativa para
a demanda do insumo foi revista em 8 milhões de m³. Antes de o
PPT, o Ministério de Minas e Energia (MME) calculava um consumo
de 40 milhões de m³ por dia pelas térmicas em pleno funcionamento,
o que está previsto para ocorrer até 2005. Hoje, o MME já considera
que o volume de gás comprado pelas usinas deverá alcançar 48 milhões
m³ diários. A revisão foi anunciada pelo assessor da secretaria
executiva do MME, Marco Antônio Martins, durante o 8º Seminário
Internacional de Gás Natural, no Rio de Janeiro. A revelação provocou,
de imediato, questionamento dos empresários sobre o preço do gás.
(Gazeta Mercantil - 27.11.2001)
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5- Empresários temem aumento do preço do gás |
"Se vai haver aumento do volume consumido, o preço determinado
pela Portaria 176 (de US$ 2.581 por milhão de BTU) sofrerá alteração?",
perguntou o representante de uma multinacional após o anuncio
de que a estimativa para a demanda do insumo foi revista em 8
milhões de m³ pelo MME. "Vamos fazer de tudo para evitar aumento
de preço", respondeu o assessor da secretaria executiva do MME,
Marco Antônio Martins. Com o aumento da demanda, o Brasil precisará
importar mais gás da Bolívia, que é muito mais caro que o gás
nacional. Como a produção interna não será suficiente para atender
ao acréscimo da demanda, os fornecedores não terão como diluir
o custo do insumo importado com o gás produzido no Brasil a preço
mais baixo, o que poderia provocar um aumento de preço, na opinião
dos empresários. (Gazeta Mercantil - 27.11.2001)
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6- MG descobre jazida de gás no São Francisco |
O governo de Minas anunciou a descoberta de jazidas de gás natural
na bacia do Rio São Francisco, nas regiões norte e noroeste do
Estado. A pesquisa vinha sendo realizada há um ano em parceria
com a Escola de Minas de Ouro Preto e a Escola Federal de Engenharia
de Itajubá. O secretário estadual de Minas e Energia, Luiz Márcio
Vianna, informou que as jazidas serão incluídas na próxima licitação
para investidores que será realizada pela Agência Nacional de
Petróleo (ANP). A exploração na bacia do São Francisco será a
primeira exploração de gás natural no Estado. O gás natural comercializado
hoje em Minas é adquirido do Rio. A pesquisa realizada pelos especialistas
das duas escolas mineiras contou com um investimento de R$ 576
milhões, recursos divididos entre as escolas e o governo estadual.
Foram mapeados 96 mil km². Os especialistas ainda vão cruzar os
dados da pesquisa com o banco de dados da ANP para concluir totalmente
o trabalho. O secretário declarou que um convênio será assinado
com a ANP, permitindo o compartilhamento da pesquisa realizada
no último ano. A ANP deverá ressarcir os valores gastos cerca
de R$ 288 mi. (Valor - 28.11.2001)
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1- Bolívia e Peru podem fazer acordo para exportação
de gás a costa do Pacífico |
O ministro de Minas e Energia Peruano, Jaime Quijandría, afirmou
que o presidente da Bolívia Alejandro Toledo deve visitar o Peru
para negociar a construção de um gasoduto que permita a exportação
de gás boliviano para a costa do Oceano Pacífico. Atrair o investimento
de US$ 4 bi e impedir que ele se direcione para o Chile seria
uma das tarefas que Quijandría terá na época da visita, que deverá
ser feita em janeiro de 2002. O ministro afirmou que o Peru tem
a vontagem sobre o outro país andino por ter no seu território
o campo de gás de Camisea, que está dentro da estratégia do mercado
de gás internacional. (Gestión - 27.11.2001)
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2- Venda da Electroandes a PSEG deve ser realizada
em breve |
O ministro de Minas e Energia Peruano afirmou não saber quando
se firmará o contrato de venda da Electroandes a PSEG, mas afirmou
que a negociação já deve estar no final. O Executivo peruano recentemente
mandou um projeto de lei ao Congresso que favorece a PSEG porque
estabelece convênios de estabilidade que se firmarão no momento
em que o acordo for fechado. A Taxa de imposto de renda, principal
problema da PSEG na compra da elétrica andina, deve ser reduzida
por este novo projeto de lei. (Gestión - 27.11.2001)
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3- British Energy quer investir em energia eólica |
A
geradora de energia nuclear, British Energy, está pensando em
construir a maior fazenda de energia eólica na ilha de Lewis,
na costa oeste da Escócia. O projeto de US$ 720 mi, ainda em estágio
inicial, dobraria a capacidade existente de geração de energia
eólica da Inglaterra e daria um importante empurrão na estratégia
do governo inglês de produzir 10% de toda a energia inglesa a
partir de fontes renováveis até 2010. A viabilidade comercial
do projeto dependerá do custo de transmissão da eletricidade da
ilha para a Rede nacional no Reino Unido. Estes custos podem ser
bastantes reduzidos se o plano do governo britânico de construção
de um cabo de transmissão submarino que ligaria o oeste da Escócia
com o Nordeste da Inglaterra forem realmente postos em prática.
A British realizaria o projeto em parceria com a Amec, uma empresa
de engenharia. (Financial Times - 26.11.2001)
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4- Novas centrais vão custar US$ 65 bi |
Portugal e Espanha vão gastar, nos próximos cinco anos, US$ 65
bi na construção de novas centrais elétricas de ciclo combinado,
num total de 12.000 MW de capacidade instalada. A este bolo acresce
um esforço financeiro US$ 52 mi na expansão da rede elétrica,
referente a 1.000 novos MWs de interligação entre os dois países.
Igualmente significativo é o investimento na área do gás natural,
estando previsto US$ 1,7 bi para aumentar a capacidade de importação
em mais de 29 bi de m3, dos quais 17 relativos a gás natural liqüefeito
e 12 por dutos. Segundo o presidente da Galpenergia, António Mexia,
os atuais elevados esforços financeiros, associados à abertura
progressiva dos mercados do gás e eletricidade, estão obrigando
a uma maior racionalização dos meios. Uma estratégia que, de acordo
com este responsável, evitaria rupturas financeiras e duplicação
de investimentos no novo mercado ibérico. (Diário Econômico -
27.11.2001)
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5- Retirada do controle de preços na Inglaterra provoca
polêmica |
Grupos de consumidores e acadêmicos criticaram as propostas do
governo inglês de retirar o controle de preços da eletricidade
e do gás no Reino Unido. A decisão seria um passo decisivo para
a liberalização do mercado britânico de energia. A Associação
de Consumidores britânica afirma que a remoção dos preços será
uma decisão "sem volta" que pode afetar consumidores de baixa
renda e de idade mais avançada. Mais de 70% dos consumidores de
gás e cerca de metade dos consumidores de eletricidade da Inglaterra
já tem tarifas sem controle. O CEO do regulador britânico Ofgem
afirmou que dois quintos de todos esses consumidores já trocaram
de fornecedores, o que mostra o quanto a competição é saudável
para o setor. Não acreditando nessa afirmação, as associações
de consumidores já apresentaram várias propostas alternativas
a retirada do controle de preços. A Ofgem vai conduzir uma consulta
pública às propostas e espera ter uma decisão final até fevereiro
de 2002. (Financial Times - 26.11.2001)
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6- EDP lança oferta sobre Iven |
A EDP lançou uma oferta pública de aquisição sobre 17,38% da Iven,
a "holding" brasileira que detém 52% da Escelsa, negócio que lhe
dá o controlo total do referido grupo. Em Outubro, a EDP tinha
reforçado a posição na "holding" brasileira para 73,12%, através
de um contrato de usufruto com o fundo Opportunity. O contrato,
com duração de 25 anos, permitiu à elétrica controlar mais 5,34%
da gestão da empresa, bem como a Escelsa e a Enersul, empresa
energética do Mato Grosso do Sul. A aquisição da totalidade da
Iven baseia-se na estratégia da EDP para assegurar o controlo
da Escelsa. A etapa seguinte, que passa pela compra das ações
próprias dispersas no mercado, implica a aquisição dos títulos
na posse de 11 fundos de pensões, agrupados na GTD. (Diário Econômico
- 27.11.2001)
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7- Shell inicia produção eólica nos EUA |
O primeiro grande investimento da petrolífera anglo-holandesa
Shell nos EUA, Rock River I, começou a produzir uma energia limpa
e renovável, totalmente absorvida pelos clientes da PacifiCorps,
empresa que tenciona fornecer mais de 1.000 MW de energia renovável
em 2005. Constituído por 50 turbinas de vento de um MW ligadas
para Norte ao Forte Creek Rim (Wyoming), o Rock River I representa
um grande passo na estratégia de energia eólica da Shell Renewables,
ao passar da escala experimental para a escala comercial. Mais
de mil MWs de projetos de energia eólica estão atualmente em curso
pela Shell nos EUA, Europa e Norte de África. A PacifiCorp tem
um contrato de 20 anos para adquirir a totalidade da produção
do projeto Rock River I. Segundo a Shell, a nova instalação produzirá
suficiente energia limpa para mais de 13 mil lares no Oeste -
evitando aproximadamente 164 mil ton de gases de efeito de estufa
por ano. (Diário Econômico - 27.11.2001)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Barbara Oliveira, Fernando Fernandes, Carolina Selvatici,
Priscila Feiner, Silvana Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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www.eletrobras.gov.br/provedor
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