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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 774 - 26 de novembro de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- BNDES vai financiar 90% das perdas das geradoras

O governo federal e as geradoras de energia fecharam acordo, na sexta-feira, de reposição das perdas provocadas pelo racionamento. Segundo fontes próximas às negociações, o déficit foi reconhecido em R$ 2 bi, como as empresas pleiteavam, e o BNDES comprometeu-se a liberar linhas de financiamento de 90% desse valor. O percentual foi superior ao que vinha sendo negociado - 80%. O novo percentual de financiamento será também estendido às companhias distribuidoras, que já haviam feito acordo, de 80% do total das perdas, há pouco mais de uma semana. O índice de reajuste das tarifas acertado com as geradoras é idêntico firmado com as distribuidoras - 4,5% a 5%. A negociação com as geradoras seguiu o modelo discutido para recuperação financeira das companhias elétricas (geradoras e distribuidoras), que inclui linhas de financiamento do BNDES e reajustes nas tarifas de energia sobre os custos da geração nova. Os recursos liberados terão prazo de pagamento de três anos. (Valor - 26.11.2001)

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2- União estuda nova regra de abertura do setor elétrico

A abertura do mercado elétrico brasileiro, prevista para ocorrer em 2003, poderá sofrer uma reviravolta. As regras atuais estabelecem que os contratos iniciais de energia, feitos entre geradoras e distribuidoras, comecem a ser desfeitos a partir de 2003. A regra atual prevê que todo ano 25% da energia contratada seja liberada, chegando a 100% em 2006. Mas o governo federal estuda uma fórmula para segurar uma explosão de preços e desemperrar o MAE. A decisão envolve a retirada das estatais federais de geração do MAE. Sairiam todo o sistema Eletrobrás e geradoras que não teriam os seus contratos iniciais desfeitos. Esses contratos seriam prorrogados, a partir de 2002, por mais quatro anos. Dessa forma, elas não teriam energia livre para comercializar no MAE e continuariam mantendo os seu contratos com os preços antigos. O governo também estuda estender a decisão às geradoras estaduais, como Cesp Paraná e Copel, ou mesmo tirar todas as geradoras do MAE, inclusive as privadas. (Valor - 26.11.2001)

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3- Novas regras de abertura já provocam polêmica

Independente da quantidade de geradoras que serão retiradas do mercado livre, a fórmula já provoca polêmica. Fonte contrária à decisão explica que se as estatais federais forem retiradas do MAE, provocarão um descompasso muito grande de preços entre as distribuidoras, prejudicando a competição no mercado. Explica-se: as estatais têm usinas velhas e amortizadas, e o seu preço de geração é muito baixo, principalmente se comparado ao preço da energia de novas termelétricas. Conseqüentemente, seus contratos asseguram às distribuidoras por elas atendidas uma energia mais barata. As concessionárias de distribuição, cujo fornecimento de energia é feito em sua maior parte por geradoras privadas, já estão se sentindo prejudicadas e criticam a possível mudança nas regras. A própria Eletrobrás, que tem ganhado dinheiro no MAE com a venda dos excedentes elétricos de Angra e de Itaipu, também não gostou da proposta. (Valor - 26.11.2001)

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4- Possível saída da Eletrobras do MAE agrada às distribuidoras

A possível saída da Eletrobrás do MAE foi um ponto da estratégia do governo que agradou a praticamente todas as distribuidoras. Eles consideram a estatal responsável pela maior parte dos impasses no mercado livre de energia. Primeiro, foi a dívida de Furnas, que se arrastou por meses. Depois, quando o MAE havia iniciado a sua contabilização, a Eletrobrás entrou com liminar suspendendo as operações devido a uma briga com as distribuidoras pelos excedentes de Itaipu. As empresas de distribuição que poderão ser beneficiadas com preços mais baixos nos próximos quatro anos comemoraram. Para Fernando Quartim, assessor do Grupo Rede, a retirada das geradoras não provocará ganhos para as distribuidoras. Para Quartim, o ideal não seria prorrogar os contratos, mas sim refazê-los em cotas para atender as distribuidoras, a exemplo do que é feito com a energia de Itaipu. (Valor - 26.11.2001)

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5- Aneel vai leiloar 11 hidrelétricas

O compromisso de investimentos da ordem de R$ 4,9 bi na construção de usinas hidrelétricas nos próximos seis anos deve ser o resultado final do leilão de concessões que a Aneel realizará na próxima sexta-feira, dia 30.11.2001, na Bolsa de Valores do Rio. Esse é o valor estimado pela Aneel para a conclusão de 11 usinas agrupadas em dez blocos que entram em licitação. A agência pré-qualificou 40 empresas, separadamente e reunidas em consórcios, interessadas nas concessões de 35 anos. Analistas do setor estão certos de que o grande número de concorrentes, entre eles Tractebel, Votorantim, Cemig, Brascan Energética, Guaraniana, Cataguazes Leopoldina e Copel, resultará no sucesso do leilão. (Gazeta Mercantil - 26.11.2001)

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6- Turbulências econômicas não deverão afetar leilão da Aneel

Oscar Salomão, diretor da Máxima Finanças Corporativas, avalia que nem mesmo as turbulências econômicas e a proximidade de eleição presidencial no Brasil colocam em risco o interesse dos investidores no leilão de usinas hidrelétricas da Aneel, a ser realizado no dia 30.11.2001. O executivo argumenta que os investimentos assumidos na aquisição da concessão serão iniciados somente no decorrer de 2002 e, mesmo assim, alongados em médio prazo, considerando a conclusão das obras em aproximadamente seis anos. A expectativa, segundo ele, é que o cenário já tenha melhorado neste período, com a definição eleitoral e também da situação econômica argentina, além de retomada do crescimento mundial. Vittorio Perona, diretor da área de energia do Dresdner Kleinwort Benson, destacou que o fato mais objetivo é que o Brasil precisa de geração de energia e isso faz com que os investidores enxerguem uma oportunidade de negócios no leilão da Aneel. (Gazeta Mercantil - 26.11.2001)

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7- Aneel julga recurso de interessados que não conseguiram se pré-qualificar

A disputa pelas concessões das usinas hidrelétricas no dia 30.11.2001 pode ficar ainda mais acirrada dependendo de decisão, prevista para 26.11.2001, da Comissão de Licitação da Aneel que julgará recurso de quatro interessados que não conseguiram se pré-qualificar por não apresentarem parte dos documentos exigidos no edital. Ficaram de fora do leilão a gigante espanhola Iberdrola Energia, José Castellone Construcciones Civiles, Fuad Rassi Engenharia e Cesbe Empreendimentos. (Gazeta Mercantil - 26.11.2001)

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8- Prazo para depósitos de garantias encerra-se no dia 29.11

O prazo final para depósito de garantias para a participação no leilão de usinas hidrelétricas é no dia 29.11.2001, às 14 horas, na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). Segundo o edital da Aneel, lançado em setembro de 2001, a liquidação financeira do leilão das usinas hidrelétricas deve ocorrer em 07.12.2001. O edital prevê, ainda, que a assinatura dos contratos de concessão acontecerá em março de 2002. (Gazeta Mercantil - 26.11.2001)

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9- Tarifa deve subir novamente em 2001

A conta de luz da classe média deverá sofrer mais um aumento em 2001 - desta vez de 3%. Esse é o percentual de reajuste extra que será autorizado pelo governo de uma só vez em 2001 ou em duas parcelas, uma em dezembro e outra no início de 2002, para compensar perdas das distribuidoras. O aumento, que considerando-se consumidores comerciais e residenciais deverá ficar em 5%, valeria por dois anos, segundo um técnico da GCE. Não haverá aumento para consumidores residenciais de baixa renda. "O reajuste será de zero a 8%, sendo gradual, conforme o tipo de consumidor. O percentual máximo para a indústria deverá ser de 8% e para os residenciais em torno de 3%", disse um integrante da GCE. (O Globo - 26.11.2001)

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risco e racionamento

1- Racionamento tem pior desempenho desde junho

Segundo o ONS, a situação do racionamento se agravou em novembro. A previsão é de que a economia no Sudeste e no Centro-Oeste fique entre 16% e 17% e no Nordeste, entre 12% e 13%. São os piores desempenhos desde o início do plano, em junho. Considerando-se os meses fechados até agora, o pior desempenho foi em outubro, quando o Sudeste e o Centro-Oeste tiveram média de 17,3% e o Nordeste, de 13,9%. (O Globo - 26.11.2001)

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2- Redução de consumo prossegue abaixo da meta

Segundo os dados do ONS, entre 1 e 24 de novembro, a média acumulada das regiões Sudeste e Centro-Oeste foi de 16,4%; do Nordeste, de 12,7%; e do Norte, 19,6%. A economia no sábado, 24.11, em todas as regiões envolvidas, superou os resultados do dia anterior, quando foram registrados os mais baixos índices nesses cinco meses. No dia 24.11, a redução foi de 15,9% no Sudeste/Centro-Oeste; de 12,6% no Nordeste; e de 22% no Norte. (O Globo - 26.11.2001)

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3- Sem chuvas e com as novas regras, Sobradinho poderá voltar a baixar

A redução na meta de economia de energia no Nordeste vai obrigar a Chesf a liberar mais 100 mil litros de água por segundo da represa de Sobradinho. O aumento, que representa 9% da vazão, de 1,12 milhão de litros por segundo, poderá agravar a situação da barragem se não se confirmar a previsão de chuva na cabeceira do rio São Francisco, em MG. Há uma semana o sistema entrou em equilíbrio. A quantidade de água trazida pelo rio é a mesma que sai para geração. Mas, a partir de 1º de dezembro, quando entram em vigor as novas regras do racionamento, não haverá como suprir a demanda sem o uso dos recursos hídricos da região. Segundo o diretor de Operação da Chesf, Paulo de Tarso, a capacidade de trazer eletricidade de outros Estados está esgotada. (Folha - 26.11.2001)

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4- Rio é o estado mais prejudicado pelas novas metas

O efeito da redução da meta de economia de energia (de 20% para 7%) é diferente nos três principais motores da economia brasileira - São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro - e, claramente, os consumidores residenciais fluminenses são os mais prejudicados. Segundo estudo do Instituto de Economia da UFRJ, coordenado pelo professor Adílson de Oliveira, as famílias do Rio terão de fazer um corte de 19% em seus gastos de eletricidade entre dezembro e fevereiro, considerando-se o consumo médio delas nos últimos 21 verões. Já o esforço médio dos mineiros será de 8% e o dos paulistas, ainda menor: racionamento de apenas 6%. "No Rio, não houve alteração, a meta percentual de redução é a mesma. Mas em São Paulo e em Minas, houve afrouxamento das metas. Isso sugere que o governo errou e prejudicou o Rio ao fixar metas universais", diz Oliveira. (O Globo - 26.11.2001)

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5- Meta de energia pode ser revista

O governo federal poderá rever a nova meta de redução do consumo de energia, que passará de 20% para 7% no Rio de Janeiro e em outros municípios turísticos das regiões Sudeste e Centro-Oeste, caso seja necessário. A informação foi dada pelo ministro de Minas e Energia, José Jorge, ao rebater críticas de que o Rio é um dos estados mais prejudicados porque a nova meta está baseada na média do consumo de energia no inverno. O ministro disse acreditar que as novas metas estão corretas, mas que se for comprovada a necessidade de realizar alguma mudança, ela poderá ser feita. "Se for possível mudar, mudaremos", afirmou o ministro. (O Globo - 26.11.2001)

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6- RJ entrará com ação contra a União contestando novas metas

O governo do Rio de Janeiro anunciou que entrará com ação civil pública na Justiça contra a União, contestando o uso dos meses de inverno para calcular a nova meta do verão. O secretário estadual de Energia, Wagner Victer, diz que a ação será em defesa dos consumidores: "O que está se exigindo do Rio é uma verdadeira economia de guerra. Em alguns bairros o consumo cresce até 60% no verão." Em Brasília, a Advocacia Geral da União informou que as novas metas anunciadas pelo governo estão dentro da lei e têm respaldo do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou constitucional a medida provisória que criou o racionamento e fixou as suas regras. (O Globo - 26.11.2001)

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7- Para advogados, agora é difícil alterar índice

Os consumidores de energia elétrica de cidades onde o verão é mais quente podem recorrer à Justiça caso sintam-se prejudicados pelo fato de terem de economizar o mesmo índice de energia dos consumidores de cidades onde o verão é mais ameno. Só que as chances de mudar os percentuais fixados pela GCE são remotas, segundo alguns advogados consultados. "Todos podem recorrer, mas a tese não tem consistência. Em junho, o Supremo Tribunal Federal decidiu que os critérios do racionamento são legais. Como agora só foram reduzidos os percentuais, a tese não passa no STF", afirma Ives Gandra da Silva Martins. O ex-ministro da Justiça Saulo Ramos diz que "como o critério do índice é subjetivo, não se pode dizer que uma lei foi desrespeitada". (Folha - 26.11.2001)

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8- Governo não mudará meses do cálculo da meta

O governo não vai mudar o período usado para o cálculo das metas dos consumidores - maio, junho e julho de 2000 - para adequá-lo ao racionamento durante o verão. Apurou-se que o principal motivo para a manutenção do período é jurídico, pois o governo quer se resguardar de possíveis questionamentos na Justiça a respeito desse tema. De acordo com uma avaliação realizada pela Advocacia Geral da União, a base de cálculo já foi objeto de julgamento do Supremo Tribunal Federal, na Ação Declaratória de Constitucionalidade sobre o racionamento proposta pelo governo. A decisão do STF considerou constitucional os artigos 14 e 18 da medida provisória do racionamento. Os dois artigos são os pilares do plano de racionamento de energia elétrica do governo e tratam, entre outros pontos, das metas de redução de consumo e sua base de cálculo. (Folha - 26.11.2001)

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9- Classe média será a mais afetada durante racionamento do verão no Rio

No Rio, a classe média será a mais afetada durante o racionamento do próximo verão. Segundo a Light, principal distribuidora do estado, 1,25 milhão de consumidores terá uma cota de sacrifício maior do que a média. Essas famílias consomem acima de 225 KWh por mês na época mais quente do ano e, por isso, terão de fazer uma economia real bem superior aos 7% fixados pelo governo como nova meta, devido ao aumento da demanda de energia nessa época do ano. Na prática, a redução do consumo pode chegar a 60%, de acordo com o coordenador do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, Maurício Tomalsquim. "A economia terá de ser maior para quem consome mais durante o verão. Entre janeiro e março deste ano, 37% dos nossos clientes gastaram acima de 225 KWh. Os consumidores de classe média se encaixam nesse perfil", disse o superintendente de Qualidade e Sistemas Comerciais da Light, Ernesto Haikewitsch. (O Globo - 26.11.2001)

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10- No NE, comércio comemora e indústria reclama das novas metas

As novas metas de racionamento deixaram comerciantes nordestinos satisfeitos, mas foram consideradas "discriminatórias" pelos industriais. A Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte, declarou que as normas "representam mais um lance da política discriminatória" do governo Fernando Henrique. "Ao nos forçar a manter a nossa capacidade ociosa em 20%, ele (o presidente) mostra ao mundo que o Nordeste não é uma região que merece investimentos", disse. "Tratar com igualdade os desiguais é um ato discriminatório." A Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco disse estar "perplexa" e "preocupada" com as novas regras. "Estamos preocupados com uma possível precipitação na redução de metas e perplexos com o governo, que preferiu preservar o conforto aos empregos. A Câmara de Dirigentes Lojistas do Estado (PE) expressou aprovação. Os comerciantes abrirão as lojas aos domingos em dezembro. (Folha - 26.11.2001)

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11- Eletropaulo não prevê grande aumento de consumo em SP

O vice-presidente da Eletropaulo, Antoninho Borghi, disse, no dia 23.11.2001, que apesar do governo federal ter reduzido a meta de economia de energia na capital paulista, os consumidores não devem aumentar expressivamente o consumo durante os próximos meses de racionamento. Segundo ele, de dezembro a fevereiro, os moradores de São Paulo "fogem" para cidades litorâneas. Borghi informou ainda que as novas metas de consumo virão informadas nas próximas contas de luz. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 0800-7712393. (Diário OnLine - 26.11.2001)

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12- Redução do racionamento desagrada à Fiesp

A redução das metas de racionamento foi mal recebida pela indústria paulista, segundo o diretor de Infraestrutura da Fiesp, Luiz Gonzaga Bertelli. "O governo pode ter dado um tiro no pé", afirmou, criticando o fato de a medida ter sido anunciada sem o acompanhamento de diversas providências cobradas pelos empresários. "Por que, afoitamente, abrandar o racionamento, quando toda a indústria paulista está em compasso de espera?", questiona o diretor. O diretor disse que a redução pura e simples da meta de racionamento pode trazer benefícios políticos ao governo, mas gera uma sinalização negativa para a sociedade e lança incerteza sobre a economia. (Estado - 26.11.2001)

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13- Fiesp critica indefinição de política energética

Uma das decisões mais urgentes que se espera do governo, segundo o diretor de Infraestrutura da Fiesp, Luiz Gonzaga Bertelli, é a definição de uma política energética nacional, que sinalize quais são as diretrizes. Bertelli reclama ainda da demora do BNDES em liberar os financiamentos para que as indústrias montem pequenas usinas térmicas ou instalem geradores próprios, atendendo aos conselhos dados pela própria Fiesp. Ele disse que o banco está dando prioridade apenas aos grandes projetos de geração. O diretor aponta ainda a demora em se estabelecerem as regras tarifárias para energia nova, pois há termelétricas prontas - Macaé e Eletrobolt -, esperando essas regras para entrar em operação. Há ainda uma térmica em São Paulo, a Nova Piratininga, que está pronta para operar, desde que sejam mudadas as regras de cobrança do ICMS. Ele cobra ainda a criação de um programa específico para biomassa no Sudeste, a exemplo do Pró-eólica que foi criado para o Nordeste. (Estado - 26.11.2001)

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14- Para hotéis, nova meta é inviável

O setor hoteleiro do Rio, sobretudo das cidades litorâneas, está apavorado com a idéia de atravessar a alta temporada gastando 12% ou 7% menos eletricidade do que nos meses de inverno. ''É o caos. Em maio de 2000 minha ocupação foi zero, em junho bateu 15% e em julho, 37%, e minha meta ficou em 1.200 KWh/mês. Mas em janeiro a lotação atingiu 100% e o consumo subiu para 6.000 KWh/mês'' conta Cláudia Lobo, proprietária da Pousada Enseada das Garças, em São Pedro da Aldeia (RJ). ''Desse jeito, será o verão do apagão na Região dos Lagos''. (Jornal do Brasil - 26.11.2001)

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15- Cidades inundadas perdem receita

O racionamento de energia causou um prejuízo extra nas contas de 534 municípios e 21 Estados do país. A queda na geração de energia fez diminuir em pelo menos 22,3% a verba de indenização repassada pelas usinas hidrelétricas às cidades afetadas por reservatórios de barragens. A indenização financeira, paga desde 1991, caiu em 2001 de R$ 35,1 mi, em maio, para R$ 27,3 mi em junho, segundo a Aneel. Em 2000, foram repassados R$ 132,7 mi para estas localidades. Os municípios e estados recebem o correspondente a 6,75% da geração das usinas. O cálculo do montante da indenização é feito a partir de uma tarifa fixa, R$ 29,40 por MWh. A queda na produção de energia causou a diminuição do faturamento das geradoras e dos recursos repassados. (Jornal do Brasil - 26.11.2001)

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16- Escolas de Santa Catarina terão energia solar

O governo federal repassou esta semana, através do Programa de Redução do Consumo de Energia Elétrica (Procel), equipamentos para geração de energia solar a 24 unidades escolares da região serrana do estado de Santa Catarina, das quais 78% ficam em Lages. Através de um convênio com a Celesc, os sistemas deverão ser instalados nas escolas multiseriadas que ficam às margens das linhas de eletrificação da companhia. Com a instalação dos equipamentos, que consistem em painéis para captação da luz solar e baterias para armazenamento de energia, a escola poderá ligar uma geladeira pequena, um aparelho de TV e quatro lâmpadas. O custo de instalação dos equipamentos gira em torno de R$ 12 mil, bem acima dos R$ 4,2 mil que custaria a ligação de uma rede de energia elétrica. Além disso, as baterias do sistema precisam ser trocadas a cada cinco anos. (A Notícia - 26.11.2001 )

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17- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Empresas ressaltam importância de resolução dos problemas regulatórios

A Tractebel Sul, controladora da Gerasul, está pré-qualificada para participar do leilão da Aneel em cinco projetos. O presidente da Tractebel Brasil, Maurício Bähr, alertou, porém, que é preciso encontrar soluções para os problemas regulatórios do setor elétrico ainda em 2001 como forma de permitir novos investimentos pelas empresas privadas. A Gerasul tem créditos no MAE que ultrapassam os R$ 100 mi. A superintendente de geração da Aneel, Maria Rosângela do Lago Cruz, aposta no sucesso desta nova licitação. Segundo ela, nos dois leilões de geração de 2001 a Aneel estará licitando 4.953 MW. Outros dois leilões devem ser realizados em 2002. A Aneel deverá divulgar no dia 26.11 os pareceres sobre os recursos impetrados pela Iberdrola e Cesb, que não foram pré-qualificadas para o leilão. (Valor - 26.11.2001)

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financiamento

1- Leilão comercializa 200 MWh a R$ 93,51 o MWh

O leilão de energia excedente do dia 23.11.2001 fechou com a comercialização de 200 MWh. O MWh saiu cotado a R$ 93,51. As ofertas de compra de energia totalizaram pedidos de 1.140 MWh, sendo 190 MWh a R$ 99,90; 200 MWh a R$ 93,51; 300 MWh a R$ 93; 200 MWh a R$ 91,50; e 240 MWh a R$ 90. Na ponta vendedora, foram ofertados 200 MWh a R$ 90, 110 MWh a R$ 100 e 3.000 MWh a R$ 180. (Gazeta Mercantil - 23.11.2001)

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financiamento

1- Cresce pressão da energia sobre a inflação em 2002

O aumento médio das tarifas de energia ficará acima de 20% em 2002 e mesmo considerando uma queda nos preços dos combustíveis em janeiro, "o efeito líquido será um choque altista de inflação significativo", adianta o presidente do Banco Central, Armínio Fraga. O BC está colocando na balança as pressões e os atenuantes da inflação para redimensionar a previsão do IPCA para 2002. O resultado dessa nova estimativa definirá a trajetória da taxa de juros e o BC terá que determinar em que ritmo e horizonte a inflação voltará para o patamar da meta. Segundo Fraga, não é hora de "achar que está tudo garantido, que a economia mundial vai ser mais generosa no ano que vem.". Mais provável é que isso só ocorra em 2003. Ele afirma que o programa que o país tem com o FMI "é suficiente para a maioria dos cenários. Mas se vier um cenário catastrófico, que não é provável, tenho confiança no apoio internacional que temos". (Valor - 26.11.2001)

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2- Tesouro vende R$ 8 bi em prefixados e taxa cai

O Tesouro Nacional encerra novembro com o cumprimento do cronograma de venda de títulos públicos prefixados. O objetivo era leiloar aos investidores até R$ 8 bi em papéis prefixados (com rentabilidade definida no momento da venda) - o que deve ser concretizado no último leilão do mês, no dia 27.11.2001. Além disso, o Tesouro conseguiu reduzir a taxa de juros paga nesses leilões em mais de um ponto percentual desde o início do mês. No começo de novembro, os títulos prefixados que venciam em seis meses (1 de maio de 2002) foram vendidos com juros médios de 21,40% ao ano. No penúltimo leilão, no dia 20.11.2001, a taxa havia recuado para 20,02% ao ano, praticamente apenas um ponto percentual acima dos juros básicos da economia, a meta Selic que está em 19% ao ano. É provável que na venda de amanhã os juros caiam mais porque as taxas de juros futuros - que servem de referência para o leilão - também cederam. (Gazeta Mercantil - 26.11.2001)

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3- Dólar acumula desvalorização de 7,22% em novembro

No último dia da semana passada, 23.11.2001, a cotação do dólar comercial caiu 1,18%, para R$ 2,504, na venda. Instituições financeiras venderam dólares no mercado depois que a Companhia de Bebidas das Américas (AmBev) anunciou que irá captar US$ 1 bi por meio de notas prefixadas no mercado internacional. "A cotação do dólar manterá a tendência de queda com a expectativa do ingresso de dólares no país nos próximos dias", disse o diretor de câmbio da Corretora Liquidez, Hermann Miranda. Além da AmBev, o Bradesco pode captar cerca de US$ 200 mi e a também há a possibilidade de que a Companhia Vale do Rio Doce traga recursos do exterior. O preço do dólar acumula desvalorização de 7,22% desde o início do mês. No dia 23.11, a Ptax, ficou em R$ 2,5134, baixa de 0,98%. Na BM&F, os contratos de dólar com liquidação em dezembro e janeiro caíram 1,44% para R$ 2,511 e R$ 2,543, respectivamente. A queda do dólar também é atribuída ao desmonte de operações de "hedging" cambial. (Gazeta Mercantil - 26.11.2001)

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4- Taxas de juros negociadas na BM&F em queda

No dia 23.11.2001, as projeções para as taxas de juros negociadas na BM&F também cederam. A exceção foi o contrato de dezembro, que ficou estável em 19,13% ao ano. A taxa para janeiro de 2002 passou de 19,16% para 19,13%. A projeção da taxa de juros para abril de 2002 saiu de 19,67% para 19,38% ao ano. O contrato a termo de DI, que vence em julho de 2002 e indica a taxa prefixada, saiu de 20,25% para 19,78%. (Gazeta Mercantil - 26.11.2001)

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5- Títulos da dívida de emergentes fecham com valorização

No mercado internacional, no dia 23.11.2001, os principais títulos da dívida soberana de países emergentes fecharam com valorização. O C-Bond, título brasileiro mais negociado, subiu 0,50% e valia 75,625% do valor de face. O Global 27, também brasileiro, fechou em alta de 0,17%, a 73,125% do valor de face. O Global 40, teve alta de 0,33% e era negociado a 75,50% do valor de face. O FRB, título argentino mais líquido, teve alta de 2,13% e valia 48% do valor de face. (Gazeta Mercantil - 26.11.2001)

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6- BNDES prepara US$ 1,2 bi de captações

O BNDES pretende iniciar 2002 firmando dois novos contratos de captação de recursos junto a organismos multilaterais. Um deles, no valor de US$ 900 mi, com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); o outro, com o Japan Bank for International Cooperation - JBIC (ex-Eximbank do Japão), no montante de US$ 300 mi. Os recursos, a serem repassados pelo BNDES, serão destinados a financiamento de projetos a pequenas e médias empresas, observa o diretor da área internacional do BNDES, Isac Zagury, na expectativa de que o empréstimo do BID seja aprovado nos próximos dias pela diretoria do banco multilateral. (Gazeta Mercantil - 26.11.2001)

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7- BNDES leva melhor rating doméstico da Moody's na A. Latina

O BNDES obteve a melhor classificação de risco doméstico em escala global feita pela agência Moody's na América Latina, o "A2". Na prática, essa classificação permite ao banco comparar seu risco a qualquer outra instituição fora do Brasil. Ou seja, a de um banco de fomento americano, por exemplo, com o mesmo rating "A2". Em escala nacional, o risco do BNDES também ganhou a nota máxima, "Aaa.br". Essa classificação não pode ser comparada globalmente entre países. Segundo um técnico do banco, elas demonstram a mais forte capacidade de crédito e a menor possibilidade de perda de crédito em relação às outras emissões de empresas dentro do próprio País. (Gazeta Mercantil - 26.11.2001)

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gás e termoelétricas

1- Petrobras e Petros acertam compra da CEG

A operação de compra pela Petrobras e seu fundo de pensão, o Petros, das participações da Enron na CEG e na CEG Rio está chegando à reta final. A Petrobras já assinou um termo de compromisso com o governo do estado onde se compromete a fazer uma série de investimentos. Com os compromissos assumidos, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos do Rio de Janeiro aprovou o aumento da participação da estatal nas duas distribuidoras estaduais de gás. As negociações começaram em abril e previam a aquisição de 13,38% da CEG, da qual a Petros vai comprar 12%, e 33,75% da CEG Rio. O secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, disse que ao exigir investimentos da Petrobras, o objetivo do governo é evitar abuso de poder econômico pela estatal, que é produtora, transportadora de gás, acionista da distribuidora e consumidora de gás por meio de suas participações nas térmicas. (Valor - 26.11.2001)

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2- Acordo de venda da CEG à Petrobras permitirá interiorização do gás natural no Rio

O secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de Janeiro, Wagner Victer, explicou que o estado quer, com todas as medidas tomadas para aprovar a venda das participações da Enron na CEG, evitar que a CEG seja prejudicada caso a Petrobras adote, no futuro, o que ele chamou de "práticas que venham inviabilizar o mercado fluminense de gás". Ao mesmo tempo, ele disse que o acordo garante a interiorização da oferta de gás natural no Rio, estado que abriga a bacia de Campos, maior região produtora de petróleo e gás do país. Com o aumento da participação da Petrobras, a CEG volta a ter a maioria do capital estatal já que a BNDESPar tem 34,54% de suas ações. O negócio entre a Petrobras e a Enron precisa também da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica. (Valor - 26.11.2001)

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3- Governo estuda Programa Prioritário de Biomassa

Após inúmeras reivindicações do mercado, finalmente a co-geração de energia elétrica a partir do bagaço de cana-de-açúcar vai entrar na pauta do governo. Nas próximas semanas, o Ministério de Minas e Energia encaminhará à GCE um estudo para criação de um Programa Prioritário de Biomassa, semelhante ao das termoelétricas. Mas o projeto deverá enfrentar a oposição de alguns membros do governo, que preferem apostar em grandes empreendimentos, com maior capacidade de geração, como as térmicas. Segundo o ministério, o programa contaria com 1.500 MW de potência, sendo 1.200 somente de energia gerada a partir do bagaço de cana. O restante seria contratado de outras fontes renováveis de biomassa, como casca de arroz, resíduos vegetais, babaçu, sisal, entre outras. Como nos demais projetos emergenciais, o prazo está sendo fixado até dezembro de 2003. (O Povo - 26.11.2001)

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4- Gás Brasiliano transfere base para Araraquara (SP)

A italiana Gás Brasiliano, distribuidora do gás natural do gasoduto Bolívia-Brasil na região noroeste paulista, iniciou a transferência da sede operacional de São Paulo para Araraquara. O município do interior é estratégico porque está situado no centro de toda a área de atuação da concessionária. A mudança deve estar finalizada até o começo de fevereiro, com a chegada de cerca de 20 executivos. "Conforme o mercado cresça, iremos agregar novos funcionários", diz o gerente de suprimentos Ronaldo Kholmann. Os diretores da Brasiliano esperam que até fevereiro seja resolvido o sistema de tarifação, um dos principais entraves no mercado do gás natural da Bolívia. (Gazeta Mercantil - 26.11.2001)

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5- Furnas abre licitação para manutenção de térmica de Santa Cruz

Até o dia 20 de dezembro, Furnas Centrais Elétricas receberá as propostas para licitação que irá contratar serviços de melhoramento do sistema de gestão de manutenção da termelétrica Santa Cruz. A abertura das propostas acontecerá no dia 28 de dezembro, às 10 horas, na Av. João XXIII, 2891, Santa Cruz, Rio de Janeiro. Mais informações pelo telefone: (21) 418-1405, ramal: 4217. (Canal Energia - 23.11.2001)

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grandes consumidores

1- Indústria quer isenção de reajuste

As indústrias de ferroligas e de silício metálico querem que o governo exclua o setor de qualquer aumento das tarifas de energia elétrica, que representa cerca de 30% dos seus custos. Caso a tarifa de luz suba 5%, diz o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Ferroligas e de Silício Metálico (Abrafe), Eduardo Patrus, o custo das indústrias eletrointensivas aumentará 1,5%. Ele afirmou que está marcada para o dia 29.11.2001 reunião dos integrantes da Abrafe com o coordenador da GCE, ministro Pedro Parente, para discutir as tarifas. Com o racionamento, diz a Abrafe, as indústrias deixaram de exportar cerca de US$ 125 mi em 2001 e a receita total do setor, estimada em US$ 905 mi, caiu para US$ 679 mi. (O Globo - 26.11.2001)

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2- Abrafe destaca que subsídio cruzado do setor acontece em todo o mundo

Sobre a hipóteses estudada pelo governo de reduzir o subsídio cruzado do setor elétrico, onde o consumidor residencial paga as tarifas mais altas e as indústrias, os valores mais baixos, um estudo realizado pela consultoria internacional Value Partners, a pedido da Abrafe, mostra que a tarifa residencial no Brasil é de US$ 85 o MWh, enquanto a dos eletrointensivos é de apenas US$ 23 o MWh. Mas o trabalho destaca que isso acontece em todo o mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, a tarifa das residências é de US$ 82 o MWh e das indústrias eletrointensivas, de US$ 20 o MWh. (O Globo - 26.11.2001)

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3- Competividade das indústrias vai cair com o aumento de tarifas

O aumento de tarifas das distribuidoras de energia elétrica deve acabar na prática com todo o ganho de competitividade que as indústrias obtiveram aprendendo a economizar energia ao trocar lâmpadas incandescentes por fluorescentes, ajustando o termostato do ar condicionado etc. Pior. Deve até aumentar o custo das empresas em relação à fase anterior ao racionamento, quando se gastava mais energia. O alerta é da Firjan. "É verdade", diz o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, José Guilherme Almeida dos Reis, integrante da GCE. Ele considera, no entanto, que não há outra alternativa: "A tendência do preço da energia é subir para a expansão do sistema. Acabou aquela fase fácil de hidrelétricas". (Estado - 26.11.2001)

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internacional

1- Governo Peruano prepara segunda reforma do setor elétrico

O Ministério das Minas e Energia do Peru está preparando uma segunda série de reformas para o setor de eletricidade. As empresas geradoras, distribuidoras e de transmissão, o órgão regulador Osinerg e representantes dos usuários discutirão a concentração horizontal e vertical, a fixação de tarifas, o pagamento pela potência e a eletrificação rural. Após os debates, uma proposta para mudar a atual legislação deverá estar concluída em três meses. O ministro das Minas e Energia, Jaime Quijandria ressaltou o caráter participativo dessa iniciativa, em contraste com a legislação vigente para o setor elétrico, que foi elaborada no MEM e sem consultas aos diferentes agentes do setor. Em suas declarações, Quijandria confirmou ainda que em 2002 se iniciaria o processo de venda de 90% das ações das distribuidoras administradas pela Jorbelec: Electronoroeste, Electronorte, Hidroandina e Electrocentro. (Business News Americas - 23.11.2001)

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2- Ecopetrol registra lucro líquido de US$ 595mi em 9 meses

A estatal colombiana de petróleo Ecopetrol registrou lucro líquido de US$ 595,2 mi nos primeiros nove meses de 2001, um recorde para a empresa e um aumento de 43% em relação ao mesmo período de 2000. A Ecopetrol atribui os resultados ao aumento nas vendas domésticas e nos rendimentos e à queda nos custos financeiros, custos de vendas e impostos, que, juntos, compensaram as baixas nos preços e na produção causadas por um declínio natural nas reservas e ataques ao duto Cano Limón-Covenas. A exportação caiu 10%, mas as vendas domésticas de produtos - entre eles a gasolina, diesel, gás natural e GLP, subiram 9%. O aumento deveu-se principalmente à redução nos subsídios à gasolina e ao diesel. (Business News Americas - 22.11.2001)

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3- Iberdrola anuncia "medidas legais" para recuperar assento no conselho da EDP

O diretor-executivo da Iberdrola, Ignácio Sánchez Galán, revelou que pretende recuperar o assento no Conselho de Administração da EDP, tendo defendido igualmente a privatização e venda de ativos da EDP. A EDP decidiu substituir em agosto de 2001 o representante da Iberdrola no seu CA por um da Caixa Geral de Depósitos. O responsável da Iberdrola adiantou, contudo, que não pretende vender a sua posição na EDP, porque acredita que existem oportunidades de colaboração entre as duas empresas, no futuro. Ignacio Galán defendeu ainda a privatização do grupo português, mantendo-se cético em relação ao acordo estabelecido entre os governos dos dois países visando a constituição de um Mercado Ibérico de eletricidade. "A EDP é um monopólio estatal no seu país, enquanto que em Espanha existem quatro concorrentes. Para que exista igualdade, a EDP terá que privatizar-se e vender ativos em Portugal", afirmou. (Diário Econômico - 26.11.2001)

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4- Abu Dhabi alia-se a consórcio estrangeiro

O emirado de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, formou uma empresa conjunta com um consórcio anglo-americano para a gestão de uma central térmica que será construída em 2002. A nova companhia, denominada Shuweihat CMS International Power, será detida a 60% pela Autoridade de Abu Dhabi para a água e eletricidade e os 40% restantes serão distribuídos em partes iguais às companhias britânica International Power e norte-americana CMS Energy. A nova sociedade, dotada de um capital no valor de US$ 184 mi, vai gerir as operações de produção de eletricidade e de dessalinização da água do mar na unidade de Shuweihat durante 20 anos. A central, prevista num local situado a 250 km a Ocidente de Abu Dhabi, deverá estar operacional em 2004. A central de Shuweihat terá uma capacidade de produção de 1.500 MW e produzirá mais de 450 mi de litros de água dessalinizada por dia. (Diário Econômico - 26.11.2001)

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5- GE adia planos para Espanha

A gigante norte-americana General Electrics vai adiar entre nove a dez meses os seus projetos de expansão previstos para Cartagena, Espanha, na seqüência de uma revisão de objetivos a que se viu obrigada a efetuar após os atentados de 11.09.2001. (Diário Econômico - 26.11.2001)

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6- Usina nuclear de Temelin considerada segura

A usina nuclear de Temelin, na República Tcheca, foi considerada segura por um time de experts internacionais. A inspeção feita pelos analistas durou uma semana e concluiu que não nenhum defeito que justifique o fechamento da usina. A usina de Temelin já foi fechada várias vezes por causa de problemas técnicos, problemas estes que resultaram na inspeção. (German News - 26.11.2001)

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7- Centrica expande suas reserva de gás

A Centrica expandiu suas reservas de gás no Mar do Norte e no Mar da Irlanda com a compra no valor de ativos da inglesa Innogy e das americanas Amerada Hess, Kerr-McGee e Burlington Resources no valor de US$ 88 mi. O acordo é o décimo acordo de incremento das reservas feito pela Centrica em três anos e vai aumentar em 4% suas reservas de gás. O maior dos ativos comprados são os 6,97% da Innogy no campo de Armada. A Centrica é a maior fornecedora de gás da Inglaterra e acredita que aumentando sua produção poderá se safar das volatilidade dos preços do mercado de gás atual. A empresa espera que a compra dos ativos ajude a equilibrar a companhia, já que seu maior campo de exploração, o Morecambe Bay, deve ter suas reservas extinguidas em cerca de 15 anos. (Financial Times - 22.11.2001)

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8- Generg investe em 35 parques eólicos

A Generg, a sub-holding do grupo IPE para as energias renováveis, vai investir US$ 351 mi em 35 parques eólicos, num total de 350 MW, a instalar na região da Beira Interior até 2007. O projeto, prevê a produção anual de 900 GWh e a redução de 400 mil ton por ano de emissão de CO2. Durante os 25 anos de exploração do programa de desenvolvimento de energia eólica, os rendimentos diretos distribuídos na região podem ascender aos US$ 56 mi a preços de 2001. A produção elétrica por ano corresponderá ao dobro do consumo elétrico global da população destes 15 conselhos das zonas do Caramulo, Gardunha e Pinhal Novo. Os primeiros trabalhos de construção arrancarão já no início de 2002, procedendo-se atualmente à medição de vento em 30 locais e encontrando-se em estudo mais 130. Este é a primeira incursão da Generg neste segmento das renováveis. (Diário Econômico - 26.11.2001)

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9- Desastres prejudicam seguradoras de energia

As seguradoras de energia estão em crise, confrontadas com dificuldades em garantir cobertura para os muitos projetos de elevado montante para os próximos anos, segundo adiantou a Willis Group Holdings, corretor de seguros. O setor de seguros de energia sofreu o primeiro grande rombo em 2001 em Março com o prejuízo de US$ 500 mi da Petrobrás, na seqüência do afundamento da plataforma petrolífera P36. Desde então verificaram-se mais nove desastres de grandes dimensões na área da energia, com destaque para a explosão em Setembro da unidade petroquímica da TotalFinaElf em Toulouse, o que aumentou a fatura das seguradoras para lá de US$ 3,95 bi. O relatório aponta para uma perda anual a cobrir pelas seguradoras de US$ 4 bi. A Willis diz que as perdas de 2001 se devem em parte à atividade arriscada da exploração petrolífera, sustentado pela alta das cotações. (Diário Econômico - 26.11.2001)

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10- Grécia vai vender 15% da Public Power Corporation

A estatal grega Public Power Corporation planeja conseguir cerca de US$ 269 mi com a venda 15% de suas ações. O valor estimado da empresa hoje é de US$ 2,63 bi. A oferta vai ser a maior venda feita em dois anos do programa de privatização do governo grego. Para impedir o impacto de uma queda forte no preço das ações no mercado grego em 2001, a venda incluirá incentivos para os investidores. Os investidores no mercado a varejo grego poderão comprar as ações da PPC com 3% de desconto no preço oferecido. ABN Amro Rothschild, o banco grego Alpha Finance, Goldman Sachs International e National Bank of Greece são as instituições interessadas na venda até agora. O setor elétrico grego foi aberto a competição em 2001, mas espera-se que a PPC mantenha o monopólio de geração de energia por pelo menos três anos até que os investidores estrangeiros tenham capacidade para competir. (Financial Times - 25.11.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Barbara Oliveira, Fernando Fernandes, Carolina Selvatici, Priscila Feiner, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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