1- As novas metas do racionamento |
Ontem
foram anunciadas pela Câmara de Gestão da Crise de Energia as
novas metas de racionamento no consumo de energia elétrica. Ao
fazer isso, o governo pode estar incorrendo em um erro. O nível
dos reservatórios ainda está crítico para que se afrouxem as rédeas
do racionamento. A oferta de energia continua dependente dos níveis
pluviométricos dos próximos meses e da energia emergencial. Neste
momento, o governo não pode ceder às pressões da proximidade das
eleições e adotar medidas populares como a diminuição drástica
das metas de consumo. Parece ser necessário esse último esforço,
apesar do verão ser um período em que a demanda de energia aumenta
consideravelmente.
O
argumento do presidente da GCE, Pedro Parente, para a redução
das metas de consumo baseia-se na poupança de energia efetuada
nos últimos meses que contribuíram para que os níveis dos reservatórios
ficassem um pouco acima das estimativas iniciais. Mas esse volume
adicional não corresponde a uma sobra, pois ainda existe pressão
de demanda de energia.
Outra
questão que se coloca é o destino da redução do consumo. Não seria
melhor conceder uma maior flexibilidade ao setor industrial? A
energia, atualmente escassa, é um insumo essencial para as empresas.
Priorizar o setor industrial pode contribuir para o crescimento
da economia brasileira.
Será
que estamos no momento adequado para a redução de metas?
(Grupo
de Estudos de Empresas de Energia Elétrica - NUCA/IE/UFRJ)
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1- Reajuste ainda está indefinido |
O
ministro Pedro Parente, presidente da GCE, afirmou no dia 22.11
que não existe ainda qualquer definição sobre o reajuste de tarifa
em decorrência das perdas de receitas alegadas pelas distribuidoras
com o racionamento. "Ainda não há nenhuma definição", afirmou.
Ele também não quis definir uma previsão para que o assunto esteja
resolvido. Parente informou que o governo está apenas iniciando
as discussões com os geradores de energia. Posteriormente, o assunto
entrará em pauta com os distribuidores. (Gazeta Mercantil - 22.11.2001)
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2- Reajuste preocupa grandes consumidores |
Segundo Luiz Pedro Biazoto, representante da Associação Brasileira
dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace), "um
tarifaço só irá criar mais problemas, ao invés de trazer soluções".
A preocupação da Abrace é que a revisão da estrutura tarifária
do setor elétrico termine por reduzir a competitividade de diversos
setores da economia brasileira. A Abrace considera ainda que não
se pode analisar a questão tarifária tomando como base o momento.
"No passado, pagamos todo o custo da expansão do sistema, o que
inclui a amortização dos investimentos realizados nas usinas mais
antigas", disse Biazoto. (O Tempo - 23.11.2001)
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3- Cassada liminar contra venda da Celg |
O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Paulo Costa
Leite, cassou no dia 22.11 a liminar que impedia a privatização
da Celg. "A paralisação de um complexo sistema de privatização
dessa magnitude parece-me não atender ao interesse público", justificou
o ministro, ao suspender a decisão da 5ª Vara Federal do Distrito
Federal. Para convencer o presidente do STJ, o procurador-geral
de Goiás, Diógenes Mortoza da Cunha, disse que a disputa judicial
poderia desestimular a participação de interessados devido ao
clima de insegurança em relação ao processo. Além desse fator,
o Governo relatou a situação de inadimplência da estatal que teria
se agravado com o adiamento da privatização. (Jornal do Commercio
- 23.11.2001)
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4- Mercado especula que 3º leilão da Copel ocorrerá
no dia 18.12 |
Circularam no mercado financeiro, no dia 22.11, informações de
que nova data para o leilão Copel já estaria marcada: 18 de dezembro.
A informação consta do Relatório Reservado, um boletim editado
no Rio de Janeiro que circula somente entre instituições financeiras
de grande porte. O secretário de Governo, José Cid Campêlo Filho,
negou a informação. O secretário da Fazenda do Paraná e presidente
da Copel, Ingo Hubert, disse, em nota oficial, que o grupo que
estuda a divulgação de um novo edital de venda da Copel está avaliando,
junto com os ''advisers'', o melhor momento para a realização
do leilão da estatal. Conforme assessoria do Palácio Iguaçu, ''a
dinâmica do mercado internacional e o cenário econômico estão
mudando rapidamente''. Se as condições para venda da estatal eram
desfavoráveis no início do mês, agora já não são mais, observou
a assessoria. (Folha do Paraná - 23.11.2001)
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5- Aneel leiloa outorga da 20ª hidrelétrica do RJ |
A Aneel realizará, no dia 30.11.2001, o leilão de outorga da concessão
para a construção e exploração da Usina Hidrelétrica de Simplício,
município situado na região Centro-Sul fluminense. A usina terá
323,7 MW de potência instalada. O leilão será realizado na Bolsa
de Valores do Rio de Janeiro. O empreendimento tem investimento
previsto de R$ 780 mi e será a 20ª hidrelétrica do Estado. Segundo
o secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo,
Wagner Victer, "este é o maior projeto de geração hidrelétrica
no Estado nos últimos 30 anos". (Jornal do Commercio - 23.11.2001)
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1- Governo anuncia novas metas de redução de consumo
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O presidente da GCE, ministro Pedro Parente, anunciou, no dia
22.11.2001, as novas metas de consumo de energia elétrica, válidas
entre dezembro de 2001 e fevereiro de 2002. Os principais contemplados
com as alterações foram os consumidores das classes A2 (comerciais,
com demanda acima de 2,5 MW) e B (residenciais). Para estes
consumidores, a alteração será efetuadas somente na leitura
de dezembro, válida para as tarifas a serem recebidas em janeiro.
Os consumidores do grupo A2 sofrerão as alterações uniformemente,
a partir de 1° de dezembro. Os consumidores industriais (com
demanda acima de 2,5 MW) e instalações do poder público não
terão alterações. Também não foram anunciadas alterações no
sistema de pagamento de bônus e na comercialização dos diretos
de consumo. (Canal Energia - 22.11.2001)
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2- Meta no Sudeste/Centro-Oeste cai para 12% |
O governo anunciou no dia 22.11 que a meta de racionamento nas
regiões Sudeste e Centro-Oeste cairá de 20% para 12% em dezembro
em relação à média de consumo nos meses de maio, junho e julho
de 2000. Para a Região Nordeste, o governo não manteve a meta
de 20%, como recomendavam relatórios técnicos, e fixou uma redução
compulsória de 17%. Também em relação ao consumo verificado
nos três meses de 2000. A Região Norte continuará dentro do
racionamento, porém com economia de 5% até que o reservatório
da usina de Tucuruí mantenha o vertimento de água, o que deve
ocorrer em janeiro. As novas metas valerão para os meses de
dezembro, janeiro e fevereiro. Em meados de fevereiro, o governo
reavaliará o plano com base nas condições hidrológicas e na
entrada de energia emergencial. (Gazeta Mercantil - 22.11.2001)
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3- Cidades turísticas serão beneficiadas com redução
de meta |
A grande novidade nas novas metas de consumo de energia elétrica
foi a adoção de metas diferentes para cidades turísticas. De
acordo com a classificação da Empresa Brasileira de Turismo
(Embratur), o país conta com 466 municípios turísticos. Dentro
disso, a redução nas metas de consumo de energia para as cidades
turísticas previamente definidas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste
irá para 7%. No Nordeste, que surpreendentemente também teve
sua meta revista, as cidades turísticas terão que se adequar
a meta de redução 12%. (Canal Energia - 22.11.2001)
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4- Lista das cidades consideradas turísticas causa
polêmica |
A lista das 434 cidades consideradas turísticas e que serão
beneficiadas com meta de racionamento de 7% durante o verão,
mal foi divulgada e já causou polêmica. No Rio de Janeiro, prefeitos
de algumas cidades contestaram o ''privilégio'' concedido, por
exemplo, a Volta Redonda, cujo principal ponto turístico é a
siderúrgica Getúlio Vargas, da CSN. Já em São Paulo, a grande
dúvida é por que São Bernardo do Campo - que conta com dezenas
de fábricas, como a da Volkswagen - foi beneficiada e a vizinha
São Caetano, também um pólo industrial, não. ''É um absurdo
Volta Redonda ser considerada cidade turística, sendo que sua
vocação é industrial'', afirmou Sérgio Bernadelli, prefeito
de Porto Real, cidade abriga uma fábrica da Peugeot e que ficou
de fora da lista. (Jornal do Brasil - 23.11.2001)
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5- Consumidores até 225 KWh estão isentos de cortes |
No dia 22.11.2001, o governo decidiu também isentar do corte
no fornecimento de energia os consumidores com demanda de até
225 KWh por mês. Pelas regras anteriores, estavam livres do
corte os consumidores com demanda de até 100 KWh/mês, que não
conseguiram atingir a meta do plano de racionamento. Segundo
Parente, continuarão valendo as regras de aplicação da sobretaxa
para os consumidores que não cumprirem as regras do plano. (Gazeta
Mercantil - 23.11.2001)
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6- Chuvas ainda não garantem final do plano |
O ministro Pedro Parente, presidente da GCE, explicou no dia
22.11 que as mudanças no plano de racionamento, a partir de
dezembro, foram permitidas pelas condições hidrológicas, que
aumentaram o armazenamento de água nos reservatórios das usinas
hidrelétricas. No entanto, o regime de chuva ainda impede o
governo de suspender o racionamento em definitivo. "Os resultados
são positivos, mas não nos assegura o futuro. Temos que continuar
uma administração segura do processo", disse. (Gazeta Mercantil
- 22.11.2001)
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7- Para especialistas, mudança na meta é indesejável
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Para especialistas do setor elétrico a decisão de reduzir as
metas de consumo é política e indesejável do ponto de vista
técnico. O professor Ildo Sauer, da USP, diz que o governo cedeu
porque o consumo estava aumentando e porque as concessionárias
não estavam cumprindo a determinação de cortar a energia dos
consumidores que não atingiram as metas. Segundo ele, "o governo
está fazendo, novamente, uma aposta. Fizeram isso em 2000, e
sabemos o que aconteceu. O volume de chuvas é imprevisível e
contar com qualquer coisa agora é arriscar ter de enfrentar
uma crise maior no futuro". "Em termos estritamente técnicos,
o melhor era acumular energia e se precaver", diz o professor
Joseph Perecmanis, da Universidade Federal Fluminense. Para
Carlos Alberto Canesin, da Universidade Estadual Paulista, "a
decisão tem caráter político. Nossos reservatórios estão com
o nível abaixo do desejado". "O governo precisa assumir a responsabilidade
para garantir o aumento da oferta de energia, para que esse
tipo de crise não se repita", completa. (Folha - 23.11.2001)
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8- Senado aprova MP sobre pagamento de bônus ao consumidor
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O Senado aprovou na manhã de 22.11.2001 a medida provisória
número 4 que autoriza o governo a repassar às concessionárias
de energia elétrica recursos para o pagamento de bônus aos consumidores
residenciais que atenderam às metas de economia determinadas
pelo plano de racionamento. Foi aprovada também a outra medida
provisória número 5 estabelecendo feriados civis em alguns estados
do Nordeste para reduzir o consumo de energia elétrica. As medidas
vão agora a plenário. (Diário OnLine - 22.11.2001)
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9- Curva guia positiva em 2,5% no NE |
Segundo o ministro Pedro Parente, presidente da GCE, a curva
guia (que mede o nível de segurança dos reservatórios) nas regiões
Sudeste e Centro-Oeste está positiva em 9,14 pontos percentuais,
o que assegura uma diminuição da meta de racionamento de 20%
para 12%, em relação ao consumo registrado em maio, junho e
julho de 2000. Já na região Nordeste, a curva guia está positiva
em 2,5%, o que não dá ao governo as condições de reduzir muito
a meta do racionamento, que passou de 20% para 17%. (Gazeta
Mercantil - 22.11.2001)
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10- Governo vai contratar quase 3,2 mil MW de energia
emergencial |
A GCE já decidiu o volume de energia emergencial o país vai
contratar até o final de 2003. A Câmara autorizou a compra de
3.192 MW médios para equilibrar a oferta de energia nas regiões
afetadas pelo racionamento de energia. Em 2002, serão adquiridos
898 MW para o Nordeste e 354 MW para a região Sudeste. Em 2003,
o volume para as duas regiões chegará, respectivamente, a 1.389
MW e 551 MW. Segundo o ministro Pedro Parente, coordenador da
GCE, os primeiros 30 MW para o Nordeste serão fornecidos, num
prazo de 60 dias. Para o Sudeste, a primeira usina de 40 MW
entrará num prazo de 20 dias. (Canal Energia - 22.11.2001)
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11- Feriado de 26.11 ainda não está definido em Sergipe
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Em
Sergipe, o feriado de 26.11 ainda não está definido. O governador
Albano Franco aguarda resposta do presidente Fernando Henrique
Cardoso, com quem conversou no dia 22.11. O governador argumenta
que o feriado de 26.11 já foi compensado no último dia 02.11,
dia de finados. Na tarde de 22.11, Albano Franco teve negado
o pedido feito à GCE, em que solicitava a substituição do feriado
de 26.11 pelo do dia 08.12, dia da padroeira de Aracaju. (EmSergipe.com
- 23.11.2001)
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12- Economia necessária pode chegar a 50% no RJ |
O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Estado
do Rio, Wagner Victer, afirmou que a redução dos índices de
racionamento de 20% para 12% não leva em conta o aumento histórico
da demanda durante o verão. "Com as metas de racionamento estipuladas
em 12%, em relação às mesmas bases estipuladas anteriormente,
algumas regiões serão forçadas a alcançar uma economia de energia
superior a 50%, fato que causará um verdadeiro caos na economia
do Estado, principalmente em municípios com vocação turística,
que mesmo com metas menores, de 7%, serão obrigados a realizarem
uma economia inviável por conta do aumento natural da demanda
durante o verão", previu o secretário. (Jornal do Commercio
- 23.11.2001)
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13- Técnicos do governo do RJ projetam aumento de
300% nas contas |
O secretário de Energia, da Indústria Naval e do Petróleo do
Estado do Rio, Wagner Victer, encaminhou no dia 22.11 ao governador
Anthony Garotinho estudo no qual técnicos projetam um aumento
de até 300% nas contas de luz do consumidor fluminense. O motivo:
a base de cálculo do racionamento é a média do consumo nos meses
de maio, junho e julho. (Jornal do Brasil - 23.11.2001)
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14- Governo estuda revogar horário de verão no Nordeste |
O ministro Pedro Parente, presidente da GCE, afirmou que o governo
está estudando a possibilidade de revogar o horário de verão
na região Nordeste. Segundo Parente, o Ministério de Minas e
Energia vai fazer uma avaliação em todos os estados da região
para verificar se o horário vem mesmo prejudicando a rotina
da população local. O fim do horário de verão é uma reivindicação
dos governadores nordestinos, que justificam o pedido alegando
que a redução em uma hora no expediente não traz benefícios
para a região. (Agência Brasil - 23.11.2001)
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15- Economia no interior de São Paulo fica acima
da meta |
A região atendida pela CPFL, que abrange 2,8 milhões de clientes
em 234 cidades do interior de São Paulo, mantém a média de redução
de consumo acima da meta 20% definida pelo governo federal no
início do plano de racionamento. Em novembro, a média de redução
foi de 24,9%. Desde o início do racionamento, a média da região
atendida pela CPFL tem se mantido entre 24% e 25%. (Diário OnLine
- 22.11.2001)
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16- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do
ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia
armazenada, clique aqui.
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1- Iberdrola vai se concentrar na geração |
A Iberdrola desistiu de ficar com a totalidade do controle da
Guaraniana, holding de energia elétrica que concentra participações
nas distribuidoras Celpe, Coelba e Cosern. O grupo espanhol vinha
negociando a compra das ações da Previ e do Banco do Brasil, sócios
no negócio. A empresa espanhola é dona de 35% do capital da holding,
enquanto a Previ e o Banco do Brasil detêm cada uma cerca de 22%.
Segundo uma fonte, as negociações estão paradas há dois meses
e não deverão ser retomadas. A atual situação do mercado de distribuição
de energia elétrica foi um dos motivos que prejudicaram as negociações.
Além disso, segundo a fonte, os sócios não estavam muito certos
sobre a venda. Mas o que pôs fim de vez nas negociações foi o
novo plano estratégico traçado para os próximos cinco anos, anunciado
na Espanha há cerca de um mês pelos atuais administradores do
grupo. A segunda maior elétrica da Espanha decidiu focar-se mais
fortemente no setor de geração. (Gazeta Mercantil - 23.11.2001)
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2- CSN vai vender sua parte na usina de Itá |
A CSN venderá até o fim de 2001 suas ações na usina hidrelétrica
de Itá, na fronteira do Rio Grande do Sul com Santa Catarina,
conforme anunciou o diretor do Centro Corporativo da siderúrgica,
João Luis Tenreiro Barroso. Há quatro grupos interessados em comprar
a participação da CSN, garante a siderúrgica, mas são grandes
as chances de a Gerasul, sócia da empresa em Itá, exercer seu
direito de preferência e ficar com o comando absoluto da hidrelétrica,
com capacidade de geração de 1.450 MW. (Gazeta Mercantil - 23.11.2001)
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3- Dívida do Governo com a Cemig será analisada pela
CVM |
A Associação Nacional de Investidores do Mercado de Capitais (Animec)
encaminhou no dia 22.11.2001 à Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) um pedido de instauração de inquérito contra os controladores
e administradores da Cemig por abuso de poder e irresponsabilidade
na administração. Waldir Corrêa, presidente da instituição, explicou
que o governo do Estado de Minas Gerais, acionista majoritário
da companhia, possui uma dívida vencida com a Cemig que está prejudicando
o caixa da estatal. Segundo ele, a companhia precisa buscar recursos
no mercado a custo mais alto do que a correção dos valores devidos
pelo estado. A Animec também pedirá que a autarquia apure eventual
responsabilidade dos administradores da empresa, que não teriam
cobrado os débitos do controlador. (Gazeta Mercantil - 23.11.2001)
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4- Indefinições no MAE complicam balanço de empresas
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As indefinições do mercado de energia estão trazendo reflexos
diretos aos balanços das empresas do setor. A situação, definida
pelo superintendente de relações com empresas da Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), Fábio Fonseca, como 'muito grave', quase não
permite ao analista externo saber, de fato, a situação financeira
dessas empresas. Cada uma adotou um critério para contabilizar
os negócios realizados no MAE. Outro agravante é que não está
havendo pagamento (liquidação financeira) dos negócios realizados
há pelo menos 12 meses. Ou seja, os negócios tornam-se simples
lançamentos contábeis, sem movimentação financeira. Fontes do
MAE estimam um volume de R$ 2 bi nos últimos 12 meses no mercado
livre, que seriam os valores em disputa. A indefinição é tão grande
que a Cemig, uma das maiores geradoras e distribuidoras do país,
optou por não contabilizar as operações do MAE e referentes ao
Anexo 5. 'Não temos informações para contabilizar os negócios',
resume o superintendente de Relações com Investidores, Luiz Fernando
Rolla. O fato de isso deixar os investidores 'às escuras', é inevitável,
na sua avaliação. 'Nós também estamos às escuras', observa. (Hoje
em Dia - 23.11.2001)
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1- Leilão de excedentes fecha sem oferta de venda |
Potenciais vendedores de excedentes energéticos não participaram
no dia 22.11.2001 do leilão operacionalizado pela Asmae, em parceria
com a Bovespa. Nenhuma oferta de venda do MWh foi registrada e
o pregão fechou sem transação alguma. Os compradores solicitaram
um total de 2.800 MWh, dos quais 1.000 MWh a R$ 95,10 o MWh; 800
MWh a R$ 76; e 1.000 MWh a R$ 75. (Gazeta Mercantil - 22.11.2001)
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2- Celesc compensará El Paso |
A Celesc vai comprar energia de outras usinas da El Paso, a partir
de 2003, se a empresa bancar o preço do concorrente. Esta é a
medida compensatória básica enviada ontem pela estatal à sede
brasileira da empresa norte-americana, no Rio de Janeiro. A El
Paso, que deverá investir US$ 250 mi na construção da usina Termocatarinense
Norte (TCN), em Guaramirim, exige uma compensação por ter baixado
o Valor Normativo (VN) do MW de R$ 101,84 para R$ 91,03. Pela
redução da receita, a El Paso exigiu uma medida compensatória.
A Celesc propôs a prioridade na compra de energia elétrica em
2003, quando a Gerasul, que fornece hoje 70% da carga reduz sua
cota em 25%. É esta fatia que a El Paso, que tem outras usinas
no Brasil, quer abocanhar. A medida compensatória por ter baixado
o preço é o que falta para as duas empresas fecharem o contrato
de compra de energia, acordo estimado em R$ 6 bi e que será válido
por 20 anos. Na segunda e terça-feira, técnicos das empresas voltam
a se reunir em Florianópolis. A principal pendência é a compensação
pela queda do VN. A expectativa é que na quarta-feira o contrato
seja fechado. (Diário Catarinense - 23.11.2001)
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1- Juros futuros sobem e se ajustam à Selic |
O feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos manteve fechado
Wall Street e retirou a referência do mercado financeiro brasileiro.
Os investidores se retraíram e foram poucas as operações realizadas
no pregão do dia 22.11. O movimento mais expressivo de negócios
foi registrado pelas taxas de juros futuros, que subiram, ajustando-se
à manutenção dos juros básicos da economia, a meta Selic, que
estão em 19% ao ano. Entre as taxas mais negociadas na BM&F, o
contrato de juros que vence em dezembro de 2001 subiu de 18,90%
para 19,13% ao ano. A taxa de juros para janeiro de 2002 saiu
de 18,98% para 19,16% ao ano. O contrato de abril de 2002 saiu
de 19,54% para 19,67% ao ano. O contrato a termo de DI (Depósito
Interfinanceiro), que vence em 4 julho de 2002 e indica a taxa
prefixada para o período, teve valorização e subiu de 20,11% para
20,25%. (Gazeta Mercantil - 23.11.2001)
Índice
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2- Cotação do dólar comercial recua 0,35%, caindo para
R$ 2,534 |
No dia 22.11.2001, volume de negócios ficou restrito nas operações
com taxas de câmbio. As transações de compra e venda de dólares
precisam contar com o funcionamento do mercado norte-americano
para serem liquidadas e muitas operações já haviam sido antecipadas
no início da semana por conta do feriado de Ação de Graças. Mesmo
com fraco volume de negócios, a cotação do dólar comercial recuou
0,35%, para R$ 2,534, na venda. Durante o dia, a oscilação entre
o menor preço (R$ 2,534, na venda) e a taxa mais alta (R$ 2,544,
na venda) ficou em 0,39%. A Ptax ficou em R$ 2,5383, queda de
0,11%. Na BM&F, o contrato de dólar com liquidação financeira
em dezembro recuou 0,15% para R$ 2,548. O contrato com liquidação
em janeiro de 2002 caiu 0,14% para R$ 2,580. (Gazeta Mercantil
- 23.11.2001)
Índice
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3- Títulos da dívida soberana de emergentes têm fraca
negociação |
No mercado internacional, a negociação com títulos da dívida soberana
de países emergentes também foi reduzida no dia 22.11 em virtude
do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. A maior parte
dos negócios é realizada no centro financeiro de Nova York, que
permaneceu fechado. O C-Bond, título brasileiro mais negociado,
ficou estável em 75,25% do valor de face. O Global 27, outro título
brasileiro, também ficou estável e valia 73% do valor de face.
Já o Global 40, um dos papéis brasileiros mais negociados, subiu
0,17% e era negociado a 75,25% do valor de face. Os papéis da
dívida argentina também não registraram variações expressivas
no preço de compra e venda. O FRB, título do país vizinho mais
negociado, manteve o preço do dia anterior, de 47% do valor de
face. (Gazeta Mercantil - 23.11.2001)
Índice
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1- Equipamentos da Termobahia chegam a Salvador |
A chegada de equipamentos importados no porto da Base Naval de
Aratu, na Baía de Todos os Santos, marca uma nova etapa do processo
de instalação da Termobahia. As máquinas mais importantes da termelétrica
da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), a turbina GT 24 e o gerador
Topair 23, ambos fabricados pela empresa suíça Alstom, chegaram
à Bahia no dia 17.11 e serão transportados a partir de 25.11 para
o município de São Francisco do Conde, onde está sendo construída
a usina. Os equipamentos são avaliados em US$ 30 mi. Segundo o
cronograma oficial, a termelétrica vai entrar em operação no dia
27.08.2002. (Gazeta Mercantil - NE - 22.11.2001)
Índice
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2- Barralcool investe na produção de energia |
A Usina da Barra S/A (Barralcool), localizada em Barra do Bugres,
a 163 km de Cuiabá, está entre as quatro indústrias autorizadas
pela Aneel a se estabelecerem como produtoras independentes de
energia elétrica. A empresa já iniciou o processo de expansão
e tem meta de aumentar sua capacidade de cogeração de 13 MWh para
23 MWh. A ampliação deve lhe render um faturamento de R$ 5 mi
ao final de 2002. A empresa está investindo R$ 6,67 mi, que incluiu
a aquisição de uma turbina de condensação capaz de produzir 1
MWh com 5,5 quilos de bagaço de cana. Do total investido no projeto
de ampliação, R$ 2,78 mi são de recursos próprios e R$ 3,88 mi
de financiamento pelo Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO).
(Gazeta Mercantil - DF - 22.11.2001)
Índice
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1- Eletroeletrônico prevê recuperação de vendas |
O anúncio de redução na meta de consumo de energia elétrica feito
no dia 22.11.2001 pelo governo foi bem recebido pelo setor de
eletroeletrônicos. Depois de registrar crescimento contínuo nos
últimos quatros meses, as vendas do varejo na primeira quinzena
de novembro apontavam para um resultado aquém das expectativas
para o período. Um racionamento menos rígido pode ser o estímulo
que faltava para animar o consumidor e garantia da manutenção
do ritmo de recuperação. A meta é conseguir fechar o ano com um
volume de vendas igual ao de 2000; no acumulado até outubro, a
diferença ainda é de 8%. (Gazeta Mercantil - 23.11.2001)
Índice
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1- Iberdrola pode vender participadas |
A Iberdrola vai alienar os interesses que detém na distribuição
e tratamento de água, nomeadamente as empresas Pridesa, Ondagua
e mais duas firmas latino-americanas, segundo o ExnpansionDirecto.
Entre os possíveis interessados estão várias construtoras como
FCC, Sacyr, ACS e Corsán Corviam. Os prazos para vendas das companhias
ainda não foi definido. (Diário Econômico - 23.11.2001)
Índice
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2- Elétricas espanholas questionam capacidade de Portugal
para criar mercado ibérico |
O projeto de criação do mercado ibérico de eletricidade está levantando
questões no setor. Algumas elétricas espanholas consideram a iniciativa
positiva, mas questionam a capacidade de Portugal em executar
um projeto de tamanha complexidade em tão pouco tempo. Os dois
governos esperam que o mercado único de eletricidade comece a
funcionar em 2003. Isto significa que em apenas 13 meses todas
as empresas terão que se sujeitar às mesmas regras de competição.
Para alcançar esta meta, será necessário unificar a administração
das redes de transmissão e criar um único operador do mercado
de vendas de energia. As companhias espanholas temem que nem a
infraestrutura nem o grau de abertura do mercado de Portugal esteja
no mesmo nível que o espanhol, o que fará com que as elétricas
espanholas tenham que fazer algum sacrifício para equilibrar o
mercado. (El Mundo - 19.11.2001)
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3- Mercado ibérico provocará várias mudanças estruturais
nos setores elétricos da Espanha e de Portugal |
O
mercado ibérico provocará várias mudanças estruturais nos setores
elétricos da Espanha e de Portugal. Por exemplo, a Red Eléctrica
Espanhola terá que compartilhar a gestão do transporte de energia
com sua empresa homólogo portuguesa, a Rede elétrica Nacional.
O protocolo também prevê a criação de um único operador encarregado
de controlar o sistema. Antes do dia 31.01.2002, Espanha e Portugal
já deverão ter identificado os obstáculos legislativos e administrativos
para a fusão dos dois sistemas elétricos. Depois, os dois países
deverão elaborar um plano cronológico para eliminar as diferenças
entre os dois setores. Antes do dia 31.03.2002, a Red Eléctrica
Española e a Rede Elétrica Nacional terão que apresentar as propostas
técnicas para unificar o transporte de energia. Na mesma data,
as autoridades reguladoras entregarão um modelo de mercado único,
que entrará em vigor em 01.01.2003. (El Mundo - 19.11.2001)
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4- Central Puerto negocia contrato para exportar 1.200MW
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A geradora argentina Central Puerto está negociando a assinatura
de um contrato para exportar 1.200MW para o Brasil, um processo
já autorizado pela Secretaria de Energia da Argentina. O projeto
não tem nenhuma ligação com o consórcio Cien, da Endesa Espanha,
que já exporta energia para o Brasil. A Central Puerto se comprometeu
a expandir a capacidade do sistema de transmissão da Argentina,
já que a geradora terá que transportar a energia a ser exportada
até Puerto Iguazú, na fronteira com o Brasil, e depois para Foz
do Iguaçu, no lado brasileiro. No Brasil, a Central Puerto criou
a comercializadora Energia do Sul, como um passo posterior ao
contrato de exportação, por exigência da legislação brasileira.
A Central Puerto tem uma capacidade instalada de 2.165MW e foi
comprada pela francesa TotalFinaElf da geradora chilena AES Gener
em 2001. (Business News Americas - 22.11.2001)
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5- RWE aumenta seus lucros em 28% |
A quarta companhia elétrica européia RWE aumento seus lucros operacionais
para US$ 793 mi no primeiro trimestre de seu atual ano fiscal.
O valor corresponde a um crescimento de 28% se comparado ao valor
obtido no mesmo período de 2000. Os lucros do setor de vendas
da empresa cresceram 18% atingindo cerca de US$ 14,7 bi. A empresa
agora que os resultados do ano apontem um crescimento de 20%.
A RWE afirmou que as cifras refletem a consolidação de sua filial
britânica de abastecimento de água Thames Water, que compensou
os baixos preços da eletricidade. A Thames Water, terceira companhia
de água do mundo, foi responsável por 23% dos lucros da companhia
alemã de energia. (El Mundo - 22.11.2001)
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6- EdF está decidida a comprar a Seeboard |
A EDF está decidida a comprar a Seeboard, a companhia elétrica
do sudeste da Inglaterra, no que seria a última de uma série de
grandes aquisições no Reino Unido. A elétrica francesa, que já
possui a London Electricity e o braço de vendas da distribuidora
do sudoeste da Inglaterra SWEB, também confirmou que concordou
em comprar da Eastern Energy - empresa pertencente a TXU - a maior
rede de distribuição da Inglaterra por US$ 1,84 bi. Além disso,
a EDF já pagou cerca de US$ 517 mi pela estação de força de 2000MW
da TXU em Nottinghamshire. Para completar a companhia francesa
está comprando as ações da TXU em um consórcio que gerencia as
redes de transmissão da London Electricity e da Eastern Energy.
Todos os negócios juntos somam US$ 6,36 gastos pela EDF no Reino
Unido desde 1998. (Financial Times - 20.11.2001)
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7- Europa Oriental terá que pagar mais pela energia |
Segundo o Banco europeu de Reconstrução e Desenvolvimento, os
europeus orientais e os centro-asiáticos terão que pagar mais
do que o costume por sua energia para desencorajar o desperdício
e atrair novos investimentos. O banco afirmou que os 27 países
em que opera não conseguiram ainda superar o legado da União Soviética
de desperdício de energia, por isso os preços terão que subir.
Na região como um todo, o preço da energia para consumidores residenciais
custa US$ 0,04 por KWh, preço baixo se comparado aos US$ 0,08
cobrados nos EUA e aos US$ 0,15 cobrados na Europa Ocidental.
Segundo o banco, os países devem tentar se aproximar do valor
cobrado nos EUA. Nota oficial do banco afirmou que os governos
desses países hesitam em cobrar mais por causa das conseqüências
sociais, mas, segundo o banco, a maioria dos consumidores pode
pagar US$ 0,08 pelo KWh. O banco sugeriu ainda que subsídios fossem
dados às pessoas que não pudessem pagar o novo valor. (Financial
Times - 20.11.2001)
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8- Enron espera conseguir injeções de capital de US$
1,5 bi |
Os responsáveis por salvar o balanço geral da Enron afirmaram
que a empresa deverá receber injeções de capital de cerca de US$
1,5 bi até o começo da semana que vem. A Enron está negociando
cerca de US$ 250 mi com JP Morgan Chase e com o Citigroup e também
espera levantar pelo menos US$ 1 bi de investidores privados.
A empresa se recusou a comentar quais firmas vão querer investir
na Enron, mas o grupo Blackstone, que estava negociando com a
Enron antes da oferta de US$ 9 bi da Dynegy, não deve mais negociar
com a empresa. (Financial Times - 22.11.2001)
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9- Eon planeja aquisições nos EUA |
A alemã Eon está planejando uma série aquisições nos EUA para
se situar numa posição de liderança no mercado americano de energia.
O CEO da Eon, Ulrich Hartmann, afirmou que o grupo tem entre US$
31 bi e US$ 35 bi para gastar em aquisições, excluindo o plano
de venda de ativos. Hartmann insistiu que a companhia não vai
pagar mais do que deveria pelas aquisições, mas seus comentários
ressaltam a determinação da Eon em se tornar um dos grupos que
sobreviverão a consolidação atual do mercado internacional de
energia. Ele afirmou ainda que o grupo pode fundar seu programa
de aquisições sem necessidade de um aumento de capital por causa
de suas fontes de dinheiro já existentes e por causa das venda
de ativos planejadas para 2002. A empresa quer se concentrar nos
setores gás e eletricidade. (Financial Times - 21.11.2001)
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10- Instituições financeiras interessadas na venda
da Wessex Water |
Pelo menos quatro instituições financeiras estão interessadas
na Wessex Water, empresa de águas que será vendida pela Enron.
A Enron, que comprou a Wessex em 1998 por US$ 1,92 bi, revelou
que deverá pagar US$ 9,1 bi em dívidas até o final de 2001, por
isso venderá a empresa inglesa. O Royal Bank of Scotland, Candover
Investments, WestLB e a Barclays Capital já demonstraram seu interesse
em comprar a Wessex, que fornece serviços de água e esgoto para
2,4 mi de pessoas. O banco japonês Namura já expressou também
seu interesse na Wessex. (Financial Times - 21.11.2001)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Barbara Oliveira, Fernando Fernandes, Carolina Selvatici,
Priscila Feiner, Silvana Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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sobre as empresas do setor
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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