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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 771 - 21 de novembro de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- MME vai responder por concessão de usinas

A atribuição de conceder novas usinas deve sair da Aneel e passar para o Ministério de Minas e Energia, a partir de 2002. Essa é uma das mudanças previstas na nova estrutura que está sendo desenhada com objetivo de deixar o MME mais forte e aparelhado para evitar futuras crises de abastecimento. O trabalho de planejamento da expansão do parque energético, que hoje é subordinado à Secretaria de Energia, deverá ser centralizado em uma secretaria específica. No ministério deve haver também um departamento de acompanhamento do trâmite das autorizações ambientais para início de obras. A demora para concessão das licenças é apontada como um dos passos que atrasam o cronograma de novas usinas. Os contratos de gestão entre o ministério, as estatais subordinadas a ele e a Aneel também estão sendo revistos. (Valor - 21.11.2001)

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2- Relatório de responsabilidades pela crise de energia guiará reforma no MME

O relatório que definiu as responsabilidades pela crise de energia está sendo um dos principais instrumento de análise das mudanças que está sendo desenhada com objetivo de deixar o Ministério de Minas e Energia mais forte e aparelhado para evitar futuras crises de abastecimento. O novo MME, que deve ser "inaugurado" em 2002, deverá abrigar também uma equipe executiva do CNPE, responsável por auxiliar o presidente Fernando Henrique Cardoso nas definições das políticas para o setor. A intenção agora é montar uma estrutura de acompanhamento permanente das condições do parque energético. Com o racionamento, o Ministério de Minas e Energia montou um escritório de acompanhamento permanente do cronograma de obras para garantir que problemas sejam identificados e sanados sem que comprometam o cronograma de conclusão. A estrutura deve ser mantida, mesmo com o fim do racionamento. (Valor - 21.11.2001)

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3- Aneel recebe propostas para inventário de bacias

A Aneel divulgou a relação das dez empresas que apresentam no dia 19.11.2001 documentos de habilitação para a elaboração de estudos de inventário hidrelétrico em nove bacias brasileiras. São elas: Themag Engenharia; Poente Engenharia; CNEC Engenharia; Engevix Engenharia; Concremat Engenharia; Leme Engenharia; SPEC Planejamento, Engenharia e Consultoria; Hydros Engenharia; Engecorps Engenharia e Construção; e a empresa Enerconsult. Cada vencedor na licitação só poderá se candidatar a fazer até dois inventários. ( GloboNews.com e Gazeta Mercantil - 19.10.2001)

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4- Aneel autoriza implantação de duas subestações em RO

A Aneel autorizou a Eletronorte a implantar duas subestações em Rondônia, com entrada em operação até 31 de dezembro de 2002. A subestação de Pimenta Bueno será construída em município homônimo e receberá energia transportada pelas linhas de transmissão Pimenta Bueno - Ji-Paraná. A outra subestação é a de Vilhena, que receberá energia da linha de transmissão Vilhena - Pimenta Bueno. (Gazeta Mercantil - 20.11.2001)

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5- Aneel distribuirá medidores de consumo

A Aneel divulgou, no dia 20.11.2001, que serão distribuídas mais de mil unidades de aparelhos de monitoração do consumo de energia, conhecido como Argos. Os equipamentos serão distribuídos entre sete concessionárias de energia, que definirão os pontos de instalação entre os consumidores. O Argos mede a qualidade do fornecimento de energia, acusando, por telefone, quando acontece uma queda ou qualquer problema na operação do sistema. Seu funcionamento tem contribuído para o cálculo dos indicadores de qualidade analisados pela agência para fiscalizar as empresas. Até o momento já foram instalados 2.227 Argos em empresas de cinco Estados. A meta até dezembro é instalar 6 mil aparelhos. (Gazeta Mercantil - 20.11.2001)

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6- Termina prazo para nova estratégia de venda da Copel

Termina no dia 21.11.2001 o prazo de duas semanas estabelecido pelo secretário da Fazenda e presidente da Copel, Ingo Hübert, para a conclusão de um novo estudo sobre a venda da Copel. Este prazo foi anunciado um dia depois da segunda tentativa fracassada de atrair investidores para a privatização da empresa. (Tudo Paraná - 21.11.2001)

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7- Venda da Copel sai ainda neste ano, afirma Lerner

O governador Jaime Lerner afirmou, dia 20.11.2001, em Londrina, que a Copel será privatizada ainda este ano, mas não falou sobre a nova estratégia para atrair os investidores - que julgam alto o preço mínimo de R$ 5 bi e inadequada a venda da empresa em bloco. Assessores do Palácio Iguaçu limitaram-se a dizer que provavelmente o governo não apresente nos próximos dias as conclusões do estudo anunciado. O governador relacionou o fracasso da venda da energética ao contexto de crise mundial deflagrado pelos atentados terroristas sofridos pelos Estados Unidos. "O governo do estado está muito firme na sua decisão de manter o processo (de privatização). O tempo provou que não houve processo mais transparente que o da Copel. Se não se apresentou ninguém é porque não havia como adivinhar o 11 de setembro e a crise na Argentina." (Gazeta do Povo - 21.11.2001)

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8- Goiás tenta destravar venda da Celg

O governo de Goiás tenta destravar na Justiça o processo de privatização da Celg, suspenso pelo Tribunal Regional Federal (TRF) a pedido do sindicato de trabalhadores da empresa, que alegaram irregularidades na contratação, pelo BNDES e não pelo governo estadual, da empresa assessora do processo de privatização. No dia 20.11, o Estado apresentou um recurso contra a suspensão da venda, que será analisado pelo plenário do TRF em 29.11. Por esse motivo, o leilão, que estava marcado exatamente para 29.11, foi adiado novamente. (Business News Americas - 20.11.2001)

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9- Leilão da Celg deve ser realizado na segunda quinzena de dezembro

Com o novo adiamento do leilão da Celg, devido à processo na Justiça, o presidente da Celg, José Walter Vázquez, explicou que "... pensamos em realizar o leilão entre 15 e 20 de dezembro, já que, caso o plenário do TRF mantenha sua suspensão, a causa vai para a instância superior, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), que poderia examiná-la na primeira semana de dezembro". O governo de Goiás fará todo o possível para destravar a venda da Celg e, assim, dar continuidade ao processo. Caso contrário, o Estado terá graves prejuízos financeiros, segundo Vázquez. (Business News Americas - 20.11.2001)

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10- Cancelamento de leilões adiou reforço de R$ 6,5 bi para governos

O cancelamento de dois leilões de privatização de companhias elétricas em menos de um mês adiou a entrada de um reforço financeiro de, pelo menos, R$ 6,5 bi aos cofres públicos. O fracasso nas vendas da Copel e da Celg é atribuído pelo mercado ao momento de turbulência econômica mundial mas, sobretudo, à falta de uma política regulatória e de credibilidade do governo para o setor. (Estado - 21.11.2001)

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11- Aprovada concessão da linha Xavantes-Botucatu

A diretoria da Aneel aprovou a outorga de concessão da linha de transmissão Xavantes-Botucatu, no estado de São Paulo, à Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP). A data para a assinatura do contrato de concessão ainda não foi marcada pela agência. Localizada entre as subestações de Xavantes e de Botucatu, em São Paulo, e com extensão de 137 km, a linha foi adquirida sem deságio por R$ 6.910.009,92, valor correspondente à receita anual máxima permitida. (Agência Brasil - 20.11.2001)

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12- Conselhos dos Consumidores se reúnem em Brasília

No dia 21.11, o diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, abrirá oficialmente o IV Encontro Nacional dos Conselhos dos Consumidores, que reunirá, até o dia 22.11, representantes dos consumidores atendidos por 64 empresas distribuidoras de energia. Na pauta, o debate das funções desempenhadas pelos conselhos, criados para orientar, analisar e avaliar as questões ligadas ao fornecimento de energia elétrica, às tarifas e à adequação dos serviços prestados ao consumidor final. Além da experiência de participação da sociedade na regulação do setor em diversos países, no Encontro serão tratados outros temas: o relacionamento das concessionárias com os conselhos dos consumidores e as atribuições dos diferentes agentes do setor, como o MAE, o ONS e a Aneel. Cada conselho é mantido pela concessionária e se reúne pelo menos seis vezes por ano, para tratar de assuntos ligados apenas à sua área de atuação. Os encontros nacionais acontecem anualmente e são organizados pela Aneel. (Aneel - 19.11.2001)

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risco e racionamento

1- GCE pode determinar novo feriado no RN

A CGE estuda determinar que o dia 26.11.201 seja feriado no Rio Grande Norte se não houver aumento no fluxo de água nas barragens do Rio São Francisco e se o índice de economia de energia do último feriado não ficar dentro das expectativas. A Cosern informou que a redução do consumo de energia no dia 15 foi de 11,68%, em relação à média do consumo de maio, junho e julho de 2000 - no qual se baseia o plano de racionamento. Segundo Mário Rocha, o feriado do dia 26.11 foi antecipado para dia 02.11, mas a GCE pode mudar a decisão, que deve ser anunciada até 21.11.2001. (Diário OnLine - 20.11.2001)

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2- Feriado não aumenta reservas de água no Nordeste

O feriado prolongado no último fim de semana não foi suficiente para aumentar o nível de água nos reservatórios da região Nordeste, que operaram com 7,37% da capacidade total no dia 19.11.2001, informou o ONS. O índice está 2,23 pontos porcentuais acima da curva-guia. Além da pouca quantidade de chuva, a baixa economia de energia foi responsável pelo pouco armazenamento de água. Até o dia 16.11, que foi feriado na maioria dos Estados da região, a economia de eletricidade somou apenas 13,6%. Em outubro a economia havia sido de 13,9%. (Diário OnLine - 20.11.2001)

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3- FHC divulga novas metas do consumo de energia no dia 22.11

O presidente Fernando Henrique Cardoso anunciará no dia 22.11 as novas metas de redução do consumo de energia previstas no plano de racionamento. A expectativa é de que a meta seja reduzida de 20% para 10% nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. A GCE, que tinha reunião marcada para 20.11, se reunirá apenas em 21.11. Fernando Henrique também participará do encontro que definirá as metas para o período chuvoso, entre dezembro e abril. (Diário OnLine - 20.11.2001)

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4- José Jorge diz que SE e CO devem ter redução de meta em dezembro

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, afirmou no dia 21.11.2001 que a meta de economia de energia deverá ser diferenciadas por região a partir do dia 01.12. A expectativa é de que a meta do Sudeste e Centro-Oeste tenha uma redução de 10%. Já a região Nordeste deve ter mantida a meta de economia de energia de 20%. Sobre a situação da região Norte, o ministro não confirmou, mas também não negou, a possibilidade de que o racionamento seja suspenso. Segundo Jorge, as medidas de agora visam guardar água para gerar eletricidade nos meses de seca. Quanto maior a economia no verão - período de chuvas - mais água será economizada. (Diário OnLine - 20.11.2001)

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5- Redução das metas não tem respaldo de técnicos

Apesar do ministro Pedro Parente ter sinalizado que as metas de economia de energia para o verão serão reduzidas, boa parte dos técnicos que subsidiam a GCE acha precipitada qualquer alteração nas metas atuais, porque os reservatórios não dão respaldo suficiente para uma decisão segura. Defendem que o racionamento seja mantido em 20%. A GCE ainda vai deliberar sobre o assunto. O presidente Fernando Henrique Cardoso deve anunciar sua decisão no dia 22.11. No Sudeste e Centro-Oeste, os reservatórios estão com cerca de 21% da capacidade de armazenamento 8,52 pontos percentuais superior ao estimado pela chamada curva guia da GCE. Pelas projeções do ONS, os reservatórios precisam chegar ao fim de dezembro com aproximadamente 30% de sua capacidade para que o ano de 2002 tenha risco de apenas 5%. Esse desempenho, ainda dependeria da entrada da energia emergencial e do cumprimento rigoroso do cronograma de novas obras. (Valor - 21.11.2001)

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6- Redução da meta ainda em 2001 pode forçar compra de energia emergencial

Muitos funcionários do governo estão criticando a decisão da GCE de reduzir as metas de consumo ainda em 2001. Segundo eles, se houver redução da meta de consumo e as chuvas continuarem como estão, será preciso que o governo autorize contratação maior de energia emergencial para as regiões Sudeste e Centro-Oeste para que o racionamento não seja superior a 5% em 2002. A GCE já autorizou aquisição de 1000 MW para o Nordeste e de 800 MW para o Sudeste. Calcula-se que cada um ponto percentual de redução da meta corresponde a necessidade de 134 MW médios de geração. A situação do Sudeste e Centro-Oeste é mais confortável do que a do Nordeste, que tem economizado em torno de 13% desde setembro. O reservatório de Sobradinho, o principal da região, atingiu 5,51% no dia 18.11, o que compromete bastante a geração de energia. (Valor - 21.11.2001)

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7- Racionamento mais brando pode custar caro

A população da Região Sudeste terá um "presente" meio amargo de Natal: poderá consumir mais eletricidade, mas pagando um preço maior. A redução da meta de racionamento, prevista para ser anunciada pelo governo no dia 22.11.2001, será uma espécie de compensação aos novos reajustes tarifários, entre 4,5% e 6%, para recuperar as perdas das distribuidoras. (Estado - 21.11.2001)

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8- Fiesp afirma que dificuldades devem persistir no setor elétrico

Com vários entraves regulatórios e impasses ainda emperrando a vinda de investimentos, e como os projetos da área têm longo tempo de conclusão, o setor de energia vai continuar vivendo momentos delicados pelos próximos três ou quatro anos. Essa é a visão do diretor de infra-estrutura da Fiesp, Pio Gavazzi. As indefinições entravam a vinda de investimentos na área. Para crescer 4% ao ano, especialistas calculam que o país precise agregar 4 mil MW a cada ano. Para isso, seriam necessários cerca de US$ 4 bi. Um dos maiores obstáculos é o MAE, que já teve várias vezes sua abertura paralisada. Outro impasse, aponta o diretor da Fiesp, é a questão do consumidor livre, que passaria a ter mais poder a partir de 2003, com a desregulação do mercado. "Para essa questão, ainda falta um comando legal", comentou Abdo, apontando que ainda não há prazo para uma decisão sair. (Valor - 21.11.2001)

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9- Fiesp é contra redução de metas

O diretor de infra-estrutura da Fiesp, Pio Gavazzi, se mostrou contrário à possibilidade do governo reduzir as metas de racionamento, no Sudeste, já em dezembro. "É preciso esperar até março. Reduzir para 5% ou 10% é arriscado, já que o racionamento pode voltar lá na frente." Para o diretor da Fiesp, o grande problema é que os reservatórios estão hoje no mesmo patamar de novembro de 2000. "Se as chuvas não vierem, um relaxamento das metas traria mais problemas. Agora, se for para razão política, então que se dê uma gorjeta, algo modesto." Já, no Nordeste, Gavazzi vê um cenário muito mais complicado. "Lá nem se pode falar em relaxamento das metas", disse. Além dos reservatórios, cuja capacidade está abaixo de 8%, a falta de linhas de transmissão e a indefinição sobre quem pagará a energia livre tornam o quadro na região bastante complicado. "O risco de a região ter de racionar até o fim de 2002 existe." (Valor - 21.11.2001)

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10- Para Fiesp, redução de metas é uma decisão política

Na opinião do diretor de Infra-estrutura Industrial da Fiesp, Pio Gavazzi, a diminuição dos índices de consumo entre 5% e 10% nada mais é do que uma decisão política, já que o País está às vésperas de uma eleição presidencial. "Essa redução é arriscada, a não ser que o governo tenha números diferentes dos nossos." Para Gavazzi, uma atitude de bom senso do governo seria manter o atual índice de racionamento até março de 2002 para recuperar o nível dos reservatórios. A mesma opinião é partilhada pelo presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), José Augusto Marques: "Não há motivos para reduzir a meta; o nível dos reservatórios está mais baixo do que no ano passado e não temos nenhuma garantia de que haverá chuva suficiente." (Estado - 21.11.2001)

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11- Comércio ligado a turismo no RJ quer rever metas

Com economias que apostam no turismo, municípios das regiões dos Lagos, Serrana e Costa Verde querem metas diferenciadas de consumo de energia elétrica no verão. O movimento está sendo capitaneado pela Federação das Associações Comerciais do Estado do Rio (Faciarj), que congrega 80 mil empresários fluminenses. O turismo em terras fluminenses movimenta R$ 12 bi ao ano - 8% do PIB do Estado. A Faciarj recebeu da GCE promessa de análise de possível revisão da meta de consumo no verão. (Gazeta Mercantil - RJ - 21.11.2001)

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12- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Petrobrás prestes a entrar no mercado de energia

A Petrobrás inicia, em dezembro, uma nova etapa em sua história quando a usina termoelétrica de Piratininga, na cidade de São Paulo, começar a injetar energia no sistema elétrico brasileiro. O projeto faz parte de um conjunto de 19 empreendimentos que darão novo perfil à empresa até 2005, quando as novas usinas estarão operando, com investimentos totais de US$ 6,5 bi, dos quais US$ 1,75 bi dos cofres da estatal. A Petrobrás definiu que quer se transformar numa empresa de energia até 2010. (Estado - 21.11.2001)

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2- Eletrosul lança edital para ampliar subestação

A Empresa Transmissora de Energia Elétrica do Sul do Brasil (Eletrosul) lança, no dia 21.11.2001, na Câmara Municipal de Campos Novos (SC), edital de ampliação da Subestação Campos Novos. A ampliação da subestação, um investimento de R$ 60 mi, irá triplicar a capacidade instalada, passando para 972 MVa, além de garantir mais confiabilidade ao Sistema Interligado. As obras estão previstas para maio de 2002 e devem estar concluídas em um ano. (Gazeta Mercantil - 20.11.2001)

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3- Cemig registra prejuízo líquido de R$ 194,621 mi

A Cemig encerrou o terceiro trimestre com um prejuízo líquido em 2001 de R$ 194,621 mi. No mesmo período de 2000, a empresa apresentou lucro líquido de R$ 324,068 mi. A piora no balanço da Cemig nos primeiros nove meses do ano deve-se a um resultado operacional que deixou de ser superavitário em R$ 273,030 mi entre janeiro e setembro de 2000 para ser negativo em R$ 204,787 mi em 2001. Além disso, a despesa financeira no período cresceu nada menos que 117,22%: passou de R$ 244,678 mi para R$ 531,5 mi. (Gazeta Mercantil - 20.11.2001)

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4- Dólar e racionamento causaram prejuízo da Cemig

A desvalorização cambial e o racionamento foram as principais causas do prejuízo líquido de R$ 194,621 mi da Cemig nos nove primeiros meses de 2001. A informação é do diretor de Finanças, Participações e Relações com os Investidores da Cemig, Cristiano Corrêa Barros. O aumento das despesas operacionais no período foi de 14,3%. Os gastos com energia comprada chegaram a R$ 815 mi de janeiro a setembro, contra R$ 601 mi registrados no mesmo período de 2000. (Gazeta Mercantil - 20.11.2001)

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5- Cemig cumpre programa de obras apesar das condições desfavoráveis

Segundo o diretor de Finanças, Participações e Relações com os Investidores da Cemig, Cristiano Corrêa Barros, apesar das condições desfavoráveis, a empresa tem cumprido seu programa de obras. O investimento nos nove primeiros meses de 2001, segundo ele, foi de aproximadamente R$ 420 mi. A empresa está implantando, em parceria com outras companhias, as hidrelétricas de Aimorés, Queimado e Funil, além da usina de Porto Estrela, que iniciou as operações recentemente. Para os próximos meses, a Cemig espera iniciar as obras de Capim Branco I e II, Pai Joaquim, Iparé e a Térmica Sul. O diretor afirma que esses novos empreendimentos são cruciais para garantir o atendimento ao mercado e aumentar a receita. (Gazeta Mercantil - 20.11.2001)

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6- Para Cemig, acordo deve reverter resultado negativo

O diretor de Finanças, Participações e Relações com os Investidores da Cemig, Cristiano Corrêa Barros, acredita que o resultado negativo dos nove primeiros meses de 2001 pode ser revertido em breve. Para ele, a concretização das negociações que estão sendo feitas pelas distribuidoras e geradoras de energia com a GCE e o BNDES, no sentido de minimizar as perdas decorrentes das medidas de racionamento de energia, podem auxiliar a reverter, pelo menos em parte, o resultado negativo. (Gazeta Mercantil - 20.11.2001)

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7- Minas quer federalizar as dívidas com a Cemig

O diretor financeiro da Cemig, Cristiano Corrêa de Barros, disse que o governo estadual quer federalizar uma dívida de R$ 350 mi com a empresa. A operação é possível com base na Medida Provisória 2.181, publicada em agosto, que autoriza o Tesouro a comprar créditos das estatais com governos estaduais. Segundo Barros, o montante em discussão refere-se a créditos já vencidos, mas a dívida total do governo mineiro com a Cemig é de R$ 1,24 bi. O diretor afirmou que parte desse crédito poderá ser utilizada pela Cemig para pagar a dívida de R$ 125 mi referente à Conta de Resultados a Compensar - cobrada pela Aneel e questionada pela empresa. Em agosto, a Aneel concluiu que a empresa contabilizou indevidamente algumas despesas operacionais e, com isso, fez uso irregular da CRC. A conta funcionava como um mecanismo de equalização dos custos das empresas do setor e foi extinta em 1993. (Valor - 21.11.2001)

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8- Cemig cria subsidiária para investir fora de MG

A Cemig anunciou no dia 20.11.2001 a criação de uma subsidiária integral, chamada Horizontes Energia, para abrigar todos os novos investimentos no setor elétrico que a empresa pretende fazer fora de Minas Gerais. A subsidiária estréia no mercado em 30.11, no leilão de concessões de hidrelétricas da Aneel, para disputar as usinas Monjolinho (RS) e Couto Magalhães (GO e TO), orçadas em R$ 413,1 milhões. "Nesse primeiro momento, vamos nos concentrar nas regiões Sul e Sudeste, onde está 80% do consumo de eletricidade no País", disse. (Gazeta Mercantil - 21.11.2001)

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9- CPFL Geração soma lucro de R$ 82,336 mi em 2001

A subsidiária de geração da CPFL - a CPFL Geração de Energia S/A - registrou lucro líquido de R$ 82,336 mi nos primeiros nove meses de 2001. De janeiro a setembro, a CPFL Geração acumulou receita líquida de R$ 176,764 mi. O resultado bruto foi de R$ 128,642 mi e o resultado operacional ficou pouco abaixo disso, em R$ 124,869 mi. A diferença ficou por conta das despesas financeiras no período, que somaram R$ 3,773 mi. Criada em setembro de 2000, o balanço do terceiro trimestre de 2000 inclui apenas os números referentes à transferência de ativos de geração para uma companhia separada e o início de sua operação, não sendo possível a comparação das somas alcançadas em 2001 com as de 2000. (Gazeta Mercantil - 20.11.2001)

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10- ABB tem cinco novos projetos de subestação

A Asea Brown Boveri (ABB) está com cinco novos projetos de subestação móvel de energia para 2001. Os equipamentos serão entregues no final deste ano e início de 2002. Serão entregues duas linhas para a Coelce, uma para a Empresa Bandeirante de Energia de São Paulo e duas para a Cemig, de Minas. (Gazeta Mercantil - 21.11.2001)

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financiamento

1- Aneel autoriza 36ª comercializadora no MAE

Mesmo diante das incertezas regulatórias que impedem a implantação efetiva do MAE, a Aneel continua autorizando a operação de comercializadores do insumo. Desta vez, o órgão regulador autorizou a operação da Electra Comercializadora de Energia Ltda, sediada em São Paulo. Esta é a 36ª empresa que poderá comprar e vender energia no mercado spot. (Gazeta Mercantil - 20.11.2001)

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2- Preço do MAE para região Sul sofre queda de 10,47%

Para a quarta semana de novembro, que compreende os entre dias 17 e 23 de novembro, o preço do MAE para a região Sul teve uma queda de 10,47%, indo para R$ 41,74. Na semana anterior, o valor era de R$ 46,62. Nas demais regiões afetadas pelo racionamento, os preços estão estabelecidos pela resolução nº 49 da GCE. Assim, na região Sudeste/Centro-Oeste, o valor é de R$ 336,00. Já no Nordeste, o preço fixado é de R$ 562,15. (Canal Energia - 19.11.2001)

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3- Leilão do MAE comercializa 300 MWh

O leilão de excedente de energia do MAE fechou o dia 20.11.2001 com a comercialiação de 300 MWh, totalizando R$ 28,4 mil em negócios. O fixing por MWh registrado foi de R$ 94,90. Durante o leilão, foram feitas cinco ofertas de venda, num total de sete mil MWh, com preços que chegaram a R$ 130,00. Para compra, foram feitas quatro ofertas, que somaram 1.350 MWh, com preços que variaram de R$ 80,50 para R$ 95,00. (Canal Energia - 20.11.2001)

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4- Cemig vai comprar energia de PCH's

A Cemig lançou, no dia 20.11.2001, o Programa para Aquisição de Energia de Pequenas Centrais Hidrelétricas. O programa, em sua primeira fase, é destinado à compra da produção de usinas com potência a partir de 5 MW até 30 MW. As informações são da assessoria da empresa. Em Minas Gerais, existe um potencial de energia em pequenas centrais não explorado estimado em 3 mil MW. Nesta primeira fase do programa, o potencial monitorado é de 1,7 mil MW. São três os critérios para seleção das ofertas de energia: preço, sinal locacional e ganho energético. As usinas devem estar localizadas, preferencialmente, em Minas Gerais e com operação comercial marcada para até dezembro de 2005. Para participar, basta preencher a ficha de inscrição disponível no endereço www.cemig.com/seminarios/pch. (Gazeta Mercantil - 20.11.2001)

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5- Nova subsidiária facilitará participação da Cemig em leilões

Segundo o diretor de relações com os investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla, a criação de uma nova área de negócios na Cemig voltada exclusividade para os investimentos fora da tradicional área de concessão da empresa funciona como uma facilidade jurídica. "Quando disputamos um leilão como Cemig, há uma série de documentos exigidos para a comprovação de todos os ativos da empresa, uma série de burocracias", disse. "Com a nova empresa, que chega ao mercado com apenas dois ativos, o processo é muito mais descomplicado." Os ativos da nova subsidiária são compostos, basicamente, pelas PCHs de Salto do Passo Velho, com 1,9 MW, e Salto Voltão, de 6,7 MW, na região de Xanxerê, Santa Catarina. (Gazeta Mercantil - 21.11.2001)

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6- Celesc quer El Paso como fornecedora

A multinacional El Paso, que vai construir a Termocatarinense Norte (TCN), em Guaramirim, no Norte do Estado, pode entrar no circuito de fornecedores da Celesc a partir do ano que vem. Esta é uma das propostas que a estatal deve enviar hoje ao grupo norte-americano como medida compensatória pela redução no preço da energia elétrica a ser produzida pela usina a gás boliviano. Os termos da proposta a ser enviada a El Paso não foram revelados ontem pelo grupo responsável pelas negociações e pelo fechamento do contrato de compra de energia, o chamado PPA. Para reduzir o preço do MW de R$ 101,84 para R$ 91,04, a El Paso exige uma espécie de medida compensatória, que vai ser atendida com a inclusão entre os fornecedores. (Diário Catarinense - 21.11.2001)

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7- Duke Energy poderá importar energia da Bolívia

A Aneel autorizou a importação de 88 MW de energia da Bolívia pela Duke Trading do Brasil Ltda. A operação deverá começar no segundo semestre de 2002, quando deve entrar em funcionamento uma termelétrica que a Duke está construindo do lado boliviano. O projeto é desenvolvido juntamente com o da usina Termocorumbá, no Mato Grosso, que começará a operar em março de 2002. Nos dois projetos, a empresa norte-americana faz parceria com a Petrobras. (Gazeta Mercantil - 20.11.2001)

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financiamento

1- Dólar sobe 1,27% e vai a R$ 2,552

A percepção de que a Argentina terá mais dificuldades para concluir a troca da dívida e a renuncia do secretário de Política Econômica da Argentina, Federico Sturzenegger, contribuíram para a alta na cotação do dólar norte-americano, no dia 20.11.2001. A moeda subiu 1,27% e era negociada a R$ 2,552, na venda. Além disso, pela manhã, houve várias operações de importação que ajudaram a pressionar o preço do dólar. "Essas notícias assustaram o mercado, mas não deve alterar a tendência no preço do dólar, que ainda é de queda", afirmou o diretor de câmbio do ING Barings, Diniz Pignatari. No final do dia, a Ptax, ficou em R$ 2,535, queda de 0,78%. Na BM&F, o contrato de dólar com liquidação financeira em dezembro subiu 1,25% e valia R$ 2,563. Para janeiro de 2002, a moeda norte-americana era negociada a R$ 2,595, alta de 1,29%. (Gazeta Mercantil - 21.11.2001)

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2- Copom define hoje taxa de juros

No dia 20.11.2001, no segmento de juros, o BC doou recursos às instituições financeiras. A operação vai garantir a liquidez no mercado e será encerrada no dia 22.11.2001. A taxa de juros pelo empréstimo ficou estipulada em 19,05% ao ano. As projeções para as taxas de juros futuros negociadas na BM&F subiram, após um dia de queda. A alta foi um ajuste das expectativas dos economistas e de investidores sobre a decisão do Copom, que esteve reunido no dia 20.11 e encerra seu encontro na noite de 21.11 quando anuncia o rumo da taxa básica de juros da economia. Os juros estão em 19% ao ano e o consenso do mercado financeiro é de que a taxa será mantida. Entre os contratos de juros mais negociados na BM&F, o de dezembro, passou de 18,85% para 18,98% ao ano. O contrato de janeiro de 2002 saiu de 18,92% para 19,11%. A taxa de abril subiu de 19,51% para 19,81%. O contrato a termo de DI, que vence em julho de 2002 e indica a taxa prefixada, passou de 19,98% para 20,37%. (Gazeta Mercantil - 21.11.2001)

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3- TN vende letras com juros anuais médios de 20,02%

A percepção do mercado de que os juros básicos devem permanecer estáveis garantiu ao Tesouro Nacional pagar taxas mais baixas para vender títulos prefixados aos investidores. Foram leiloados R$ 1,5 bi em Letras do Tesouro Nacional (LTN, que têm rentabilidade definida no leilão), com juros anuais médios de 20,02%. Os títulos terão resgate em 1 de maio do próximo ano. Na semana passada, papéis com mesmo prazo de vencimento saíram com juros médios de 20,42% ao ano. Essa foi a sétima queda consecutiva nos juros dos prefixados desde setembro. (Gazeta Mercantil - 21.11.2001)

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4- Economia já dá sinais de recuperação

A onda de pessimismo em relação à economia brasileira está dando lugar a perspectivas mais otimistas. O Ipea, por exemplo, já reviu sua estimativa de crescimento de 2,2% para 2,4% do PIB, conforme Boletim Conjuntural que será divulgado em 21.11.2001. No BNDES, o volume de consultas para novos financiamentos também começa a melhorar. Nos primeiros sete meses do ano, a queda era de 30% em relação ao mesmo período de 2000. Em outubro a redução, apesar de ainda alta, ficou em 11%. "Está todo mundo mais animado", afirma o vice-presidente da Gerdau, Frederico Gerdau, que espera um crescimento em torno de 5% da empresa para 2002 puxado pelos setores de construção, energia elétrica, telecomunicações e agropecuária. Na Sadia, a visão é a mesma. A Empresa espera um crescimento em torno de 10% no último trimestre de 2001 em relação ao mesmo período de 2000. Em outubro, a receita da Sadia aumentou 15,8% em relação a igual mês de 2000. (Gazeta Mercantil - 21.11.2001)

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5- Analistas consideram cedo para se falar na volta de um círculo virtuoso

Apesar do otimismo, economistas do espanhol BBV Banco e do suíço UBS consideram cedo para se falar na volta de um círculo virtuoso da economia . O primeiro sinal positivo foi a reversão nas projeções das contas externas e da balança comercial. Os novos números geraram a impressão de que as necessidades de financiamento do balanço de pagamentos serão menores do que se previa. Portanto, não haverá tanta pressão sobre o dólar, logo sobre os juros. Em seguida, ficou nítido o descolamento do Brasil da crise argentina. "Os indicadores são positivos, mas ainda não há segurança para se falar em retomada do crescimento. Por isso, a decisão do Copom sobre os juros será decisiva. Se o viés for de baixa, o Banco Central estará referendando a percepção otimista do mercado", diz o estrategista do UBS, Marcelo Mesquita. (Gazeta Mercantil - 21.11.2001)

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gás e termoelétricas

1- CBH-PCJ considera dados sobre Carioba II incompletos

O Grupo Técnico de Planejamento do Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CBH-PCJ) considerou insuficientes as informações apresentadas pelo consórcio empreendedor da usina termelétrica Carioba II com instalação prevista para a cidade de Americana (SP). O relatório final do grupo será votado no dia 29.11.2001 na 11ª reunião extraordinária do Comitê. Após isso, o documento seguirá para o Departamento de Análise e Impacto Ambiental (Daia), organismo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SMA) encarregado de estudar o empreendimento. Após o parecer do Daia, o processo vai à votação no Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema). Pela recomendação do grupo técnico, os empreendedores terão de ampliar o número de informações no Estudo e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA-Rima). Ainda não há indicações se o Daia vai ou não fazer essa recomendação no parecer definitivo. (Gazeta Mercantil - IP - 20.11.2001)

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2- BID aprova verba para Termobahia

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aprovou no dia 20.11.2001 um financiamento de US$ 186 mi para a Termobahia Ltda de Brasil. A verba vai apoiar o desenvolvimento, construção, operação e manutenção de uma usina de gás natural de 190 MW no estado da Bahia. A usina de co-geração de ciclo combinado também produzirá 350 toneladas métricas de vapor por hora para uso industrial no município de Mataripe. (Agência Brasil - 20.11.2001)

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3- Retomada discussão sobre Angra III

A discussão sobre a construção da Usina Nuclear Angra III será retomada no dia 21.11.2001 no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), em Brasília. O tema acirrará o debate público sobre a iniciativa, que enfrenta argumentos favoráveis e contrários. As defesas decorrem sobre a importância da usina para o abastecimento de energia no País. Mas existem questionamentos sobre a viabilidade econômica e ambiental do projeto. (Gazeta Mercantil - 21.11.2001)

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4- Santa Catarina aposta em biogás

Depois da bacia do rio Uruguai, cujo potencial hidrelétrico de 5 mil KW mal começou a ser explorado, o maior potencial energético do Sul brasileiro está na suinocultura, com 15 milhões de cabeças nos três estados. O aproveitamento energético dos dejetos do rebanho catarinense de cinco milhões de animais pode gerar energia suficiente para atender cerca de 20% da população do Estado, estima o engenheiro ambiental Paulo Belli Filho, consultor do projeto de biogás a ser implantado em Santa Catarina, com verbas dos ministérios do Meio Ambiente e de Ciência e Tecnologia. Estudos feitos por Belli no laboratório da UFSC e aplicados no oeste do Estado indicam que um sistema integrado de produção de biogás para fins de eletricidade paga-se em cinco anos numa propriedade de pequeno porte, com 40 matrizes. "O problema é que na atual conjuntura, recebendo R$ 1,20 por quilo de porco vivo, um pequeno suinocultor não dispõe dos R$ 5 mil necessários para o investimento, que precisaria ser subsidiado", diz Belli. (Gazeta Mercantil - 21.11.2001)

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grandes consumidores

1- Racionamento derruba receita das ferro-ligas

As indústrias brasileiras de ferro-ligas que em 2000 tiveram receitas de US$ 857 mi, vão perder US$ 178 mi até o final de 2001 devido ao racionamento. As receitas das 16 empresas do setor deverão ficar em US$ 679 mi, US$ 226 mi a menos que os US$ 905 mi esperados para 2001. Tradicionais exportadoras de ferro-ligas e detentoras de 6% do disputado mercado mundial, as empresas brasileiras estão perdendo terreno no exterior. Até setembro, as exportações somaram US$ 301 mi, US$ 33,7 mi a menos que em igual período de 2000. "Somos uma indústria vocacionada para a exportação. Em 2000, as vendas externas representaram 73% do negócio de ferro-ligas no Brasil. O racionamento nos obrigou a reduzir a produção, a deixar de participar de concorrências internacionais e a abrir espaço para empresas de outros países", afirma Marco Antônio Marques Jordão, vice-presidente para assuntos de energia elétrica da Associação Brasileira dos Produtores de Ferroligas e de Silício Metálico (Abrafe). (Gazeta Mercantil - 21.11.2001)

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internacional

1- International Power visa anuncia aumento nos lucros

A britânica International Power anunciou que está considerando a possibilidade de adquirir novas usinas elétricas. O anúncio foi feito logo depois da prestação de contas da empresa que amostrou um crescimento nos lucros. O grupo se separou da National Power em 2000 para se concentrar em desenvolver usinas merchants na América do Norte, Europa, Oriente Médio e Austrália. O CEO da empresa, David Crane, afirmou que a empresa espera que a queda dos preços e o enfraquecimento da economia apresente maiores oportunidades de compra de novas usinas a baixo preço. O grupo já está concorrendo a elétrica estatal tcheca CEZ e a Eurogen, um pacote de usinas que está sendo vendida pela italiana Enel. Os lucros da empresa do terceiro trimestre de 2001 foram de cerca de US$ 124 mi, crescimento considerável, se comparado a perda de US$ 41 mi no mesmo período de 2000. Os lucros dos primeiros nove meses somaram US$ 263 mi. (Financial Times - 15.11.2001)

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2- EDF compra ativos de geração e distribuição da TXU

A EDF vai comprar os ativos de distribuição e geração de energia elétrica da norte-americana TXU Corp. no Reino Unido. A EDF deve desembolsar US$ 795 mi em dinheiro e assumir dívidas de US$ 1,06 bi da TXU. Além disso, a EDF vai adquirir uma usina da norte-americana. A francesa EDF está tentando expandir seus negócios no Exterior para que seus ganhos dependam menos do mercado doméstico. Em 2001, a empresa já adquiriu companhias na Alemanha, Itália, Espanha e Hungria. Com a compra dos ativos da TXU, a companhia francesa vai se tornar a maior distribuidora de energia no Reino Unido. A TXU, por sua vez, tem afirmado que pretende focar mais na geração e no comércio de eletricidade e menos em geração e distribuição. (La Tribune - 19.11.2001)

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3- Nova linha de transmissão é inaugurada na Argentina

Com um investimento tal de US$ 11,5 mi, a argentina Empresa Distribuidora de Energía Atlántica pôs em serviço uma nova linha de 132 kV para garantir o abastecimento elétrico no centro e no sul da província de Buenos Aires na Argentina. A nova linha tem 139 km de extensão. Estima-se que a oferta de energia será 20% maior por causa da linha, que beneficiará especialmente as cidades costeiras. (Sica News - 19.11.2001)

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4- Energía da EPM é exportada para o Equador

Desde o dia 12.11, a colombiana Empresas Públicas de Medellín começou a fornecer quase o dobro da energia que havia sido contratada inicialmente pela equatoriana Empresa Eléctrica de Quito. O valor do novo contrato é de US$ 13 mi. O contrato inicial, de 15 meses, havia terminado no dia 18.10 e tinha o valor de US$ 7,8 mi. A EPM também estuda a possibilidade de participar de dois concursos internacionais para compra de energia por um período de 10 anos: um com a mesma Empresa Eléctrica de Quito, que valerá a partir de 2003, e outro para fornecimento de energia para 15 distribuidoras do Equador, que será feito através da Comissão especial de Concurso de compra de energia. (Sica News - 19.11.2001)

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5- Portugal no grupo dos preços mais altos da Europa

Portugal é dos países da União Européia com preços mais elevados do gás e eletricidade para os consumidores industriais, segundo dados do Eurostat. O preço médio do gás consumido pelas indústrias em Portugal é o terceiro mais alto da UE, em nível igual ao do Luxemburgo e só superado pela Suécia e pela Dinamarca. O preço de US$ 6, excluindo impostos, que o Eurostat considera como preço médio por GJ de gás consumido em Portugal é superior à média dos Quinze, de US$ 5,3 e ao praticado na Espanha, de US$ 4,8. (Diário Econômico - 21.10.2001)

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6- Corte inglesa decide a favor de usina de reciclagem de combustível nuclear

Grupos ambientais perderam a ação legal lançada nas cortes inglesas para evitar que a controversa usina de reciclagem de combustível nuclear no norte da Inglaterra fosse aberta. O juiz responsável pelo caso afirmou que não há nenhuma irregularidade na usina. A BNFL, dona da usina, afirmou que ela começará sua produção comercial ainda em dezembro de 2001. Os grupos ambientais Greenpeace e Friends of the Earth, responsáveis pela ação, disseram que vão apelar contra a decisão. Eles argumentam que o anúncio do governo inglês de que a usina seria comercialmente viável não bate com os cálculos reais, já que o governo não estaria contando com os US$ 675mi que já foram gastos no projeto. (Financial Times - 15.11.2001)

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7- Córdoba relança privatização da Epec em 15 dias

O governo da província argentina de Córdoba relançará, em cerca de quinze dias, o processo de privatização da elétrica integrada regional Epec, que agora deve ser realizado segundo o modelo de concessão com pagamentos de tarifas anuais. O modelo, que será apresentado como alternativa aos investidores consiste em que, em vez de um pagamento único, a empresa adjudicatária pague a província de Córdoba anualmente de 7-10% do faturamento líquido. O modelo de concessão, por 35 anos com pagamento anual, envolve o compromisso de compra e venda da empresa. O governo provincial já apresentou esta alternativa às três empresas interessadas na Epec, a belga Tractebel, a norte-americana AES e a espanhola Unión Fenosa. A privatização da Epec havia sido suspensa por tempo indeterminado em razão da crise econômica e financeira da Argentina. (Business News Americas - 20.11.2001)

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8- Investidores pedem reformas no setor elétrico mexicano

Os potenciais investidores no setor de energia do México pediram ao governo que analise várias reformas, para tornar o setor mais atrativo e flexível e atingir as metas de investimento estabelecidas. No setor de energia elétrica, o governo deve estudar fontes alternativas para as usinas que planeja e "adotar uma política energética equilibrada", em vez de depender tanto de gás natural, segundo Ian Lamb, gerente-geral da consultoria internacional de engenharia McLellan & Associates. Segundo Lamb, o México tem uma abundância de depósitos de carvão no nordeste e de recursos hídricos no sul do país, que quase não têm sido tratados como fontes potenciais de geração de energia. O Ministério de Energia do México quer conseguir US$ 20 bi em investimentos anuais nos próximos cinco anos nas áreas de hidrocarbonetos e energia elétrica: US$ 12 bi por ano para a estatal de petróleo e gás Pemex e US$ 8 bi para o setor elétrico. Se esse investimento não for alcançado, o crescimento econômico do México ficará comprometido. (Business News Americas - 20.11.2001)

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9- Clientes da Enron tentam limitar exposição ao contrato de venda

Companhias que tinham negócios com a Enron estão tomando precauções caso a Dynegy retire a oferta de compra da empresa americana. As companhias estão tentando limitar sua exposição às perdas do grupo, apesar as afirmações da própria Enron e da Dynegy de que a compra vai se realizar. Uma clausula no contrato de fusão entre as duas empresas permite que a Dynegy desista do acordo dentro de certas circunstâncias. Muitos analistas afirmam que mesmo com as condições impostas, é muito fácil para a Dynegy sair do contrato. Eles dizem ainda que as implicações do processo são tão complicadas, que a revisão dos reguladores deve demorar muito mais do que os seis a nove meses previstos pela empresa. (Financial Times - 18.11.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Barbara Oliveira, Fernando Fernandes, Carolina Selvatici, Priscila Feiner, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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