1- Privatização de Furnas fica para 2003 |
A
privatização de Furnas Centrais Elétricas, planejada pelo governo
há pelo menos quatro anos e com modelo definido desde março último,
ficará a cargo do sucessor do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Segundo o presidente do BNDES, Francisco Gros, as dúvidas sobre
a economia mundial e a crise de energia no Brasil criam incertezas
nos investidores. Mas se esse quadro melhorar em 2002, não haverá
tempo hábil de fazer a venda. A reestruturação de Furnas - desligamento
da holding Eletrobrás, divisão de seus ativos entre geração e
transmissão, mudança de padrões contábeis -está paralisada e "pode
consumir todo o ano que vem (2002)." O presidente Fernando Henrique
disse, recentemente, que privatizaria Furnas em 2002. (Gazeta
Mercantil - 14.11.2001)
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2- Venda da Celg é barrada na Justiça |
Numa decisão inesperada para o governo estadual, o presidente
do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, Tourinho Neto,
negou, no dia 14.11.2001, o pedido de suspensão da liminar que
paralisou o processo de privatização da Celg desde 18.10.2001.
Previsto para o próximo dia 22, o leilão de venda da distribuidora
havia sido adiado na semana passada (05.11.2001 a 09.11.2001)
e continua ainda com data indefinida. Tourinho Neto manteve a
liminar concedida pelo juiz substituto Carlos Eduardo Castro Martins,
da 5ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, em ação civil
pública movida pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias
Urbanas de Goiás (Stiueg) contra o edital de concorrência para
contratação das consultorias que fizeram a avaliação e modelagem
da venda da estatal. (Gazeta Mercantil - 16.11.2001)
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3- Privatização da Chesf e da Eletronorte ainda sem
data |
A venda em 2002 da Chesf, também controlada pela Eletrobrás, é
ainda mais complicada que a de Furnas. "Não há nenhuma posição
do governo sobre o modelo a adotar e é prematuro pensar que o
mesmo modelo de Furnas valeria para a Chesf. É um projeto menos
maduro". O mesmo vale para a Eletronorte, também debaixo do guarda-chuva
da Eletrobrás. (Gazeta Mercantil - 16.11.2001)
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4- Transmissão não deve ser privatizada |
Segundo o presidente do BNDES, Francisco Gros, o segmento de transmissão
de energia, hoje 100% estatal, não deve ser privatizado. "Existe
um razoável consenso no governo de que é função do Estado fornecer
a transmissão. É um setor de rentabilidade fixa e pouco intensivo
no uso da mão de obra, não deve ser competitivo". (Gazeta Mercantil
- 16.11.2001)
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5- Tarifas rurais serão reclassificadas pela Aneel
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As distribuidoras de energia elétrica terão até o dia 31.12.2001
para complementar a reclassificação tarifária das unidades consumidoras
localizadas nas áreas rurais e que, atualmente, não têm o benefício
das tarifas da classe rural. Segundo a Agência, o prazo final
para a reclassificação era 29 de maio passado, mas como algumas
empresas tiveram dificuldades para realizar o trabalho, a Aneel
decidiu prorrogar o período de reclassificação para 31 de dezembro.
Até o momento, 40 distribuidoras informaram os resultados desses
procedimentos, sendo que 106.276 unidades consumidoras já foram
beneficiadas com a reclassificação para a classe Rural. (Agência
Brasil - 16.11.2001)
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6- Continuam as negociações com as distribuidoras |
O financiamento que o BNDES concederá às distribuidoras de energia
para atenuar o desequilíbrio de caixa provocado pelo racionamento
deve ficar em R$ 2,96 bi. O financiamento representa 80% das perdas,
mas discute-se aumentar para 90% esse percentual, o que elevaria
o volume de empréstimo para R$ 3,3 bi. A compensação das perdas
será feita por reajuste tarifário que valerá por três anos e deve
ser da ordem de 6% -o percentual já refletiria todos os impactos
tarifários do racionamento, incluindo também energia emergencial
e o reajuste que deve ser concedido às geradoras. Se as perdas
fossem recuperadas apenas pelas tarifas, o governo teria que autorizar
reajuste de cerca de 18% de uma só vez. Para tornar menos indigesto
o preço a ser pago pelo consumidor, decidiu-se pela concessão
do financiamento entre 80% e 90% das perdas e pelo reajuste tarifário.
O aumento, que valerá a partir de 2002, constará dos contratos
como uma rubrica especial e será retirado das tarifas em 2004.
(Valor - 16.11.2001)
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7- Valor oficial das perdas chega a 10% do faturamento
bruto |
O valor oficial de R$ 3,7 bi correspondente as perdas das distribuidoras
significa 10% da receita bruta das empresas, que reclamavam inicialmente
prejuízos de R$ 6 bi. O volume significa basicamente a queda de
faturamento resultante do menor consumo de energia imposto pelo
racionamento e os gastos que as empresas terão com a aquisição
da chamada energia nova. Dos dados iniciais apresentados pelas
empresas, tentou-se retirar efeitos que não tenham sido reflexo
direto do racionamento, como os vinculados à Argentina e aos atentados
de setembro. O acordo definitivo com o setor depende ainda de
acertar os detalhes para repor as perdas das geradoras. Os pleitos
de distribuidores e geradores são diferentes, mas a solução deve
vir em conjunto pois disso depende o valor do reajuste tarifário
e o esperado fim da polêmica em torno da aplicação do anexo 5.
O governo espera e as empresas admitem que o financiamento e o
reajuste encerram essa discussão. O acordo entre as partes deve
conter cláusula específica com essa garantia. (Valor - 16.11.2001)
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1- Regiões ainda estão abaixo das metas |
Em novembro, todas as regiões submetidas ao racionamento estão
abaixo da meta de redução do consumo, de acordo com levantamento
feito pelo ONS, até 13.11.2001. A pior situação é a do Nordeste,
cuja economia foi de apenas 13,4%. O Sudeste e o Centro-Oeste
economizaram 17,1% e o Norte, 19,2%. As quatro regiões não estão
cumprindo a meta desde agosto. (Jornal do Commercio - 16.11.2001)
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2- Nível dos reservatórios continua baixo |
O nível dos reservatórios continua baixo em novembro, mas a capacidade
de armazenamento de água ainda está acima do nível que indica
risco. Os reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste estão com
20,74% da capacidade total. No Nordeste, a capacidade é de 7,48%.
Segundo informações da GCE, até o dia 13, a vazão afluente nos
reservatórios que atendem o Nordeste foi uma das piores da história
do Rio São Francisco nos últimos 70 anos. Isso contribuiu para
reduzir ainda mais o nível de Sobradinho e Três Marias, as duas
principais reservas hidrológicas para a geração de energia na
região. No Norte, a capacidade de armazenamento até o dia 13 era
de 28,8%. No Sul, os reservatórios estão com 92,13% da capacidade,
mas a região está fora do racionamento de energia. (Jornal do
Commercio - 16.11.2001)
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3- Economia de energia no NE fica apenas em 13,4% |
A economia de energia acumulada este mês no Nordeste está em 13,4%.
Segundo dados do ONS, o nível dos reservatórios da região continua
caindo e as chuvas também diminuíram. A expectativa da GCE é que
a redução de consumo nos próximos quatro dias ajude a estabilizar
esse quadro. Além do feriado da Proclamação da República e do
fim de semana, quando o consumo é sempre menor, as usinas da região
vão contar com uma folga devido ao feriado programado para esta
sexta-feira. De acordo com a GCE, o feriado vai valer para todos
os Estados da região, exceto Maranhão e Bahia. O primeiro é abastecido
pelo sistema elétrico do Norte e o segundo trocou o feriado por
outra data (Dia de Finados, 2 de novembro). O resultado obtido
após o feriado será analisado na próxima terça-feira pela GCE,
quando será anunciado o novo plano de racionamento. A expectativa
é de que o racionamento seja suspenso no Norte e reduzido no Sudeste/Centro-Oeste,
de 20% para 10% ou 5%. (Gazeta de Alagoas - 16.11.2001)
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4- Sobradinho atinge nível mais baixo desde 1976 |
Até a última quarta-feira, o reservatório da usina de Sobradinho,
na Bahia, estava com 5,08% de sua capacidade, um dos menores índices
registrados desde o início de sua operação em 1976. Com aproximadamente
1,42 bilhão de metros cúbicos de água, o volume atual do reservatório
está muito aquém de sua capacidade de armazenamento, 34 bilhões
de metros cúbicos, e do necessário à geração de energia no Nordeste,
28 bilhões de metros cúbicos. A próxima leitura do nível de água
de Sobradinho será realizada na manhã de hoje, dia em que o ONS
divulgará o índice de economia de energia obtida pelo Nordeste
no feriado de ontem. O chefe do gabinete da Diretoria de Operação
da Chesf, Roberto Pordeus, diz que o reservatório está 2% acima
da curva-guia, ou seja do limite mínimo de água permitido. Segundo
ele, se não fossem as chuvas recentes na cabeceira do Rio São
Francisco, em Minas Gerais, Sobradinho já estaria com o pior volume
de água, com apenas 3,8% de sua capacidade. (Correio da Bahia
- 16.11.2001)
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5- Firjan descarta apagão no Sudeste e Centro-Oeste |
Não há riscos de apagão, neste verão, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.
A afirmação é do professor Adilson de Oliveira, coordenador do
Grupo de Crise Energética da Firjan. Segundo Oliveira, as chuvas
que caíram nos últimos dois meses, a conscientização da população
da necessidade de economizar energia e a redução do crescimento
econômico foram fundamentais para a conclusão da pesquisa. O professor
disse ainda que é possível tanto o Sudeste quanto o Centro-Oeste
estarem livres do racionamento a partir de abril de 2002, desde
que o nível dos reservatórios fique 75% acima da média histórica
mensal e que o cronograma de obras para a construção de novas
usinas térmicas e hidrelétricas, com investimentos privados, seja
cumprido. Outra questão que poderá por fim ao racionamento, continua
Oliveira, é o funcionamento do MAE. "Temos certeza de que o racionamento
pode ser abolido se o governo agilizar o serviço. O governo também
precisa cumprir o calendário de obras das termelétricas e é preciso
haver mais investimento no setor", diz. (Gazeta Mercantil - 16.11.2001)
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6- Firjan sugere amenizar racionamento até abril |
A Comissão de Energia da Firjan sugere que o racionamento energético
seja amenizado até abril, dos atuais 20% para 5%, sendo possivelmente
descartado a partir de maio de 2002. O coordenador da comissão,
Adilson de Oliveira, alertou, entretanto, que essas sugestões
só deverão ser levadas em conta pelo Governo caso todo o cronograma
de obras de geração e distribuição seja mantido e seja boa a situação
hidrológica. A Firjan sugere também que seja elevado o volume
mínimo de consumo para as residências e seja permitido o aumento
de carga nos casos de expansão da capacidade produtiva das indústrias.
(Jornal do Commercio - 16.11.2001)
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7- Cancelado o feriado antiapagão na Bahia |
A GCE acatou o pedido dos lojistas baianos e cancelou o feriado
do dia 16.11.2001 no estado. Ao assinar a Resolução do cancelamento,
o ministro Pedro Parente, presidente da CGCE, levou em conta o
fato de a Bahia ter cumprido o feriado de Finados no dia 2 de
novembro, ao contrário dos outros estados da região Nordeste.
A Secretaria Estadual de Administração determinou que escolas,
postos de saúde e todas as repartições do estado funcionem normalmente.
Também os bancos abrirão, assim como o comércio. (Gazeta Mercantil
- 16.11.2001)
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8- Rio quer rever base de cálculo |
O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Estado
do Rio, Wagner Victer, avalia que, se o Governo reduzir as cotas
de racionamento de energia de 20% para 5% sem alterar os meses-base
de cálculo de consumo, bairros e municípios fluminense serão seriamente
prejudicados. Segundo ele, o problema poderá gerar "um verdadeiro
caos na economia do Estado". "As metas da primeira fase do racionamento
foram calculadas com base nos meses de maio, junho e julho de
2000, época em que as temperaturas no Estado são extremamente
mais amenas, portanto tornando tais patamares comparativos inadequados
para o período de verão", afirmou o secretário. Victer defende
que os meses-base sejam revisados para os meses equivalentes do
ano anterior ao novo período de racionamento, levando em conta
os meses de dezembro, janeiro e fevereiro. (Jornal do Commercio
- 16.11.2001)
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9- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Furnas vende menos e ganha mais |
Furnas Centrais Elétricas registrou, de janeiro a setembro de
2001, um lucro líquido de R$ 519 mi, superior em 16,6% ao contabilizado
em 2000, de R$ 445 mi. O resultado, recorde na história da empresa,
esteve muito próximo do que foi obtido em todo o ano 2000, de
R$ 540 mi. O lucro de Furnas nos nove primeiros meses de 2001
deveu-se, sobretudo, à estratégia comercial da empresa que compra
e vende energia no MAE, segundo informou Paulo Roberto Queiroz,
superintendente de contabilidade e controle da empresa. Também
contribuiu o fato de Furnas ter um nível baixo de endividamento,
informou ele. Além disso, de acordo com as demonstrações financeiras
divulgadas no dia 09.11.2001, de janeiro a setembro, Furnas registrou
uma queda de 5,8% no mercado de energia na sua área de atuação,
devido ao racionamento. Por outro lado, obteve reajuste médio
tarifário 9,87% superior ao do mesmo período de 2000. (Gazeta
Mercantil - 16.11.2001)
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2- Furnas contabiliza as vendas do MAE |
A venda de energia excedente de Angra II e da hidroelétrica de
Manso, no MAE, favoreceu o caixa de Furnas em pleno racionamento
de energia. Contabilizando as vendas no MAE, que ainda não foram
liquidadas, a companhia estima um lucro recorde de R$ 800 mi no
ano. O maior impacto do racionamento sobre as contas de Furnas
foi no mercado de energia. A queda de 20% no volume de energia
contratada com as distribuidoras resultou em uma redução da ordem
R$ 50 mi mensais na receita a partir do início do racionamento.
Mas, até setembro, Furnas registrou um dos maiores lucros de sua
história, de R$ 518,7 mi, 16,6% a mais que os R$ 445 mi do mesmo
período de 2000. O Ebitda atingiu R$ 1,3 bi. O resultado isolado
do terceiro trimestre revela que, neste período, houve melhor
performance de Furnas que no restante do ano. Seu faturamento
no período foi de R$ 2,6 bi e o lucro líquido, de R$ 277 mi. (Valor
- 16.11.2001)
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3- Cesp Paraná teve o pior resultado entre as elétricas
no terceiro semestre de 2001 |
O pior resultado dentre as elétricas no terceiro trimestre foi
o apresentado pela Cesp Paraná. Altamente endividada em dólar
e registrando perdas no MAE, a companhia amargou prejuízo líquido
de R$ 766 mi apenas no terceiro trimestre, nove vezes superior
à perda de R$ 84,7 mi contabilizada no mesmo período de 2000.
Nos nove primeiros meses de 2001, a Cesp teve prejuízo de R$ 1,4
bi - mais de dez vezes a perda de R$ 131,4 mi registrada no mesmo
período de 2000. Com o racionamento de energia, a receita líquida
da geradora paulista caiu 6,4% e somou R$ 350,2 mi. Também foi
fortemente impactada pela alta do dólar a distribuidora carioca
Light, que viu seu prejuízo aumentar em 445,8% no terceiro trimestre.
A empresa tem um endividamento superior a US$ 2 bi e registrou
R$ 932,9 mi em despesas financeiras líquidas, três vezes mais
que em igual período de 2000. (Valor - 16.11.2001)
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4- Eletropaulo tem perdas amenizadas pela contabilização
do anexo 5 |
Em seu balanço, a Eletropaulo, controlada pelo grupo americano
AES, registrou receita de R$ 302 mi no terceiro trimestre com
o Anexo 5, e apurou lucro líquido de R$ 29,3 mi no período. O
resultado, no entanto, é 71,6% menor do que o ganho de R$ 103,2
mi contabilizado no mesmo período de 2000, refletindo o impacto
do racionamento e da alta do dólar. No acumulado de 2001, a Eletropaulo
obteve um prejuízo líquido de R$ 13,9 mi, bem diferente do lucro
de R$ 207,8 mi apurado no mesmo período de 2000. "A contabilização
do Anexo 5 amenizou o impacto negativo, mas a bomba acabará explodindo
nos quarto trimestre", disse o gerente de análise da Sudameris
Corretora, Marcos Severine. (Valor - 16.11.2001)
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5- Cataguazes-Leopoldina reverte prejuízo |
A distribuidora mineira Cataguazes-Leopoldina reverteu o prejuízo
de R$ 1,5 mi, entre julho e setembro de 2000, em um lucro de R$
4,2 mi no terceiro trimestre de 2001. O resultado surgiu da aplicação
do Anexo 5 e das vendas no MAE, onde a ela obteve receita de R$
84,9 mi no período e acumula saldo positivo de R$ 123 mi no ano.
Nos nove primeiros meses de 2001, a Cataguazes lucrou R$ 431 mil.
(Valor - 16.11.2001)
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6- Coelce faz emissão de R$ 150 mi em notas promissórias
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A Coelce está emitindo R$ 150 mi em notas promissórias. Ao todo,
serão emitidas 300 notas, com valor unitário de R$ 500 mil. A
forma de pagamento somente será feita à vista e tem prazo de vencimento
de 60 a 180 dias a contar da data de subscrição das notas. (Canal
Energia - 14.11.2001)
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7- Coelce vai investir R$ 205 m na expansão e melhoria
do sistema |
Com a emissão de R$ 150 mi em notas promissórias, a espera rolar
a dívida em Commercial Paper no valor de R$ 85 mi, que venceu
em maio de 2001. Os R$ 65 mi restantes deverão servir de complemento
ao plano de investimentos da empresa, que, para 2001, está em
torno de R$ 205 mi. "Além disso, contamos com recursos próprios
da companhia e outras operações no mercado de longo prazo", comenta.
Segundo o diretor, até 2003, a empresa pretende investir cerca
de R$ 600 mi na expansão e melhoria do sistema. "Estaremos priorizando
a construção e ampliação de subestações, além de construir novas
linhas de transmissão", diz. (Canal Energia - 14.11.2001)
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8- BNDES pode liberar R$ 4 bi pra co-geração até 2004 |
Segundo Alexandre Wendling, gerente da área de energia do BNDES,
até o momento 21 usinas sucroalcooleiras formalizaram no banco
pedido de financiamento de projetos de co-geração a partir do
bagaço da cana. "No total, essas usinas deverão investir R$ 660
mi para co-gerar 622 MW de potência", disse. O BNDES, segundo
ele, está preparado para financiar, até 2004, projetos no valor
total de até R$ 4 bi, que envolve a co-geração de 4 mil MW, o
potencial estimado de co-geração a partir do bagaço da cana a
médio prazo no País. "O número de consultas de financiamento do
setor sucroalcooleiro é enorme." Wendling informou que, dos 21
pedidos formalizados, há cinco operações entre aprovadas e contratadas,
que envolvem R$ 220 mi e 173 MW. (Gazeta Mercantil - 16.11.2001)
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9- BNDES financiará co-geração da Usina Cerradinho
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O BNDES começa a liberar na próxima semana - de 19.11.2001 a 23.11.2001
- recursos para o projeto de co-geração de energia da Usina Cerradinho
Açúcar e Álcool S.A., de Catanduva, no interior paulista. Trata-se
da primeira usina do País a receber dinheiro do banco para investir
na co-geração a partir do bagaço da cana-de-açúcar, no âmbito
do programa de apoio do BNDES criado especialmente para o setor
sucroalcooleiro. "A licença ambiental foi o grande problema para
conseguirmos a liberação dos recursos", disse José Fernandes Rio,
diretor administrativo-financeiro da Usina Cerradinho. A empresa
está investindo R$ 22,2 mi para co-gerar, a partir de 2002, 29
MW de potência. O BNDES financiará 80% do valor do investimento,
com prazo de 12 anos, com juros anuais de TJLP mais 1% de spread
básico e 2,5% de spread do agente financeiro. (Gazeta Mercantil
- 16.11.2001)
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10- Licença ambiental atrasa liberação de recursos
para co-geração |
As dificuldades encontradas pelas usinas sucroalcooleiras para
a aprovação ambiental dos projetos de co-geração tem sido o principal
fator de atraso na liberação dos recursos pelo BNDES. Segundo
Alexandre Wendling, gerente da área de energia do BNDES, "a liberação
efetiva do dinheiro (para projetos de co-geração a partir do bagaço
da cana), por força de lei, só pode sair depois da aprovação ambiental
do projeto". "Não queremos que as exigências ambientais sejam
reduzidas, mas esperávamos que as aprovações fossem mais rápidas",
disse o gerente do BNDES. (Gazeta Mercantil - 16.11.2001)
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1- MAE ameniza prejuízo de elétricas |
O dólar e o racionamento pressionaram os resultados das companhias
elétricas para baixo, mas os prejuízos foram amenizados porque
as distribuidoras continuaram a contabilizar a receita do Anexo
5 e da venda no MAE. O diferimento da variação cambial, medida
contábil que também diminuiria os prejuízos das companhias, não
foi adotado. No próximo relatório trimestral as companhias não
poderão mais contabilizar o Anexo 5, caso aceitem o financiamento
que está sendo costurado com o governo federal e o BNDES. Nas
geradoras, a não-contabilização do Anexo 5 terá um efeito inverso,
já que elas são as grandes prejudicadas com a sua aplicação. Caso
não tenha de aplicar no balanço as perdas com o Anexo 5, a AES
Tietê reverterá o prejuízo acumulado no ano de R$ 84,6 mi para
um pequeno lucro, segundo Severine. A AES Tietê amargou prejuízo
de R$ 88 mi no terceiro trimestre, substancialmente maior do que
a perda de R$ 1,9 mi registrada em igual período de 2000. (Valor
- 16.11.2001)
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2- CSN fatura R$ 390 mi com venda de energia no MAE
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O balanço financeiro da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN),
referente aos nove primeiros meses de 2001, registra uma receita
líquida consolidada de R$ 2,9 bi e lucro líquido de R$ 426 mi.
Um dos fatores que mais contribuíram para esse desempenho foi
a venda de energia elétrica, efetuada pela subsidiária CSN Energia,
no MAE. A receita com a venda de energia atingiu a marca de R$
390 mi. O menor consumo da Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda,
e o pleno funcionamento da hidrelétrica de Itá, segundo o balanço
da empresa, proporcionaram uma maior venda de excedente de energia.
(Canal Energia - 14.11.2001)
Índice
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3- Leilão negocia 500 MWh a R$ 80,50 o MWh |
O leilão de energia excedente operado pela Bovespa, em parceria
com a Administradora de Serviços do MAE (Asmae), encerrou o dia
14.11.2001 com a comercialização de 500 MWh, ao preço de R$ 80,50
o MWh. O valor negociado atingiu R$ 40.250,00. (Gazeta Mercantil
- 14.11.2001)
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4- Renaissance vende sobras de energia |
O hotel Renaissance, de São Paulo, será o primeiro empreendimento
do gênero no país a vender no MAE os excedentes geradoras em sua
central termelétrica. A Funcef - fundo de pensão dos funcionários
da Caixa Econômica Federal, proprietária do hotel - também obteve
autorização da Aneel para negociar as sobras de energia do hotel
Blue Tree, de Angra dos Reis. A comercialização será feita pela
Newmar Energia, empresa responsável pela implantação, operação
e gerenciamento das plantas geradoras dos dois hotéis. Funcef
e Newmar também negociam a formação de uma empresa para atuar
no segmento, com participação do International Finance Corporation
(IFC) - braço do Banco Mundial para financiamento ao setor privado.
A Newmar já tem 76 projetos, orçados em US$ 70 mi. (Valor - 16.11.20010
Índice
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1- Exposição em dólar cai em R$ 10 bi |
Estudo preparado pela Departamento de Fiscalização do Banco Central
(BC) mostra que a exposição líquida dos bancos em moeda estrangeira
teve considerável queda em outubro, passando de algo próximo a
R$ 25 bi para cerca de R$ 15 bi. A informação foi confirmada no
dia 14.11.2001 pela assessoria de imprensa do BC. Essa redução
mostra o impacto das restrições adotadas em setembro para reduzir
o grau de alavancagem das instituições financeiras em câmbio.
No mês de setembro, devido à volatilidade da taxa de câmbio, o
Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu exigir dos bancos mais
patrimônio para fazer frente às operações com câmbio e ouro. (Gazeta
Mercantil - 16.11.2001 )
Índice
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2- Reservas internacionais sobem US$ 2,325 bi |
As reservas internacionais subiram US$ 2,325 bi no dia 14.11.2001,
com o pré-pagamento de débitos devidos pela Polônia ao Brasil
(as chamadas "polonetas"). No dia do fechamento do acordo com
a Polônia, em 29 de outubro de 2001, a dívida totalizava US$ 2,457
bi. Com entrada desses recursos, o volume passou de US$ US$ 36,447
bi para US$ 38,772 bi. (Gazeta Mercantil - 16.11.2001)
Índice
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3- Pressão menor sobre a Argentina |
A sobretaxa de risco argentino permaneceu, no dia 15.11.2001,
acima dos 2.650 pontos básicos, apesar de o presidente Fernando
de la Rúa ter fechado o acordo de redistribuição de receitas com
as quatro maiores províncias. A pressão vendedora dos bônus diminuiu
no final da tarde, quando o secretário do Tesouro dos Estados
Unidos, Paul O´Neill, disse que a situação da Argentina é "bastante
alentadora." O diretor-gerente do FMI, Horst Köhler, afirmou que
a Argentina deve chegar a um "acordo global' com os credores internacionais.
O presidente do Banco Central, Roque Maccarone, disse que a política
de atrelar o peso ao dólar deve ser revista assim que o país resolver
seus problemas econômicos. (Gazeta Mercantil - 16.11.2001)
Índice
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1- Impasse pode atrasar obras de termelétricas |
O Programa Prioritário das Termelétricas (PPT), no qual o governo
aposta para aumentar a oferta de energia nos próximos anos, está
em um novo impasse que pode atrasar os investimentos e a instalação
das novas usinas. A Associação dos Produtores Independentes de
Energia (Apine), com 39 grupos econômicos, alega que seus associados
não têm como suportar a carga tributária proveniente do repasse
do ICMS sobre o gás importado recolhido no Mato Grosso do Sul,
a porta de entrada no País do gasoduto Brasil-Bolívia. ''Os produtores
independentes não podem arcar com esse ônus sob pena de tornarem-se
menos competitivos'', escreveu o presidente da Apine, Eric Westberg,
em carta ao presidente da GCE, Pedro Parente. As usinas instaladas
no Rio de Janeiro, por exemplo, terão custo 7% menor do que as
paulistas, pois utilizam o gás produzido na Bacia de Campos, que
não sofre incidência desse imposto. A GCE está discutindo a questão
e estuda uma maneira de mudar a forma de cobrança do ICMS por
parte da Petrobras. Outro ponto em pauta é a eliminação do imposto
estadual sobre o gás e o livre acesso ao gasoduto Brasil-Bolívia.
(O Povo - 16.11.2001)
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2- Petrobras quer construir novo gasoduto no ES |
A Petrobras tem planos de construir um novo gasoduto para escoar
o gás de sua maior reserva descoberta no mar, os campos de Cangoá
e Peroá, no litoral norte capixaba, com 16,5 bilhões de m³. O
investimento gira em torno de US$ 30 mi. Enquanto a obra não sai
do papel, a estatal alugou uma estação de compressores que permitirá
a ampliação da oferta atual para 1,4 milhão até o fim de 2001
ou no mais tardar fevereiro de 2002. Os planos da BR para 2005
são de investir perto de R$ 30 mi, mas esse orçamento ainda depende
de aprovação e de uma maior oferta de gás. (Gazeta Mercantil -
RJ - 16.11.2001)
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3- Brasil pode gerar 5.261 MW através da biomassa |
De acordo com Carlos Eduardo Machado Paletta,
engenheiro mecânico do Centro Nacional de Referência em Biomassa
(Cenbio), o Brasil tem um potencial estimado para gerar energia
através da biomassa da ordem de 5.261 MW. Os dados são relativos
à safra 2000/01 que resultou em 254,3 Mi de ton de cana-de-açúcar.
Cerca de 28% deste volume resultou em bagaço com 50% de umidade.
A água no processo não tem nenhum valor comercial. "O setor sucroalcoleiro
tem uma capacidade instalada para consumo próprio de 1.541 MW.
As usinas comercializam apenas a energia excedente que é de 132
MW. Estas empresas hoje utilizam a biomassa para serem auto-suficientes
na área de energia, aumentando sua competitividade. Mas para isso
é necessário uma biomassa com todos seus componentes". (Gazeta
Mercantil - 16.11.2001)
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4- Parque gerador precisa ser ampliado |
Para Carlos Eduardo Machado Paletta, engenheiro mecânico do Cenbio,
a geração de energia a partir do óleo extraído da cana pode não
ser vantajosa. "Será que depois da extração do óleo a produção
de energia para as usinas não será prejudicada", questiona Paletta.
Como exemplo ele cita o próprio estado de Pernambuco. Ali, na
safra 2000/01 as 13,4 Mi de ton de cana-de-açúcar que foram moídas
resultaram na produção de 2,2 Mi de ton de bagaço. Cerca de 80%
deste total foram queimados pelas próprias usinas para a produção
própria de energia. A solução, neste caso seria ampliar o parque
gerador - com a conseqüente transformação das usinas em empresas
geradoras - e a comercialização do potencial excedente. Segundo
ele, para se ampliar o parque gerador das usinas brasileiras de
cana seriam necessários investimentos por KW estimados entre R$
600 e R$ 2,5 mil, dependendo entre outros fatores da tecnologia
empregada para a geração de energia através da biomassa. (Gazeta
Mercantil - 16.11.2001)
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5- Açúcar Guarani vai cogerar energia |
A Açúcar Guarani de Cruz Alta (SP) vai cogerar energia a partir
da próxima safra. Para isso, a empresa vai implantar uma caldeira
de 120 ton/hora de 62 Kg de pressão de 480 graus de temperatura,
um gerador de 22,5 MW, uma subestação e linha de transmissão.
Com esses investimentos, a empresa deve gerar 19,5 MW e vender
12,5 MW. O diretor de produção, Antônio Alberto Stuchi, disse
que a empresa está em fase de negociação com uma concessionária.
(Canaweb - 14.11.2001)
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6- Usineiros do Nordeste utilizarão biomassa |
Óleo de biomassa pernambucana para gerar energia na Holanda. Este
é o princípio básico de uma negociação em curso entre usinas pernambucanas
e a empresa BTG Biomass Technology Group B.V. De acordo com o
presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de
Pernambuco (Sindaçúcar), Renato Cunha, as usinas estaduais disponibilizam
2,2 Mi de ton/safra de bagaço de cana para serem utilizados na
transformação do óleo verde, alvo do interesse batavo. O processo
proposto pelos holandeses envolve a implantação de uma linha complementar
de forma a promover a quebra do bagaço e obter o "óleo verde".
Cunha diz que as usinas pernambucanas têm disponibilidade de até
2,2 Mi de ton de bagaço de cana para geração de energia. Este
volume eqüivale a aproximadamente 225 mil ton de óleo. O preço
pago pela tonelada de óleo oscila em US$ 40, o que pode gerar
uma receita de mais de US$ 20 Mi pelo negócio. (Gazeta Mercantil
- 16.11.2001)
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7- Setor prefere atender ao mercado interno |
O presidente do Sindaçúcar de Pernambuco, Renato Cunha, se diz
otimista com a perspectiva representada pelo potencial de negócios
com o uso da biomassa para geração de energia. "O Brasil tem um
dos maiores potenciais do mundo na utilização desta matriz energética.
Preferencialmente o setor tem interesse em atender ao mercado
interno, mas o governo compra pouco da energia produzida pelas
usinas e ainda sem dar garantias de longo prazo". Atualmente,
as usinas estaduais comercializam apenas 30 MW por safra com a
Companhia Energética de Pernambuco (Celpe). Somente no caso das
usinas pernambucanas, Cunha diz que devido ao não funcionamento
do Mercado Atacadista de Energia (MAE), a energia vendida ainda
não foi liquidada. "Estamos vendendo sem receber". Segundo o Centro
Nacional de Referência em Biomassa (Cenbio), as distribuidoras
nordestinas pagam R$ 80 pelo MWh. No Sudeste o valor pago às usinas
é de aproximadamente R$ 67 pelo MWh. (Gazeta Mercantil - 16.11.2001)
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O Governo italiano pretende vender a participação de 30% que ainda
detém no grupo de gás e petróleo Eni, parceira estratégica da
Galpenergia. A venda da posição na Eni, total ou parcial, faz
parte do programa de estabilidade para 2005 enviado à Comissão
Européia. No plano de privatizações constam ainda a venda da participação
no grupo de telecomunicações Wind, que é detida pela elétrica
pública Enel. Em relação à Enel está ainda prevista a reestruturação
da rede através da sua autonomização numa empresa. O Estado controla
65% da Enel que por sua vez detém mais de 50% da Wind. O programa
contempla ainda uma OPV da empresa de correios Poste Italiane
em 2003 e a venda da Treniltalia, operadora do sistema ferroviário.
(Diário Econômico - 16.11.2001)
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2- Gasoduto entre Rússia e Japão deve estar funcionando
em 2008 |
O primeiro gasoduto entre a Rússia e o Japão pode estar funcionando
já em 2008, segundo anunciou a Exxon Mobil. O grupo é o principal
acionista do projeto Sakhalin 1 de US$ 12 bi, anunciado como o
maior investimento estrangeiro na Rússia. O projeto foi aprovado
em outubro de 2001 e reúne parceiros japoneses, indianos e russos,
além da Exxon. O presidente da Exxon Neftegas, Neil Duffin, a
subsidiária responsável pelo projeto, afirmou que as negociações
para assegurar contratos de fornecimento para apoiar o desenvolvimento
do projeto estão progredindo bem, apesar da desaceleração da economia
global. Já foram identificadas reservas com capacidade de produção
de 2,3 bi de barris de petróleo e de 17 tri de pés cúbicos de
gás em três campos da costa norte da ilha de Sakhalin, de onde
sairá o gasoduto. Um segundo projeto, o Sakhalin 2, está sendo
desenvolvido pela Royal Dutch/Shell. O Sakhalin 2 deve converter
reservas de gás em gás liqüefeito para ser exportado para o Japão,
Coréia, China, Taiwan e Hong Kong. (Financial Times - 13.11.2001)
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3- África do Sul quer aumentar sua área nuclear |
A África do Sul anunciou
uma ambiciosa expansão de sua capacidade nuclear. O ministro de
Minas e energia africano, Phumzile Mlambo-Ngcuka, anunciou, em
uma conferência presidida pela Agência Internacional de Energia
Atômica, que o país estava se esforçando por expandir o setor
e por isso está construindo mini reatores nucleares. A elétrica
estatal Eskom está desenvolvendo reatores de 110 MW em parceria
com a British Nuclear Fuels e com a Exelon. O governo sul-africano
acredita que os reatores tenham grande potencial de exportação,
particularmente para os EUA, e poderiam render ao país cerca de
US$ 1,9 bi por ano. Os países que já demonstraram interesse pela
compra dos reatores incluem a Inglaterra, China, Indonésia, Marrocos,
Egito e Tunísia. (Financial Times - 13.11.2001)
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4- Província da Indonésia se opõem à liberalização
do setor de gás e petróleo no país |
Muitos parlamentos regionais da Indonésia estão se posicionando
contra a liberalização dos setores de petróleo e gás do país.
Os legisladores das províncias indonesianas não concordam com
decisão da capital Jakarta de abrir o setor energético a investidores
estrangeiros. Parlamentares em Aceh, Java Oeste e Leste e Papua
do Oeste estão se posicionando contra Jakarta e pedindo que o
projeto de lei seja rescrito para garantir às províncias uma maior
parte dos lucros vindos da liberalização. Segundo o governo indonesiano,
a liberalização é vital para aliviar a pressão fiscal existente
sobre o país que tem uma dívida externa de US$ 68 bi e um déficit
orçamental de 3,7% do Produto interno bruto. Os subsídios energéticos
somam cerca de 30% dos gastos da Indonésia e a liberalização os
retiraria da responsabilidade do governo. (Financial Times - 13.11.2001)
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5- Eon toma controle da Ruhrgas |
O grupo alemão Eon anunciou ter adquirido o controle majoritário
da Ruhrgas, o maior importador e distribuidora alemão de gás natural.
O grupo afirmou que comprou as participações da Vodafone, da ThyssenKrupp
e da RWE na Bergemann, empresa que tem 34,8% da Ruhrgas. A aquisição
segue a compra de 23,6% das ações da Bergemann pela própria Eon
em outubro de 2001 e a compra efetiva de 25,5% das ações da Ruhrgas
também pela empresa alemã em julho de 2001. A aquisição realizada
agora deve aumentar a preocupação dos reguladores alemães, que
já haviam lançado uma investigação quando da compra direta das
ações da Ruhrgas. O acordo também deve ser investigado pela Comissão
Européia, que teme que o mercado de gás europeu seja controlado
apenas por grandes empresas. (Financial Times - 14.11.2001)
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6- Hidrocantábrico tem redução de 36,4% nos lucros |
O grupo Hidrocantábrico alcançou lucros de US$ 7,65 bi durante
os primeiros nove meses de 2001, o que supõe uma redução de 36,4%
se comparados aos lucros de 2000. Segundo a companhia, o resultado
atual foi provocado por uma "hidraulicidade excepcional", a maior
dos últimos 25 anos, que restringiu de forma significativa o funcionamento
do parque térmico da empresa. Além disso, a redução da tarifa
elétrica 2,2% também provocou um impacto negativo nos lucros do
grupo. A diferença é ainda maior se lembrarmos que o ano de 200
foi um ano de produção térmica recorde, devido a seca que atingiu
a Espanha naquele ano. A Hidrocantábrico até iniciou um programa
de redução de custos, conseguindo cortar 7,7% com gastos de pessoal
e cerca de 3% em gastos operativos, mas não conseguiu impedir
a queda nos lucros. (El Mundo - 16.11.2001)
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7- Governo francês quer vender gasodutos |
Depois de privatizar as estradas, o governo francês está planejando
se desfazer outro tipo de infra-estrutura: os dutos de transporte
de gás natural. Segundo anunciado, os dutos poderão ser comprados
por seus operadores, segundo o projeto de lei de finanças 2001,
apresentado no dia 15.11.2001 ao conselho francês de ministros.
A França é o único país da União Européia onde o transporte de
gás pertence ao Estado. Três operadoras fazem o transporte do
gás no país: a Gaz de France, Gaz du Sud-Ouest e Compagnie française
de méthane, sendo que essas duas últimas são controladas pela
TotalFinaElf e pela Gaz de France. O ministro de economia e finanças
francês afirmou que a liberalização pode enfraquecer os operadores
franceses na competição com seus concorrentes europeus. (Le monde
- 15.11.2001)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Barbara Oliveira, Fernando Fernandes, Carolina Selvatici,
Priscila Feiner, Silvana Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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