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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 763 - 07 de novembro de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Leilão da Copel é adiado novamente

O leilão de privatização da Copel foi adiado por tempo indeterminado, devido à falta de interessados. Segundo o governo do Paraná, nenhum dos consórcios pré-qualificados para o leilão depositou as garantias financeiras de R$ 400 mi na Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) até as 18h de 06.11.2001. (Gazeta Mercantil - 07.11.2001)

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2- Governo vai reavaliar processo de venda da Copel

Após o segundo fracasso da tentativa de se vender a Copel, a discussão agora recai sobre as alternativas que restam ao governo. Segundo uma fonte do governo, "todo o processo está sendo reavaliado e nenhuma alternativa pode ser previamente descartada", referindo-se à possibilidade de retomada da venda sob uma nova formatação. Em nota oficial, o governo informou que irá estudar alternativas e comunicar a decisão final nos próximos dias. O cancelamento do leilão tende a agravar a crise financeira do Estado. O governo contava com os recursos da venda para se livrar de um déficit previdenciário de R$ 100 mi mensais. (Gazeta Mercantil e Folha - 07.11.2001)

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3- Secretário desconhece ajuda do BNDES para vender Copel

O secretário do Planejamento do Estado do Paraná, Miguel Salomão, disse hoje que não tem conhecimento de qualquer iniciativa do governo do Paraná para obter, junto ao BNDES, uma linha de financiamento para facilitar a venda da Copel. O financiamento do BNDES para a compra da companhia paranaense é considerada, por vários analistas, a alternativa mais eficaz para garantir o sucesso do leilão, uma vez que a maior parte das empresas pré-identificadas para o leilão considera excessivo o preço mínimo de R$ 5,06 bi estabelecido para a companhia. "Desconheço essa busca por financiamento", disse Salomão. O secretário não quis comentar as informações sobre as desistências da Companhia Vale do Rio Doce e da Votorantim de concorrer à compra do controle da Copel. Para o secretário, qualquer comentário seria "achismo". "A nós, como governo, cabe cumprir aquilo que está no edital", disse. (Agência Estado - 07.11.2001)

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4- Fórum Contra a Venda da Copel comemora o segundo fracasso da desestatização

Segundo o coordenador do Fórum Popular Contra a Venda da Copel, Nelton Friedrich, o fato de nenhuma empresa ter depositado a garantia de R$ 400 mi aumentou o desgaste do governo, encerrando o processo de privatização. "O governo atropelou a vontade majoritária dos paranaenses que não querem a privatização e foi atropelado pelo próprio mercado", afirma. Para Friedrich, não há clima para outra tentativa de venda e resta ao governo apenas desistir. Para a oposição, as crises que abalaram a economia mundial confirmam que é um mau momento para a privatização. (Gazeta do Povo - 07.11.2001)

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5- Oposição aguarda parecer sobre proposta alternativa à venda da Copel

O Fórum Popular Contra a Venda da Copel aguarda a posição da Aneel, em Brasília, sobre uma proposta alternativa à venda, apresentada no dia 05.11.2001. A proposta é que a companhia permaneça pública e seja gerenciada por uma diretoria mista, composta pelos governos federal e estadual e com o Paraná no controle acionário. (Gazeta do Povo - 07.11.2001)

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6- Energia da Light sobe 20,59% a partir de hoje

A Aneel autorizou reajuste de 20,59% nas tarifas da Light, do Rio, a partir de 07.11.2001. Dos 20,59% autorizados, 13,71 pontos percentuais são referentes aos custos que a distribuidora teve com a compra de energia elétrica de geradoras. E dos 13,71%, 8,18 pontos percentuais são relativos à compra de energia de Itaipu, cotada em dólar. Do total do índice autorizado, 1,65% refere-se ao recente ajuste realizado na Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), cujos recursos precisaram ser aumentados em razão do incremento da geração das usinas termelétricas. (Gazeta Mercantil - 07.11.2001)

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risco e racionamento

1- Regiões Sudeste/Centro-Oeste devem contratar 1 mil MW de energia emergencial

As regiões Sudeste/Centro-Oeste podem receber um aumento de 1 mil MW de energia emergencial para garantir o fornecimento para o próximo ano. A projeção é feita pelo ONS, que levou em consideração o programa de investimentos em geração de energia nas regiões e os níveis dos reservatórios. Caso a proposta não seja implantada, a solução apontada pelo operador do sistema é a redução de consumo nas mesmas proporções nestas regiões. (Canal Energia - 06.11.2001)

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2- Racionamento pode acabar em 2001

Projeções do ONS indicam que o país poderá se livrar do racionamento já em 2001, ainda que as chuvas sejam as piores da história. Para que o governo passe o ano eleitoral sem o desgaste da crise de 2001, será preciso haver redução natural de 7% na carga de 2002, cumprimento rigoroso do cronograma de novas usinas térmicas e hidráulicas e ainda contratação de 1.000 MW de energia emergencial também para as regiões Sudeste e Centro-Oeste. Mário Santos, diretor do ONS, afirmou que se não houver atraso nas obras e a energia emergencial for autorizada, o país terá condições de suprir até 95% do mercado presumido para 2002. Os outros 5% poderão ser administrados com medidas de racionalização, o que significa que a cobrança de sobretaxas e a ameaça de cortes de fornecimento por descumprimento das metas deixariam de existir. O cálculo do ONS, feito a pedido do governo, considera a demanda de 26,5 mil MW médios para 2002. (Valor - 07.11.2001)

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3- Fim do racionamento em 2002 pode causar problemas futuros

No Sudeste e Centro-Oeste, os reservatórios acumulam até o momento 21,6% de sua capacidade. Em 2001, as chuvas estão em 73% da média histórica. Se as projeções forem confirmadas e o racionamento suspenso em 2002, o problema de 2001 estará resolvido, mas não o dos próximos anos porque os reservatórios chegariam em dezembro de 2002 com apenas 10% de sua capacidade, um indicativo de risco. O conselho administrativo da Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial, responsável pela contratação da energia emergencial, já se reuniu e anunciou que 32 usinas com capacidade de gerar 456 MW para o Nordeste serão contratadas para entrar no sistema 90 dias após a contratação. (Valor - 07.11.2001)

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4- Sobradinho mantém nível de apenas 6% de água

As chuvas registradas nos últimos dias em Minas Gerais melhoraram a afluência na represa de Sobradinho, mas ainda não mudaram a situação do lago, que está com apenas 6% de seu volume útil - usado para a geração de energia. Das seis turbinas da Usina de Sobradinho, apenas três continuam em operação, gerando 250 MW, contra uma capacidade instalada de 1.050 MW. (Hoje em Dia - 07.11.2001)

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5- Medidas sobre energia serão anunciadas hoje às 16h

O coordenador do Comitê de Controle do Programa Emergencial de Redução do Consumo de Energia Elétrica, Euclides Scalco, e o superintendente de Regulação da Comercialização de Eletricidade da Aneel, José Gabino, anunciarão, às 16h, no anexo I do Palácio do Planalto, medidas relacionadas ao pagamento de bônus aos consumidores que economizaram energia e, ainda, à sistemática do racionamento para o período de Natal. (A Tarde - 07.11.2001)

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6- Indústria de MG critica mudança de metas

A indústria mineira reprova o cálculo de nova meta de economia de energia elétrica tendo como base de referência o consumo registrado durante os meses de pico do verão, janeiro, fevereiro e março. O presidente do Conselho de Energia da Federação das Indústrias de Minas Gerais, Petrônio Zica, argumentou que setores industriais consumidores eletrointensivos, como a indústria de alumínio e de ferro-ligas, enfrentam redução da produção da ordem de 40% e 50%, respectivamente, desde o começo da crise energética. O novo cálculo da meta, que beneficiaria consumidores residenciais durante o verão, na avaliação do empresário, teria impacto contrário sobre o segmento industrial. A indústria opera com atividade mais baixa e consumo reduzido nos primeiros meses do ano, e com a nova meta teria que diminuir mais ainda o consumo durante o verão. (Hoje em Dia - 07.11.2001)

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7- Racionamento afeta com mais força produção no Nordeste

As indústrias do Nordeste foram as que mais sofreram os impactos da desaceleração da economia e do racionamento de energia. Isto é o que mostra a sondagem sobre o terceiro trimestre da CNI, divulgada ontem. O indicador do volume de produção na região permaneceu abaixo dos 50 pontos - em 45,8 - revelando evolução negativa do nível de atividade. Em relação ao mesmo período do ano passado, a queda é de 15,5%. Contudo, a comparação com o segundo trimestre, quando o indicador havia chegado a 44 pontos, apresenta um crescimento de 3,9%, o que significa retração menos abrupta na produção. Para o coordenador da unidade de política econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, os impactos do racionamento se manifestaram com mais intensidade nos meses de julho, agosto e setembro. "A desaceleração causada pelos juros altos e pelo câmbio tornaram ainda piores os resultados", aponta o economista. (Valor - 07.11.2001)

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8- Comerciantes da Paraíba não conseguem substituir feriado

A Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) decidiu recorrer ao governador da Paraíba, José Maranhão, em busca de apoio à idéia de substituição do feriado do dia 16 de novembro pela redução em uma hora diária do expediente do comércio em geral, no decorrer da próxima semana. A proposta neste sentido, com a assinatura da CDL, foi rejeitada pelo ministro Pedro Parente, que preside a GCE. Informado da rejeição, o presidente da CDL, Lindembergh Vieira, resolveu pedir ajuda do governador, de quem ainda não obteve resposta. (Tribuna do Norte - 07.11.2001)

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9- ES economiza 25% de energia elétrica em outubro

Os capixabas economizaram 25% de energia elétrica no mês de outubro de 2001. Isso corresponde a uma economia de 157 mil KW. O setor que mais economizou foi o rural, com 54%. O setor residencial economizou 39% e o setor público, 38%. (Gazeta OnLine - ES - 07.11.2001)

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10- Cerj registra redução de consumo de 1,7% no feriado de Finados

A Cerj obteve uma redução de apenas 1,7% no feriado de Finados, na última sexta-feira, dia 2 de novembro, comparando-se ao mesmo período da semana anterior. Na área de concessão da distribuidora fluminense, a Região dos Lagos, teve um aumento de 2,4% no consumo, e relação à sexta-feira da semana anterior. Em outubro, a concessionária registrou uma redução total de 22,1%. (Canal Energia - 06.11.2001)

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11- Economia de energia no Sudeste/Centro-Oeste atinge 22,3%

Nos primeiros cinco dias de novembro, a redução de consumo na região Sudeste/Centro-Oeste atingiu 22,3%. No Norte, a economia também estava acima da meta de consumo, registrando 20,6%. Embora estivesse abaixo dos 20%, o consumo de energia no Nordeste teve leve queda nos primeiros dias. No acumulado do mês de novembro, a economia atingiu 16,2%, subindo 0,9%. (Canal Energia - 06.11.2001)

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12- Reservatórios no Nordeste 2,02% acima da curva-guia

De acordo com o ONS, mesmo com níveis dos reservatórios tão baixos, o índice no Nordeste estava 2,02% acima da curva-guia estabelecida para novembro, até o dia 05.11.2001. A capacidade de armazenamento na região atingia 8,07%. No Sudeste, a situação era mais confortável. O nível dos reservatórios estavam em 20,92%, ficando 7,85% acima do limite. No Norte, a capacidade de armazenamento também estava acima da curva-guia (0,7%), com nível de 32,86%. (Canal Energia - 06.11.2001)

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13- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Distribuidoras querem negociar moratória

As distribuidoras de energia elétrica, cujas receitas minguaram em até 30% no período de racionamento, querem fazer uma moratória negociada com o Governo para postergar pagamentos de taxas e custos que têm de fazer à Eletrobrás, Aneel, ONS e geradoras federais, como Furnas e Itaipu. O assunto começará a ser tratado a partir de 07.11.2001 com a GCE. "A situação das distribuidoras é tal que, se não houver uma solução de curto prazo, teremos que ficar inadimplentes em alguns tributos", disse o diretor executivo da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), Luiz Carlos Guimarães. (Jornal do Commercio - 07.11.2001)

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2- Distribuidoras podem adotar a energia pré-paga

As distribuidoras já podem adotar o sistema pré-pago de compra de energia. Com ele, qualquer usuário poderá controlar o próprio consumo, adquirindo uma quantidade específica de energia por um determinado período de tempo em postos autorizados, como é feito atualmente com os telefones pré-pagos do serviço móvel celular. O superintendente de regulamentação de comercialização da Aneel, José Gabino, afirmou, no dia 06.11.2001, que a tecnologia já está disponível, e as distribuidoras podem solicitar esse serviço ao órgão regulador, que antes vai fazer uma análise das condições do pedido e de sua viabilidade técnica. "Depende de as concessionárias irem à Aneel", disse Gabino. "O produto está em linha de produção no Brasil." (Estado - 07.11.2001)

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3- El Paso já investiu US$ 1 bi no Brasil

A El Paso já investiu US$ 1 bi no Brasil e deverá investir mais US$ 800 mi até o final de 2002. A companhia programa investimentos da ordem de US$ 1 bi nos próximos cinco anos na exploração de petróleo e gás nos dez blocos para exploração dos quais tem participação, além do desenvolvimento da produção no campo de Pescada Arabaiana (RN), em associação com a Petrobras e a Unocal. Adicionalmente, a El Paso tem planos de novos investimentos da ordem de US$ 2 bi, incluindo o concurso aberto para a expansão do Gasoduto Bolívia-Brasil, do qual a companhia americana já tem participação. (Valor - 07.11.2001)

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4- El Paso planeja investimento de US$ 5 bi até 2005 no Brasil

Os investimentos da empresa norte-americana de energia El Paso, no Brasil, atingirão montante de US$ 5 bi até 2005, sendo os primeiros US$ 2 bi no período de 2001 e 2002. Os investimentos serão alocados em projetos que incluem transporte de gás, geração térmica de energia e compra e venda de energia elétrica para toda a América Latina, com operações centralizadas no País. A informação é do vice-presidente de desenvolvimento de projetos da empresa, Eduardo Karrer. (Gazeta Mercantil - 06.11.2001)

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5- Novos geradores de energia são apresentados em SC

O Hábitat Brasil 2001, que está sendo realizado em Florianópolis (SC), abriu ontem espaço para a apresentação de 48 projetos alternativos que podem servir de modelo para a geração e consumo de energia elétrica. Outras dez cidades brasileiras também vão receber a mostra. Todos os trabalhos estão prontos ou precisam de pequenos detalhes para seguirem para o mercado, segundo Laércio de Sequeira, coordenador de Energia Elétrica e Fontes Alternativas da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). Muitos dos trabalhos, quando entrarem no mercado, vão ajudar o consumidor a gastar menos energia. Os custos poderão ser reduzidos em até 30% (aquecedores solares, por exemplo), já que foram favorecidos com isenção de impostos. Tendo a ONU (Organização das Nações Unidas) como principal organizadora, o Hábitat Brasil vai até o dia 9. (Folha - 07.11.2001)

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6- Cemig quer iluminar casas com álcool

Se depender da Cemig futuramente as casas brasileiras de tamanho pequeno ou médio consumirão energia elétrica gerada nelas próprias, utilizando o prosaico álcool como combustível. Hoje, dia 07.11.2001, a empresa apresenta o protótipo da engenhoca capaz de produzir a façanha durante o I Congresso de Inovação Tecnológica em Energia Elétrica (Citenel), em Brasília. (Gazeta Mercantil - 07.11.2001)

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financiamento

1- Governo anuncia presidente da CBEE

O governo definiu no dia 06.11.2001 o nome de Mário Miranda para a presidência da Comercailizadora Brasileira de Energia Emergencial (CBEE), estatal criada para resolver a atual crise de abastecimento do insumo. Miranda é funcionário da Petrobras, indicado como assessor do Ministério de Minas e Energia para o grupo da Câmara de Gestão da Crise de Energia (GCE). (Gazeta Mercantil - 07.11.2001)

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2- CBEE definirá venda de energia emergencial na próxima semana

Mário Miranda, presidente da CBEE, afirmou que, na próxima semana, serão definidas as empresas que venderão ao governo 1.000 MW de energia para a região Nordeste. Segundo ele, esta quantidade de energia será comprada em três lotes da seguinte forma: o primeiro lote vai adquirir 456 MW gerados por 32 usinas, com operação em até 90 dias após a contratação; o segundo lote contratará 197 MW, com 9 usinas, que vão gerar energia entre 90 a 150 dias ; o terceiro vai contratar o restante da energia (347 MW). (Gazeta Mercantil - 07.11.2001)

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3- Leilão de excedente encerra sem negociação

O leilão de energia excedente operado pela Bovespa em parceria com a Administradora de Serviços do MAE (Asmae) encerrou novamente sem negociação no dia 06.11.2001. Houve duas ofertas de compra, a primeira de 500 MWh a um preço de R$ 69,90 o MWh e a segunda de 50 MWh a R$ 69,99 cada. Na outra ponta houve uma oferta de venda de 500 MWh a R$ 150 o MWh. (Gazeta Mercantil - 06.11.2001)

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financiamento

1- Decisão da CVM reforça a baixa do dólar

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou, no dia 06.11.2001, a deliberação nº 409, que reforma a decisão do final de setembro que permite a diluição das perdas das empresas abertas com a desvalorização cambial de 2001. O diretor técnico da Associação Brasileira dos Analistas do Mercado de Capitais (Abamec), Haroldo Reginaldo Levy Junior, afirmou que as novas regras dão mais tranqüilidade às empresas que decidiram, nos últimos dias, desmontar as posições de "hedging" cambial porque podem diferir uma eventual perda ao longo de quatro exercícios, a contar de 2001. "As empresas ganharam ao fazer 'hedging' e também ao desmontar as operações", disse. O dólar despencou 2,37% entre 27 e 28 de setembro, quando a deliberação anterior, nº 404, foi divulgada. (Gazeta Mercantil - 07.11.2001)

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2- Projeção de PIB deve ser mantida em 2,2%

O Ipea deve manter a projeção de crescimento do PIB em torno de 2,2% para 2001. O porcentual será revelado ainda este em novembro no boletim de conjuntura do instituto referente ao terceiro trimestre. Na última publicação, que abrangeu o segundo trimestre, o incremento de toda a riqueza do País havia sido estimado em 2,7%. Com os atentados terroristas aos Estados Unidos ocorridos no dia 11 de setembro, o Ipea revisou o número para a atual projeção de 2,2%. Manter a projeção nesse patamar significa não temer o desenrolar da crise argentina, conforme analisa um economista. (Gazeta Mercantil - 06.11.2001)

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3- Energia volta a pressionar a inflação

O aumento de 20,59% autorizado pela Aneel para as tarifas da Light, que atende o Rio, deverá pressionar os índices de inflação em novembro. Segundo o economista Luiz Roberto Cunha, da PUC do Rio, em outubro o IPCA deve fechar em 0,65%, uma previsão mais pessimista que a média do mercado, que projetava 0,50%. No último bimestre, a pressão sobre a inflação se mantém, encerrando 2001 em 7%. O custo da energia de Itaipu, cotada em dólar, responde por quase metade do reajuste da Light, que também reflete o efeito do aumento de cota da Conta de Consumo de Combustível, autorizado na semana passada. (Valor - 07.11.2001)

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4- Tesouro vende título para pessoa física a partir de dezembro

A partir de dezembro, as pessoas físicas poderão comprar títulos públicos pela internet. A aplicação mínima é de R$ 200 e a máxima de R$ 200 mil por mês. O investidor poderá comprar direto pela internet ou via uma instituição financeira (banco ou corretora) que estará livre para cobrar uma taxa pelo serviço. Até agora, apenas instituições financeiras podiam comprar papéis federais em leilões do Tesouro e com lote mínimo de cercad de R$ 50 mil. A pessoa física poderá comprar três tipos de papéis: as Letras do Tesouro Nacional (LTN), com juros prefixados; as Letras Financeiras do Tesouro (LFT), com remuneração pós-fixada indexada à taxa Selic; e as Notas do Tesouro Nacional série C (NTN-C) atreladas à variação do IGP-M - índice de inflação monitorado pela Fundação Getúlio Vargas. As Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B), indexadas ao IPCA - índice do IBGE e referência básica da política de metas de inflação do governo -, também serão oferecidas ao pequeno investidor assim que os papéis tiverem liquidez e preço de referência no mercado. (Valor - 07.11.2001)

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5- Juro nos EUA é o menor em 40 anos

O Federal Reserve cortou, no dia 06.11.2001, o juro em 0,5 ponto, para 2%. Foi o décimo corte nos juros em 2001 e a taxa de 2% é a menor dos últimos 40 anos. Com o desemprego em alta e o consumidor acuado, sem ânimo para ir às compras, o Fed observou que os EUA deparam-se com a possibilidade de a economia continuar fraca. Analistas sugerem que novas reduções estão a caminho. (Gazeta Mercantil - 07.11.2001)

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6- Bancos argentinos apóiam "swap" da dívida

No dia da estréia formal da operação de troca de títulos da dívida argentina, o governo Fernando de la Rúa recebeu, em 06.11.2001, o emblemático apoio dos banqueiros locais, entre os principais credores do país e detentores de boa parte dos bônus a serem substituídos na primeira etapa do novo megaswap. Uma comissão de diretores da ABA (Associação de Bancos da Argentina) foi à Casa de Governo e à saída informou ver "de maneira positiva" a proposta de reestruturação, embora isso signifique renunciar a boa parte dos juros inicialmente pactados. (Gazeta Mercantil - 07.11.2001)

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gás e termoelétricas

1- El Paso espera proposta de compra de energia para Macaé Merchant

A El Paso está confiante de que o governo anuncie em 07.11.2001 uma proposta viável para a compra de 350 MW que a sua nova usina termoelétrica Macaé Merchant irá disponibilizar, a partir de 07.11, em sua inauguração no Rio de Janeiro. Segundo o vice-presidente de relações institucionais da empresa, Roberto Almeida, a solução poderia vir da atuação da CBEE - nova empresa criada pelo governo para suprir a ausência de atuação do MAE no setor. De acordo com o vice-presidente de Desenvolvimento de Projetos, Eduardo Karrer, o governo se comprometeu a buscar uma solução para a energia gerada pela Macaé Merchant. (Gazeta Mercantil - 06.11.2001)

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2- Se governo não ajudar, El Paso repensará a situação de térmica no Brasil

O temor no mercado é de que esta termelétrica Macaé Merchant, da El Paso, que será inaugurada no dia 07.11.2001, fique em situação semelhante a da Térmica Eletrobolt, no município fluminense em Seropédica, que foi inaugurada há dois meses, mas não tinha comprador para sua energia. "Todo dia lemos nos jornais a escassez de energia pelo qual o Brasil passa e nós estamos gerando energia. Minha agenda é positiva: o governo vai resolver isso", disse Karrer. O vice-presidente, por sua vez, informou que caso não haja uma resposta do governo em relação à compra de energia da Macaé Merchant, a El Paso repensará a situação da térmica no Brasil. (Gazeta Mercantil - 06.11.2001)

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3- Gerasul amplia térmica de Campo Grande

A Gerasul investirá R$ 88 mi na ampliação da usina termelétrica William Arjona, em Campo Grande, e a primeira a usar o gás natural boliviano na produção de energia. A Aneel autorizou a ampliação dos atuais 148,4 MW para 222,4 MW com a instalação de mais duas unidades geradoras de 37 MW cada. O diretor de Implantação de Projetos da Gerasul, Roberto Durval Quadros, diz que pelo menos um módulo já está comprado. Com potência de 40 MW, a unidade foi adquirida da norte-americana Duke Energy. (Gazeta Mercantil - 07.11.2001)

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4- Para ANP, Petrobras não comprará Ipiranga

A intenção da Petrobras, ainda não-oficial, de adquirir o controle da Petróleo Ipiranga pode esbarrar em restrições na ANP e no Cade. Embora a ANP não pretenda se pronunciar sobre um negócio que ainda não foi anunciado, técnicos consideram que a aquisição não seria boa para o mercado e iria contra o trabalho de abertura do setor petrolífero.Os técnicos disseram que o negócio só não seria contrário à concorrência se a Petrobras se comprometesse a vender partes de unidades, como uma refinaria. A compra também implicaria a estatização de uma das duas únicas refinarias privadas do país (a outra é a de Manguinhos, do grupo Peixoto de Castro). A refinaria da Ipiranga, no Rio Grande do Sul, é pequena (cerca de 10 mil barris por dia) e a Petrobras já tem mais de 99% da capacidade de refino do país. Em situações como essa, o normal é que a ANP seja acionada pela SDE (Secretaria de Direito Econômico), com base no acordo de cooperação técnica entre os dois órgãos, para dar seu parecer. (Folha - 07.11.2001)

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grandes consumidores

1- Belgo dribla a crise e o seu lucro dispara

A Cia. Siderúrgica Belgo-Mineira contrariou as próprias expectativas de que o racionamento de energia provocaria perda de 5% na sua produção e fechou os nove primeiros meses do ano com aumento de 6,9% na tonelagem produzida e um lucro acumulado de R$ 165,7 mi - 19,5% maior do que o de igual período de 2000. O ritmo da construção civil, as obras de geração e transmissão de energia e o aumento das exportações no trimestre aqueceram a demanda por aços planos e permitiram à Belgo aumentar receitas em 38,6%. (Gazeta Mercantil - 07.11.2001)

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internacional

1- Rating do setor elétrico europeu com tendência negativa

O rating do setor elétrico europeu deverá manter, de acordo com a agência de notação financeira Moody's, a sua tendência de longo prazo negativa, apesar dos benefícios de curto prazo das estratégias adotadas pela maioria das empresas. Esta tendência do perfil do crédito é atribuída à emergência de novos modelos de negócios, às continuadas operações de fusões e aquisições e aos conseqüentes riscos de execução, a que se juntam o aumento dos níveis de endividamento. A agência sublinha que certas estratégias das empresas e as recentes aquisições em larga escala estarão sujeitas a grandes riscos de execução, os quais poderão pressionar os ratings dos emitentes. Outro dos riscos passa pela maior exposição das empresas aos mercados emergentes, assim como às mudanças das estruturas acionistas. Todavia, a Moody's acrescenta que nem todos estes fatores terão um impacto negativo imediato no crédito da maioria das empresas analisadas. (Diário Econômico - 06.11.2001)

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2- Parque eólico nasce na Serra do Açor

O projeto da Enernova, empresa do grupo EDP, para a construção de um parque eólico na Serra do Açor, acabou por ser modificado, encontrando-se atualmente sujeito a uma avaliação de impacto ambiental pelo fato de estar projetado para uma "área sensível" em termos ambientais. A Enernova estima que a produção média anual de energia elétrica atinja os 53,5 mi de kwh. A empresa do Grupo EDP considerou três alternativas de constituição do parque, que diferem em termos do número de aerogeradores, da localização no terreno e da potência de cada aerogerador, mas a mais bem posicionada é aquela que menos repercussões ambientais negativas produz, sendo que esta será "financeiramente menos atrativa". A Enernova possui já três parques eólicos em funcionamento (Fonte da Mesa, Pena Suar e Cabeço Rainha, respectivamente nas Serras das Meadas, do Marão e de Alvelos) e um quarto parque (Cadafaz, Góis) em fase final de instalação. (Jornal de Notícias - 03.11.2001)

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3- Comissão Federal de Eletricidade mexicana anuncia ampliação de rede de transmissão

A Comissão Federal de eletricidade Mexicana informou que, como parte de seu programa de construção de infra-estrutura e centrais elétricas, ela conseguiu expandir sua rede de transmissão em 3.295 km, entre dezembro de 2000 e agosto de 2001. Para tanto, foram investidos cerca de US$ 5 mi. 616.400 novos usuários foram incorporados ao serviço. A comissão agora atende a cerca de 19,5 milhões de clientes em todo o México. A CFE mencionou também que a empresa aumentou em 50% seu programa para capacitação e desenvolvimento de trabalhadores. (Sica News - 05.11.2001)

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4- Consórcio com central no Sudão

Um consórcio composto por duas empresas européias e uma asiática ganhou um contrato para uma central elétrica com capacidade de 257 MW, perto de Cartum, declarou o ministro da energia sudanês, Awad al-Jaz. As companhias malaia Ektisas, alemã Siemens e polaca HCP celebraram esta semana um acordo com o Governo sudanês para a construção da central térmica, situada a 10 km a sudeste de Cartum, indicou o mesmo responsável. Em virtude deste acordo, a Siemens e a HCP vão fornecer os equipamentos, ao passo que a Ektisas vai encarregar-se da gestão e da manutenção da central. (Diário Econômico - 06.11.2001)

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5- Empresas compram licenças de CO2 para entrar na bolsa de emissões

Grandes empresas mundiais de energia estão comprando licenças para produzir emissões poluentes junto de países que estão instalando energia limpa com o objetivo de se posicionarem na obtenção de ganhos numa futura bolsa de dióxido de carbono prevista pelo protocolo de Quioto. Cerca de 17 empresas, incluindo a BP, a Mitsubishi Corp e a RWE, juntaram-se num esquema que visa testar o chamado mecanismo de desenvolvimento limpo. Em troca de investimentos em projetos de energia renováveis, as empresas vão receber créditos pela quantidade de dióxido de carbono que seria emitido por formas de energia mais poluentes. As companhias esperam por um acordo que as permita utilizar os créditos para compensar os cortes de CO2 que lhe serão impostos pelos respectivos governos. As regras finais deste complexo mecanismo e da sua operação estão a ser finalizadas. (Diário Econômico - 06.11.2001)

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6- Alemanha pode diminuir tempo de atividade de suas centrais nucleares

O ministro da Economia alemão, Werner Müller, afirmou que o governo alemão poderia adiantar o fechamento das centrais nucleares do país, por causa da ameaça de atentados sobre essas instalações. Müller assegurou que a mudança da data de fechamento das usinas mais antigas poderia fazer que com as usinas mais modernas permanecessem em funcionamento durante um tempo maior que o previsto. Segundo o acordo firmado entre o governo alemão e a indústria nuclear, as 19 centrais existentes na Alemanha deverão se fechar, em diferentes fases, antes de 2020. O acordo vigente estabelece um ciclo de vida médio de 32 anos para cada central, ainda que as quatro maiores empresas elétricas do país ainda tenham ampla autonomia para decidir quando e que centrais irão fechar. (Sica News - 05.11.2001)

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7- Enersis teve lucro de US$ 63,2 mi de janeiro a setembro

O grupo energético Enersis registrou lucro de US$63,2mi no período de janeiro a setembro de 2001, com aumento de 91% em relação ao lucro registrado no mesmo período de 2000. Esse resultado foi obtido em um quadro regional marcado pelo racionamento de energia no Brasil, por bruscas depreciações das moedas locais em relação ao dólar norte-americano e por baixos níveis da atividade econômica, o que confirma a estabilidade de seus negócios associados à energia elétrica. No resultado não operacional, foi registrado um aumento das perdas de US$ 407,7 mi, devido principalmente à redução dos lucros provenientes de empresas relacionadas, à redução do efeito positivo por correção monetária e por terem sido considerados, em setembro de 2000, os lucros da venda das empresas de saneamento Aguas Cordillera e Esval. A Enersis destaca ainda, como fatos relevantes do 3T01, US$1bi de créditos obtidos pela Enersis e por sua filial Endesa Chile, US$500mi cada uma. (Business News Americas - 07.11.2001)

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8- Receita líquida da Pecom cai 55,7%

A Pecom Energía, empresa argentina de energia, registrou uma queda em seu lucro líquido de 55,7%, para US$27mi, no terceiro semestre de 2001 em comparação com os US$61mi no mesmo período de 2000. Os resultados incluíram uma perda contábil não recorrente de US$30mi da venda de direitos para a área Pampa del Catillo-La Guitarra. As vendas líquidas cresceram 1,6% chegando a US$432mi. O lucro bruto aumentou 8,1% chegando a US$146mi, ajudado por um aumento de 31,1% nos volumes de venda de gás e petróleo, com uma queda de somente 5,5% nos preços e maiores margens na refinação devido aos menores custos do cru. Entre os fatores negativos que afetaram os lucros brutos estiveram as menores margens para o estireno e poliestireno no setor petroquímico nacional e preços abaixo da média na área de geração energética. (Business News Americas - 07.11.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Barbara Oliveira, Fernando Fernandes, Carolina Selvatici, Priscila Feiner, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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