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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 762 - 06 de novembro de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- PR deve arrecadar R$ 3,6 bi com venda da Copel

Segundo o secretário de Planejamento do Paraná, Miguel Salomão, se a Copel for vendida por R$ 5,068 bi, preço estabelecido para o leilão, o governo estadual iria arrecadar R$ 3,6 bi. "Este valor é 140% maior do que os 31,1% que o Estado detém no capital total da empresa, que tem um patrimônio líquido de R$ 4,9 bi segundo o balanço de 2000", explica ele. "Se o governo colocasse suas ações no mercado, arrecadaria hoje cerca de R$ 1,5 bi." Salomão insiste que os grupos interessados na Copel se manterão na disputa pela estatal, apesar das afirmações contrárias. "A Copel é um ativo extremamente atrativo e quem comprá-la terá uma posição privilegiada no setor elétrico nacional. É isso que será considerado", afirma Salomão. (Gazeta Mercantil - 05.11.2001)

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2- Governo do PR considera preço mínimo da Copel justo

O governo do Paraná considera justo o preço mínimo estabelecido para o leilão de privatização da Copel e vai manter o valor estabelecido pelos advisers, apesar das considerações feitas por investidores e economistas de que a estatal foi avaliada acima do mercado. "A Copel é a melhor empresa brasileira do setor de energia e vale exatamente o que estamos pedindo", afirma o secretário de Planejamento, Miguel Salomão. Porém, contrariando Salomão, o grupo francês Suez, que controla a Tractebel, afirmou que não entregou as garantias exigidas para participar do leilão por causa do preço. Outros investidores estrangeiros que desistiram de participar do leilão também alegaram que o valor da estatal é muito alto, como a RWE e a NRG.(Gazeta Mercantil - 05.11.2001)

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3- Depósito de garantia para Copel termina hoje

A realização do leilão da Copel, remarcado para o dia 12.11.2001, pode estar comprometida. A continuidade do processo será definida até as 18 horas de 06.11.2001, quando encerra o novo prazo que se depositem as garantias financeiras junto a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). A disposição declarada dos principais investidores é de não participar. "A não ser que algo realmente novo aconteça, a tendência é uma nova prorrogação ou o cancelamento", avalia um analista. (Gazeta Mercantil - 06.11.2001)

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4- TRF cassa última liminar que proibia leilão da Copel

O vice-presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª região, em Porto Alegre, desembargados Nylsom Paim de Abreu, cassou na tarde desta segunda-feira a última liminar que proibia o leilão da Copel. Com a decisão, não há mais nenhuma pendência judicial que possa impedir a venda da estatal. A ação derrubada nesta tarde contestava a obrigação do depósito de garantia pelas empresas interessadas no leilão. A medida havia sido concedida na última terça-feira pela 7ª Vara Federal de Curitiba ao empresário Guilhobel Aurélio Camargo. (Diário do Gde ABC - 06.11.2001)

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5- Adiamento da venda da Copel retoma discussão

O adiamento da venda da Copel intensificou a discussão sobre o futuro do parque gerador. Segundo o ministro-chefe da Casa Civil e presidente da GCE, Pedro Parente, mais importante é repensar o modelo elaborado para o setor, principalmente em relação a preços. Se antes se esperava a redução de preços com a liberalização do setor, hoje se avalia um aumento de 100% na tarifa em 2003, quando os produtores, que já tiveram os investimentos amortizados, vão querer vender o produto pelo preço da energia termoelétrica. O adiamento contínuo da privatização das geradoras estatais de energia, nos últimos anos, criou uma acirrada discussão sobre a necessidade de privatizações, debate antes restrito aos círculos políticos. Para as empresas privadas do setor, trata-se de uma quebra de compromissos firmados no projeto de reestruturação e um fator capaz de desequilibrar a competição entre os agentes. (Folha - 06.11.2001)

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6- Votorantim não participará do leilão da Copel

O Grupo Votorantim não vai disputar o leilão de privatização da Copel. O preço mínimo da Copel foi considerado elevado, segundo o empresário Antonio Ermírio de Moraes e seria necessário mais tempo para se analisar o negócio. Ele salientou que entre os setores de cimento, papel e celulose, o grupo Votorantim tem investimentos em andamento da ordem de US$ 1,6 bi, "além de negócios na área de alumínio, que também estão em andamento e que envolve até a construção de uma usina hidrelétrica, onde serão aplicados mais US$ 200 mi". Segundo Ermírio, o grupo "está agindo com tranqüilidade e não vai dar passos maiores que as pernas". (Estado - 06.11.2001)

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7- Aneel e Ministério do Trabalho firmam parceria

A Aneel e o Ministério do Trabalho passarão a atuar conjuntamente na fiscalização do cumprimento da legislação trabalhista que disciplina a segurança no trabalho, e no levantamento das ocorrências de acidentes envolvendo trabalhadores de empresas do setor elétrico. Os dois órgãos formalizarão a parceria em cerimônia de assinatura do termo de cooperação técnica às 15:00, no dia 07.11.2001, na sede do ministério. O acordo prevê, entre outras coisas, o intercâmbio de informações relacionadas a acidentes de trabalho e a obrigações trabalhistas; o estabelecimento de metas de saúde e segurança no trabalho para os prestadores de serviço de energia elétrica e a integração das áreas de fiscalização das agências, definindo com clareza o papel de cada uma delas. (Aneel - 05.11.2001)

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8- Aneel divulga amanhã pré-qualificados para leilão de hidrelétricas

A Comissão Especial de Licitação da Aneel divulga no dia 07.11.2001 a relação das empresas e consórcios pré-qualificados para o leilão de 11 hidrelétricas, que acontece no próximo dia 30, na BVRJ. Quarenta e quatro empresas, individualmente ou agrupadas em consórcios, entregaram, na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), os documentos de pré-qualificação. As novas hidrelétricas vão ampliar a capacidade de geração do País em 2.666,7 MW e serão construídas dez Estados: RJ, MG, SC, PR, TO, GO, RS, BA, MT e PA. As vencedoras do leilão recolherão aos cofres do Tesouro Nacional cerca de R$ 2,5 bi ao longo de 35 anos, período da vigência dos contratos de concessão. (Aneel - 05.11.2001)

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9- Aneel apresenta radiografia da geração na região Norte

A Aneel e a Universidade do Amazonas realizam no dia 09.11.2001, em Manaus, o seminário "Desempenho Técnico do Sistema Elétrico Isolado do Interior da Região Norte". O objetivo é apresentar uma radiografia dos serviços de geração na região, onde predominam as usinas termelétricas movidas a óleo diesel. Com base em medições feitas em dez usinas, ou cerca de 500 motores, foi possível detectar uma série de procedimentos e técnicas adotadas. O evento servirá para discutir essas práticas, apontar melhorias e corrigir eventuais disfunções no sistema, buscando aumentar a produtividade na relação consumo de diesel e produção de KWh. (Aneel - 05.11.2001)

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10- Começa congresso de inovação tecnológica

O ministro das Minas e Energia, José Jorge, e o diretor geral da Aneel, José Mário Abdo, abrem oficialmente, às 9 horas do dia 6 de novembro ,o I Congresso de Inovação Tecnológica em Energia Elétrica (Citenel). Esse é o primeiro encontro do setor elétrico voltado apenas para inovação tecnológica, com a apresentação de projetos inéditos no mundo. O Citenel acontece nos dias 6 e 7, no Americel Hall, Academia de Tênis, em Brasília. Paralelamente ao Congresso, pode ser visitada, também, uma feira de produtos em energia elétrica. (Aneel - 05.11.2001)

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11- Aneel nega recursos da Coelba contra ressarcimento a consumidores

A Aneel negou, nos últimos três meses, 101 recursos apresentados pela Coelba, condenada a ressarcir dezenas de consumidores pela queima de aparelhos elétricos provocada por problemas na rede de distribuição. Nos recursos encaminhados à Aneel, a concessionária contestava decisões da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), que determinou o ressarcimento dos prejuízos causados pela interrupção no fornecimento de energia aos consumidores. Em todos os casos analisados pela Aneel, os consumidores recorreram inicialmente à Coelba e tiveram seus pedidos de indenização negados. Reclamações contra a empresa foram enviadas, então, à ouvidoria da Agerba, que obrigou a Coelba a ressarcir todos os usuários que relataram casos de danos em seus equipamentos. Ao confirmar as decisões da Agerba, a Aneel considerou que não lhe cabia o papel de mediador no conflito entre a concessionária e a agência estadual conveniada. (Aneel - 05.11.2001)

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risco e racionamento

1- Sudeste e Centro-Oeste podem ter redução de metas

A meta de economia de energia para as regiões Sudeste e Centro-oeste deverá ser reduzida pelo menos à metade a partir de dezembro, quando começa o chamado período molhado. A região Nordeste, que enfrenta situação mais crítica, também poderá ter sua meta reduzida de 20% para 15%, na mesma ocasião. O governo já anunciou intenção de atenuar as metas a partir de dezembro, mas ainda não definiu os novos percentuais, que serão determinados pelo nível de chuvas até o final de novembro e as projeções para os próximos cinco meses, associados à entrada de energia nova no sistema. O mais provável é que as metas caiam para 10% nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, considerando as atuais projeções. Se as chuvas forem acima das previstas, poderá chegar inclusive a 5%. Até o dia 03.11, os reservatórios da região Sudeste e Centro-oeste acumulavam 21,6%. A alteração nas metas ocorrerá se as reservas passarem de 25% da capacidade dos reservatórios. (Valor - 06.11.2001)

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2- Redução de meta do Nordeste só acontecerá se acúmulo da curva guia continuar crescendo

A redução da meta no Nordeste só ocorrerá se o acúmulo da chamada curva guia continuar crescendo. Até o dia 04.11, a curva guia do Nordeste tinha acúmulo de dois pontos percentuais acima do previsto. Se esse nível chegar a 3 ou 4 pontos, a meta poderá ser alterada. A decisão pode parecer contraditória pelo fato de o Nordeste enfrentar maiores dificuldades, mas segundo o governo, reduzir o percentual para 15% será adequar a meta ao resultado que os consumidores da região estão atingindo de fato. Isso evitaria a incidência das sobretaxas sobre descumprimento maior. A suspensão no Norte ocorrerá se os reservatórios de Tucuruí tiverem condições não só de garantir o abastecimento da região, como também de continuar transferindo cerca de 1.000 MW para o Nordeste. (Valor - 06.11.2001)

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3- GCE deve afrouxar consumo no Natal

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, disse no dia 05.11.2001 que no período natalino haverá um programa especial de racionamento, com maior liberdade no consumo de energia. Segundo o ministro, o presidente da Itaipu Binacional e integrante da GCE, Euclides Scalco, está encarregado de estudar o afrouxamento das metas de consumo no Natal. O assunto será discutido na próxima reunião da GCE, no dia 22, quando Scalco apresentará as sugestões aos outros integrantes da Câmara. O ministro acrescentou que é provável que, até o fim de novembro, todas as medidas para o Natal já estejam decididas. (O Globo - 06.11.2001)

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4- Apagão está descartado em novembro

O Ministro de Minas e Energia, José Jorge, anunciou, no dia 05.11.2001, que a ameaça de "apagão" no mês de novembro está descartada em todo o país, inclusive no Nordeste. As chuvas que caíram nos quatro primeiros dias do mês atingiram os principais rios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, além do Rio São Francisco. O volume de água das chuvas ainda foi pequeno, entre 20 e 30 milímetros, mas ajuda a elevar o nível dos reservatórios das usinas. Contudo, no Nordeste a situação dos reservatórios ainda é crítica, segundo o ministro. Sobradinho, Itaparica e Três Marias (do sistema Chesf) fecharam outubro só com 8,30% da capacidade, uma folga de apenas 1,97 ponto percentual em relação à margem de segurança. (O Globo - 06.11.2001)

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5- Nordeste ainda está longe da meta de economia

O Nordeste iniciou o mês de novembro sem conseguir mais uma vez atingir a meta de 20% de economia de energia, segundo relatório do ONS. Mesmo com o feriado da sexta-feira, dia 02.11.2001, a região atingiu economia de apenas 17,4% nos quatro primeiros dias do mês, repetindo o mesmo desempenho de outubro. As regiões Sudeste e Centro-Oeste conseguiram economizar 23,5% neste início de mês, e a Região Norte atingiu 21,4% de economia. (Estado - 06.11.2001)

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6- Chuva leva ministro a afastar risco de apagão no Nordeste

Apesar da contínua redução do volume de água nos reservatórios do Nordeste, a adoção dos apagões está praticamente descartada pelo governo federal. Até o fim de novembro, período mais crítico do racionamento, a não implantação dos cortes no fornecimento de energia já está garantida. Em dezembro, a possibilidade de fazer uso da medida é muito remota. De acordo com o ministro das Minas e Energia, José Jorge, a decisão de não adotar os apagões se deve ao atual nível de chuvas registrado na cabeceira do rio São Francisco, em Minas Gerais. José Jorge cita que a vazão afluente da barragem de Sobradinho, responsável por 70% da capacidade de armazenagem da região, está em 1.070 m3/s. Há um mês, era de 600 m3. Por conta disso, a folga existente entre o volume de água atual nos reservatórios e a margem de segurança determinada pelo governo atingiu seu maior percentual desde o início do racionamento: 2,03%. (Valor - 06.11.2001)

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7- Feridos devem ajudar a evitar apagões no Nordeste

Os feriados compulsórios foram outra justificativa do ministro José Jorge para cancelar os apagões no Nordeste. Até o fim de novembro, ainda vão ocorrer dois deles, nos dias 16 e 26, que devem gerar mais de dois pontos percentuais de economia no resultado do mês. O ministro reconhece, no entanto, que apesar das chuvas e dos feriados, o nível de água nos reservatórios ainda está em queda, pois o volume que entra nas barragens permanece inferior à quantia liberada para gerar energia. O engenheiro João Paulo Aguiar, diretor do Ilumina, ONG especializada no setor elétrico, concorda que os cortes no fornecimento não devem ser necessários até o final de 2001, mas vê otimismo do governo em descartá-los de imediato. O ministro José Jorge adianta ainda que a GCE prepara uma política específica para o período do Natal. O projeto, ainda em fase de elaboração, prevê uma ampliação da demanda sem punição para os consumidores. (Valor - 06.11.2001)

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8- Consumo no mercado da CPFL caiu 25,4% em outubro

O consumo de energia elétrica no mercado da CPFL caiu 25,4% em outubro, em relação à média de energia gasta em maio, junho e julho de 2000. Foi o segundo melhor resultado da concessionária, que atende 234 municípios do interior do Estado de São Paulo. Em junho, a redução foi de 20%, em julho, de 24,6%, em agosto, de 24%, e, em setembro, de 25,8%. (Estado - 06.11.2001)

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9- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Furnas deve tomar empréstimo para investir em 2002

Para fazer frente a investimentos da ordem de R$ 1,6 bi em 2002, conforme o previsto no plano de aumento de oferta de energia do governo federal, Furnas Centrais Elétricas terá de tomar empréstimo. A Eletrobrás, controladora da estatal, foi autorizada a captar no mercado externo, o que não ocorria desde 1998. Parte do dinheiro será repassada a Furnas, mas tal volume não deve ser suficiente, segundo fonte da empresa que leva em conta a provável diminuição do lucro de Furnas nos próximos meses com a queda de preços no MAE - de R$ 684 para R$ 336 por MWh. "Deve cair ainda mais no próximo ano, com a diminuição da procura por energia livre, já que o racionamento será atenuado". (Gazeta Mercantil - 05.11.2001)

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2- Celesc finaliza troca de dívida de R$ 599 mi por LTN

O governo de Santa Catarina divulgou ontem nota oficial explicando a federalização dos débitos da sua estatal de energia, a Celesc. A operação consiste na transferência de uma dívida de R$ 599 mi da companhia, da Conta de Resultados a Compensar (CRC), para o Ministério da Fazenda, que em contrapartida pagará a empresa com Letras do Tesouro Nacional (LTN). A operação está respaldada em medida provisória publicada em agosto. A Celesc poderá negociar esses papéis no mercado para abater uma dívida de curto prazo em Euro Commercial Papper de R$ 140 mi. Segundo analistas, a engenharia financeira permitirá uma redução do endividamento da companhia sobre o patrimônio líquido de 17,5% para 5,5%. Isso elimina boa parte da exposição da companhia ao câmbio e permite que a estatal volte e investir. (Valor - 06.11.2001)

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financiamento

1- Liminar da Eletrobrás pára contabilização no MAE

O processo de contabilização do MAE, que havia sido retomada há pouco mais de um mês, foi novamente paralisado. O motivo, dessa vez, é a liminar da Justiça que devolve o direito de comercialização dos excedentes de Itaipu no MAE à Eletrobrás. Essa negociação envolve uma cifra de pelos menos US$ 300 mi anuais. Esse direito havia sido retirado da estatal por uma decisão do Conselho do MAE e entregue às distribuidoras privadas, que são cotistas da energia de Itaipu. Mas a liminar determina que toda a contabilização de compra e venda de energia no MAE seja refeita, devolvendo os créditos dos excedentes de Itaipu à Eletrobrás. A decisão põe abaixo todo o cronograma de entrega das faturas elaborado pela Asmae. A contabilização dos meses de maio e junho de 2001, prevista para ter sido entregue no dia 31.10, não foi divulgada porque a liminar saiu no dia anterior. As distribuidoras devem entrar com um pedido na Justiça de cassação da liminar. (Valor - 06.11.2001)

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2- Leilão de energia excedente fecha dia sem oferta de venda

O leilão de energia excedente operado pela Bovespa em parceria com a Administradora de Serviços do MAE (Asmae) não teve negociação no dia 05.11.2001. Houve três ofertas de compra de 500 MWh a um preço de R$ 50 o MWh. Não foi registrada oferta de venda, como no dia 1º de novembro. (Gazeta Mercantil - 05.11.2001)

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financiamento

1- Dólar comercial cai 2,73%

Quase dois meses depois dos atentados aos Estados Unidos, o dólar comercial voltou ao patamar em que era negociado antes dos ataques e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve a maior alta em dois anos e meio. Depois de inaugurar o desmonte das posições de "hedging", os bancos puseram as tesourarias na ponta de venda, o que disparou a desova de divisas. O dólar comercial encerrou o dia 05.11.2001 em R$ 2,600 a compra e R$ 2,602 a venda, com queda de 2,73% em comparação com o fechamento de 01.11.2001. Em relação à PTax (média das cotações apurada pelo Banco Central), o declínio foi de 2,98%. Durante o dia, o dólar oscilou da mínima de R$ 2,593 à máxima de R$ 2,665. A Ptax recuou 2,3% para R$ 2,6208 na venda. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o contrato de câmbio de dezembro projeta uma taxa de R$ 2,632, com baixa de 2,90%. (Gazeta Mercantil - 06.11.2001)

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2- A Argentina inicia "swap" da dívida

A Argentina inicia no dia 06.11.2001 a primeira fase da troca de títulos para redução e alongamento da dívida. O ministro da Economia, Domingo Cavallo, anunciou no dia 05.11.2001 que vai oferecer ao mercado doméstico - bancos locais e fundos privados de pensão - títulos com prazo de três anos e taxa máxima anual de juros de 7%, dando como garantia a receita dos impostos, na troca por papéis com vencimento médio de ano e meio e juro anual de 11% a 16%. O governo pretende acelerar o processo de reestruturação, oferecendo garantias aos novos papéis, para eliminar cerca de 25% a 30% do total da dívida pública atual. Para 2002, o objetivo é baixar os vencimentos do principal e dos juros de US$ 14 bi para US$ 10 bi. A etapa internacional do "swap" da dívida argentina deverá ocorrer em janeiro ou fevereiro de 2002, com o aval de organismos como o FMI, que já disponibilizou US$ 3 bi para este fim. (Gazeta Mercantil - 06.11.2001)

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3- Analistas vêem "swap" como moratória branca

A operação de "swap" da dívida argentina é vista como uma espécie de moratória branca pelos analistas do mercado financeiro. Mantém intacto o principal das dívidas, mas impõe unilateralmente o juro máximo de 7%. "Encontramos a maneira de não decretar uma moratória e, ao mesmo tempo, reduzir o endividamento para voltar a crescer", disse Cavallo a um grupo de empresários e banqueiros locais. (Gazeta Mercantil - 06.11.2001)

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4- Fed deve baixar os juros dos EUA para 2%

As autoridades monetárias do FED devem reduzir em sua reunião de hoje, dia 06.11.2001, a taxa referencial de juros dos Estados Unidos para 2%, menor patamar desde o governo Kennedy, em 1961. O presidente do Federal Reserve, Alan Greenspan, e os demais integrantes do banco central provavelmente reduzirão a meta da taxa de empréstimos interbancários de um dia dos atuais 2,5% para 2%, de acordo com a media das previsões de 71 analistas consultados pela Bloomberg News. O declínio dos juros básicos geralmente pressiona para baixo as taxas de financiamentos e de empréstimos corporativos. (Gazeta Mercantil - 06.11.2001)

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gás e termoelétricas

1- El Paso inaugura termelétrica em Macaé

A El Paso inaugura no dia 07.11.2001, em Macaé, no Norte Fluminense, a termelétrica a gás Macaé Merchant que terá, na primeira fase, 350 MW de capacidade instalada e, ao final do projeto, 870 MW. A térmica teve investimentos de aproximadamente US$ 450 mi. (Jornal do Commercio - 06.11.2001)

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2- Macaé Merchant será aberta sem contrato de venda

A empresa americana de energia El Paso vai inaugurar quarta sua usina termelétrica Macaé Merchant, no norte fluminense, sem que um contrato de venda de energia esteja concretizado. Apesar disso, a empresa demonstra otimismo e tem interesse em novos projetos. A usina de Macaé entrará em funcionamento e a empresa deverá anunciar novo investimento, uma usina com capacidade para 225 MW em Paracambi (RJ), segundo a Secretaria de Energia, Indústria Naval e Petróleo, que já doou o terreno e cuida do licenciamento ambiental para o projeto. A empresa confirmou que a unidade permanecerá funcionando após a inauguração e que o destino da energia produzida será divulgado nesta terça, durante o anúncio da inauguração da termelétrica. A atitude da empresa será diferente, portanto, da exibida pela sua concorrente Enron, que inaugurou uma usina termelétrica no Rio, mas não a colocou em funcionamento, alegando problemas ligados ao MAE. (Diário do Gde ABC - 06.11.2001)

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3- Comitê de Bacias adia decisão sobre Carioba II

O Grupo Técnico de Planejamento do Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (GT-PL/CBH-PCJ) que analisa a implantação do projeto termelétrico Carioba II em Americana pediu mais trinta dias para emitir um parecer definitivo sobre a viabilidade de instalação do empreendimento. A decisão sairá dia 30 de novembro, quando o comitê votará o relatório final. A usina termelétrica Carioba II, empreendimento de um consórcio formado pelas empresas CPFL, Shell e Intergen, investirá US$ 650 mi numa planta com potência nominal de até 1,2 mil MW. (Gazeta Mercantil - PP - 05.11.2001)

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4- Cresce a produção de energia através de biomassa no Rio Grande do Sul

A geração de energia elétrica no Rio Grande do Sul através de biomassa vem ganhando impulso nos últimos cinco anos. Várias indústrias de arroz já instalaram usinas termoelétricas para geração de vapor e energia e outras estão em fase de implantação ou estudos. O maior projeto é liderado pela CGDe, uma empresa de capital português, que pretende instalar 10 usinas no estado em parceria com a CEEE e a Koblitz. A primeira, em Piratini, com capacidade para 10 MW, movida a rejeitos de madeira, já está em fase de testes; outras duas, em Dom Pedrito e Capão do Leão, estão em obras e utilizarão a casca de arroz como combustível. Na soma, o programa prevê a geração de 100 MW. (Gazeta Mercantil - 06.11.2001)

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5- Alto Alegre recebe verba do BNDES

O BNDES acaba de liberar R$ 63 mi para o grupo Alto Alegre. Os recursos serão aplicados na ampliação da capacidade de produção de açúcar e da geração de energia a partir do bagaço de cana-de-açúcar nas usinas de Alto Alegre (PR) e Presidente Prudente (SP). No total, os investimentos nas duas unidades deve alcançar R$ 104 mi. Um dos dois geradores previstos - o de Alto Alegre - foi instalado e deve entrar em operação nesta safra, em caráter de teste, diz o diretor-superintendente do grupo, Oscar Figueiredo Filho. O processamento na unidade deve seguir até o fim de novembro. A capacidade de moagem nas unidades deve crescer de 3,6 mi de toneladas para 5 mi de toneladas em 2002/03. A potência instalada para a geração de energia excedente deve passar de 5 para 20 MW. (Valor - 06.11.2001)

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6- Setor de gás natural deve receber US$ 15 bi

O setor de gás natural receberá investimentos em torno de US$ 15 bi nos próximos 10 anos, conforme estimativas da gerente de projetos da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Delma Quintanilha. O gás tem participação irrelevante na matriz energética brasileira, mas o país está realizando pesados investimentos para o aproveitamento desse insumo em diversas áreas. Delma cita, como exemplo, a construção de termelétricas em diversas partes do país. (Estado - 06.11.2001)

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7- RRPV espera começar construção de térmica em 2002

A filial brasileira da britânica Rolls Royce Power Ventures (RRPV) pretende começar a trabalhar no projeto de co-geração PQU, de US$ 200 mi - 240MW, depois que receber licença das autoridades ambientais do Estado de São Paulo. O projeto será construído próximo à companhia Petroquímica União (PQU) em Santo André, na área metropolitana de São Paulo. "Esperamos obter a licença de instalação até o fim de 2001, com a qual poderemos começar a trabalhar a partir do primeiro trimestre de 2002", o engenheiro da RRPV, Ivan Furtado. As operações estão programadas para começar em 2003. Recentemente, a RRPV obteve uma licença preliminar para a PQU do órgão ambiental Consema. O projeto já contratou duas turbinas de gás residual e de gás natural de 120MW da Siemens/Westinghouse. A RRPV está analisando uma proposta da EPC para a construção do projeto termelétrico. (Business News Americas - 05.11.2001)

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internacional

1- EDP e Transgás viabilizam nova Portucel Recicla

A Transgás, do grupo Galpenergia, e a EDP Distribuição vão pagar US$ 17,82 mi para custear as infra-estruturas de gás natural e transporte de eletricidade da central de cogeração da Portucel Recicla, em Mourão, com uma capacidade de 30 MW. A nova fábrica deveria estar concluída no final de 2001. Mas, a indefinição sobre quem assumiria os custos com a instalação das infra-estruturas acabaria por arrastar o dossier. A futura Portucel Recicla só deverá ter agora condições para arrancar no final de 2003. O Ministério da Economia ajudou também a desbloquear este projeto, ao fazer aprovar um decreto-lei sobre os pontos de interligação à rede elétrica, o qual transfere para a Rede Eléctrica Nacional ou para a EDP Distribuição os encargos das ligações à rede de centrais com menos de 50 MW. Caso os projetos ultrapassem este limite, os custos das infra-estruturas serão suportados pelos seus promotores. Os sobrecustos serão posteriormente repassados para a tarifa elétrica. (Diário Econômico - 06.11.2001)

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2- Moçambique inicia construção de gasoduto

A construção de um gasoduto ligando as reservas moçambicanas de gás natural de Temane e Pande à África do Sul deverá iniciar-se em Março próximo, num projeto orçado em US$ 1,19 bi. O presidente do Conselho de Administração da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique, Issufo Abdula, disse que a instituição e o grupo petroquímico sul-africano Sasol, que vai explorar as reservas, submeteram recentemente a Conselho de Ministros o plano de desenvolvimento do referido projeto. O governo moçambicano deverá aprovar os planos este mês. Depois da aprovação do plano de desenvolvimento se vai proceder à concessão de mandatos para a estruturação financeira do projeto e angariação dos investimentos necessários para a construção do gasoduto, com cerca de 900 km. A Sasol vai explorar conjuntamente as reservas de Pande e Temane, na província de Inhambane, no Sul do país. (Diário Econômico - 06.11.2001)

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3- Governo português não quer ENI no controle da Galpenergia

O Governo português anunciou que pretende manter a parceria entre a ENI e a Galpenergia. No entanto, o parceiro italiano não tomará o controle acionista e o Governo vai manter uma «golden-share», já que embora o executivo português queira estimular a competitividade da empresa a nível europeu e mundial, defende que o seu centro de decisão deve permanecer em Portugal. Quanto à EDP e à REN, a hipótese de se efetuarem novas privatizações ficará adiada pois, segundo o governo português, «estas têm de se preparar e consolidar tendo em perspectiva a criação do mercado ibérico com a liberalização em Espanha, a partir de Janeiro de 2003». O secretário de Estado português adiantou, no entanto, que a REN terá um papel decisivo na preparação da liberalização do mercado. Por resolver está também a remuneração de alguns ativos da REN, na qual o Ministério da Economia está a trabalhar. (Semanário Econômico - 06.11.2001)

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4- Ambientalistas pedem aplicação de Lei Eólica na Argentina

A Organização ambientalista Greenpeace expressou sua preocupação pela falta de aplicação da Lei Nacional de energia eólica na Argentina, que se encontra regulamentada desde o final de 1999. O coordenador de energia da entidade, Juan Carlos Villalonga, afirmou que " a demora não tem explicação, já que a Secretaria de Energia Argentina tem todos os mecanismos apropriados para que os geradores deste tipo de energia tenham incentivos". Segundo ele, todos os novos projetos eólicos de grande envergadura já anunciaram nos últimos anos que estão esperando a implementação da Lei para anunciar o começo dos trabalhos. (Sica News - 05.11.2001)

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5- York venderá termoelétrica em Trinidad & Tobago para NRG

A companhia americana York Research assinou um acordo de venda da sua termoelétrica de 215 MW em Trinidad e Tobago para outra empresa americana, a NRG, por US$ 140 mi. O acordo será finalizado após a resolução de alguns problemas, que incluem a assinatura da Comissão de Eletricidade de Trinidad & Tobago e o perdão de algumas dívidas da companhia. Não há garantia de que esses problemas sejam resolvidos logo, por isso, se eles não acabarem até o dia 21.11.2001, as duas companhias terão que cancelar o acordo. O objetivo da York com a venda, segundo seu vice-presidente, Vito Elefante, é levantar fundos para outros investimentos na região. A companhia tem um campo eólico de 115 MW em construção na República Dominicana e está começando negociações para um segundo campo na região. (Business News Americas - 31.10.2001)

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6- Fortum anuncia resultados melhores que os esperados para o terceiro semestre

O grupo de energia islândes Fortum anunciou resultados melhores que os esperados para o terceiro semestre de 2001, mas anunciou que os resultados do ano seriam pequenos devido aos baixos preços do petróleo e à baixa produção de gás. A companhia, que é a segunda maior companhia da região nórdica, afirmou que os lucros de janeiro a setembro cresceram de US$ 269.4 mi para US$ 355 mi. O crescimento se deu especialmente por causa do aumento de 11% dos preços de energia nos países nórdicos e por causa dos fortes preços de petróleo e gás dos dois primeiros trimestres. O grupo afirma que seu setor de eletricidade deve continuar tendo bons lucros, mas anunciou que a queda de 25% do preço do petróleo desde os atentados de 11.09.2001 deve afetar os lucros anuais de seus setores de gás e petróleo. (Financial Times - 01.11.2001)

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7- Usuários de setores populares terão 25% de desconto nas tarifas elétricas no Peru

A partir de 01.11.2001, as tarifas de energia elétrica dos usuários residenciais que superarem os 100 KWh/mês sofrerão uma multa para dar origem a um Fundo de Compensação Social Elétrica, que permitirá subsidiar em 25% as tarifas dos usuário de menor consumo. A multa será aplicada no período de novembro de 2001 a janeiro de 2002. O Organismo Supervisor do Investimento em Energia peruano também decretou que, em caso de sobra de dinheiro do fundo, as distribuidoras terão que repassar esta sobra a outras distribuidoras que não tiverem folga no orçamento, para que os subsídios sejam fornecido de forma igual a todas as regiões do país. (Expresso Online - 01.11.2001)

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8- Energy Africa quer levantar US$ 200 mi para novos investimentos

A produtora de petróleo e gás sul-africana, Energy Africa, afirmou que espera levantar US$ 200 mi até 2003 para investir em projetos que poderão dobrar sua produção nos próximos quatro anos. O diertor de gerenciamento da companhia, Rhidwaan Gasant, afirmou que o grupo planeja investir entre US$ 250 mi e US$ 300 mi em novos projetos de petróleo e gás na Namibia, Guiné Equatorial, Congo e Reino Unido. A Energy Africa é controlada em 57% pela Engen, a companhia sul-africana de refinamento, que é, por sua vez, pertencente em 80 à Petronas, companhia estatal petróleo da Malásia. O grupo anunciou um grande crescimento nos resultados do terceiro semestre de 2001, de US$ 8,7 mi para US$ 22,1 mi, registrado apesar da queda dos preços de petróleo e gás. (Financial Times - 01.11.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Barbara Oliveira, Fernando Fernandes, Carolina Selvatici, Priscila Feiner, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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