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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 750 - 18 de outubro de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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1- CGE adia decisão sobre reajuste de energia

O presidente Fernando Henrique Cardoso se reuniu no dia 17.10.2001, no Palácio do Planalto, com os integrantes da GCE. De acordo com o ministro Pedro Parente, as medidas sobre reajuste de energia foram adiadas, mas ele afirmou que provavelmente os reajustes serão maiores para quem paga menos (indústrias) e menores para quem paga mais (consumidores). Apesar das distribuidoras reclamarem que estão tendo prejuízos com o racionamento, Parente disse que a questão ainda será discutida. Ele afirmou ainda que não há definição sobre uma linha de crédito do BNDES para compensar as perdas das distribuidoras. (Diário OnLine - 17.10.2001)

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2- FHC diz que país superou desperdício

Ao sancionar a Lei de Eficiência Energética, o presidente Fernando Henrique Cardoso destacou que a sociedade brasileira aprendeu uma lição com a crise de energia: descobriu que havia um grande desperdício. No discurso, FHC ressaltou que o impacto do programa de racionamento sobre a produção industrial foi "infinitamente menor" do que o projetado no início. O presidente reconheceu que, mesmo depois de resolvida a crise, a questão da energia continuará a ser uma preocupação para o governo. A nova lei de eficiência prevê que todo produto que consome energia terá de passar por testes que comprovem o menor consumo possível de eletricidade. Uma etiqueta vai indicar a quantidade de energia necessária para o equipamento funcionar. (Valor - 18.10.2001)

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3- Lei de eficiência energética ainda precisa de regulamentação

A nova lei de eficiência energética lançada pelo governo ainda precisa ser regulamentada. O governo vai estabelecer os níveis máximos de consumo de energia ou mínimos de eficiência energética das máquinas e aparelhos. Trinta dias depois da regulamentação, os produtos que não estiverem dentro das novas normas deverão retirados do mercado. A lei prevê multa de até 100% do preço de venda da mercadoria para cada unidade que for encontrada fora das especificações. Artigos importados também estarão sujeitos às normas. A lei determina também que, antes da regulamentação, sejam ouvidas em audiência pública entidades representativas de fabricantes e importadores de equipamentos, projetistas e construtores de edificações, consumidores, instituições de ensino e pesquisa. (Valor - 18.10.2001)

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4- Venda da Cemig terá plebiscito

A Cemig só poderá ser privatizada com aprovação da população mineira confirmada em plebiscito. Os deputados mineiros aprovaram, em segundo turno, a Proposta de Emenda Constitucional apresentada pelo governador Itamar Franco (PMDB). A Cemig é hoje uma empresa de economia mista controlada pelo Estado. O governo mineiro detém 51% das ações. Os sócios estratégicos (AES, Southern Eletric e Opportunity) têm outros 33%. A PEC determina que o Estado só poderá abrir mão do controle acionário na geração, transmissão e distribuição de energia se houver consulta e aprovação em referendo popular. A PEC inclui ainda a prestação de serviços da Companhia de Saneamento Básico de Minas Gerais, que ficará submetida às mesmas regras de consulta popular. (Valor - 18.10.2001)

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5- Paraná não vai adiar leilão da Copel

Até agora, seis empresas já anunciaram a desistência da Copel: as americanas Duke Energy e AES, a francesa EDF, a espanhola Endesa e as brasileiras VBC e Cemig. O governo do Paraná, porém, anunciou que não vai adiar o leilão da estatal. A assessoria do secretário estadual de Fazenda e presidente da Copel, Ingo Hübert, classificou como boatos as desistências de seis empresas concorrentes anunciadas nos últimos dias. Na verdade, teme-se que muitos candidatos estejam dizendo que não estão interessados para tentar baixar o preço da empresa. (GloboNews.com - 18.10.2001)

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6- CND autoriza Eletrobrás a vender ações da Copel

O Conselho Nacional de Desestatização (CND) autorizou no dia 17.10.2001 a Eletrobrás a vender as ações que detém na Copel. Segundo o Ministro das Minas e Energia, José Jorge, a estatal tem em mãos 1% do capital total da distribuidora, que está em processo de privatização. Além de José Jorge, participaram da reunião do CND os ministros da Fazenda, Pedro Malan, do Desenvolvimento, Sérgio Amaral, do Planejamento, Martus Tavares, e dos Transportes, Eliseu Padilha. (Gazeta Mercantil - 17.10.2001)

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7- Duke Energy vai ficar fora do leilão de venda da Copel

A norte-americana Duke Energy não vai participar do leilão de privatização da Copel. A empresa confirmou no dia 16.10.2001, no início da noite, a desistência. "As indefinições nas regras do setor elétrico, que criam um quadro de incertezas, nos levaram a deixar a disputa", afirmou Michael Dulaney, presidente da Duke Internacional. Segundo Dulaney, além das pendências regulatórias, a Duke fez recentemente no Canadá uma grande compra - a empresa de energia West Coast -, por cerca de US$ 8 bi. Esse alto investimento, diante da escassez de recursos no mercado internacional, foi mais um inibidor para o grupo americano, que não teria com fazer outra grande aquisição neste momento. (Gazeta Mercantil - 17.10.2001)

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8- Tractebel ameaça desistir do leilão da Copel

Apontada pelos analistas como a mais forte candidata à compra da Copel, a belga Tractebel admitiu no dia 17.10.2001, pela primeira vez, a hipótese de também desistir de participar do leilão de privatização da companhia. O diretor da Tractebel no Brasil, Vitor Paranhos, disse que a subsidiária brasileira está "correndo contra o tempo" para obter o aval da matriz. Segundo o executivo, no entanto, a instabilidade internacional e os problemas regulatórios na área de energia elétrica brasileira podem dificultar a aprovação dos sócios. "Não é fácil convencer os sócios a investir US$ 2 bi no Brasil neste momento cheio de indefinições regulatórias importantes. Além disso, o preço da Copel não está barato. Se fosse uma pechincha, tantas outras empresas estrangeiras não teriam desistido da disputa", disse o executivo. (GloboNews.com - 18.10.2001)

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9- Poucas empresas continuam no leilão da Copel

Além da belga Tractebel, considerada a mais forte concorrente, entre os inscritos no data room para o leilão da Copel, restam ainda a americana NRG e a italiana Enel Power e a estatal mineira Cemig. As duas primeiras foram consideradas pouco inclinadas ao investimento; e a Cemig não pode participar por força de lei. Segundo Vitor Paranhos, diretor da Tractebel no Brasil, a empresa "continua brigando" pelo aval da matriz, "mas está difícil" . Ele disse esperar pelo sinal verde na própria data final da pré-qualificação. Depois, a empresa tem ainda uma semana de prazo para fazer o depósito das garantias, o que significa mais tempo para uma decisão definitiva. De qualquer forma, o governo do Paraná está confiante e reiterou que não vai adiar o leilão. E só se pronuncia depois da pré-qualificação das empresas. (Valor - 18.10.2001)

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10- TJ de Goiás decide sobre áreas de usinas

Uma decisão do Tribunal de Justiça de Goiás tornou inconstitucional a Lei 13.026, de 15 de janeiro de 1997, que determinava que os municípios-sede de usinas hidrelétricas e aqueles cujas terras sejam alagadas por estas obras dividam o valor adicionado decorrente da geração de energia elétrica. A divisão obedece aos seguintes percentuais: 25% aos municípios-sede da usina e 75% divididos proporcionalmente conforme da área alagada do município, inclusive a sede. A Lei 13.026 é adotada pelo Conselho Deliberativo dos Índices de Participação dos Municípios (Coíndice) desde 1999, por força de liminares impetradas pelas cidades envolvidas. Desde seu início, no entanto, a lei vem sendo contestada na Justiça por conta de seus aspectos material e formal. Com a mudança, os municípios com áreas inundadas por lagos de usinas deixam de receber sua parte no valor adicionado. (Gazeta Mercantil - 18.10.2001)

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risco e racionamento

1- Governo recebe proposta para geração de 4.730 MW

O governo recebeu proposta para geração de 4,730 mil MW de energia dentro do programa emergencial, valor superior ao previsto inicialmente. De acordo com o coordenador do programa, Octávio Castello Branco, o governo recebeu 126 ofertas de geração de energia de 105 empresas nacionais e estrangeiras, isoladas ou em consórcio. Até o dia 26 de outubro, o governo vai analisar a eficiência dos equipamentos e os custos globais da energia a ser gerada. A geração máxima oferecida foi de 337 MW. As usinas móveis serão contratadas pela Companhia Brasileira de Energia Emergencial (CBEE), e a prioridade será a instalação no Nordeste, que deve receber pelo menos mil MW. (Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil - 18.10.2001)

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2- GCE anuncia MP para repasse dos recursos do Tesouro às concessionárias

O ministro Pedro Parente anunciou uma Medida Provisória com solução para o repasse dos recursos do Tesouro às concessionárias para complementação do bônus. O Ministério de Minas e Energia ficará responsável pelo repasse do dinheiro às empresas. Sempre que os valores arrecadados com a sobretaxa não forem suficientes para pagar os bônus aos consumidores, as concessionárias deverão encaminhar planilha à Aneel. O órgão regulador fiscalizará as contas das concessionárias e indicará ao Ministério o valor correto do repasse. Se a arrecadação com a cobrança da sobretaxa superar o que é devido em bônus, os valores deverão ser abatidos das tarifas. A Aneel determinará de que forma será feita essa compensação. Provavelmente deve ocorrer no reajuste anual dos contratos. (Valor - 18.10.2001)

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3- Tesouro bancará R$ 100 mi para bônus

O ministro Pedro Parente, presidente da GCE, afirmou no dia 17.10.2001 que o Tesouro Nacional deverá arcar, até o final de 2001, com R$ 100 mi para o pagamento dos bônus aos consumidores de distribuidoras que não conseguiram arrecadar recursos suficientes com a sobretaxa do racionamento. Uma medida provisória foi editada no dia 17.10.2001, pelo governo, autorizando o Tesouro a abrir crédito suplementar ao Ministério de Minas e Energia no valor de R$ 50 mi. Os outros recursos serão liberados até o final do ano. (Gazeta Mercantil - 17.10.2001)

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4- Governo libera novas cargas para empresas do SE e CO

Com a situação dos reservatórios mais confortável das regiões Sudeste e Centro-Oeste, o governo decidiu liberar a instalação de novas cargas de energia. As empresas localizadas nessas regiões também poderão ampliar a carga de seus estabelecimentos. Com o início da crise, as cargas foram limitadas a 500 KV. A partir do dia 1º de novembro, as cargas estarão liberadas para as empresas que pleitearam novas instalações até 1º de junho. A permissão valerá a partir de 1º de dezembro para as empresas que apresentam solicitações depois de junho. A decisão terá efeito benéfico sobre a atividade econômica já que a partir de 1º de novembro, essas empresas que precisarem de mais eletricidade ficam desobrigadas de recorrer aos preços do MAE. (Gazeta Mercantil e Diário do Grande ABC - 17.10.2001)

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5- Nordeste pode ter de racionar até fim de 2002

Especialistas prevêem que no Nordeste o racionamento pode se estender até o fim de 2002. Para evitar a extensão do racionamento, o governo aposta na energia emergencial. Ontem, ele anunciou que recebeu ofertas de 4,7 mil MW, cuja maioria será destinada ao Nordeste, o que pode reduzir ou até acabar com o racionamento na região em 2002. Compra de energia de eletrointensivas também está sendo feita. No Nordeste, o cenário é crítico. A economia está em apenas 13%, e os reservatórios estão próximos de 10%, podendo fechar o ano abaixo de 5%. "O cenário é péssimo no Nordeste, o plano B terá de ser adotado mesmo", diz o professor Roberto Schaeffer, da Coppe da UFRJ. Para ele, dificilmente, será possível acabar com o racionamento no próximo ano na região. "A entrada de energia emergencial pode melhorar, mas os reservatórios estão muito baixos; ainda mais poucas térmicas estão sendo feitas para a região", diz, apontando que a medida mais prudente seria manter alguma economia no Nordeste. (Valor - 18.10.2001)

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6- Governo cede e muda regra dos feriadões no Nordeste

A GCE cedeu às pressões e abriu uma brecha para mudar as regras dos feriadões que impôs ao Nordeste. Após se reunir com o governador de Alagoas, Ronaldo Lessa, o ministro Pedro Parente concordou em alterar a medida provisória sobre os feriadões. Foi incluído um parágrafo permitindo que a GCE suspenda ou altere a data dos feriadões. A medida exclui o Piauí do feriado prolongado do dia 22.10.2001, pois o estado já terá feriado no dia 19.10.2001. (O Globo - 18.10.2001)

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7- Proibido uso no Nordeste de certificados de compra de energia adquiridos no Sudeste

O ministro Pedro Parente, presidente da GCE, anunciou no dia 17.10.2001 a proibição do uso no Nordeste de certificados de compra de energia adquiridos no Sudeste. O uso indevido dos certificado foi uma das causas do aumento do consumo no Nordeste. (Gazeta Mercantil - 18.10.2001)

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8- Alagoas quer substituir feriados por redução de uma hora na jornada do comércio

O governador de Alagoas, Ronaldo Lessa, quer substituir os feriados por redução de uma hora na jornada do comércio. Para o estado, diz ele, seria melhor a adoção de feriados às sextas-feiras, e não às segundas-feiras. Parente disse que analisará as sugestões mas avisou que Alagoas terá de cumprir o feriado do dia 22.10.2001. Em novembro, estão previstos mais dois feriadões no Nordeste, nos dias 16 e 26. (O Globo - 18.10.2001)

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9- Indústrias do Ceará não devem cumprir feriados

As indústrias do Ceará deverão continuar trabalhando normalmente durante os três feriados previstos para a região Nordeste pelo Plano B de racionamento de energia. O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) Jorge Parente, reuniu-se no dia 17.10.2001 com representantes da Procuradoria do Trabalho para a formação de um acordo no qual empregados trocariam horas extras nos feriados por folgas ou férias futuras. De acordo com Jorge Parente, a medida não é uma tentativa de burlar o Plano, mas sim um acordo do setor produtivo que não diz respeito ao governo. O presidente da federação também revelou que ainda tem esperança de que os Estado seja excluído dos feriados pois cumpriu a meta de 20% de economia. (Diário OnLine - 17.10.2001)

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10- Firjan quer flexibilizar racionamento

A Firjan encaminhará à GCE, até o fim de outubro, uma lista de sugestões para flexibilizar o racionamento durante o período das chuvas, entre novembro e abril. Entre as propostas, está a liberação das metas de consumo dos consumidores residenciais que gastam por mês até 200 KWh. Outra sugestão é o ajuste das metas de consumo para os setores comercial e industrial, com o objetivo de aumentar a atividade produtiva. Segundo o coordenador do Grupo de Crise Energética da Firjan, Adilson de Oliveira, as propostas ainda estão sendo elaboradas, mas ele acredita que para a indústria e o comércio uma meta de redução aceitável poderia ficar entre 10% e 15%, relativa as médias trimestrais do ano anterior. (Jornal do Brasil - 18.10.2001)

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11- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Light estima baixa de R$ 50 mi nos aportes de 2002

A Light informou no dia 17.10.2001, em comunicado à Bovespa, que os investimentos de 2002 deverão somar R$ 400 mi, o que significa R$ 50 mi a menos na comparação com o estimado inicialmente. Segundo a empresa, essa previsão, embora preliminar, deve-se aos "possíveis impactos do cenário de restrição de oferta de energia elétrica, alguns já verificados ao longo de 2001, com desdobramentos no próximo exercício". Também é esperada uma redução na receita do segundo semestre da ordem de 20%, o que reflete, informou a Light, a decisão do governo federal de implementar um programa emergencial de redução do consumo de energia. Para o ano, a empresa espera baixa de 10% no faturamento. (Gazeta Mercantil - 17.10.2001)

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2- Eletropaulo vai doar lâmpadas para PM

A Eletropaulo vai doar 6.600 lâmpadas fluorescentes para a Polícia Militar de 15 cidades da Grande São Paulo. A distribuição começa no dia 18.10.2001. As lâmpadas fluorescentes compactas de 15W, que vão substituir as incandescentes, geram uma economia no consumo de energia de até 80%, quando comparadas às equivalentes lâmpadas incandescentes de 60W. (O Globo - 18.10.2001)

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financiamento

1- Chesf contratará mais energia de pequenas geradoras

A GCE anunciou no dia 17.10.2001 que está autorizando a Chesf a fazer a contratação de 200 MW médios de energia oferecida por pequenas geradoras. Na semana passada - segunda de outubro de 2001 - a autorização era para contratação de 95 MW. Essa adição de energia tem o objetivo de amenizar a situação crítica da região Nordeste. (Gazeta Mercantil - 18.10.2001)

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2- Cemig começa a negociar ações no nível 1 na Bovespa

A ações da Cemig começaram a ser negociadas no nível 1 de Governança Corporativa da Bovespa no pregão do dia 17 de outubro de 2001. O espaço lista as empresas comprometidas com regras de melhoria das informações prestadas trimestralmente, como demonstrações financeiras, fluxos de caixa, programas de compra de ações e acordos com acionistas. (Canal Energia - 18.10.2001)

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3- Preço do MWh nos leilões de excedente chega a R$ 130,00

O leilão de excedente de energia do MAE fechou a operação do dia 17.10.2001, com a venda de 800 MWh, com volume total de negócios de R$ 104 mil. O fixing por MWh foi de R$ 130,00. Durante o pregão do dia foram feitas cinco ofertas para venda num total de 7.090 MWh, com preços que variaram de R$ 128,00 a R$ 170,00. Para compra, foram registradas duas ofertas que somaram 850 MWh. O preço máximo para a compra chegou a R$ 140,00, contra um mínimo de R$ 121,00. (Canal Energia - 17.10.2001)

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4- Cogeração deve fornecer 7% da eletricidade da CPFL até 2003

Com os novos contratos firmados com usinas sulcro-alcooleiras, a expectativa da CPFL é adquirir 355 mil MWh de energia até o final de 2001, dos quais 45 mil MW serão comercializados no MAE. As usinas que optaram pelos negócios intermediados pelo MAE comercializam neste mercado entre 10% e 30% do total de energia contratado com a CPFL. A meta é obter das usinas de açúcar e álcool 7% da eletricidade distribuída até 2003. Os contratos com a CPFL podem ser de curto, médio e longo prazo, oscilando entre o período mínimo de venda de uma safra, até dez anos. Os preços oscilam de acordo com a quantidade de energia fornecida, prazo do contrato e distância das usinas geradoras. (Gazeta Mercantil - 18.10.2001)

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financiamento

1- Elétricas apelam para emissões para suprir queda de receita

As elétricas, com endividamento alto e faturamento baixo, estão buscando recursos no mercado interno para rolar dívidas, manter os investimentos e adquirir ativos. Pegas no contrapé pelo racionamento, as empresas estão captando recursos no mercado financeiro para compensar uma perda da receita estimada entre 25% e 30%, em média. Como conseguir dinheiro no exterior atualmente não é uma tarefa fácil (e barata), a opção tem sido as debêntures e notas promissórias. O volume de emissões do setor neste ano chega a R$ 5,4 bi, cerca de 22% do total de captações registradas e em análise pela CVM ou aprovadas em assembléia pelas companhias. "A captação no exterior ficou mais difícil e mais cara depois dos atentados", lembra Fernando Aoad, analista de energia do HSBC. "As empresas têm que recorrer ao mercado interno para rolar as dívidas e continuar os investimentos." (Valor - 18.10.2001)

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2- Cataguazes-Leopoldina finaliza a emissão de R$ 75 mi

A Cataguazes-Leopoldina finaliza a emissão de R$ 75 mi em notas promissórias para cumprir parte dos investimentos em geração programados para este ano. Segundo o diretor financeiro da companhia, Maurício Botelho, R$ 200 mi serão aplicados na construção de cinco PCHs com potência total de 100 MW. Outros R$ 160 estão sendo aplicados na termelétrica de Juiz de Fora, de 103 MW, projeto feito em parceria com a Petrobras. Mais R$ 100 mi serão destinados à construção de duas hidrelétricas de maior porte, arrematadas recentemente em leilão: Barra do Braúna (45 MW) e Baú (110 MW). O grupo investiu R$ 130 mi em 2001 e tem outros R$ 900 mi programados até 2003. "A estratégia é ir ao mercado nacional buscar os recursos para esses projetos", diz. (Valor - 18.10.2001)

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3- CPFL captou R$ 890 mi em debêntures

Caso parecido foi o objetivo do lançamento feito pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), que captou R$ 890 milhões em debêntures recentemente para concluir o processo de reestruturação iniciado no começo do ano. Praticamente a totalidade dos recursos foi utilizada na aquisição da Rio Grande Energia (RGE), que custou R$ 1,4 bi. Foi feita ainda uma captação no mercado externo, de US$ 300 mi, com prazo de cinco anos e com troca ("swap") por CDI, e sem a exposição cambial, segundo o gerente financeiro da CPFL, Rubens Della Volpe. (Valor - 18.10.2001)

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4- Cemig prepara emissão de R$ 625 mi

A Cemig prepara uma emissão de R$ 625 mi, parte para a finalização dos investimentos em geração da companhia, como a hidrelétrica de Porto Estrela, e parte para a rolagem de dívida. A estratégia é alongar um débito de US$ 150 mi em eurobônus que vencem no dia 16 de novembro, segundo o diretor de finanças da companhia, Cristiano Corrêa de Barros. Os custos dessa captação, entre 10,5% e 11% ao ano, ainda estão sendo avaliados pela empresa, disse ele. A tendência é de que a operação seja fechada, mas, caso contrário, a Cemig teria caixa para arcar com o pagamento, se for necessário. (Valor - 18.10.2001)

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5- Eletropaulo captou para rolar dívidas

A Eletropaulo, que captou R$ 442 mi neste ano, utilizará grande parte dos recursos para a rolagem das dívidas vinculadas aos atuais investimentos. Apenas uma pequena parte será utilizada para investimento na distribuição de energia. Luiz David Travesso, presidente, disse recentemente que metade dos investimentos programados para a ampliação da distribuição haviam sido postergados devido à redução do consumo com o racionamento. A previsão inicial era de R$ 400 mi e apenas pouco mais de R$ 200 mi serão investidos. (Valor - 18.10.2001)

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6- Copom mantém juro em 19% pelo quarto mês

Pelo quarto mês consecutivo o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), manteve a taxa básica de juros em 19% - sem viés. Em nota divulgada após o término da reunião, no final da tarde de 17.10.2001, a autoridade monetária justificou a decisão afirmando que "a expectativa do Copom para a inflação para 2002 indica que a política monetária está adequadamente calibrada para o cumprimento da meta para o ano que vem" - fixada em 3,5%. (Gazeta Mercantil - 18.10.2001)

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7- Argentina em trégua espera pacote

Os mercados de capital deram no dia 17.10.2001 mais um dia de trégua à economia argentina, sob a perspectiva de que o governo esteja prestes a iniciar o processo de reestruturação da dívida das províncias, primeiro passo em direção ao megaswap (troca de títulos) com garantias adicionais para a redução do endividamento do país. Ao facilitar a vida financeira das províncias, o governo estaria conquistando a aproximação de setores opositores do peronismo (Partido Justicialista), predominantes entre os governadores. Isto reforçaria politicamente o governo, derrotado nas eleições de domingo. (Gazeta Mercantil - 18.10.2001)

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8- Visão mais otimista leva à surto comprador de títulos argentinos

Os analistas concordam que as tratativas governamentais para resolver as divergências com os governadores por meio de um swap são duplamente produtivas. Primeiro, porque ela solucionaria parte das dificuldades de caixa do governo para fechar as contas fiscais no último trimestre do ano - período projetado como crítico, dado o grande volume de vencimentos contra uma arrecadação em baixa. Além disso, estaria aberto o caminho político para atrair setores da oposição a um pacto pela governabilidade - fundamental para um governo ainda mais debilitado depois que as eleições tornaram o peronismo maioria também na Câmara dos Deputados, a exemplo do que já ocorria no Senado. Como resultado da visão mais otimista para a gestão política e econômica argentina de curto prazo, houve um novo surto comprador dos títulos da dívida do país, o que derrubou a 4,2% a sobretaxa de risco, a 1.696 pontos básicos. O bônus de maior liquidez, o Global 2008, fechou cotado a US$ 58,59, salto de 3,5% sobre o dia anterior. A bolsa chegou a subir 6%, mas fechou em alta de 3,5%. (Gazeta Mercantil - 18.10.2001)

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9- Bird deve reforçar apoio financeiro do FMI em favor de megaswap na Argentina

Pesou também na performance do mercado a notícia de que o Banco Mundial (Bird) estaria disposto a reforçar o apoio financeiro do Fundo Monetário Internacional (FMI) em favor de um megaswap na Argentina. O Fundo já destinou US$ 3 bi, inicialmente programados para março, para serem usados como garantia adicional à operação de swap. Chegou a circular a informação de que tanto Bird como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aportariam outros US$ 5 bi para este fim. De Washington, o porta-voz do FMI informou que "é prematuro falar de novos fundos para a Argentina". (Gazeta Mercantil - 18.10.2001)

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gás e termoelétricas

1- Alstom fecha negócios de R$ 1,6 bi em novas usinas

A Alstom anunciou no dia 17.10.2001 o fechamento de mais dois contratos para fornecimento de equipamentos para usinas geradoras de energia elétrica. Ambos foram firmados com a Petrobras e, juntos, representam negócios da ordem de R$ 1,6 bi. A empresa equipará a Usina Termorio, unidade que será instalada no Rio de Janeiro sob responsabilidade do consórcio formado entre Petrobras, NRG Engenharia e PRS. Este contrato está avaliado em R$ 1,5 bi e consiste entre outras coisas no fornecimento de seis turbinas a gás tipo GT11N2. O outro contrato consiste no fornecimento de duas novas turbinas a gás tipo GT11N2 para a Usina Piratininga, em São Paulo - um negócio avaliado em R$ 125 mi. (Gazeta Mercantil - 18.10.2001)

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2- EDP vai dobrar potência de usina

O agravamento da crise energética no Nordeste está incentivando novos investimentos dirigidos ao aumento da oferta do insumo na região. Antes mesmo de colocar sua central termelétrica de co-geração em atividade plena, a Fafen Energia S/A, uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) formada pela Petrobras e a Energen, do grupo português EDP, já realiza estudos de viabilidade visando à repotencialização da usina, um investimento de US$ 65 mi, situado em Camaçari, na Bahia. A meta é investir mais US$ 45 mi e adicionar outros 70 MW à central, que hoje possui capacidade para gerar 60 MW de energia. Se o projeto for considerado viável, a nova oferta deverá ser disponibilizada ao mercado nordestino no final de 2002. "Em 30 dias teremos os resultados dos estudos para a repotencialização", afirma o diretor financeiro da Fafen Energia, Luiz Roberto dos Santos Pinto. (Gazeta Mercantil - 18.10.2001)

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grandes consumidores

1- Crescimento industrial é zero, diz IBGE

O crescimento da indústria brasileira em agosto foi zero, segundo os dados divulgados no dia 17.10.2001 pelo IBGE, na comparação com agosto do ano 2000. Apenas quatro das 12 áreas pesquisadas registraram crescimento industrial, segundo o instituto. Os estados de Santa Catarina e do Paraná se destacaram com maiores altas de crescimento - de 5,2% e 2,2%. Já a indústria do Ceará apresentou a maior taxa negativa do mês de agosto (-8,8%). (Gazeta Mercantil - 18.10.2001)

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2- Escassez de energia ajuda a derrubar produção industrial

O racionamento atingiu fortemente o desempenho da indústria regional em agosto de 2001, revelam dados do IBGE. Das doze áreas pesquisadas, apenas três - as indústrias de dois Estados da Região Sul, que não foram atingidas pela crise de energia, e São Paulo, apoiado na produção de bens para o setor elétrico - apresentaram crescimento de produção no período em relação ao mesmo mês do ano passado. A produção do parque fabril do Nordeste recuou 5,4%. O Rio Grande do Sul teve queda de 0,8%, mas o fraco resultado foi atribuído à quebra de safra do fumo. Na ótica do IBGE, as regiões que mais cresceram foram aquelas influenciadas pela produção de bens de capital, que tiveram desempenho positivo também na exportação, principalmente agroindústria e Estados com produção de diesel e combustíveis em geral, cuja produção visou substituir a energia elétrica. (Valor - 18.10.2001)

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internacional

1- Analistas reclamam da falta de transparência da Enron

A Enron novamente não deu novos detalhes sobre o débito de US$ 1,2 bi que não havia considerado no anúncio de seus resultados do terceiro trimestre de 2001. No dia 17.10 2001, a Enron havia dado detalhes de um débito de US$ 1 bi que havia adquirido por causa de investimentos na área de telecomunicações, águas e venda de energia que não haviam dado certo. Mais tarde, o CEO da empresa, Ken Lay, mencionou um novo débito, desta vez de US$ 1,2 bi, mas não deu detalhes, apenas afirmando que o valor não prejudicaria a taxa de crédito da empresa. A maioria dos analistas está revoltada com a falta de transparência da empresa. Na última entrevista dada por Lay, ele aparentemente se recusou a responder perguntas sobre o dinheiro. Analistas afirmam que a empresa, que já vem tendo problemas de credibilidade, vai ter sua imagem mais enfraquecida no mercado por causa desta atitude. (Financial Times - 18.10.2001)

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2- Ferroatlântico quer indenização da EnBW

A Ferroatlântico pretende ser indenizada pela EnBW, sua parceira na luta pelo controle da Hidrocantábrico, caso os alemães vendam à elétrica portuguesa 20% da sua posição e um novo pacto de gestão. A empresa de Villar Mir confirma assim não estar disposta a ceder nas suas intenções de realizar fortes lucros, caso tenha de abandonar a elétrica asturiana, na qual detém, em conjunto com a EnBW, uma posição próxima dos 60%. Villar Mir defende que as negociações entre a elétrica alemã e a sua congênere portuguesa contrariam os acordos estabelecidos para o lançamento da OPA conjunta Ferroatlântico/EnBW. Ele pretende que antes de um acordo luso-alemão, a EnBW lhe garanta uma compensação para abdicar da venda da sua posição majoritária nos 60% conseguidos através da OPA sobre a Cantábrico. (Diário Econômico - 18.10.2001)

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3- Pecom convoca estudo de viabilidade de reservatório

A companhia argentina Pecom Energia convocou consultoras com sede nos EUA a apresentarem propostas pelo estudo de viabilidade do desenvolvimento de um reservatório de gás profundo Punta Rosada, na província de Neuquén. As estimativas iniciais de reservas indicam que poderá haver 3,4 milhões de m3 de gás natural. Parte do estudo de viabilidade se relacionará com as tecnologias que poderão ser aplicadas para o desenvolvimento do gás e a forma como a produção será distribuída entre a Pecom e as outras companhias. A provável produção será destinada ao sistema de distribuição nacional e poderá no final ser exportada para o Brasil ou Chile. O investimento é estimado em US$300mi. O estudo deve levar de seis a nove meses e começar em janeiro de 2002. A Pecom Energia pertence à Perez Companc. (Business News Americas - 17.10.2001)

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4- Ministério venezuelano definirá tarifas de energia antes de capitalizar estatais

O Ministério de Energia e Minas da Venezuela definirá o regime econômico do setor elétrico antes de prosseguir com o processo de capitalização de empresas elétricas estatais, disse o engenheiro Luis Villanueva, diretor de eletricidade do MEM. Villanueva disse que o processo de participação privada nas empresas estatais está sendo reavaliado, e por isso ainda não se sabe se a iniciativa privada poderá participar da propriedade das elétricas estatais. Segundo ele, o MEM está desenvolvendo um estudo extensivo do setor elétrico, analisando a eventual participação privada em empresas estatais e definindo a metodologia do regime de remuneração. "Mas especificamente agora, nossos esforços estão concentrados no estabelecimento de alternativas para a urgência de abastecimento elétrico que pode ocorrer por causa da falta de chuva que está afetando o nível dos reservatórios das hidroelétricas", disse. (Business News Americas - 17.10.2001)

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5- Exxon protesta contra política européia sobre o setor de gás

A Exxon Mobil, o maior conglomerado de energia do mundo, afirmou que alguns investimentos vitais para o setor de gás europeu poderiam estar sendo minados pelas tentativas da União Européia de liberalização do mercado. A União pretende abrir seu mercado de energia totalmente através da implementação de novas regras no setor de gás e energia. Brian Hamilton, chefe da área de gás da Exxon, afirma que a União corre o risco de não conseguir completar a liberalização e de simplesmente trocar uma legislação pela outra. Cerca de US$ 676 bi foram investidos nas redes de transmissão de gás européias nos últimos 40 anos. Hamilton afirma que cerca de USS$ 300 mi devem ser investidos nos próximos vinte anos para atender o aumento da demanda. E ele teme que os investidores percam a confiança no mercado por causa de algumas mudanças da legislação como o tamanho máximo dos contratos. (Financial Times - 17.10.2001)

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6- El Paso deve fechar acordo de US$ 1 bi para transportar gás

A El Paso deve anunciar um acordo de cerca de US$ 1 bi que a permitirá transportar gás natural liqüefeito do campo de exploração de Snoehvit, pertencente a norueguesa Statoil, para o mercado americano. A Statoil anunciou que um acordo deve ser divulgado até o dia 19.10.2001. De acordo com o negócio, a El Paso teria direito a comprar cerca de 2,4 bilhões de m3 de gás por ano do projeto, durante 17 anos. O gás seria transportado aos EUA, onde seria re-gasificado e usado dentro mercado americano. O projeto de Snoehvit é o maior projeto industrial da Noruega. (Financial Times - 18.10.2001)

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7- Iberdrola procura crédito na Europa

A Iberdrola pretende obter crédito e apoio dos mercados financeiros europeus para o seu plano de desenvolvimento. O plano, elaborado depois do fracasso de fusão com a Endesa, implica um investimento global de US$ 10 bi. A Iberdrola não deu nenhum detalhe sobre quais instituições ela iria procurar para conseguir o crédito. (Diário Econômico - 18.10.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Barbara Oliveira, Fernando Fernandes, Carolina Selvatici, Priscila Feiner, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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