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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 745 - 10 de outubro de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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1- Governo do Paraná mantém data do leilão da Copel

A data do leilão da Copel está mantida para o próximo dia 31, garantiu o governador do Paraná, Jaime Lerner, por meio de sua assessoria de imprensa. O governador só confirma oficialmente a desistência da francesa EDF. No dia 10.10.2001, a norte-americana AES anunciou a saída da disputa. No dia 09.10.2001 tinha sido a espanhola Endesa. Para Lerner, é natural que, às vésperas do leilão, o mercado levante hipóteses sobre o posicionamento das empresas participantes no processo. (Folha de São Paulo- 10.10.2001)

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2- Câmara de Curitiba rejeita plebiscito da Copel

A Câmara de Curitiba rejeitou o projeto de decreto legislativo que previa a realização de um plebiscito na Capital para decidir o futuro da Copel. A matéria foi derrubada por 17 vereadores - a maioria na Casa. O departamento jurídico da Câmara deu parecer pela inconstitucionalidade da consulta popular, alegando que o projeto continha vícios de origem e não indicava a origem dos recursos para custear o plebiscito. Os legislativos municipais estão sendo estimulados pelo Fórum Popular Contra a Venda da Copel a votar projetos prevendo a realização da consulta popular. (Folha de Londrina - 10.10.2001)

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3- Cinco empresas manifestam interesse no leilão da Celg

Cinco empresas já manifestaram interesse em participar do leilão de privatização da Celg, que acontece no dia 22 de novembro de 2001, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Segundo a Secretaria de Planejamento de Goiás, as companhias interessadas são a belga Tractebel, as norte-americanas AES e PSG, Grupo Rede e a CEB. Com preço mínimo de R$ 1.320.716,60, serão ofertadas 99,89% do capital ordinário e 88,5% do capital social da empresa. (Canal Energia - 09.10.2001)

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4- Estado volta pagar dívida à Cemig

A Cemig espera voltar a receber do Estado parcelas da dívida de R$ 600 mi referentes à Conta de Resultados a Compensar (CRC) até o final de outubro, disse no dia 09.10.2001 o presidente da estatal, Djalma de Morais. Morais afirmou que o reinício do pagamento da dívida do Estado para com a concessionária mineira poderá ser equacionado no dia 10.10.2001, num encontro entre ele próprio e o secretário de Estado da Fazenda, José Augusto Trópia Reis. (O Tempo - 10.10.2001)

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5- Inglaterra busca parceiros em energia

Nem mesmo a guerra, da qual a Inglaterra participa diretamente, afetou o interesse do ministro britânico de Energia, Brian Wilson, de visitar o Rio de Janeiro, dia 15.10.2001. Ele se reunirá com o governador Anthony Garotinho acompanhado de representantes de 40 empresas em busca de parcerias no setor de energia brasileiro. De acordo com o governo do estado, a visita de Wilson é uma resposta à ida de Garotinho e uma missão brasileira ao Reino Unido em 2000. "Durante a missão a Londres, diversas empresas e autoridades locais demonstraram profundo interesse em conhecer o mercado emergente de energia e petróleo no Brasil, assim como os incentivos que o estado poderia conceder nestes setores para atrair estes novos investimentos", afirmou o secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer. (Gazeta Mercantil - RJ - 10.10.2001)

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risco e racionamento

1- Governo decreta plano B com feriados no Nordeste

O governo anunciou, no dia 10.10.2001, que o "Plano B" será iniciado no Nordeste. A primeira medida foi a decretação de três feriados adicionais para o mês de outubro na região. Além dos três feriados já estabelecidos nessa época (em 12 de outubro, 2 de novembro e 15 de novembro), serão instituídos feriados nos dias 22 de outubro (segunda-feira), 16 de novembro (sexta-feira) e 26 de novembro (segunda-feira). As datas ainda precisam ser oficializadas pela GCE, de acordo com o ministro Pedro Parente. A falta de chuvas na região e a pequena redução no consumo foi determinante para a decisão anunciada por Parente e não está descartada a possibilidade de apagão programado caso os reservatórios continuem baixos. (Redação Terra - 10.10.2001)

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2- Regiões seguem descumprindo metas

As três regiões sujeitas ao racionamento continuam descumprindo a meta de redução de consumo de energia. Entre os dias 1º e 8 de outubro, a economia ficou em apenas 11% em relação ao consumo médio anotado entre maio e julho de 2000 no Nordeste. No resultado isolado do dia 08.10.2001, a redução ficou em apenas 10,2%. No bloco Sudeste/Centro-Oeste, o consumo caiu 17,1%, enquanto, no resultado isolado do dia, a economia somou 16,3%. Na chamada região Norte, a redução do consumo nos primeiros oito dias do mês foi de 19%. O consumo isolado do dia 08.10.2001 foi de 17,6%. (Gazeta Mercantil - 09.10.2001)

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3- Chuva no Sudeste supera expectativa

Os primeiros dias de outubro têm sido os mais positivos para os reservatórios que servem as hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste desde o início do racionamento. Desde o dia 1º, as represas dessas regiões vêm recuperando seus níveis de armazenagem, tendo acumulado, até o dia 08.10.2001, 0,54% a mais na quantidade de água represada. A recuperação se deve, principalmente, às chuvas registradas no início do mês, principalmente no Sudeste, que permitiram que a afluência de água para as represas somasse 120% da média dos últimos 70 anos no Sudeste/Centro-Oeste, contra uma expectativa de apenas 75% apontada nos planos do racionamento para o período. Na região Nordeste, a afluência das águas da chuva chegou, no acumulado do mês, a 59% da média histórica, pouco acima dos 56% estimados como mínimo ideal no racionamento. (Gazeta Mercantil - 09.10.2001)

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4- Reservas continuam se recuperando

No dia 08.10.2001, as represas do Sudeste/Centro-Oeste preservavam 21,12% do potencial, o que representa 5,55 pontos percentuais de sobra em relação ao percentual previsto na curva guia (15,71%) para a data. Como referência, o percentual preservado pelas represas no dia 1º de outubro era de 20,58%. No Nordeste, os reservatórios mantinham apenas 11,24% da capacidade no dia 08, ou 1,43 ponto além da curva guia. Já a represa da usina de Tucuruí, no dia 08.10.2001, preservava 50,98% do potencial ou 0,46 ponto percentual abaixo da curva guia. A afluência da chuva na área desta planta tem ficado abaixo do esperado, com 72% da média histórica, contra os 76% estimados nos planos do ONS. (Gazeta Mercantil - 09.10.2001)

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5- Eletropaulo aumenta cortes de 4,4 mil para 35 mil por mês

Depois que a Câmara de Gestão da Crise de Energia editou uma resolução para obrigar as distribuidoras de energia a aumentar o seu percentual de cortes, a Eletropaulo decidiu ampliar os desligamentos para algo entre 1.000 e 1.200 consumidores por dia. Até setembro, a empresa só tinha cortado 4.400 residências. A resolução obriga as distribuidoras de energia a cortar no mínimo o equivalente a 30% da média de cortes por inadimplência em 2000. Segundo o vice-presidente de operações da empresa, Antoninho Borghi, a Eletropaulo demorou para implantar o programa de cortes porque havia muitos consumidores recorrendo da sua meta. (Folha de São Paulo - 10.10.2001)

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6- Eletropaulo não acredita em recuperação rápida do consumo com fim do racionamento

Sobre uma possível redução do racionamento a partir de dezembro de 2001 no Sudeste, o vice-presidente de operações da Eletropaulo, Antoninho Borghi, afirmou que não acredita em uma recuperação rápida do consumo. Em média, os 23 municípios da maior distribuidora do país reduziram o consumo em 25%, ficando sempre acima da meta de 20%. "Uma mudança no racionamento traria um alívio para os consumidores e para as distribuidoras, mas ninguém vai voltar a consumir 25% a mais da noite para o dia.'' Borghi disse que a empresa não fez nenhuma reivindicação sobre um reajuste extraordinário de tarifas, mas reafirmou a necessidade de ajudar as empresas a recuperar as perdas causadas pelo racionamento. (Folha de São Paulo - 09.10.2001)

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7- Corte e sobretaxa estão suspensos em MG

Todos os consumidores atendidos pela Cemig em Minas Gerais estão livres dos cortes de energia e da cobrança de sobretaxa. A suspensão foi definida pelo juiz Antônio Sérvulo dos Santos, da 1ª Vara de Fazenda Pública do Fórum Lafayette, que estendeu decisão que já havia sido tomada para Belo Horizonte, no último dia 1º, para todo Estado. Na ação movida pelo Ministério Público de Defesa do Consumidor (MP) no último mês de agosto, a sobretaxa e o corte de energia elétrica para os consumidores que ultrapassaram a meta do racionamento foram considerados "inconstitucionais, ilegais e abusivos" pelos promotores. A Cemig, segundo Sérvulo, ainda tem prazo de dez dias para recorrer da decisão judicial, que será publicada no dia 11.10.2001. "Suspendemos os cortes e a cobrança de sobretaxa, mas acreditamos que há possibilidade de a decisão ser cassada, assim como aconteceu em Goiás", afirmou Sérvulo. (O Tempo - 10.10.2001)

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8- Escelsa perde R$ 6,7 mi com racionamento

A Escelsa já acumula uma perda eventual de receita da ordem de R$ 6,7 mi com o racionamento de energia. Segundo o diretor Comercial da empresa, João Alberto da Silva, o déficit é resultado da conta-pagamento de bônus aos clientes que consumiram energia abaixo da meta fixada pela concessionária menos a arrecadação de sobretaxas recebida dos consumidores que tiveram um consumo além do estipulado pela regras do racionamento. (Gazeta Mercantil - ES - 10.10.2001)

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9- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- AES corta investimento e sai da disputa pela Copel

As indefinições regulatórias do setor elétrico e o baixo valor das tarifas de energia tiraram a americana AES da disputa pela Copel e da Companhia Elétrica de Goiás, segundo o presidente da AES no Brasil e da Eletropaulo, Luiz David Travesso. A AES é a terceira companhia a desistir oficialmente da Copel, depois da espanhola Endesa e da EDF. Para Travesso, o atual cenário de incertezas impossibilita qualquer aquisição ou investimento em novos ativos. As companhias elétricas, explica ele, estão com problema sério de caixa. Em 2000, a Eletropaulo faturou R$ 6 bi. A previsão para 2001 é de R$ 5 bi. O déficit financeiro da empresa tem reduzido também os investimentos da empresa. Os principais entraves para a aplicação de recursos são os preços das tarifas de energia, muito baixos, e a falta do cumprimento do que foi acertado nos contratos, como a aplicação do Anexo 5. (Valor - 10.10.2001)

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2- RWE pode desistir da disputa pela Copel

Se forem consideradas as últimas declarações do presidente da companhia alemã RWE, Dietmar Kuhnt, de que os investimentos da empresa no setor elétrico brasileiro não são prioritários, pode-se concluir que a RWE será mais uma empresa estrangeira a não participar do leilão de venda da Copel , marcado para o dia 31 de outubro. A empresa era apontada por analistas financeiros do setor elétrico como uma das concorrentes mais fortes na disputa pela estatal, já que havia desenvolvido alguns projetos em parceria com a Copel, e não tem nenhuma planta instalada no Brasil. (Canal Energia - 09.10.2001)

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3- Enron e El Paso em momentos diferentes no país

Vizinhas no chamado "energy alley" de Houston, um "beco" que deve ter a maior concentração do PIB energético por metro quadrado do mundo, Enron e El Paso parecem estar em países diferentes quando o assunto é Brasil. Enquanto a Enron, com faturamento de US$ 100 bi, põe à venda parte dos seus ativos no país, a El Paso continua com o discurso otimista e fala em mais investimentos, como a construção de um gasoduto na Amazônia em parceria com a Petrobras. A Enron inaugurou a usina termelétrica de Eletrobolt, no Rio, mas não a colocou em funcionamento, alegando a falta do MAE, que não abriu suas portas dentro do prazo previsto. Sua concorrente, por outro lado, que faturou US$ 21,9 bi em 2000, já anunciou o início da operação da Macaé Merchant, também no Rio, com ou sem mercado atacadista. As duas são as chamadas "usinas merchand", que visam o mercado de curto prazo, sem contratos. (Valor - 10.10.2001)

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4- Projetos não faltam para a El Paso no Brasil

Projetos no Brasil não têm faltado para a El Paso, que tem parcerias com a Petrobras, Copel, Eletronorte e Celesc. Robert Carter, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da El Paso, não parece preocupado com os rumos do setor energético, e elogia a atuação da Aneel e da ANP. O mesmo não pode ser dito de suas conterrâneas, que vêm tendo um relacionamento problemático com o governo e, principalmente, com a Petrobras. A onipresença da Petrobras nos projetos de petróleo e gás é alvo de críticas generalizadas de empresas e especialistas americanos, mas o atraso na desregulamentação e a quebra de contratos - como no caso do "Anexo 5" - também são execradas. Para o brasileiro Luiz Maurer, diretor de assuntos governamentais da Enron, em Houston, o falta na legislação brasileira é um sentido de urgência e responsabilidade contratual, além do que ele chama de "orquestração" por parte do governo para colocar o mercado nos trilhos. (Valor - 10.10.2001)

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5- El Paso nega problemas em contrato com a Celesc

A multinacional norte-americana El Paso, que planeja investir US$ 250 mi na construção de uma termelétrica em Guaramirim, nega a existência de problemas no contrato para fornecimento de energia à Celesc. O contrato de 20 anos está avaliado em mais de R$ 6 bi. A votação no conselho de administração da empresa catarinense foi suspensa no dia 08.10.2001 porque alguns pontos não estariam fechando com o acertado entre as partes. (A Notícia - SC - 10.10.2001)

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6- Cemig quer construir mais PCH's

A Cemig vai buscar parceiros de pequeno e médio portes na iniciativa privada para a construção de PCH's, com potência de até 30 MW no estado. O novo programa de geração de energia deverá ser lançado ainda em outubro, segundo anunciaram no dia 09.10.2001 o secretário de Minas e Energia, Luiz Márcio Viana, e o presidente da estatal, Djalma Morais. A um custo médio de R$ 1 mil por KW cada unidade geradora deverá exigir investimentos em torno de R$ 30 mi. De acordo com a direção da empresa, a Cemig depende de autorização da Aneel para a formação dos consórcios destinados à construção das usinas, que não seriam submetidas à licitação pública. O diretor de Planejamento, Projetos e Construções da empresa, Guy Villela, não quis revelar nomes, mas garantiu já contar com empresas interessadas em participar do programa. Villela detalhou apenas que a dificuldade para a viabilização do programa concentra-se na aquisição das turbinas. (Hoje em Dia - 10.10.2001)

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7- Manutenção de investimentos da Cerj depende de ressarcimento

Com queda na receita que chega a R$ 200 mi, a Cerj aguarda posicionamento do governo sobre ressarcimento às distribuidoras para definir seus próximos investimentos no País. O presidente da companhia, Javier Villar, afirma que ainda é cedo para adiar investimentos por causa do racionamento. "Ainda estamos definindo o orçamento. Na próxima semana, o ministro Pedro Parente anuncia novas medidas. Vamos aguardar", disse o executivo. Para 2001, a Cerj anunciou R$ 196 mi em novos projetos. No entanto, para manter o patamar de investimentos, a empresa espera ter compensações pelos prejuízos provocados pela crise energética. (Gazeta Mercantil - 09.10.2001)

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8- Eletropaulo vai reduzir investimentos

A Eletropaulo prepara-se para trabalhar com orçamento apertado em 2002. Mesmo que o racionamento seja superado em 2002, a concessionária ainda colherá os estragos deste ano. O presidente da empresa, Luiz David Travesso, afirmou que os investimentos em 2002 ficarão abaixo dos R$ 200 mi, nível inferior até mesmo aos desembolsos deste ano. Para 2001, a Eletropaulo projetava investimentos de R$ 400 mi, mas a pressão do racionamento reduziu a cifra para R$ 250 mi. "Estou no período de enxugar gastos, pois o grau de incertezas é enorme. Provavelmente entraremos em recessão em 2002", afirma. A redução nos investimentos se dará fundamentalmente no adiamento dos projetos de expansão, como subestações, por exemplo. (Gazeta Mercantil - 10.10.2001)

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financiamento

1- Aumenta oferta na bolsa de energia do CE

A bolsa de energia da Coelce tem apresentado movimento crescente de oferta, provocando queda no preço do MWh. A cotação no início do funcionamento do portal, na última semana de agosto, era de R$ 330 e recuou para R$ 280 até o dia 09.10.2001. Cerca de 1,99 mil MWh estão sendo ofertados por 70 empresas, enquanto 47 apresentam demanda de 423 mil MWh. (Gazeta Mercantil - CE - 10.10.2001)

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2- MAE movimenta 150 MWh no leilão de excedente de energia

O leilão de excedente de energia do MAE fechou o dia 09.10.2001 com a movimentação de 150 MWh, com volume total negociado de R$ 22.455,00. O fixing por MWh foi de R$ 149,70. Durante o pregão, foram feitas quatro ofertas para venda num total de 11,2 mil MWh, com preços que variaram de R$ 149,70 a R$ 200,00. Para compra, foram registradas cinco ofertas que totalizaram 850 MWh, a preços de até R$ 180,00. (Canal Energia - 09.10.2001)

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3- Guaraniana reforça compra de energia alternativa

A holding Guaraniana - controladora das concessionárias Celpe, Cosern e Coelba -, além de investir R$ 21 mi em seis térmicas emergenciais a diesel, que entram em operação comercial no dia 10.10.2001, ampliou as compras de eletricidade de biomassa ao setor sucro-alcooleiro. Trinta contratos com indústrias sucro-alcooleiras foram fechados pela GCS, entre abril e setembro, nos estados de Pernambuco, Minas Gerais, Alagoas, Paraíba, Bahia e Rio Grande do Norte. No primeiro semestre, o total de energia vendido por estas usinas de açúcar à comercializadora foi de 30 MW. Mas, com a safra do setor, que vai de agosto a março, este volume subiu e se encontra atualmente em 70 MW, o que representa incremento de 133%. (Gazeta Mercantil - NE - 10.10.2001)

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financiamento

1- Taxas de juros em baixa

As taxas de juros iniciaram o pregão do dia 09.10.2001 em baixa com a possibilidade de o governo argentino anunciar novos ajustes econômicos. Isso fez com que o Tesouro pagasse menos para vender R$ 1 bi em papéis prefixados, as Letras do Tesouro Nacional com vencimento em abril de 2002. Os juros anuais médios ficaram em 24,19%, abaixo dos 24,28% registrados no último leilão. De acordo com profissionais do mercado financeiro, o recuo na taxa de remuneração seguiu a projeção dos juros futuros que caíram. O Tesouro leiloou também R$ 500 mi em Letras Financeiras do Tesouro (LFT, títulos pós-fixados que acompanham a taxa básica de juros, em 19% ao ano). Mas só conseguiu vender R$ 390,5 mi com deságio médio de 0,24% sobre o valor de emissão (R$ 1.000). (Gazeta Mercantil - 10.10.2001)

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2- Dívida argentina é rebaixada e o risco sobe

A desconfiança sobre a economia argentina foi incrementada no dia 09.10.2001 pelo rebaixamento da qualificação da dívida de longo prazo do país pela agência de rating Standard & Poor's (S&P). A classificação caiu de B- para CCC+, com perspectiva negativa, e foi justificada pelo quadro de incertezas provocado pela queda 14% na arrecadação de setembro, o que põe sob ameaça a execução do programa de déficit zero. "A S&P considera que, apesar do compromisso assumido pelo governo, as perspectivas de alcançar o objetivo orçamentário de 'déficit zero' em 2001 e manter a autoridade orçamentária em 2002 foram se perdendo desde o anúncio da política, em julho", comunicou a agência. O anúncio, porém, não implicou grandes perdas nas cotações dos títulos públicos nem nas ações da bolsa de valores local. O indicador de sobretaxa de risco país, que reflete o desempenho dos mercados de bônus, subiu 0,9%, para 1.893 pontos básicos, o segundo pior entre todos os países considerados emergentes, só 70 pontos atrás da Nigéria, considerada por este critério a economia menos confiável do planeta. (Gazeta Mercantil - 10.10.2001)

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3- Dólar fecha em nova alta, a R$ 2,782

O mercado financeiro passou o dia no marasmo que só foi interrompido pela redução da classificação de risco da dívida argentina de longo prazo feita pela agência norte-americana Standard & Poor's (S&P). Com poucos negócios, o dólar comercial fechou em alta de 0,32%, a R$ 2,782, na venda. O dólar chegou a ser negociado na máxima do dia, a R$ 2,784, na venda (alta de 0,40%). A Ptax, média das cotações apurada pelo Banco Central (BC), ficou em R$ 2,7797, baixa de 0,11%. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o contrato de novembro subiu 0,29% para R$ 2,814. (Gazeta Mercantil - 10.10.2001)

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gás e termoelétricas

1- Térmica de Juiz de Fora entrará em operação no fim do mês

A primeira fase da Usina Termelétrica de Juiz de Fora entra em operação comercial no dia 25 de outubro, acrescentando 82 MW de potência e capacidade de produção anual de 655 GWh ao sistema energético integrado do Sudeste do País. As obras da última fase de construção da UTE, que estão previstas para começar em fevereiro, serão concluídas até dezembro de 2002 quando o empreendimento totalizará a geração de 103 MW ou produção anual de 820 GWh. A térmica é uma joint venture entre a brasileira Cat-Leo, braço de geração do grupo Cataguazes-Leopoldina (50%), e a norte-americana Alliant Energy (50%), e representa um investindo um total de R$ 159 mi. (Gazeta Mercantil - RJ - 10.10.2001)

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2- Gasoduto de Porto Velho a Coari deve ter sinal verde

Deve sair em trinta dias o sinal verde para a construção do gasoduto entre Porto Velho e Coari, no Amazonas. A obra de 500 km, estimada em US$ 250 mi, levará o gás da reserva de Urucu, explorada pela Petrobras, à usina termoelétrica da Termonorte, consórcio entre El Paso e C&S, com capacidade prevista de 409 MW. A expectativa é que as obras comecem ainda em 2001. O projeto será tocado pela Gaspetro, holding da Petrobras para investimentos no transporte de gás, e a El Paso. A estatal, por meio da assessoria de imprensa, informou apenas que o projeto está "em estudo". A El Paso, no entanto, já conta com ele nos seus planos de negócios. A empresa é a principal produtora independente de energia do Brasil. Agora, o próximo passo é integrar os ativos de produção e transporte com a área de comercialização, o forte do grupo nos EUA. O investimento previsto é de US$ 5 bi, até 2005, com um lucro antes dos impostos projetado em US$ 1 bi. (Valor - 10.10.2001)

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internacional

1- Comissão Européia veta fusão entre Schneider e Legrand

A Comissão Européia vetou o projeto de fusão entre as sociedades francesas de material elétrico Schneider Electric e Legrand. A fusão das duas empresas visava criar um líder mundial de material elétrico de baiza tensão. A decisaõ definitiva sobre da comissão será anunciada no dia 17.10.2001. A Comissão considera que esta operação necessita um exame mais detalhado de acordo com as normas de competição da União Européia, já eu tanto a Schneider como a Legrand têm forte presença no mercado de equipamentos para distribuição de eletricidade e controle de circuitos elétricos. (El Mundo – 10.10.2001)

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2- Ministro da economia espanhol afirma que vai pôr em ordem as tarifas do setor elétrico

O ministro da economia espanhol, Rodrigo Rato, anunciou às elétricas nacionais o compromisso de pôr em ordem a nova regulação de tarifas. O ministro não afirmou se subiria os preços da luz ou não, mas afirmou que a revisão levaria em conta os efeitos inflacionários, as necessidades energéticas do país, o processo de investimento e a situação tarifária na União Européia. O presidente da Unesa e da Unión Fenosa, José María Amusátegui, afirmou que o setor deve precisar de investimentos de cerca de US$ 100 mi nos próximos anos. Segundo ele, nos últimos cinco anos, a inflação subiu 14%, enquanto os preços da eletricidade baixaram cerca de 17%. Amusátegui afirmou que este processo contribui para que as empresas reduzissem seus custos, mas deteriorou totalmente a rentabilidade do setor elétrico. (El Mundo – 10.10.2001)

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3- Iberdrola concorrerá a elétrica tcheca

A Iberdrola vai concorrer, junto com a italiana Enel, à privatização da elétrica tcheca CEZ, que tem uma potência integrada de 10 mil MW. A companhia é a maior elétrica da República tcheca e tem grande parte de sua energia produzida por usinas nucleares, setor em que a Enel tem não experiência, mas onde a Iberdola pode ajudar de forma eficiênte. (El País – 10.10.2001)

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4- Saldo energético português piora 83%

O saldo energético de Portugal com o estrangeiro caiu 83% nos primeiros nove meses de 2001, por comparação com o mesmo período de 2000, segundo estatísticas divulgadas ontem pela Rede Eléctrica Nacional de Portugal. Os dados da empresa, participada pela EDP em 30% e pelo Estado nos restantes 70%, revelam que as importações quebraram 25% para 2.703 GWh. Porém, tendo em conta apenas Setembro de 2001, as importações nacionais subiram 11%, para 482 GWh. Quanto às exportações, o total acumulado diminuiu 7%, para 2.562 GhW. Só em setembro de 2001 uma descida de 2%, para 261 GWh foi registrada. (Diário econômico – 10.10.2001)

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5- Aquisição dobra produção de gás da Burlington no Canadá

A Burlington Resources, empresa norte-americana exploradora de petróleo e gás natural, concordou em comprar a Canadian Hunter Exploration por US$ 2,1 bi. A aquisição praticamente dobra a produção de gás da Burlington no Canadá. A aquisição, aprovada pelos conselhos de ambas as empresas, deverá ser concluída ainda em 2001. A transação ainda depende do sinal verde dos acionistas da Canadian Hunter e das autoridades reguladoras. A Canadian Hunter é a quinta companhia canadense do setor a ser adquirida por uma empresa norte-americana este ano. A desvalorização do dólar canadense em relação ao dólar norte-americano, assim como a expectativa de aumento na demanda por gás natural, está levando empresas do setor energético dos EUA a comprar concorrentes no país vizinho. (Financial Times - 09.10.2001)

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6- Acusação de manipulação de preço sobre a El Paso é retirada

O órgão regulador do setor de energia dos EUA retirou as acusações contra a El Paso Corp., de que teria manipulado os preços do gás natural na Califórnia. A Comissão Reguladora de Energia acredita que não há evidências suficientes para sustentar o caso. Várias empresas de serviço público do estado norte-americano e funcionários do governo acusam a afiliada da El Paso, El Paso Merchant Energy, de conspirar para elevar os preços na Califórnia durante o inverno passado. Porém, não há nenhuma evidência quanto à participação ilegal da subsidiária na alta das tarifas. (Gazeta Mercantil - 10.10.2001)

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7- Governo federal americano pressiona por proteção de usinas

O governo do presidente norte-americano George W. Bush sugeriu que as usinas de energia dos Estados Unidos usem forças de proteção locais e até mesmo que empregados possam andar armados para defesa contra o terrorismo. As medidas viriam junto com a legislação que permite que empresas de energia troquem informações de segurança entre si e o governo. A segurança em barragens, usinas de força e refinarias está sendo examinada, já que o legislativo mostrou-se preocupado com um possível ataque a essas instalações, o que poderia matar milhares, elevar o custo da energia e atrapalhar ainda mais a economia do país. (Gazeta Mercantil - 10.10.2001)

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8- Construção de gasoduto na China começa antes de 2002

A PetroChina Co., maior companhia de petróleo da China, vai começar a construção do gasoduto de 4 mil km antes do final de 2001. A companhia continua a negociar com a Exxon Mobil Corp. e a Royal Dutch/Shell Group, as duas maiores companhias de capital aberto do setor petrolífero, antes de decidir qual delas irá construir o gasoduto que transportará gás natural da província de Xinjiang, no oeste, para Xangai, na costa leste. A Shell e a Exxon estão entre as companhias que querem aproveitar a expansão dos negócios de gás natural no país, onde a participação do combustível na produção total de energia deve quadruplicar até 2010 para 8%. A China quer aumentar o uso do gás nas fábricas do país e assim diminuir a poluição causada pelos geradores movidos a carvão. (Gazeta Mercantil - 10.10.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Barbara Oliveira, Fernando Fernandes, Carolina Selvatici, Priscila Feiner, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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