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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 734 - 25 de setembro de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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1- Linhas de transmissão serão leiloadas na sexta

A Aneel realiza na última semana de setembro de 2001 o segundo leilão de concessão para construção, operação e manutenção de 753 km de linhas de transmissão. O leilão será no dia 28.09.2001, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro e vence a empresa que ofertar o menor preço de pedágio durante os anos de concessão. As garantias deverão ser entregues até as 14 horas do dia 27.09.2001 na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), em São Paulo. As linha a serem leiloadas são: Chavantes-Botucatu (SP); Goianinha (PE)-Mussuré (PB); Vila do Conde (PA)-Santa Maria (PA); Xingó (AL)-Angelim (PE) e Angelim (PE)-Campina Grande (PB). (Gazeta Mercantil - 25.09.2001)

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2- Aneel prorroga prazo em licitação de inventário de potencial hidrelétrico

Em resposta a solicitação da maioria das empresas interessadas em participar do processo de escolha das empresas responsáveis pelos estudos de inventário de potencial hidrelétrico de nove bacias hidrográficas do País, a Aneel adiou por tempo indeterminado a data-limite para entrega das propostas para a concorrência. As nove áreas possuem um potencial de geração estimado em quase 3,5 mil MW. Os estudos previstos referem-se a três revisões de inventários hidrelétricos: do rio São Francisco, a montante da hidrelétrica de Três Marias; do rio Parnaíba, a montante da usina de Emborcação; e do rio Pardo, afluente do Rio Grande. Outros cinco estudos são relativos aos inventários hidrelétricos iniciais: do rio Mearim do rio Arinos, a montante da confluência com o rio Mestre Falcão; do rio Ituxi; dos rios Erepecuru, Curuá e Maecuru; e do rio Taquari. Finalmente, o programa prevê a complementação de inventário hidrelétrico dos rios Tocantinzinho, das Almas e Maranhão. (Gazeta Mercantil - 24.09.2001)

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3- Angra 1 será fiscalizada de perto pela prefeitura

O prefeito de Angra dos Reis (RJ), Fernando Jordão, e a Câmara dos Vereadores da cidade passarão a ser avisados sobre todos os acidentes ocorridos na usina Angra 1. A decisão foi tomada no dia 25.09.2001, durante uma reunião entre o prefeito e representantes da Eletronuclear e da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), depois que a divulgação de um vazamento de 22 mil litros de água radioativa ocorrido em maio, surpreendeu as autoridades locais. (Jornal do Commercio - 25.09.2001)

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risco e racionamento

1- Economia de energia continua abaixo da meta

A economia de energia nas regiões Sudeste, Centro Oeste e Nordeste continua abaixo da meta de 20%. Segundo dados do ONS, a economia de energia de 1º a 23 de setembro de 2001 foi de 19% no Sudeste e Centro-Oeste, de 16,6% no Nordeste e de 20,6% no Norte. Nos últimos sete dias, terminados em 23.09.2001, a redução do consumo de energia foi de 18,9% no Sudeste e Centro-Oeste, de 14,8% no Nordeste e de 20,1% no Norte. (Estado - 24.09.2001)

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2- Nível dos reservatórios continua a aumentar

Embora a economia de energia nas regiões Sudeste, Centro Oeste e Nordeste continue abaixo da meta de 20%, a diferença entre o nível dos reservatórios e o limite mínimo estabelecido pelo governo (curva guia) está positiva e aumentando progressivamente. Os reservatórios que abastecem as hidrelétricas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste estão 3,82 pontos percentuais acima da curva guia, alcançando um nível de 21,13%. No Nordeste os reservatórios estão em 13,54% de sua capacidade, o que representa 1,4 ponto percentual positivo. O nível do reservatório da hidrelétrica de Tucuruí, na região Norte, está em 62,86% de sua capacidade, 0,62% acima da curva guia. (Estado - 24.09.2001)

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3- Câmara flexibiliza regras para setor rural

A GCE baixou uma nova medida flexibilizando mais uma vez as regras do racionamento para o setor rural. Desta vez, a resolução 50 da Câmara permite que os consumidores rurais possam solicitar às suas respectivas distribuidoras de energia o agrupamento de todas as contas de luz de suas propriedades, independente da localização, desde que atendidas pela mesma concessionária. "Com uma única conta, uma propriedade que consumiu mais energia poderá ser compensada por aquela que gastou menos que a meta", explicou Euclides Scalco, um dos coordenadores da Câmara. Dessa forma, a meta enquadra-se na sazonalidade do cultivo, com a qual algumas propriedades produzem mais que outras, de acordo com o período. Com uma única conta, a empresa distribuidora fará uma única leitura e determinará uma mesma meta de consumo a todas as áreas rurais de um mesmo proprietário. (Gazeta Mercantil - 25.09.2001)

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4- Eletropaulo deixa 3.423 casas no escuro

A Eletropaulo já efetuou, entre 20 de agosto e 21 de setembro de 2001, 3.423 cortes de fornecimento de eletricidade entre seus clientes, em razão do descumprimento por dois meses consecutivos das metas estabelecidas pelo programa de racionamento. De acordo com a empresa, os cortes foram aplicados em concordância com as determinações da GCE, que indica que a prioridade deve ser dada àqueles consumidores que ultrapassarem em maior nível as metas de consumo. Da lista de clientes sujeitos ao corte, foram retirados eventuais consumidores que tenham pedido revisão de meta. (Gazeta Mercantil - 24.09.2001)

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5- Cemig poderá triplicar cortes de energia em Minas

A Cemig deverá definir no dia 25.09.2001 um plano técnico para o cumprimento da resolução nº 48 da GCE, que prevê que as concessionárias de energia desviem 30% de sua capacidade de corte para questões de racionamento, sob pena de pagar multa de até 0,1% de seu faturamento líquido anual. Com a determinação, pode triplicar o número de consumidores a serem punidos em Minas com a suspensão do fornecimento, por ultrapassarem a meta de racionamento, inicialmente previsto pela própria concessionária em torno de 6 mil consumidores. (Hoje em dia - 25.09.2001)

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6- Usina de Itá reduz geração de energia por falta de água

A Usina Hidrelétrica Itá, localizada em município homônimo, entre os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, reduziu a geração de energia, devido ao baixo nível do reservatório. O fechamento das comportas na Usina Hidrelétrica Machadinho, no dia 29.08.2001, localizada também no Rio Uruguai, represou as águas que alimentam o reservatório em Itá, ficando até cinco metros abaixo do seu nível normal. O limite que o reservatório de Itá pode suportar é seis metros abaixo do nível. (Diário Catarinense - 25.09.2001)

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7- Cortes da CEB agora são 300 por dia

A partir de 26.09.2001 a CEB começa a suspender o fornecimento de energia elétrica de 300 a 320 consumidores por dia no Distrito Federal. O aumento no número de cortes se deve a resolução da GCE que determina que as distribuidoras destinem 30% da capacidade de corte da empresa para as punições ligadas ao racionamento. O número é calculado de acordo com a quantidade média de cortes feitos no ano passado. Como a CEB fazia pouco mais de mil cortes diários durante 2000 terá que efetuar mais 300 suspensões diárias. (Jornal de Brasília - 25.09.2001)

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8- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- EDP passará a controlar Escelsa e Enersul

A Aneel autorizou a EDP a assumir o controle acionário, por 24 anos, das distribuidoras de energia Escelsa e Enersul. A operação foi feita com Opportunity Fund e prevê a cessão de direitos sobre 32.038.357 ações ordinárias da empresa Calibre Participações (sócia majoritária da Escelsa e da Enersul) até 17.07.2025. O acordo, no valor de US$ 19,2 mi (US$ 800 mil por ano pagos na data de aniversário do contrato), garantirá à EDP o exercício do direito de voto nas assembléias de acionistas, e o recebimento de dividendos e de juros sobre o capital próprio das ações que pertencem à Calibre. De acordo com a Aneel, o contrato com a EDP é uma simples transferência de direitos, e não de propriedade das ações que pertencem ao Opportunity, pois passará a administrar os 56,16% que o Opportunity detém na Calibre Participações. O órgão regulador concluiu que o contrato de usufruto está de acordo com as determinações do Código Civil (Lei 3.071, de 1916), do contrato de concessão e da regulamentação da agência. Os outros sócios da Escelsa, que controlam a Enersul, são o BNDES e grandes fundos de pensão, como Previ, Aeros (Infraero), Fundação Eletrobrás e Fundação Telebrás, com 25,01% das ações. (Gazeta Mercantil - 24.09.2001)

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2- Empregados da Celesc entram em greve

Os empregados da Celesc entram em greve por tempo indeterminado a partir do dia 25.09.2001. As negociações salariais não prosperaram. O sindicato da categoria quer uma reposição salarial de 39%, mas a companhia oferece apenas 18,49%. O problema maior, porém, é a cláusula que condiciona a homologação do acordo à assinatura do governo Esperidião Amin. "Isso cerceia o direito de negociar. Tanto que até agora não houve negociação. Simplesmente nos apresentaram uma contraproposta sem discuti-la", justifica o diretor do Sindicato dos Eletricitários da Grande Florianópolis e da Intersindical (Sinergia), Sebastião Aurélio Marcos. (A Notícia - 25.09.2001)

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3- Presidente da Celesc classifica greve como precipitada

O presidente da Celesc, Francisco Küster, lamenta a greve e a classifica de precipitada. "Diante das condições financeiras da empresa oferecemos a manutenção dos acordos anteriores e a reposição de 18,49%", diz Küster, lembrando que apesar da data-base da categoria ser em outubro a empresa iria liberar 6,3% da reposição já no salário de setembro. Sobre a homologação do acordo mediante assinatura do governador, o presidente diz que se deve somente a lei estadual 9.831, de 17 de fevereiro de 1995. (A Notícia - 25.09.2001)

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4- Angra omite informação sobre acidente por 4 meses

Representantes da Eletronuclear, da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), da Prefeitura e da Câmara Municipal de Angra dos Reis se reuniram hoje de manhã para explicar porque omitiram, durante quatro meses, informações sobre o vazamento de 22 mil litros de líquido radioativo da Usina Angra I. O incidente não divulgado foi registrado em relatório pela Cnen, que atribui o vazamento a falha humana: os operadores não cumpriram os procedimentos de praxe para controlar a temperatura e pressão da água do reator. O superintendente da Eletronuclear, Luiz Henrique Moraes, garantiu que a segurança do reator não esteve em risco. Por sua vez, Herculano Vieira, gerente regional da Cnen, informou que o incidente foi comunicado a todos os integrantes do Plano de Emergência Nuclear, que inclui Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e prefeitura. "Esse líquido é radioativo, mas ficou contido em nossas instalações e não tivemos nenhum problema com os empregados, a população, ou o meio ambiente", afirmou o chefe da Usina Angra 1, João Carlos Bastos. (Jornal do Brasil - 25.09.2001)

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5- Angra I paralisa atividades e perde R$ 3 mi

O vazamento de 22 mil litros de líquido radioativo da Usina Angra I, que começou na noite do dia 28 de maio, pelas normas técnicas internacionais, foi classificado como Evento Não-Usual (ENU). Considerado de nível um (anomalia), numa escala de gravidade que vai de zero a oito, o acidente obrigou a usina a paralisar suas atividades por três dias, provocando um prejuízo estimado em R$ 3 mi. (Jornal do Brasil - 25.09.2001)

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financiamento

1- Preço de energia volta a cair para menor patamar no leilão de excedentes

O preço do MWh comercializado no leilão de excedentes do MAE voltou a atingir seu menor patamar, de R$ 145, apesar da disposição de compradores em pagar mais. O valor já havia sido verificado em 14.09.2001, seguindo tendência de queda desde o fim de agosto. No dia 24.09.2001, mesmo com ofertas mais altas para compra, um vendedor lançou a menor proposta e conseguiu comercializar 2.000 MWh. Ao todo, os compradores solicitaram 3.670 MWh, dispostos a pagar até R$ 180 pelo MWh. A menor oferta de compra foi justamente de R$ 145. Já os vendedores começaram o pregão pedindo R$ 250 pelo MWh, um valor que já não é praticado desde 10 de agosto. Houve propostas mais baratas, até o menor patamar, de R$ 145, que acabou vigorando nas transações de do dia 24.09.2001. (Gazeta Mercantil - 25.09.2001)

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2- CBEE pode negociar energia da Eletrobolt

A empresa Enron aguarda decisão do governo sobre a possibilidade de a recém-criada CBEE negociar a venda da produção da térmica Eletrobolt. Pronta para entrar em operação, a térmica ficará paralisada enquanto não houver comprador para o insumo, segundo disse o presidente da Enron, Orlando Gonzalez. O responsável pelo programa de aumento da oferta de energia no curto prazo, Octávio Castello Branco, já acenara com a intenção de ampliar as atribuições da CBEE, que a princípio só comercializaria energia das barcaças. Assim, a estatal recém-criada para comercializar energia das usinas móveis também deve servir para suplementar o MAE. Castello Branco antecipou que a empresa vai negociar energia de térmicas e de outros projetos de geração elétrica, preenchendo a lacuna do MAE. (Gazeta Mercantil - 24.09.2001)

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financiamento

1- Dólar comercial abre em baixa de 0,40%, a R$ 2,710

O dólar comercial começou o dia em baixa de 0,40%, a R$ 2,700 para compra e a R$ 2,710 para a venda.No dia 24, o BC conseguiu vencer a queda-de-braço que disputava desde a sexta-feira, dia 21, com o mercado. O dólar comercial despencou 4,02% e retornou ao patamar de R$ 2,717 para compra e R$ 2,721 para venda. Foi a maior queda do ano.(Folha de São Paulo - 25.09.2001)

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2- Leilões ajudam a reduzir pressão

Com mais dois leilões de R$ 500 mi de notas cambiais, o dólar despencou mais de 4%, no dia 24. O dólar já abriu fraco, a R$ 2,795, em comparação a R$ 2,84 no fechamento do dia 21. No final da manhã, quando o BC anunciou o primeiro leilão de suas notas (NBC-E) com vencimento em abril de 2002, dobrou os joelhos, caindo a R$ 2,72. Mas se sustentou em R$ 2,76/R$ 2,77 até perto do final da sessão, quando o BC voltou à carga com outro leilão de R$ 500 mi de NBC-E a vencer em maio de 2002. Aí, a moeda beijou a lona, para fechar em R$ 2,71 na compra e a R$ 2,72 na venda, queda de 2,88% ante a PTax e de 4,23% para o fechamento anterior. Pelas intervenções, o BC pagou juros médios de 10,37% no primeiro papel e 11,38% no segundo. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o contrato de câmbio para outubro cedeu 3,89% para R$ 2,7230, contabilizando 55 mil transações. O vencimento de novembro recuou 3,61%, projetando a moeda a R$ 2,7550, com 10.900 negócios.(Gazeta Mercantil - 25.09.2001)

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3- Dólar tem queda de 4%, a maior desde 1999

Depois de bater os R$ 2,835 no dia 21, o dólar despencou no dia 24, fechando em R$ 2,7210. Caiu 4,02%, o maior tombo em um só dia desde o dia 9 de março de 99, o início do regime de câmbio flutuante no país. (Valor - 25.09.2001)

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4- Dólar desaba e estimula o 'hedging'

O tombo de 4,23% do dólar, no dia 24, para R$ 2,72 (venda) não amainou a crescente demanda por 'hedging' cambial. Para alguns analistas, a queda pode até estimular as empresas a proteger passivos, patrimônio ou fluxo de caixa. De qualquer forma, as incertezas em relação ao que provocará efetivamente a esperada ação militar dos Estados Unidos contra o Afeganistão mantêm o apetite por operações de 'hedging'. Um especialista, revela que a procura por 'hedging' ontem foi quase tão forte quanto na sexta-feira, dia em que a moeda norte- americana fechou cotada a R$ 2,840, apesar de o BC 'inundado' o mercado com R$ 4,7 bi em títulos atrelados ao câmbio (NBC-Es, principalmente), em seis leilões. (Gazeta Mercantil - 25.09.2001)

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5- Taxas de juros abrem em alta

A desdita do dólar não refletiu plenamente no mercado de juros futuros, como costuma acontecer, talvez por causa do compulsório. As taxas de juros expressas nos contratos de DI abriram em alta na BM&F. O contrato de janeiro, o mais líquido, foi a 22,95% ante os 22,66%, no início do pregão. Na hora do almoço, chegou a 23,75%, para fechar em 22,83%, com volume equivalente a R$ 8,7 bi. O contrato de dezembro apontou anual de 22,06%, ante os 21,89% ajustados na sessão anterior, com R$ 1,1 bi. O vencimento de novembro avançou de 20,61% para 21,10%, com giro de R$ 5,1 bi.(Gazeta Mercantil - 25.09.2001)

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6- Compulsório encarece o crédito

Os juros dos empréstimos prefixados subiram em média pelo menos 0,75 ponto percentual em apenas um dia, como reflexo imediato da decisão do BC de restabelecer para 10% a alíquota de recolhimento de compulsório de depósitos a prazo dos bancos. Assim, a liquidez do mercado diminuiu, o dinheiro ficou mais escasso e por isso mesmo mais caro. O preço dos empréstimos é formado pela taxa de captação dos bancos mais um 'spread' . A taxa de captação dos Certificados de Depósitos Bancários (CDB) é a que baliza o custo mínimo do dinheiro nas linhas de capital de giro e desconto de recebíveis, como cheque e duplicatas. No dia 24.09.2001, a taxa de 30 dias, por exemplo - a mais curta -, fechou o dia a 20,45% ao ano, enquanto na no dia 21 não chegava a 20%. Estava em 19,70%. (Gazeta Mercantil - 25.09.2001)

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7- C-Bond brasileiro subiu 0.27% no dia 24.

Se comparado à alta de 4,47% do Dow Jones Industrial em Nova York, à valorização de 4,02% do real frente à atuação do governo no mercado e o salto de 2,9% do brady argentino FRB, o C-Bond brasileiro foi o patinho feio no dia 21 (subiu 0,27%), e as perspectivas não são muito animadoras. Os grandes fundos de hedge venderam papéis brasileiros. O C-Bond terminou o dia a US$ 0,67 e prêmio de 1.182 pontos e o FRB valia US$ 0,74 e 2.233 pontos. Hoje o mercado continua atento para ver se as bolsas dos EUA vão manter e firmar a alta, assim como se o real continuará em valorização. (Valor - 25.09.2001)

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8- Aumenta a desconfiança no Brasil

Entre o dia 11 e 24, o risco-Brasil subiu 173 pontos-base e chegou a 1.145. O da Argentina teve alta de 134 pontos, para 1.612. O risco-país é um índice elaborado pelo J.P. Morgan com base na cotação dos bônus da dívida de países emergentes. Quanto maior ele for, maior é a desconfiança dos investidores em relação à capacidade de determinado país de honrar seus compromissos financeiros. Os números indicam que em termos absolutos a percepção de risco da Argentina é maior que a do Brasil - uma diferença de 467 pontos base. Mas a tendência mostra que o Brasil pode ser mais prejudicado com a crise. Até porque a Argentina já não tem muito a perder: o seu risco-país é o segundo maior do mundo, atrás apenas da Nigéria. (Valor - 25.09.2001)

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gás e termoelétricas

1- BG é o primeiro fornecedor privado de gás do setor

A British Gas International (BG) está entregando diariamente cerca de 1,4 milhão de metros cúbicos de gás natural à Comgás, distribuidora de gás canalizado que atende a região metropolitana de São Paulo, firmando-se como o primeiro fornecedor privado do setor energético no mercado brasileiro, até então dominado pela Petrobras. A companhia começou a entregar gás à distribuidora - que movimenta entre 5 e 6 milhões de m³ por dia - no início de setembro de 2001 e espera atingir a cota de 2,1 milhões de m³ por dia autorizada pela ANP até o final de 2001. (Gazeta Mercantil - 25.09.2001)

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2- BG ainda não consegue trazer 700 mil m³ da Bolívia por falta de mercado

Apesar da pequena margem de lucro, fruto do prejuízo que tem com o pagamento à Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) pela cessão da capacidade que ainda não está sendo utilizada - conforme a cláusula contratual denominada "ship or pay" - a multinacional British Gas International (BG) faz um balanço positivo das primeiras semanas como fornecedora de gás no Brasil. A empresa está assumindo prejuízos pelo pagamento do transporte dos cerca de 700 mil m³ que ainda não consegue trazer da Bolívia por falta de mercado. A BG tem reservas de gás na Bolívia cujo principal mercado consumidor é o Brasil. A BP espera que, com a inauguração da conexão do Gasoduto Bolívia Brasil (Gasbol) à rede de distribuição - chamada "city gate" - da Comgás em Campinas, a BG possa atingir a cota de 2,1 milhões de m³ diariamente. (Gazeta Mercantil - 25.09.2001)

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3- Térmica Eletrobolt está pronta, mas não vai produzir

A primeira usina do Programa Prioritário Termelétrico (PPT) do governo federal prevista para entrar em funcionamento já está pronta, mas não vai produzir energia por falta de comprador. A Eletrobolt, localizada em Seropédica, no Rio, foi simbolicamente inaugurada no dia 24.09.2001 com participação do governador Anthony Garotinho, representantes da Petrobras e o presidente da Enron, controladora da usina, Orlando Gonzalez. "Adiantamos o projeto porque o governo indicou que havia necessidade. Mas ainda não temos como começar a produzir, sem regras claras sobre o preço da eletricidade e liquidação das operações de compra e venda do MAE", reclamou o presidente. Se o governo não sinalizar regras satisfatórias, pelo menos aos olhos de Gonzalez, a usina ficará parada. "Estamos esperando proposta da GCE para termos condições de vender nossa energia e produzir", afirmou. A Eletrobolt foi construída justamente para que sua energia fosse comercializada no MAE. (Gazeta Mercantil - 24.09.2001)

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4- El Paso investirá US$ 3 mi em programas ambientais

A El Paso Energy investirá US$ 3 mi em programas de meio ambiente junto ao projeto termelétrico Macaé Merchant, no município de Macaé (RJ). Esse programa prevê a implementação de oito projetos para beneficiar o meio ambiente na região de Macaé (litoral norte do Rio) e em outras áreas do Estado. O programa inclui o apoio ao trabalho da Unidade de Conservação Regional na reserva natural Parque Estadual do Desengano, que tem 22.400 ha, 283 espécies vegetais e grande diversidade de fauna; a criação de outra reserva natural, o Parque Estadual Serra da Concórdia, com 1.000 ha; e a recuperação da vegetação original e da própria bacia do rio Macaé. O programa também apoiará o parque estadual Santa Maria Magdalena; um estudo hídrico da bacia do rio Macaé; programas de educação ambiental para os habitantes de Macaé; e a criação de uma área de proteção ambiental (APA) na bacia do rio Macaé. A El Paso também realizará um estudo de emissões atmosféricas no Rio, identificando fontes de contaminação, o que será feito em doze meses e ajudará o governo do Estado a desenvolver novas políticas ambientais. (Business News Americas - 24.09.2001)

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5- Governador garante que Alagoas terá termelétrica

Alagoas terá implantada a sua termelétrica, unidade industrial que já tem recursos garantidos da Petrobras, que destinou no seu Orçamento R$ 54 mi para o projeto. "Hoje posso dizer que as informações do governo federal são de que a termelétrica vem", confirmou, no dia 24.09.2001, o governador Ronaldo Lessa durante a palestra de abertura do Café da Manhã com Empresários, promovido pelo Instituto Mangue Verde. (Gazeta de Alagoas - 25.09.2001)

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6- Guaraniana assina convênio com BR Distribuidora

A Guaraniana Comércio e Serviços, empresa do Grupo Iberdrola, assinou, no dia 24.09.2001, um convênio com a BR Distribuidora no valor de R$ 3,5 mi que vai garantir a distribuição de 5 milhões de litros de óleo diesel mensalmente para a usina termelétrica Termo GCS, em Pernambuco. A Termo GCS já entrará em funcionamento no dia 01.10.2001 e vai gerar 30 MW. (Jornal do Commercio - PE - 25.09.2001)

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grandes consumidores

1- Vendas da indústria fluminense caem 19,56% em agosto

As vendas reais da indústria fluminense verificaram queda de 19,56% em agosto em relação a julho de 2001. Em comparação com agosto de 2000, as vendas verificaram elevação de 2,51%. A informação é da Firjan em sua pesquisa de indicadores industrias referentes a agosto de 2001. A queda acentuada de agosto em comparação a julho é justificada pela pesquisa no desempenho negativo de três setores: material elétrico (-50,10%), químico (-34,13%) e papel e papelão (-10,23%). A pesquisa indicou ainda que a elevação de 2,51% nas vendas reais da indústria do Estado foram alavancados pelos setores de material de transporte (76,20%), mecânico (64,05%) e perfumaria, sabões e velas (25,69%). Na comparação dos primeiros oito meses de 2001 com igual período do ano 2000, a indústria fluminense cresceu 19,46%. Este resultado foi alavancado pelos setores químico (40,36%), mecânico (37,60%) e material elétrico (30,52%). (Gazeta Mercantil - 24.09.2001)

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2- Exportações do Grupo Gerdau devem cair pela metade em 2001

As exportações do Grupo Gerdau vão cair pela metade em 2001 como reflexo do ajuste feito pela companhia para se adaptar ao atual cenário de racionamento. Para atender os clientes, a empresa redirecionou sua produção para o mercado interno e promoveu ajustes em suas plantas. O resultado, segundo o presidente do grupo, Jorge Gerdau Johannpeter, será uma queda de apenas 5% na produção total, que deverá se manter na faixa dos 7 milhões de toneladas em 2001. As exportações do grupo somaram 15% da produção no Brasil, cerca de 360 mil toneladas. Em 2001, a expectativa é de que esse patamar fique ao redor de 7%. O número, porém, não leva em consideração os possíveis impactos da crise nos Estados Unidos desencadeada pelos ataques terroristas. (Estado - 25.09.2001)

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internacional

1- TotalFinaElf quer gás natural da Europa

O grupo petrolífero francês TotalFinaElf pretende importar gás natural liqüefeito dentro do continente europeu. Para tal, o grupo francês, que importa, desde Fevereiro de 2001, dois carregamentos de origem nigeriana, para posterior revenda no estado norte-americano do Louisiana, passará agora a contar com um terceiro carregamento de Zeebrugge, na Bélgica, vindo do campo de Bonny. È a primeira vez que uma sociedade, para além da Distrigaz que é a proprietária, vai importar gás do terminal belga. Na realidade, o grupo tinha anteriormente previsto que este carregamento europeu pudesse ser dirigido para Lake Charles, nos EUA, contudo, a queda dos preços naquele mercado levou o grupo a rever a sua estratégia, canalizando-a para a Europa. (Diário Econômico – 25.09.2001)

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2- BG deve atingir lucros previstos

A British Gas afirmou que deve atingir os lucros previstos para o período de 2001 até 2003. Alguns analistas temiam que os lucros previstos não fossem atingidos por causa do crescimento menor que o esperado dos lucros no segundo trimestre de 2001. Além disso, a Shell havia anunciado um corte de 5% na sua produção, o que, segundo os analistas, deveria afetar outras companhias do setor. Até agora, a BP, a TotalFinaElf e a ExxonMobil já anunciaram que não tiveram dificuldade em se manter no crescimento previsto para o trimestre. A BG juntou-se agora a eles, salientando que a companhia deverá manter o crescimento dos lucros através de um projeto de corte de custos que deve continuar a ser efetuado. (Financial Times – 24.09.2001)

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3- Innogy vai parar de construir CHPs

A Innogy, a filial inglesa da National Power, anunciou que não vai mais construir usinas que combinem calor e energia – as chamadas CHP - porque os novos acordos feitos para a comercialização da energia produzida estão impedindo essas usinas de darem lucro. Além disso, o preço do muito alto do gás está aumentando os custos da usinas com combustível. Outras empresas que desenvolvem este tipo de usina como a British Sugar, a WS Atkins e a Dalkia Utilities também cancelaram projetos. Analistas afirmam que, com a perda destes investimentos, será mais difícil para o governo inglês atingir sua meta de redução de emissão de gases. O regulador inglês, a Ofgem, já pediu que o governo dê subsídios a essas usinas e a produtores de energia vindas de fontes renováveis para evitar que o novo sistema energético sofra um grande impacto. (Financial Times – 21.09.2001)

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4- Oceanergia produz energia com ondas

O grupo holandês AWS BV, através da sua filial portuguesa Oceanergia, vai começar a instalação de um projeto piloto de produção de eletricidade a partir das ondas. Esta primeira fase, em que será analisada a viabilidade econômica do projeto, envolve a instalação de uma unidade de 2 MW, orçada em cerca de US$ 100 mil. Depois de terem assegurado US$ 2,75 mi de subsídios holandeses, os responsáveis do projeto negociam agora com as autoridades portuguesas e holandesas a obtenção de um apoio adicional de US$ 920 mil. O restante investimento é suportado pelos acionistas. Se o projeto for bem sucedido, os responsáveis da AWS esperam, em 2002, expandir o parque eletroprodutor para 15 MW. Porém, só em 2004, ele deverá ser explorado comercialmente. A última etapa, agendada para o período entre 2007 e 2010, implicará a instalação de 40 sistemas, num total de 200 MW. (Diário Econômico – 24.09.2001)

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5- Aumento dos preço das renováveis sem impacto nos consumidores finais

A subida das tarifas das energias renováveis, uma medida que o Governo Português deverá anunciar nos próximos dias, terá um impacto quase nulo, entre 0,1% e 0,2%, nos consumidores finais. O preço que os promotores vão receber está agora dependendo da fonte de energia explorada. A energia eólica é uma das mais beneficiadas, registando um aumento médio dos preços na ordem dos 25%. A aplicação de tarifas variáveis pretende aliviar a pressão ambiental, atualmente existente, sobre áreas protegidas, consideradas as mais rentáveis e atrativas pelos investidores. Além disso, elas vão compensar as regiões que produzam menos energia. O Governo Português prepara, há vários meses, três pacotes legislativos, destinados a incentivar as energias renováveis. Além do tarifário, estão em fase final de aprovação um dossier sobre as mini-hídricas e outro sobre os pontos de interligação à rede elétrica nacional. (Diário Econômico – 25.09.2001)

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6- Canadá é área de investimento segura para elétricas

A incerteza da economia global e a fraqueza dos preços de petróleo e gás não estão diminuindo o ritmo da consolidação da indústria energética na América do Norte. Com algumas companhias americanas estarem ainda envolvidas com complicações por causa dos preços da energia, os ativos no Canadá estão servindo para atender a grande demanda por fornecimento. A demanda pode inclusive aumentar com a procura das companhias americanas por fontes seguras de petróleo e gás depois dos atentados aos EUA. Várias companhias canadenses já foram compradas e analistas afirmam que novas compras devem acontecer. (Financial Times - 24.09.2001)

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7- BE deve ter lucros apesar da queda dos preços

A geradora de energia nuclear inglesa British Energy afirmou que deve ter lucro em 2001, apesar da queda de 10% nos preços de eletricidade britânicos. O grupo havia anunciado em maio que poderia ter prejuízos de cerca de US$ 352 mi no primeiro semestre de 2001. Agora, a empresa espera ter um lucro de US$ 25 mi, por causa da melhora das suas operações nos EUA. A BE tem se focado especialmente nos seus ativos EUA e no Canadá para compensar o aumento da competição e a queda dos preços no mercado inglês. Além disso, a empresa pretende aumentar suas vendas diretas para os consumidores e reduzir seus custos operacionais para evitar que a queda dos preços a atrapalhe de novo. (Financial Times - 25.09.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Barbara Oliveira, Carla Nascimento, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Carolina Selvatici, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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