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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 730 - 19 de setembro de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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1- Governo cria grupo para definir política de integração com mercados da América do Sul

O governo criou um grupo de trabalho para definição de políticas de integração do setor elétrico entre o Brasil e os mercados vizinhos da América do Sul. O grupo também terá a incumbência de preparar diretrizes para a importação de energia elétrica e gás natural. Entre as propostas para o grupo está a elaboração de convênios de intercâmbio para serem utilizados em casos de racionamento. Os trabalhos serão coordenados pelo Ministério de Minas e Energia, mas contará com integrantes dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento. A criação do grupo foi formalizada no dia 18.09.2001, no Diário Oficial da União, na primeira resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). (Gazeta Mercantil - 18.09.2001)

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2- Projeto de Lei busca corrigir cálculo do ICMS sobre energia

O Projeto de Lei Complementar (PLP) 137/00, do deputado Marçal Filho, que dispõe sobre a base de cálculo do ICMS nas operações referentes à energia elétrica, aguarda votação no Congresso. O projeto visa que o montante do ICMS não integre a base do próprio imposto ("cálculo por dentro"), como é feito atualmente. O parecer do relator, deputado Germano Rigotto, de 23 de agosto de 2001, é favorável à aprovação da matéria. (Gazeta Mercantil - 19.09.2001)

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3- Geradoras propõem nova fórmula para acerto de contas no anexo 5

As geradoras de energia querem a aplicação de um termo do acordo do MAE para se protegerem das perdas resultantes do anexo 5. Os prejuízos para as geradoras até dezembro de 2002 são de cerca de R$ 6 bi e o repasse desse volume às tarifas resultaria em reajuste de 100%, se autorizado de um só vez. O acordo do MAE tem uma cláusula de recompra que dá condições especiais quando há diferença entre carga e oferta de energia. Nesse caso, o acerto entre distribuidor e gerador adiaria até dezembro de 2002 o compromisso de entrega de energia contratada. Se o faturamento não for feito, as geradoras seriam obrigadas a pagar indenização de R$ 4 por MW. O faturamento pelo anexo 5 determina que as geradoras indenizem as distribuidoras pelos preços do MAE, R$ 684 o MW. Por isso, as geradoras querem que a redução dos contratos sejam feitos pelo anexo 5, mas o faturamento pela cláusula de recompra. (Valor - 19.09.2001)

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4- Geradoras recusam repasse de recursos às distribuidoras

Os integrantes da Comissão Mista Especial que avalia a situação do setor elétrico ouviram no dia 18.09.2001 um recado suficientemente claro da parte das geradoras: o cumprimento do Anexo V dos contratos iniciais, conforme reivindicado pelas distribuidoras, é "impossível" e "impraticável", segundo afirmou o presidente da Chesf, Mozart de Siqueira Campos Araújo. Ele falou em nome da empresa que dirige e de todas as geradoras do País. Segundo Mozart, se prosperar uma tese apoiada pelas distribuidoras, que pressupõe o reajuste das geradoras, para que a distribuição possa em seguida receber a parcela reivindicada em nome do Anexo V, seria necessário um aumento tarifário de 100%. Ele disse que o racionamento representa uma situação excepcional, que atinge igualmente a distribuição e a geração, mas que as perdas decorrentes do momento atual, de restrições no uso da energia, precisarão ser absorvidas pelas concessionárias. (Gazeta Mercantil - 19.09.2001)

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5- Geradores querem que novo decreto seja editado

A primeira saída defendida pelos geradores para o impasse do anexo 5 é a edição de novo decreto que substitua o que foi revogado. O decreto antigo previa que, em situações excepcionais de oferta de energia, a responsabilidade de definir o faturamento ficaria a cargo do governo. Representantes de geradores e distribuidoras demonstram que um acordo entre as duas partes está longe de acontecer. As geradoras defendem intervenção do governo na polêmica enquanto as distribuidoras mantém a tese de que os contratos devem ser integralmente respeitados. As distribuidoras não querem aceitar a aplicação da cláusula de recompra por que ela foi prevista para situação oposta à do racionamento. Já a aplicação do anexo 5 afeta a receita integral do gerador. Por isso, o acordo de recompra serviria como atenuante. (Valor - 19.09.2001)

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6- Para Eletropaulo, distribuidoras não serão beneficiadas com Anexo V

A diretora da Eletropaulo, Solagen Pinto Ribeiro, garantiu que as distribuidoras não serão beneficiadas com a aplicação do Anexo V. Ela entende que é uma questão de poucas alternativas: ou o governo resolve o problema com tarifas ou com o déficit público. Ou através do consumidor ou através dos contribuintes. Na sua avaliação, houve um uso excessivo dos reservatórios, sob comando do ONS, pois os geradores não têm controle da operação e apenas obedecem ao que determina o ONS. (Gazeta Mercantil - 19.09.2001)

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risco e racionamento

1- Norte mantém economia acima da meta no acumulado do mês

No Sudeste/Centro-Oeste, a situação é pouco mais equilibrada que no Nordeste: nos últimos sete dias encerrados em 17.09.2001, a economia ficou em 17,5%, enquanto que, no resultado isolado do dia 17, o percentual somou 20,7%. No acumulado de setembro, a redução do consumo soma 19,1%. A chamada região Norte - formada por partes do Pará, Tocantins e Maranhão alimentadas pela usina de Tucuruí (PA) - é a que vem apresentando os melhores resultados em setembro. No resultado acumulado entre os dias 1º e 17, a economia média foi de 20,6%, ante os 20,2% anotados nos últimos sete dias. O percentual isolado do dia 17.09.2001 aponta redução de 18,9% no consumo. A referência para as metas fixadas para esta área, diferente das demais, é o consumo médio entre os meses de agosto e outubro de 2000. (Gazeta Mercantil - 18.09.2001)

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2- Economia no NE fica em 14,1% nos últimos 7 dias

Os nordestinos vêm relaxando ainda mais no esforço pela redução do consumo de energia em setembro. Nos últimos sete dias encerrados em 17.09.2001, a economia acumulada de eletricidade ficou em 14,1% na comparação com o consumo médio entre os meses de maio e julho de 2000. No resultado isolado do dia 17, o percentual foi de apenas 12,9%. Já no acumulado dos 17 primeiros dias de setembro, a economia atinge 18,9%. (Gazeta Mercantil - 18.09.2001)

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3- Distribuidora que não cortar luz será multada

As distribuidoras de energia elétrica poderão ser multadas em até 0,01% do seu faturamento caso não cortem o fornecimento de luz de um número mínimo de consumidores que deixaram de cumprir, por dois meses, a meta de 20% de economia. A multa será calculada sobre a receita operacional líquida da empresa nos 12 meses anteriores à infração. A GCE ainda está terminando a resolução que tratará das penalidades a serem aplicadas às empresas. O governo quer punir os 20% de consumidores das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste que não estão cumprindo a meta. (O Globo - 19.09.2001)

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4- Corte para os consumidores comerciais deverá ser mais curto

O governo desistiu de reduzir a duração dos cortes no fornecimento de energia dos consumidores residenciais que descumprirem a meta de 20% de economia por mais de dois meses. Vai continuar valendo a regra de que, se o consumidor residencial não cumprir a meta de economia por duas vezes, poderá ter o fornecimento de luz cortado em até três dias. Se reincidente, o corte será de no mínimo quatro dias e de no máximo seis dias. A distribuidora tem que avisar ao consumidor, com 48 horas de antecedência, que vai cortar sua energia. (O Globo - 19.09.2001)

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5- Corte de energia será limitado a 12 dias para indústria

A GCE decidiu limitar a 12 dias o período máximo de cortes de fornecimento de energia para indústrias que não respeitarem a meta de consumo. Atualmente, a regra é de um dia para cada 3% de ultrapassagem, mas, na prática, o setor produtivo tem vários mecanismos de proteção para a medida extrema. A alteração faz parte de resolução que mudará o sistema de cortes. O objetivo é forçar as distribuidoras a suspenderem o fornecimento de consumidores que não tenham cumprido a meta. As concessionárias terão que respeitar um percentual de corte e serão multadas se não o fizerem. O percentual de corte, cujo parâmetro será a suspensão de fornecimento por inadimplência, ainda estava indefinido até o dia 18.09.2001. As distribuidoras defendiam 10% de corte acima da suspensão por inadimplência, mas o governo acha pouco. (Valor - 19.09.2001)

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6- Celpe apresenta estudo sobre economia durante horário de verão

A assessoria de imprensa da Celpe divulgou, no dia 17.09.2001, um estudo realizado pela instituição estimando a margem de economia de energia com o horário de verão. Atualmente, há uma redução média de demanda, na ponta do sistema, da ordem de 3,38 %. Considerando o horário de verão, quando todos os relógios são adiantados em uma hora, e tomando como base apenas os dias úteis, teremos em Pernambuco uma maior redução média na demanda (4,37%), sendo de 7,91% no horário de ponta e 3,86% no horário fora de ponta, segundo a Celpe. Em relação ao consumo de energia elétrica, a Celpe calcula uma redução média da ordem de 0,611% em cada mês. (Jornal do Commercio - PE - 18.09.2001)

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7- Racionamento eleva a produção na região Sul

Enquanto a indústria da região Sudeste dá sinais de desaquecimento em função do racionamento, empresas do Sul aumentam produção para dar conta de encomendas voltadas para a geração de energia. Em Santa Catarina, a WEG, fabricante de motores, quaduplicou a produção de geradores elétricos entre abril e julho. Na Repar, refinaria da Petrobras localizada no Paraná, houve aumento de 26% no processamento de óleo diesel, combustível para geradores, em julho de 2001. Foram justamente Santa Catarina e Paraná os Estados que lideraram o ranking da produção industrial, segundo o IBGE. A Pesquisa Mensal Industrial - Produção Física Regional apresenta o parque industrial paranaense com desempenho 8,8% superior ao que fora registrado em julho do ano 2000. A indústria catarinense teve aumento médio de 6,7% por causa da explosão de encomendas para o setor elétrico, que quase dobrou. No entanto, no Rio Grande do Sul (-1%) o índice foi negativo devido ao recuo na produção de nafta e fumo. (Gazeta Mercantil - 19.09.2001)

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8- Consumidor mantém hábito

Os consumidores não estão dispostos a deixar de comprar, ou diminuir a compra, de produtos que necessitem de refrigeração, caso não consigam cumprir suas metas de consumo de energia determinadas no programa de racionamento. A constatação é de pesquisa realizada em julho pela empresa ACNielsen, com base em 1.600 entrevistas em oito capitais e interior de São Paulo para identificar o comportamento dos consumidores em relação ao racionamento. Segundo ele, 85% dos pesquisados desligaram ou diminuíram o uso de aparelhos elétricos ou eletrônicos, 43% apagaram as luzes de ambientes vazios e 42% diminuíram o tempo no banho. Apenas 24% dos consumidores disseram que pretendem deixar de comprar produtos que precisam de refrigeração. (Valor - 19.09.2001)

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9- Cai decisão que impedia corte de energia em MG

A Cemig conseguiu derrubar liminar que impedia os eletricitários do Estado de fazer os cortes de energia nos casos de descumprimento da meta determinada pelo plano de racionamento de energia. A liminar, obtida pelo sindicato dos eletricitários mineiro, foi cassada pelo juiz Antônio Miranda, do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG), a pedido da Advocacia Geral da União. A Cemig deve iniciar os cortes no dia 20.09.2001. (Gazeta Mercantil - 19.09.2001)

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10- Rio deve ser exportador de energia

O estado do Rio de Janeiro deve ser auto-suficiente na produção de energia, ainda em 2001, de acordo com o secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer. Segundo as informações da Agência Brasil, o Rio de Janeiro deve se transformar em exportador de energia. Um exemplo pode ser a usina Eletrobolt, construída em Seropédica, pela Enron, que deve entrar em operação ainda em setembro de 2001. O investimento total foi de US$ 300 mi e a usina terá capacidade instalada de 360 MW. No mês de outubro, deve entrar em operação a usina termelétrica de El Paso Macaé Mershant, no Norte Fluminense. (Infoenergia - 19.09.2001)

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11- Bônus nas contas da Eletropaulo começa a chegar

A Eletropaulo começa a distribuir, no dia 19.09.2001, as contas de luz com pagamento de bônus. Os bônus vão beneficiar os consumidores com meta entre 101 KWh/mês e 225 KWh/mês, que vão receber R$ 1 para cada R$ 1 economizado. De acordo com a Eletropaulo, cerca de 1,2 milhão de consumidores devem receber o bônus. No entanto, a sobretaxa cobrada de quem não cumpriu a meta não arrecadou dinheiro suficiente para o pagamento dos bônus, o que vai obrigar o governo a reembolsar a Eletropaulo. Cerca de 600 mil consumidores que gastaram menos de 101 KWh já receberam o bônus, que nesse caso é de R$ 2 para cada R$ 1 economizado. (Último Segundo - 19.09.2001)

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12- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Copel se destaca antes da privatização

A Copel é a empresa de energia elétrica com mais destaque no mercado acionário, por causa, principalmente, do leilão de privatização da companhia, previsto para 31.10.2001. Uma semana antes, haverá oferta de recompra dos papéis ordinários dos acionistas minoritários, feita pelo governo do Paraná, o que pode ser um bom negócio, segundo os analistas. A oferta está condicionada à venda da estatal, mas, no momento, a recomendação não é para as ações ordinárias, que têm um alto risco de distorção na avaliação devido à oferta de compra. Os últimos resultados da empresa, do primeiro semestre, mostram lucro líquido de R$ 68,5 mi. Na comparação com o resultado do mesmo período de 2000, o lucro foi 60% menor. O principal motivo para a redução, segundo as análises, foi a desvalorização de 17,9% do real. (Valor - 19.09.2001)

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2- EDF está fora do leilão da Copel

O presidente da Light e principal executivo da EDF no Brasil, Michel Gaillard, confirmou que a EDF está fora do leilão da Copel, distribuidora paranaense de energia que será privatizada ainda em 2001. Segundo Gaillard, os problemas regulatórios do mercado de energia brasileiro e a crise energética foram os fatores que motivaram a decisão. "As condições não eram favoráveis para tomarmos a decisão de investir tanto dinheiro em um mercado com tantas incertezas", disse Gaillard. (Gazeta Mercantil - 18.09.2001)

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3- Furnas implanta programa de gestão ambiental

A Furnas Centrais Elétricas S/A inicia a implantação, a partir de setembro de 2001, de uma política de responsabilidade social sistematizada. Os projetos que vêm sendo desenvolvidos ou sugeridos pelas comunidades dos 34 municípios no entorno do reservatório mineiro farão parte de um programa de gestão voltado para a melhoria da qualidade de vida e meio ambiente. "Não é mais uma questão de boa vontade de alguns, mas sim de ordem. Em 2002 haverá uma verba específica para o desenvolvimento e manutenção dos projetos de responsabilidade social e ambiental. As comunidades organizadas vão encontrar o apoio de Furnas", frisa o engenheiro responsável pelo escritório de representação de Belo Horizonte, Ricardo José Dinelli Costa. (Gazeta Mercantil - MG - 19.09.2001)

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4- EDP e VBC concretizam desmembramento da Bandeirante

Entra em operação, em outubro de 2001, a distribuidora de eletricidade Companhia Piratininga de Força e Luz, resultado do desmembramento da também distribuidora Bandeirante de Energia, com concessão em parte do Estado de São Paulo. Os acionistas da empresa-mãe - o grupo nacional VBC e pelo EDP, de Portugal, que detêm quase 100% do capital - deliberam sobre a cisão em assembléia marcada para o 01.10.2001, após negociações que demoraram mais de um ano. Esta é a primeira vez que uma concessionária privatizada do setor elétrico é desmembrada.

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5- Com cisão da Bandeirante, VBC encerra reestruturação da área de distribuição

"Com a cisão da Bandeirante, encerramos a fase de reestruturação da área de distribuição da VBC", diz Marcelo Correa, presidente do grupo nacional, que ficará com o controle da Companhia Piratininga de Força e Luz (resultado do desmembramento), através da subsidiária CPFL, também distribuidora de eletricidade no interior de São Paulo. Grosso modo, a reestruturação da distribuição na VBC consistiu em concentrar as participações societárias na CPFL. Além dos 100% que irá deter de Piratininga, a empresa já tem 67% do capital da RGE, do Rio Grande do Sul. Quando Piratininga entrar em operação, a distribuição do VBC atenderá a quase 5 milhões de consumidores de 500 municípios. Quanto a geração, Corrêa afirma que, agora, o VBC começará a reestruturar esta área. Ele não fala no entanto sobre este processo. Mas, comenta-se no mercado que as participações serão concentradas na CPFL Geração, subsidiária da CPFL.

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6- EDP vai concentrar participação societária em distribuidoras nas quais tenha controle decisório

"A partir de agora, vamos concentrar nossa participação societária em distribuidoras em que tenhamos, também, o controle decisório", diz Eduardo Bernini, presidente do EDP, que herdará a Bandeirante. Para o EDP, segundo Bernini, a obtenção do controle da decisão permitirá que as empresas do grupo operem em diversas áreas, como compras e serviços, de forma integrada e, observem, inclusive, padrões similares aos da matriz. "Isto permitirá que aproveitemos melhor as sinergias existentes entre elas", diz o executivo. Embora a EDP também invista em geração, segundo Bernini, apenas os novos projetos da área podem ser uma exceção na regra das participações majoritárias. Isto porque, neste caso, o que importa "é construir ao menor custo possível e ter flexibilidade para vender a energia", diz. (Gazeta Mercantil - 19.09.2001)

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7- Alstom anuncia mais aquisições

O presidente mundial da Alstom, o francês Pierre Bilger, chega ao Brasil para cumprir, a partir de 19.09.2001, uma extensa agenda de contatos. Ao presidente Fernando Henrique Cardoso, Bilger dirá que o grupo francês, um dos líderes mundiais no mercado de infra-estrutura de energia e de transporte, está disposto a investir e a reforçar sua presença no Brasil. "Vamos desenvolver e ampliar todas as nossas operações locais", diz. "As operações brasileiras formam uma base prioritária e fundamental para o nosso grupo em âmbito mundial", diz o presidente da Alstom. Discreto e reservado, Bilger, não revela a pauta da reunião que terá com o presidente FHC, porém, adianta que o racionamento será um dos temas do encontro. "Vamos falar da crise energética e das oportunidades que ela oferece para uma empresa como a Alstom, nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia." Ele prefere não antecipar o resultado esperado pela empresa, mas informa que os negócios brasileiros serão impulsionados pelo racionamento. "O desempenho aumentará, pois vamos contribuir para a solução do problema de energia." (Gazeta Mercantil - 19.09.2001)

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8- Alstom quer transformar fábricas que operam no Brasil em grandes exportadoras

Além de explorar todas as oportunidades de negócios originadas com o racionamento de energia, a Alstom quer transformar suas fábricas que operam no Brasil em grandes exportadoras, concentradas nos promissores mercados de energia e de transporte ferroviário. Na área de energia, um dos mais portentosos negócios do grupo, a partir do Brasil, é feito o fornecimento de máquinas e equipamentos para Três Gargantas, a maior hidrelétrica do mundo, em construção na China. "Temos orientado nossas atividades brasileiras, cada vez mais, para a exportação", afirma presidente mundial da Alstom, Pierre Bilger. (Gazeta Mercantil - 19.09.2001)

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9- Light vai precisar de mais verbas para projetos

A desvalorização cambial e a perda de receita acarretada pelo racionamento de energia esgotará a capacidade de investimento da Light. A empresa terá que pedir um empréstimo à sua controladora, a francesa EDF, para garantir os aportes nos projetos de geração de energia, orçados em cerca de US$ 1 bi. O presidente da Light e principal executivo da EDF no Brasil, Michel Gaillard, não quis adiantar o valor do empréstimo que a empresa francesa fará a sua controlada, mas disse que será concluído até o final de 2001. Gaillard informou que a Light está sem condições sequer de desembolsar os US$ 500 mi necessários para a conclusão do projeto da usina termelétrica do Norte Fluminense, projeto de 780 MW, cuja pedra fundamental foi lançada no dia 18.09.2001. (Gazeta Mercantil - 18.09.2001)

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10- Taubaté (SP) terá centro de excelência em PCHs

A maior participação da Alstom no mercado de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) trouxe para Taubaté (SP) um dos três centros de excelência da empresa neste setor a serem instalados no mundo. Para tornar-se uma das unidades do grupo produtoras do Mini-Aqua - equipamentos destinados às PCHs - o complexo local recebeu recursos da ordem de US$ 5 mi, metade do montante aplicado em âmbito mundial. O Mini-Aqua é definido pela Alstom como um "pacote integrado", composto por turbina, gerador e sistema de comando e controle para ser utilizado em fornecimentos integrados. Segundo a direção da Alstom, o que fez o centro de excelência de Taubaté receber 50% dos recursos destinados ao desenvolvimento do projeto e lançamento do Mini-Aqua é a prosperidade do mercado atendido pela unidade, que abrange a América Latina, Canadá, Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia. (Gazeta Mercantil - VP - 19.09.2001)

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financiamento

1- MWh sai cotado a R$ 149,11 no leilão Asmae/Bovespa

O leilão de energia excedente fechou o dia 18.09.2001 com o MWh cotado a R$ 149,11. A este preço, foram comercializados 450 MWh. As ofertas de compra somaram 4.900 MWh, com valores que variaram entre R$ 148,10 e R$ 159 o MWh. Já as propostas de venda totalizaram 1.850 MWh, entre R$ 147 e R$ 159 o MWh. (Gazeta Mercantil - 18.09.2001)

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2- Anhembi Turismo e Eventos quer vender 557 MWh

A Anhembi Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo coloca à disposição do mercado 557 MWh em crédito de energia elétrica acumulado desde junho de 2001. De acordo com o diretor técnico da Anhembi Turismo e Eventos, Rafael Campos, desde o início do racionamento de energia elétrica, a empresa conseguiu reduzir o consumo de energia em 20%. A meta era de 800 MWh. As empresas interessadas em adquirir o crédito deverão apresentar propostas à Anhembi até o dia 21.09.2001, às 14 horas, conforme estabelecido em nota publicada no Diário Oficial. (Gazeta Mercantil - 18.09.2001)

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3- Bolsa Virtual de Energia da Cataguazes começa a operar

O Sistema Cataguazes-Leopoldina, gerador de energia nos Estados da Paraíba, Sergipe, Minas Gerais e Rio de Janeiro, já intermediou a negociação de 15 mil KW durante os leilões realizados entre empresas dos quatro Estados. O volume de negócios ainda é pequeno, aproximadamente R$ 3,7 mil, mas a perspectiva da Cataguazes é de que a compra e venda de energia seja intensificada nos próximos dias. A Bolsa Virtual de Energia da Cataguazes foi aberta no dia 14.09.2001, quando foram realizados três leilões. No dia 17.09.2001, a Bolsa foi reaberta e um leilão foi realizado. Para 18.09.2001, estavam marcados três leilões, nos quais foram ofertados 16 mil KWh. Já foram ofertados 514 mil KWh para venda e, em contrapartida, foram demandados outros 1 mil KWh. A cotação média para lotes de mil KWh é de R$ 240,00. Os lances iniciais têm se mantido em R$ 230,00. (Gazeta Mercantil - NE - 19.09.2001)

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financiamento

1- Dólar comercial abre em alta de 0,22%, a R$ 2,700

O dólar comercial iniciou a quarta-feira, dia 19, em alta de 0,22%, a R$ 2,690 para compra e R$ 2,700 para venda. No dia 18.09.2001, a moeda norte-americana já havia encostado em R$ 2,70 com a nova queda das Bolsas nos Estados Unidos. O dólar fechou em R$ 2,692 para compra e R$ 2,694 para venda, com alta de alta de 0,97%. Foi a maior taxa de fechamento de todos os tempos. O BC vendeu ontem cerca de US$ 100 milhões, bem acima da "ração diária" de US$ 50 milhões, segundo estimativas dos operadores. Porém, não foi suficiente para segurar a disparada da moeda. Investidores estiveram negociando apenas operações de compra da moeda. (Folha de São Paulo - 19.09.2001)

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2- Presidente do BC faz juro cair

Juros caíram em razão da entrevista do presidente do BC, Armínio Fraga, porque 'todo o mundo leu como sinal de que o BC não vai ‘abrir’ (subir) juros', como resumiu um analista. O contrato de DI outubro, que reflete as expectativas com a reunião do Copom, recuou de 19,48% para 19,36%, com giro de R$ 1,3 bi, praticamente inalterado. Mas o DI de janeiro de 2002, fechou em 21,73%, ante os 22,31% da sessão anterior, com o expressivo volume de R$ 15,398 bi negociados na BM&F, 52% maior do que os R$ 10,145 bi da sessão do dia 17.No pregão eletrônico da Bolsa do Rio, o Sisbex, a Letra do Tesouro Nacional (LTN) com vencimento em 9 de janeiro de 2002, o papel mais líquido do mercado, encerrou a 22,06%, 0,57 ponto percentual abaixo da taxa do fechamento anterior. 'Houve um ajuste nos DIs futuros em função da mudança de expectativa com o Copom', sintetizou um analista experimentado. (Gazeta Mercantil - 19.09.2001)

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3- Copom anuncia à noite se mantém ou reduz taxa de juros

O Copom continua hoje, dia 19, a partir das 16h30, a sua reunião mensal para decidir sobre a taxa de juros Selic que vai vigorar nos próximos 30 dias. A taxa está em 19% ao ano, desde o dia 18 de julho. Analistas de mercado acreditam que o BC não deverá mexer no juro mais uma vez. A avaliação é de que não há espaço para redução da taxa, uma vez que a inflação está pressionada.Uma elevação agora, para os economistas, também seria precipitada. 'Para elevar a taxa, o BC teria um constrangimento com relação ao crescimento da atividade econômica'', afirma um economista lembrando que, no segundo trimestre do ano, a economia brasileira já teve uma retração de 0,99% do PIB em relação ao primeiro trimestre do ano. O próprio presidente do BC, Armínio Fraga, já deu sinais, na última segunda-feira, de que não há espaço para mexer na taxa agora. 'Não temos muita folga'', disse Fraga em entrevista coletiva para analisar os efeitos do atentado terrorista aos Estados Unidos sobre a economia brasileira. (Folha de São Paulo - 19.09.2001)

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4- Diminui volume de negócios com ativos financeiros

Passados sete dias dos ataques terroristas aos Estados Unidos, o volume de negócios no mercado financeiro brasileiro continua bem distante dos níveis normais. Os investidores estão retraídos à espera dos desdobramentos da crise. Permanecem altas as taxas das mais diversas linhas de crédito, incluindo aquelas destinadas ao comércio exterior. As operações interbancárias por um dia (DI over) totalizaram R$ 3,49 bi na segunda-feira, 18,6% menos do que o volume médio diário de R$ 4,28 bi de agosto. Os contratos de DI no mercado futuro da BM&F giraram R$ 16,36 bi na segunda-feira, 16,8% menos do que a média diária de agosto - de R$ 19,68 bi. no dia 18.09.2001, no entanto aumentaram para R$ 22 bi com a expectativa da decisão do Copom sobre juro básico. (Gazeta Mercantil - 19.09.2001)

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5- Investidor corre para fundo DI

O nervosismo do mercado nos últimos dias aumentou a corrida pelos fundos referenciados - cambiais (que aplicam em dólar ou euro) e DIs (carteiras que aplicam apenas em papéis pós-fixados). Como já vem ocorrendo há meses, as carteiras são as únicas que captam recursos em setembro. O participação dos cambiais no total do setor de fundos dobrou desde o início do ano - passou de 1,13% em janeiro para 2,41% neste mês. Apenas no dia 12 - um dia após o atentando terrorista nos Estados Unidos - os cambiais captaram R$ 65 mi em recursos líquidos (descontando os rendimentos), segundo a Anbid. Desde maio, os cambiais já atraíram quase R$ 3 bi.(Gazeta Mercantil - 19.09.2001)

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6- Bradies sobem mas perspectiva é ruim

A perspectiva para os mercados de títulos da dívida dos emergentes, principalmente dos países com forte ligação econômica com os EUA, é nebulosa. Papéis que já vinham desvalorizando devem sofrer agora com o aprofundamento da aversão ao risco pelos investidores. Do começo do ano até o dia 11/9, a fatia do EMBI+ para o Brasil subiu 28% (212 pontos-base). Depois do dia 11 até hoje o salto foi de 11,65% (112 pontos). A parte argentina do índice também disparou. Após a alta de 91% (707 pontos) do início do ano até terça-feira passada, ela subiu mais 9,5% (140 pontos) desde então. No dia 18.09.2001, o mercado continuou com baixa liquidez, mas a alta do petróleo ajudou principalmente os papéis brasileiros e russos. O bônus brasileiro C-Bond subiu 0,6% para US$ 0,689 com prêmio de 1.116 pontos. O russo global 30 valorizou 0,69% para US$ 0,476 e prêmio de 941 pontos.(Valor - 19.09.2001)

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7- Cemig negocia 10.700 ADRs na Bolsa de NY

A Bolsa de Nova York movimentou hoje, dia 19, 10.700 American Depositary Receipts (ADRs) nível II da Cemig, primeiro dia de negociações destes papéis naquele mercado. O valor obtido por ADR foi de US$ 9,05, remontando um total de US$ 96.835,00 nos negócios. A Cemig informou, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que este volume de negócios foi muito bom, considerando-se o primeiro dia de movimentação. Porém, de acordo com um analista do mercado, os papéis da estatal mineira têm ainda muito espaço para aumentar essa liquidez, tendo em vista que o volume negociado ainda é baixo. (Gazeta Mercantil - 19.09.2001)

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8- Desembolsos do BNDES podem ficar abaixo dos R$ 26 bi orçados

As intenções de investimento das empresas continuam no vermelho pelo quarto mês consecutivo segundo dados de desempenho do sistema BNDES. Até agosto, as consultas de investimento apresentadas pelas empresas permaneceram negativas, acumulando uma queda de 21% ante igual período do ano passado. Os desembolsos cresceram 39%, somando R$ 15,2 bi, mas estão bem abaixo do orçamento de R$ 26 bi deste ano. O diretor financeiro do banco, Isac Zagury, destacou que o setor de energia elétrica permanece com forte demanda de empréstimos do banco. "Acredito que está havendo um redirecionamento dos investimentos para energia e menos para outros setores". Zagury trabalha com um cenário em que não haverá demanda para esses R$ 26 bi caso a economia mundial piore após os atentados terroristas. "Se a situação piorar muito não vamos captar recursos externos como prevíamos - da ordem de US$ 1 bi - e as empresas vão adiar investimentos. Por isso certamente não vai faltar dinheiro." (Valor - 19.09.2001)

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9- Light recebe reforço de caixa da EDF International

A Light recebeu da controladora EDF International um reforço de caixa da ordem de US$ 550 mi. O mútuo (empréstimo entre empresas de um mesmo grupo) será cotado em euros, com juros de 9,96% ao ano e vencimento em seis meses, a contar de agora, setembro de 2001. A operação contempla a possibilidade de conversão integral do empréstimo em ações representativas do capital da Light, distribuidora de energia na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (capital e mais 22 cidades). O aporte permitirá à Light os recursos necessários para cobrir as obrigações de curto prazo, cujo custo de 13,5% é bem superior ao do mútuo (9,96%). (Jornal do Commercio - 19.09.2001)

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gás e termoelétricas

1- Aprovadas isenções para o gás e o carvão

O plenário da Câmara aprovou, no dia 18.09.2001, em votação simbólica, o substitutivo da deputada Yeda Crusius ao projeto de lei do Executivo que isenta do recolhimento do PIS/Pasep/Cofins as vendas de gás natural e carvão mineral destinadas à geração termelétrica. Em seu relatório, a deputada baseou-se na tese que as operações que o próprio governo propôs desonerar são insignificantes do ponto de vista financeiro. Em relação às térmicas a gás, por exemplo, existe apenas uma planta enquadrada no PPT e em condições, portanto, de ser alcançada pela decisão. Quanto às térmicas a carvão mineral, a arrecadação do PIS e da Cofins, em 2000, foi de apenas R$ 11 mi. Nas negociações surgidas entre a apresentação do projeto do governo e a elaboração do substitutivo da relatora prevaleceu a tese que uniu todos os segmentos do setor empresarial e as lideranças partidárias: o texto que seria apreciado no plenário deveria manter a isenção, mas também deveria ocorrer a retirada da parte que aumentava os tributos para o resto da cadeia produtiva. (Gazeta Mercantil - 19.09.2001)

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2- Fundação Petros investirá na TermoRio

A Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, será o quinto sócio da Termorio, usina termelétrica que está sendo construída pela estatal junto à Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense. A fatia que ficará com o fundo ainda não está definida, mas deve ser de 20% a 25%. O projeto prevê investimentos de cerca de R$ 1,56 bi para atingir uma capacidade de geração de mil MW em março de 2002. A participação da Petros é de R$ 114 mi. O fundo de pensão participa de seis outros projetos, em um total de R$ 895 mi. A Petrobras vendeu recentemente uma fatia no projeto para as norte-americanas NRG e Skuder. A nova composição acionária da empresa administradora da térmica está sendo discutida entre as companhias. A Petrobras, que tinha 96% do projeto, deve ficar com cerca de 25%. (Gazeta Mercantil - 19.09.2001)

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3- Carioba II enfrenta última audiência

A quarta audiência pública para discussão do projeto Termelétrico Carioba II acontece no dia 19.09.2001, na cidade de Americana. A primeira tentativa de realizar o encontro para o debate sobre o empreendimento foi suspensa em razão de conflitos entre manifestantes pró e contra à usina. A térmica à gás natural cuja instalação prevista será ao lago da unidade da Fibra, em Americana, reúne num consórcio empresas como a divisão de geração da CPFL, a Intergen e a Shell. O investimento total no empreendimento chegará a US$ 650 mi para construção de um complexo com capacidade intalada de até 1,2 mil MW. É a primeira audiência depois da segunda revisão no EIA-Rima. O consórcio modificou a tecnologia de ciclo combinado de torre úmida para seca, produzindo uma redução superior a 90% na demanda de água do empreendimento, recursos que seria extraído da bacia do rio Piracicaba. A tecnologia de condensadores a ar foi proposta na tentativa de amenizar a resistência dos ambientalistas e de autoridades ligadas à gestão dos recursos hídricos na bacia. O encontro de hoje demonstrará mais claramente se a estratégia deu resultado. (Gazeta Mercantil - PP - 19.09.2001)

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4- Celpe inicia instalação de usina

Os equipamentos que serão utilizados na construção do complexo de usinas termelétricas da Guaraniana Comércio e Serviços já chegaram ao Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco. O complexo, chamado Termo GCS, tem data prevista para iniciar a produzir energia a partir de outubro de 2001, com capacidade de geração de 30 MW. A Termo GCS será composta por cinco usinas de geração de energia distribuída instaladas nas subestações de Porto de Galinhas, Ipojuca, Suape, Cabo, Pirapama e Prazeres. Cada uma das usinas vai gerar 5 MW, totalizando 30 MW no complexo. "Parte da energia gerada pela Termo GCS irá para os clientes da Guaraniana Comércio e Serviços, enquanto o volume restante será vendido no MAE ", declarou o presidente da GCS, Paulo Cezar Tavares. (Jornal do Commercio - PE - 18.09.2001)

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grandes consumidores

1- Produção industrial de MG cresce 0,5% em julho

A indústria de Minas Gerais registrou crescimento de 0,5% em julho de 2001, na comparação com o mesmo período do ano 2000, após queda de 2,1% em junho. No acumulado de 2001, a indústria mineira apresentou resultado positivo de 4,1% e, nos últimos doze meses, 5,2%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional do IBGE. Na comparação com julho de 2000, apesar da maior parte (10 dos 16) dos setores pesquisados assinalar queda na produção, houve aumentos em produtos alimentares, 15%; e setor químico, 9%; garantindo o resultado positivo do total da indústria (0,5%). Entre os itens que reduziram a produção e que mais pressionam o resultado global destacam-se: minerais não-metálicos, com -15,9%; têxtil, com -16,1%; e extrativa mineral, com -9,9%, estes influenciados, em grande parte, pelo decréscimo do cimento, tecido de algodão e minério de ferro, respectivamente. (Gazeta Mercantil - 18.09.2001)

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2- Indústria de Pernambuco cresce 5,3% em julho

A indústria de Pernambuco registrou crescimento de 5,3% em julho de 2001 em relação a junho, quando o índice ficou em 3,8%. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa ficou em 1,3% e, no acumulado de 2001, em 3%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional do IBGE. Os maiores acréscimos em julho foram: material elétrico, com 36,9%; perfumaria, com 20,8%; e bebidas, com 14,9%. No campo negativo, os destaques ficaram nos setores de couro e peles, com taxa de -69,1%; mobiliário, com -37,5%; e extrativa mineral, com -16,9%. (Gazeta Mercantil - 18.09.2001)

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3- Crescimento industrial baiano foi de 5,5% em julho

A indústria baiana assinala resultados positivos em julho de 2001 nas principais comparações. Em relação ao mesmo período do ano 2000, a produção baiana apresenta acréscimo de 5,5%. No acumulado de 2001, foi registrado um declínio de 1,1% e, no acumulado dos últimos 12 meses, de 3,3%. O resultado do período pode ser explicado por cinco dos 12 gêneros, sendo: metalúrgica, 37,8%; papel e papelão, 33,1%; e química, 6,8%. Já os decréscimos mais expressivos foram de material elétrico, 34,4%; perfumaria, 27%; e minerais não-metálicos, com 24,8%. (Gazeta Mercantil - 18.09.2001)

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4- Produção industrial gaúcha cai 1% em julho

A indústria gaúcha apresentou queda de 1% em julho de 2001 em relação ao mesmo mês de 2000. Segundo o IBGE, a redução observada neste indicador foi mais suave do que a verificada em junho (-3,4%). Em 2001, a produção industrial do Rio Grande do Sul acumula alta de 0,1% e, nos últimos 12 meses, de 2,7%. Seis dos 19 ramos industriais expandiram a produção em julho, entre eles mecânica (36,6%) e mobiliário (14,8%). Em contraposição, destacam-se fumo (-27,4%) e química (-6,1%). (Gazeta Mercantil - 18.09.2001)

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5- Abinee diz que venda de eletroeletrônicos cresce em agosto

As vendas do setor eletroeletrônico no mês de agosto apresentaram ligeira recuperação em relação a julho, segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica). Segundo a Abinee, a retomada dos negócios desses setores ocorreu devido à reativação das vendas de bens eletroeletrônicos, após a queda provocada pelo racionamento de energia. Além disso, a crise também contribuiu para aumentar a demanda por equipamentos destinados a produção e conservação de energia. (O Povo - CE - 17.09.2001)

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internacional

1- EDP retoma negociações com EnBW pela partilha da Cantábrico

A EDP reabriu as conversações com a ENBW, sobre a partilha da espanhola HidroCantábrico. O acordo vem numa época estratégica, já que a União Européia e o governo espanhol devem anunciar sua posição sobre a participação de ambas na empresa asturiana na próxima semana.. O principal objetivo do acordo entre as duas empresas é manter uma representação parecida no conselho de administração da Cantábrico. Os direitos de voto da elétrica portuguesa na HidroCantábrico encontram-se limitados a 3% até o governo espanhol decidir se a participação estatal na EDP viola as leis da Espanha, as quais condicionam a participação de empresas estatais estrangeiras nas elétricas espanholas. (Diário Econômico - 19.09.2001)

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2- Transco deve diminuir período para troca de tubulação

O operador de gasodutos inglês Transco deve ser obrigado a diminuir o tempo para a renovação da tubulação de seus gasodutos. O Executivo de Saúde e Segurança da Inglaterra afirmou que a renovação da tubulação vinha diminuindo dramáticamente nos últimos cinco anos, o que estava começando a apresentar perigo a população. A decisão da empresa de renovar a tubulação veio depois de uma série de explosões em alguns prédios, provocando um número considerável de vítimas. A Transco afirmou que a renovação fará com que ela dobre o seu número de empregados e custará cerca de US$ 952 mi. A empresa pretende recuperar este investimento pelo aumento de preços. (Financial Times - 18.09.2001)

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3- Suprema Corte do Chile aceita recurso da Edelnor contra Emel

A Suprema Corte do Chile aceitou o recurso da elétrica chilena Edelnor contra a distribuidora elétrica chilena Emel y Nopel. A elétrica discutia a viabilidade o contrato fechado pelo governo chileno com a distribuidora em 1998. Para a Edelnor, o contrato atenta contra a livre competição e faz da Emel um monopólio no setor. O gerente geral da empresa, Ricardo Falabella, afirma que a resolução tomada pela Suprema Corte "abre as portas para que se realize uma nova licitação pública, desta vez limpa e aberta." (Estratégia -19.09.2001)

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4- União Européia exige liberalização do setor energético

A entrada das empresas energéticas espanholas em Portugal continua a ser a condição imposta pelo Executivo de Madrid para desbloquear os direitos de voto da EDP, na Hidrocantábrico. O vice-presidente da Comissão Européia, Rodrigo Rato, reiterou que não se pode permitir que elétricas com monopólio no seu país comprem empresas de países liberalizados. Ele exige mais concorrência e um aumento das interconexões elétricas. A França, interessada também na HidroCantábrico através da EnBW, já afirmou que está disposta a triplicar a atual capacidade de intercâmbio elétrico com a Espanha. Rato salientou que fortalecer as redes energéticas transfronteiriças e equilibrar a liberalização do setor do gás e da eletricidade na Europa serão dois dos principais objetivos da União Européia, em 2002. (Diário Econômico - 19.09.2001)

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5- Exxon, BHP Billiton e Angloamerican adquirem área de exploração de carvão na Colômbia

A partir desta semana, a Intercor, um consórcio formado pela americana Exxon, pela australiana BHP Billiton e pela sul-africana Angloamerican, será a exploradora de carvão em grande escala na Colômbia. O governo colombiano concedeu ao consórcio um contrato de 25 anos de exploração da área carbonífera de Patilla, uma área de 2.300 hectares no departamento boliviano de Guajira. Em 2000, as mesmas empresas adquiriram, por US$ 465 mi, a participação da estatal Carbocol na área de Cerrejón, também localizada em Guajira. Trinta empresas participaram do leilão da área de Patilla, mas a Intercor acabou vencendo. O valor pago pela área de exploração será de US$ 12.5 mi. (El Colombiano - 19.09.2001)

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6- Equador perderá fornecimento de 270MW por causa do fechamento da Electroguayas

O Centro Nacional de Controle de Energia do Equador informou que, nas próximas 48 horas, o sistema de energia do Equador perderá 270 MW de potência por causa do fechamento da Electroguayas. Fontes da empresa afirmoram que a suspensão das atividades será dará por causa da falta de dinheiro para comprar combustível. Max Molina, diretor do Cenace assegurou os parques térmicos alternativos e a geração hidroelétrica suprirão a demanda antes suprida pela Electroguayas. Mesmo assim, ele salienta que, como a estiagem de setembro foi forte, a situação poderá não ser contornada totalmente. As dívidas do setor gerador equatoriano têm somado cerca de US$ 460 mi, segundo informações oficiais. (El Universo - 19.09.2001)

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7- Usinas nucleares americanas aumentam sua segurança

A indústria da energia nuclear nos EUA aumentou seu sistema de segurança depois do ataque terrorista da semana passada em Nova Iorque e Washington. Representantes do setor temem que os ataques estraguem um plano de volta da energia nuclear nos EUA, onde nenhuma usina foi construída por mais de 20 anos. A energia nuclear corresponde a 20% da eletricidade usada pelos consumidores americanos. "Sempre tivemos uma preocupação constante para evitar que esse tipo de usina fosse usado como arma e agora sabemos que esta ameça é real." disse Tom Clements, relator do Instituto de Controle Nuclear dos EUA. Não se sabe qual será a reação do Presidente George W. Bush sobre o assunto. O atual presidente dos EUA foi o principal incentivador da volta da energia nuclear ao país. (Financial Times - 19.09.2001)

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1- Comercialização de energia de Sergipe para o Amazonas

Segundo o Sr. Ken Wheeler, Eng. de Petróleo da Petrobras-Manaus/AM, a Gazeta Mercantil cometeu incorreções na notícia "Sergipe quer ICMS pago pela Chesf", divulgada pelo IFE 729, de 18.09.2001. A Gazeta Mercantil imprimiu comentários que Sergipe pode vender energia elétrica para o Amazonas. Segundo Wheeler, isso não é possível pois o Amazonas não possui nenhum município abastecido através de sistema elétrico interligado. O Engenheiro afirma que uma prova disso é que esse estado e os outros da região Norte - exceto o Pará e Tocantins - não entraram no racionamento e nem correm riscos de "apagões" devido a crise de energia elétrica brasileira. "Esse tipo de comercialização só pode ser efetuada se existir conexão física entre os sistemas elétricos", completou Ken Wheeler.

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Barbara Oliveira, Carla Nascimento, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Carolina Selvatici, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras