1- Aneel licitará mais 30 hidrelétricas até 2002 |
Em
sua apresentação durante seminário do II Encontro de Negócios
de Energia, o diretor da Aneel, Eduardo Henrique Ellery, traçou
um panorama das concessões de hidrelétricas e linhas de transmissão
oferecidas ou que serão apresentadas à iniciativa privada entre
2001 e 2002. Ainda em 2001 está previsto o lançamento de mais
nove usinas, com capacidade de 2.188 MW, e outras 12 linhas, no
total de 3.131 km. Em 2002, já está certo o lançamento de mais
13 usinas hidrelétricas, somando um potencial de geração extra
de 4.441 MW. Em relação às linhas de transmissão, não há definições
sobre os projetos a ser colocados em licitação, mas apenas uma
meta de ampliação em 5 mil km na extensão do sistema. No total,
portanto, entre 2001 e 2002, a previsão é de que saiam do papel
30 novas hidrelétricas, agregando mais 8.902 MW em alguns anos
ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Já entre as linhas, estão
certos mais 5.055 km, além dos outros 5 mil km da meta de 2002.
(Gazeta Mercantil - 04.09.2001)
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2- Governo do Paraná anuncia preço mínimo da Copel
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O governo do Paraná anuncia no dia 05.09.2001, no Rio de Janeiro,
o preço mínimo e demais detalhes do edital de venda da Copel,
cujo leilão está marcado para o dia 31 de outubro de 2001. Analistas
do setor e executivos de algumas das principais companhias de
energia não só calculam em R$ 8,5 bi o preço mínimo da companhia,
como também acreditam que a venda deverá render ágio para o governo
paranaense, apesar do racionamento e indefinições regulatórias
do setor elétrico. (Gazeta Mercantil - 05.09.2001)
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3- Gros descarta intervenção do governo na questão
do Anexo V |
O presidente do BNDES, Francisco Gros, descartou qualquer intervenção
nas negociações sobre Anexo V entre empresas do setor elétrico.
Ele, que é o responsável destacado pelo governo federal para resolver
o impasse, na prática, entrega a solução nas mãos de geradores
e distribuidores, que devem recorrer à Justiça para decidir quem
pagará uma conta estimada em R$ 6 bilhões. "O Anexo faz parte
dos contratos privados e, portanto, o governo não pretende intervir",
afirmou o presidente do BNDES. Segundo ele, essa posição já foi
comunicada oficialmente aos agentes há cerca de um mês. Mesmo
sem citar reivindicações e pressões de empresas elétricas, Gros
deu um recado aos que defendem a cobertura do governo para os
custos referentes ao Anexo V. "O governo não produz dinheiro",
disse. "É preciso responder quem paga a conta: o consumidor ou
o contribuinte?" (Gazeta Mercantil - 04.09.2001)
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4- Presidente do BNDES diz que aumento de custos pode
ser repassado |
O presidente do BNDES, Francisco Gros, sinalizou, no dia 04.09.2001,
a possibilidade de aumento de tarifas de energia em função do
repasse dos aumentos de custos provocados pela valorização do
dólar nos últimos meses. ''Os investidores serão remunerados com
os valores reais que os investidores desejam.'' O governo, por
sua vez, precisará investir cerca de R$ 45 bi para que o aporte
privado seja retomado. Gros ainda explicou que os custos não-gerenciáveis
previstos nos contratos de concessão de energia - conhecida como
parcela A - serão repassados para todas as empresas do setor nas
contas de luz pagas pelos consumidores. ''Os custos não-gerenciáveis
serão repassados conforme a regra prevista nos contratos de concessão.
As regras do jogo não mudaram, posso garantir.'' (Jornal do Brasil
- 05.09.2001)
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5- Cálculos de custos não-gerenciáveis serão mudados |
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, José
Guilherme Reis, afirmou, no dia 04.09.2001, que o governo vai
alterar a fórmula de cálculo dos custos não-gerenciáveis previstos
nos contratos de concessão do setor elétrico. Segundo Reis, o
objetivo é assegurar o menor impacto possível na contabilidade
das distribuidoras de energia. Esses custos representam gastos
como a energia adquirida em dólar da usina hidrelétrica de Itaipu
e a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), encargo do setor elétrico
cujo valor varia de acordo com o regime de chuvas. O secretário
admitiu que uma das alternativas é bancar as variações por 12
meses, por meio de garantias oferecidas pelo próprio governo.
Essas variações seriam repassadas posteriormente para o consumidor,
em cada reajuste anual de tarifa, por meio de um mecanismo similar
ao que ocorre com a Petrobras, que assegura um preço fixo do gás
natural por 12 meses, independentemente da variação cambial. (Gazeta
Mercantil - 05.09.2001)
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6- APMPE pede participação em comitê de energia |
A Associação Brasileira dos Pequenos e Médios Produtores de Energia
Elétrica (APMPE), com sede em Porto Alegre (RS), enviou pedido
à GCE para participar do Comitê de Revitalização do Modelo do
Setor Elétrico. A APMPE reúne produtores independentes, cooperativas
de eletrificação rural e pequenas concessionárias de energia elétrica.
A intenção é incluir nas discussões do comitê medidas para ações
ambientais e de financiamento dirigidos a produtores de menor
porte. Uma delas prevê que o governo facilite os licenciamentos
ambientais para PCHs. Outra, que a Eletrobrás aumente o valor
de compra de energia do programa PCH-Com, pelo qual a estatal
adquire a energia de pequenas centrais e o BNDES facilita o financiamento
de projetos. Segundo avaliação do vice-presidente da APMPE, Ricardo
Pizatto, o preço pago hoje, R$ 67 por MWh, é insuficiente para
a remuneração dos investimentos e muito abaixo dos R$ 86 por MWh
esperados. (Gazeta Mercantil - 05.09.2001)
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1- Governo anuncia nova regra para pagamento de bônus
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No dia 04.09.2001, o governo anunciou as novas regras para o pagamento
do bônus para os consumidores que economizarem além da meta de
redução estipulada pela GCE. Foram criados fundos unificados para
cada uma das 36 distribuidoras de energia que estão localizadas
nas regiões em que há racionamento. Com as novas regras, os recursos
arrecadados, por distribuidora, em todas classes de consumo irão
para o mesmo caixa, permitindo uma extensão do pagamento do bônus.
Pela resolução anterior, cada classe de consumo - indústria, residência
- recebia o bônus de acordo com o que a própria classe tinha pago
em sobretaxa. Só os consumidores residenciais receberiam bônus
com os valores arrecadados com a sobretaxas dos grandes consumidores.
Os recursos de cada fundo serão utilizados, de forma prioritária,
para os consumidores com demanda de 100 KWh/mês e com demanda
e meta até 225 KWh/mês. Para o consumidor de baixa renda continua
valendo a fórmula de pagamento do bônus de R$ 2 para cada R$ 1
economizado. Para os consumidores com demanda e meta de 225 KWh,
o bônus será pago na proporção de R$ 1 por R$ 1. (Gazeta Mercantil
- 05.09.2001)
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2- Governo deve confirmar esta semana oferta de energia
na madrugada |
O ministro das Minas e Energia, José Jorge, previu para a primeira
semana de setembro de 2001, a confirmação de outra medida anunciada
pelo governo: empresas de grande porte nas regiões Sudeste e Centro-Oeste
poderão receber energia durante a madrugada, "pois a carga (nesse
período) está se aproximando do nível mínimo" necessário para
fazer o sistema de distribuição de energia funcionar. A medida
é bem vista pela Associação Brasileira dos Grandes Consumidores
Industriais de Energia (Abrace). Segundo o ministro, poderiam
ser disponibilizados 2 mil MW para que empresas possam funcionar
de madrugada. Existe expectativa de que o repasse de energia da
região Sul para o Sudeste aumente em 200 MW em função disso. (Gazeta
Mercantil - 05.09.2001)
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3- Aneel ameaça multar distribuidoras |
As distribuidoras de energia elétrica que não cumprirem a determinação
de cortar o fornecimento de seus consumidores podem ser multadas
em até 2% do seu faturamento. Segundo o diretor da Aneel, Eduardo
Ellely, a autuação só seria aplicada às empresas que não efetuassem
os cortes por motivos operacionais. As distribuidoras que estiverem
impedidas de cumprir as regras do racionamento por questões jurídicas
como liminares não estão sujeitas a multas. No Estado de São Paulo,
por exemplo, somente a Eletropaulo está cortando a energia. As
outras três distribuidoras - Bandeirante, CPFL e a Elektro - não
iniciaram os cortes devido a uma liminar. (Jornal do Commerci
- 05.09.2001)
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4- Ministro prevê fim do racionamento para 2002 |
O Brasil poderá se ver livre, em 2002, do racionamento de energia,
graças à implementação do programa emergencial de geração. A taxa
de racionamento deverá cair para 5% em 2002, segundo o ministro
das Minas e Energia, José Jorge. Na prática, cortar 5% do consumo
será uma tarefa fácil de realizar, na medida em que, segundo estimativas
dos técnicos do governo, mesmo sem racionamento, o consumo de
energia deve cair 7% em 2002. Jorge informou que no dia 30 de
novembro, quando estará terminando a chamada a "estação seca",
o governo avaliará a possibilidade de aliviar a meta de racionamento
para o trimestre seguinte. (Valor - 05.09.2001)
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5- José Jorge reconhece que as distribuidoras foram
prejudicadas pelo racionamento |
O Ministro da Minas e Energia, José Jorge, reconheceu que, por
causa do racionamento, as distribuidoras de energia vêm perdendo
receita. Ele admitiu que essa queda pode afetar o equilíbrio econômico-financeiro
das empresas, levando-as a solicitar reajustes extraodinários
nas tarifas. O ministro explicou que as tarifas são corrigidas
por meio de três mecanismos: de forma automática, uma vez por
ano, conforme os contratos de concessão firmados quando as empresas
foram privatizadas; através de reajustes extraordinários, autorizados
pela Aneel em casos de comprovada emergência; e de tempos em tempos,
para reequilibrar receitas e custos das companhias. Mesmo assim,
ele ressalvou que à Aneel analisará caso por caso . A sistemática
de reajuste das tarifas de energia no Brasil tem sido apontada
como um dos obstáculos ao aumento dos investimentos estrangeiros
no setor elétrico. (Valor - 05.09.2001)
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6- GCE vai continuar a agir com prudência, diz Francisco
Gros |
As últimas especulações quanto ao final do racionamento em novembro
ou dezembro de 2001 causaram muita preocupação no mercado. Ao
contrário do que se imagina, a extensão do plano até 2002 é a
opção mais acertada, segundo especialistas. Mas não há o que temer,
explica o presidente do BNDES, Francisco Gros. De acordo com ele,
a GCE vai continuar agindo com prudência até que o País tenha
certeza de que as chuvas virão. Além disso, o fim do contingenciamento
dependerá também da atual manutenção da economia de energia e
da expansão da geração. Segundo ele, até o momento, a redução
de 20% exigida pelo ONS está funcionando. "Isso permitiu a redução
do nível dos reservatórios." Mas, lembra, não podemos cantar vitória.
O esforço não terminou, ainda dependemos da população. "Mesmo
assim, a situação está indo bem." (Estado - 05.09.2001)
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7- Classes C e D são as que mais poupam energia no
Rio |
Os consumidores que mais economizam energia no Rio de Janeiro
pertencem às classes C e D. Dos 3,1 milhões de clientes residenciais
da Light, 44% receberam bônus em agosto de 2001 (R$ 10,5 milhões
no total), por diminuirem os gastos com energia para menos de
100 KWh. Desses 1,364 milhão, nem todos podem ser classificados
na faixa de baixo poder aquisitivo. É relativamente fácil para
quem mora sozinho, por exemplo, ter um consumo neste nível. Mas
famílias que fazem parte deste universo são invariavelmente das
classes mais pobres. "Os clientes com consumo de até 100 kWh por
mês e que não ultrapassaram suas cotas ficaram na média 50% abaixo
de suas metas", diz o superintendente de sistemas comerciais da
Light, Ernesto Haikewitsch. (Estado - 05.09.2001)
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8- Distribuidoras têm R$ 125,4 mi para pagar bônus |
As distribuidoras de energia já têm R$ 125,4 mi para o pagamento
do bônus para os consumidores com meta mensal de consumo de até
225 KWh e que economizaram mais que os 20% exigidos pelo programa
de racionamento. Esse valor se refere à diferença entre o valor
arrecadado pelas distribuidoras das Regiões Nordeste, Sudeste
e Centro-Oeste no mês de julho de 2001 com a sobretaxa e o bônus
pago. Esse valor deverá aumentar depois da arrecadação do mês
de agosto. O secretário de Política Econômica do Ministério da
Fazenda, José Guilherme dos Reis, integrante da GCE, informou
que as distribuidoras de energia das três regiões arrecadaram,
em conjunto, R$ 189,118 mi com a sobretaxa e pagaram R$ 63,747
mi em bônus. (Estado - 05.09.2001)
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9- Light volta a cortar luz no dia 10.09.2001, exceto
na cidade do Rio |
A Light vai retomar os cortes de energia elétrica no dia 10.09.2001,
nos 30 municípios em que atua no Estado, exceto na cidade do Rio
de Janeiro. Os consumidores da cidade do Rio estão excluídos do
corte em função da promulgação da lei municipal que proíbe a suspensão
do fornecimento de energia. A concessionária não soube informar
quantos consumidores terão efetivamente a luz cortada. De acordo
com a Light, cerca de 53% dos clientes que ultrapassaram a meta
de consumo em julho de 2001 voltaram a descumpri-la em agosto.
Pelo menos 280 mil clientes estariam sujeitos a corte por consumirem
acima da meta por dois meses consecutivos. No entanto, grande
parte desse contingente mora no município do Rio. (Jornal do Brasil
- 05.09.2001)
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10- Paulistas reduzem economia de energia |
Os primeiros dias de setembro de 2001 indicam que os paulistas
estão menos rígidos quanto ao esquema do racionamento de energia.
Até 04.09.2001, a taxa de economia medida pela Comissão de Serviços
Públicos de Energia (CSPE), estava em 23%, ante os 25% registrados
no mesmo período de agosto de 2001. Essa pequena alta no consumo
de eletricidade, no entanto, não deverá comprometer o plano "antiapagão".
A explicação do comissário chefe da CSPE, Moacir Trindade de Oliveira
Andrade, é que a meta inicial do governo, de 20% de economia,
permanece mantida com uma certa folga, que tende a ser ampliada
com o anúncio da concessão de bônus também para os consumidores
de até 225 KWh. "A possibilidade de ser premiado com a redução
da tarifa deve estimular a retomada da economia", diz Andrade.
(Estado - 05.09.2001)
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11- Emprego mantido na crise de energia |
Passados três meses
do início do racionamento de energia, a possibilidade de demissões
em massa se desfaz. De acordo com economistas, empresários e os
próprios trabalhadores, a adaptação das empresas ao racionamento
e o afrouxamento das metas de consumo fixadas pelo governo para
diversos setores fez com que a crise energética causasse menos
demissões do que se chegou a imaginar. A maior parte dos reflexos
sobre o nível de emprego já teria ocorrido. "Acreditamos que devido
ao racionamento não ocorrerão mais muitas demissões. O que ameaça
os empregos e a criação de postos no segundo semestre é a recessão",
diz o presidente nacional da CUT, João Felício. Segundo levantamento
da CUT, a crise energética causou 1,5 mil demissões no setor metalúrgico
até agosto de 2001. (Gazeta Mercantil - 05.09.2001)
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12- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Incorporação da EPTE entra na reta final |
O mercado de energia ganhará em breve uma megaempresa de transmissão,
com poder de fogo reforçado para as disputas comerciais no setor.
A nova companhia nascerá da incorporação da Empresa Paulista de
Transmissão de Energia Elétrica (EPTE) pela Transmissão Paulista,
processo que está na reta final. O secretário de Energia de São
Paulo, Mauro Arce, disse que todos os trâmites no governo foram
superados e a operação agora está "bem avançada", devendo sair
em breve. Os trabalhos de reestruturação das companhias começaram
oficialmente em fevereiro de 2001, e como a questão demanda uma
série de avaliações nas empresas Arce prefere não arriscar uma
data para a conclusão. Mas confirmou uma troca de ações entre
as empresas, como é comum nesse tipo de operação. Após incorporada,
a EPTE será extinta e os acionistas receberão papéis da Transmissão
Paulista. (Estado - 05.09.2001)
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2- Cemig lança ADRs para negociação na bolsa de valores
de NY |
O governador de Minas Gerais, Itamar Franco (PMDB), afirmou, na
terça-feira, no Rio que ações da Cemig (Companhia Energética de
Minas Gerais) serão lançadas pela primeira vez na Bolsa de Nova
York, a partir do dia 18.09.2001. Os papéis da estatal mineira
já são negociados no mercado de balcão nos EUA, mas agora a empresa
poderá lançar ADRs (American Depositary Receipts) de nível dois,
negociados em pregão. Durante o anúncio, o governador aproveitou
para criticar o presidente do Banco Central, Armínio Fraga. ``O
presidente do BC já afirmou que os investidores estrangeiros não
deveriam investir em Minas Gerais, mas vamos lançar nossos papéis
na Bolsa e esperamos ter sucesso'', afirmou. (Estado de Minas
- 05.09.2001)
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3- Receita da Cataguases-Leopoldina cresce 95,3% |
A Cataguazes-Leopoldina (CFLCL) obteve receita operacional bruta
consolidada de R$ 546,9 mi até julho de 2001, o que representa
um crescimento de 95,3% em relação ao mesmo período do ano 2000.
Com vendas físicas consolidadas de 3.311 GWh em mercados próprios,
a CFLCL apurou nos primeiros sete meses de 2001 um aumento de
57,4% no total comercializado de energia elétrica. O resultado,
segundo comunicado da concessionária, deve-se à aquisição da Saelpa,
em novembro de 2000, já que as receitas estão computadas no período,
o que não ocorreu em igual intervalo do ano 2000. (Jornal do Commercio
- 05.09.2001)
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4- Grupo português planeja investir R$ 102,2 mi em
parque eólico no Ceará |
A holding Brasiplurinvest, empresa formada pelas portuguesas ARF
Consultoria Empresarial e Pluripart SGPS, vai investir cerca de
R$ 102,2 mi em um parque eólico no litoral leste do Ceará. Parte
desse recursos vem dos programas de financiamento locais. O financiamento
local corresponde a algo em torno de 70% do valor do projeto.
O parque eólico, de acordo com o presidente da Plurinvest no Brasil,
Armando Faria, está com processo em estágio avançado, podendo
ser iniciado em 2003. "A fase de testes começa em um mês. É preciso
pelo menos 1 ano para verificar a velocidade e a constância dos
ventos ao longo do período, para saber o equipamento e rentabilidade
mais adequados em termos de produção de energia", diz Faria. A
holding portuguesa também avaliará se vai implantar o empreendimento
ou se cederá a um outro parceiro, que se responsabilizará pela
construção do parque. (Gazeta Mercantil - CE - 05.09.2001)
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1- MME contrata produtores independentes de energia
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O MME informou em comunicado publicado no dia 04.09.2001 nos jornais
que receberá até as 17 horas do dia 01.10.2001, por intermédio
do Grupo de Execução de Aumento da Oferta de Energia a Curto Prazo,
propostas visando à contratação de suprimento de energia na modalidade
de Produtor Independente de Energia (PIE). Os referidos produtores
deverão se instalar nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.
O Termo de Referência para conhecimento preliminar dos interessados
está disponível no site www.energiabrasil.gov.br
. Os anexos do termo serão entregues aos interessados, mediante
comprovação do pagamento da taxa de recolhimento junto ao Banco
do Brasil. Os produtores deverão atender às seguintes características:
potência por usina termelétrica de 10 MW a 350 MW; tensão de saída
da usina de 13,8 KV a 230 KV; freqüência de 60 Hz; data de início
da operação comercial até 01.07.2001; uso de óleo combustível
ou óleo diesel; responsabilidade pelo combustível é do produtor,
com reembolso pela contratante; e as possíveis datas de término
de contrato são 31 de dezembro de 2003 ou 2004 ou ainda 2005.
(Gazeta Mercantil - 04.09.2001)
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2- Abracel pede fim de cascata no PIS |
Os comercializadores de energia estão preocupados com a paralisia
que atinge MAE. Walfrido Ávila, presidente da Associação Brasileira
dos Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel), afirmou
que a existência de um cronograma para o pleno funcionamento do
mercado atacadista representa um avanço no processo, mas alerta
que é necessário definir alguns aspectos pendentes, como a tributação
em cascata do PIS-Cofins. "Se isso não for resolvido, não haverá
a tão sonhada competição", disse ele. Segundo informou, sobre
a venda de energia incide uma alíquota de 0,65% referente ao PIS
e de 3% para a Cofins. Ocorre que se a energia vendida em uma
operação no âmbito do MAE é passada para a frente haverá uma nova
incidência de PIS e Cofins, o que, na avaliação de Ávila, provoca
uma séria distorção. "À medida em que a energia é negociada, o
seu preço fica cada vez mais fora da cotação do mercado, devido
aos impostos em cascata", disse Walfrido Ávila. (Gazeta Mercantil
- 05.09.2001)
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3- Abraceel quer solução para questão da chamada "energia
velha" |
Para o presidente da Abraceel, Walfrido Ávila, o governo precisa
oferecer uma solução, o quanto antes, para a polêmica questão
da chamada "energia velha", ou seja, aquela energia que já integra
os contratos iniciais firmados entre as geradoras e as distribuidoras.
Toda essa energia já contratada será jogada no mercado, de forma
gradativa, na base de 25% por ano, a partir de 2003, de modo que
a comercialização fique inteiramente livre a partir de 2006. No
entendimento de Walfrido Ávila, à medida em que o mercado for
aberto, essa energia velha entrará em uma posição privilegiada,
pois os custos das geradoras (federais e estaduais) já estão amortizados,
razão pela qual não haveria isonomia entre os agentes. (Gazeta
Mercantil - 05.09.2001)
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4- Abraceel defende propostas para eliminar distorção
no mercado |
Existem, na opinião da Abraceel, algumas propostas para eliminar
a distorção causada pela questão da chamada "energia velha". Uma
delas seria por meio da privatização e, outra, mediante o impedimento
para que a energia velha possa competir com a energia nova (ou
seja, aquela que não está incluída nos contratos iniciais). "É
preciso oferecer um sinal ao mercado, pois trata-se de uma interrogação
enorme. Todo mundo quer ver o Mercado Atacadista de Energia funcionando
a plena carga, mas essas questões precisam ser definidas, sob
pena de provocar distorções na formação dos preços do mercado
de energia elétrica", acrescentou o presidente da Abraceel, Walfrido
Ávila. (Gazeta Mercantil - 05.09.2001)
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5- Comercializadora de energia da Petrobras começará
a operar |
A comercializadora da subsidiária da Petrobras para negócios em
energia, a Petrobras Energia, deve começar a funcionar em outubro
de 2001. Para tanto, a estatal começa a aglutinar especialistas
no setor e a organizar o espaço de negociação, que terá a função
principal de garantir, num futuro próximo, o escoamento da produção
das usinas termelétricas nas quais a Petrobras tem participação.
(Gazeta Mercantil - 05.09.2001)
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6- Segundo Petrobras, ineficácia do MAE cerca de incertezas
a entrada em operação de térmicas |
De acordo com o diretor da Área de Gás e Energia da Petrobras,
Delcídio do Amaral Gomes, a entrada em operação de várias térmicas
incluídas no programa prioritário do governo ainda é cercada de
incertezas, em função da ineficácia do MAE. Ele cita os casos
das plantas tipo merchant da El Paso (Macaé, com potência de 870
MW) e da Enron (Eletrobolt, com potência de 420 MW), que dependem
inteiramente do ambiente de negociação a curto prazo. Sem o MAE,
as empresas não têm nenhuma garantia de recebimento da energia
a ser vendida. A Petrobras tem participação hoje em 29 projetos
de termelétricas. (Gazeta Mercantil - 05.09.2001)
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7- Governo pode criar mercado de negociação a curto
prazo em substituição ao MAE |
Além da criação da sua própria empresa de comercialização de energia,
a Petrobras participa das negociações com o governo para a criação
de um mercado de negociação a curto prazo, funcionando em substituição
ao MAE - pelo menos até que este comece a funcionar de fato. Este
mercado poderia ser representado, no momento, principalmente pela
Comercializadora Brasileira de Energia Elétrica (CBEE), criada
nos últimos dias pelo governo, visando a venda de energia emergencial
de termelétricas embarcadas que deverão ser contratadas no curto
prazo. O principal receio dos investidores, incluindo a Petrobras,
é de que várias térmicas entrem em operação em breve, antes mesmo
que o MAE funcione. (Gazeta Mercantil - 05.09.2001)
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8- Apine defende novo mercado de negociação a curto
prazo |
Para o conselheiro da Associação Brasileira dos Produtores Independentes
de Energia (Apine), Sérgio Ennes, a necessidade de um novo mercado
de negociação a curto prazo, funcionando em substituição ao MAE,
não se resume apenas à inoperância do Mercado Atacadista. Ele
afirma que, mesmo com o ambiente em perfeito funcionamento, ainda
faltará mercado para comercializar energia excedente, uma vez
que boa parte do insumo já está contratado. Ennes prevê que o
mercado só deve se normalizar no final de 2002. (Gazeta Mercantil
- 05.09.2001)
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9- CBEE deve escoar energia de usinas a gás listadas
no PPT |
As primeiras usinas termelétricas a entrar em operação poderão
ter sua energia escoada pela Comercializadora Brasileira de Energia
Emergencial (CBEE). A empresa foi criada pela GCE com a função
de vender a produção das usinas emergenciais, inclusive em barcaças.
Mas esse escopo poderá ser ampliado para abrigar unidades movidas
a gás, listadas no Programa Prioritário de Termelétricas (PPT),
e driblar a incerteza de pagamento em operações do MAE. O diretor
de Gás e Energia da Petrobras, Delcídio do Amaral Gomez estima
que a CBEE poderá contar com 2 mil MW dessas unidades a gás, já
em 2001. (Gazeta Mercantil - 05.09.2001)
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10- Leilão de energia excedente tem apenas uma oferta
de venda |
O leilão de energia excedente fechou o dia 04.09.2001 mais uma
vez sem registrar nenhum negócio, diante do registro de apenas
uma oferta de venda. A única proposta foi de 500 MWh, a R$ 245
o MWh, preço mais alto que o praticado nas últimas transações.
Na última semana de agosto de 2001, o mercado eletrônico operado
pela Asmae, em parceria com a Bovespa, atingiu o menor valor para
o MWh, de R$ 190 - recorde desde 25.06.2001, quando os pregões
começaram a funcionar. (Gazeta Mercantil - 04.09.2001)
Índice
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1- Inflação fecha agosto com alta de 1,15% em São Paulo
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O município de SP registrou inflação de 1,15% em agosto. A taxa
mostra tendência decrescente frente às três quadrissemanas anteriores
do mês (1,51% na primeira, 1,48% na segunda e 1,38% na terceira).
Mesmo com a alta de 1,15%, o IPC do mês ficou abaixo da expectativa
da Fipe, da USP, que previa taxa de até 1,2%. Neste ano, a inflação
foi de 1,21% em julho, 0,85% em junho, 0,17% em maio, 0,61% em
abril, 0,51% em março, 0,11% em fevereiro, e 0,38% em janeiro.
A Fipe prevê que a inflação deverá fechar este ano em 5,5%. Em
2000, o IPC ficou em 4,38%.(Folha de São Paulo - 05.09.2001)
Índice
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2- Projeções de juros recuam em clima positivo |
As projeções de juros voltaram ontem, dia 4 de setembro, a recuar
com força, dando continuidade ao movimento iniciado há duas semanas.
A taxa das operações prefixadas de um ano caiu de 23,12% para
22,4%, o nível mais baixo desde 26 de junho, refletindo a melhora
do humor em relação à Argentina e a confirmação da expectativa
de que os juros não vão subir no curto prazo - na verdade, alguns
investidores começam a cogitar até mesmo a possibilidade de redução
da Selic. (Estado de São Paulo - 05.09.2001)
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3- Cenário externo melhor faz dólar recuar |
O dólar comercial caiu ontem, dia 4 de setembro, R$ 2,557, graças
ao noticiário externo favorável. A melhora dos indicadores de
confiança argentinos animou tesourarias de bancos domésticos a
vender o excesso das posições em moeda americana. Outro estímulo
foi a estimativa de que o PIB dos Estados Unidos ficará positivo
em 1,9% este ano. A demanda por hedge continua grande. Operadores
das mesas de câmbio disseram que, apesar da ligeira queda de ontem,
a tendência de médio prazo para o dólar permanece de alta. Esses
profissionais ainda desconfiam que, mesmo com o novo acordo com
o FMI e a esperada renegociação da dívida, a Argentina poderá
ter dificuldades para honrar seus compromissos até o fim do ano
por causa da manutenção do sistema de "currency board". (Estado
de São Paulo - 05.09.2001)
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4- Capital ainda arredio aos emergentes |
O Instituto de Finanças Internacionais (IIF) revela que o fluxo
de capital privado para a América Latina só deve permancer estável
este ano - em torno dos US$ 68 bi registrados em 2000 - graças
aos recursos destinados ao México. O país cada vez mais vem deixando
de ser considerado um emergente e está conseguindo isolar-se dos
problemas dos países da região. O fluxo de capital despencou desde
a crise russa de 1998 - ano em que os emergentes do continente
receberam US$ 105 bi - e até hoje não se recuperou. Para o Brasil,
o IIF prevê uma pequena queda no volume líquido de capitais privados
em 2001. (Valor - 05.09.2001)
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5- Seguro de risco político encarece |
A demanda maior por seguro contra risco político nas captações
externas está esgotando os limites disponíveis para o Brasil nas
seguradoras privadas. Neste ano, foram mais de US$ 2,6 bi em operações
externas com seguro. Como resultado, o prêmio cobrado pela cobertura
está subindo. Hoje um emissor brasileiro não paga menos de 2%
ao ano em um empréstimo. Há seguradoras pedindo mais de 2,5%.
A demanda pela cobertura de risco político -o risco de moratória
da dívida ou de conversibilidade da moeda por decisão política-
cresceu desde o início do ano, com a visão mais pessimista do
investidor internacional com relação ao Brasil. No total deste
ano, mais de US$ 2,5 bi em operações externas tiveram algum tipo
de seguro público ou privado contra o risco político, segundo
levantamento feito com base nos dados do Valor Pesquisa Econômica.
(Valor - 05.09.2001)
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6- Cresce procura do título cambial de longo prazo
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Desde que o FMI concluiu o acordo com a Argentina e com o Brasil,
os investidores ficaram mais dispostos a alongar o prazo das aplicações
e tirar proveito da melhor rentabilidade oferecida. A maior demonstração
dessa tendência é a demanda por títulos públicos cambiais mais
longos que, nos últimos leilões, chegou a superar em até quatro
vezes a oferta. Começa a haver espaço também para o alongamento
dos títulos públicos prefixados. Os títulos cambiais são procurados
para investimento e para 'hedging'. 'O mercado decidiu aproveitar
o prêmio de risco dos papéis que ainda está alto e manteve as
compras', disseum analista. (Gazeta Mercantil - 05.09.2001)
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7- Argentina entusiasma e bradies valorizam |
O mercado de títulos da dívida dos emergentes seguiu caminho alheio
aos outros mercados mundiais (como moedas e bolsas) e terminou
esta terça-feira, dia 4, em alta. A melhora na arrecadação fiscal
da Argentina, que reduz o déficit orçamentário, foi a principal
justificativa para o ganho dos bônus. A agência Moody's Investors
Service melhorou a perspectiva da nota de risco soberana do país
de "estável" para "positiva", o que dá chances de um aumento de
sua classificação, já no nível mais alto. O risco país caiu 18
pontos para 334 segundo o índice EMBI+ do banco JP Morgan. No
fechamento, o argentino FRB valia US$ 0,777 com 1.816 pontos,
o Global 8 era cotado a US$ 0,652 com 1.617 pontos e o brasileiro
C-Bond, US$ 0,732 e 937 pontos (+1,24%). (Valor - 05.09.2001)
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1- Coelce garante mais uma termelétrica |
A Coelce está investindo R$ 400 mi na construção de uma termoelétrica
no Ceará. Toda a documentação necessária para a concretização
do negócio foi entregue Aneel. A Coelce assinou um contrato de
compra de venda para um período de 20 anos de toda a energia a
ser gerada, que eqüivale a 30% do consumo do Estado ou o abastecimento
de toda a Grande Fortaleza. A empresa British Petroleoum (BP),
que anteriormente formava o consórcio com o Grupo Endesa, controlador
da Coelce, acabou desistindo do empreendimento. A usina será construída
no Complexo Industrial e Portuário do Pecém e terá potência de
300 MW. As obras devem ser iniciadas em março de 2002 e a conclusão
está prevista para dezembro de 2003. Segundo informou a Gerência
de Comunicação da Coelce, ainda espera-se a inclusão do projeto
no Programa Prioritário de Termelétricas, criado em fevereiro
pelo Governo Federal. O objetivo é a assinatura do contrato com
a Petrobrás, garantindo o fornecimento de gás natural para a usina
termelétrica. (Diário do Nordeste - 05.09.2001)
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2- Termelétrica no Vale do Paraíba começa a operar
no final de 2003 |
A Eletroger, empresa de geração de energia da AES Brasil, programou
para o final de 2003 a primeira fase de operação da usina termelétrica
de Santa Branca, no Vale do Paraíba. O empreendimento, projetado
para gerar 1.044 MW de energia, tem investimentos previstos de
US$ 600 mi. O início das obras está previsto para novembro de
2001. A Eletroger aguarda a aprovação do Estudo de Impacto Ambiental
(EIA) pela Secretaria Estadual de Meio-Ambiente de São Paulo.
A termelétrica vai ocupar uma área de 12 hectares ao lado da barragem
da Usina Hidrelétrica de Santa Branca, operada pela Light. Quando
estiver a plena carga a usina termelétrica consumirá 5 milhões
de metros cúbicos por dia de gás natural e captará 300 litros
de água por segundo do rio Paraíba do Sul para a geração de energia.
(Gazeta Mercantil - 05.09.2001)
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3- Endesa assume térmica no Pecém |
A segunda termelétrica - depois da Termoceará,
da MPX - a ser instalada no Complexo Industrial e Portuário do
Pecém, em São Gonçalo do Amarante, a 63 km de Fortaleza, muda
de dono antes mesmo do início das obras. O projeto Dunas, primeira
proposta de operar uma termelétrica no Estado, em desenvolvimento
há 2 anos, deixa de contar com a participação da British Petroleum
(BT). O grupo espanhol Endesa, controlador da Coelce, que já participava
com 75% dos investimentos avaliados em cerca de R$ 400 mi, agora
assume o controle total. A usina vai funcionar em ciclo combinado,
com potência instalada da ordem de 300 MW. As obras devem começar
em março de 2002, com início de operação e distribuição de energia
previsto para dezembro de 2003. (Gazeta Mercantil - CE - 05.09.2001)
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4- Governo do RJ sai em defesa da usina de Paracambi |
O governo fluminense trabalha para incluir a usina de Paracambi
no rol de ofertantes potenciais da Companhia Brasileira de Energia
Emergencial (CBEE), criada para suprimento temporário de luz e
força em situações-limite. A termelétrica, concebida pela El Paso
para atuar no MAE, poderia oferecer energia mais barata que as
barcaças geradoras. Mesmo com a reação no regime de chuvas e os
bons resultados na redução de consumo fazendo a maioria dos técnicos
prever a suspensão do racionamento em novembro, é razoável supor
que o País vá conviver com a necessidade de fontes emergenciais
de energia por mais alguns anos. No caso específico do Sudeste,
principalmente por conta da maturação mais rápida dos projetos
termelétricos no Estado do Rio, é menos provável a dependência
de unidades isoladas de geração, de custo até 300% mais alto e
preço unitário de aquisição por vezes superior ao do já punitivo
MAE. (Jornal do Commercio - 05.09.2001)
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5- Câmbio complica operação de térmica da AES no RS
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A primeira termelétrica a gás natural do País, no RS, enfrenta
dificuldades. A AES Uruguaiana, proprietária da usina, alega que
a variação cambial aumentou o custo do combustível, importado
da Argentina e cotado em dólar, além de não haver linha de transmissão
adequada para suportar os 600 MW gerados pela térmica. A conta
de gás, entre US$ 6 mi e US$ 8 mi por mês, não vem sendo paga.
Um executivo da AES Uruguaiana está em Buenos Aires negociando
com a fornecedora do combustível. A usina consome 2,8 milhões
de m³ de gás/dia. Por contrato, a termelétrica deve pagar por
esse volume, independentemente da quantidade consumida. A térmica,
que custou US$ 445 mi, foi bancada integralmente pela AES Corporation
que agora, segundo uma fonte, está mais preocupada com o prejuízo
que com o retorno do investimento. (Gazeta Mercantil - 05.09.2001)
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1- Perdigão usará dejetos de animais para gerar energia
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A Perdigão fechou parceria com a Universidade do Oeste Catarinense
(Unoesc) e com a Cooperativa Regional de Produtores de Aves e
Suínos (Coperavisu) para implantar um sistema de biodigestores
nas propriedades de seus 4 mil produtores integrados. Segundo
a empresa, o projeto prevê a utilização, a médio prazo, de dejetos
de aves e suínos na geração de energia. A Perdigão e a Coperavisu
patrocinarão o estágio de quatro estudantes de Engenharia Civil
da Unoesc, que vão trabalhar nas propriedades, pesquisando volumes
de dejetos gerados, sua atual destinação e dimensionando a necessidade
de equipamentos para implantação do sistema de biodigestores.
Posteriormente, será selecionada uma propriedade para implantação
da unidade piloto do projeto. Com a biodigestão, os dejetos de
aves ou suínos passam por um processo de cozimento, formando o
biogás, que entra em auto-combustão e pode gerar energia elétrica.
(Gazeta Mercantil - 05.09.2001)
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1- União Européia autoriza a compra da Elettrogen pela
Endesa |
A União Européia autorizou a compra da Elettrogen por um consórcio
liderado pela Endesa. O consórcio ainda conta coma participação
do BSCH edo ASM Brescia. A elétrica espanhola define este acordo
como prioridade no seu novo plano estratégico anunciado depois
do fracasso da fusão com a Iberdrola. A operação foi avaliada
em cerca de US$ 3.3 mi. O negócio transformará a Endesa na segunda
geradora da Itália, país onde tinha participação apenas no mercado
de distribuição. A Elettrogen conta com uma potência de 5.500
MW, o que representa 7% do mercado italiano. A elétrica espanhola
pretende ainda continuar se expandindo dentro da Europa. (El Mundo
- 05.09.2001)
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2- EDP e AdP definem áreas de parceria |
A EDP e a Águas de Portugal, ao fim de mais de um ano de negociações,
definiram as áreas de intervençãoque terão em comum. O pacote
abrange a produção de electricidade a partir de resíduos sólidos,
internacionalização e o conceito de «multi utility». Agora falta
apenas acertar o preço da participação de 10% que a EDP deverá
assumir na AdP, contra uma ambição inicial de 30%. As negociações
deverão ser retomadas em setembro, altura em que deverá também
ficar clarificada a relação da EDP com os ingleses da Thames Water,
com quem o grupo elétrico fez uma parceria para o segmento das
águas, tendo constituído a EDP Águas, e que agora foi integrada
à alemã RWE. (Diário Econômico - 05.09.2001)
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3- Companhias inglesas se juntam a Eon para compra
da CEZ |
A
British Energy e a International Power of the UK estão considerando
juntar forças com o grupo alemão Eon, para lançar uma oferta pela
CEZ, o grupo majoritário tcheco. O governo da Repuública Tcheca
está vendendo 64% das ações da CEZ, empresa que controla as redes
de distribuição assim como a maior parte da geração do país. O
valor da venda está estimado em US$ 4 bi. A CEZ produz cerca de
12.000 MW de energia, sendo que 3.700 MW são de energia nuclear.
A união possibilitaria às empresas entrar em confronto com a EDF,
que também está interessada na CEZ e ainda resolveria o problema
da Eon, que não se interessa muito pela área nuclear da CEZ. Esta
parte ficaria a cargo da British Energy, que já é responsável
pelo comissionamento dos reatores da usina de Temelin, na fronteria
entre a República Tcheca e a Alemanha. (Financial Times - 04.09.2001)
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4- Hidrocantábrico entre as três que disputarão a Viesgo
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A Hidrocantábrico foi uma das três selecionadas pela Endesa para
a luta final pela Viesgo, a distribuidora à venda no âmbito dos
desinvestimentos em Espanha para financiar operações externas.
A italiana ENEL e a belga Electrabel são as restantes candidatas,
tendo a Endesa pedido o aumento do preço oferecido. O preço médio
apontado pelos analistas para a Viesgo é de US$ 2.33 mi. Afastadas
ficaram as duas norte-americanas, entre elas a NRG, que também
apresentaram propostas. O processo deverá estar concluído até
ao final de 2001, embora a imprensa espanhola refira que a decisão
possa ocorrer no final da primeira quinzena de setembro. (Diário
Econômico - 05.09.2001)
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5- Unión Fenosa não deixará distribuidoras |
A espanhola Unión Fenosa não está considerando a possibilidade
de abandonar seus negócios na costa caribenha da Colômbia, onde
controla as distribuidoras Electrocosta e Electricaribe. As duas
distribuidoras atendem a sete departamentos da Colômbia, mas têm
enfrentado perdas milionárias por não pagamento de subsídios pelo
governo nacional, falta de pagamento de organismos dos departamentos
e municípios, assim como milhares de conexões fraudulentas em
invasões de terrenos. Essas perdas já somaram mais de US$280mi.
A principal esperança de Fenosa são novas normas que o governo
colombiano deve anunciar em setembro, com base nas quais se facilita
a busca de soluções para os problemas, assim como "podem ser um
sinal claro e positivo aos investidores sobre as regras neste
país". (Business News Americas - 04.09.2001)
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6- Abrandamento força elétricas a optarem por alianças
regionais |
O abrandamento econômico internacional e do mercado de capitais
está incentivando as principais elétricas a optarem pela integração
e concentração regional, em detrimento de uma expansão internacional
para zonas mais afastadas. A conclusão é de um relatório da Price
Waterhouse Coopers, que se baseia na conjuntura do segundo trimestre
de 2001 em que, segundo a consultora internacional, «houve pouca
atividade internacional, com uma clara tendência para a consolidação
de posições em detrimento de entrada em novos mercados». Para
a consultora, quando esta conjuntura for ultrapassada, as grandes
empresas elétricas poderão então voltar a apostar com força na
expansão internacional mais longínqua - sendo o Brasil um dos
mercados mais interessantes - contando com o reforço da integração
regional. (Diário Econômico - 05.09.2001)
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7- Holding de energia atômica é batizada de Areva |
A holding criada pelo agrupamento das atividades da Framatome,
da Cogema e do Comissariado de energia atômica francês foi batizada
de Areva. Provisoriamente batizada de Topco, a holding baseará
suas atividades em dois setores: o nuclear e o de novas tecnologias.
A EDF, detentora de 2,42% da Areva, e a Cogema devem assinar ainda
um protocolo de acordo sobre a gestão dos combustíveis usados
nas centrais nucleares da França. O valor do acordo gira em torno
de US$ 3.59 bi. (La Tribune - 04.09.2001)
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8- Inglaterra pode ter que importar gás |
A Inglaterra pode ter que importar metade do gás que usa dentro
de uma década por preços muito mais altos que os pagos no final
dos anos 90, de acordo com um estudo feito pela consultoria Wood
Mackenzie. Preocupado com a possível situação, o governo inglês
pretende revisar as regras de sua política energética. Uma nova
investigação vai considerar todas as possibilidades, inclusive
a construção de usinas nucleares, para evitar que o país seja
obrigado a efetuar as compras anunciadas pela consultoria e ainda
possa cobrir a crescente demanda de energia. Segundo a consultoria,
a queda da produção inglesa de gás cairá devido a uma exploração
exagerada de petróleo e gás no Mar do Norte. (Financial Times
- 04.09.2001)
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1- Sousa, Wanderley Lemgruber de. Impacto ambiental
de hidrelétricas: uma análise comparativa de duas abordagens |
Sousa, Wanderley Lemgruber de. Impacto ambiental de hidrelétricas:
uma análise comparativa de duas abordagens. Rio de Janeiro: Tese
de Mestrado, Programa de Planejamento Energético - COPPE/UFRJ,
Março/2000. - 160
páginas
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Barbara Oliveira, Carla Nascimento, Clarissa Ayres,
Fernando Fernandes, Carolina Selvatici, Marlene Marchena, Silvana
Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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sobre as empresas do setor
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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