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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 714 - 27 de agosto de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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1- Aneel autoriza aumento de tarifas da Elektro

A Elektro, controlada pela norte-americana Enron, foi a primeira a sentir no bolso a determinação da Aneel para que as empresas do setor elétrico ressarçam o dinheiro cobrado do consumidor para a implantação do MAE. O órgão regulador anunciou, dia 27.08.2001, que autorizou a companhia a reajustar suas tarifas em 16,08%. O índice foi reduzido em 0,11% do percentual inicialmente previsto, porque teve o "desconto" dos recursos antes incluídos na tarifa para a implantação mal sucedida do MAE. As novas taxas entrarão em vigor dia 27.08.2001, afetando 1,6 milhão de consumidores em 225 municípios de São Paulo e em cinco municípios do Mato Grosso do Sul. Desde setembro, os agentes não conseguiram assinar o acordo de mercado, que regerá o MAE, e nem instalar o conselho que estará à frente do Mercado. A agência então determinou a retirada do percentual referente ao MAE que compunha a tarifa e ditou os nomes para o Comae. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União em 14.08.2001. (Gazeta Mercantil - 24.08.2001)

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2- Cemig pode ir ao leilão da Copel

A Cemig é a mais nova inscrita para a sala de informações ('data room') da Copel, que deverá ir a leilão de privatização dia 31.10.2001. A inscrição, com o pagamento da taxa de US$35 mil, foi realizada dia 24.08.2001 e a data de visitação está sendo agendada. A presença da estatal mineira não chega a ser surpresa. No primeiro semestre, a Cemig já havia tentado participar do leilão de privatização da Cesp Paraná, que acabou suspenso. A Aneel chegou a autorizar essa participação desde que a Cemig fosse minoritária em um consórcio. Isso porque com o controle teria mais de 25% do mercado de energia elétrica da Região Sudeste, o que é vedado a qualquer empresa. Segundo a assessoria de imprensa da Cemig, a inscrição da empresa não significa que a estatal mineira participará efetivamente do leilão de venda. Mas que a viabilidade da compra e um modelo de participação serão objeto de estudo dos técnicos da estatal mineira. O governador de Minas, Itamar Franco, chegou a apontar a possibilidade de participação da Cemig nos leilões em consórcio com seus atuais sócios, as americanas AES e Southern Eletric, apesar da briga jurídica entre o governo mineiro e os sócios privados pelo controle da estatal. (Gazeta Mercantil - 27.08.2001)

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risco e racionamento

1- Economia de energia volta a ficar abaixo da meta

A economia de energia em todas as regiões afetadas pelo racionamento registrada até o dia 25.08.2001 ficou novamente abaixo dos 20% determinados pela GCE. Dados preliminares revelam que, no Sudeste e no Centro-Oeste, a redução do consumo foi de 19,9%, contra 19,2% no Nordeste e 18,4% na Região Norte, onde o racionamento começou dia 15.08.2001. O nível de água superior ao previsto nos reservatórios das hidrelétricas dispensa maiores preocupações, diz o governo. ''Não há motivo para nenhum alarde'', afirma o coordenador do Programa Emergencial de Redução do Consumo da GCE, Euclides Scalco. ''Há um ligeiro aumento do consumo, mas o mês de agosto tem dois dias úteis a mais que julho'', explica Mauro Arce, secretário de Energia de São Paulo e integrante da GCE. Para ele, o consumidor está buscando o equilíbrio entre a redução do consumo e seu conforto, já que, em julho, a economia superou a necessidade. ''Mas temos que continuar insistindo porque essa é a única forma de evitarmos o apagão.'' Em julho, segundo mês do racionamento, o consumo foi reduzido em 21,7% no Sudeste e Centro-Oeste e em 21% no Nordeste. No Norte, onde o programa não tinha as mesmas regras punitivas que as demais regiões, a economia de energia ficou em 9,8% para uma meta de 15%. (Jornal do Brasil - 27.08.2001)

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2- Consumo de energia aumenta, mas curva guia fica estável

O aumento no consumo de energia não teve impacto negativo na curva guia e por isso ainda não traz preocupações para o governo. 'Como não houve impacto na curva guia, que mede o nível de segurança do abastecimento de energia, vamos analisar mais profundamente para saber se isto é preocupante ou não', disse o presidente da GCE, ministro Pedro Parente. Um dos motivos preliminares para o aumento do consumo pode ter sido uma sazonalidade natural observada sempre entre os meses de julho e agosto, que pode ser decorrente das férias escolares, por exemplo. 'Mas vamos detalhar a análise. Sob o ponto de vista do programa, o aumento é razoável, mas não podemos relaxar', disse Parente. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste há um aumento natural do consumo de quatro pontos percentuais. No Nordeste, o aumento é de um ponto percentual. Parente acredita também que a elevação poderá ter ocorrido pelo fato de as pessoas terem economizado nos dois primeiros meses do racionamento além da meta de redução determinada pelo governo. 'As pessoas devem estar utilizando essa folga', avaliou. Segundo ele, também é precipitado concluir que a redução da economia de meta tenha sido influenciada pelo não pagamento do bônus, obrigatório atualmente somente para os consumidores com demanda de até 100 kWh por mês. (Gazeta Mercantil - 27.08.2001)

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3- Relaxamento na economia de energia era esperado

O ministro das Minas e Energia, José Jorge, espera que a parcela de 30% da população que não cumpriu a meta de redução de consumo nos dois primeiros meses de racionamento comece a economizar a partir de agora, para compensar o consumo de energia de quem relaxou no mês passado. O ministro disse que era natural que os consumidores desligassem nos primeiros meses o maior número de equipamentos, já que não tinham idéia de quanto conseguiriam economizar. Ele disse que considera previsível um relaxamento da população, pois muitas economizaram mais do que o necessário. "O governo tem que trabalhar para que todos cumpram a meta", disse. (GloboNews - 27.08.2001)

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4- Reunião da GCE fará balanço da crise de energia

O ministro Pedro Parente, presidente da GCE, divulgou, dia 27.08.2001, que a câmara se reunirá nesta terça-feira, dia 28 de agosto, para fazer uma avaliação qualitativa e quantitativa das medidas adotadas até este momento para solucionar a crise de energia. Ainda de acordo com Parente, depois do encontro entre os componentes da GCE, poderá ser divulgado a adoção de providencias adicionais para afastara a possibilidade de racionamento no próximo ano. O presidente da GCE ressaltou que esta hipótese continua condicionada as condições pluviométricas verificadas durante o segundo semestre deste ano. (Canal Energia - 27.08.2001)

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5- Parente: se houver racionamento em 2002 meta de economia não será a mesma

O presidente da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, ministro Pedro Parente, afirmou que, em 2002, se for preciso manter o programa de racionamento, a meta de economia não deve ser a mesma. Ele explicou que a base de cálculo para o racionamento não será feita com os números de consumo do período de racionamento de 2001. O ministro voltou a descartar a possibilidade de apagões nas próximas quatro semanas para a região Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. No período posterior a essas previsões, o ministro disse que a GCE ainda terá que analisar a hidrologia e o consumo nas três regiões. (Agência Brasil - 24.08.2001)

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6- FHC diz que não haverá apagão em 2001

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a crise de energia elétrica está praticamente resolvida e que não haverá apagões em 2001. FHC explicou que foram feitos investimentos e tomadas medidas para contornar as dificuldades provocadas pela ausência de chuvas. Segundo ele, a população está economizando energia e o nível de água nos reservatórios caiu menos que o esperado. Para o presidente, os efeitos da economia são menores do que o esperado. Fernando Henrique não quis fazer previsões para 2002, afirmando apenas que não sabe o que vai acontecer. (Tempo Real - 27.08.2001)

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7- Ministro não descarta aumento de energia extra por racionamento

Os consumidores podem ver reajustes extraordinários de tarifas de energia elétrica, além dos previstos anualmente, devido ao racionamento. O ministro Pedro Parente, que gerencia a crise de energia no governo, disse nesta sexta-feira não descartar estes aumentos adicionais. A Aneel já concedeu cerca de oito autorizações de reajustes a diferentes distribuidoras no país, mas todos previstos nos contratos de concessão, anualmente. Algumas empresas, porém, têm entrado com pedidos de reajustes extraordinários, justificando custos adicionais e perdas de receita com o racionamento. O ministro disse que esse é um direito das distribuidoras e que cabe à Aneel concedê-los ou não. Além disso, ele observou que o governo precisa ter em mente o fornecimento de energia futuro, que será garantido, em parte, por estas mesmas distribuidoras e geradoras. (Reuters - 24.08.2001)

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8- Light registra redução de 25,6% no consumo de energia

A light registrou uma redução de 25,6% no consumo de energia, entre os dias 1º e 31 de agosto, nos 31 municípios da área de concessão da empresa. Ainda de acordo com informações da companhia, desde o início de junho, quando teve início o racionamento de energia no país, a média de consumo de maio a julho de 2000, comparados ao mesmo período deste ano, é de 25,5%. (Canal Energia - 27.08.2001)

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9- Racionamento pode custar até R$ 20 bi

Se durar até dezembro, o racionamento deixará um rombo no setor elétrico de cerca de R$ 15 bi. Caso se estenda até abril poderá chegar a R$ 20 bi. Os cálculos são de Luiz David Travesso, presidente da AES Brasil, controladora da Eletropaulo. Correspondem à soma do que as geradoras podem ter de pagar às distribuidoras como compensação pela energia que faltou para suprir o mercado. Nos contratos de concessão, essa situação está prevista no chamado Anexo 5, que tem representado para as distribuidoras uma oportunidade de recuperar a perda de receita. O assunto ainda está em discussão. As geradoras avisaram que não pretendem pagar a conta. Uma das soluções seria uma linha especial de financiamento no BNDES. Nesse caso, os contribuintes arcariam com o custo. Parte da conta pode aterrissar no bolso dos consumidores, com o aumento da tarifa. As opções encontradas para um suprimento rápido, como turbinas de avião convertidas em termelétricas ou usinas montadas em barcaças, representam forte alta de megawatt/hora (MWh) muito superior ao cobrado antes da crise. O mesmo MWh que chegou a ser gerado por US$ 1,20 nas hidrelétricas poderá alcançar até US$ 80. (Zero Hora - 27.08.2001)

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10- Governo vai licitar energia emergencial

O ministro das Minas e Energia, José Jorge, disse que nos próximos dias será lançado um edital de licitação de energia emergencial, para que o país possa atravessar o próximo ano sem falta de energia. Ele explicou que o governo alugará geradores que trabalham com combustíveis fósseis (derivados de petróleo), que deverão ser instalados em seis meses. "Quando o combustível estiver mais caro esses equipamentos funcionarão como um seguro do sistema", afirmou. Inicialmente, deverão ser gerados 4.000 MW/h pelo sistema emergencial. O número definitivo, porém, ainda depende de estudos. O governo está criando uma Empresa de Propósitos Específicos para venda da energia gerada por esses equipamentos. Caso as distribuidoras não necessitem dessa energia elétrica, o Tesouro assumirá o ônus. (GloboNews - 27.08.2001)

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11- Empresas já intensificam medidas antiapagão no Nordeste

A situação mais grave do abastecimento de energia no Nordeste está levando várias empresas que têm fábricas na região a intensificar seus esforços para contornar a falta de energia. Grande consumidora de energia, a indústria local de cimento está preocupada. Na semana passada, uma comissão de fabricantes da região, liderada pelo sindicato nacional do setor, reuniu-se com membros da Câmara de Gestão da Crise, para propor alternativas a fim de minimizar os possíveis efeitos da adoção do plano B. Caso sejam inevitáveis os cortes, a sugestão do grupo é de programar um dia de paralisação. A White Martins, da área de gases industriais, também está receosa. Uma elevação de cinco pontos percentuais da cota industrial - hipótese levantada pelo governo - levaria a um corte linear na produção. Com 16 fábricas espalhadas pelo país, a empresa estava compensando perdas de produtividade com suas fábricas localizadas no Norte, região até então livre do racionamento. (Valor - 27.08.2001)

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12- Maioria das empresas temem aprofundamento das medidas de racionamento no Nordeste

Não são só as eletrointensivas que temem um aprofundamento das medidas de racionamento no Nordeste. A Ford pretende começar em outubro sua produção de automóveis na Bahia. Para poupar energia, as primeiras linhas de montagem só vão funcionar durante o dia. A experiência será mantida até dezembro. A Cambuci, fabricante das marcas Penalty e Asics no país, já pensa em alternativas para minimizar os efeitos de um plano B na produção. Caso os feriados às segundas-feiras sejam adotados, a empresa, que tem duas fábricas na Bahia e uma na Paraíba, estuda a possibilidade de usar banco de horas ou horários alternativos de turno, para recuperar o tempo parado. A Caraíba Metais recebeu no inicio desta semana um gerador com capacidade de 17,5 MW, que foi importado por R$ 3 mi de uma companhia de energia dos EUA. Previsto para começar a operar em outubro, o gerador vai atender a 40% das necessidades da Caraíba. (Valor - 27.08.2001)

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13- Cortes de energia recomeçam na área da Eletropaulo

Os cortes de energia na Grande São Paulo serão reiniciados, dia 27.08.2001, pela Eletropaulo. Na primeira semana de aplicação da penalidade para quem ficou acima da sua meta nos dois primeiros meses do racionamento, a Eletropaulo cortou a luz de 700 consumidores. O número ficou bem abaixo do esperado, já que a empresa possui uma lista de 2.000 residências que podem ter o seu fornecimento de energia suspenso e tem capacidade para cortar até 10 mil. Segundo a Eletropaulo, todos os consumidores que tiveram a energia cortada na semana passada tiveram sua situação normalizada até o último sábado. Foram analisadas até agora as contas de luz de 1 milhão de consumidores (a empresa tem ao todo 4,8 milhões). A lista com o nome dos consumidores não foi divulgada. A prioridade da empresa é cortar os consumidores que estão inadimplentes ou que ultrapassaram a meta em maior quantidade de quilowatts. As outras três grandes distribuidoras do Estado de São Paulo (Elektro, Bandeirante e CPFL) ainda não definiram quando começam os cortes. (Folha - 27.08.2001)

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14- Levantamento mostra que Brasil tem potencial de geração elétrica de 79 mil MW

O potencial brasileiro de geração de energia elétrica soma mais de 79 mil MW, em suas diversas formas, como mostra o Infrainvest, levantamento permanente de projetos de infra-estrutura da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib). O potencial revelado pelo estudo é maior que a atual potência instalada no Brasil, que é de 73 mil MW. A associação ressalta que poucos países apresentam o potencial tão bem distribuído quanto o brasileiro. O levantamento aponta 384 projetos inventariados nas áreas de hidrelétricas e termelétricas, além daqueles já licitados ou autorizados pela Aneel. O prazo estimado para a implantação desse potencial é de 20 anos a partir de 2001, considerando-se crescimento regular da demanda de 5% ao ano e acréscimo de 5 mil MW de geração adicional ao sistema também anualmente. Nessas condições, o País poderá contar com uma potência instalada da ordem de 150 mil MW no fim de 2020. (Gazeta Mercantil - 27.08.2001)

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15- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Seca e dólar reduzem em 8,2% o lucro de Furnas

Além da questão cambial, a falta de chuva nos últimos meses afetou o resultado de Furnas no primeiro semestre de 2001. Por causa do baixo nível de seus reservatórios, a estatal aumentou em 75% a compra de energia de terceiros. O resultado é que o lucro nos seis primeiros meses do ano foi 8,2% menor do que no mesmo período de 2000. Mas a empresa continua otimista e acredita que vai repetir em 2001 o mesmo faturamento do ano anterior. O superintendente de Contabilidade e Controle de Furnas, Paulo Queiroz, projeta receita de R$ 500 mi em 2001. A previsão, porém, não prevê cenário de mudanças na economia como riscos de retração da atividade, piora do racionamento, maior desvalorização cambial e nem os custos que possam vir da cobertura de prejuízos das distribuidoras de energia. O resultado financeiro passou de um prejuízo de R$ 38,3 mi, no primeiro semestre de 2000, para R$ 134,9 mi negativos nos seis primeiros meses deste ano. (Valor - 27.08.2001)

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2- Inepar pretende centrar atuação nas áreas de energia

A Inepar pretende centrar sua atuação nas áreas de energia. Para tal, o grupo está saindo de mais uma empresa do setor de telecomunicações. A Inepar S/A Indústria e Construções vendeu 36,5% de sua participação de 49% na Mastec Inepar para sua sócia norte-americana Mastec. O negócio foi fechado por US$ 10,2 mi. A Inepar Mastec atua na execução de serviços de engenharia e implantação de infra-estrutura para algumas operadoras de telefonia fixa, além das operadoras de telefonia celular Tele Centro-Oeste, Norte Brasil Telecom, Global Telecom e CRT Celular. A Inepar mantém parcerias, na área energética, com a norte-americana General Electric (GE) e a alemão Siemens. Com a GE Hydro, produz geradores e turbinas hidráulicas, para o mercado brasileira e para exportação. Outra parceria, com a GR Power Systems, foi constituída para fabricar componentes para usinas térmicas destinadas ao mercado norte-americano. A associação com a Siemens Metering produz sistemas de medição e medidores para energia elétrica. Nos últimos meses, a Inepar Energia S.A vendeu participações minoritárias que possuía na usina de Machadinho e na Itiquira Energética, que constrói a usina de Itiquira. 'Geração e transmissão de energia são mercados de maior potencial no Brasil', afirma Guillermo Morando, diretor-geral de alianças estratégicas da Inepar. (Gazeta Mercantil - 27.08.2001)

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3- Ingleses prospectam negócios no RJ

Um grupo de empresários britânicos do setor de energia desembarcou dia 26.08.2001 no Aeroporto Internacional Tom Jobim e inicia dia 27.08.2001 contatos para prospectar negócios no País, a partir do Rio de Janeiro. Os representantes de nove empresas de grande e médio portes fazem a estréia durante a realização da Latin America Power e Gas (LAPG 2001), no Riocentro, de 28.08.2001 até 30.08.2001. Pouco antes, farão um breafing no Consulado Geral britânico a respeito dos interesses comerciais no País, em particular parcerias com empresas brasileiras. Fora a missão comercial, dois ou três outros grupos também britânicos estão enviando individualmente representantes ao Riocentro, juntando-se a um grupo de pelo menos 97 empresas do mundo do setor energético. As empresas presentes ao evento, organizado pela Pennwell no País, atuam em diversas segmentos da cadeia do setor de energia, desde serviços de soluções até produção de equipamentos de distribuição. Os expositores estão sendo coordenados pela Beama, entidade de classe representante de cerca de 450 empresas britânicas. Em conjunto, as associadas têm faturamento de US$ 84 bi e exportações de US$ 19,5 bi. Das nove empresas integrantes da missão, duas já fizeram negócios no Brasil e outras quatros estão presentes para ratificar seu interesse. (Gazeta do Rio - 27.08.2001)

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4- Rolls Royce entregará 12 unidades de geração e planeja construir 2 usinas elétricas

A Rolls Royce plc, uma das integrantes da missão britânica que veio ao Brasil para participar da Latin America Power e Gas (LAPG 2001), no Riocentro, quer aproveitar a visita para estreitar as relações comerciais com os atuais clientes e prospectar novos negócios. O diretor regional para a América do Sul, Michael, Boden, informou ao Consulado britânico, que, no prazo dos 12 próximos meses, efetuará a entrega de 12 unidades de geração de energia ('RB211') e planeja também construir duas usinas elétricas. Para a Rolls Royce, o Brasil tornou-se, após os EUA, seu mercado potencial mais importante. (Gazeta do Rio - 27.08.2001)

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5- Energia eólica pode competir com carvão

Os pesquisadores da Universidade Stanford, nos EUA, Mark Jacobson e Gilbert Masters, afirmam que a energia eólica pode competir com vantagens com o carvão e que adotá-la em larga escala é mera questão de vontade política. Em artigo na revista "Science" (www.sciencemag.org) de 24.08.2001, eles argumentam que, se computados os custos sociais e ambientais da produção de energia pela queima do carvão, a instalação de moinhos de vento poderia sair até pela metade do preço. Apesar de desejadas devido ao seu baixo impacto na saúde e no ambiente, as energias renováveis, como a solar e a eólica, não têm conseguido competir economicamente com os fósseis. O estudo de Stanford mostra que, pelo menos no caso da energia eólica, isso está mudando. "Um novo tipo de turbina grande, já no mercado, pode gerar 1.500 kWh a um custo de 4 centavos de dólar por kWh", disse Jacobson. Esse é o mesmo preço por unidade de energia de uma nova termelétrica a carvão. No entanto, diz o pesquisador, o governo dos EUA já desembolsou cerca de US$ 70 bi em auxílio-saúde para os mineiros de carvão desde 1973. Computados esses custos e mais os do aquecimento global e da fumaça, o preço do kWh do carvão sobe para algo entre 5,5 e 8,3 centavos de dólar. (Folha- 24.08.2001)

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6- Sistema SBP impacta caixa, cobranças e preços das empresas

A implantação do novo Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), prevista para iniciar-se a partir de 01.11.2001, afetará o controle de caixa, a cobrança e o horário de trabalho das áreas financeiras das empresas. O novo sistema fará com que as compensações acima de R$ 5 mil sejam feitas em tempo real. A médio e longo prazo, a formação dos preços e o ciclo de produção das empresas também sofrerão mudanças, na opinião de consultores, em função dos reflexos da melhor eficiência que será exigida no controle de caixa das empresas. Segundo o economista Ricardo Russo, da E-Financial, uma das conseqüências da implementação do SPB será a maior agilidade na liberação de novos créditos ao cliente, inclusive por parte dos bancos, e também no ciclo de produção. Isso porque ordens de crédito, cheques e boletos que hoje são compensados no dia seguinte, serão debitados ou creditados em tempo real. (Gazeta Mercantil - 24.08.2001)

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financiamento

1- CNEE será vinculada diretamente ao MME

A Comercializadora Nacional de Energia Emergencial (CNEE) será vinculada diretamente ao Ministério de Minas e Energia, com capital integralmente da União, segundo Pedro Parente. Outras empresas do governo poderão, no entanto, subscrever capital para a nova estatal, que existirá até 31 de dezembro de 2006 com o objetivo de adquirir energia de produtores independentes com geração a curto prazo. O edital de chamamento de empresas deve sair nos próximos dias. O governo pretende comprar 4 mil megawatts de energia gerada por usinas transportáveis, como termelétricas em barcaças. (Gazeta Mercantil - 27.08.2001)

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2- GCE lançará aviso de compra pela CNEE

A GCE lançará esta semana o aviso de compra de energia emergencial pela Empresa Pública Comercializadora Nacional de Energia Elétrica (CNEE). No aviso de compra, o governo não informará quantos MW vai comprar nem a que preço para evitar especulação, disse Mauro Arce, integrante da CGCE . Havia uma previsão inicial de adquirir 4 mil MW, sendo 3 mil MW para Sudeste e Centro-Oeste e mil para o Nordeste. A quantidade pode diminuir dependendo do nível de água nos reservatórios das hidrelétricas. O ONS estuda também o aumento da transmissão de energia do Sul para o Sudeste e Centro-Oeste e a CGCE pretende ainda estimular o consumo industrial nestas duas regiões durante a madrugada. (Correio do Povo - 27.08.2001)

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3- Aneel investiga contrato milionário da Asmae

Um contrato milionário entre a PricewaterhouseCoopers, uma das maiores consultorias do mundo, e a Asmae, foi um dos principais alvos da investigação da Aneel. Entre janeiro e junho de 99, o contrato da Asmae com a Price saltou de US$ 1,36 mi para US$ 55 mi, ou R$ 137 mi. Um acréscimo de 4.044%. Embora a carga de serviço encomendada à consultoria também tenha crescido, os auditores da Aneel encontraram problemas graves no contrato. Emendas de milhões de dólares foram feitas ''sem justificativa'' e, pior, os agentes da Aneel não comprovaram a realização de alguns dos serviços pagos à Price. Quando a Aneel começou a fiscalização, em junho, a Price já havia recebido R$ 29,1 mi. Desse total, segundo relatório da agência governamental, R$ 8,9 mi correspondem a produtos e serviços que os auditores não conseguiram localizar. A Price era responsável também por duas áreas essenciais da Asmae: a contabilidade e o processamento da folha de pagamentos. Nas duas áreas o desempenho da Price foi sofrível, segundo o relatório dos técnicos Carlos Camurça e Eduardo Donald, da Aneel. ''(Houve) descumprimento das obrigações assumidas, com reflexos prejudiciais para a área financeira da Asmae'', diz o relatório. (Folha - 27.08.2001)

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financiamento

1- Custo do Dinheiro

Na terceira semana de agosto a taxa usada em negócios com prazo de um dia, para grandes empresas (Hot Money), ficou entre 2,13% e 4,72% mensais. As pequenas e médias empresas fecharam negócios entre 2,23% e 5,34% ao mês. Em relação ao desconto de duplicata, nos negócios de 31 dias para grandes empresas, a taxa oscilou de 1,95% a 2,80% ao mês. Para pequenas e médias, a faixa de flutuação foi de 2,55% a 4,40%. Nessa semana as grandes companhias obtiveram taxas entre 25% e 60,10% ao ano de capital de giro prefixado, enquanto as pequenas e médias arcaram com custo de 36,23% a 71,96%. A taxa vendor e compror oscilou de 23,14% a 42,58% ao ano para grandes empresas e de 29,23% a 47,64% ao ano para pequenas e médias. A Conta Garantida, nas operações de 31 dias para grandes companhias, o intervalo ficou entre 1,99% e 3,85% ao mês. Pequenas e médias empresas conseguiram taxas de 2,61% a 5,8% ao mês. Em relação ao factoring, custo das operações de fomento mercantil, fechou a semana com a taxa média baixa em 4% e a alta em 4,05% ao mês. Em relação à resolução 63, a taxa média ficou em 9% ao ano. Operações prefixadas com prazo de 24 meses - Leasing - tinham taxas médias de 2,88% para carros e de 3,07% ao mês para máquinas, equipamentos e informática. (Gazeta Mercantil - 20.08.2001)

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2- BID financia transmissão entre Argentina e Brasil

O BID aprovou, no início do mês, projeto para financiar uma linha de transmissão que transportará energia da Argentina ao Brasil. Estimado em US$ 394,5 mi, o projeto é inteiramente privado. O BID entrará com US$ 74 mi e um sindicato de bancos, organizado pelo BSCH e Crédit Agricole Indossuez, com US$ 169,9 mi. O restante será emprestado pela Exportkreditnämden, a agência sueca de crédito à exportação. A participação do BID foi fundamental para trazer os bancos privados para o financiamento. A linha de transmissão, a segunda a ligar a Argentina ao Brasil, é um projeto da Companhia de Interconexão Energética e da Transportadora de Energia, duas subsidiárias da espanhola Endesa. A linha, que terá 510 Km, levará energia da cidade argentina de Rincón a Itá, no Santa Catarina. O plano da Cien e da Tesa é vender no mercado brasileiro energia produzida em usinas térmicas da Argentina. (Valor - 27.08.2001)

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3- Racionamento obriga governo a procurar financiamento de instituições oficiais

A escassez de energia no Brasil tem obrigado o governo a correr atrás dos recursos de instituições oficiais. Hoje, uma missão de técnicos da Eletrobrás desembarca em Washington para negociar a concessão de empréstimos destinados ao financiamento de linhas de transmissão. Esses projetos, ainda não revelados, serão estatais. Esse princípio não impede que uma empresa privada construa a sua própria linha de transmissão, como acontecerá no caso da Endesa. Há outros projetos de energia sendo apoiados pelo BID. O banco já aprovou crédito de US$ 600 mi para financiar, por meio de repasse do BNDES, a compra de equipamentos de geração. Os recursos começarão a ser liberados em 2002. O braço privado do BID está financiando também a construção de duas termoelétricas - uma em Pernambuco e outra na Bahia. Os dois projetos são majoritariamente privados, embora tenham a participação da Petrobras. (Valor - 27.08.2001)

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4- Custo do dinheiro cai, mas crédito retrai

Os juros dos empréstimos prefixados caíram cerca de um ponto percentual ao ano na terceira semana de agosto, mas não para todas as empresas. O comportamento reflete a decisão do BC em manter a taxa básica nos atuais 19% ao ano. Assim, as taxas no mercado futuro, que servem de parâmetro para a formação de preço dos empréstimos, recuaram. Mesmo assim, o crédito no Brasil já reflete o freio da economia. Os dados de julho da carteira de recursos livres do banco mostram uma retração de 7,3% em relação ao mês anterior, segundo apurou o BC. A área de pesquisa e estudos macroeconômicos do BBV Banco prevê que nos próximos meses, caso se intensifique a retração econômica por causa da crise de energia, haja um aperto ainda maior no crédito, principalmente nos negócios com empresas. (Gazeta Mercantil - 20.08.2001)

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5- Tesouro vende R$1 bi em prefixados

O Tesouro Nacional faz no dia 28.08.2001 o tradicional leilão de títulos públicos. Dessa vez, serão vendidos apenas papéis prefixados (com rentabilidade definida em leilão). Vai ser leiloado R$1 bi em Letras do Tesouro Nacional (LTN) que terão vencimento em 9 de janeiro de 2002. Os títulos vão substituir outros R$208 mi em papéis públicos que vencem na última semana de agosto. O Tesouro não irá vender papéis pós-fixados, as Letras Financeiras do Tesouro (LFT, a rentabilidade segue os juros básicos da economia, que estão em 19% ao ano). O Tesouro pode conseguir vender os títulos prefixados com juros mais baixos neste leilão. Na última venda, em 21 de agosto, títulos com prazo de vencimento semelhante foram leiloados com juros anuais de 23,51% ao ano. No dia 24, a taxa havia caído para 22,60% nas negociações do mercado secundário, da Bolsa do Rio, o Sisbex. (Gazeta Mercantil - 27.08.2001)

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6- Risco Brasil faz crescer o crédito de múltis a filiais

Os empréstimos externos feitos por empresas multinacionais às suas filiais no Brasil alcançaram US$ 2,485 bi nos primeiros sete meses do ano, mais do que duas vezes e meia os US$ 939 mi de igual período de 2000, segundo o BC. A razão principal é o aumento do prêmio de "risco Brasil", que torna comparativamente mais caro para as múltis captar recursos por meio das filiais brasileiras. Um empréstimo bancário tem de ser pago de qualquer jeito, independentemente do câmbio ou da situação da economia. Já um crédito intercompanhia pode ser rolado ou transformado em capital, sem, portanto, deixar o país. (Valor - 27.08.2001)

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7- Dólar comercial abre em alta de 0,43%, a R$ 2,560

O dólar comercial abriu no dia 27 de agosto em alta de 0,43%, a R$ 2,550 para compra e a R$ 2,560 para venda. A última semana no câmbio terminou com a moeda norte-americana em alta de 1,23% com dias de forte nervosismo, por conta da crise da Argentina. No dia 24.08.2001, o dólar fechou com valorização de 0,75%, a R$ 2,547 na compra e R$ 2,549 na venda, cotação mínima do dia. No mês, o dólar comercial acumula alta de 1,54% e, no ano, alta de 21,76%. A Ptax, média das cotações apurada pelo BC, ficou em R$2,55, alta de 0,86%. Na BM&F, o contrato de dólar de setembro subiu 0,67% e valia R$ 2,558. (Folha de São Paulo e Gazeta Mercantil - 27.08.2001)

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8- Caem as projeções para a taxa de juros futuros

As projeções para as taxas de juros negociadas na BM&F caíram. A expectativa dos investidores é de que a inflação será menor daqui para frente. O racionamento de energia elétrica pode esfriar ainda mais a economia, o que dificultaria novas altas nos juros. A taxa de outubro saiu de 20,15% para 20,01% ao ano. Os juros para janeiro de 2002 passaram de 22,50% para 22,30% ao ano. O contrato a termo de Depósito Interfinanceiro, de um ano - que indica a taxa prefixada - , saiu de 23,90% para 23,76%. (Gazeta Mercantil - 27.08.2001)

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9- BID e Bird aceleram ajuda à Argentina

O conselho de direção do Bird e o do BID se reunirão nos próximos dias para aprovar a liberação de empréstimos por um total de US$ 900 mi à Argentina, que fazem parte do pacote internacional de salvamento de US$ 40 bi aprovado em dezembro de 2000. Em dezembro, o Banco Mundial e o FMI acertaram uma contribuição conjunta de US$ 2,4 bi em empréstimos à Argentina, e seus representantes afirmaram que agora pretendem acelerar a remessa destes fundos prometidos por reconhecerem a gravidade dos atuais problemas argentinos. (Gazeta Mercantil - 27.08.2001)

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10- Marasmo no mercado de bradies

A formalização da ajuda do FMI à Argentina feita há praticamente uma semana tirou um peso das costas do mercado de dívida dos países emergentes. Isto não significa, porém, que os negócios serão retomados num clima mais seguro e tranquilo. No dia 22.08.2001, um dia após o anúncio do socorro financeiro, os títulos do país dispararam, mas frearam o movimento e tiveram pouca variação nos dias seguintes. Assim, os investidores iniciam a última semana de agosto muito perto de uma posição estável em relação às recomendações dos estrategistas. O brady argentino FRB fechou cotado a US$ 0,753 com spread de 2.022 pontos, o conterrâneo Global 8 valia US$ 0,647 com spread de 1.636 pontos e o brasileiro C-Bond, US$ 0,722 e 971 pontos. (Valor - 27.08.2001)

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gás e termoelétricas

1- Grandes consumidores de energia já preferem o gás

Grandes consumidores de energia do Rio Grande do como a Copesul, a Aços Finos Piratini e a Siderúrgica Riograndense, cujo consumo individual supera 40 mil metros cúbicos/dia já encontraram bons motivos para a mudança da matriz de energia. Segundo o presidente da Sulgás, Giles Carriconde Azevedo, o custo é menor é o principal fator em relação à energia elétrica, o preço do gás é três vezes inferior, chegando à metade do custo na comparação com o gás liquefeito do petróleo e óleo diesel Em comparação ao óleo combustível, os ganhos variam entre 5% a 15%, aponta o dirigente. 'Além das vantagens no preço, há os ganhos de manutenção e para o meio ambiente, pois o gás é energia limpa', lembra o presidente da Sulgás. (Correio do Povo - 27.08.2001)

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2- Sulgás já firmou contratos com 44 indústrias

Cresce entre as empresas de porte médio do Rio Grande do Sul o interesse pelo consumo do gás natural, afirma o presidente da Sulgás, Giles Carriconde Azevedo. A estatal já firmou contratos com 44 indústrias e deverá ultrapassar, em breve, a meta de 50 clientes, que só estava prevista para dezembro deste ano. Os novos usuários do gás estão localizados na Região Metropolitana de Porto Alegre: a Temperasul (vidros) e Grefortec, metalúrgica de São Leopoldo, e a Plastipex (plástico) e Duratex (cerâmica), ambas de Gravataí. Para a Sulgás, são pequenos consumidores, que demandam de 400 a 500 metros cúbicos de gás/dia. Dos 44 contratos, 19 estão em operação, absorvendo uma média diária de 400 mil metros cúbicos. (Correio do Povo - 27.08.2001)

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3- RS já recebeu 250km de tubulação

No Rio Grande do Sul, nas regiões Metropolitana e da Serra existem, até agora, 250 km de tubos do gasoduto Bolívia/Brasil. Até dezembro, a expectativa é a de chegar a 310 km. Na Capital, há 9 quilômetros de km nas avenidas Assis Brasil (3), Voluntários da Pátria (3) e na dos Estados (3). A estimativa, neste, ano é de mais 28 km de dutos na Capital. A empresa Quaker, na Voluntários da Pátria, aguarda a licença de operação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente para começar a usar 2,4 mil metros cúbicos/dia de gás. (Correio do Povo - 27.08.2001)

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grandes consumidores

1- Setor elétrico salva indústria de estrutura metálica

A freada da economia brasileira, ocorrida a partir do segundo trimestre do ano, deixou os fabricantes gaúchos de estruturas metálicas em situação delicada. Confiantes na retomada dos investimentos industriais, as empresas investiram em ampliação e novos produtos, preparando-se para o aumento da demanda que não ocorreu. As indústrias petroquímica, siderúrgica e de celulose deixaram de investir. Mas, quem apostou no setor elétrico, como a Kepler Weber, de Panambi (RS), não tem do que se queixar. A empresa começou a fabricar estruturas metálicas para sistemas elétricos no ano passado e mal consegue atender a todos os pedidos. A Metasa, com sede em Marau (RS), que inicialmente previa duplicar sua capacidade para 60 mil toneladas, protelou seu plano para o próximo ano, assim como parte de seus clientes, que pararam de investir a partir do segundo semestre. O presidente, Othon d'Eça Cals de Abreu, afirma que a empresa se depara com alta demanda deprimida. 'Deixamos de fazer novos contratos por falta de produção', disse. Cals afirma que a empresa optou por ingressar nesse segmento por estar ciente dos investimentos que ele receberá nos próximos anos. Os principais investimentos estão concentrados na transmissão de energia entre Paraná e São Paulo. Até o final do ano, a Kepler deverá aumentar sua capacidade para 1,2 mil toneladas/mês. (Gazeta Mercantil - 27.08.2001)

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internacional

1- EDP e Galpenergia reforçam parceria

A EDP e a Galpenergia estão negociando diversas parcerias na área da distribuição de gás natural na Espanha, cogeração e multi-utility. O primeiro dossier a ser lançado está, no entanto, dependente da clarificação da posição da EDP na espanhola Hidrocantábrico, depois do Governo de Madrid ter suspenso os direitos de voto da empresa portuguesa. A Galpenergia mostrou interesse em associar-se à Gás das Astúrias, a filial da Hidrocantábrico para o transporte, distribuição e fornecimento de gás. Paralelamente, a Hidrocantábrico pretende reforçar a sua presença em centrais de ciclo combinado, estruturas que consomem grandes quantidades de gás natural. A aproximação da holding portuguesa à Gás das Astúrias levanta, no entanto, questões quanto ao futuro da Hidrocantábrico para o mercado espanhol. A sociedade formada em 2000 que, até hoje, nunca saiu do papel, pode finalmente vir a funcionar. (Diário Econômico - 27.08.2001)

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2- Preços na Espanha sobem com aumento do consumo

O Verão tem sido benéfico para as produtoras elétricas espanholas. O consumo disparou e, só em Agosto, o aumento já vai a 10%. Tudo porque o calor fez crescer massivamente a utilização do ar condicionado. Conseqüência óbvia foi a subida dos preços da energia no mercado da produção. Nos últimos três meses, a conjuntura alterou-se radicalmente em relação ao início de 2001, altura em que apesar do crescimento do consumo, os preços no mercado de geração se mantiveram baixos. O aumento foi justificado pelas empresas elétricas com a falta de chuvas, que obriga ao recurso quase exclusivo às centrais de carvão e petróleo, com custos produtivos muito onerosos. Outra conseqüência foi a necessidade de realizar investimentos em novas centrais de geração e redes de distribuição para evitar «apagões». Por isso, para o início de 2002, estão previstas novas unidades, da Endesa e da Gás Natural, que aumentarão a atual capacidade instalada em 1600 MW. (Diário Econômico - 25.08.2001)

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3- Europa esforça-se para liberalizar seu mercado de energia

A liberalização do setor elétrico europeu tem resultado em muita polêmica. A maioria dos líderes dos países europeus querem que o setor seja totalmente aberto a competição, mas ele ainda é o único setor que permite monopólios. A Comissão Européia estima que a total liberalização do setor só venha em 2005. Alguns países já começaram a pressão para que o processo seja acelerado. O Primeiro ministro da Inglaterra, Tony Blair, já deu a impressão de que se as reformas no setor não saírem, a Inglaterra não deverá começar a usar o euro. Enquanto isso, a França, que ainda não abriu seu mercado, afirma que é cedo para que as reformas sejam feitas. A Alemanha também está descontente, mas com a insistência da Comissão Européia em afirmar que a liberalização precisa de um regulador forte. Os dois países têm sido os responsáveis por impedir a aprovação do projeto. (Finacial Times - 27.08.2001)

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4- Galpenergia define parceria em Outubro

A Galpenergia quer definir, em outubro, uma parceria na área da distribuição do gás entre a empresa e a EDP, envolvendo a espanhola Hidrocantábrico. A Hidrocantábrico irá concorrer aos seis leilões previstos pela Gás Natural, onde a distribuidora espanhola de gás venderá 25% do gás proveniente da Argélia. Só que uma das condições impostas pelo regulamento dos leilões é que os candidatos tenham acesso a gás próprio, dentro de dois anos. É aqui que surge a potencial mais valia da Galpenergia. No último trimestre de 2003 deverá entrar em funcionamento o terminal de gás natural liquefeito, em Sines, que permitirá diversificar e reforçar a carteira de fornecedores de gás da Galpenergia. O acordo permitirá, assim, a paticipação da Hidrocantábrico no leilão e uma maior fornecimento de gás à Galpernergia. (Diário Econômico - 27.08.2001)

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5- Aliança entre Galpower e EDP deve investir em energias renováveis

A aliança planejada pela Galpower e a EDP deve render frutos não só no setor de cogeração. A Galpower manifestou recentemente a intenção de apostar no solar térmico e na energia eólica. Esta última é uma área onde a EDP já está implantada, através do seu braço para as renováveis, a Enernova. A EDP e a Galpenergia pretendem ainda dar mais um passo na estratégia de multi-utility. O objetivo é criarem uma empresa em conjunto que envolva também a Águas de Portugal para a gestão dos clientes das três companhias. Além de abranger um universo de cerca de três milhões de clientes, esta sociedade ficará encarregada pela leitura, call-centers, assistência, faturação e cobrança dos consumidores das três empresas. (Diário Econômico - 27.08.2001)

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6- Galpenergia planeja investimentos na área de cogeração

A estratégia da Galpenergia, que será lançada em outubro, anunciará que a maioria dos investimentos da empresa na área de cogeração passarão pela fusão entre a EDP Cogeração e a Galpower, a participada da Galpenergia que possui já diversos ativos nesta área. A próxima investida neste segmento será feita dentro do próprio grupo Galpenergia, que prevê a instalação de uma central na refinaria de Matosinhos. A Galpower está igualmente concorrendo à compra de sete centrais de cogeração, na Espanha. Seis pertencem ao grupo Abengoa, totalizando uma capacidade de 200 MW que se encontram espalhados por todo o território. A última, com 50 MW, situa-se na Catalunha e pertence à Catalaña Polímeros. (Diário Econômico - 27.08.2001)

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7- Transchile buscará direitos de transporte de gás até fim do ano

A distribuidora chilena Ecogás buscará a aprovação do regulador de eletricidade e combustíveis do país até o fim de 2001 para transportar gás natural através de seu projeto de gasoduto Transchile entre Nacimiento, na VIII Região do Chile, até Temuco, capital da IX Região. Em uma etapa posterior, a linha continuará até o sul, até a capital da X Região, Puerto Montt, por uma distância total de 600km e um investimento de US$100mi. O projeto será abastecido pelo Gasoduto del Pacifico Argentina-Chile. A Transchile faz parte de um grande e integrado projeto que abastecerá de gás natural cerca de 500.000 clientes residenciais no sul do país, e o investimento total em ambos os projetos será de, no mínimo, US$230mi. Assim que a Transchile tiver a aprovação do regulador, será iniciado um estudo de impacto ambiental de um ano e a construção não começará antes do início de 2003. (Business News Americas - 24.08.2001)

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8- Europa na mira da Gazprom

A estatal russa de gás natural, a Gazprom, fornecedora de 26% do mercado europeu, planeja aumentar a oferta de gás dirigida a esse mesmo espaço. Segundo o presidente da companhia, Alexei Miller, garante que a empresa «não planeja aumentar a quota de mercado». No entanto, «os volumes absolutos vão aumentar, o que implicará a assinatura de novos contratos», incluindo alguns de natureza intergovernamental. Para o líder da empresa russa, a liberalização do mercado de gás natural europeu não vai pôr em causa os contratos de longo-prazo celebrados pela Gazprom. A empresa está também examinando vários projetos de exportação para países do sudeste asiático. A Gazprom espera fornecer cerca de 130 bi de metros cúbicos ao mercado europeu em 2001. (Diário Econômico - 27.08.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Carolina Selvatici, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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