1- Aprovada a privatização da Copel |
Após violentos protestos
nas ruas da capital, o governo do Paraná conseguiu, na madrugada
do dia 21.08.2001, vetar por apenas um voto o projeto de iniciativa
popular que impediria o Estado de privatizar a Copel. A sessão
da Assembléia Legislativa do Paraná, que teve início às 15 horas,
terminou com 27 votos a favor da venda e 26 contra. A oposição
anunciou que deve recorrer à Justiça para tentar impedir a privatização
da Copel. O leilão da estatal, que tem patrimônio de R$ 5 bi,
está marcado para 31.10.2001. O preço mínimo da empresa deverá
ser divulgado pelo governo paranaense no dia 24.08.2001. (O Globo
- 21.08.2001)
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2- Subsidiárias sinalizam aumento de tarifas de energia
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Para amenizar os informativos enviados às matrizes no exterior,
carregados de más notícias, as subsidiárias brasileiras sinalizam
que, nos próximos anos, o mercado vai comportar um aumento de
tarifas. À margem das discussões vinculadas ao racionamento, e
a um eventual reajuste temporário nas tarifas do consumidor final,
cresce no setor a opinião de que será adotado, nos próximos anos,
um novo patamar de preços de energia. A adequação das tarifas
dos clientes industriais será a principal encarregada por esse
reposicionamento, que terá caráter permanente. Um estudo do ex-presidente
da Abraceel, Luiz Maurer, estima que essa categoria de consumidores
deverá ter alta de 25% até 2006, enquanto os residenciais sofrerão
aumento de 10% em suas contas. (Gazeta Mercantil - 21.08.2001)
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1- Economia de energia cai no Sudeste |
Os consumidores do Nordeste não conseguiram cumprir a meta de
economia de energia nos últimos sete dias. De acordo com os dados
do ONS, a redução de consumo no período foi de 19,2%. No Sudeste
e Centro-Oeste, a economia foi de 20,2%. No acumulado de agosto
de 2001 até 19.08.2001, a redução no consumo foi de 20,7% no Sudeste
e Centro-Oeste e de 20% no Nordeste. Na região Norte, onde o racionamento
oficial começou no dia 20.08.2001 para os consumidores residenciais,
comerciais e pequenas indústrias, a redução verificada entre 15
e 19 de agosto foi de 19%, para uma meta de 17,7%, com relação
à média de julho, agosto e setembro de 2000. (Folha Online - 20.08.2001)
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2- Sudeste recebe 600 MW de energia do Sul |
As regiões Sudeste e Centro-Oeste começaram a receber desde o
dia 18.08.2001 um reforço de 600 MW da Região Sul com a entrada
em operação do terceiro grupo de transformadores da terceira linha
de transmissão da usina de Itaipu. O diretor de Planejamento de
Furnas, Dimas Fabiano Toledo, destacou que o aumento de oferta
de energia permite melhorar o nível dos reservatórios das usinas
hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que poderão
reduzir suas cargas. O linhão ficou pronto em maio de 2001, mas
Furnas teve de trocar dois transformadores que foram comprados
na Ucrânia e estavam com defeito. (O Globo - 21.08.2001)
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3- Sobretaxa não ficará com distribuidoras |
O pagamento do bônus para quem tem consumo mensal superior a 100
KWh/mês poderá ser efetuado com a complementação de recursos das
distribuidoras que estão com superávits decorrentes da cobrança
de sobretaxas. ''As empresas não ficarão com os recursos provenientes
das multas e o governo federal poderá utilizar a sobra para custear
as outras'', afirmou o ministro de Minas e Energia, José Jorge,
depois da reunião da GCE, ocorrida no Palácio do Campo das Princesas,
no Recife. (Jornal do Brasil - 21.08.2001)
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4- Nível dos reservatórios perto da meta |
O nível médio dos reservatórios de água que servem as principais
hidrelétricas das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do
País tem-se mantido dentro do planejado no programa de racionamento.
No bloco formado por Sudeste e Centro-Oeste, as reservas preservavam,
no dia 20.08.2001, 24,77% da capacidade, ou 2,74 pontos percentuais
acima da curva guia traçada no plano do ONS como referência para
evitar-se que o sistema entre em colapso até o final do período
de estiagem. No Nordeste, os reservatórios mantinham 18,54% do
potencial, ou 0,86 ponto porcentual além da curva de referência.
Em Tucuruí a represa tinha 85,99% de seu volume máximo, ou 0,05
ponto porcentual abaixo da curva guia. (Gazeta Mercantil - 21.08.2001)
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5- Governo planeja racionamento de 5% para 2001 |
Segundo anuncio feito no dia 20.08.2001, após reunião da GCE,
realizada no Recife (PE), o racionamento de energia pode cair
de 20% para 5% a partir de 2001. A queda vai depender do aumento
da oferta de energia e das condições dos reservatórios, segundo
o presidente da câmara, ministro Pedro Parente. A reavaliação
da situação hidrológica e de consumo de energia será feita em
janeiro, anunciou. De acordo com a GCE, a estimativa para 2002
leva em consideração a projeção de crescimento da ordem de 30%
no consumo de energia em todo o País e condiciona dois pontos
para isso. O primeiro se baseia na repetição do nível hidrológico
de 2001. O segundo fator diz respeito aos resultados dos projetos
de geração previstos para operar em 2002. Se houver alteração
nestas condições a redução deve superar os 5% previstos. (Gazeta
Mercantil - 21.08.2001)
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6- Chesf terá que reduzir vazão do reservatório de
Sobradinho |
Em reunião da GCE, realizada no Recife (PE), no dia 20.08.2001,
se analisou a redução em 23% do nível de vazão das águas do rio
São Francisco no lago de Sobradinho (BA). Por resolução da GCE,
a Chesf vai reduzir o nível de vazão no lago de Sobradinho, de
1,3 mil m³/segundo para 1 mil m³/segundo, com variação de até
5% para mais ou para menos. A intenção é garantir a oferta mínima
para a geração de energia. Como a medida vai afetar os projetos
de irrigação na região, a GCE determinou que a Chesf e a Companhia
de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) invistam
o que for preciso à transferência de equipamentos de irrigação
para as novas margens do rio. (Gazeta Mercantil - 21.08.2001)
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7- Nordeste ainda poupa menos que a taxa fixada |
Na semana encerrada no dia 19.08.2001, o Nordeste apresentou economia
de energia de 19,2%. A região deve continuar no racionamento mesmo
em 2002. O Sudeste e o Centro-oeste tem uma posição melhor, já
que reduziram o consumo em 20,2%, e devem sair do racionamento
mais rapidamente. Segundo o Ministro Pedro Parente, seria até
prejudicial para o Nordeste a manutenção do Sudeste em regime
de racionamento sem que haja a possibilidade desta região poder
transferir energia aos Estados nordestinos. Isso porque, com a
redução do consumo, se reduz o ritmo de crescimento da economia
do Sudeste, afetando também o Nordeste. O ministro das Minas e
Energia, José Jorge, citou ainda que o racionamento na região
Norte não ultrapassará meados de dezembro. (Valor - 21.08.2001)
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8- Eletropaulo inicia cortes de energia |
A Eletropaulo iniciou no dia 20.08.2001 os cortes de energia nas
residências de consumidores que, pelo segundo mês consecutivo,
não atingiram a meta de redução de consumo determinada pelo governo
federal. Segundo o gerente de atendimento da empresa, Fernando
Mirancos, a medida deve afetar cerca de 2 mil clientes nesta primeira
etapa da operação. Não sofrerão cortes aqueles que pediram revisão
da meta e até agora não obtiveram resposta. O início dos cortes
de energia estava previsto para o dia 15.08, mas a distribuidora
decidiu adiar a data para finalizar a reavaliação das metas que
ainda estavam pendentes. Apesar das liminares proibindo a adoção
da medida, a Eletropaulo usa o mesmo argumento do governo, de
que o plano de racionamento foi considerado constitucional pelo
Supremo Tribunal Federal. (Diário do Grande ABC - 21.08.2001)
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9- Cemig pode cortar 3 mil consumidores por dia |
A Cemig começa a cortar, no dia 20.08.2001, a luz dos consumidores
que não cumpriram suas metas nesses dois primeiros meses de racionamento.
A empresa ainda não sabe quantos consumidores serão cortados,
mas diz que tem capacidade para desligar até 60 mil residências
por mês. Assim como nas outras distribuidoras, o critério para
corte será a quantidade de KW consumidos além da meta. Quem ultrapassar
a cota em mais KW será cortado primeiro. As contas de luz do último
mês continuam sendo entregues. Ao receber a conta com o aviso
de corte, o cliente tem 48h para entrar em contato com a distribuidora.
Quem estiver com o seu pedido de revisão de meta sendo analisado,
não pode ser cortado. Os cortes de energia duram até três dias
e o religamento da energia é automático. (Folha Online - 20.08.2001)
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10- Cosern ainda não sabe quantos serão cortados |
Os consumidores de energia elétrica do Rio Grande do Norte que
ultrapassaram pela segunda vez a meta de racionamento continuam
com o fornecimento ininterrupto de energia elétrica, ao contrário
do que estipula a resolução da GCE. A Cosern adiou mais uma vez
os cortes para estes consumidores. Marcada para ser iniciada no
dia 13.08.2001, a interrupção do fornecimento de energia havia
sido adiada para dia 20.08.2001, quando foi novamente suspensa,
desta vez sem data certa para ocorrer. Segundo a empresa, o motivo
do atraso é a realização de um levantamento do número de equipes
e de veículos necessários para efetuar os cortes. Embora o procedimento
tenha sido adiado duas vezes, a Cosern também ainda não dispõe
do número exato de clientes que ultrapassaram a meta pela segunda
vez e que estariam, portanto, sujeitos ao corte. (Diário de Natal
- 21.08.2001)
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11- Light revê meta de 22 mil famílias |
A
Light anunciou no dia 20.08.2001 que aprovou 22 mil pedidos, de
um total de 37 mil, de revisão de meta de consumo por conta do
aumento de família. Outros seis mil pedidos de pessoas que trabalham
em casa serão respondidos até o fim da penúltima semana de agosto
de 2001. (Jornal do Brasil - 21.08.2001)
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12- Feriados compulsórios devem gerar 500 demissões
em shoppings |
Caso sejam implantados os feriados no Nordeste, como forma de
contenção do consumo de energia, apenas nos shopping centers de
Natal cerca de 20% dos funcionários poderão perder seus empregos.
Somando apenas os três maiores shopping centers da capital, seriam
algo em torno de 480 empregos perdidos. ''O problema é que se
perderia um dia a mais na semana e isso teria reflexos imediatos
na necessidade de empregados para as lojas se manterem abertas'',
afirma o superintendente do Natal Shopping Center, Antonio Barandas.
Além do corte nas lojas, os próprios shoppings também teriam que
reduzir o quadro dos seus funcionários administrativos, de limpeza
e de segurança. (Diário de Natal - 21.08.2001)
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13- MP quer inquérito contra Eletropaulo |
O Ministério Público Estadual de São Paulo vai pedir a abertura
de inquérito criminal contra a Eletropaulo. A empresa é acusada
de descumprir decisão judicial ao iniciar os cortes de fornecimento
de energia elétrica. Liminar concedida em junho pelo juiz da 3ª
Vara Cível de São Paulo, Luiz Eurico Costa Ferrari, em ação civil
pública movida pelo MP, proíbe a Eletropaulo e a Bandeirante Energia,
ambas com atuação em São Paulo, de fazer cortes ou cobrar sobretaxa.
Eletropaulo desde o dia 20.08.2001 já está interrompendo o fornecimento
para quem ultrapassou a meta. Para as empresas, a liminar da 3ª
Vara não tem mais validade, já que, ao julgar a constitucionalidade
das medidas do racionamento, o Supremo Tribunal Federal (STF)
decidiu que o corte e a sobretaxa são medidas válidas. (Gazeta
Mercantil - 21.08.2001)
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14- AGU recorre de liminar que obriga Cerj e Light
a pagar bônus |
A Advocacia Geral da União (AGU) vai recorrer até o dia 21.08.2001
ao Tribunal Regional Federal (TRF) da liminar que obriga as distribuidoras
de energia de todo o país a pagarem bônus para os consumidores
residenciais que consomem mais de 100 KWh por mês. A defesa do
governo ainda está sendo elaborada, mas um dos principais pontos
será a própria medida provisória do racionamento, na qual fica
determinado o pagamento para esses consumidores apenas com a sobra
do dinheiro arrecadado com a sobretaxa, após o pagamento daqueles
que consumiram até 100 KWh/mês. A liminar foi concedida no dia
17.08.2001 pela juíza da 7ª Vara Federal Cível do Rio, Adriana
Barreto Carvalho de Rizzotto, em ação movida pela Associação Nacional
de Assistência ao Consumidor e Trabalhador t (Anacon) contra a
União e as duas concessionárias do Estado do Rio, a Light e a
Cerj. (Folha Online - 20.08.2001)
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15- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Cisão da Bandeirante deve estar concluída em outubro |
A Bandeirante Energia publicou no dia 20.08.2001 fato relevante
comunicando a aprovação pela Aneel da cisão parcial da empresa.
Com a decisão, parte da concessão será transferida para a Companhia
Piratininga de Força e Luz, criada pela VBC. Ficará desfeito,
desta forma, o cruzamento entre o grupo e a EDP. A separação acionária
deverá estar concluída em 01.10.2001. A Aneel autorizou a transferência
de ações entre os acionistas controladores das concessionárias.
Assim, a Enerpaulo não deve deter ações da Companhia Piratininga
de Força e Luz e nem a Draft I Participações S/A continuará com
parte da Bandeirante Energia. A região do Estado de São Paulo
que deve ser abastecida pela empresa fica retaliada, portanto,
da seguinte forma: sob a concessão em nome da Bandeirante, estão
as regiões do Vale do Paraíba e do Alto Tietê, enquanto embaixo
do guarda-chuva da VBC ficam a Baixada Santista e a parte Oeste
do Estado. De acordo com a Resolução nº 336 da Aneel, a parte
remanescente da Bandeirante e a nova Companhia Piratininga deverão
se responsabilizar pela assinatura de aditivos aos contratos de
distribuição de energia. Não haverá, portanto, necessidade de
nova concessão. A cisão foi aprovada ainda com a ressalva de que
os custos resultantes da separação não poderão ser repassados
à tarifa paga pelo consumidor final. (Gazeta Mercantil - 21.08.2001)
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2- Incerteza freia novos projetos em energia |
Passados três meses do início do racionamento de energia, os principais
entraves aos investimentos privados em geração e distribuição
não foram superados. Por isso, muitos projetos foram interrompidos
e os investidores já pensam em reduzir a aplicação de recursos.
Na área de geração, as licenças ambientais e o mau funcionamento
do MAE inibem os interessados. Na distribuição, as empresas alegam
que a Aneel não definiu o repasse das perdas com o racionamento.
A norte-americana AES enfrenta problemas para obter licenças ambientais
em duas unidades térmicas: Santa Branca e Termo Bariri. "O cenário
de incertezas será levado em conta no momento do desembolso para
as duas térmicas", diz Andrea Ruschmann, diretora da AES. Por
conta da queda no seu faturamento, as distribuidoras também anunciaram
futuros cortes de investimentos. A CPFL reduzirá seus desembolsos
em 2001 em aproximadamente 20%, a serem deduzidos dos R$ 140 mi
projetados inicialmente. "Não há sentido em fazer obras de construção
de subestações, alimentadores e estruturas metálicas para linhas
de transmissão, no momento em que o mercado está em retração",
diz Wilson Ferreira Jr, presidente da CPFL. (Gazeta Mercantil
- 21.08.2001)
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3- Quase pronta a formatação para usina Belo Monte
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Prevista para entrar em operação comercial, ainda esta década,
a usina de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, será a maior hidrelétrica
inteiramente nacional, com 11 mil MW de capacidade instalada e
investimentos de US$ 6 bi para usina e linhas de transmissão.
A primeira proposta de formatação do negócio será anunciada pelo
governo nos próximos dias e, por enquanto, está definido apenas
que será um empreendimento majoritário privado, no qual a Eletrobrás
será acionista minoritário. O presidente da Eletronorte, José
Antônio Muniz Lopes, afirmou que já demonstraram interesse em
participar do projeto as empresas VBC Energia , Companhia Vale
do Rio Doce (CVRD), Billiton Metais, Grupo Rede, Alstom e as construtoras
Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez. (Gazeta Mercantil - 21.08.2001)
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4- Eletronorte faz alterações no projeto técnico de
Belo Monte |
Além dos 11 mil MW da potência projetada para a usina hidrelétrica
de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará - serão 20 máquinas com capacidade
de 550 MW cada - na casa de força principal, o presidente da Eletronorte,
José Antônio Muniz Lopes, explicou que, nos últimos dias, a Eletronorte
fez alterações no projeto técnico, incorporando 156 MW, na forma
de 12 máquinas de 13 MW cada, que serão instaladas numa casa de
força auxiliar a ser construída junto ao vertedouro. "Por uma
questão de equilíbrio ambiental, vamos liberar muita água, que
também será aproveitada para geração", disse Muniz. (Gazeta Mercantil
- 21.08.2001)
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1- Primeiro leilão de energia na semana fica sem negócio
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Os leilões de energia excedente fecharam o dia 20.08.2001 sem
negócio. O resultado do dia contrasta com o encerramento da semana
anterior, quando o mercado eletrônico operado pela Asmae/Bovespa
teve seu melhor desempenho. No dia 17.08.2001, o MWh foi repassado
a R$ 228,50, repetindo o preço do dia anterior, o que refletiu
a concordância entre vendedores e compradores em relação a um
valor razoável para a energia excedente. No dia 20.08.2001, no
entanto, a maior oferta de compra foi de R$ 230 para o MWh, enquanto
a menor proposta de venda foi de R$ 249. O sistema contabilizou
um total de 1.400 MWh pedidos por compradores, sendo 150 MWh a
R$ 230, 250 MWh a R$ 225 e 1.000 MWh a R$ 210. Na outra ponta,
as ofertas de venda somaram 3.750 MWh, sendo 1.400 MWh a R$ 249;
1.400 MWh a R$ 265; 400 MWh a R$ 305; e 550 MWh a R$ 350. (Gazeta
Mercantil - 21.08.2001)
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1- BNDES pode finaciar processo de cisão da Celesc
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O governo de Santa Catarina iniciou no dia 20.08.2001 a busca
por recursos para viabilizar a cisão da Celesc. Uma comitiva formada
por representantes da estatal, Fiesc e governo foi ao Rio de Janeiro
conversar com a diretoria do BNDES, que poderá ser o financiador
do processo. A comitiva apresentou ao banco a proposta de divisão
da Celesc em três setores: geração, distribuição e telecomunicações.
Para que o modelo seja colocado em prática, será preciso, entre
outras coisas, a injeção de recursos para investimentos. O presidente
da Celesc, Francisco Küster, disse que o encontro foi bastante
positivo. A proposta foi bem recebida e o modelo considerado inovador.
Mas como se tratou de um contato inicial, não houve nenhuma resposta
conclusiva. Nos dias 12 e 13 de setembro, técnicos do BNDES vão
estar em Florianópolis para conhecer melhor a situação da estatal.
(Diário Catarinense - 21.08.2001)
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2- Debêntures podem chegar a R$ 13,5 bi em 2001 |
As emissões de debêntures devem alcançar R$ 13,5 bi em 2001, volume
recorde desde 1995 e que supera em 55% o total emitido no ano
passado. Este valor considera os R$ 8,6 bil já registrados pela
CVM, R$ 1,1 bi ainda em análise pela autarquia e o que "está no
forno", sendo analisado pelos bancos ou mesmo cotado junto aos
investidores. Apesar do volume recorde, as emissões continuam
concentradas em poucos nomes e setores, como os de petróleo, telecomunicações
e energia. Com o cenário econômico tumultuado, a seletividade
está ainda maior. (Valor - 21.08.2001)
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3- Emissões concentradas em empresas de energia |
A grande maioria das emissões foi - e deve continuar sendo - feita
por gigantes, principalmente da área de energia elétrica. Pelo
menos sete das 23 emissões registradas eram de empresas de energia.
"O setor elétrico tem necessidade de recompor a capacidade de
geração de energia do País para evitar os apagões", explica um
especialista. Um dos fatores que está levando essas empresas a
procurar a debêntures como fonte de financiamento é que tanto
as elétricas quanto as "teles" estão encontrando dificuldade de
captação de recursos no mercado internacional desde que a crise
argentina se acirrou, no final do 1º trimestre. Somada à volatilidade
do câmbio, a tendência é que elas continuem substituindo parte
do endividamento em dólares por reais. (Valor - 21.08.2001)
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4- Novo fundo irá estimular negócios com créditos |
O BC vai submeter ao Conselho Monetário Nacional (CMN), na semana
que vem, a proposta de regulamentação dos Fundos de Investimento
em Direitos Creditórios, um novo investimento a ser oferecido
em breve pelos bancos. Conforme o diretor de normas do BC, Sérgio
Darcy, a proposta final do regulamento dos chamados fundos de
recebíveis já está pronta e agrega novas regras. A criação dessa
nova modalidade de fundo de investimento é mais uma medida do
governo para tentar estimular o mercado secundário de créditos
e aumentar o giro de recursos no sistema financeiro e fora dele.
A equipe econômica acredita que o aumento do giro tenderá a reduzir
as taxas de juros e os spreads bancários. (Valor - 21.08.2001)
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5- Investidor quer garantias para negociar debêntures
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A vida das empresas brasileiras que precisam de financiamento
está cada vez mais difícil também no mercado doméstico. Como os
investidores estrangeiros exigem taxas cada vez maiores para negociar
bônus de prazos cada vez menores, a opção de emitir debêntures
já custa mais para as companhias nacionais. Além disso, o mercado
local está mais exigente, e muitas operações só conseguem vir
a mercado se oferecerem garantias ao investidor. (Gazeta Mercantil
- 21.08.2001)
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6- Racionamento de energia obriga a CEB a rever lançamento
de R$60 mi |
Não é somente a crise do país vizinho que tem tirado o sossego
dos executivos brasileiros. O racionamento de energia obrigou
a CEB, que se prepara para lançar R$60 mi, a discutir em assembléia
geral prevista para o dia 22 de agosto alterações da operação
para 'adequar o título à nova realidade imposta pelo racionamento
de energia elétrica', segundo nota divulgada no final da semana
passada. Devem ser alterados os custos e a data de emissão, mas
a nota impõe uma taxa-limite de 110% do CDI, considerada 'salgada'
pelo mercado. No dia 20.08.2001, o diretor financeiro da CEB,
Waldir Leal de Andrade, esteve em SP para discutir as novas condições
com o banco Santander, que lidera a emissão. A empresa e o banco
não comentaram a operação.(Gazeta Mercantil - 21.08.2001)
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7- Feriado argentino prejudica brady |
O investidor do mercado de títulos da dívida dos países emergentes
mostrou-se decepcionado -e ausente- nesta terça-feira, dia 21
de agosto, de feriado argentino e falta de notícias no fim de
semana. Como grande parte dos bônus argentinos (estima-se uma
fatia de 60%) está em poder de investidores do país, o feriado
míngua a liquidez do mercado secundário, deixando as cotações
mais suscetíveis a movimentos bruscos. Com a total indefinição
do possível pacote adicional ao país vindo de instituições internacionais,
os bradies amanheceram o dia em queda, se recuperaram no decorrer
das atividades e voltaram a cair no fim do dia. O FRB terminou
a segunda-feira valendo US$ 0,695 com spread de 2.604 pontos (-2,24%)
e o Global 8 era cotado a US$ 0,608 com spread de 1.783 pontos
(-2,01%). O brasileiro C-bond valia US$ 0,704 com spread de 1.025
pontos (-1,56%). (Valor - 21.08.2001)
Índice
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8- Risco-país argentino abre em 1.540 pontos |
O risco-país da Argentina, medido pelo JP Morgan, abriu, no dia
21.08.2001, em 1.540 pontos básicos (15,40% de sobretaxa), contra
1.566 do dia 20 e 1.501 na sexta-feira, dia 17, último dia de
operações na bolsa local. (O Globo - 21.08.2001)
Índice
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9- Pressão no mercado de câmbio diminui |
O dólar e as projeções de juros fecharam o dia 20 de agosto em
ligeira baixa, depois de oscilar bastante durante o dia. O feriado
na Argentina e a falta de notícias negativas sobre o país vizinho
deixaram o mercado menos nervoso. O dólar recuou 0,04%, cotado
a R$ 2,519, enquanto a taxa das operações prefixadas de um ano
caiu de 24,31% para 23,96%. A Ptax, média das cotações apurada
pelo BC, ficou em R$2,5306, alta de 0,28%. Na BM&F, o contrato
de dólar com liquidação financeira em setembro caiu 0,28% e valia
R$2,541. Para outubro, a moeda era negociada a R$2,579, baixa
de 0,27%.(Gazeta Mercantil e Estado de São Paulo - 21.08.2001)
Índice
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10- As projeções para a taxa de juros futuro fecharam
em baixa |
As taxas de juros tiveram volatilidade menor no pregão do dia
20.08.2001. As projeções negociadas na BM&F fecharam em baixa,
com a expectativa dos investidores de que o Copom deve manter
os juros básicos da economia, a meta Selic, inalterada em 19%
ao ano. Entre os contratos de juros mais negociados na BM&F, o
de setembro — que melhor indica a expectativa do mercado
para o Copom — passou de 19,88% para 19,63% ao ano. A taxa
de outubro saiu de 20,84% para 20,40% ao ano. Os juros para janeiro
de 2002 passaram de 23,24% para 22,98% ao ano. O contrato a termo
de DI, de um ano — que indica a taxa prefixada no período
— saiu de 24,31% para 23,95%. (Gazeta Mercantil - 21.08.2001)
Índice
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1- Audiência pública discute instalação da termelétrica
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O Grupo Executivo de Energia (Ge Ene SC) promove no dia 21.08.2001,
em Florianópolis, uma audiência pública para discutir a instalação
da Termo Catarinense Norte (TCN), em Guaramirim. A térmica será
abastecida com o gás natural importado da Bolívia e terá potência
instalada de 392,8 MW. Entre os assuntos tratados na reunião estará
o contrato de fornecimento de gás que ainda não foi firmado entre
a El Paso, principal acionista do empreendimento, e a Companhia
de Gás de Santa Catarina (SCGás). Também deve ser discutido o
PPA, que a Celesc e a El Paso assinarão no dia 23.08.2001. Até
agora, no entanto, o grupo americano não confirmou o fim das tratativas
sobre o assunto. Outra pendência do processo de instalação da
usina é a formação da Sociedade de Propósito Específico (SPE)
que vai tirar o projeto do papel. O consórcio escolhido para erguer
a obra é formado por El Paso, Petrobrás, Celesc, SCGás e a Santa
Catarina Tecnologia e Participações. (Gazeta Mercantil - SC -
21.08.2001)
Índice
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2- GCE inclui térmicas de Bongi (PE) e Camaçari (BA)
no PPT |
Nova resolução da GCE inclui as térmicas do Bongi (PE) e de Camaçari
(BA), pertencentes à Chesf, no Programa Prioritário de Termelétricas
(PPT). As duas térmicas funcionam à base de óleo diesel e serão
convertidas para gás natural. A do Bongi (PE) está parada há cerca
de 30 anos em função de problemas de solo que afetaram os motores.
A capacidade de geração saltará de 50 MW para 150 MW. Em Camaçari
(BA), de 60 MW para 350 MW. Os projetos de conversão e repotenciação
serão concluídos até o final de 2002 e estão orçados em R$ 300
mi. (Gazeta Mercantil - 21.08.2001)
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3- Duke Energy e El Paso querem construir térmicas
no Rio |
A Duke Energy está conversando com o governo
do Rio para instalar uma termoelétrica no estado. O mesmo está
acontecendo com a El Paso, que tem interesse em construir outra
usina em Paracambi. Isto traria uma demanda muito maior de fornecimento
de gás para o estado. Além do gás para essas duas novas usinas,
a CEG ainda teria que contar com o gás que terá que ser fornecido
para as usinas que Furnas vai reativar ou converter para o gás
em São Gonçalo, Campos e Santa Cruz, no estado do Rio). O secretário
estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer,
explica que o objetivo do governo agora é incentivar a construção
de usinas na baixada e no Sul Fluminense, para aproveitar o gás
que será trazido pelo gasoduto Campinas-Japeri, que a Petrobras
vai construir. (Valor - 20.08.2001)
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4- Viabilidade de Jacuí 1 preocupa a Gerasul |
As novas exigências para o licenciamento ambiental da usina térmica
à carvão Jacuí 1 podem ameaçar a viabilidade do projeto, disse
Miroel Wolowski, diretor de comercialização e negócios da Gerasul.
Na reunião do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), no
dia 17.08.2001, a Fepam-RS (Fundação Estadual de Proteção Ambiental)
considerou "viável" a implantação de Jacuí 1 mas estabeleceu uma
série de condições. A principal é a redução da emissão existente
hoje na térmica de Charqueadas (Termochar), com capacidade para
gerar 72 MW. "O problema é que essa redução implica novos investimentos
cuja antecipação pode inviabilizar Jacuí 1, a menos que seja parcial"
explicou Miroel. "Para Jacuí 1 entrar em operação sem ferir a
legislação estadual, é necessária a modernização tecnológica da
Termochar, que hoje já descumpre padrões ambientais", justificou
o presidente da Fepam-RS, Nilvo Alves da Silva. (Zero Hora - 21.08.2001)
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1- Impactos da crise variam por setor e região |
A indústria brasileira está reagindo de forma quase individual
ao triplo choque a que está submetida. Racionamento, queda da
demanda interna e retração de mercados internacionais estão impactando
de forma bastante diferente os setores, as regiões e as empresas.
O mesmo setor que cresce no Nordeste, esta em queda no Sul; quem
aumenta a produção em São Paulo, a reduz no Rio. Dados da Pesquisa
Mensal Industrial do IBGE indicam que a produção da indústria
têxtil encerrou junho com queda de 6,2% em relação ao mesmo mês
de 2000. Mas o mesmo setor cresceu 9,5% no Rio Grande do Sul e
caiu 12,9% no Paraná, dois estados livres do racionamento. Na
extrativa mineral, Rio de Janeiro e Espírito Santo mantiveram
crescimento em junho. Nestes dois estados, esse setor representa
a produção de petróleo. Em Minas e em Santa Catarina, onde indústria
extrativa é sinônimo de carvão, esse setor caiu de forma expressiva,
pois seu produto é matéria-prima para a produção de aço. (Valor
- 20.08.2001)
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2- Santa Catarina tem bom desempenho industrial |
Na avaliação da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina,
o bom desempenho do Estado, mesmo com a variação cambial e o racionamento,
decorre do "modelo econômico". Há vários pólos importantes no
Estado e a exportação também é pulverizada em produtos e mercados
de destino. Se Santa Catarina é marcada pela diversificação, Minas
é o oposto. Cerca de um quarto do PIB industrial mineiro é produzido
pela indústria eletrointensiva. O Rio Grande do Sul, ao contrário,
está sendo prejudicado pela queda da demanda no Sudeste. De acordo
com a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul,
40% das vendas industriais gaúchas são direcionadas para a região
Sudeste. Por conta desta dependência, os gaúchos estão sendo indiretamente
atingidos pelo racionamento. (Valor - 20.08.2001)
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3- Crise de energia derruba vendas de eletroeletrônicos
pelo segundo mês |
O racionamento de energia
continua prejudicando o desempenho do setor de produtos eletroeletrônicos,
segundo números divulgados no dia 20.08.2001 pela Associação Nacional
de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). As vendas
de produtos de imagem e som e eletroportáteis registraram uma
reação em julho, comparadas a junho de 2001, com crescimento de
15,43%. Mas o resultado ainda permanece 31,78% abaixo do patamar
verificado em julho do ano 2000. "O resultado de julho demonstra
que o mercado reagiu parcialmente, mas esse esforço não foi suficiente
para amenizar o quadro de retração provocado pelo racionamento
e pela alta dos juros'', diz o presidente da Eletros, Paulo Saab.
No acumulado de janeiro a julho, as vendas de eletroeletrônicos
apresentaram queda de 2,21% em comparação com igual período do
ano 2000, embora o primeiro quadrimestre tenha apresentado forte
crescimento. (Folha Online - 20.08.2001)
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4- Racionamento de energia elétrica beneficia lavanderias
industriais |
O racionamento de energia elétrica e a preocupação com aspectos
ecológicos estão alavancando os negócios das duas maiores empresas
de aluguel e lavação de uniformes com atuação no país. A americana
Alsco acaba de fechar seu ano fiscal com crescimento de 20%, e
a Bardusch, de capital alemão, contabiliza ganhos de 15%, em relação
ao primeiro semestre de 2000. De junho de 2000 a junho de 2001,
a subsidiária brasileira da Alsco faturou R$ 70 mi. Para dar maior
segurança aos clientes, a empresa investiu R$ 1 mi na compra de
grupos geradores que serão instalados nas oito plantas industriais
que mantém no país. A alemã Bardusch atua principalmente no Paraná
e sentiu de forma menos intensa o impacto do racionamento em seu
balanço. A empresa tem entre seus clientes nomes como Volvo, Philip
Morris e GM. No Brasil, a empresa tem duas unidades industriais
e seis de logística e vendas, concentradas principalmente na Região
Sul e em São Paulo. (Valor - 21.08.2001)
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1- EDF discute participação na Montedison |
Os advogados da EDF começaram o que pode ser o round definitivo
das conversas com a Comissão Européia para evitar um longa investigação
na recente aquisição do grupo italiano Montedison. Na agenda da
reunião estão as "adaptações" propostas pelo consórcio Italenergia
para evitar efeitos anti-competitivos provocados pela fusão. A
decisão de iniciar as investigações ou não será tomada pela Comissão
Européia ate 28.08.2001. Mas esta data pode ser estendida se as
adaptações propostas forem eficazes. A Comissão têm se preocupado
especialmente com o papel da EDF na comissão. A estatal da francesa
já é responsável pelo envio de um terço da energia importada pela
Itália e ainda envia energia ao país via Suíça. Os principais
problemas vistos pela Comissão ainda são a não-liberalização do
mercado energético francês e a suposta ajuda dada pela França
à estatal. (Financial Times 20.08.2001)
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2- Província argentina atrasa privatizações |
A Empresa Provincial de Energia, considerada a última "jóia" do
patrimônio estatal da província argentina de Santa Fe ainda não
será privatizada em 2001. A decisão vinha sendo tomada desde que
a crise financeira reduziu o valor dos ativos argentinos. A venda
havia se tornado um mau negócio para o governo da Província, já
que o preço estimado era muito inferior ao esperado pelo governo.
Além de Santa Fé, outra província argentina, a de Córdoba, também
adiou a venda de sua elétrica, a EPEC, a pedido das três empresas
interessadas pelo negócio. A PSEG, que já adquiriu a Edeer, a
elétrica da província argentina de Entre Rios, parece ser a maior
interessada tanto nas ofertas de Santa Fé quanto de Córdoba. (La
Nación 21.08.2001)
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3- Governo Boliviano acerta estratégia para o mercado
de gás |
O
governo boliviano já acertou a estratégia do país para a integração
energética. O objetivo do projeto é capitalizar o quanto antes
as reservas de gás bolivianas para ajudar o país a sair da crise
em que se encontra. Os primeiros passos para a integração já foram
dados pelo presidente Jorge Quiroga na reunião do Grupo de Río,
no Chile, quando acertou acordos de venda de gás natural com os
presidentes do México, Chile e Argentina. O Conselho Nacional
de Política Econômica boliviano tem agora instruções para começar
a analisar o projeto de titularização das futuras vendas. Segundo
o governo boliviano, um banco de investimentos se encarregará
de financiar o projeto. Além disso, a Bolívia procurará obter
crédito junto a uma organização financeira internacional, a Corporación
Andina de Fomento. (La Razón - 21.08.2001)
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4- Reguladores brasileiros e bolivianos se encontram |
As entidades reguladoras de energia da Bolívia e do Brasil se
encontrarão no dia 21.08.2001, com o objetivo de harmonizar políticas
e analisar o livre acesso do Brasil aos dutos da Bolívia. Representantes
da Agência Nacional de Petróleo Brasileira e da Superintendência
de Hidrocarburos boliviana estarão presentes. A principal pauta
da reunião será o livre acesso aos dutos bolivianos. De acordo
com a leis da Bolívia, algumas normas terão que ser definidas
para evitar o acesso não permitido de outros países. A ANP brasileira
já autorizou o livre acesso da British Gas ao território brasileiro
para que a empresa transporte 2,1 milhões de metros cúbicos de
gás boliviano por dia até 2003. (La Razón 21.08.2001)
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5- Preço do gás baixa 3,67% na Espanha |
As tarifas de gás natural e de gases manufaturados para canalização
para usos domésticos e comerciais baixaram 3,67% desde o dia 20.08.2001,
segundo uma resolução do Ministério de Economia. Os preços máximos,
antes impostos aos gases líquidos de petróleo, também foram reduzidos
em 4%. Os preços baixaram em virtude das cotações internacionais
da matéria-prima e da manutenção da paridade entre o euro e o
dólar. Esta baixa dos preços se somou às baixas já registradas
em maio e em julho de 2001. (El Mundo 21.08.2001)
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6- Protestos contra a nomeação de diretor da Agência
de Proteção Ambiental americana |
Democratas e grupos ambientais estão aumentando a pressão para
impedir a indicação do regulador de impactos ambientais sobre
a energia de Ohio, Donald Schregardus, para ser o chefe da Agência
de Proteção Ambiental americana. Críticos dizem que o regulador
foi relapso durante o exercício do seu cargo em Ohio e que diversos
programas instalados durante sua gestão estão sendo investigados
pela ANS. Schregardus também foi contra alguns processos contra
a instalação de usinas elétricas lançados pelo governo federal,
durante o governo Clinton. Muitas destas usinas eram acusadas
de emitir taxas de poluição mais altas do que as permitidas por
lei. Dois senadores democratas já estão lançando uma liminar para
barrar a candidatura de Schregardus ao cargo. (New York Times
21.08.2001)
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7- Gerente Geral da Gasco não apoia extensão de gasoduto
no Chile |
O gerente geral da Gasco, Carlos Rocca, afirmou que não existe
demanda suficiente para estender o gasoduto Gas Pacífico até a
área de Concépcion no Chile. Segundo ele, o aumento do consumo
residencial não seria justificativa suficiente. Apenas um incremento
da demanda industrial justificaria o investimento. Uma das situações
apontadas pelo gerente que exigiria o aumento da linha seria a
exportação de gás para Los Angeles, negócio que deve ser fechado
em poucos meses. Mesmo assim, Rocca afirmou que o governo chileno
tem preferido investir em projetos elétricos para áreas que já
tenham gasodutos instalados e disponíveis do que na construção
de novas linhas. (Estratégia 21.08.2001)
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8- Sydkraft lucra com preços altos |
O grupo sueco Sydkraft, que é controlado em sua maior parte pela
alemã Eon, anunciou um grande aumento nos lucros do primeiro semestre
de 2001. A causa dada para o aumento foi o grande aumento dos
preços da energia no mercado nórdico. O lucro da empresa chegou
a US$ 455,4 mi que quando comparados com os US$ 1,5 mi do mesmo
período de 2000, dão a dimensão do aumento. A empresa já havia
sido muito criticada pelo aumento excessivo de preços, que acompanhava
o preço estabelecido pelas outras fornecedoras suecas. O governo
da Suécia já afirmou que vai lançar um inquérito contra o mercado
elétrico para analisar o crescimento dos preços. As elétricas
se justificam dizendo que o aumento é resultado do clima seco
que diminuiu o nível de água nos reservatórios das hidroelétricas
que fornecem energia ao país. (Financial Times 20.08.2001)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres,
Fernando Fernandes, Carolina Selvatici, Marlene Marchena, Silvana
Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
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As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
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