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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 706 - 15 de agosto de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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1- Governo adotará nova diretriz para negócios no setor de energia com países vizinhos

A crescente dependência em relação aos países vizinhos, quanto à importação de energia, provoca reviravolta na política externa brasileira. A compra de energia deixará de ser tratada como uma improvisação vista caso a caso, para ser enquadrada como parte de uma estratégia mais ampla, cujo pano de fundo será constituído pelos interesses nacionais. A energia passa também a balizar a própria atividade diplomática do Brasil, visando à identificação de benefícios que poderá extrair de ação fundada em reciprocidades. As diretrizes dessa nova política foram acertadas entre o presidente Fernando Henrique Cardoso e os ministros de Minas e Energia, José Jorge, e das Relações Exteriores, Celso Lafer. E serão apresentadas no dia 15.08.2001, em Brasília, durante reunião de comitês do CNPE, pelo assessor internacional do MME, embaixador Mário Santos. "Vários países da América do Sul dispõem de excedentes exportáveis de gás natural e energia elétrica, mas o Brasil é o único país em condições de absorver essas reservas", disse uma fonte governamental. O governo brasileiro está deixando de tratar a importação de energia elétrica ou gás natural como um problema apenas de varejo. Descobriu que não basta colocar um cano no chão e tirar o gás na outra ponta, como acontece em relação à Bolívia. "Precisamos transformar essa operação econômica em benefícios para ambos os países", afirmou a fonte, lembrando que o mesmo conceito utilizado para a Bolívia se aplica ao Uruguai, à Argentina, ao Paraguai, agora à Venezuela e, no futuro, provavelmente ao Peru. (Gazeta Mercantil - 15.08.2001)

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2- Venda da Copel provoca tumulto entre deputados

As disputas entre oposicionistas e deputados ligados ao governo do Paraná geraram tumultos durante a sessão do dia 14.08.2001 na Assembléia Legislativa, que discutia o projeto de lei de iniciativa popular que tenta impedir a privatização da Copel. Os trabalhos foram suspensos no início da noite, sem previsão de serem retomados. Apesar da coesão aparente no início da tarde, fatos inesperados colocaram em dúvida a vantagem governista, que quer a manutenção do processo de privatização. A sessão foi suspensa quando estava em votação um novo projeto, do deputado Divanir Braz Palma, que propunha a prorrogação do processo de privatização por 90 dias. O projeto de lei que seria votado visa modificar a lei de 1998 que autoriza o governo alienar o controle da Copel. Enquanto a briga na Assembléia continuava, a multinacional belga Tractebel manteve sua visita a sala de informações (data room) da Copel. (Gazeta Mercantil - 15.08.2001)

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3- Elétricas dilatam prazo de reajuste

Representantes dos setores de geração e distribuição deverão sugerir ao Governo um prazo de 16 meses, a partir de setembro de 2001, para vigência do reajuste escalonado de tarifas que deverá ser ratificado até o final de agosto de 2001 pela GCE. A proposta, que distribui pela sociedade o rombo de R$ 15 bi que o setor energético terá que arcar por conta do racionamento, deverá ser entregue em agosto a um dos comitês da GCE, depois de detalhada no dai 20.08.2001, quando está prevista a próxima reunião do G-10, grupo de discussão entre geradores e distribuidores criado para definir pendências regulatórias do setor. O prazo de vigência do reajuste consistiu no único ponto de convergência entre geradores e distribuidores, na reunião do G-10, no dia 14.08.2001, no Rio. Por esse prazo, argumentam geradores, seria possível diferir o reajuste tarifário de modo não só a preservar os consumidores de um tarifaço, mas também a não comprometer as metas de inflação. O reajuste vigoraria de setembro de 2001 a dezembro de 2002, quando expira o prazo dos primeiros 25% dos contratos iniciais. Nos dias 15 e 16 de agosto de 2001, os comitês técnicos do G-10 reúnem-se em São Paulo para fechar um valor consensual para o rombo e para o reajuste. Daí sairá o esboço da proposta que será encaminhada à GCE. (Gazeta Mercantil - 15.08.2001)

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4- Cemig pode ficar de fora de licitação

A Cemig poderá ser impedida de participar de licitações de novas usinas ou linhas de transmissão, caso o débito de R$ 125 mi, R$ 243,7 mi em valores atualizados pela Selic desde janeiro de 1997, venha a ser cobrado pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, conforme determinou a Aneel. A informação é do coordenador geral da dívida ativa da União, Agostinho Nascimento Netto, que afirmou que a cobrança de débitos pelo órgão implica na inscrição do devedor no cadastro da dívida ativa. De acordo com Nascimento, é a inscrição em dívida ativa que impediria a participação em licitações. (Hoje em Dia - 15.08.2001)

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risco e racionamento

1- ONS manda desligar turbinas

O Operador Nacional do Sistema Elétrico determinou às principais usinas geradoras do país que reduzam o uso de suas turbinas no horário de baixo consumo, para poupar água dos reservatórios. A medida entrou em vigor nesta semana e a recomendação é para que 76 turbinas, em todo o país, sejam desativadas durante o dia. Por causa da situação crítica no Nordeste, o ONS determinou o desligamento de 26 das 45 turbinas das principais hidrelétricas da Chesf. Elas só serão reativadas quando o rio São Francisco recuperar a vazão, que caiu pela metade em 2001. No Sudeste e Centro-Oeste, a paralisação atinge 35% das máquinas das grandes hidrelétricas de Furnas, Cesp, Cemig, Paranapanema e Tietê. (Valor - 15.08.2001)

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2- Feriado pode não ser a primeira medida do plano B

Os feriados às sextas-feiras podem não ser a primeira medida adotada dentro do plano de redução de consumo por corte de energia. Antes dos feriados, poderão ser negociados reduções extras para grandes consumidores. O coordenador do grupo responsável pelo plano de cortes, Celso Cerchiari, informou que a ordem das medidas previstas no programa pode ser alterada, dependendo da avaliação do momento em que elas forem necessárias. Ele explicou que não se justificaria, por exemplo, a implantação de um feriado próximo do período chuvoso. O grupo vai sugerir à GCE essa flexibilização, mantendo os cinco pontos básicos do plano de apagões: a adoção de feriados às sextas, a utilização do reservatório de Ilha Solteira (SP), o aumento da meta para grandes consumidores, o corte de energia nos feriados, e, por último, os apagões diários. Segundo o coordenador do grupo, será sugerido que o plano B seja adotado a partir do momento em que o nível dos reservatórios fique um ponto percentual abaixo da curva de acompanhamento do ONS. Esse desvio valerá apenas se houver a necessidade de utilização do plano em setembro de 2001. Ele disse que nos outros meses o índice pode ser alterado, pois a relação deste percentual com o nível do reservatório será alterada. (Folha Online - 14.08.2001)

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3- Reunião da GCE discute o emprego do Plano B no Nordeste

O emprego das medidas do plano B de racionamento está na pauta da reunião que a GCE realiza no dia 15.08.2001, às 16 horas, na Casa Civil. A previsão é de que o comitê que elabora o plano alternativo, que prevê adoção de feriados semanais e cortes programados, apresente o resultado das 50 contribuições feita durante o período de consulta pública. Com o baixo nível dos reservatórios, o Nordeste é um candidato série a adotar as medidas do plano B, segundo o próprio governo já anunciou. Até o final de agosto, a GCE. (Canal Energia - 15.08.2001)

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4- Racionamento afeta mais Minas e São Paulo e favorece Santa Catarina

Dados do IBGE revelam que em junho de 2001, mês em que começou o racionamento de energia, nove dos doze Estados pesquisados tiveram queda na produção industrial, confirmando a tendência de desaquecimento das fábricas. No semestre - dada a influência positiva do primeiro trimestre - apenas três Estados apresentaram taxas negativas. Para Paulo Gonzaga, economista da área de indústria do IBGE, os números revelam que, além da crise de energia, outros fatores influíram nestes resultados, como a alta dos juros. Outra informação relevante destacada pelo economista é que a pesquisa do IBGE revelou que Santa Catarina está crescendo por causa do racionamento. "Sua produção e distribuição estão voltadas para o setor elétrico, como a indústria de transformadores", observou. O racionamento de energia, porém, afetou bastante São Paulo e Minas Gerais, cuja produção industrial teve queda em junho de 2001 contra junho de 2000 puxada pela indústria metalúrgica. (Valor - 15.08.2001)

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5- Justiça obriga Light e Cerj a cobrarem sobretaxa

O presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª região, Arnaldo Lima, suspendeu ontem decisão da 8ª Vara de Falências e Concordatas da Comarca do Rio de Janeiro, determinando à Light e à Cerj a cobrança da sobretaxa estabelecida no programa de racionamento. Em seu despacho, Lima afirma que a decisão da primeira instância ''tem fundada perspectiva de causar grave lesão à ordem econômica, jurídica e pública, além de ir de encontro a manifesto interesse público, já revelado, de evitar mal maior''. (Jornal do Commercio - 15.08.2001)

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6- CEB prepara até 500 cortes diários de energia

A CEB conclui, no dia 15.08.2001, a programação de cortes no fornecimento de energia elétrica, decorrente do não cumprimento das metas estipuladas no racionamento. A capacidade da empresa, além dos cortes por outros motivos, é de 500 desligamentos por dia, informa Carlos Leal, superintendente-comercial. "A suspensão será feita de acordo com a capacidade que temos de religar em tempo hábil", explica Leal. Os cortes podem começar no dia 16.08.2001. A CEB tem como clientes cerca de 585 mil unidades consumidoras. Segundo Plínio Cícero Machado, coordenador do programa de racionamento da concessionária, aproximadamente 5% deste universo, o equivalente a 29,2 mil unidades consumidoras, devem ultrapassar a meta pela segunda vez e ficar sujeitos à suspensão do fornecimento. Até ontem, havia sido concluída a leitura do consumo de 150 mil unidades. Cerca de 4,5 mil estão sujeitas ao corte - aproximadamente 80%, ou 3,6 mil, são residenciais. (Gazeta Mercantil - DF - 15.08.2001)

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7- Eletropaulo adia para dia 20 início dos cortes de luz

A Eletropaulo adiou para o dia 20.08.2001 o início dos cortes de energia dos consumidores que ultrapassaram a meta pelo segundo mês consecutivo de racionamento. Os cortes estavam previstos para começar no dia 15.08.2001. Segundo a Eletropaulo, os cortes foram adiados porque a empresa ainda não terminou de analisar todos os pedidos de revisão de meta protocolados até 16 de julho. Para que nenhum consumidor com direito à revisão de meta tenha a luz cortada injustamente, a Eletropaulo decidiu então adiar o início da punição. (Folha Online - 14.08.2001)

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8- Cosern paga mais de duas vezes bônus do que recebe com sobretaxas

A Cosern está pagando mais de duas vezes a mais, em bônus, do que está recebendo, de sobretaxas, dos consumidores residenciais de energia elétrica no Rio Grande do Norte. O balanço divulgado, no dia 14.08.2001, pela companhia, mostra um déficit de mais de R$ 1 mi no desequilíbrio entre o valor pago a quem economizou energia, e o arrecadado com sobretarifas. A Cosern não dimensionou ainda o número dos consumidores que conseguiram atingir ou ficar abaixo da meta de redução, nem quem ultrapassou a quota, apenas informou os montantes pagos e arrecadados em julho de 2001. Sendo R$ 1.871.026 o valor que foi descontado das contas em bônus aos usuários, e R$ 827.501 o montante arrecadado com a cobrança de sobretaxas. (Diário do Norte - 15.08.2001)

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9- Liminar barra corte de luz em Goiás

A juíza Denise Caiado, da 8ª Vara de Goiás, concedeu, no dia 14.08.2001, liminar proibindo os cortes de energia e a cobrança da sobretaxa nas contas dos consumidores que não atingirem a meta de redução de 20% no Estado nos próximos 90 dias. A decisão se baseou na ação protocolada no final de semana pelo Ministério Público Estadual contra a Celg e estabelece multa diária de R$ 1.000 por consumidor cortado. No dia 14.08.2001, a Celg começaria a distribuir os avisos de corte a 21 mil consumidores que descumpriram a meta. Os cortes estavam previstos para começar a partir de 16.08.2001. Segundo a Celg, a empresa aguarda notificação para recorrer da decisão e conseguir efetuar os cortes. (Agência Folha - 15.08.2001)

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10- CNI informa que indústria reduziu o consumo em 18%

A CNI informou, no dia 14.08.2001, que o setor reduziu o consumo de energia elétrica em 18%, abaixo portanto da meta de 15% a 25% fixada pelo governo. Segundo o vice-presidente da entidade, José Carlos Gomes Carvalho, aproximadamente metade das indústrias não teve condições de economizar. "Será muito difícil atingir números melhores do que já conseguimos". Especialistas dizem que a retração da economia em geral levará ao cumprimento das metas. Carvalho diz que muitas companhias já promoviam, há anos, redução no consumo de energia, o que de certa forma contribuiu para que algumas delas não pudessem economizar ainda mais, agora. Para mostrar que embora as indústrias não tenham atingido as metas houve um empenho por parte delas, Carvalho informou que, na última década, o crescimento médio do consumo de energia no setor foi de 2,5%, enquanto no comércio e residências a elevação chegou a 7%. De acordo com o balanço da CNI, entre os meses de maio e julho de 2001 os consumidores residenciais foram responsáveis por 72% da economia do consumo de energia média do País, que foi de aproximadamente 20,5%. (Gazeta Mercantil - 15.08.2001)

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11- CNI não prevê demissões em massa enquanto não houver apagões

A CNI não prevê demissões em massa na indústria brasileira enquanto estiver afastada a necessidade de apagões nas regiões sujeitas ao racionamento. A informação é do vice-presidente da CNI, José Carlos Gomes de Carvalho. Segundo ele, as demissões seriam a última alternativa para o setor, como reflexo da crise de energia. Ele afirmou que os últimos números do setor indicam que está havendo contratação, mesmo após o início do racionamento. Carvalho informou, no entanto, que devem ser observados outros dados conjunturais para analisar a situação do setor, entre eles, a crise argentina e a retração das economias dos EUA e Japão. (Folha Online - 14.08.2001)

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12- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Cataguazes-Leopodina tem prejuízo de R$ 3,77 mi no semestre

Embora a Companhia Força e Luz Cataguazes-Leopodina (CFLCL) tenha registrado no segundo trimestre de 2001 um lucro líquido consolidado de R$ 1,611 mi, o resultado acumulado no semestre foi negativo em R$ 3,778 mi, ou seja, R$ 0,03 por mil ações do seu capital social. A elevação das margens de rentabilidade no segundo trimestre, fortemente influenciada pelas vendas de energia elétrica no MAE, foi o principal fator desse desempenho. Foram vendidos nesse mercado 71 GWh (R$ 37,259 mi) no segundo trimestre de um total de 99 GWh (R$ 38,897 mi) acumulado no semestre, provenientes de excedentes de energia elétrica contratados. Os valores do segundo trimestre refletem o entendimento da empresa sobre a aplicação do Anexo V dos contratos iniciais. Para ler o relatório de desempenho do 1º semestre de 2001 da Cataguazes-Leopodina, clique aqui. (CFLCL - 15.08.2001)

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2- Prejuízo da Escelsa soma R$ 92,2 mi no 1º semestre

A Escelsa deixou para trás um lucro de R$ 7,539 mi no primeiro semestre de 2000 para registrar um prejuízo de R$ 92,225 mi entre janeiro e junho de 2001. O péssimo resultado financeiro levou a concessionária a amargar um balanço semestral de muitas perdas. Segundo dados divulgados pela Bovespa, a Escelsa também reverteu seus números operacionais. O prejuízo neste item foi de R$ 132,808 mi ante o lucro de R$ 18,513 mi no primeiro semestre de 2000. A companhia comentou, ainda, que não houve tempo hábil para avaliar com exatidão o impacto do programa de racionamento sobre seu balanço semestral. Nas notas explicativas de seu balanço, a Escelsa fez uma ressalva sobre a possibilidade de mudança nos números das demonstrações financeiras. Ela acrescentou como contas a receber, embora sem precisão, valores resultantes da venda de excedentes energéticos no âmbito do MAE, e que ainda não foram faturados. Além disso, a empresa mencionou que uma futura solução em torno do impasse do Anexo V deve influir de forma relevante no balanço recém-apresentado. O patrimônio líquido da Escelsa no primeiro semestre foi de R$ 683,693 mi. (Gazeta Mercantil - 14.08.2001)

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3- Enersul tem prejuízo de R$ 2,44 mi no 1º semestre

A Enersul saiu de um lucro de R$ 4,758 mi registrado no primeiro semestre de 2000 e passou a registrar prejuízo de R$ 2,446 mi entre janeiro e junho de 2001. Entre os fatores que contribuíram significativamente para os números negativos da concessionária estão as despesas operacionais e financeiras. No item despesas financeiras, o déficit dobrou. O aumento nas perdas foi mais precisamente de 105,2%. Os gastos passaram de R$ 11,075 mi para R$ 22,735 mi. Já o resultado operacional da Enersul continuou positivo, mas com uma queda relevante no desempenho, que passou de R$ 6,93 mi para R$ 674 mil no mesmo intervalo de comparação, o que representou um recuo de 90,2%. A receita bruta da concessionária com vendas e serviços cresceu 20,45%, de R$ 213,665 mi no primeiro semestre de 2000 para R$ 257,370 mi entre janeiro e junho de 2001. A receita líquida teve variação semelhante (20,9%), passando de R$ 164,422 mi para R$ 198,886 mi. Os desembolsos com energia elétrica comprada para revenda cresceram numa proporção muito maior do que a receita. O aumento chegou a 42,5%, entre os gastos de R$ 54,481 mi nos primeiros seis meses do ano passado e os de R$ 77,643 mi no mesmo período de 2001. Os encargos sobre serviços do sistema apareceram no balanço da Enersul sob a forma de perdas da ordem de R$ 4,095 mi. (Gazeta Mercantil - 14.08.2001)

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4- Bandeirante tem perdas de R$ 26,43 mi no 1º semestre

A Bandeirante Energia S/A terminou o primeiro semestre de 2001 com um prejuízo de R$ 26,433 mi, montante 386,4% maior do que as perdas de R$ 5,434 mi registradas em igual período de 2000. Tamanha diferença é decorrente de um resultado operacional negativo. Neste item, a Bandeirante teve perdas de R$ 30,494 mi entre janeiro e junho de 2001. Na comparação com o primeiro semestre de 2000, quando o resultado havia ficado negativo em R$ 1,428 mi, a diferença chegou a 2.035%. Para tanto, as despesas operacionais diversas passaram de R$ 4,444 mi para R$ 164,135 mi (3.593%). A receita bruta da Bandeirante teve um acréscimo de 24,8% no intervalo de comparação, quando saltou de R$ 1,395 bi para R$ 1,742 bi. A receita líquida, por sua vez, registrou variação de 26,8%, diferença entre os R$ 1,081 bi aferidos no primeiro semestre de 2000 e os R$ 1,372 bi nos primeiros seis meses de 2001. A empresa teve déficit financeiro no período de R$ 42,184 mi, ante os R$ 39,459 mi entre janeiro e junho de 2000 (alta de 6,9%). (Gazeta Mercantil - 14.08.2001)

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financiamento

1- Relatório aponta falhas da Asmae

O relatório preparado pela Aneel sobre a Asmae revelou um quadro caótico na administração da entidade, que motivou a intervenção pelo órgão regulador. Segundo os fiscais da agência, os recursos colocados à disposição da Asmae não foram administrados "de forma prudente e competente". "Existem falhas de controle interno, na forma de contratação de fornecedores, na gestão de contratos, dos pagamentos, na gestão de pessoal, na instituição de benefícios", assinala o documento, divulgado no dia 14.08.2001. (Gazeta Mercantil - 15.08.2001)

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2- Documento aponta favorecimentos pessoais na Asmae

O relatório preparado pela Aneel sobre a Asmae mostra que se o MAE não teve condições para fazer o mercado atacadista funcionar de forma adequada, conforme se previa na legislação que reestruturou o setor elétrico brasileiro, a Asmae estabeleceu um quadro de confusão que beneficiou muitas pessoas. E, por coincidência, a Asmae também contratou as filhas de dois expoentes do setor elétrico: Maria Patrícia, filha de Mauro Arce, secretário de Energia do estado de São Paulo, e Roseane, filha de Mário Santos, presidente do ONS. Ambos pertencem à GCE e, segundo o relatório, a filha de Mauro Arce foi contratada sem que tenham sido encontrados documentos que comprovem requisição, diploma, currículo e aprovação da presidência. No caso da filha de Mário Santos, também não houve aprovação da presidência, currículo ou diploma. (Gazeta Mercantil - 15.08.2001)

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3- Fiscais da Aneel apontam irregularidades na Asmae

É na parte de recursos humanos que os fiscais da Aneel encontraram a maior quantidade de irregularidades. A Asmae foi constituída em fevereiro de 1999 como uma sociedade civil sem fins lucrativos. Passou a gozar da isenção do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e da Cofins. Como entidade sem fins lucrativos, a Asmae teria de atender ao requisito fundamental da legislação, que era não remunerar os seus dirigentes pelos serviços prestados. Entretanto, o conselho de administração aprovou a remuneração da diretoria da Asmae, em agosto de 2000, com pagamentos retroativos a agosto de 1999. Segundo a Aneel, isso provocou um acréscimo de tributos e contribuições, a partir de junho de 2000, até maio de 2001, da ordem de R$ 18,4 mi. A Aneel também encontrou irregularidades na contratação de serviços. Um exemplo ocorreu com a empresa Mibys Serviços Gerais Ltda., contratada para prestar serviços ao comitê técnico. A Asmae pagou à Mibys R$ 639 mil. Mas os fiscais da agência descobriram que o dono da Mibys era Mitsumori Sodeyama, presidente da Asmae. (Gazeta Mercantil - 15.08.2001)

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4- Ex-presidente da Asmae terá de devolver R$ 639 mil à Aneel

A Aneel determinou que o ex-diretor-presidente da Asmae, Mitsumori Sodeyama, devolva R$ 639 mil à entidade. O Ministério Público em São Paulo analisa o caso. A determinação foi feita após auditoria da agência reguladora na Asmae. A fiscalização da Aneel constatou que a Asmae contratou a empresa Mibys Serviços Gerais e pagou R$ 639 mil entre julho de 1999 e junho do ano 2000. A empresa pertence a Sodeyama e tem sede em sua residência. A Aneel considerou "extremamente questionável essa relação contratual". A Aneel questionou também vários contratos de contratação de consultoria feitos pela Asmae. O maior deles, com a Price Waterhouse, é de US$ 57 milhões. (Folha - 15.08.2001)

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5- Mesmo com preço baixo, leilão Asmae/Bovespa fecha sem negócio

No dia 14.08.2001, quando não houve acordo quanto ao preço do MWh, os leilões eletrônicos de energia excedente voltaram a fechar sem negócio. Os vendedores, que no dia 13.08.2001 já concordaram em passar a energia adiante pelo menor valor já praticado nesse mercado, R$ 245 o MWh, no dia 14.08.2001 chegaram a propor até menos: R$ 240. Mas, na outra ponta, as ofertas de compra atingiram o máximo de R$ 225 o MWh, o que impediu, portanto, um preço médio nas transações. No movimento do dia, o total de ofertas para compra foi de 2.550 MWh, sendo 2.350 MWh a R$ 225 e 200 MWh a R$ 220. As de venda, por sua vez, somaram 2.780 MWh, sendo ofertados 280 MWh a R$ 240, 2.200 MWh a R$ 250 e 300 MWh a R$ 300. (Gazeta Mercantil - 14.08.2001)

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6- Primeiro leilão de energia no Mato Grosso vende 82 MW

No dia 13.08.2001, primeiro dia do leilão realizado pela Bolsa de Energia do Estado de Mato Grosso (Beemt), nove indústrias compraram juntas 82 MW/mês, a preços que variaram de R$ 330 a R$ 400 o MW/mês. A quantidade corresponde a 18,89% dos 434 MW ofertados no período e ultrapassou a previsão para a estréia, que era movimentar 10% do total. Os negócios foram operacionalizados pela Bolsa de Futuros e Mercadorias do Centro-Oeste (BFMCO), com sede em Várzea Grande, em Mato Grosso. (Gazeta Mercantil - MT - 15.08.2001)

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7- CSN Energia vende sobras no MAE

José Renato, diretor da CSN Energia, subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), optou pelo MAE para vender sobras de energia da Usina Presidente Vargas, de Volta Redonda (RJ), geradas por gás residual do processo siderúrgico, desde julho de 2001 alimentada também pelo gás natural de Campos. A usina de Igarapava continua a suprir as minas de Lafaiete (MG), e da cidade de Arcos (MG). E a hidrelétrica de Itá, da qual a CSN é parceira, passou a servir como colchão para abastecimento da usina de Volta Redonda, com 170 MWh médios assegurados. Isso liberou a empresa da energia contratada com a Light e do corte. Mas o negócio adicional, afirma Renato, veio das sobras da termelétrica. A CSN adiantou para maio a reforma da usina, justamente para coincidir o racionamento de junho com a desativação. Segundo Renato, a possibilidade da venda de energia acabou sendo uma feliz coincidência com o cronograma de manutenção. "Não compensa a parada, mas reduz perdas", diz. (Gazeta Mercantil - 15.08.2001)

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8- Cenibra vende excedentes a comercializadoras independentes

A Celulose Nipo-Brasileira (Cenibra) não reduziu produção, mas sua termelétrica nunca trabalhou tanto desde que foi instalada em Belo Oriente (MG), em 1977. Até junho de 2001, a empresa gerava apenas a energia suficiente para rodar a fábrica a partir de sobras de madeira e lignina (licor negro). Desde julho, passou a comprar óleo combustível para chegar à capacidade máxima - 100 MW. Daí, obteve excedente de 10% que "está complicado vender, mas tem sido um bom negócio", diz Jedaias Jorge Salum, responsável pela comercialização de energia. Mas a empresa se mantém afastada do MAE, muito arriscado, segundo ele. "Vou faturar contra qual geradora? Sem essa resposta, estamos fora." Por enquanto, a Cenibra vende a comercializadoras independentes, mas negocia com os poucos consumidores livres para levantar demanda. (Gazeta Mercantil - 15.08.2001)

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9- Samarco Mineração prefere vender excedente a consumidores de média tensão

A Samarco Mineração optou pela venda de excedente de energia a consumidores de média tensão que não conseguiram fazer os cortes. Nélio Rodrigues Borges, coordenador de gestão de energia da empresa, "as médias indústrias são a parte ativa da economia, ainda não afetada pela retração norte-americana e queda das exportações". No pregão eletrônico de energia da Fiemg, a Samarco já negocia com 30 empresas do pólo moveleiro de Linhares (ES). Outros contratos foram fechados, mas ainda sobram 6 mil MWh de julho de 2001. Mesmo dona da hidrelétrica de Muniz Freire e da participação de 49% em Guilman Amorim, a geração própria soma apenas 35% do consumo da mineradora. Cumpriu-se o corte com a paralisação por 18 dias para manutenção da unidade de pelotização de minério em Anchieta (ES), marcado para o início de 2001, a adiado para junho e julho, "o que acabou sendo bom negócio", diz. (Gazeta Mercantil - 15.08.2001)

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10- Cadeia petroquímica recebe as sobras de energia da Copene

A Copene está fornecendo energia para empresas de terceira geração da cadeia petroquímica em contratos bilaterais. A central de Camaçari aumentou sua produção energética em 28,8 mil MWh/mês desde o início de abril de 2001. Além do próprio consumo, a Copene já distribui energia para 30 empresas de segunda geração do pólo petroquímico. Com o racionamento, porém, a produção termoelétrica própria aumentou e o consumo caiu. Parte da "sobra" foi vendida para 45 empresas de São Paulo e da Bahia em julho. A maioria é cliente dos seus clientes, como a Bombril e a Alpargatas. O objetivo é que não haja queda de produção nas empresas de terceira geração. Isso causaria uma diminuição na demanda por matéria-prima, fornecida pelas indústrias de segunda geração. E, por sua vez, poderia afetar as vendas da própria Copene. A idéia da empresa é que o número de energia fornecida aos seus clientes dobre em alguns meses. Para isso, ela deve aumentar sua produção em mais 10 MW. (Valor - 15.08.2001)

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financiamento

1- Pacote atrasa e bônus despencam

As apostas em torno do empréstimo adicional do FMI à Argentina ainda atraem toda a atenção do mercado de títulos da dívida dos emergentes. O assunto continuará na ponta da língua dos investidores nos próximos dias. No dia 14 de agosto os papéis fecharam nos níveis mais baixos do dia. Os argentinos FRB e Global 8 tiveram queda de 3,19% (para US$ 0,715 com spread de 2.371 pontos) e 3,55% (US$ 0,616 e 1.650 pontos). O brasileiro C-Bond caiu 1,08% para US$ 0,822 com spread de 965 pontos. (Valor - 15.08.2001)

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2- Governo continua comprometido com meta de inflação a 4%

O Ministro da Fazenda, Pedro Malan voltou a dizer que a meta de inflação para 2001 continua sendo de 4% pelo IPCA , com dois pontos percentuais de intervalo de tolerância. "Continuamos comprometidos com essa meta", disse Malan. Ele afirmou que o parâmetro de acompanhamento que consta no novo acordo com o Fundo para a inflação (5,8% como ponto central), "é a melhor estimativa que existe''. 'Não é uma nova meta", acrescentou. O ministro voltou a dizer que o PIB deve apresentar crescimento de 2,7% ou 2,8% em 2001 e de 3,5% em 2002. Ele disse ainda que entre as razões que levaram o país a recorrer novamente ao FMI, está a evolução do cenário externo, com previsão de crescimento menor para as economias norte-americana, européia e japonesas neste ano e também fatores internos, como a incerteza quanto ao processo político, a sucessão presidencial. (Folha de São Paulo - 14.08.2001)

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3- Juros bancários são os maiores do ano

A pesquisa mensal de juros bancários divulgada no dia 14 de agosto pela Fundação Procon-SP mostra que a taxa média praticada pelos bancos em agosto já é a mais alta registrada no ano de 2001. A média mensal cobrada no empréstimo pessoal foi de 5,23%, contra os 5,04% registrados em julho. Já a taxa de juros cobrada no cheque especial foi de 8,73%. A média anual para o cheque especial é de 172,97% e a do empréstimo pessoal, 84,27%. A alta dos juros bancários, segundo a diretora de Estudos e Pesquisas do Procon-SP, Vera Martha Junqueira, reflete a elevação da taxa básica de juros (Selic), que passou de 18,25 para 19% no mês passado. (Jornal do Brasil - 15.08.2001)

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4- Investidor procura por dólares e juro sobe

A procura por dólares aumentou no dia 14.08.2001 com a preocupação dos investidores pela demora na conclusão de um acordo de ajuda adicional à Argentina pelo FMI. Com isso cotação do dólar subiu 0,76%, para R$ 2,516, na venda. As taxas de juros futuros subiram acompanhando a valorização do dólar, a projeção para outubro passou de 21,04% para 21,40% ao ano. Os juros para janeiro de 2002 saíram de 23,29% para 23,82% ao ano. O contrato a termo de DI , de um ano - que indica a taxa prefixada no período -, saiu de 24,14% para 24,72%. (Gazeta Mercantil - 15.08.2001)

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gás e termoelétricas

1- Petrobras recebe turbinas da térmica de Piratininga

Desembarcaram no dia 14.08.2001, no Porto de Santos, as duas primeiras turbinas que vão equipar a usina termelétrica de Nova Piratininga, que fica em São Paulo. As turbinas consumirão 1,4 milhão de m³ de gás natural por dia e vão gerar 200 MW em sua primeira fase de operação. Nova Piratininga é fruto da parceria entre a Petrobras e a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae). Quando ficar pronta em 2003 a usina será capaz de gerar 600 MW de energia. Fabricadas pela Alstom, as duas turbinas começam a ser instaladas em 25 de agosto de 2001. (Panorama Brasil - 15.08.2001)

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2- Mudança reduz impacto ambiental de Carioba 2

O consórcio de empresas que constrói a usina termoelétrica Carioba 2 em Americana (SP) modificou o projeto para vencer resistências de ambientalistas e da população local. Os donos do empreendimento, a CPFL, a britânica Shell e sua subsidiária InterGen, discutem a usina com as autoridades estaduais desde 1999. As empresas decidiram mudar o sistema de resfriamento da termoelétrica, passando a usar ventiladores em vez de água. Com isso, prometem reduzir o consumo de água de Carioba. O novo projeto permitirá também que quase toda a água seja devolvida ao Rio Piracicaba, que abastece boa parte do interior paulista. O excessivo consumo de água era a principal restrição dos ambientalistas à usina. O uso de ventiladores no processo de resfriamento deve reduzir em 3% a capacidade de produção de energia da usina, obrigando-a a queimar um volume maior de gás. A mudança exigirá um investimento adicional de US$ 25 mi na obra, originalmente um projeto de US$ 600 mi. (Valor - 15.08.2001)

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grandes consumidores

1- Indústrias produzem menos para liberar energia e manter lucro

Energia virou negócio para as indústrias com geração própria. Quem pode produzir excedentes está gerando à plena carga e fazendo das sobras alternativa de receita, o que, em alguns casos, é mais lucrativo que a atividade principal. A Companhia Paraibuna de Metais, segunda maior fabricante de zinco do País, investiu na fábrica de Juiz de Fora (MG) e na construção de uma hidrelétrica. Hoje poderia produzir 94 mil toneladas/ano de zinco mas reduziu isso à metade desde julho. Assim, cumpriu a meta de corte e tem excedente de energia para vender. E importa zinco para honrar seus contratos. "Não é confortável baixar produção, mas minimizamos o efeito do racionamento para o acionista. No final de 2001 o faturamento vai ser menor, mas a rentabilidade empatará ou ficará pouco acima da alcançada no ano 2000", diz o diretor da empresa João Rezende Queiroga. Até junho de 2001, a Paraibuna consumia 430 GWh/ano, 340 dos quais gerados pela hidrelétrica própria. O restante é comprado a Cemig. Mas desde junho, deixou de comprar da Cemig e, com isso, sobram 2.500 MWh/mês para venda em acordo bilateral com a Caraíba de Metais, do próprio grupo. "Alguma coisa também vai para o leilão da Bovespa, mas o ritmo de fechamento dos contratos ainda não está bom", disse Queiroga. (Gazeta Mercantil - 15.08.2001)

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internacional

1- Hidrocantábrico tem lucros 33,8 % menores no primeiro semestre

A Hidrocantábrico obteve um lucro líquido de US$ 33,5 mi no primeiro semestre de 2001, o que supõe um decréscimo de 33,8% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. A elétrica explicou que estes resultados foram determinados por um ano "notadamente desfavorável" ao setor, caracterizado pela elevada produção hidráulica, assim como por uma tendência de baixa no mercado de eletricidade tanto dos preços quanto da demanda, pelo aumento dos preços dos combustíveis nos mercados internacionais e pela debilidade do euro. O resultado operativo do grupo aumentou em cerca de US$ 113 mi de janeiro a junho, um crescimento 22% menor que o do primeiro semestre de 2000, que se deve à queda das vendas da área de geração e à menor contribuição das energias renováveis. (El Mundo - 14.08.2001)

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2- Endesa recebe cinco ofertas pela Nueva Viesgo

A Endesa recebeu cinco ofertas pela Nueva Viesgo, área da companhia que integra os ativos situados na Espanha que estão em processo de desinvestimento. Das cinco companhias que realizaram as ofertas, sabe-se que duas são americanas e três são européias, mas os nomes de cada uma delas não foram revelados. A Endesa informará o nome da vencedora no dia 31.10.2001 (El País – 15.08.2001)

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3- Presidente da Enron pede demissão

Jeffrey K. Skilling , presidente e CEO da Enron, surpreendeu os mercados financeiros ao renunciar à presidente da empresa menos de um ano depois de ter assumido o cargo, alegando razões pessoais. Kenneth L. Lay, diretor da companhia em Houston, aceitou assumir os dois cargos e estender seu contrato até 2005 para poder garantir uma transição gradual. Skilling vai continuar a servir a empresa como consultor. Os dois negaram que qualquer questão política estivesse envolvida com a decisão. Skilling afirmou que esta era a melhor hora para deixar a presidência, já que a empresa passa por um momento de grande produtividade e lucrabilidade. (Finantial Times - 14.08.2001)

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4- Chile e Venezuela assinam carta de intenção para área energética

Chile e Venezuela assinam carta de intenção para área energética Os governos do Chile e da Venezuela irão assinar esta semana uma carta de intenção para chegar a um acordo de cooperação energética na conferência de Rio Group que acontecerá do dia 17.08 ao dia 19.08 na capital chilena de Santiago. Como o Chile é totalmente dependente do fornecimento estrangeiro de petróleo, o acordo deve ter como objetivo o aumento do fornecimento do combustível ao país. Os países assinarão outros acordos durante o encontro para evitar uma dupla taxação, estimular trocas bilaterais e criar garantias para os cidadãos dos dois países. (Business News Americas – 14.08.2001)

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5- Agência de Proteção Ambiental Americana adia decisão sobre regras contra a poluição

A Agência de Proteção Ambiental Americana anunciou que vai adiar a decisão sobre as regras contra a poluição. Enquanto isso, alguns representantes do governo tentam livrar a indústria energética das regras, sem serem acusados de tomar iniciativas anti-ecológicas. A Agência anunciou que a decisão seria adiada para setembro de 2001, quando o governo americano planeja lançar uma estratégia de controle de poluição mais compreensiva e flexível. O atraso mostra o quão preocupada a administração americana está em assegurar os planos para a área energética. O presidente americano anunciou estes planos em maio de 2001, mas até agora ele foi apenas pano de fundo para uma disputa entre os democratas e republicanos, que não conseguem decidir se privilegiam a indústria energética ou as leis ambientais. (New York Times - 15.08.2001)

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6- Devon Energy compra Mitchell for US$ 3,5 bi

A Devon Energy anunciou sua nova posição de segunda maior produtora independente de gás natural nos EUA, depois da aquisição de sua rival Mitchell Energy & Development por US$ 3,5 bi. A transação, que foi aprovada pelos diretores das duas empresas, é a última de uma série de negócios que consolidam o setor de petróleo e gás americano e segue a fusão da Devon com a Santa Fe Snyder em 2000. A Devon vai adquirir, além das reservas, algumas usinas de processamento de gás natural, gasodutos e outros investimentos avaliados em cerca de US$ 1 bi. O grupo espera que a aquisição permita uma economia anual de cerca de US$ 20 mi. (Finantial Times – 14.08.2001)

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7- Empresas americanas e britânicas reforçam suas posições no Oriente Médio

A britânica International Power e americana CMS Energy reforçaram suas posições no Oriente Médio esta semana ao anunciar um acordo para possuir, operar e manter o maior projeto independente de energia e desalinização de Abu Dhabi. Os grupos assinaram uma contrato de 20 anos com a Abu Dhabi Water and Electricity Authority pelo projeto de Shuweihat S-1 de US$ 1,6 bi, que deverá ser construído a 250 km da cidade de Abu Dhabi. De acordo com o contrato, a IP e a CMS terão 20% do projeto cada uma. O Shuweihat S-1 inclui uma termoelétrica a gás de potência de 1.500 MW e uma usina de desalinização de 100 mil galões por dia. O negócio é o segundo negócio da duas empresas na região. A IP está construindo a usina de 280 MW de Al Kamil, em Omã e a CMS tem 40% da Al Taweelah A2 em Abu Dhabi. A ADWEA concordou em comprar energia e água do projeto por 20 anos. (Finantial Times – 15.08.2001)

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8- Cláusula de ‘bom comportamento’ pode ser incluída nas licenças britânicas

O governo inglês retomou a possibilidade das controversas cláusulas de "bom comportamento" serem introduzidas nas licenças elétricas para prevenir a manipulação dos preços no mercado de eletricidade inglês. Algumas medidas similares foram descartadas pela Comissão de Competição em Dezembro de 2001 por causa de reclamações da British Energy e da AES, que diziam que as novas regras de venda introduzidas em março removiam a necessidade de novas regras mais pesadas. O Ministro de energia inglês, Brian Wilson, discorda e acredita que as companhias elétricas terão que ser "controladas cuidadosamente" se a Inglaterra quer evitar um novo descontrole dos preços de energia e os blecautes que acontecem na Califórnia. As novas regras impediriam os geradores de afetar as operações de transmissão ou de limitar intencionalmente a capacidade de geração sem motivos razoáveis. (Finantial Times – 14.08.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Carolina Selvatici, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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