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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 704 - 13 de agosto de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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1- Aneel mantém multa à Cemig

No dia 10.08.2001, a Aneel negou um recurso apresentado pela Cemig, colocando um ponto final numa divergência entre o governo federal e o governo mineiro que já se arrasta há cinco anos. Segundo a agência, a concessionária contabilizou como custo operacional despesas que se relacionavam com a prestação de serviços de distribuição. Assim, a Cemig teria se beneficiado irregularmente de recursos provenientes da Conta de Resultados a Compensar (CRC) e agora terá de devolver ao Tesouro um valor ainda não calculado, mas cujo principal é de R$ 125 mi, corrigido pela Selic a partir de 1997. Por meio de uma nota à imprensa, a Aneel informou que a decisão foi tomada em última instância na esfera administrativa. Isso significa que, se a Cemig desejar contestar a agência, terá que fazê-lo na Justiça. (Gazeta Mercantil - 13.08.2001)

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2- Preço mínimo da Copel sai dia 24.08.2001

O preço mínimo da Copel ainda não foi apurado. A afirmação foi feita no di 10.08.2001 pelo presidente da estatal e secretário da Fazenda do governo do Paraná, Ingo Hübert, em resposta a especulações sobre o valor de negociação da empresa. Segundo Hübert, o preço mínimo que será determinado para o negócio com as ações sob controle do governo paranaense no leilão previsto para ocorrer em outubro de 2001 só será divulgado no dia 24.08.2001, quando haverá a publicação do edital de venda da companhia. De acordo com a Copel, valores entre R$ 5,5 bi e R$ 25 bi já foram indicados como base para o negócio pela imprensa. O presidente da estatal desmente qualquer uma dessas cifras e afirma que o governo do Paraná aguarda a avaliação que vem sendo promovida por duas empresas contratadas para o serviço. (Gazeta Mercantil - 13.08.2001)

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3- BNDES contrata consultoria para estudar modelo do setor

A GCE formalizou, no dia 10.08.2001, a autorização para que o Comitê de Revitalização do Modelo do Setor Elétrico contrate uma consultoria técnica para elaboração de um plano de implementação de medidas para corrigir deficiências e propor aperfeiçoamentos do modelo do setor. A contratação e o pagamento dos serviços serão efetuados pelo BNDES, por meio de carta-consulta. A medida está na resolução 34 da GCE. As propostas apresentadas deverão contemplar a análise dos estudos que já vêm sendo elaborados pelo Comitê de Revitalização. O grupo, coordenado pelo presidente do BNDES, Francisco Gros, terá de encaminhar à GCE as propostas de prestação de serviços, acompanhadas de análise técnica, justificação do preço e razão da escolha do fornecedor; e acompanhar a execução dos serviços contratados. (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)

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4- Brasil e Venezuela inauguram linha de transmissão

O presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, e o da Venezuela, Hugo Chaves, inauguram no dia 13.08.2001 a interligação elétrica ente os dois países. A cerimônia de inauguração contará com a presença do presidente de Cuba, Fidel Castro, que está em visita à Venezuela. A inauguração linha Brasil-Venezuela não contribuirá, no entanto, para amenizar o racionamento nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. A energia da Venezuela deverá beneficiar cerca de 78% dos moradores de Roraima. A energia gerada não integra o sistema interligado do país. Por sua localização, distante dos grandes sistemas de transmissão do país, o estado era abastecido até agora com a energia gerada pelas usinas termelétricas Floresta e Boa Vista. O contrato assinado entre os dois países prevê o fornecimento de 200 MW, com investimentos de US$ 185 mi. (ClicRBS e O Globo - 13.08.2001)

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5- Aumento de tarifas de energia contribui para ICMS

A arrecadação ICMS nos seis primeiros meses de 2001 foi a maior da história do tributo. Os 26 Estados e o Distrito Federal recolheram R$ 46,640 bi de janeiro a junho de 2001, o que representa um aumento real de 8,74% em comparação com o mesmo período do ano 2000. O resultado revela que os efeitos negativos do racionamento de energia elétrica sobre a produção industrial e, conseqüentemente, sobre a receita de impostos, serão registrados mais fortemente no segundo semestre, avalia o tributarista Luiz Carlos Vitali Bordin, da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul. Alguns Estados, como o de São Paulo, estimam perdas significativas em sua arrecadação a partir de julho. A explosão nas receitas do ICMS se deve basicamente ao aumento dos preços dos combustíveis e das tarifas de energia elétrica e comunicações. (ClicRBS - 13.08.2001)

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risco e racionamento

1- Metas poderão ser reduzidas em dezembro

O governo poderá diminuir, já em dezembro, a meta de redução do consumo de energia elétrica, anunciou o presidente da Câmara de Gestão da Crise de Energia, Pedro Parente. Atualmente, essa meta é de 20%. No dia 15.08.2001, a GCE aprova e divulga os editais dos leilões de aquisição da chamada energia térmica transportada - aqueles equipamentos de montagem rápida que são transportados por barcaças, contêineres e caminhões. O governo terá uma empresa que comprará a energia dessas usinas emergenciais. A meta do governo é adquirir cerca de 4 mil MW. Com isso espera reduzir a apenas 5% o percentual de racionamento de energia no próximo ano. O preço da energia a ser comprada pelo governo será definido durante o leilão. Parente disse que, dependendo do resultado dessa compra emergencial, o governo poderá dizer, muito antes do fim do ano, o que vai acontecer em 2002 em matéria de oferta de energia elétrica. (Valor - 13.08.2001)

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2- Parente afirma que deve haver necessidade de racionamento de 5% em 2002

O ministro Pedro Parente disse que, dependendo do resultado da compra da energia das usinas emergenciais, o governo poderá dizer o que vai acontecer em 2002 em matéria de oferta de energia elétrica. Se a aquisição da energia emergencial for um sucesso e as termoelétricas que fazem parte do PPT forem concluídas, mesmo que a situação hidrológica no próximo período chuvoso for a pior da história, haverá necessidade de um racionamento de apenas 5% no próximo ano. E se as chuvas ficarem em 66% da média histórica, não haverá racionamento no próximo ano. Como a situação do Nordeste é crítica, a compra de mil MW emergenciais talvez seja necessária. A aquisição dessa "energia emergencial" será pelo prazo de 3 anos. O custo adicional dessa energia será repassado às tarifas. Parente não quis estimar qual o aumento de tarifa que resultará da entrada compulsória dessa energia, mas o programa governamental prevê uma redução dos subsídios cruzados atualmente concedidos a alguns consumidores, principalmente industriais. (Valor - 13.08.2001)

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3- Economia de energia até 09.08.2001 foi de 20% no Sudeste

A redução no consumo de energia no Sudeste e Centro-Oeste ficou em 20% nos nove primeiros dias de agosto de 2001, segundo informações do ONS. Na região Nordeste, a economia foi de 20,2%, e no Norte de 9,9%. Considerando apenas os gastos verificados no dia 09.08.2001, dia da semana de maior consumo, a economia foi de 16,5% no Sudeste e Centro-Oeste, 17,3% no Nordeste e 9,1% no Norte. (Folha Online- 10.08.2001)

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4- Reservatórios permanecem com volume acima do previsto

Até o dia 09.08.2001, o comportamento dos reservatórios continuava positivo segundo o ONS. No Sudeste e Centro-Oeste, as barragens estavam 2,67 pontos percentuais mais cheias do que o previsto no início do racionamento, com 25,98% da capacidade. No Nordeste, o nível estava em 19,84%, o que representa um desvio de 0,68 ponto percentual da curva de acompanhamento do ONS. O reservatório de Tucuruí, que abastece os estados do Pará, Tocantins e Maranhão, estava com 91,9% da capacidade e no Sul, onde não há racionamento, o nível das barragens estava em 96,82%. (Folha Online - 10.08.2001)

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5- Governo definirá nesta semana plano B do racionamento

A GCE deve fechar naterceira semana de agosto de 2001 o plano B do racionamento de energia. O comitê que elabora o Plano Emergencial de Redução do Consumo por Corte, coordenado por Celso Cerchiari, deve apresentar o resultado das 50 contribuições feitas durante consulta pública, à GCE. A reunião da Câmara está marcada para o dia 15.08.2001, em Brasília. O plano, que prevê como primeira medida a adoção de um feriado semanal, tem maiores chances de ser aplicado no Nordeste, onde a situação dos reservatórios é mais crítica que no restante do país. O governo descarta, no entanto, a necessidade de sua utilização até o fim de agosto na região e até meados de setembro no Sudeste e Centro-Oeste. (Folha Online - 1208.2001)

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6- Governo estuda pagamento de bônus para consumidores entre 101 e 200 KWh/mês

A expectativa é grande com relação à recomendação feita pelo presidente Fernando Henrique Cardoso de que seja estudada a possibilidade de pagamento de bônus para os consumidores entre 101 e 200 KWh/mês que reduziram os gastos além da meta. A extensão da garantia de pagamento do bônus a uma nova faixa de consumo dependerá do balanço que a Aneel está concluindo sobre a arrecadação com sobretaxas e os valores devidos para o pagamento de bônus. A GCE irá analisar os gastos com os quais o Tesouro já se comprometeu, ou seja, o pagamento do bônus até 100 KWh/mês caso a sobretaxa não seja suficiente, para definir se ampliará ou não o benefício. O pagamento do bônus para os consumidores de 101 KWh/mês a 200 KWh/mês está previsto na MP que instituiu o racionamento de energia na proporção de R$ 1 para cada R$ 1 economizado, desde que houvesse arrecadação que garantisse este pagamento. (Folha Online - 12.08.2001)

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7- Light será alvo de fiscalização da Aneel

A Aneel fará uma fiscalização na Light com o objetivo de verificar os números da economia de energia durante o racionamento, a partir do dia 27 de agosto de 2001. A empresa corre o risco de repreensão porque ainda não respondeu a todos os pedidos de revisão de meta feitos até 15 de julho, antigo prazo. As respostas deveriam ter sido encaminhadas até o dia 06 de agosto, já que as empresas tinham, no máximo, 21 dias para expedir as respostas. A agência está orientando as concessionárias a aumentar o número de atendentes para avaliar os pedidos. (Jornal do Commercio - 13.08.2001)

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8- Corte de energia ameaça 755 indústrias no MS

A Enersul pode iniciar na terceira semana de agosto de 2001 cortes no fornecimento de energia, disse o presidente da empresa, Francisco Sibut Gomide. A ameaça atinge 755 indústrias e 6185 estabelecimentos comerciais, que não cumpriram a meta e foram sobretaxados no mês de julho. No total, residências e o setor rural, são 24,9 ameaçados com o corte. De acordo com Gomide, a empresa tem estrutura para efetuar todos os desligamentos, com aviso de 48 horas, por até três dias. (Gazeta Mercantil - MS - 10.08.2001)

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9- Light e Cerj suspendem corte de quem não atingiu meta

Light e Cerj suspenderam temporariamente os cortes de energia elétrica dos consumidores que não cumpriram as metas do plano de racionamento. Uma resolução da GCE, permitiu que consumidores que tiveram aumento de família ou que trabalham em casa possam solicitar revisão de meta. A mesma resolução determina que quem estiver com recurso sendo julgado pela concessionária não poderá sofrer os cortes. A Light informou que os consumidores que solicitaram revisão de meta até o dia 16 de julho de 2001 e tiveram o pedido negado não precisam dar entrada com nova solicitação. Segundo a empresa, os cerca de 37 mil clientes que justificaram o pedido de revisão com o aumento de família terão seus pedidos reavaliados. Já os consumidores que não chegaram a enviar o requerimento para revisão de meta devem encaminhá-lo agora, preenchendo o formulário disponível nas agências da Light e enviando-o, com os documentos comprobatórios. A Cerj anunciou, no dia 09.08.2001, que adiaria os cortes, porque não sabia quantos consumidores reincidentes teriam entrado com novo pedido de revisão de meta. (Jornal do Commercio - 13.08.2001)

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10- Celpe anuncia corte de energia a partir do dia 20.08.2001

Os pernambucanos que ultrapassaram as metas de consumo de energia em junho e julho de 2001 estarão sujeitos aos cortes de fornecimento a partir do dia 20.08.2001. A previsão inicial da Celpe era iniciar os cortes no início da terceira semana de agosto de 2001 mas, segundo o gerente comercial da distribuidora, Ricardo Galindo, o adiamento é uma decisão estratégica. A infra-estrutura da empresa permite que sejam efetuados 90 mil cortes de energia por mês. Estas interrupções, entretanto, são dirigidas apenas aos clientes inadimplentes e ocorrem independentemente do racionamento de energia. (O Globo - 13.08.2001)

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11- Liminares derrubam corte e sobretaxa

O recebimento das contas de consumo de eletricidade começou a gerar decisões da Justiça Federal contra os cortes e a cobrança de sobretaxa. A Queiroz Galvão Energética obteve liminar depois de ser notificada por ultrapassar a meta de consumo nas localidades onde estão sendo construídas duas unidades de autogeração de energia: a hidrelétrica de Santa Clara, na divisa de Minas Gerais e Bahia, com potência instalada de 60 MW, e a de Jauru (110 MW), no Mato Grosso. As obras estão situadas na área de concessão da Cemig e da Cemat. O grupo Rede, controlador da Cemat, acatará a liminar contra a sobretaxa e o corte, mas avisou que recorrerá. A sobretaxa cobrada pela Cemig foi de R$ 138,084 mil, com base no preço do MAE. A Superintendência Jurídica da Cemig disse que até a noite de 10.08.2001 a companhia mineira não havia sido notificada da decisão. (Gazeta Mercantil - 13.08.2001)

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12- Promotor diz que Eletropaulo e Bandeirante não poderão fazer cortes

Em São Paulo, o promotor de Justiça do consumidor da capital, Edgard Moreira da Silva, disse, no dia 13.08.2001, que a Eletropaulo e a Bandeirante não poderão fazer cortes, nem cobrar sobretaxa, por força de uma liminar concedida em junho de 2001. 'A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) não afetou a liminar', disse. (Gazeta Mercantil - 13.08.2001)

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13- Panificadores se reunirão com GCE para pedir revisão de meta

O Sindicato dos Padeiros de São Paulo deverá se reunir com o ministro Pedro Parente, presidente da GCE. No encontro, os representantes do setor de panificação pretendem pedir ao ministro a redução da meta de consumo de energia de 15% para 10%. Na Grande São Paulo, 40% das 2 mil padarias não atingiram a meta do racionamento. "Isso significa que 16 mil trabalhadores estão com seus empregos ameaçados", disse o presidente da entidade, Francisco Pereira Filho. No País, são 52 mil empresas de panificação, que empregam 550 mil trabalhadores. Segundo o dirigente sindical, 220 mil pessoas podem perder o trabalho, caso a meta de racionamento não for revista. (Estado - 13.08.2001)

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14- Juiz barra sobretaxa para obra em usina

Juiz barra sobretaxa para obra em usina O juiz da 3ª Vara Federal do Mato Grosso, César Augusto Bearsi, proibiu a Companhia Energética do Mato Grosso de aplicar sobretaxa na fatura de consumo de energia da Queirós Galvão Energética, construtora da Usina Hidrelétrica de Jauru. Apesar de a usina estar incluída no programa emergencial da Câmara de Gestão da Crise Energética, a empresa construtora está sendo obrigada a respeitar cotas de consumo de eletricidade. A decisão judicial suspendeu a cobrança da sobretaxa e proibiu o corte de energia da empresa. A desobediência poderá ser punida com prisão do presidente da Cemat. O advogado da construtora, Darcílio Augusto Gomes, já impetrou mandato de segurança similar contra a Cemig. Outra empresa do grupo Queirós Galvão, a Santa Clara Energética, foi sobretaxada pela Cemig por exceder a cota de consumo na obra da Usina de Santa Clara. O advogado não quis revelar os valores da sobretaxa cobradas pelas duas companhias. (Valor - 13.08.2001)

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15- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1-EDP assume controle da Iven

A EDP deu por terminadas as negociações que tinha levado a cabo com o Oportunity, que lhe permitiram obter o controle da IVEN, a holding que controla as empresas brasileiras de distribuição de eletricidade Escelsa e Enersul. A conclusão das negociações permitirá à elétrica portuguesa "passar a exercer o controle da maioria dos direitos de voto na IVEN", anunciou a EDP em comunicado. O acordo entre a EDP e o Oportunity será definitivamente formalizado depois de obtida a aprovação da Aneel, explica ainda o mesmo comunicado. (Semanário Econômico - 13.08.2001)

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2- Eletrowind vai investir US$ 150 mi em energia eólica no Ceará

Os ventos do Ceará não têm atraído apenas investidores estrangeiros. A brasileira Eletrowind, do grupo baiano CS Participações, vai aplicar em torno de US$ 150 mi em três parques eólicos no Estado para geração de 147MW. "Segunda-feira (13.08.2001), vamos dar entrada na Aneel, solicitando aprovação para iniciarmos a implantação imediatamente", afirma Sérgio Najar, diretor-presidente da Eletrowind. Já foram fechados os contratos de arrendamento dos terrenos. Ele prevê o início da construção das centrais ainda em 2001, e geração de energia no segundo semestre de 2002. Os recursos, segundo o diretor, serão do BNDES. A empresa vai pleitear financiamento de, no mínimo, 80% do montante. O parque de menor porte (25MW) será instalado no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, a 63 km de Fortaleza. Acaraú, a 203 km da Capital, vai abrigar duas centrais de geração eólica, uma de 42MW e outra de 80MW. Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão também estão nos planos da Eletrowind. (Gazeta Mercantil - CE - 10.08.2001)

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3- Itaipu quita US$ 10,8 mi em royalties

No dia 10.08.2001, a Itaipu Binacional quitou a parcela mensal de royalties pelo aproveitamento hidráulico do Rio Paraná para geração de energia. A hidrelétrica repassou US$ 10,8 mi ao Tesouro Nacional para distribuição aos municípios da área do reservatório (15 no Paraná e um no Mato Grosso do Sul), governos estaduais e órgãos federais. O valor pago no dia 10 refere-se à parcela de junho - por lei, o pagamento é feito sempre 40 dias depois do mês de vencimento -, mais ajustes do dólar relativos a parcelas de 1996. A maior fatia desse repasse fica no Paraná, US$ 8,2 mi, ou 75,9% do total. A metade será repartida entre os 15 municípios lindeiros e a outra metade irá para os cofres do governo do Estado. Entre os municípios, os maiores beneficiados são Santa Helena, que receberá US$ 1 mi; Foz do Iguaçu, com direito a US$ 797 mil; e Itaipulândia, que ficará com US$ 700 mil. (Gazeta Mercantil - PR - 13.08.2001)

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4- Bandeirante Energia prevê queda em receita

A Bandeirante Energia prevê uma queda mínima de 20% em seu faturamento em 2001, em razão do racionamento de energia elétrica. Na regional do Vale do Paraíba, que abrange 19 cidades, esse percentual corresponde a R$ 96 mi. A meta da empresa para 2001 era ampliar em 4,5% seu faturamento mensal, que era de R$ 40 mi em 2000. A concessionária manterá, no entanto, os investimentos de R$ 20 mi em expansão das redes de serviços de manutenção e no atendimento a clientes, anunciados no início de 2001. (Gazeta Mercantil - VP - 13.08.2001)

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5- Enersul tem queda de 31% no faturamento

A economia de energia em Mato Grosso do Sul alcançou 30,4% em julho de 2001. Como resultado de tanta economia, a Enersul pagou R$ 1,78 mi em bônus para consumidores residenciais, que tinham consumo de até 100 KWh. As sobretaxas pagas por quem excedeu somaram R$ 1,37 mi. Outro resultado do racionamento foi uma redução de 31% no faturamento da Enersul e na mesma proporção no recolhimento do ICMS pelo o governo, que perdeu R$ 3 mi do imposto, arrecadando apenas R$ 7 mi. Entraram no caixa da empresa R$ 34 mi. Antes da falta de energia, a receita era de R$ 50 mi. (Campo Grande Net - 13.08.2001)

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6- Leon Heimer irá abrir o capital

A Leon Heimer, fabricante de geradores elétricos com sede em Recife, assinará com a BNDES Participações um contrato de subscrição de debêntures conversíveis em ações no montante de R$ 7 mi. A emissão das debêntures é o primeiro passo para a transformação da Leon Heimer em uma S/A de capital aberto, o que ocorrerá num prazo de até dois anos. Os recursos liberados pela BNDESPar para a Leon Heimer equivalem a 20% do capital da empresa, que faturou R$ 50 mi em 2000. Desde maio de 2001, a empresa trabalha exclusivamente para atender o mercado interno com geradores usados para produzir energia elétrica nas indústrias. O aumento da demanda doméstica por causa do racionamento de energia levou a empresa a reduzir as exportações, que representaram 15% do faturamento em 1999. Nos últimos 60 dias a empresa duplicou o número de funcionários na fábrica de Francisco Morato (SP), que produz grupos geradores e componentes eletrônicos. Um dos planos da empresa é construir uma quarta fábrica em parceria com um sócio estrangeiro, projeto que está em negociação. (Valor - 13.08.2001)

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7- Corecon-RJ vai apurar denúncias contra Light

O Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro (Corecon-RJ) vem recebendo denúncias sobre a presença de profissionais estrangeiros nas empresas privatizadas, ocupando o lugar de economistas brasileiros. Foi o que informou o presidente a entidade, Ronaldo Rangel, acrescentando que a equipe de fiscalização do Corecon-RJ inicia, na terceira semana de agosto de 2001, um trabalho para apurar as denúncias. Segundo Rangel, as informações chegadas ao Conselho dizem respeito, principalmente, às empresas internacionalizadas e, embora o assunto ainda não tenha sido apurado, as denúncias se referem à Light e Embratel. (Jornal do Brasil - 13.08.2001)

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8- Stemac quadruplica venda de geradores

A Stemac S/A Grupos Geradores, com sede em Porto Alegre, líder no mercado brasileiros de grupos geradores, vinha vendendo uma média mensal de 250 máquinas até abril de 2001. Com o estouro da crise energética, comercializou 900 unidades nos meses de maio e junho e outras 600 em julho. No conjunto, as vendas de janeiro a julho somaram 3.400 unidades, quatro vezes mais do que as 850 unidades vendidas no mesmo período do ano 2000, de acordo com o vice-presidente da companhia João Luiz Buneder. "Nossa expectativa é de que nos próximos meses, as vendas se estabilizem entre 450 e 500 unidades por mês", diz Buneder. De acordo com ele a empresa tem previsão de fechar o exercício com faturamento de pelo menos R$ 250 mi, contra os R$ 140 mi registrados em 2000. (Gazeta Mercantil - RS - 13.08.2001)

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financiamento

1- Leilões de energia batem recorde de volume comercializado

Os leilões de energia excedente fecharam o dia 10.08.2001 com um novo recorde no volume comercializado, que chegou a 2.650 MWh. O preço de cada MWh no dia, de R$ 258, também ficou muito próximo do menor valor já atingido, de R$ 250, desde o início dos pregões. No dia 10.08.2001, o volume de propostas surpreendeu. Ao todo, foram feitas ofertas de 3.000 MWh, sendo 100 MWh a R$ 263; 2.400 MWh a R$ 260; 150 MWh a R$ 258; e 350 MWh a R$ 255. Já as propostas apresentadas por vendedores somaram 6.490 MWh, sendo 2.000 MWh a R$ 257; 2.500 MWh a R$ 258; 590 MWh a R$ 259; 1.100 MWh a R$ 289; e 300 MWh a R$ 350. (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)

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2- Bolsa de energia no Mato Grosso começa a operar

A partir de 13.08.2001, as fábricas em atividade no estado poderão recorrer aos leilões locais para comprar energia elétrica, via Bolsa de Energia do Estado de Mato Grosso. A criação do sistema é uma iniciativa da Federação das Indústrias (Fiemt), que lança no dia 10.08.2001 o serviço. Para viabilizar as operações, a entidade assina um convênio de cooperação com a Bolsa de Futuros e Mercadorias do Centro-Oeste (BFMCO). No cadastro da federação já existe uma demanda de 1000 MW, mas apesar de iniciar apenas com o setor industrial, as operações estão abertas às empresas comerciais e agropecuárias. O presidente da BFMCO, Marco Antonio Lorga, informa que na primeira semana os leilões serão realizados em ´viva voz´. Porém, já na semana seguinte as vendas ocorrerão por meio de pregões eletrônicos. Para participar dos leilões, os empresários terão que se cadastrar com pelo menos 48 horas de antecedência na central de atendimento da BFMCO, que será instalada na Fiemt. É preciso apresentar o contrato social, CGC, inscrição estadual, autorização para a bolsa realizar a operação de compra ou de venda e a última conta de luz. O custo dos serviços nas transações bilaterais, via leilão eletrônico, será de 3% sobre o valor da negociação para os compradores e de 0,35% aos vendedores. (Gazeta Mercantil - MT - 10.08.2001)

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3- Usina de cana no MT vai vender 7 MW

A Usinas Itamarati, com sede no município de Nova Olímpia, a 220 km de Cuiabá, venderá à Rede/Cemat um excedente de 7 MW de energia elétrica gerada a partir da queima de bagaço de cana-de-açúcar. Para entrar no mercado de cogeração, a indústria investiu R$ 13 mi para comprar um gerador, com capacidade de 15 MW, e uma caldeira. E com isso aumentou a capacidade instalada da fábrica para 27 MW, dos quais 20 MW são utilizados para próprio consumo. O presidente da empresa, Odécio Luiz Sartoretto, informa que mais R$ 5 mi estão sendo investidos na aquisição de mais um equipamento de 15 MW. "A previsão é a de que entre em operação em julho de 2002 e, com isso, ampliaremos a oferta para 20 MW à Cemat", afirma. A mercadoria será vendida por um preço médio de R$ 60 o MWh. O contrato com a concessionária prevê o fornecimento de energia por dez anos entre os meses de maio e novembro, que é o período de colheita da safra. (Gazeta Mercantil - MT - 13.08.2001)

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4- Bolsa de energia da Fiemg movimenta 99 MWh

A Bolsa de Energia da Federação das Indústrias de Minas Gerais promoveu, no dia 10.08.2001, mais 15 leilões eletrônicos de excedentes de direito de uso de eletricidade pela internet, negociando 99 MWh, em um movimento de R$ 28.340,00. O preço médio do MWh ficou em R$ 337,00, sendo que o menor valor negociado foi de R$ 254,00 o MWh e o maior de R$ 382,00 o MWh. Desde o dia 11 de julho de 2001, quando o serviço foi lançado, os negócios já somam 2.943 MWh, para um movimento de R$ 587.514,00 em 217 leilões. (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)

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5- Balcão Mineiro movimenta 43,6 MWh

Em seu primeiro dia de funcionamento, o Balcão Mineiro de Energia, destinado a negociar excedentes de energia entre micro, pequenas e médias empresas comerciais ou industriais, intermediou negócios relativos a 43,6 MWh, num giro total de R$ 12,1 mil. O serviço, que funciona por telefone e é administrado pela Cemig, recebeu 435 ligações, sendo que 64 resultaram em negócios. Desse total, 35 foram de empresas comerciais e 29 industriais. O comércio comprou 20 mil KWh, movimentando R$ 5,560 mil. Para a indústria saíram 23,6 mil KWh, num total de R$ 6,540 mil. No Balcão, o interessado em adquirir cotas de direito de uso de energia pagará R$ 0,277 o KWh. Podem participar do Balcão, clientes da Cemig atendidos por tensão menor ou igual a 2,3 KV, do chamado grupo B, com limite de compra de 3 MWh. Os telefones do serviço são: (31) 3218-7820, para as indústrias, e (31) 3218-7821, para o comércio. (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)

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6- Aneel se reúne com conselho administrativo da Asmae

A Aneel realiza nesta segunda-feira, dia 13 de agosto de 2001, em Brasília, reunião com o conselho de administração da Asmae. O objetivo do encontro é tratar da diretoria, do cronograma de contabilização e da auditoria, que foi realizada pelo órgão regulador na Asmae. (Canal Energia - 13.08.2001)

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financiamento

1- Custo do Dinheiro

Na segunda semana de agosto a taxa usada em negócios com prazo de um dia, para grandes empresas (Hot Money), ficou entre 2,13% e 4,95% mensais. As pequenas e médias empresas fecharam negócios entre 2,22% e 5,56% ao mês. Em relação ao desconto de duplicata, nos negócios de 31 dias para grandes empresas, a taxa oscilou de 2,01% a 2,70% ao mês. Para pequenas e médias, a faixa de flutuação foi de 2,74% a 4,40%. Nessa semana as grandes companhias obtiveram taxas entre 25,71% e 60,10% ao ano de capital de giro prefixado, enquanto as pequenas e médias arcaram com custo de 39,01% a 71,55%. A taxa vendor e compror oscilou de 23,43% a 39,45% ao ano para grandes empresas e de 29,38% a 53,76% ao ano para pequenas e médias. A Conta Garantida, nas operações de 31 dias para grandes companhias, o intervalo ficou entre 2,05% e 3,50% ao mês. Pequenas e médias empresas conseguiram taxas de 2,82% a 5% ao mês. Em relação ao factoring, custo das operações de fomento mercantil, fechou a semana com a taxa média baixa em 4,05% e a alta em 4,07% ao mês. Já a taxa média da resolução 63 ficou em 12,60% ao ano. Operações prefixadas com prazo de 24 meses - Leasing - tinham taxas médias de 2,88% para carros e de 3,07% ao mês para máquinas, equipamentos e informática. (Gazeta Mercantil - 13.08.2001)

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2- Eletrobrás vai emitir debêntures no valor de R$ 600 mi

A Eletrobrás está negociando com o Tesouro o lançamento de debêntures para captação de R$ 600 mi. O presidente da estatal, Cláudio Ávila, explicou que o objetivo é levantar recursos para o aumento da potência da hidroelétrica de Tucuruí, que hoje tem 4.000 MW. No dia 10.08.2001, a Eletrobrás recebeu uma complementação orçamentária de R$ 1,145 bi, que elevou seu orçamento anual para R$ 4,23 bi em 2001. Com esses recursos, ela vai tocar, sozinha ou em parceria, cinco termelétricas que aumentarão em 1.043 MW a oferta de energia. Cláudio Ávila informou que a Eletrobrás vai tentar obter um financiamento do BID para expansão do sistema de transmissão - que custará R$ 712 mi - e parte da expansão de Tucuruí, avaliada em R$ 2,040 bi. Assim, ele vai aproveitar o "road show", programado para 20 a 24 de agosto, nos EUA , para levar os dois pacotes de obras para a direção do BID. (Valor - 13.08.2001)

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3- Empresas pagam mais para rolar dívida externa

O setor privado brasileiro terá dificuldades para rolar dívidas ou levantar dinheiro novo no exterior no segundo semestre. O mercado de capitais internacional só tem demonstrado apetite por bônus de prazo curto (um ano, no máximo) e de empresas de primeira linha que aceitem pagar taxas mais altas do que há algumas semanas. 'O medo de instabilidade política em 2002 é evidente, por isso os investidores preferem títulos que vençam antes da eleição presidencial do próximo ano', afirma um especialista da área.(Gazeta Mercantil - 13.08.2001)

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4- Eletropaulo paga mais caro por captação de US$ 120 mi

A Eletropaulo, que concluiu no dia 10 de agosto a captação de US$ 120 mi em euro commercial paper (Euro CP) pagou um pouco mais do que em emissão de US$ 50 mi de Euro CP de mesmo prazo feita em setembro de 2000. O rendimento do investidor da nova operação, com prazo de um ano, ficou em 9,875% ao ano, enquanto na transação anterior foi de 7,95% ao ano. Inicialmente a Eletropaulo pretendia emitir US$ 55 mi, mas a forte demanda permitiu que o volume fosse ampliado. 'Há muitos investidores com dinheiro na mão que gostam de papéis brasileiros, mas no momento preferem comprar apenas os que vencem antes das eleições', afirma Delcio Blajfeder, diretor da área internacional do BB Securities, que liderou, ao lado do Pactual, a operação da Eletropaulo. A distribuidora de energia da região metropolitana de SP pretende levantar US$ 350 mi nas próximas semanas para fazer face a um vencimento de US$ 250 mi em bônus no próximo dia 20 e para financiar outros investimentos. (Gazeta Mercantil - 13.08.2001)

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5- Recebíveis da Celesc garantem debêntures

A Celesc continua na segunda semana de agosto a trabalhar no encerramento da renegociação da dívida de US$ 61,2 mi em 'euro commercial papers' vencida em junho. Os advogados da Celesc e dos credores esperam resolver pendências jurídicas da operação, que prevê o parcelamento em 48 prestações mensais de US$ 1,275 mi, tendo como garantia os recebíveis dos maiores clientes da distribuidora de energia. As negociações estão sendo feitas com um grupo de bancos que, juntos, detêm cerca de 80% dos títulos. No primeiro semestre de 2001, a receita líqüida da empresa foi de R$ 359,4 mi. As debêntures, conversíveis em ações preferenciais, vencem em 2004 e a próxima repactuação está prevista para novembro. (Gazeta Mercantil - 13.08.2001)

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6- Venda em dólar e geração de energia reabrem financiamento para usineiros

Com boa parte de suas vendas de açúcar atrelada à moeda americana e um potencial de gerar até 4,5 mil MW de energia dentro de três anos, o setor sucroalcooleiro representa uma exceção no cerco ao crédito às empresas. As condições de financiamento melhoraram e há mais recursos disponíveis, dizem usineiros e bancos com atuação na área agrícola. A situação parece paradoxal para um setor que por muitos anos ficou marcado pela imagem de pouca credibilidade no mercado agrícola. O quadro, porém, alterou-se. O setor deixou de ser regulamentado pelo governo e profissionalizou-se, os balanços estão mais claros, e auditados por empresas independentes, o que facilita a análise de crédito, acrescenta fonte de um banco. Os preços mundiais contribuíram para a recuperação. Subiram, gradativamente, de um patamar de US$ 0,048 por libra/peso em meados de 1999 para algo acima dos US$ 0,090 nas últimas semanas na bolsa de Nova York. A desvalorização da moeda trouxe remuneração extra para as usinas no semestre, já que têm os custos em real. (Valor - 13.08.2001)

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7- EIU vê risco cambial menor no Brasil

A Economist Intelligence Unit (EIU) - centro de pesquisas do mesmo grupo da revista "The Economist" - preparou um ranking de países de acordo com a vulnerabilidade de suas moedas. A conclusão da EIU é de que o risco cambial no Brasil atualmente é menor do que em 1997 e 1998. Segundo o estudo, numa escala de zero (sem risco) a 24 (maior risco), o Brasil está hoje no nível 13 - abaixo dos 16 e 15 que tinha nos anos das crises da Ásia e da Rússia, que acabaram levando à desvalorização do real em janeiro de 1999. Há cerca de um mês, a mesma EIU previu que o Brasil estava entre os países que corriam mais risco de decretar uma moratória. " Existe um risco de default, mas a nossa premissa básica é de que o país sobrevive este ano e o que esse índice mostra é a vulnerabilidade cambial " , explicou Laza Kekic, analista da EIU responsável pelo índice de avaliação do risco cambial. (Valor - 13.08.2001)

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8- Notícias do fim de semana movimentam bradies

Os investidores do mercado de títulos da dívida dos países emergentes continuam se movimentando conforme as notícias sobre um possível empréstimo adicional do FMI à Argentina. Embora não considerem o envio de recursos algo que estimulará a economia do país, eles calculam que o empréstimo é essencial para "comprar" mais tempo. O movimento maior aconteceu com os papéis argentinos, e os bônus dos demais países acompanharam. O título argentino Global 8 fechou em alta de 2,60% cotado a US$ 0,649 com spread de 1.619 pontos-base. Ao mesmo tempo o conterrâneo FRB subia 3,36% para US$ 0,756 com spread de 1.957 pontos. O brasileiro C-Bond teve ligeira recuperação da queda do dia anterior e valorizou 0,35%, terminando o dia em US$ 0,732 com spread de 933 pontos. (Valor - 13.08.2001)

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9- Mesmo com FMI, Brasil deve manter pulso firme nos juros

O Brasil deverá seguir com uma postura firme no manejo de sua política monetária, por mais que o novo acordo com o FMI tenha fortalecido suas defesas contra o contágio argentino, avaliam economistas. Manter os juros elevados ainda será a resposta do governo brasileiro caso haja um aumento do estresse no mercado de câmbio e, consequentemente, do potencial risco inflacionário.O novo acordo com o FMI, no valor de US$ 15 bilhões, reforçou as armas do Brasil para proteger sua economia -já fragilizada pela crise de energia- dos efeitos malignos da crise argentina. Mas isso não significa que o Brasil possa fraquejar no combate à inflação, na visão de analistas. (Folha de São Paulo - 12.08.2001)

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10- Consultas para investimentos em energia no BNDES crescem 11%

No total, as consultas para financiamentos de projetos no BNDES caíram de R$ 20 bi, no primeiro semestre de 2000, para R$ 12,2 bi no mesmo período de 2001. Uma das poucas exceções é o setor de energia, onde as consultas cresceram 11%, com total de R$ 2,3 bi. O banco espera para breve a entrada de pelo menos 50 novos pedidos de financiamentos para construção de termelétricas e cogeração a base de bagaço de cana. A nova superintendência de energia do BNDES, que será criada a partir da reestruturação organizacional do banco, já está se aquecendo, com o reforço do quadro de técnicos para analisar a forte demanda de projetos de financiamento em energia. (Gazeta Mercantil - 13.08.2001)

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gás e termoelétricas

1- Carioba 2 pode ser construída no Rio de Janeiro

O consórcio InterGem/CPFL/Shell, responsável pelo projeto da termelétrica Carioba 2, analisa a transferência da construção de Americana para o Estado do Rio de Janeiro, em um município cujo nome ainda não foi divulgado. O mesmo consócio havia comunicado anteriormente ao secretário de Energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce, que estudava a transferência da usina para as cidades paulistas de Lins ou de Santa Maria da Serra. A diretoria de Desenvolvimento da InterGem admitiu que o consórcio está realizando estudos de alternativas, principalmente no que diz respeito à questão da água. O consórcio recebeu propostas de outras cidades que oferecem facilidades para instalação da usina. As cidades de Lins e Santa Maria da Serra foram apontadas desde o início do projeto e continuam sendo alternativas nos estudos, mas o Rio de Janeiro está ganhando força, pois ficaria próxima à fonte de gás natural, a Bacia de Campos. (Agência Estado - 13.08.2001)

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2- Eletrobras desiste da térmica de Macaé

A Eletrobrás vai propor, dia 14.08.2001, à Câmara de Gestão da Crise de Energia que as empresas controladas garantam a compra de até 2.000 MW gerados por termoelétricas que entrem em operação até dezembro de 2002. Ficam de fora deste arranjo as 15 usinas já em construção no programa emergencial das térmicas. O presidente da Eletrobrás, Cláudio Ávila, adiantou que na reunião com o grupo da GCE será apresentada uma revisão do projeto de construção da usina térmica que funcionaria como back-up das usinas nucleares, que seria construída em Macaé, no Rio de Janeiro. Segundo ele, o projeto não faz mais sentido já que foi idealizado antes do acordo entre Furnas e a Eletronuclear para a comercialização da energia de Angra II - que resolveu o impasse criado entre a estatal e o mercado. Ele explicou que a idéia é incentivar a construção da usina pela iniciativa privada, desde que haja disponibilidade de gás e seja feito um balanço das térmicas previstas para entrar em operação. (Valor - 13.08.2001)

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3- V&M Brasil investe R$ 20 mi em termelétrica

A V&M Brasil, antiga Mannesmann, maior fabricante brasileiro de tubos de aço sem costura, acaba de firmar um contrato com a Cemig para a implantação de uma termelétrica dentro de sua usina do Barreiro, em Belo Horizonte. A V&M vai ceder o terreno e fornecer gases gerados em seus dois altos-fornos e também alcatrão produzido no processo de conversão de carvão vegetal. A Cemig vai implantar e administrar a termelétrica, que terá toda a sua geração de 12,9 MW comprada pela própria V&M. A usina está orçada em R$ 20 mi e será construída em regime de turn-key pela Toshiba do Brasil. Para tocar o negócio, a Cemig criou a UTE Barreiro S.A., empresa de propósito específico. (Gazeta Mercantil - 13.08.2001)

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4- Transporte de gás é acertado

A British Gas (BG) e a Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) assinaram, no dia 10.08.2001, o contrato de prestação de serviços de transporte de gás natural da fronteira boliviana a oito pontos de entrega no estado de São Paulo. A multinacional começa a entregar 3,1 milhões de metros cúbicos de gás por dia à Comgás, distribuidora que atende parte do estado, em 08.09.2001. (Gazeta Mercantil - 13.08.2001)

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5- Obra de duto para abastecer Eletrobolt está em ritmo acelerado

O duto que a CEG-Rio está construindo para abastecer a usina térmica Eletrobolt, em Seropédica, avança a uma velocidade de 600 metros por dia. No momento, a obra atravessa o município de Japeri, na Baixada Fluminense. O duto tem 24 polegadas de diâmetro e acompanha o traçado de um outro de oito polegadas, da própria Ceg-Rio, que sai da Via Dutra e chega a Santa Cruz, onde abastece a usina de Furnas, a siderúrgica da Gerdau (Cosigua), a Casa da Moeda e outras indústrias. (O Globo - 13.08.2001)

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6- Alstom fecha contratos de R$ 80 mi

A crise energética e a corrida das grandes indústrias por sistemas alternativos de geração de energia faz com que os negócios da Alstom no mercado brasileiro cresçam a todo vapor. A empresa acaba de fechar contratos com cinco companhias para o fornecimento de turbo-geradores de co-geração a vapor - negócios que totalizam R$ 80 mi. Os novos pedidos reforçam os planos da empresa em dobrar seu volume de negócios até o final de 2001 no segmento de turbinas industriais movidas a vapor e chegar a casa dos R$ 110 mi. Segundo Maurício Jorge Moisés, superintendente de Turbinas a Vapor da Alstom, a previsão é encerrar 2001 com um faturamento 35% maior do que os R$ 44 milhões registrados no ano passado nesse setor. (Gazeta Mercantil - VP - 13.08.2001)

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internacional

1- Colômbia e Equador conectam suas redes

As autoridades da área de energia da Colômbia e do Equador firmaram um acordo para construir uma conexão elétrica de US$ 50 mi que permitiria aos dois países compartilhar energia. A empresa colombiana Interconexión Eléctrica S.A. trabalhará com a Compañía de Transmisión de Energía Eléctrica do Ecuador para a construção da ligação. A conexão entrará em operação até o final de dezembro de 2002. A linha internacional permitirá unir os dois sistemas elétricos e tem por objetivos promover a criação e integração de uma Bolsa Andina de energia e respaldar os sistemas interconectados, promovendo trocas quando algum deles estiver em situação de déficit. A conexão permitirá ao Equador importar aproximadamente 300 MW anuais com uma economia de US$ 70 mi por ano. Os dois países dividirão os custos do projeto. (Sica News - 13.08.2001)

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2- BP sela negócio com a argelina Sonatrach

A BP assinou um acordo chave de venda de gás com a estatal argelina Sonatrach que permitirá que a empresa inglesa explore o projeto de extração de gás de US$ 2.5 bi em In Salah. O projeto, que deve ser o segundo maior projeto de extração de gás da Argélia, foi atrasado em mais de um ano por causa de problemas técnicos e do receio de que o gás não poderia ser vendido legalmente pela BP para a União Européia. A Argélia insiste que o gás não seja revendido pela BP, mas isto vai contra a legislação européia, que exige que os mercados de energia dos países membros sejam abertos para competição. A BP anunciou ,em nota oficial, assegurou que os lucros produzidos pelo projeto não quebrarão nenhuma regra da União Européia. Os trabalhos em In Salah devem começar imediatamente após a assinatura do contrato. Espera-se a primeira remessa de gás para 2004. (Finantial Times – 12.08.2001)

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3- BHP estuda entrada no mercado de energia

A BHP Billiton, o conglomerado industrial anglo-australiano, anunciou no dia 13.08.2001, que estudava uma possível entrada no mercado de energia como um meio de equilibrar a exposição de suas áreas de mineração e exploração de petróleo e gás ao mercado de energia. Alguns analistas esperavam que a BHP fosse se desfazer dos seus negócios de petróleo e gás, afirmando que o valor desta área não era reconhecido corretamente pelo grupo. Os planos da BHP em se transformar em um comerciante de energia concedem peso as afirmações da empresa de que não venderia esta área, pelo menos a médio prazo. Don Argus, diretor da empresa, afirmou que a área rendeu uma das melhores atuações da empresa em 2000 e que esta poderia formar uma base para um grande braço energético da empresa. (Finantial Times – 13.08.2001)

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4- Privatização da EPEC é adiada

Mesmo com a decisão do governador da província de Córdoba- Argentina, José Manuel de la Sota, em seguir adiante com a privatização das empresas do estado, a crítica situação das finanças argentinas segue colocando empecilhos ao processo e causando alterações nos cronogramas definidos originalmente. Um dos passos decisivos para o cumprimento dos objetivos era a abertura dos antecedentes técnicos e financeiros das empresas que competem pela concessão da EPEC. Mas, por pedido da AES, Unión Fenosa e da Tractebel, empresas interessadas no negócio, o governo provincial decidiu adiar a abertura do processo. Segundo o vice-presidente da AES na Argentina, Víctor Galleguillo, as condições críticas do mercado financeiro argentino influem diretamente no negócio, por isso, eles decidiram esperar que o mercado desse condições favoráveis ao negócio. Se essas condições aparecerem, o leilão deve acontecer no dia 14.09.2001, segundo o novo cronograma. (La Nación – 13.08.2001)

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5- Cubacan tenta se livrar das dívidas

A exploradora canadense de petróleo e gás Cubacan Exploration tentará se livrar de todas as suas dívidas extraordinárias lançando cerca de 25 milhões ações no mercado. Cerca de 18% das dívidas são devidas a uma companhia privada que pertence em 50% ao presidente da Cubacan, Allan Kent, enquanto os outros 73% são devidos a Endeavour Resources, onde Kent é diretor. O lançamento das ações ainda está sujeito a aprovação do regulamento da empresa. Todas as ações lançadas terão um período de espera de quatro meses a partir da liberação de venda. Os únicos investimentos da Cubacan são em Cuba, onde possui o poço de Farola North #1. A empresa tem um histórico de exploração forte nos mais de 7000 km quadrados que possui em Cuba. (Business News Americas – 13.08.2001)

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6- Conexão causa polêmica na Venezuela

Depois de dois anos de discussões com grupos ambientais e etnias indígenas e de análises sobre a possibilidade do projeto, a conexão elétrica entre Brasil e Venezuela será posta em operação a partir do dia 13.08.2001. Apesar da obra já estar terminada, diversos setores seguem criticando a venda de energia ao Brasil, alegando que esta energia deveria ser utilizada para resolver os problemas elétricos internos da Venezuela. Recentemente o país declarou estado de emergência elétrica, tendo sido necessário fazer acordos de cooperação elétrica com a Colômbia. O convênio estabelece que o Brasil pagará a Venezuela US$ 40 por MWh nos dez primeiros anos de serviço. Além disso, o país pagará US$ 800 mil anuais para cobrir os custos de operação e manutenção do sistema. (El Universal - 13.08.2001)

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1- Campodónico, Humberto. "Tercer diálogo parlamentario Europa-América Latina para la promoción del uso eficiente de la energía"

Campodónico, Humberto. "Tercer diálogo parlamentario Europa-América Latina para la promoción del uso eficiente de la energía". Santiago/Chile: V Conferencia Interparlamentaria de Minería y Energía para América Latina/CIME, 18-20 de Julho/2001. - Download - 73 páginas

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Carolina Selvatici, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras