1- Nova agência poderá unir a ANP e a Aneel |
Com a intenção anunciada
por David Zylbersztajn de deixar a direção-geral da Agência Nacional
do Petróleo ainda este ano, o mercado começa a especular sobre
seu sucessor e a possibilidade de o governo criar uma agência
de energia, reunindo as atribuições da ANP e da Aneel. Executivos
do setor manifestam preocupação em relação à descontinuidade das
regras e temem, principalmente, que o próximo dirigente da agência
seja escolhido por critérios políticos. Circula o rumor de que
o ex-governador do Rio Moreira Franco, assessor especial do Planalto,
seria um dos candidatos à direção da ANP. Por ser político, seu
nome não agrada. Sobre sua sucessão, Zylbersztajn procura tranqüilizar
o mercado, ao dizer que, na sua avaliação, o governo não tem interesse
em desmontar a estrutura atual, baseada em agências reguladoras
fortes. (Valor - 10.08.2001)
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2- Aneel autoriza aumento da capacidade de usinas |
A Aneel autorizou, no dia 09.08.2001, a ampliação da capacidade
instalada de duas hidrelétricas. A Gerasul poderá aumentar em
710 MW a potência da usina Salto Santiago, com a implantação de
duas turbinas de 355 MW cada, que deverão entrar em operação até
31 de dezembro de 2002 e 31 março de 2003. A hidrelétrica, que
atualmente tem 1,4 mil MW de capacidade está localizada em Saudades
do Iguaçu, no Paraná. Já a Celesc, foi autorizada a instalar uma
turbina na hidrelétrica Salto, cuja geração passará de 6,2 MW
para 14,2 MW. A usina está localizada em Blumenau (SC). O investimento
para a ampliação foi estimado em R$ 12 mi e a nova turbina deverá
entrar em operação até 30 de dezembro de 2002. (Gazeta Mercantil
- 10.08.2001)
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3- Prefeituras querem financiamento para gerar eletricidade
a partir do lixo |
Representantes da Frente Nacional de Prefeitos apresentaram, no
dia 09.08.2001, ao ministro Pedro Parente, coordenador da GCE,
proposta de geração de energia a partir do lixo, coordenado pelas
prefeituras. Segundo o prefeito de Vitória, Luiz Paulo Velloso
Lucas, essa geração poderia fornecer iluminação pública e para
prédios públicos. O que falta, disse Lucas, são linhas de financiamento
e PPAs com preços para a energia que garantam os investimentos.
Ele explicou que a energia alternativa é mais cara do que a hidrelétrica,
por exemplo, e projetos como este só viabilizariam com apoio do
governo. A proposta foi bem aceita pelo ministro, segundo os prefeitos.
Os prefeitos deverão fazer um estudo sobre as cidades teriam condições
de manter usinas deste tipo. Também foi discutido o impacto do
racionamento de energia na segurança pública. Os prefeitos querem
financiamento para qualificar, reequipar e capacitar as guardas
municipais. (Zero Hora - 10.08.2001)
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4- Problemas das distribuidoras terão solução global |
O presidente da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica,
Pedro Parente, não aceita a vinculação que algumas empresas querem
fazer entre a solução para o pagamento de dívidas do setor e a
solução para os problemas do MAE. Parente informou que o governo
quer resolver o problema das dívidas decorrentes de questões sobre
as quais as empresas não têm controle e dos custos do racionamento
de uma maneira global. Ele não deu prazo para o anúncio de uma
solução, mas fontes da área econômica informaram que tudo estará
decidido em 90 dias. Algumas premissas dessa negociação já foram
definidas pelo governo. A primeira delas é que o setor privado
não será penalizado. O ministro lembrou que essa alternativa,
que classificou de irresponsável, travaria os investimentos na
área de energia no Brasil. (Valor - 10.08.2001)
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5- Parente afirma que o governo precisa eliminar riscos
para incentivar investimentos |
Ao anunciar medidas para solucionar os problemas das distribuidoras,
o ministro Pedro Parente afirmou que não vai penalizar o setor
privado, a fim de não travar os investimentos na área de energia
brasileira. Parente observou que enquanto o governo não eliminar
os riscos regulatórios que ainda existem na área de energia, os
investidores não virão ao Brasil. Parente fez questão de dizer
que em hipótese nenhuma haverá dolarização da tarifa cobrada dos
consumidores. A decisão das distribuidoras de vincular a solução
dos problemas do MAE ao equacionamento das dívidas do setor resulta,
na avaliação de Parente, um pouco do clima de tensão entre as
distribuidoras, as geradoras, a Aneel e os consumidores. Parente
acha que cada parte envolvida pode "ceder um pouco" se entender
qual será a sua parte no processo todo. (Valor - 10.08.2001)
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1- GCE receberá plano B no dia 15.08.2001 |
A GCE receberá, no dia 15.08.2001, o texto definitivo do chamado
plano B do racionamento, com as medidas emergenciais necessárias,
caso o atual racionamento não seja suficiente para manter o abastecimento
de energia. Segundo o ministro de Minas e Energia, José Jorge,
os técnicos do Programa de Corte de Carga da Câmara, que elaboraram
o documento, se reunirão no dia 14.08.2001 para definir os últimos
detalhes do plano, que poderá ter alterações propostas na consulta
pública, que, por duas semanas, recebeu cerca de 50 contribuições.
A aplicação dos feriados às sexta-feiras foi umas das medidas
mais criticadas, principalmente por áreas envolvidas com o comércio.
As duas propostas de resoluções, que foram divulgadas para consulta
pública, apresentam medidas alternativas para garantir o abastecimento,
que são, nessa ordem, as seguintes: aplicação dos feriados às
sextas-feiras; rebaixamento do nível do reservatório da usina
de Ilha Solteira; e , por último, os cortes sistemáticos programados.
(Gazeta Mercantil - 09.08.2001)
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2- Racionamento pode gerar indenização bilionária |
O racionamento de energia poderia render aos consumidores uma
indenização de aproximadamente US$ 2,5 bi somente pelos dois primeiros
meses de redução compulsória do consumo. Em um ano este valor
poderia chegar a R$ 15 bi. Os cálculos foram feitos pelo vice-diretor
da Coppe-UFRJ, professor Luiz Pinguelli Rosa. A possibilidade
de indenização será o tema de reunião a ser realizada na terceira
semana de agosto de 2001 com a participação de representantes
da Coppe, do Ilumina, da OAB, do Instituto dos Arquitetos do Brasil
(IAB) e os juristas Fábio Comparato e Marcelo Cerqueira. "Foram
cortados em média 20% do consumo, exceto nas regiões Norte e Sul.
As demais regiões totalizam 80% do consumo nacional, ou seja,
cerca de 240 milhões de MWh. Com o preço da energia no MAE, de
US$ 300/MWh, a importância devida pelas concessionárias aos consumidores
correspondente seria de US$ 1,25 bi por mês", calculou Pinguelli.
O professor destacou que a Lei de Concessões estabelece como dever
dos concessionários "garantir a continuidade do serviço e sua
expansão, o que não está sendo cumprido". É com esse argumento
que Pinguelli defende que os consumidores cobrem a energia cortada.
(Hoje em Dia - 10.08.2001)
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3- Governo pode flexibilizar metas |
O ministro de Minas e Energia, José Jorge, informou, no dia 09.08.2001,
que o plano de racionamento imposto pelo governo federal entra
numa nova fase. Na avaliação do ministro, os resultados obtidos
com a redução do consumo de energia nas regiões Sudeste, Centro-Oeste
e Nordeste vão permitir que a GCE torne flexíveis as metas de
alguns setores da economia nacional. José Jorge explicou que o
plano passa por ajustes denominados pelo presidente Fernando Henrique
de "sintonia fina". "Com o desenrolar do racionamento, um programa
que nunca foi realizado, esta sintonia fina vai sendo feita no
sentido de melhorar o racionamento e minimizar os efeitos econômicos
e sociais." "Mas não fazemos isso no sentido de dizer que a situação
melhorou. Nós estamos fazendo porque achamos que aquelas medidas
iniciais, diante do maior conhecimento da realidade, com o desenrolar
do tempo permite resolver alguns problemas particulares que possam
ir acontecendo." (Estado - 10.08.2001)
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4- Conta de até 200 KWh terá bônus depois do racionamento
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O presidente Fernando Henrique Cardoso vai estender o benefício
dos bônus aos consumidores que gastam entre 101 e 200 KWh e economizaram
energia. A idéia é conceder um crédito de energia em KW, para
ser usado depois do racionamento. Assim, os KW economizados a
mais seriam utilizados no futuro. A preocupação do governo é não
frustrar os consumidores que conseguiram reduzir o consumo, acima
dos limites fixados no programa de racionamento. O governo teme
uma reação ao não pagamento dos bônus. (Diário do Nordeste - 10.08.2001)
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5- Corte de luz suspenso em MG por tempo indefinido
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Estão suspensos indefinidamente em Minas os cortes de energia
elétrica dos consumidores que desrespeitaram a meta de economia.
A assessoria de imprensa da Cemig informou, no dia 09.08.2001,
que o adiamento dos cortes é conseqüência da reabertura de possibilidades
de revisão de meta, anunciada, no dia 08.08.2001, pela resolução
nº 33 da GCE. O entendimento da concessionária é de que "nenhum
consumidor pode ter a luz cortada por reincidência de excesso
de consumo, antes que tenha seu pedido de revisão analisado".
No entanto, a Cemig ainda não definiu a situação dos consumidores
que já tiveram uma solicitação de revisão indeferida. De acordo
com a assessoria, a estatal vai analisar os novos critérios da
resolução publicada pelo governo, e definir "em curto tempo" se
esta faixa de consumidores terá uma segunda chance de solicitar
revisão de meta. (Hoje em Dia - 10.08.2001)
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6- Economia de energia cai no CE |
O índice de redução no consumo de energia elétrica no Ceará até
08.08.2001 foi de 17,86%. O número confirma no início de agosto
a tendência registrada em julho, quando o Estado não conseguiu
economizar os 20% previstos no plano de racionamento (a redução
ficou em 18,88%). O diretor de Projetos Institucionais da Coelce,
José Nunes Almeida, diz que a empresa ainda não fez uma avaliação
aprofundada dos índices de agosto. ''Não posso indicar claramente
quais são os motivos porém muitos pedidos de revisão de meta foram
aceitos e a população relaxou um pouco'', afirma. Nunes ressalta
que algumas medidas do racionamento foram flexibilizadas com novas
resoluções determinadas pela própria GCE, um outro ponto que,
segundo o diretor, favoreceu o aumento no consumo de energia.
(Diário do Nordeste - 10.08.2001)
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7- Cerj dará bônus a quem poupar até 200 kWh |
A Cerj anunciou, no dia 09.08.2001, que pagará bônus para todos
os clientes que ficaram abaixo da meta do plano de racionamento,
mesmo que tenham consumido mais de 100 KWh no mês. A empresa informou
que conseguiu arrecadar cerca de R$ 6,5 mi com a cobrança de sobretaxa
em julho e pagará de bônus R$ 4,2 mi para os clientes que ficaram
abaixo de 100 KWh e o restante para quem ficou acima desse patamar.
A assessoria de imprensa da distribuidora não soube precisar o
total de clientes que serão beneficiados. No primeiro lote de
contas distribuídas neste mês, de 180 mil clientes, 170 mil terão
direito a bônus. (Folha - 10.08.2001)
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8- Cerj não efetuará cortes em consumidores residenciais
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A Cerj informou, no dia 09.08.2001, que não efetuará cortes em
clientes residenciais. O argumento é que a empresa não sabe precisar
quantos clientes residenciais que estão sujeitos ao corte, por
terem ultrapassado a meta de racionamento de energia por dois
meses, solicitaram revisão de meta. Como a resolução
nº 33 da GCE proíbe o corte nessa situação, a Cerj preferiu
não correr o risco. A empresa já leu 180 mil contas neste mês
e constatou que cerca de 1.500 são reincidentes. (Folha - 10.08.2001)
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9- Enersul pode cortar luz de 24,9 mil consumidores
em MS |
Em Mato Grosso do Sul, 24,9 mil consumidores não cumpriram a meta
de reduzir o consumo de energia em 10% e pagaram sobretaxa de
50% a 200% no mês de julho. A partir da segunda semana de agosto
de 2001, eles poderão ter a luz cortada por 72 horas como punição
por não ter reduzido o consumo. O anúncio foi feito em entrevista
coletiva agora pelo presidente da Enersul, Francisco Luiz Sibut
Gomide. (Campo Grande News - 09.08.2001)
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10- Coelba iniciará cortes no dia 13.08.2001 |
Dentro do programa de racionamento, a partir da segunda-feira,
dia 13 de agosto de 2001, a Coelba vai começar a cortar o fornecimento
de energia para os clientes que não cumpriram a meta de redução
de consumo. O corte, anunciado no dia 09.08.2001 pelo diretor
comercial da distribuidora, Aldo Ramon de Almeida, deveria atingir
em princípio cerca de 120 mil consumidores. Mas a Coelba tem capacidade
para cortar o fornecimento de apenas 22 mil consumidores. Será
cortado o fornecimento dos que apresentaram maiores desvios. (Gazeta
Mercantil - 10.08.2001)
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11- CPFL utilizará funcionários terceirizados para
efetuar cortes de energia |
A CPFL, concessionária
que atua em parte do interior de São Paulo, informou que os cortes
decorrentes do não cumprimento das metas do racionamento serão
mantidos, apesar da liminar obtida pelos eletricitários. Para
realizar esse tipo de tarefa, a empresa deverá apelar para os
funcionários terceirizados ou contratados pelas empreiteiras prestadoras
de serviços. O Tribunal Regional do Trabalho de Campinas julgou
inadequado o recurso da Advocacia Geral da União (AGU) e manteve
a liminar para o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Energia
Elétrica, que garante aos eletricitários a recusa de fazer o corte
em situações de risco à integridade física. (GloboNews.com - 09.08.2001)
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12- VBC quer compensação para prejuízos |
O grupo brasileiro VBC Energia, controlador da CPFL, sócio da
Bandeirante e da RGE, quer compensações pelos prejuízos do racionamento.
Para o diretor-presidente da VBC Energia, Marcelo Corrêa, pode
faltar investimentos no setor se não houver reposição pelas perdas
de receita das distribuidoras. Ele argumenta que, sem compensação
(reajuste de tarifas, a seu ver) os distribuidores ficarão com
crédito abalado, o que conseqüentemente afetará a capacidade de
investimento de todo o setor. (Gazeta Mercantil - 09.08.2001)
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13- Efeito da crise de energia permanece em 2002, diz
Ipea |
A crise de energia deverá perdurar até junho de 2002, e seus efeitos
perniciosos sobre a atividade econômica vão adentrar o ano, revelam
projeções do Boletim Conjuntural de julho, divulgados pelo Ipea.
O primeiro trimestre de 2002 deverá registrar crescimento de apenas
0,5% do PIB. O Ipea projeta um crescimento do PIB para o ano que
vem de 3,3%, levando uma recuperação da economia no segundo semestre
ancorada no fim do racionamento, na estabilidade cambial e queda
na taxa básica de juros para um dígito. A inflação deverá encerrar
2001 em 6,6% do INPC, caindo para 4% em 2002. Todas as projeções
macroeconômicas do Ipea para 2001 foram revistas neste Boletim,
em decorrência da crise energética, da desvalorização cambial
de 30%, da alta dos juros, da crise argentina e da desaceleração
nos países desenvolvidos. (Valor - 10.08.2001)
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14- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Para Enron, 75% do problema do setor elétrico é
cambial |
O vice-presidente da Enron na América do Sul, Brett Wiggs, afirmou
que o impasse cambial é responsável por pelo menos 75% dos problemas
que afastam investimentos no setor elétrico brasileiro. "A Aneel
fez o fabuloso trabalho de proteger o consumidor. O problema é
que protegeu tão bem que hoje estamos sem energia", disse o executivo.
Sem poder repassar integralmente custos em dólar para tarifas
de energia elétrica, o controlador da Elektro afirmou que, apesar
de não faltar entusiasmo da empresa norte-americana pelo mercado
brasileiro, será difícil desenvolver novos projetos de geração
sem que antes o governo solucione o problema cambial. As indefinições
regulatórias e do MAE, a seu ver, reduzem em 25% o apetite dos
investidores pela demanda brasileira. "É necessário ter alguma
garantia de mercado. Deve-se evitar alterações das regras durante
o jogo", afirmou. Wiggs demonstrou preocupação com o destino dos
380 MW que serão gerados a partir de outubro pela térmica Eletrobolt,
em construção no RJ. (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)
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1- Leilão de energia excedente tem o segundo menor
preço |
No dia 09.08.2001, os leilões eletrônicos de energia excedente
alcançaram o segundo menor valor, de R$ 267,99 o MWh, abaixo apenas
de R$ 250, registrado em 17 de julho de 2001. Foram comercializados
1.000 MWh, o que, por sua vez, foi o terceiro maior volume vendido
em um só dia. Em 09.08.2001, com o preço do MWh a R$ 267,99, os
compradores conseguiram pagar até menos do que haviam sinalizado
anteriormente. O volume de ofertas para compra totalizou 2.250
MWh, sendo 1.000 MWh a R$ 270; 350 MWh a R$ 250; e 900 MWh a R$
200. Na outra ponta, os vendedores apresentaram 3.850 MWh, sendo
1.500 MWh a R$ 267,99; 1.000 MWh a R$ 269; 1.000 MWh a R$ 269,96;
e 350 MWh a R$ 295. (Gazeta Mercantil - 09.08.2001)
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1- Dólar mantem movimento de queda e recua 0,08% |
O dólar comercial manteve o movimento de queda iniciado no dia
8 de agosto e fechou em R$ 2,4670, em baixa de 0,08%. A fraca
volatilidade (de 0,61%) da moeda norte-americana ao longo do dia
refletiu uma divisão equilibrada de apostas no mercado sobre a
eventual liberação de novo socorro financeiro à Argentina pelo
FMI. (Estado de São Paulo - 10.08.2001)
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2- IGP-DI tem maior alta desde agosto |
A alta das tarifas e preços administrados provocou, em julho,
a maior inflação no varejo apurada no âmbito do Índice de Geral
de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), medido pela FGV,
desde julho de 2000. O IPC registrou elevação de 1,36%, acima
do 0,52% de junho. O Índice Nacional da Construção Civil (INCC)
ficou em 0,52% em julho, comparado a 1,16% no mês anterior. A
estimativa da FGV para o IGP-DI de agosto é de alta entre 1,20%
a 1,30%, num cenário em que o dólar se posicione em R$ 2,30. (Gazeta
Mercantil - 10.08.2001)
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3- Sistema Eletrobrás terá crédito adicional |
Catorze empresas vinculadas ao sistema Eletrobrás serão beneficiadas
com crédito extraordinário no total de R$ 1,1 bi, aberto no dia
9 de agosto por meio de medida provisória, assinada pelo presidente
FHC . A MP altera o orçamento de investimentos da União. A maior
parcela, no valor de R$ 329,7 mi, será destinada ao projeto de
ampliação da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, e algumas linhas
de transmissão localizadas na área de operação da Eletronorte.De
acordo com nota distribuída à imprensa pelo Palácio do Planalto,
os fundos têm origem nas próprias empresas, em repasses da holding
Eletrobrás e outros recursos de longo prazo. "Os créditos atenderão
a despesas imprevisíveis e urgentes com investimentos, principalmente
em geração e transmissão de energia elétrica. O objetivo é atenuar,
a curto e médio prazos, os efeitos da crise de energia", assinala.
(Gazeta Mercantil - 10.08.2001)
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4- MP prevê crédito para outros projetos |
A MP prevê crédito para outros projetos das principais empresas
que integram o sistema. A interligação dos sistemas elétricos
brasileiro e uruguaio, em curso pela Eletrobrás, receberá R$ 64,2
mi. Também será beneficiada uma termelétrica que está sendo implantada
na região Norte do Rio, com participação acionária da estatal.
A Eletronuclear vai receber crédito de R$ 43,2 mi, destinado à
manutenção da usina Angra I e complementação de Angra II. Os recursos
também serão utilizados na substituição do combustível nas duas
térmicas. Para a Eletrosul estão previstos R$ 132,6 mi a serem
aplicados nas linhas de transmissão no extremo Sul do País. Na
Chesf, R$ 190 mi serão gastos na ampliação da capacidade de geração
das térmicas Camaçari e Bongi e nos sistemas de transmissão do
Nordeste. Furnas receberá R$ 197,8 mi, para a implantação dos
sistemas de transmissão Bateias (PR) aIbiúna (SP) e Foz do Iguaçu
(PR) a SP. Também haverá investimentos na usina hidrelétrica de
Santa Cruz, no Rio, e na implantação das linhas de transmissão
Norte-Sul II (trecho entre Miracema e Itumbiara) e Itaipu-SP.
Também foram destinados R$ 187,5 mi do total de R$ 1,1 bi para
projetos das empresas Eletroacre (Acre), Ceal (Alagoas), Cepisa
(Piauí), Ceron (Rondônia), Boa Vista Energia, Manaus Energia,
CGTEE, no RS e Ceam (Amazonas). (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)
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5- 48% dos projetos apoiados pelo BNDES são para distribuição
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Um levantamento revela que 48% dos projetos para o setor elétrico
que já estão sendo financiados pelo BNDES são da área de distribuição.
Das 27 iniciativas com recursos já garantidos, 13 são para a ampliação
e modernização de redes de concessionárias. Essas melhorias, de
fato, podem aumentar a eficiência e reduzir o desperdício de energia,
mas não trazem capacidade adicional ao sistema elétrico, dizem
especialistas. Entre as distribuidoras que foram beneficiadas
com dinheiro do BNDES estão Cerj, Coelba, RGE, CPFL e Light. (Folha
- 10.08.2001)
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6- BID ampliará financiamento para setor elétrico |
O BID vai ampliar a liberação de financiamentos para o setor elétrico
brasileiro este ano, preferentemente para projetos da iniciativa
privada. Até dezembro, podem ser atendidos projetos das térmicas
Carioba II (SP), controlada pela Companhia Paulista de Força e
Luz (CPFL), e Termoaçu (RN), controlada pela Iberdrola, por meio
da Guaraniana. Os projetos têm capacidade prevista de 1,28 mil
MW. Também este ano, os projetos de térmicas da El Paso, Light
e AES receberão recursos do BID, assim como a norte-americana
Enron e a Duke Energy, com as quais o banco mantém negociações.
As distribuidoras, que garantem a compra da energia gerada pelas
usinas, são fortes candidatas a receber esses financiamentos.
O banco faz restrições a projetos com participação da Petrobras
e Eletrobrás acima de 25%, por já existir linha de financiamento
de US$ 600 mi para que as estatais construam térmicas e hidrelétricas.
(Gazeta Mercantil - 10.08.2001)
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7- BID cobre riscos de crédito |
O BID está promovendo no Brasil o lançamento da garantia de crédito
parcial, um novo produto pelo qual a instituição cobre os riscos
de financiamento para projetos de infra-estrutura. O novo instrumento
financeiro, voltado para pequenos e médios projetos, permite ampliar
prazos de empréstimo no mercado doméstico. Com isso ele mitiga
o risco cambial e a dependência das empresas com relação aos financiamentos
do mercado internacional. "O foco do produto está em tentar desenvolver
os mercados de capitais locais", explica Leandro Alves, do Departamento
do Setor Privado (PRI, em inglês) do BID. O executivo descarta,
porém, a utilização do instrumento para grandes projetos de infra-estrutura
que impliquem na captação de altos volumes financeiros a prazos
longos, o que é difícil no mercado doméstico. Segundo Alves, a
garantia de crédito parcial banca todos os riscos do projeto,
sendo que o BID cobre uma parte do risco de crédito do mutuário.(Valor
- 10.08.2001)
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8- BNDES aprova tres projetos de geração |
Os três mais recentes projetos aprovados mostram a preocupação
do BNDES com a ampliação da capacidade de geração de energia.
São duas usinas de co-geração - Santa Elisa (26 MW) e Cerradinho
(22,34 MW)- e a contratação de turbina para a termelétrica a gás
Termosergipe (250 MW). Nenhuma das últimas seis iniciativas aprovadas
é da área de distribuição. Aprovados no último dia 3, os financiamentos
para as usinas de Santa Elisa e Cerradinho são, claramente, sinal
da crise. Nesses casos, o BNDES financiou quase 80% do projeto
-limite máximo, ampliado recentemente, de financiamento do banco
para o setor. As usinas receberam, respectivamente, R$ 35,2 mi
e R$ 17,7 mi. O investimento total de Santa Elisa é de R$ 44 mi
e de Cerradinho, de R$ 22,2 mi. Ao todo, estão sob financiamento
do BNDES 14 projetos de geração de energia. Somadas, essas obras
vão acrescentar 4.996 MW ao sistema elétrico até 2003. (Folha
- 10.08.2001)
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9- Crédito longo prefixado some da praça |
A volatilidade do mercado financeiro nos últimos meses fez o investidor
ficar mais cauteloso. A prioridade é fugir do risco e encurtar
o prazo dos investimentos. Há mais de seis meses, o contrato de
juros com maior liquidez na BM&F é o de outubro. Os investidores
não transferiram os negócios para vencimentos mais distantes com
o passar dos meses por causa da instabilidade crescente. O crédito
prefixado de médio e longo prazo some da praça porque utiliza
como base para a formação da taxa de juros os contratos da BM&F.
Quando os bancos decidem emprestar por períodos maiores, usam
taxas pós-fixadas. (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)
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10- C-Bond cai 0,7%, mas 'brady' da Argentina sobe
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O mercado de títulos da dívida dos emergentes teve mais um dia
de volatilidade, com atenção voltada para o possível empréstimo
adicional do FMI à Argentina. Mas o destaque de no dia 9 foi o
desatrelamento dos títulos brasileiros e argentinos. O fato não
chamaria a atenção se os bônus da Argentina estivessem em queda
e os brasileiros em alta. Não foi isso que aconteceu: o C-Bond
perdeu 0,7% de seu valor (para US$ 0,729 com spread de 936 pontos),
ao mesmo tempo que o argentino Global 8 valorizava 0,8% (para
US$ 0,627 com spread de 1.694 pontos). Analistas não afirmaram
a razão para a depreciação dos brasileiros, que caiam desde o
começo do dia. A performance muito ruim das bolsas européias e
asiáticas ou a venda de papéis brasileiros para cobrir a compra
de argentinos pelos investidores são possíveis razões.(Valor -
10.08.2001)
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1- Aneel autoriza construção de térmica no Ceará |
A Aneel anunciou, no dia 09.08.2001, a autorização para a construção
da termelétrica Dunas, pela BP Brasil, que está projetada para
o município de São Gonçalo, no Ceará. A usina vai operar em ciclo
combinado com dois turbogeradores, sendo um a vapor e outro a
gás natural, de 187 MW cada. Serão necessários R$ 449 mi para
terminar a usina de 374 MW de potência. A térmica deverá entrar
em operação até o dia 31 de dezembro de 2003. (Gazeta Mercantil
- 10.08.2001)
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2- Alíquota de PIS sobre o gás é criticada |
Entidades empresariais iniciaram uma forte ofensiva no governo
e no Congresso Nacional para modificar os termos do projeto de
lei do Executivo que trata da incidência do PIS e da Cofins nas
operações de venda de gás natural. Os setores empresariais alegam
que a proposta do governo, que tramita na Câmara dos Deputados,
isenta desses tributos a venda do gás natural e do carvão mineral
para as usinas térmicas. Em compensação, dizem, introduz uma alíquota
de 14,4% sobre as demais vendas feitas pelos distribuidores estaduais
de gás natural canalizado, o que, nas contas das concessionárias,
acarretará um aumento de 8% para todos os usuários de gás natural
que não se dedicam à geração de energia elétrica. (Gazeta Mercantil
- 10.08.2001)
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3- Fabricantes estudam aluguel de turbinas a gás para
indústrias |
Grandes fabricantes mundiais como General
Electric e Alstom estudam trazer para o Brasil, turbinas usadas
de termelétricas movidas a gás natural. O objetivo das duas empresas
é introduzir, no País, uma prática já consolidada no exterior:
o aluguel de máquinas recondicionadas para a indústria consumidora
de eletricidade. Para tanto, aproveitam a oportunidade de mercado
aberta com o racionamento. A entrega das turbinas recondicionadas
é quase imediata. O período exigido entre o fechamento do contrato
e a instalação na fábrica do cliente varia de dois a três meses.
Quanto ao prazo do contrato, negociado entre as partes, pode ter
um mínimo de seis e um máximo de 12 meses. "Por períodos maiores,
a operação pode ficar muito cara", diz Paulo Lago, diretor de
desenvolvimento de negócios e marketing da Alstom. Embora, lembre
ele, nada impeça que o cliente faça um contrato mais longo com
cláusula de recompra, por parte da fabricante, no final do período.
"O aluguel de turbinas não é nosso negócio principal", diz o executivo.
"Mas é o que se adequa ao mercado brasileiro neste momento, em
que os clientes têm pressa e a indústria não consegue entregar
turbinas novas no prazo necessário." Por se tratar de um negócio
novo, nem Alstom nem GE fecharam, ainda, nenhum contrato. No entanto,
as duas empresas já têm experiência com esse tipo de operação
no exterior. (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)
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1- Ipea projeta PIB menor |
O Ipea divulgou, no dia 09.08.2001, uma nova revisão para a estimativa
do PIB em 2001, com previsão de crescimento de 2,7%, ante 4,3%
previstos no início do ano. Segundo o Ipea, a revisão foi motivada
pela conjunção entre racionamento, alta dos juros e instabilidade
cambial. O Instituto trabalhou com a perspectiva de prorrogação
do racionamento até o final do primeiro semestre de 2002, com
progressiva desaceleração da economia do País. No caso específico
da redução do consumo de energia, a projeção de impacto vai até
o primeiro trimestre de 2002, quando o PIB deverá crescer apenas
0,5%, ante 4,1% nos três primeiros meses de 2001, de acordo com
o Instituto. Apesar das dificuldades resultantes do racionamento
no início de 2002, avaliou-se que o desempenho do PIB será melhor
(3,3%), já que a economia deverá se recuperar no segundo semestre.
Para 2001, os impactos do racionamento serão significativos sobre
a produção industrial, na avaliação do Ipea. A expectativa do
Instituto é de uma queda de 0,4% no segundo semestre, na comparação
com o mesmo período do ano 2000. Na indústria de transformação,
essa queda será ainda maior na previsão do Instituto, chegando
a 1,4% no segundo semestre. (Hoje em Dia - 10.08.2001)
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2- Indústrias só devem investir em equipamentos para
geração em último caso |
Segundo recomendação da Fiesp, apenas em último caso a indústria
deve investir no aluguel ou na aquisição equipamentos para geração
de energia. "A primeira providência é identificar se existem gorduras
no consumo de energia dentro da unidade industrial", recomenda
Pedro Cauvilla, coordenador técnico da sala Operação Energia da
entidade, criada para orientação do consumidor, logo após o governo
decretar o racionamento. O segundo passo é a implantação efetiva
de medidas de eficiência energética. A terceira etapa, segundo
Cauvilla, é avaliar se a cogeração é adequada ou não ao processo
industrial. "Se for, a decisão da empresa não deve visar apenas
uma situação de emergência, mas o longo prazo", resume ele. Assim,
apenas uma quarta etapa seria caracterizada pelo investimento
em um equipamento gerador. Cauvilla lembra que também aqui vale
a regra do custo/benefício. O empresário deve avaliar o que é
melhor: investir na geração de emergência, em equipamentos para
longo prazo ou na compra de energia elétrica no MAE. (Gazeta Mercantil
- 10.08.2001)
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3- Ambev eleva plano de investimentos com projeto de
co-geração |
A
AmBev aumentou seu plano de investimentos em R$ 150 mi em função
dos projetos de co-geração de energia. A companhia previa aportar
R$ 450 mi, mas decidiu incrementar esse montante em R$ 75 mi,
para R$ 525 mi. De acordo com o diretor financeiro, Felipe Dutra,
o restante será investido em 2002. "A meta da AmBev é atingir
70% de geração interna até o segundo semestre de 2002", afirmou.
Para alcançar a meta, a empresa comprou dez geradores móveis para
o período de contingência, com capacidade de 2 megawatts MW cada.
Por ano, o grupo consome 120 MW e terá que reduzir o consumo em
15%. "Ainda encontramos deficiências para cumprir a meta, mas
estamos nos alinhando para alcançá-la até o final do ano", disse
Dutra. (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)
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1- Calor leva rede energética americana ao limite |
O calor escaldante levou a rede energética do Nordeste dos EUA
ao seu limite no dia 09.08.2001, superando os recordes de uso
de energia e elevando os preços às alturas, enquanto os responsáveis
pela rede tentavam de toda maneira impedir o sobrecarregamento
dos sistema. Os gerentes do sistema energético declararam estado
de emergência e ordenaram uma redução e 5% da voltagem do estado
do Maine ao estado da Virgínia. As elétricas chegaram a pedir
a empresas e a agências do governo para fechar mais cedo e desligar
o maquinário. Apesar dos esforços de redução do consumo, a região
apresentou níveis recordes de demanda e tem poucas reservas. A
demanda no estado de Nova Iorque chegou a 30.983 MW, no terceiro
dia seguido a bater o recorde de consumo. (New York Times 10.08.2001)
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2- AES deve sair da Índia |
A companhia americana AES anunciou que queria que o governo indiano
comprasse suas ações no seu projeto no estado de Orissa, como
primeiro passo da sua saída da Índia. A AES está considerando
vender seus 51% das ações da Central Electricity Supply Co para
o governo local por causa de várias contas não pagas e de uma
briga séria com os trabalhadores. Em maio de 2001, cerca de 2000
trabalhadores incendiaram a subsidiária da AES, Orissa, depois
que a companhia parou de pagar os empregados. A AES anunciou que
espera mais protestos porque os salários não estão sendo pagos.
A companhia tem milhares de devedores e afirma que tem sofrido
roubos de energia enormes. A AES pretende oferecer suas ações
ao governo local por bem menos do que US$ 140 mi, valor que pagou
pelos 51% da empresa indiana. (Finantial Times 09.08.2001)
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3- Acordo nuclear entre Argentina e austrália desperta
polêmica |
Um
acordo de cooperação nuclear entre a Argentina e a Austrália,
que foi firmado no dia 08.08.2001 em Camberra, despertou uma polêmica
pela possível importação de resíduos nucleares de origem australiana.
A organização ecológica Greenpeace sustenta que este acordo for
firmado ele respaldará a proposta da INVAOP de importação de resíduos
nucleares pela Argentina, o que violaria a Constituição argentina.
A chancelaria argentina nega a afirmação. As fontes oficias afirmam
que o acordo " é uma marco na história da cooperação" e permitiria
recondicionar o combustível nuclear gasto pelo reator construído
pela INVAP na Austrália. " Não se trataria da importação de resíduos
radioativos, mas de combustível a gasto a ser recondicionado"
afirmou uma fonte oficial. Esse material, recondicionado na Argentina,
voltaria a Austrália para seu novo uso. (Clarín 10.08.2001)
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4- Shell quer unidade de gás flutuante |
A Shell apresentou ontem um projeto para construir a primeira
unidade flutuante de gás natural liqüefeito do mundo com o objetivo
de explorar a reserva de Greater Sunrise no Mar de Timor. Se o
projeto for aceito pelos parceiros de exploração, a australiana
Woodside Petroleum, a americana Phillips Petroleum e a japonesa
Osaka Gas, será uma inovação na indústria petrolífera. As reservas
de gás deste campo estão avaliadas em 2,5 milhões de metros cúbicos.
Para além da produção de gás liqüefeito, a unidade poderá permitir
a compressão de gás com o objetivo de o canalizar para o gasoduto
de Darwin, o que assegurará o abastecimento a longo prazo para
os consumidores da região leste da Austrália. Esta unidade poderá
estar operacional na entrada em exploração do campo, prevista
para 2006. A Shell garante que sua proposta permitirá uma redução
até 40% dos custos de construção face à fábrica em terra. (Diário
Econômico 10.09.2001)
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5- Investimentos em gás podem chegar a US$ 13 bi na
Venezuela |
Segundo o regulador venezuelano de gás, Rafael Ramirez, os projetos
em gás da Venezuela devem gerar até US$ 13 bi em investimentos
até 2010. Para Ramirez, o gás é um elemento essencial nos planos
do país de desenvolver as indústrias de geração de energia, agricultura
e petroquímica. Ele afirma que assim que o projeto desenvolvido
na costa de Paria, que deve estar pronto em 2005, começar a ser
explorado, o país terá um excedente de gás muito grande. O governo
venezuelano está ainda trabalhando com Trinidad e Tobago para
cooperar com as pesquisas nas reservas de gás que se situam na
fronteira marítima dos dois países. (Business News Americas
08.08.2001)
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6- Seis companhia lutam pela concessão da Tuxpan V |
Seis companhias multinacionais expressaram interesse em fazer
ofertas pela concessão mexicana de geração de energia Tuxpan V.
As seis companhias são as espanholas Iberdrola e Unión Fenosa,
a japonesa Mitsubishi, a canadense TransAlta, as belgas Tractebel
e InterGen e uma união entre a Shell e a firma de engenharia Bechtel.
A Tuxpan V é um gerador de ciclo combinado situado no estado de
Veracruz no México, com capacidade de cerca de 520MW e que exige
investimentos de cerca de US$ 400 mi. As ofertas serão anunciados
no dia 07.02.2002 e o gerador deve começar a operar em março de
2005. (Business News Americas 08.08.2001)
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1- Comissão das Comunidades Européias. "Livro Verde:
para uma estratégia européia de segurança do aprovisionamento
energético" |
Comissão das Comunidades Européias. "Livro Verde: para uma estratégia
européia de segurança do aprovisionamento energético". Bruxelas:
29 de Novembro de 2000. - Download
- 128 páginas
Este
artigo trata sobre o aprovisionamento energético nos países da
União Européia, destacando a questão ambiental, a interdependência
dos países-membros, os investimentos em energia, as fraquezas
estruturais, os novos desafios etc.
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1- Segmentação das redes de distribuição |
Segundo o diretor da empresa MS Assessoria, Moacir Pereira Lima
Júnior, muito mais importante do que a segmentação (desverticalização)
da rede básica é a segmentação das redes de distribuição, pois
aí existe de fato o possível risco de impedimentos à competitividade.
Para Moacir, os os maiores riscos à competição no setor, são aspectos
da legislação/regulamentação, como por exemplo o limite de 30%
para o self-dealing (num momento em que se sabia não haver energia)
entre outros. Para ele é difícil de se crer que a desverticalização
das empresas é que fará a competição surgir, pois, segundo ele,
nenhuma outra atividade é mais fácil de sofrer uma ação de fiscalização
do que a atividade de transmissão ou de distribuição de energia.
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres,
Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho
e Tiago Costa.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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sobre as empresas do setor
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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