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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 703 - 10 de agosto de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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1- Nova agência poderá unir a ANP e a Aneel

Com a intenção anunciada por David Zylbersztajn de deixar a direção-geral da Agência Nacional do Petróleo ainda este ano, o mercado começa a especular sobre seu sucessor e a possibilidade de o governo criar uma agência de energia, reunindo as atribuições da ANP e da Aneel. Executivos do setor manifestam preocupação em relação à descontinuidade das regras e temem, principalmente, que o próximo dirigente da agência seja escolhido por critérios políticos. Circula o rumor de que o ex-governador do Rio Moreira Franco, assessor especial do Planalto, seria um dos candidatos à direção da ANP. Por ser político, seu nome não agrada. Sobre sua sucessão, Zylbersztajn procura tranqüilizar o mercado, ao dizer que, na sua avaliação, o governo não tem interesse em desmontar a estrutura atual, baseada em agências reguladoras fortes. (Valor - 10.08.2001)

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2- Aneel autoriza aumento da capacidade de usinas

A Aneel autorizou, no dia 09.08.2001, a ampliação da capacidade instalada de duas hidrelétricas. A Gerasul poderá aumentar em 710 MW a potência da usina Salto Santiago, com a implantação de duas turbinas de 355 MW cada, que deverão entrar em operação até 31 de dezembro de 2002 e 31 março de 2003. A hidrelétrica, que atualmente tem 1,4 mil MW de capacidade está localizada em Saudades do Iguaçu, no Paraná. Já a Celesc, foi autorizada a instalar uma turbina na hidrelétrica Salto, cuja geração passará de 6,2 MW para 14,2 MW. A usina está localizada em Blumenau (SC). O investimento para a ampliação foi estimado em R$ 12 mi e a nova turbina deverá entrar em operação até 30 de dezembro de 2002. (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)

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3- Prefeituras querem financiamento para gerar eletricidade a partir do lixo

Representantes da Frente Nacional de Prefeitos apresentaram, no dia 09.08.2001, ao ministro Pedro Parente, coordenador da GCE, proposta de geração de energia a partir do lixo, coordenado pelas prefeituras. Segundo o prefeito de Vitória, Luiz Paulo Velloso Lucas, essa geração poderia fornecer iluminação pública e para prédios públicos. O que falta, disse Lucas, são linhas de financiamento e PPAs com preços para a energia que garantam os investimentos. Ele explicou que a energia alternativa é mais cara do que a hidrelétrica, por exemplo, e projetos como este só viabilizariam com apoio do governo. A proposta foi bem aceita pelo ministro, segundo os prefeitos. Os prefeitos deverão fazer um estudo sobre as cidades teriam condições de manter usinas deste tipo. Também foi discutido o impacto do racionamento de energia na segurança pública. Os prefeitos querem financiamento para qualificar, reequipar e capacitar as guardas municipais. (Zero Hora - 10.08.2001)

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4- Problemas das distribuidoras terão solução global

O presidente da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, Pedro Parente, não aceita a vinculação que algumas empresas querem fazer entre a solução para o pagamento de dívidas do setor e a solução para os problemas do MAE. Parente informou que o governo quer resolver o problema das dívidas decorrentes de questões sobre as quais as empresas não têm controle e dos custos do racionamento de uma maneira global. Ele não deu prazo para o anúncio de uma solução, mas fontes da área econômica informaram que tudo estará decidido em 90 dias. Algumas premissas dessa negociação já foram definidas pelo governo. A primeira delas é que o setor privado não será penalizado. O ministro lembrou que essa alternativa, que classificou de irresponsável, travaria os investimentos na área de energia no Brasil. (Valor - 10.08.2001)

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5- Parente afirma que o governo precisa eliminar riscos para incentivar investimentos

Ao anunciar medidas para solucionar os problemas das distribuidoras, o ministro Pedro Parente afirmou que não vai penalizar o setor privado, a fim de não travar os investimentos na área de energia brasileira. Parente observou que enquanto o governo não eliminar os riscos regulatórios que ainda existem na área de energia, os investidores não virão ao Brasil. Parente fez questão de dizer que em hipótese nenhuma haverá dolarização da tarifa cobrada dos consumidores. A decisão das distribuidoras de vincular a solução dos problemas do MAE ao equacionamento das dívidas do setor resulta, na avaliação de Parente, um pouco do clima de tensão entre as distribuidoras, as geradoras, a Aneel e os consumidores. Parente acha que cada parte envolvida pode "ceder um pouco" se entender qual será a sua parte no processo todo. (Valor - 10.08.2001)

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risco e racionamento

1- GCE receberá plano B no dia 15.08.2001

A GCE receberá, no dia 15.08.2001, o texto definitivo do chamado plano B do racionamento, com as medidas emergenciais necessárias, caso o atual racionamento não seja suficiente para manter o abastecimento de energia. Segundo o ministro de Minas e Energia, José Jorge, os técnicos do Programa de Corte de Carga da Câmara, que elaboraram o documento, se reunirão no dia 14.08.2001 para definir os últimos detalhes do plano, que poderá ter alterações propostas na consulta pública, que, por duas semanas, recebeu cerca de 50 contribuições. A aplicação dos feriados às sexta-feiras foi umas das medidas mais criticadas, principalmente por áreas envolvidas com o comércio. As duas propostas de resoluções, que foram divulgadas para consulta pública, apresentam medidas alternativas para garantir o abastecimento, que são, nessa ordem, as seguintes: aplicação dos feriados às sextas-feiras; rebaixamento do nível do reservatório da usina de Ilha Solteira; e , por último, os cortes sistemáticos programados. (Gazeta Mercantil - 09.08.2001)

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2- Racionamento pode gerar indenização bilionária

O racionamento de energia poderia render aos consumidores uma indenização de aproximadamente US$ 2,5 bi somente pelos dois primeiros meses de redução compulsória do consumo. Em um ano este valor poderia chegar a R$ 15 bi. Os cálculos foram feitos pelo vice-diretor da Coppe-UFRJ, professor Luiz Pinguelli Rosa. A possibilidade de indenização será o tema de reunião a ser realizada na terceira semana de agosto de 2001 com a participação de representantes da Coppe, do Ilumina, da OAB, do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) e os juristas Fábio Comparato e Marcelo Cerqueira. "Foram cortados em média 20% do consumo, exceto nas regiões Norte e Sul. As demais regiões totalizam 80% do consumo nacional, ou seja, cerca de 240 milhões de MWh. Com o preço da energia no MAE, de US$ 300/MWh, a importância devida pelas concessionárias aos consumidores correspondente seria de US$ 1,25 bi por mês", calculou Pinguelli. O professor destacou que a Lei de Concessões estabelece como dever dos concessionários "garantir a continuidade do serviço e sua expansão, o que não está sendo cumprido". É com esse argumento que Pinguelli defende que os consumidores cobrem a energia cortada. (Hoje em Dia - 10.08.2001)

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3- Governo pode flexibilizar metas

O ministro de Minas e Energia, José Jorge, informou, no dia 09.08.2001, que o plano de racionamento imposto pelo governo federal entra numa nova fase. Na avaliação do ministro, os resultados obtidos com a redução do consumo de energia nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste vão permitir que a GCE torne flexíveis as metas de alguns setores da economia nacional. José Jorge explicou que o plano passa por ajustes denominados pelo presidente Fernando Henrique de "sintonia fina". "Com o desenrolar do racionamento, um programa que nunca foi realizado, esta sintonia fina vai sendo feita no sentido de melhorar o racionamento e minimizar os efeitos econômicos e sociais." "Mas não fazemos isso no sentido de dizer que a situação melhorou. Nós estamos fazendo porque achamos que aquelas medidas iniciais, diante do maior conhecimento da realidade, com o desenrolar do tempo permite resolver alguns problemas particulares que possam ir acontecendo." (Estado - 10.08.2001)

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4- Conta de até 200 KWh terá bônus depois do racionamento

O presidente Fernando Henrique Cardoso vai estender o benefício dos bônus aos consumidores que gastam entre 101 e 200 KWh e economizaram energia. A idéia é conceder um crédito de energia em KW, para ser usado depois do racionamento. Assim, os KW economizados a mais seriam utilizados no futuro. A preocupação do governo é não frustrar os consumidores que conseguiram reduzir o consumo, acima dos limites fixados no programa de racionamento. O governo teme uma reação ao não pagamento dos bônus. (Diário do Nordeste - 10.08.2001)

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5- Corte de luz suspenso em MG por tempo indefinido

Estão suspensos indefinidamente em Minas os cortes de energia elétrica dos consumidores que desrespeitaram a meta de economia. A assessoria de imprensa da Cemig informou, no dia 09.08.2001, que o adiamento dos cortes é conseqüência da reabertura de possibilidades de revisão de meta, anunciada, no dia 08.08.2001, pela resolução nº 33 da GCE. O entendimento da concessionária é de que "nenhum consumidor pode ter a luz cortada por reincidência de excesso de consumo, antes que tenha seu pedido de revisão analisado". No entanto, a Cemig ainda não definiu a situação dos consumidores que já tiveram uma solicitação de revisão indeferida. De acordo com a assessoria, a estatal vai analisar os novos critérios da resolução publicada pelo governo, e definir "em curto tempo" se esta faixa de consumidores terá uma segunda chance de solicitar revisão de meta. (Hoje em Dia - 10.08.2001)

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6- Economia de energia cai no CE

O índice de redução no consumo de energia elétrica no Ceará até 08.08.2001 foi de 17,86%. O número confirma no início de agosto a tendência registrada em julho, quando o Estado não conseguiu economizar os 20% previstos no plano de racionamento (a redução ficou em 18,88%). O diretor de Projetos Institucionais da Coelce, José Nunes Almeida, diz que a empresa ainda não fez uma avaliação aprofundada dos índices de agosto. ''Não posso indicar claramente quais são os motivos porém muitos pedidos de revisão de meta foram aceitos e a população relaxou um pouco'', afirma. Nunes ressalta que algumas medidas do racionamento foram flexibilizadas com novas resoluções determinadas pela própria GCE, um outro ponto que, segundo o diretor, favoreceu o aumento no consumo de energia. (Diário do Nordeste - 10.08.2001)

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7- Cerj dará bônus a quem poupar até 200 kWh

A Cerj anunciou, no dia 09.08.2001, que pagará bônus para todos os clientes que ficaram abaixo da meta do plano de racionamento, mesmo que tenham consumido mais de 100 KWh no mês. A empresa informou que conseguiu arrecadar cerca de R$ 6,5 mi com a cobrança de sobretaxa em julho e pagará de bônus R$ 4,2 mi para os clientes que ficaram abaixo de 100 KWh e o restante para quem ficou acima desse patamar. A assessoria de imprensa da distribuidora não soube precisar o total de clientes que serão beneficiados. No primeiro lote de contas distribuídas neste mês, de 180 mil clientes, 170 mil terão direito a bônus. (Folha - 10.08.2001)

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8- Cerj não efetuará cortes em consumidores residenciais

A Cerj informou, no dia 09.08.2001, que não efetuará cortes em clientes residenciais. O argumento é que a empresa não sabe precisar quantos clientes residenciais que estão sujeitos ao corte, por terem ultrapassado a meta de racionamento de energia por dois meses, solicitaram revisão de meta. Como a resolução nº 33 da GCE proíbe o corte nessa situação, a Cerj preferiu não correr o risco. A empresa já leu 180 mil contas neste mês e constatou que cerca de 1.500 são reincidentes. (Folha - 10.08.2001)

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9- Enersul pode cortar luz de 24,9 mil consumidores em MS

Em Mato Grosso do Sul, 24,9 mil consumidores não cumpriram a meta de reduzir o consumo de energia em 10% e pagaram sobretaxa de 50% a 200% no mês de julho. A partir da segunda semana de agosto de 2001, eles poderão ter a luz cortada por 72 horas como punição por não ter reduzido o consumo. O anúncio foi feito em entrevista coletiva agora pelo presidente da Enersul, Francisco Luiz Sibut Gomide. (Campo Grande News - 09.08.2001)

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10- Coelba iniciará cortes no dia 13.08.2001

Dentro do programa de racionamento, a partir da segunda-feira, dia 13 de agosto de 2001, a Coelba vai começar a cortar o fornecimento de energia para os clientes que não cumpriram a meta de redução de consumo. O corte, anunciado no dia 09.08.2001 pelo diretor comercial da distribuidora, Aldo Ramon de Almeida, deveria atingir em princípio cerca de 120 mil consumidores. Mas a Coelba tem capacidade para cortar o fornecimento de apenas 22 mil consumidores. Será cortado o fornecimento dos que apresentaram maiores desvios. (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)

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11- CPFL utilizará funcionários terceirizados para efetuar cortes de energia

A CPFL, concessionária que atua em parte do interior de São Paulo, informou que os cortes decorrentes do não cumprimento das metas do racionamento serão mantidos, apesar da liminar obtida pelos eletricitários. Para realizar esse tipo de tarefa, a empresa deverá apelar para os funcionários terceirizados ou contratados pelas empreiteiras prestadoras de serviços. O Tribunal Regional do Trabalho de Campinas julgou inadequado o recurso da Advocacia Geral da União (AGU) e manteve a liminar para o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Energia Elétrica, que garante aos eletricitários a recusa de fazer o corte em situações de risco à integridade física. (GloboNews.com - 09.08.2001)

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12- VBC quer compensação para prejuízos

O grupo brasileiro VBC Energia, controlador da CPFL, sócio da Bandeirante e da RGE, quer compensações pelos prejuízos do racionamento. Para o diretor-presidente da VBC Energia, Marcelo Corrêa, pode faltar investimentos no setor se não houver reposição pelas perdas de receita das distribuidoras. Ele argumenta que, sem compensação (reajuste de tarifas, a seu ver) os distribuidores ficarão com crédito abalado, o que conseqüentemente afetará a capacidade de investimento de todo o setor. (Gazeta Mercantil - 09.08.2001)

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13- Efeito da crise de energia permanece em 2002, diz Ipea

A crise de energia deverá perdurar até junho de 2002, e seus efeitos perniciosos sobre a atividade econômica vão adentrar o ano, revelam projeções do Boletim Conjuntural de julho, divulgados pelo Ipea. O primeiro trimestre de 2002 deverá registrar crescimento de apenas 0,5% do PIB. O Ipea projeta um crescimento do PIB para o ano que vem de 3,3%, levando uma recuperação da economia no segundo semestre ancorada no fim do racionamento, na estabilidade cambial e queda na taxa básica de juros para um dígito. A inflação deverá encerrar 2001 em 6,6% do INPC, caindo para 4% em 2002. Todas as projeções macroeconômicas do Ipea para 2001 foram revistas neste Boletim, em decorrência da crise energética, da desvalorização cambial de 30%, da alta dos juros, da crise argentina e da desaceleração nos países desenvolvidos. (Valor - 10.08.2001)

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14- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Para Enron, 75% do problema do setor elétrico é cambial

O vice-presidente da Enron na América do Sul, Brett Wiggs, afirmou que o impasse cambial é responsável por pelo menos 75% dos problemas que afastam investimentos no setor elétrico brasileiro. "A Aneel fez o fabuloso trabalho de proteger o consumidor. O problema é que protegeu tão bem que hoje estamos sem energia", disse o executivo. Sem poder repassar integralmente custos em dólar para tarifas de energia elétrica, o controlador da Elektro afirmou que, apesar de não faltar entusiasmo da empresa norte-americana pelo mercado brasileiro, será difícil desenvolver novos projetos de geração sem que antes o governo solucione o problema cambial. As indefinições regulatórias e do MAE, a seu ver, reduzem em 25% o apetite dos investidores pela demanda brasileira. "É necessário ter alguma garantia de mercado. Deve-se evitar alterações das regras durante o jogo", afirmou. Wiggs demonstrou preocupação com o destino dos 380 MW que serão gerados a partir de outubro pela térmica Eletrobolt, em construção no RJ. (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)

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financiamento

1- Leilão de energia excedente tem o segundo menor preço

No dia 09.08.2001, os leilões eletrônicos de energia excedente alcançaram o segundo menor valor, de R$ 267,99 o MWh, abaixo apenas de R$ 250, registrado em 17 de julho de 2001. Foram comercializados 1.000 MWh, o que, por sua vez, foi o terceiro maior volume vendido em um só dia. Em 09.08.2001, com o preço do MWh a R$ 267,99, os compradores conseguiram pagar até menos do que haviam sinalizado anteriormente. O volume de ofertas para compra totalizou 2.250 MWh, sendo 1.000 MWh a R$ 270; 350 MWh a R$ 250; e 900 MWh a R$ 200. Na outra ponta, os vendedores apresentaram 3.850 MWh, sendo 1.500 MWh a R$ 267,99; 1.000 MWh a R$ 269; 1.000 MWh a R$ 269,96; e 350 MWh a R$ 295. (Gazeta Mercantil - 09.08.2001)

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financiamento

1- Dólar mantem movimento de queda e recua 0,08%

O dólar comercial manteve o movimento de queda iniciado no dia 8 de agosto e fechou em R$ 2,4670, em baixa de 0,08%. A fraca volatilidade (de 0,61%) da moeda norte-americana ao longo do dia refletiu uma divisão equilibrada de apostas no mercado sobre a eventual liberação de novo socorro financeiro à Argentina pelo FMI. (Estado de São Paulo - 10.08.2001)

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2- IGP-DI tem maior alta desde agosto

A alta das tarifas e preços administrados provocou, em julho, a maior inflação no varejo apurada no âmbito do Índice de Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), medido pela FGV, desde julho de 2000. O IPC registrou elevação de 1,36%, acima do 0,52% de junho. O Índice Nacional da Construção Civil (INCC) ficou em 0,52% em julho, comparado a 1,16% no mês anterior. A estimativa da FGV para o IGP-DI de agosto é de alta entre 1,20% a 1,30%, num cenário em que o dólar se posicione em R$ 2,30. (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)

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3- Sistema Eletrobrás terá crédito adicional

Catorze empresas vinculadas ao sistema Eletrobrás serão beneficiadas com crédito extraordinário no total de R$ 1,1 bi, aberto no dia 9 de agosto por meio de medida provisória, assinada pelo presidente FHC . A MP altera o orçamento de investimentos da União. A maior parcela, no valor de R$ 329,7 mi, será destinada ao projeto de ampliação da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, e algumas linhas de transmissão localizadas na área de operação da Eletronorte.De acordo com nota distribuída à imprensa pelo Palácio do Planalto, os fundos têm origem nas próprias empresas, em repasses da holding Eletrobrás e outros recursos de longo prazo. "Os créditos atenderão a despesas imprevisíveis e urgentes com investimentos, principalmente em geração e transmissão de energia elétrica. O objetivo é atenuar, a curto e médio prazos, os efeitos da crise de energia", assinala. (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)

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4- MP prevê crédito para outros projetos

A MP prevê crédito para outros projetos das principais empresas que integram o sistema. A interligação dos sistemas elétricos brasileiro e uruguaio, em curso pela Eletrobrás, receberá R$ 64,2 mi. Também será beneficiada uma termelétrica que está sendo implantada na região Norte do Rio, com participação acionária da estatal. A Eletronuclear vai receber crédito de R$ 43,2 mi, destinado à manutenção da usina Angra I e complementação de Angra II. Os recursos também serão utilizados na substituição do combustível nas duas térmicas. Para a Eletrosul estão previstos R$ 132,6 mi a serem aplicados nas linhas de transmissão no extremo Sul do País. Na Chesf, R$ 190 mi serão gastos na ampliação da capacidade de geração das térmicas Camaçari e Bongi e nos sistemas de transmissão do Nordeste. Furnas receberá R$ 197,8 mi, para a implantação dos sistemas de transmissão Bateias (PR) aIbiúna (SP) e Foz do Iguaçu (PR) a SP. Também haverá investimentos na usina hidrelétrica de Santa Cruz, no Rio, e na implantação das linhas de transmissão Norte-Sul II (trecho entre Miracema e Itumbiara) e Itaipu-SP. Também foram destinados R$ 187,5 mi do total de R$ 1,1 bi para projetos das empresas Eletroacre (Acre), Ceal (Alagoas), Cepisa (Piauí), Ceron (Rondônia), Boa Vista Energia, Manaus Energia, CGTEE, no RS e Ceam (Amazonas). (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)

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5- 48% dos projetos apoiados pelo BNDES são para distribuição

Um levantamento revela que 48% dos projetos para o setor elétrico que já estão sendo financiados pelo BNDES são da área de distribuição. Das 27 iniciativas com recursos já garantidos, 13 são para a ampliação e modernização de redes de concessionárias. Essas melhorias, de fato, podem aumentar a eficiência e reduzir o desperdício de energia, mas não trazem capacidade adicional ao sistema elétrico, dizem especialistas. Entre as distribuidoras que foram beneficiadas com dinheiro do BNDES estão Cerj, Coelba, RGE, CPFL e Light. (Folha - 10.08.2001)

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6- BID ampliará financiamento para setor elétrico

O BID vai ampliar a liberação de financiamentos para o setor elétrico brasileiro este ano, preferentemente para projetos da iniciativa privada. Até dezembro, podem ser atendidos projetos das térmicas Carioba II (SP), controlada pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), e Termoaçu (RN), controlada pela Iberdrola, por meio da Guaraniana. Os projetos têm capacidade prevista de 1,28 mil MW. Também este ano, os projetos de térmicas da El Paso, Light e AES receberão recursos do BID, assim como a norte-americana Enron e a Duke Energy, com as quais o banco mantém negociações. As distribuidoras, que garantem a compra da energia gerada pelas usinas, são fortes candidatas a receber esses financiamentos. O banco faz restrições a projetos com participação da Petrobras e Eletrobrás acima de 25%, por já existir linha de financiamento de US$ 600 mi para que as estatais construam térmicas e hidrelétricas. (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)

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7- BID cobre riscos de crédito

O BID está promovendo no Brasil o lançamento da garantia de crédito parcial, um novo produto pelo qual a instituição cobre os riscos de financiamento para projetos de infra-estrutura. O novo instrumento financeiro, voltado para pequenos e médios projetos, permite ampliar prazos de empréstimo no mercado doméstico. Com isso ele mitiga o risco cambial e a dependência das empresas com relação aos financiamentos do mercado internacional. "O foco do produto está em tentar desenvolver os mercados de capitais locais", explica Leandro Alves, do Departamento do Setor Privado (PRI, em inglês) do BID. O executivo descarta, porém, a utilização do instrumento para grandes projetos de infra-estrutura que impliquem na captação de altos volumes financeiros a prazos longos, o que é difícil no mercado doméstico. Segundo Alves, a garantia de crédito parcial banca todos os riscos do projeto, sendo que o BID cobre uma parte do risco de crédito do mutuário.(Valor - 10.08.2001)

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8- BNDES aprova tres projetos de geração

Os três mais recentes projetos aprovados mostram a preocupação do BNDES com a ampliação da capacidade de geração de energia. São duas usinas de co-geração - Santa Elisa (26 MW) e Cerradinho (22,34 MW)- e a contratação de turbina para a termelétrica a gás Termosergipe (250 MW). Nenhuma das últimas seis iniciativas aprovadas é da área de distribuição. Aprovados no último dia 3, os financiamentos para as usinas de Santa Elisa e Cerradinho são, claramente, sinal da crise. Nesses casos, o BNDES financiou quase 80% do projeto -limite máximo, ampliado recentemente, de financiamento do banco para o setor. As usinas receberam, respectivamente, R$ 35,2 mi e R$ 17,7 mi. O investimento total de Santa Elisa é de R$ 44 mi e de Cerradinho, de R$ 22,2 mi. Ao todo, estão sob financiamento do BNDES 14 projetos de geração de energia. Somadas, essas obras vão acrescentar 4.996 MW ao sistema elétrico até 2003. (Folha - 10.08.2001)

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9- Crédito longo prefixado some da praça

A volatilidade do mercado financeiro nos últimos meses fez o investidor ficar mais cauteloso. A prioridade é fugir do risco e encurtar o prazo dos investimentos. Há mais de seis meses, o contrato de juros com maior liquidez na BM&F é o de outubro. Os investidores não transferiram os negócios para vencimentos mais distantes com o passar dos meses por causa da instabilidade crescente. O crédito prefixado de médio e longo prazo some da praça porque utiliza como base para a formação da taxa de juros os contratos da BM&F. Quando os bancos decidem emprestar por períodos maiores, usam taxas pós-fixadas. (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)

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10- C-Bond cai 0,7%, mas 'brady' da Argentina sobe

O mercado de títulos da dívida dos emergentes teve mais um dia de volatilidade, com atenção voltada para o possível empréstimo adicional do FMI à Argentina. Mas o destaque de no dia 9 foi o desatrelamento dos títulos brasileiros e argentinos. O fato não chamaria a atenção se os bônus da Argentina estivessem em queda e os brasileiros em alta. Não foi isso que aconteceu: o C-Bond perdeu 0,7% de seu valor (para US$ 0,729 com spread de 936 pontos), ao mesmo tempo que o argentino Global 8 valorizava 0,8% (para US$ 0,627 com spread de 1.694 pontos). Analistas não afirmaram a razão para a depreciação dos brasileiros, que caiam desde o começo do dia. A performance muito ruim das bolsas européias e asiáticas ou a venda de papéis brasileiros para cobrir a compra de argentinos pelos investidores são possíveis razões.(Valor - 10.08.2001)

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gás e termoelétricas

1- Aneel autoriza construção de térmica no Ceará

A Aneel anunciou, no dia 09.08.2001, a autorização para a construção da termelétrica Dunas, pela BP Brasil, que está projetada para o município de São Gonçalo, no Ceará. A usina vai operar em ciclo combinado com dois turbogeradores, sendo um a vapor e outro a gás natural, de 187 MW cada. Serão necessários R$ 449 mi para terminar a usina de 374 MW de potência. A térmica deverá entrar em operação até o dia 31 de dezembro de 2003. (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)

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2- Alíquota de PIS sobre o gás é criticada

Entidades empresariais iniciaram uma forte ofensiva no governo e no Congresso Nacional para modificar os termos do projeto de lei do Executivo que trata da incidência do PIS e da Cofins nas operações de venda de gás natural. Os setores empresariais alegam que a proposta do governo, que tramita na Câmara dos Deputados, isenta desses tributos a venda do gás natural e do carvão mineral para as usinas térmicas. Em compensação, dizem, introduz uma alíquota de 14,4% sobre as demais vendas feitas pelos distribuidores estaduais de gás natural canalizado, o que, nas contas das concessionárias, acarretará um aumento de 8% para todos os usuários de gás natural que não se dedicam à geração de energia elétrica. (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)

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3- Fabricantes estudam aluguel de turbinas a gás para indústrias

Grandes fabricantes mundiais como General Electric e Alstom estudam trazer para o Brasil, turbinas usadas de termelétricas movidas a gás natural. O objetivo das duas empresas é introduzir, no País, uma prática já consolidada no exterior: o aluguel de máquinas recondicionadas para a indústria consumidora de eletricidade. Para tanto, aproveitam a oportunidade de mercado aberta com o racionamento. A entrega das turbinas recondicionadas é quase imediata. O período exigido entre o fechamento do contrato e a instalação na fábrica do cliente varia de dois a três meses. Quanto ao prazo do contrato, negociado entre as partes, pode ter um mínimo de seis e um máximo de 12 meses. "Por períodos maiores, a operação pode ficar muito cara", diz Paulo Lago, diretor de desenvolvimento de negócios e marketing da Alstom. Embora, lembre ele, nada impeça que o cliente faça um contrato mais longo com cláusula de recompra, por parte da fabricante, no final do período. "O aluguel de turbinas não é nosso negócio principal", diz o executivo. "Mas é o que se adequa ao mercado brasileiro neste momento, em que os clientes têm pressa e a indústria não consegue entregar turbinas novas no prazo necessário." Por se tratar de um negócio novo, nem Alstom nem GE fecharam, ainda, nenhum contrato. No entanto, as duas empresas já têm experiência com esse tipo de operação no exterior. (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)

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grandes consumidores

1- Ipea projeta PIB menor

O Ipea divulgou, no dia 09.08.2001, uma nova revisão para a estimativa do PIB em 2001, com previsão de crescimento de 2,7%, ante 4,3% previstos no início do ano. Segundo o Ipea, a revisão foi motivada pela conjunção entre racionamento, alta dos juros e instabilidade cambial. O Instituto trabalhou com a perspectiva de prorrogação do racionamento até o final do primeiro semestre de 2002, com progressiva desaceleração da economia do País. No caso específico da redução do consumo de energia, a projeção de impacto vai até o primeiro trimestre de 2002, quando o PIB deverá crescer apenas 0,5%, ante 4,1% nos três primeiros meses de 2001, de acordo com o Instituto. Apesar das dificuldades resultantes do racionamento no início de 2002, avaliou-se que o desempenho do PIB será melhor (3,3%), já que a economia deverá se recuperar no segundo semestre. Para 2001, os impactos do racionamento serão significativos sobre a produção industrial, na avaliação do Ipea. A expectativa do Instituto é de uma queda de 0,4% no segundo semestre, na comparação com o mesmo período do ano 2000. Na indústria de transformação, essa queda será ainda maior na previsão do Instituto, chegando a 1,4% no segundo semestre. (Hoje em Dia - 10.08.2001)

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2- Indústrias só devem investir em equipamentos para geração em último caso

Segundo recomendação da Fiesp, apenas em último caso a indústria deve investir no aluguel ou na aquisição equipamentos para geração de energia. "A primeira providência é identificar se existem gorduras no consumo de energia dentro da unidade industrial", recomenda Pedro Cauvilla, coordenador técnico da sala Operação Energia da entidade, criada para orientação do consumidor, logo após o governo decretar o racionamento. O segundo passo é a implantação efetiva de medidas de eficiência energética. A terceira etapa, segundo Cauvilla, é avaliar se a cogeração é adequada ou não ao processo industrial. "Se for, a decisão da empresa não deve visar apenas uma situação de emergência, mas o longo prazo", resume ele. Assim, apenas uma quarta etapa seria caracterizada pelo investimento em um equipamento gerador. Cauvilla lembra que também aqui vale a regra do custo/benefício. O empresário deve avaliar o que é melhor: investir na geração de emergência, em equipamentos para longo prazo ou na compra de energia elétrica no MAE. (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)

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3- Ambev eleva plano de investimentos com projeto de co-geração

A AmBev aumentou seu plano de investimentos em R$ 150 mi em função dos projetos de co-geração de energia. A companhia previa aportar R$ 450 mi, mas decidiu incrementar esse montante em R$ 75 mi, para R$ 525 mi. De acordo com o diretor financeiro, Felipe Dutra, o restante será investido em 2002. "A meta da AmBev é atingir 70% de geração interna até o segundo semestre de 2002", afirmou. Para alcançar a meta, a empresa comprou dez geradores móveis para o período de contingência, com capacidade de 2 megawatts MW cada. Por ano, o grupo consome 120 MW e terá que reduzir o consumo em 15%. "Ainda encontramos deficiências para cumprir a meta, mas estamos nos alinhando para alcançá-la até o final do ano", disse Dutra. (Gazeta Mercantil - 10.08.2001)

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internacional

1- Calor leva rede energética americana ao limite

O calor escaldante levou a rede energética do Nordeste dos EUA ao seu limite no dia 09.08.2001, superando os recordes de uso de energia e elevando os preços às alturas, enquanto os responsáveis pela rede tentavam de toda maneira impedir o sobrecarregamento dos sistema. Os gerentes do sistema energético declararam estado de emergência e ordenaram uma redução e 5% da voltagem do estado do Maine ao estado da Virgínia. As elétricas chegaram a pedir a empresas e a agências do governo para fechar mais cedo e desligar o maquinário. Apesar dos esforços de redução do consumo, a região apresentou níveis recordes de demanda e tem poucas reservas. A demanda no estado de Nova Iorque chegou a 30.983 MW, no terceiro dia seguido a bater o recorde de consumo. (New York Times – 10.08.2001)

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2- AES deve sair da Índia

A companhia americana AES anunciou que queria que o governo indiano comprasse suas ações no seu projeto no estado de Orissa, como primeiro passo da sua saída da Índia. A AES está considerando vender seus 51% das ações da Central Electricity Supply Co para o governo local por causa de várias contas não pagas e de uma briga séria com os trabalhadores. Em maio de 2001, cerca de 2000 trabalhadores incendiaram a subsidiária da AES, Orissa, depois que a companhia parou de pagar os empregados. A AES anunciou que espera mais protestos porque os salários não estão sendo pagos. A companhia tem milhares de devedores e afirma que tem sofrido roubos de energia enormes. A AES pretende oferecer suas ações ao governo local por bem menos do que US$ 140 mi, valor que pagou pelos 51% da empresa indiana. (Finantial Times – 09.08.2001)

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3- Acordo nuclear entre Argentina e austrália desperta polêmica

Um acordo de cooperação nuclear entre a Argentina e a Austrália, que foi firmado no dia 08.08.2001 em Camberra, despertou uma polêmica pela possível importação de resíduos nucleares de origem australiana. A organização ecológica Greenpeace sustenta que este acordo for firmado ele respaldará a proposta da INVAOP de importação de resíduos nucleares pela Argentina, o que violaria a Constituição argentina. A chancelaria argentina nega a afirmação. As fontes oficias afirmam que o acordo " é uma marco na história da cooperação" e permitiria recondicionar o combustível nuclear gasto pelo reator construído pela INVAP na Austrália. " Não se trataria da importação de resíduos radioativos, mas de combustível a gasto a ser recondicionado" afirmou uma fonte oficial. Esse material, recondicionado na Argentina, voltaria a Austrália para seu novo uso. (Clarín – 10.08.2001)

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4- Shell quer unidade de gás flutuante

A Shell apresentou ontem um projeto para construir a primeira unidade flutuante de gás natural liqüefeito do mundo com o objetivo de explorar a reserva de Greater Sunrise no Mar de Timor. Se o projeto for aceito pelos parceiros de exploração, a australiana Woodside Petroleum, a americana Phillips Petroleum e a japonesa Osaka Gas, será uma inovação na indústria petrolífera. As reservas de gás deste campo estão avaliadas em 2,5 milhões de metros cúbicos. Para além da produção de gás liqüefeito, a unidade poderá permitir a compressão de gás com o objetivo de o canalizar para o gasoduto de Darwin, o que assegurará o abastecimento a longo prazo para os consumidores da região leste da Austrália. Esta unidade poderá estar operacional na entrada em exploração do campo, prevista para 2006. A Shell garante que sua proposta permitirá uma redução até 40% dos custos de construção face à fábrica em terra. (Diário Econômico – 10.09.2001)

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5- Investimentos em gás podem chegar a US$ 13 bi na Venezuela

Segundo o regulador venezuelano de gás, Rafael Ramirez, os projetos em gás da Venezuela devem gerar até US$ 13 bi em investimentos até 2010. Para Ramirez, o gás é um elemento essencial nos planos do país de desenvolver as indústrias de geração de energia, agricultura e petroquímica. Ele afirma que assim que o projeto desenvolvido na costa de Paria, que deve estar pronto em 2005, começar a ser explorado, o país terá um excedente de gás muito grande. O governo venezuelano está ainda trabalhando com Trinidad e Tobago para cooperar com as pesquisas nas reservas de gás que se situam na fronteira marítima dos dois países. (Business News Americas – 08.08.2001)

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6- Seis companhia lutam pela concessão da Tuxpan V

Seis companhias multinacionais expressaram interesse em fazer ofertas pela concessão mexicana de geração de energia Tuxpan V. As seis companhias são as espanholas Iberdrola e Unión Fenosa, a japonesa Mitsubishi, a canadense TransAlta, as belgas Tractebel e InterGen e uma união entre a Shell e a firma de engenharia Bechtel. A Tuxpan V é um gerador de ciclo combinado situado no estado de Veracruz no México, com capacidade de cerca de 520MW e que exige investimentos de cerca de US$ 400 mi. As ofertas serão anunciados no dia 07.02.2002 e o gerador deve começar a operar em março de 2005. (Business News Americas – 08.08.2001)

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1- Comissão das Comunidades Européias. "Livro Verde: para uma estratégia européia de segurança do aprovisionamento energético"

Comissão das Comunidades Européias. "Livro Verde: para uma estratégia européia de segurança do aprovisionamento energético". Bruxelas: 29 de Novembro de 2000. - Download - 128 páginas

Este artigo trata sobre o aprovisionamento energético nos países da União Européia, destacando a questão ambiental, a interdependência dos países-membros, os investimentos em energia, as fraquezas estruturais, os novos desafios etc.

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1- Segmentação das redes de distribuição

Segundo o diretor da empresa MS Assessoria, Moacir Pereira Lima Júnior, muito mais importante do que a segmentação (desverticalização) da rede básica é a segmentação das redes de distribuição, pois aí existe de fato o possível risco de impedimentos à competitividade. Para Moacir, os os maiores riscos à competição no setor, são aspectos da legislação/regulamentação, como por exemplo o limite de 30% para o self-dealing (num momento em que se sabia não haver energia) entre outros. Para ele é difícil de se crer que a desverticalização das empresas é que fará a competição surgir, pois, segundo ele, nenhuma outra atividade é mais fácil de sofrer uma ação de fiscalização do que a atividade de transmissão ou de distribuição de energia.

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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