1- Celesc terá nova modelagem |
José
Fernando Xavier Faraco, presidente da Federação das Indústrias
de Santa Catarina (Fiesc), coordena, no dia 10.08.2001, a última
reunião do grupo de trabalho que prepara o novo modelo operacional
da Celesc. De acordo com a proposta de reestruturação, a Celesc
será transformada numa holding à qual estarão subordinadas três
subsidiárias: uma distribuidora, uma geradora e uma empresa de
telecomunicações. Na holding e na distribuidora prevalecerá a
idéia da privatização sem alienação do controle acionário por
parte do Estado. "A grande inovação é que, mantendo-se como sócio
majoritário, o governo topou colocar a Celesc sob gestão profissional,
dentro das leis do mercado e sem ingerência política", diz Faraco.
A peça-chave da empresa, portanto, será o gestor, que será escolhido
por um comitê de gestão a ser formado em princípio por quatro
membros: um representante do acionista principal, um dos acionistas
minoritários, um dos usuários e um dos funcionários. A nova modelagem
da Celesc deverá ser entregue de imediato a um grupo executivo,
a quem caberá realizar uma série de audiências públicas antes
de passá-la à Assembléia Legislativa, que dará a palavra final.
A idéia é aprovar a operação até o início de novembro, quando
começam a vencer compromissos-chave da Celesc, entre eles o pagamento
de debêntures no valor de R$ 50 mi. (Gazeta Mercantil - 09.08.2001)
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2- Comissão aprova projeto contra venda da Copel |
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembléia Legislativa
(AL) do Paraná aprovou, no dia 07.08.2001, por unanimidade o projeto
popular contra a venda da Copel. Esta foi a primeira votação à
qual o projeto deveria ser submetido antes de seguir para o plenário.
Ainda na segunda semana de agosto de 2001, o projeto será apreciado
pela Comissão de Finanças da Assembléia, para só então ser votado
em plenário. O objetivo do presidente da AL, deputado Hermas Brandão,
é votar o projeto até o dia 16.08.2001. A votação do projeto que
revoga a lei 12.355/98, que autorizou o governo do Estado a vender
o controle acionário da Copel, será apertada. Até o momento, os
deputados oposicionistas somam 24 votos do total de 54 deputados,
de acordo com o Fórum Popular Contra a Venda da Copel. Durval
Amaral, líder do governo na AL, garante que 30 deputados votarão
a favor do governo. A maioria para manter ou derrubar a lei 12.355
é de 27 parlamentares, isto porque Brandão, o presidente da casa,
só vota em caso de empate no plenário. (Gazeta Mercantil - PR
- 08.08.2001)
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3- Repasse do déficit do anexo V para os consumidores
pode chegar a 60% |
O repasse para as tarifas dos consumidores do déficit provocado
pelo anexo V dos contratos de geração de energia se traduzirá
num aumento entre 15% e 60%. Quem prevê esse nível de reajuste
é o gerente comercial da AES Tietê, Maurício Malachias Fernandes.
Para ele, de uma forma ou de outra, esse saldo devedor será transferido
para as tarifas públicas. "Não vejo uma solução a curto prazo
para essa questão, pois envolve um acordo de recompra que a Aneel
não reconhece", declarou Malachias. O gerente afirma não há interesse
entre distribuidoras e geradoras para que a disputa seja resolvida
no momento. "Esses valores já chegam a R$ 12 bi", disse o executivo.
(Canal Energia - 07.08.2001)
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4- RGE defende reajustes tarifários para solucionar
pendência do Anexo V |
O presidente da RGE, Sidney Simonaggio, que participou, no dia
08.08.2001, do seminário Energy Summit, promovido pelo International
Business Communications (IBC), no Rio, defendeu, como solução
para a pendência com relação ao Anexo V, reajustes tarifários
tanto no atacado (nos contratos com os geradores) quanto nas tarifas
para o consumidor final. Dessa forma, justificou, seria restabelecido
o equilíbrio econômico-financeiro das companhias do setor, sem
prejudicar as empresas de geração. (Gazeta Mercantil - 09.08.2001)
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5- Inmetro vai verificar falhas nos medidores |
A freqüente dúvida de alguns consumidores sobre a precisão do
medidor de energia na leitura do consumo mensal levou a Aneel
e o Inmetro a firmarem uma parceria. Com isso, técnicos do instituto
dirigem-se às residências para testar novamente a qualidade dos
aparelhos em uso, já que o produto passa por avaliação no processo
de fabricação. No Rio de Janeiro, estas visitas já foram finalizadas
e começam neste mês em São Paulo. Segundo o superintendente de
Fiscalização de Serviços de Eletricidade da Aneel, Hélio Puttini,
esta iniciativa não tem nada a ver com o plano de racionamento.
"Começamos no Rio de Janeiro em 2000. O projeto tem caráter de
fiscalização e segue os procedimentos normais da agência." Mas
ele admite que a coincidência beneficiará o consumidor. "Nós nos
antecipamos ao plano de racionamento. O resultado dará maior segurança
quanto à precisão da leitura. O objetivo é resguardar o direito
do consumidor", disse Puttini. (Hoje em Dia - 08.08.2001)
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6- SC quer gerar a luz que consome |
Santa Catarina quer se tornar auto-suficiente na geração de energia
em dois anos. O vice-governador do Estado, Paulo Bauer, apresentou,
no dia 08.08.2001, os projetos e obras no setor que deverão engrossar
o sistema energético e fazer com que a produção salte dos atuais
1.664 MW para 7.361 MW nos próximos sete anos. O vice-governador
não soube precisar o quanto o governo vai investir, mas lembrou
que a Celesc terá participação acionária nos projetos. Bauer,
que preside o Grupo Executivo de Energia de SC (Genesc), já fez
as contas e acredita que, com a operação da Hidrelétrica Machadinho,
no Rio Pelotas, em dois anos, o Estado produzirá o que consome.
"Não estamos levando em conta o aumento de consumo", lembrou.
Outra obra destacada foi a usina térmica a gás projetada para
o município de Guaramirim, com capacidade de 300 MW, na qual o
Consórcio El Paso deverá injetar US$ 250 mi. A Celesc gera 3%
do consumo do Estado, que é de 2,3 mil MWh. No megaprojeto apresentado
por Bauer, aparece ainda a termelétrica a carvão, no município
de Treviso. Obra prevista para gerar 440 MW, consumir cerca de
US$ 650 mi e três anos para ficar pronta. (Diário de Santa Catarina
- 09.08.2001)
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1- GCE define normas para racionamento no Norte |
A base de cálculo para a aplicação do racionamento de energia
elétrica nos estados do Pará, Maranhão e Tocantins, nas áreas
atendidas pela geração da usina de Tucuruí, foi definida no dia
08.08.2001 pela GCE: são os meses de julho, agosto e setembro
de 2000. Os consumidores eletrointensivos estabelecidos na região
Norte estão obrigados a baixar 25% o consumo de energia elétrica.
Fabricantes de cimento, 20%. Para as outras indústrias, 10% e,
para comércio, serviços e outras atividades, 15%. No caso dos
consumidores eletrointensivos, que, em conjunto, representam cerca
de 65% de toda a energia gasta na região Norte, o governo determinou
que seja desenvolvido um acompanhamento rigoroso das metas. Tanto
que, a cada dia 15, será feita leitura para fins de controle e
fiscalização do cumprimento da meta. As distribuidoras poderão
alterar o atual calendário de faturamento, desde que previamente
negociado com os usuários. (Gazeta Mercantil - 09.08.2001)
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2- Governo divulga regras para calcular aumento da
cota |
As residências que tiveram acréscimo de habitantes por nascimento,
adoção ou dependência econômica e os consumidores que passaram
a trabalhar em casa poderão ter sua cota de consumo de energia
aumentada. A GCE divulgou, no dia 08.08.2001, a fórmula que deverá
ser adotada pelas distribuidoras para atribuírem novas quotas
para estes consumidores residenciais. De acordo com a fórmula,
para se chegar à nova meta, deve-se multiplicar a meta antiga
por 0,6 (o que corresponde a 60% de consumo fixo). Os 40% do consumo
restantes, divide-se pelo número antigo de moradores e multiplica-se
pela nova quantidade de residentes. A fórmula para quem passou
a trabalhar em casa prevê um consumo de equipamentos de trabalho
por 176 horas a cada mês, ou seja, oito horas por dia, 22 dias
por mês. Neste caso, a distribuidora deverá verificar os equipamentos
utilizados e calcular como se 60% da carga utilizada por eles
estivesse em funcionamento durante as oito horas de trabalho.
Sobre o valor encontrado, é calculada ainda uma meta de 80% referente
ao racionamento. O consumo verificado anterior ao trabalho em
casa será acrescido da meta pela atividade econômica. (Folha Online
- 08.08.2001)
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3- Quem pedir revisão de meta sem motivo terá luz cortada
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Os consumidores residenciais que tiverem ultrapassado a meta de
consumo de energia e que pediram a revisão do consumo com a intenção
de adiar um possível corte, com argumentos manifestamente improcedentes,
serão punidos com a suspensão do fornecimento de energia. Essa
suspensão será efetuada até 48 horas depois do recebimento pelo
consumidor de um comunicado de indeferimento do pedido de revisão,
que deverá conter um aviso de que o corte será feito. A medida
faz parte da resolução da GCE que abre novas possibilidades para
revisão. A resolução não prevê uma data limite para a apresentação
dos pedidos de revisão que poderão ser feitos a qualquer tempo.
As concessionárias ou distribuidoras deverão responder à solicitações
no prazo máximo de 21 dias, ficando neste período suspenso o corte
no fornecimento. (Folha Online - 08.08.2001)
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4- Consumidor que pagou sobretaxa pode receber dinheiro
de volta |
Os consumidores que pagaram sobretaxas nos dois primeiros meses
do racionamento poderão ter os valores devolvidos caso as distribuidoras
considerem procedentes os pedidos de revisão apresentados a partir
de agora. O assessor da GCE, Reni Antônio da Silva, explicou a
devolução só vale para quem pediu a revisão da meta até 16 de
julho de 2001, mas teve a solicitações negada, por não haver regras
claras para os casos de novos moradores nas residências e trabalho
em casa. Já os consumidores que não tiverem solicitado revisão
anteriormente não terão direito à devolução. Os novos pedidos
de revisão de meta poderão ser feitos a partir de 09.08.2001 junto
às distribuidoras. Desta vez não haverá prazo final para o encaminhamento
dos pedidos, podendo ocorrer até o fim do racionamento. (Folha
Online - 08.08.2001)
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5- Secretário de Energia do Rio pode ir à Justiça contra
falta de bônus |
O não pagamento do bônus aos consumidores que economizaram além
dos 20% exigidos pela GCE, mas ultrapassaram 100 KWh, pode levar
o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio, Wagner
Vícter, a reclamar seus direitos na Justiça. Segundo Vícter, que
teve 210 KWh gastos em sua residência em julho de 2001, para uma
meta de 830 kWh, o bônus a que teria direito corresponderia aproximadamente
ao valor da sua conta. "... Como cidadão, mandei meu advogado
estudar a possibilidade de entrar na Justiça", avisou o secretário,
ressaltando que pedirá também à Defensoria Pública do Estado para
estudar o assunto. Classificando a falta de desconto de "calote",
Vícter alertou o governo federal para a desmoralização perante
a sociedade. "Isso acaba sendo desmobilizador. Se não estamos
tendo um colapso energético é porque a sociedade deu essa resposta
de economia. O administrador tem que ter muita responsabilidade
naquilo que diz. Eu teria vergonha de prometer alguma coisa e
não cumprir", concluiu. (Agência JB - 07.08.2001)
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6- Cemig diz que cortes só virão após dia 20.08.2001
|
Os consumidores mineiros que ultrapassaram, pela segunda vez,
a meta de consumo de energia elétrica não sofrerão cortes punitivos
antes do dia 20.08.2001. A informação é da assessoria de comunicação
da Cemig, empresa que promete uma "cuidadosa pesquisa" antes que
os cortes sejam implementados. A Cemig tem hoje capacidade operacional
para fazer 60 mil cortes por mês. Mas os dados de julho revelam
que, apenas entre os consumidores residenciais, mais de 1 milhão
não cumpriu a meta do racionamento. O maior percentual de descumprimento
(43%) foi observado entre os que consomem mais de 501 KWh/mês.
Mesmo admitindo a contratação de mais funcionários, a Cemig deve
seguir a orientação da CGE e priorizar os cortes de consumidores
que se distanciaram mais da meta. (Hoje em Dia - 08.08.2001)
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7- Grandes empresas do interior de SP não terão corte
de energia |
Os 120 grandes consumidores de energia localizados nos 234 municípios
do interior de São Paulo atendidos pela CPFL não sofrerão cortes
de energia em agosto de 2001. Segundo a empresa, a compra de energia
nos leilões do MAE e as negociações bilaterais garantiram a todas
essas empresas o cumprimento das regras do racionamento. Entre
os municípios atendidos pela distribuidora estão: Americana, Araçatuba,
Araraquara, Barretos, Bauru, Campinas, Franca, Gavião Peixoto,
Marília, Ribeirão Preto, São Carlos e São José do Rio Preto. (Folha
Online - 08.08.2001)
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8- Abrace é contra adoção de cortes de energia previstos
no Plano B |
A Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de
Energia (Abrace) não vai aceitar a adoção do Plano B do racionamento,
que prevê cortes programados para todas as categorias de consumidores.
A declaração é do diretor executivo da associação, Paulo Ludmer.
"Já fomos discriminados quando nos obrigaram a economizar 25%,
enquanto os outros consumidores tiveram suas cotas de corte fixadas
em 20%'', diz o representante das empresas eletrointensivas. Ele
justifica que o setor foi o único que nos últimos 10 anos diminuiu
o consumo por quilo produzido industrialmente. Ludmer afirma ainda
que a maioria das empresas têm cogeração. A indústria eletrointensiva
responde por 20% da energia elétrica consumida no país. Entre
os consumidores industriais, sua participação é de 33%. (Folha
Online - 08.08.2001)
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9- Elektro aprova quase 90 mil metas de consumo |
A Elektro divulgou que dos 143.983 pedidos de revisão de meta
recebidos, 108.602 foram analisados até o dia 05.08.2001. Do total
respondido, 89.913 pedidos foram aprovados e 18.296, negados.
Para 420 consumidores foram requisitadas informações adicionais.
A distribuidora informou ainda que, por enquanto, não estará aceitando
novos pedidos de revisão e que aguarda uma notificação oficial
da GCE sobre a nova resolução que prevê a prorrogação do prazo
para análise de metas em alguns casos específicos. A área de concessão
da Elektro abrange 223 municípios no Estado de São Paulo e mais
cinco no Mato Grosso do Sul e possui 1,6 milhão de clientes. A
concessionária ainda não forneceu dados de consumo referentes
ao mês de agosto alegando que o atraso se deve a problemas técnicos.
(Estado - 09.08.2001)
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10- SP deixará de arrecadar R$ 800 mi em ICMS |
A arrecadação ICMS de São Paulo deverá ter crescimento zero de
agosto até dezembro de 2001. Isso significa que o Estado deixará
de arrecadar R$ 800 mi, de acordo com Coordenador da Arrecadação
da Secretaria da Fazenda, Clovis Panzarini. Segundo a Secretaria
da Fazenda, a perda de arrecadação na última segunda-feira, dia
06.08.2001, foi R$ 47 mi. Esse desempenho é preocupante porque
cerca de 40% da receita do ICMS se concentra nos primeiros cinco
dias úteis do mês. Foram arrecadados nesse período R$ 758 mi,
ante uma previsão de R$ 805 mi. A previsão já era considerada
conservadora, porque a média de arrecadação do quadrimestre abril-julho
havia sido de R$ 852 mi nos primeiros cinco dias úteis. (Estado
- 09.08.2001)
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11- Parente recebe proposta contra demissões em decorrência
do racionamento |
Dirigentes
da Força Sindical, empresários e representantes dos sindicatos
dos Metalúrgicos e dos Trabalhadores na Indústria de Brinquedos
de São Paulo levarão, no dia 10.08.2001, ao presidente da GCE,
ministro Pedro Parente, propostas destinadas a evitar demissões
nesses setores em decorrência do racionamento de energia. Segundo
informou a assessoria da Força Sindical, no encontro, os dirigentes
sindicais e empresariais proporão, para o setor eletroeletrônico,
a redução em 50% do IPI e a ampliação do prazo de recolhimento
desse imposto e das contribuições para o INSS e o PIS/Cofins para
120 dias. (Estado - 09.08.2001)
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12- Eletricitários de MG podem entrar na Justiça para
não realizarem cortes punitivos de energia |
O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas
Gerais (Sindieletro) pode recorrer à Justiça para que seus filiados
não sejam obrigados a realizar os cortes punitivos de energia.
Liminar nesse sentido foi concedida aos trabalhadores de Campinas,
que alegaram riscos à integridade física. "Em vários locais as
pessoas já anunciam que não vão aceitar cortes. Nós tememos agressões",
reforça o presidente do Sindieletro, Marcelo Correia. Segundo
ele, os advogados do sindicato vão analisar a ação civil pública
interposta em Campinas e o exemplo poderá ser copiado em Minas.
(Hoje em Dia - 08.08.2001)
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13- Consumo médio de energia cai 5,2% na área da AES
Sul |
Os moradores dos 113 municípios atendidos pela distribuidora AES
Sul reduziram em 5,2% o consumo de energia em julho de 2001, na
comparação com o mesmo mês do ano 2000. O valor é inferior à média
apontada pelo ONS para julho, algo em torno de 6,4%, e também
ficou abaixo dos 7% recomendados pelo Governo Federal à Região
Sul. Os consumidores residenciais e o poder público atingiram
a meta do ONS, com média de redução de consumo de 11,2% e 9,4%,
respectivamente. Na comparação dos primeiros sete meses do ano,
houve redução de 0,6% no consumo total de energia em 2001. (Gazeta
Mercantil - RS - 08.08.2001)
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14- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Distribuidoras pretendem aumentar geração própria |
O desequilíbrio financeiro provocado pelo racionamento nas distribuidoras
não está afetando os investimentos de suas controladoras no aumento
da geração de energia própria. A Companhia Paulista de Força e
Luz pretende elevar, até 2005, em 26% a parcela de geração própria
da energia que distribui. O aumento ocorrerá com a conclusão de
quatro grandes projetos de geração. Juntas, as usinas vão gerar
2 mil MW e vão demandar investimentos de aproximadamente US$ 800
mi. A AES, controladora da Eletropaulo, também investirá em geração.
A empresa está retomando o projeto da termoelétrica de Santa Branca,
com 1.000 MW. A EDP, dona da Bandeirante, toca dois projetos termoelétricos
e ganhou novas concessões hidrelétricas nos últimos leilões da
Aneel. A empresa já divulgou que entrará na licitação de novas
usinas, em setembro de 2001, no Tocantins. (Valor - 09.08.2001)
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2- RGE acusa prejuízo de R$ 90 mi em 2001 |
A revisão tarifária não será suficiente para compensar o prejuízo
de cerca de R$ 90 mi da RGE em 2001. O presidente da distribuidora,
Sidney Simonaggio, disse que a alta do dólar e perdas de até 10%
com o racionamento são responsáveis por esse resultado negativo.
Segundo o executivo, por estar prevista somente para 2003, a revisão
tarifária não será autorizada pela Aneel a tempo de conter as
perdas da distribuidora. Além de comprar energia da CEEE e da
Gerasul, a RGE também tem Itaipu Binacional como fornecedora.
Por ser cotada em dólar, a carga gerada por Itaipu responderá
por prejuízo de R$ 42 mi para os cofres da distribuidora. Ao todo,
lembrou o executivo, as perdas somente com a alta do dólar serão
equivalentes a 5% da receita de R$ 900 mi obtida pela companhia
no ano 2000. Já com o racionamento, acrescentou Simonaggio, as
perdas de mercado para a companhia chegam a 7%, o que resultará
em 10% de queda do faturamento. Segundo o executivo, a distribuidora
não pensa, por enquanto, em rever os investimentos previstos para
2001 por causa das perdas. Antes da crise, estavam previstos aportes
de até R$ 82 mi, metade dos quais já foi desembolsada pela companhia.
(Gazeta Mercantil - 09.08.2001)
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3- Faturamento da Cemat cai 15,15% em julho |
Em julho de 2001, Mato Grosso economizou 14% de energia elétrica
além da meta prevista para o estado. O bom resultado, porém, não
reflete de forma positiva na receita das Cemat, que viu seu faturamento
projetado cair em 15,15% em julho. Em junho, essa redução foi
de 14,97%. A Cemat prevê um aumento da tarifa de energia em torno
de 14% para repor as perdas de receita. "Não sabemos ainda qual
será o percentual, mas esse reajuste deve ser feito o mais rápido
possível", explica o gerente do Departamento de Mercado da Cemat,
Wagner Gentil. (Gazeta Mercantil - MT - 09.08.2001)
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4- CPFL projeta uma perda na receita de R$ 420 mi |
Até dezembro de 2001, a CPFL terá uma perda de receita de R$ 420
mi, segundo estimativa de Oswaldo Feltrim, diretor comercial da
empresa. A perda mensal está estimada em R$ 70 mi. Segundo ele,
a empresa terá que pagar um total de R$ 6,8 mi em bônus para os
consumidores de até 100 KWh, que conseguiram reduzir o consumo
de energia. Na cobrança da sobretaxa, a empresa arrecadou R$ 2,1
mi, de acordo com Feltrim. A redução de consumo na área de concessão
da CPFL, em julho de 2001, ultrapassou a meta estabelecida pelo
governo 20%. Segundo Hélio Viana, diretor de Distribuição da empresa,
a economia acumulada foi de 25,4%. (Canal Energia - 07.08.2001)
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5- Faturamento da Ceal cai R$ 7,4 mi em julho |
O faturamento da Ceal está em queda desde o início do racionamento
de energia. Nos últimos dois meses saiu de uma média de R$ 27
mi por mês, até maio de 2001, para R$ 19,6 mi, em julho. A redução
é R$ 7,4 mi ou de 27,4%. Em junho, o faturamento da empresa, embora
não tivesse caído tanto, antecipava a queda: ficou em R$ 24,7
mi. A Ceal, segundo explicou o superintendente comercial em exercício,
o gerente de faturamento, Edson Lima, terá que seguir o exemplo
dos consumidores de energia elétrica para poder sobreviver. "O
impacto é muito forte no caixa da empresa e teremos que cortar
o máximo possível de despesas para poder suportar essa perda de
receita", justifica. (Gazeta de Alagoas - 09.08.2001)
Índice
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6- Eletropaulo prevê perda de R$ 650 mi |
Por causa do racionamento, a Eletropaulo, maior companhia do setor,
prevê perda de R$ 650 mi de julho a dezembro. O impacto na empresa
seria ainda maior, não fosse o reajuste de 13,83% concedido pela
Aneel no início de julho de 2001, data da revisão anual de tarifas.
Outros fatores também amenizaram o desgaste financeiro do racionamento:
recentemente, a companhia fez um processo de reestruturação, desde
que a americana AES assumiu seu controle e eliminou departamentos
inteiros como o de Recursos Humanos e o de Compras. Também promoveu
um Programa de Demissão Voluntária, concluído em maio de 2001.
Ainda assim, os investimentos terão que ser refeitos. Os primeiros
cortes serão feitos na ampliação da rede e na utilização de novas
tecnologias. (Valor - 09.08.2001)
Índice
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7- Receita menor vai forçar cortes nos investimentos |
As principais distribuidoras de energia do país amargaram quedas
de receita entre 20% e 30% nos dois primeiros meses de racionamento.
Além disso, enfrentaram aumento de custos com a contratação de
pessoal para o atendimento à população e em material de campanhas
explicativas. Esse desequilíbrio no caixa das companhias impactou
diretamente os investimentos programados para este ano, principalmente
a ampliação das redes, novas ligações e modernização dos equipamentos.
As perdas vão, certamente, impactar os balanços do segundo trimestre.
Ao longo do segundo semestre, as empresas esperam retração ainda
maior na receita. A CPFL já estima uma perda de R$ 450 mi e a
Bandeirante de Energia acredita que perderá R$ 400 mi. A Eletropaulo,
maior companhia do setor, prevê perda de R$ 650 mi de julho a
dezembro. (Valor - 09.08.2001)
Índice
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1- Pendências no MAE continuam e agentes não assinam
acordo |
A assembléia geral extraordinária dos agentes do MAE, no dia 08.08.2001,
terminou como se não tivesse sequer começado. As empresas de distribuição
conseguiram novamente barrar a votação do acordo de mercado e
do Conselho do MAE (Comae). Como na última reunião, a categoria
alega que é impossível decidir sobre o futuro do mercado sem antes
resolver pendências regulatórias, como o Anexo V, excedentes de
Itaipu e encargos de serviços de sistema. "Precisamos evitar decisões
com pilares emergenciais, que não se sustentam. Não podemos ignorar
as pendências", diz um executivo de distribuição. Por apenas dois
pontos percentuais, os geradores não conseguiram encaminhar a
votação do acordo mesmo cedendo em alguns pontos. Eles defendiam
a homologação do acordo de mercado, ainda que o Comae ficasse
para um próximo encontro. As decisões foram adiadas para uma nova
reunião, em 14 de setembro de 2001. (Gazeta Mercantil - 09.08.2001)
Índice
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2- Preços caem, mas leilão Asmae/Bovespa fecha sem
negócio |
Mesmo com a apresentação de preços menores que nos últimos dias,
o leilão de energia excedente voltou a fechar sem negócios no
dia 08.08.2001. Os vendedores registraram proposta de R$ 273 o
MWh ante os R$ 279,97 praticados no dia 07.08.2001. Mas, na outra
ponta, os compradores se recusaram a pagar mais do R$ 270 pelo
MWh. No total, foram apresentadas ofertas para a compra de 1.350
MWh, sendo 100 MWh a R$ 270, 900 MWh a R$ 251 e 350 MWh a R$ 250.
Os vendedores, por sua vez, foram reduzindo os preços ao longo
do período de ofertas, entre 10 horas e 13 horas. O leilão foi
aberto com a proposta de venda de 100 MWh a R$ 302 o MWh. Em seguida,
apareceram propostas para repassar 280 MWh a R$ 274 e, por fim,
1.200 MWh a R$ 273. (Gazeta Mercantil - 08.08.2001)
Índice
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3- Asmae será gerida por empresa especializada em gerenciamento
de companhias em crise |
A Asmae será chefiada por um profissional a ser recrutado no mercado
e pelos dois conselheiros que já estão à frente da empresa, interinamente:
Carlos Augusto Brandão, da Cemig, e Luiz Fernando Couto Amaro,
da CGTEE, subsidiária da Eletrobrás. A decisão foi tomada no dia
08.08.2001, durante reunião do Conselho de Administração da Asmae,
quando deveria ser decidida a gestão da administradora, a partir
da destituição de toda a antiga diretoria. Segundo o consultor
do Grupo Rede, Fernando Quartim, os agentes do MAE contratarão
uma empresa especializada em gerenciamento de companhias em crise.
Esta empresa, por sua vez, indicará um profissional que pode ou
não ser ligado ao setor elétrico, e que assumirá a posição como
um dos diretores da Asmae. Desta forma, a diretoria da administradora
será composta por este profissional e pelos dois conselheiros,
que em 08.08.2001 foram empossados como integrantes da direção.
(Gazeta Mercantil - 08.08.2001)
Índice
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4- Indefinições do MAE prejudicam comercialização da
energia da Macaé Merchant |
A indefinição quanto à retomada das operações no MAE está dificultando
a negociação dos contratos bilaterais de compra e venda de energia
da usina de Macaé Merchant, da El Paso, cuja comercialização será
baseada no MAE. "Com as indefinições que o mercado vem passando,
o fechamento dos acordos acaba se prejudicando", comenta Cláudia
Brun, gerente de Trading da companhia. Como uma dessas indefinições,
ela aponta o embate entre geradoras e distribuidoras em torno
do anexo V dos contratos de concessão. Outro ponto negativo destacado
pela gerente é a crise de energia, acarretando um aumento dos
riscos de créditos nas negociações. "A situação financeira das
empresas ficou muito abalada", comenta Cláudia. Ela não quis identificar
as empresas que estão na pauta de negociações para a compra de
energia produzida pela termelétrica. As negociações estão sendo
feitas com as empresas que fazem parte do MAE, com opções de prazo
variando de seis meses a três anos. (Canal Energia - 07.08.2001)
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5- Cemig cria balcão para negócios com baixa tensão |
A Cemig criou no dia 08.08.2001 o Balcão Mineiro de Energia, um
ponto de venda de energia elétrica para consumidores de baixa
tensão. Será possível comprar neste balcão no mínimo 100 KW/mês
e no máximo, 3.000 KW mensais. O objetivo da companhia é atender
estabelecimentos comerciais, empresas de prestação de serviços
e pequenas indústrias. No início de julho de 2001, a companhia
já havia criado a Bolsa Mineira de Energia, um mecanismo para
comercializar regionalmente, através de um portal na internet,
cotas de energia entre indústrias do Estado. Coordenada pela Federação
das Indústrias de Minas Gerais, a bolsa mineira já comercializou
1,8 milhão de KWh. O balcão para consumidores de baixa tensão
deverá registrar volume de negócios superior ao da bolsa. A expectativa
é movimentar R$ 1,3 mi/mês com a negociação de cerca de 5,4 mil
MWh mensais em 24 mil transações. (Valor - 09.08.2001)
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1- Otimismo contagia o Brasil e dólar cai |
A cotação do dólar comercial e as taxas de juros caíram após a
confirmação de que a Argentina negocia um novo acordo com o FMI.
A notícia foi divulgada pelo secretário de fazenda da Argentina,
Jorge Baldrich, e o empréstimo adicional pode ficar entre US$
6 bi e US$ 9 bi A cotação do dólar comercial fechou em baixa de
0,72% e valia R$ 2,469, na venda, em um dia de poucos negócios.
A Ptax, média das cotações apurada pelo BC, ficou em R$ 2,4704,
alta de 0,99%. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o contrato
de dólar com liquidação financeira em setembro recuou 0,06%, para
R$ 2,510. Para outubro, a moeda era negociada a R$ 2,545, baixa
de 0,08%. (Gazeta Mercantil - 09.08.2001)
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2- Projeções para as taxas de juros caem |
A possibilidade de um novo acordo com o FMI na Argentina, somado
à ajuda financeira concedida ao Brasil, afastou, temporariamente,
a expectativa de elevação nos juros básicos da economia. A taxa
está em 19% ao ano e o Copom estará reunido nos dias 21 e 22 para
definir o rumo dos juros. As projeções para as taxas de juros
caíram na BM&F. Entre os contratos mais negociados, o de outubro
passou de 21,64% para 20,90% ao ano. Os juros para janeiro de
2002 passaram de 23,51% para 22,84% ao ano. O contrato a termo
de DI de um ano - que indica a taxa prefixada no período - passou
de 24,15% para 23,46%.(Gazeta Mercantil - 09.08.2001)
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3- Dinheiro para emergentes fica mais escasso |
A tendência à redução da liquidez para as economias de mercado
emergentes aprofundou-se este ano, notadamente para a América
Latina, confirma levantamento trimestral do FMI divulgado no dia
08.08.2001. E as perspectivas não são lá muito róseas. Na melhor
das hipóteses, os empréstimos consorciados, que têm sido a principal
linha de financiamento da região, tendem a ficar como estão. A
perspectiva do Fundo é que 'os volumes de empréstimos permaneçam
nos níveis correntes (US$ 30 bilhões até julho) pelo restante
do ano', o que significa redução considerável dos montantes do
ano passado (US$ 94,2 bilhões). No mercado de bônus, a postura
defensiva dos investidores dedicados a mercados emergentes implicará
comprar, seletivamente, exportadores de petróleo (Rússia e México),
enquanto a desaceleração mundial não afetar os preços do combustível.
A perspectiva para as bolsas ainda é fraca. (Gazeta Mercantil
- 09.08.2001)
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4- BID libera US$ 243 mi para nova linha de transmissão |
O BID anunciou, no dia 08.08.2001, a liberação de US$ 243,9 mi
em financiamentos para a construção de uma segunda linha de transmissão
de energia entre o Brasil e a Argentina. O projeto é da iniciativa
privada. Estão envolvidas a brasileira Cien (Companhia de Interconexão
Energética) e a argentina Tesa (Transportadora de Energia S.A.).
Ambas pertencem à espanhola Endesa. Pelo projeto, será construída
uma linha de transmissão de 510 km (135 km em território argentino
e 375 km em solo brasileiro), entre as cidades de Rincón, na Argentina,
e Itá, no Brasil. A operação comercial da conexão deverá ser iniciada
no primeiro semestre de 2002. Em uma segunda fase da obra, deverá
ser instalada uma linha de fibra ótica. As empresas envolvidas
no projeto planejam vender a energia no mercado atacadista. (Folha
- 09.08.2001)
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5- Primeira prévia do IGP-M de agosto aponta inflação
de 0,86% |
A primeira prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado)
de agosto apontou inflação de 0,86% no período compreendido entre
21 e 31 de julho, divulgou há pouco a FGV. O IPA (Índice de Preços
no Atacado) ficou em 0,92%. Já o IPC (Índice de Preços ao Consumidor)
registrou alta de 0,93%, enquanto o INCC (Índice Nacional da Construção
Civil) ficou em 0,25%.No ano, o IGP-M já acumula alta de 6,79%
e nos últimos doze meses, de 9,44%. Em julho, a primeira prévia
do IGP-M apresentou alta de 0,71%. Os índices que compõem o IGP-M
-IPA, IPC e INCC- registraram variações de 0,83%, 0,45% e 0,70%,
respectivamente, no período. (Folha de São Paulo - 08.08.2001)
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6- Expectativa de ajuda do FMI derruba risco argentino
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O anúncio feito no dia 09.08.2001 ao meio dia pelo secretária
da Fazenda Jorge Baldrich, de que o governo argentino está em
negociações avançadas com o FMI para receber uma ajuda extra 'entre
US$ 6 bi e US$ 9 bi' gerou otimismo dos mercados de capital e
uma corrida de compra aos títulos da dívida do país. Os principais
papéis se valorizaram em média 5% e derrubaram o índice de risco
a 1.489 pontos-básicos, o menor nível em duas semanas.(Gazeta
Mercantil - 09.08.2001)
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7- Nova meta permite juros estáveis |
O novo patamar de inflação negociado pela equipe econômica com
o FMI, indicando como ponto central a taxa de 5,8% podendo chegar
até 7,8%, sinaliza que a política monetária pode ser menos austera
nos próximos meses, avaliam economistas. Assim, as apostas são
de que na próxima reunião do Copom a taxa básica (Selic) deverá
se manter em 19%. Com a mudança, o BC não será tão pressionado
pelo mercado para subir a taxa em agosto e em setembro, afirma
um analista. (Valor - 09.08.2001)
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8- Brady sobe com aposta de socorro à Argentina |
O mercado de títulos da dívida dos países emergentes continuará
se movimentando hoje em função das expectativas de entrada ou
não de um novo empréstimo do FMI para a Argentina. Há quatro dias,
ninguém cogitava a hipótese de um novo empréstimo, mas agora as
chances já chegam à 50%, diz um analista. "O FMI se calou, não
nega, nem confirma os rumores. Antes diziam que não enviariam
mais dinheiro". Governos europeus também vêm pressionando o fundo
para a liberação de recursos. No fim do dia os argentinos FRB
e Global 8 valiam US$ 0,722 (+5,2%) e spread de 2.296 pontos e
US$ 0,622 (+5,5%) e 1.716 pontos, respectivamente. O brasileiro
C-Bond subia 1,3% para US$ 0,735 com spread de 922 pontos. (Valor
- 09.08.2001)
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9- Projeções estimam déficit de 4% do PIB em 2002 |
A equipe econômica está projetando para 2002 um déficit público
nominal de 4,05% do PIB, bem abaixo da estimativa de 6% do PIB
para 2001. Isso significa uma redução importante, equivalente
a cerca de 2% do PIB, e que representam hoje o efeito principalmente
dos juros e da desvalorização cambial sobre o déficit público.
As projeções acomodam a trajetória de juros em 2002, semelhante
à de 2000, quando a taxa Selic abriu o ano em 18,94% e fechou
com 15,36%. O câmbio certamente ficará mais alto. (Gazeta Mercantil
- 09.08.2001)
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1- British Gas fecha acordo para utilizar gasoduto |
A Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) e
a British Gas International (BG) assinam até o dia 10.08.2001
o contrato de prestação de serviço de transporte de gás natural,
acabando com uma pendência que dura desde o final de 2001. A assinatura
do contrato sela, de fato, a entrada da primeira companhia privada
no mercado brasileiro de fornecimento de gás natural. A BG vai
vender, a partir de 8 de setembro, 3,1 milhões de metros cúbicos
de gás por dia à Comgás. O fornecimento do combustível à Comgás
depende apenas do contrato de transporte com a TBG, que relutava
em prestar o serviço à multinacional. Os outros contratos, com
o produtor do gás na Bolívia e à Comgás, já estão assinados. (Gazeta
Mercantil - 09.08.2001)
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2- Termelétrica Macaé Merchant começa a funcionar em
outubro com 352 MW |
Prevista inicialmente para entrar em operação a partir de setembro
de 2001, o projeto da termelétrica Macaé Merchant sofreu um adiamento
para o mês de outubro. Segundo Roberto de Almeida, vice-presidente
Sênior da El Paso Energy International do Brasil, a medida permitirá
que a usina entre em atividade com mais potência. No lugar de
começar com quatro turbinas, a unidade terá oito, cada uma com
44 MW, totalizando uma capacidade instalada de 352 MW. "O objetivo
é fazer a usina entrar em operação com mais volume de energia",
explica Roberto de Almeida. Depois da instalação das oito primeiras
turbinas, a cada mês outros quatro serão adicionadas, perfazendo
20 turbinas, com potência total de 870 MW. O projeto, que contará
com um investimento de US$ 600 mi, está previsto para ser concluído
em março de 2002. Segundo Roberto de Almeida, a unidade vai operar
com potência máxima durante dois anos. Depois, o ritmo de funcionamento
dependerá das condições do mercado de energia. (Canal Energia
- 07.08.2001)
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3- Petrobras vai investir US$ 100 mi no ES |
Depois da intensa atividade da área de exploração
da empresa no primeiro semestre de 2001, a Unidade de Negócios
da Petrobras no Espírito Santo (UN-ES), volta suas atenções para
os campos de Cangoá e Peroá, no mar, que são os maiores depósitos
de gás natural no estado já descobertos. O gerente-geral desse
braço da estatal, Oswaldo Monte, calcula investimentos da ordem
de US$ 100 mi até o final de 2001. Para desenvolver a produção
dos campos de Cangoá e Peroá, com uma reserva de 16,5 bilhões
de metros cúbicos de gás, no litoral Norte, Monte disse que a
Petrobras já está envolvida com compras de equipamentos contratação
de sondas, planejamento, perfuração de três novos poços, entre
outros. Os planos da UN-ES são de oferecer o gás desses campos
ao mercado em setembro de 2002. O projeto Cangoá e Peroá terá
duas usinas termelétricas como âncora. Uma delas, a do Norte,
terá 250 MW, que a estatal deverá contar com a Shell como sócia.
O capital envolvido chega perto de US$ 130 mi. A outra unidade,
a de Vitória, terá capacidade para produzir 500 MW. O investimento
exigido é de US$ 300 mi e as parceiras da Petrobras são a Escelsa
e a Vale do Rio Doce. (Gazeta Mercantil - ES - 08.08.2001)
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4- Petrobras descobre mais duas novas jazidas de gás
no litoral do RN |
Duas semanas depois de anunciar a descoberta de quatro poços terrestres
em bacias diferentes do País, sendo um deles na Bacia Potiguar,
a Petrobras informou, no dia 08.08.2001, que descobriu duas jazidas
de gás no Rio Grande do Norte. As reservas potenciais das duas
jazidas estão estimadas em 10 bilhões de metros cúbicos de gás,
o suficiente para atender por um período de doze anos o consumo
de gás da Termoaçu, e que incrementa a produção de gás do Estado
em 21%. As duas áreas estão situadas no município de Guamaré,
distante cerca de 165 km de Natal. (Tribuna do Norte - 09.08.2001)
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5- El Paso estuda possibilidade de implantar usina
flutuante |
A empresa El Paso estuda a possibilidade de trazer uma barcaça
das Filipinas. Sem revelar a capacidade instalada, a empresa aguarda
somente a posição da Eletrobrás em relação ao preço do que será
oferecido pela energia. Embora tenha opinião contrária à utilização
de usinas móveis, Roberto Almeida, vice-presidente Sênior da empresa,
diz que a posição da Eletrobrás é decisiva. "Dependemos apenas
do preço que será ofertado para a compra da energia produzida
pela barcaça", afirma. (Canal Energia - 07.08.2001)
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6- Térmica a carvão no RS ainda em estudo |
A conclusão da análise sobre o pedido de licença prévia para a
Usina Termelétrica de Jacuí I, em Charqueadas (RS), será anunciada
na terceira semana de agosto de 2001 ao Conselho Estadual do Meio
Ambiente (Consema). Por se tratar de uma obra de grande impacto
ambiental, os membros do Consema pediram para receber antecipadamente
o resultado da analise da Fundação de Estadual de Proteção Ambiental
(Fepam), órgão da secretaria estadual do Meio Ambiente. O diretor-presidente
da Fepam, Nilvo Alves da Silva, afirma que já recebeu todos os
documentos da Gerasul, empreendedora responsável pelo projeto.
O Consema é composto por 27 representantes de indústrias, governo
e sociedade. A termelétrica de Jacuí I é um projeto antigo de
geração de energia por queima de carvão. O contrato da usina,
projetada para 350 MW, foi assinado em 1982. As obras começaram
três anos depois, mas foram paralisadas em 1989, por falta de
recursos. A Gerasul retomou o projeto em 1998. Estima-se que sejam
necessários R$ 400 mi para a conclusão das obras. (Gazeta Mercantil
- RS - 08.08.2001)
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1- Indústria está se adaptando à crise de energia |
A indústria nacional está se adaptando à crise de energia elétrica,
à elevação dos juros e à oscilação do preço do dólar, segundo
os Indicadores Industriais divulgados pela CNI. De acordo com
o boletim mensal, que traça o panorama de vendas, horas trabalhadas,
níveis de emprego e salarial, os indicadores vinculados à área
de produção foram os mais afetados pelo cenário econômico, no
país e no exterior. Entre maio e junho de 2001, o percentual de
horas trabalhadas recuou 3,86%, mesmo eliminado as variáveis sazonais.
O indicador registrou queda de 2,28% no período. Já o nível de
utilização da capacidade instalada (80,3%) caiu 1,5 pontos percentuais
em junho, retornando ao patamar de 80% observado no princípio
de 2001. Os dados industriais foram apurados em 3.700 pequenas
e médias empresas, localizadas em 12 estados. (Agência JB - 09.08.2001)
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2- Albrás reduz produção de alumínio com crise de energia
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A Albrás, empresa do setor de alumínio, deve reduzir em 10 mil
toneladas o seu ritmo de produção, por conta do programa de racionamento
de energia elétrica. A meta de produção da empresa já havia sido
revista, para 340 mil toneladas até o final de 2001, segundo uma
das controladoras da Albrás, a Nippon Amazon Aluminium Co Ltd,
que detém participação de 49% do capital da empresa. Por conta
da inserção da região Norte no racionamento, a partir de agosto,
a Albrás foi obrigada a reduzir o consumo de energia em 25% a
partir do dia 15 de agosto. O tamanho do corte na produção, de
acordo com declaração de uma autoridade da Nippon, é uma estimativa
baseada em expectativas de que a redução do consumo de energia
se encerrará em novembro. (Infoenergia - 09.08.2001)
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1- Comissão Européia veta participação da EDF na Hidrocantábrico |
A Comissão Européia considerou a entrada da EnBW, filial da EDF,
no capital da Hidrocantábrico "imcompatível com o mercado comum".
Na opinião dos técnicos da Comissão, a entrada do gigante francês
na Espanha desincentivará as exportações vinda do mercado espanhol.
A EnBW havia comprado 60% do capital da empresa espanhola, o que
fez o governo espanhol suspender os direitos políticos do grupo
no conselho da empresa. A decisão da Comissão confirma a atitude
tomada pelo governo espanhol por causa da não-liberação do mercado
energético francês. A EnBw terá direito a apelar. O futuro do
acordo será decidido até o final de setembro de 2001. (El Mundo
09.08.2001)
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2- Gaz de France excluída de leilão de gás argelino |
A Gaz de France viu-se excluída do leilão através do qual a Argélia
vai abrir um quarto do seu mercado do gás de natural. A empresa
francesa, tal como todas as companhias de países com mercados
fechados ou com fortes obstáculos à concorrência estrangeira não
puderam participar devido às regras definidas por Argel. Entre
as empresas que apresentaram propostas estão as quatro principais
eléctricas espanholas, Endesa, Iberdrola, Unión Fenosa e Hidrocantábrico.
À leilão vai um quarto do contrato que a Argélia tem com a Repsol
para abastecimento de gás natural, através da Gás Natural, e que
é equivalente a 8% do consumo anual de gás em Espanha, sendo a
concessão válida por três anos e dividida entre quatro a dez companhias.
Além das elétricas espanholas apresentaram-se a Cepsa, a Totalfina,
a BP e a Shell. (Diário Econômico 08.08.2001)
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3- Lutas na Iberdrola ditam saída de Sorriqueta da
EDP |
A
demissão de Ignacio Sorriqueta da administração da EDP é mais
um sinal das contradições da Iberdrola quanto aos 4,5% que detém
na elétrica portuguesa. Com esta saída, a empresa espanhola não
tem mais nenhum representante na EDP, o que enfrqueceria o já
conturbado acordo entre as duas empresas. Sorriqueta foi precisamente
quem havia anunciado que a posição na EDP não era estratégica
e que, se fosse necessário, a empresa portuguesa seria vendida
para financiar investimentos previstos no plano de desenvolvimento
da empresa, criado após o fracasso da fusão com a Endesa. Outra
contradição é que, apesar do rompimento oficial da parceria entre
a EDP e a Iberdrola, o ministro da Economia português confirmou
que a Espanha pressionou Portugal a permitir o reforço da posição
da Iberdrola na EDP para 10%. (Diário Econômico 08.08.2001)
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4- Galpenergia restrutura rede de combustíveis na Espanha |
A Galpenergia vai avançar com um plano para o relançamento das
suas atividades na Espanha que vai passar pela reestruturação
da rede de combustíveis. Considerado desde logo como uma prioridade
estratégica, a expansão no mercado de combustíveis espanhol para
uma quota próxima dos 10% foi um dos primeiros objetivos anunciados.
A Galp foi uma das empresas convidadas a entrar na CLH, companhia
que gere a rede de gasodutos do país vizinho, e está estudando
a compra de uma participação de 2,5% a 5%. A Galpenergia vai também
avançar para a reestruturação da rede de retalho, optando por
concentrar os postos em cinco ou seis províncias onde a sua presença
é mais forte. Esta estratégia admite ainda a troca de alguns postos
com outras companhias que permitam aumentar a sua presença naquelas
regiões. (Diário Econômico 08.08.2001)
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5- Elétricas européias aplicam US$ 220 mi para disputar
liderança com a EDF |
Um relatório do Deutsche Bank salienta que a Endesa, a RWE, a
Eon e a Enel, bem como a EDF, pretendem expandir-se nos mercados
europeu e norte-americano, através de aquisições, concentrando
neles 95% do total dos investimentos previstos. Atualmente, a
elétrica francesa lidera o mercado europeu estando presente nos
mercados britânico, alemão, austríaco, suíço, e tentando entrar
na espanhola Hidrocantábrico. Mas a RWE e a Eon também estão interessadas
na batalha pelo mercado europeu e apostam no Reino Unido como
caminho para chegar a liderança. Aquisições menores integram a
estratégia da Endesa, após a falha da fusão com a Iberdrola. Após
ter comprado duas pequenas distribuidoras holandesas, a empresa
acaba de adquirir a italiana Elettrogen, a filial que a Enel colocou
à venda. (Diário Econômico 07.08.2001)
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6- HLC Cogeração negocia abertura de capital a parceiros
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O grupo HCLconfirmou contatos com diversas empresas do setor energético,
para negociar a abertura do capital da empresa. O objetivo é potenciar
o negócio da cogeração, penalizado no último ano pelo aumento
das tarifas do gás natural. Fora de Portugal, o mercado alvo da
HCL é o Brasil, onde iniciou atividade, em 1999, com a construção
de um central de trigeração na fábrica da Coca-Cola, em Pernambuco.
A este projeto juntou-se a assinatura de novos contratos, destinados
à construção de 13 centrais de cogeração, no Rio Grande do Sul,
recorrendo à casca de arroz e madeira como combustível. No total,
a CGDe, empresa que representa a HCL no Brasil, planeja investir
R$ 350 mi até 2003. A maioria das centrais de cogeração serão
instaladas no Estado de S. Paulo, junto de usinas de álcool e
açúcar. (Diário Econômico 07.08.2001)
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7- Eon vende a Klöckner & Co para manter foco na área
de energia |
A alemã Eon anunciou a venda de sua divisão de aço, a Klöckner
& Co para o grupo inglês Balli Group como parte de sua estratégia
de manter o foco na área de energia. A transação de cerca de US$
960 mi, o que inclui US$ 800 mi de dívidas, deve render cerca
de US$ 492 mi para a Eon. A empresa alemã planeja vender todos
os seus negócios periféricos para cumprir a condição do negócio
de US$ 13 bi para adquirir a Powergen. A exigência dos acionistas
americanos da Powergen para que o negócio se realizasse foi que
os interessados na compra de empresas americanas deveriam gerar
mais de 80% da energia posta a venda. (Financial Times 08.08.2001)
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8- Lucros da Perez Compac caem 33% |
A companhia argentina Perez Companc teve queda de 33% nos lucros
do segundo semestre de 2001. A queda aconteceu porque a venda
de sua companhia de serviços especiais de San Antonio produziu
lucros maiores do que os normais. Se excluirmos os lucros vindos
de vendas de propriedades, os lucros da companhia subiram 12%
no segundo semestre. A produção de petróleo e gás aumentou em
37,6 % durante o período e a geração de energia aumentou em 16,5%.
(Business News Americas 08.08.2001)
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1- Bouille, Daniel. "Lineamientos para la regulación
del uso eficiente de la energía en Argentina". |
Bouille, Daniel. "Lineamientos para la regulación del uso eficiente
de la energía en Argentina". Santiago/Chile: V Conferencia Interparlamentaria
de Minería y Energía para América Latina/CIME, 18-20 de Julho/2001.
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