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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 700 - 07 de agosto de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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1- Aneel autoriza novo reajuste de tarifas

A Aneel autorizou novos reajustes de tarifas de energia para a concessionária do Pará e duas concessionárias do Sul: Celesc e Hidrelétrica de Xanxerê (SC). As novas tarifas passam a vigorar a partir de 08.08.2001. As tarifas da Celpa serão reajustadas em 14,07%. As tarifas da Celesc serão reajustadas em 20,72%, e as tarifas da hidroelétrica Xanxerê, também em Santa Catarina, onde atende a seis municípios, serão reajustadas em 15,81%. (Estado - 07.08.2001)

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2- Alta do dólar levou a reajuste da Celesc

A alta do dólar foi um dos principais fatores para o reajuste de 20,72% para as tarifas de energia elétrica da Celesc. Como a distribuidora catarinense compra 31,66% de sua carga de Itaipu Binacional, que tem o preço fixado em dólar, o percentual autorizado permitiu o repasse maior da cotação da moeda americana para a conta de luz. O percentual foram autorizados no dia 06.08.2001 pela Aneel. A nota oficial da agência reguladora informou que o porcentual de reajuste levou em consideração os chamados custos não gerenciáveis, como a Conta de Consumo de Combustível (CCC), a Reserva Global de Reversão (RGR) e as taxas de fiscalização e encargos de transmissão. (Estado - 07.08.2001)

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3- Concessionárias pressionam governo por tarifa maior

As distribuidoras aumentam as pressões sobre o governo para obter tarifas maiores. Há poucos dias, a GCE chamou os investidores do setor para uma conversa: queria saber o que as empresas pensam em relação ao modelo energético e às saídas para a crise. As distribuidoras apresentaram seus argumentos e, por fim, apresentaram o valor de R$ 3,5 bi, que corresponderia aos custos não cobertos por reajustes tarifários, desde 1997, e que seria equivalente a 14% da receita líquida anual das concessionárias. De acordo com a informação transmitida à Câmara de Gestão, com base em trabalho realizado pela consultoria A.T. Kearney, a rentabilidade das concessionárias de distribuição, no Brasil, é inferior às referências internacionais. Foi citada a comparação entre a Chilectra que teve lucro líquido sobre o ativo de 27,9% em 1997, caindo para 15,3% no ano 2000, enquanto a média do setor privado no Brasil, no mesmo período, passou de apenas 1,9% para 0,7%. (Gazeta Mercantil - 07.08.2001)

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4- CVM julgará inquérito administrativo contra Eletrobras

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) marcou para o dia 16 de agosto de 2001 o julgamento do inquérito administrativo número 22/99, instaurado para apurar a responsabilidade da diretoria da Eletrobras pelo eventual descumprimento dos procedimentos e do dever de divulgar fatos relevantes sobre os negócios da Light Participações S.A (Lightpar). O colegiado da CVM decidiu também prorrogar até o dia 08.08.2001 o prazo para receber sugestões do mercado à minuta de instrução que dispõe sobre a constituição, administração e funcionamento dos fundos de investimento em índice de mercado, que deverão ser criados até o final de 2001. (Agência Brasil - 06.08.2001)

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5- Fórum popular entrará com ação para tentar barrar venda da Copel

O coordenador do Fórum Popular Contra a Venda da Copel, Nelton Friedrisch, declarou que irá entrar com uma ação anulatória no dia 07.08.2001, contra a audiência pública realizada pelo governo paranaense dia 02.08.2001, para a venda da estatal. Na audiência, ficou definido que a Copel vai em leilão no dia 31.10.2001, com a venda em bloco. De acordo com Friedrisch, que já havia conseguido uma liminar para cancelar a audiência, a procuradora Márcia Carla Pereira Ribeiro, que presidia a audiência, cometeu um erro ao remarcar, para o mesmo dia uma audiência que já havia sido cancelada anteriormente. "O que aconteceu na verdade foi um jogo de cena promovido pelo governador Jaime Lerner, que está manobrando com o apoio da máquina pública para emplacar a privatização da estatal. Na verdade, o governo está quebrado e necessita do dinheiro para sanear as contas da previdência", disse o coordenador do fórum. (Canal Energia - 08.07.2001)

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6- Alagoas quer reaver controle da Ceal

O governador Ronaldo Lessa procurou o ministro Pedro Malan, no dia 06.08.2001, para discutir o retorno da Companhia Energética de Alagoas (Ceal) ao controle e administração do Estado. Segundo Lessa, a Justiça anulou a venda da empresa ao governo federal por considerar ato lesivo ao patrimônio público. O governador justificou que se o governo federal está cobrando juros dos R$ 260 mi pagos pela suposta venda da Ceal, então o dinheiro é um empréstimo "pois não se cobra juros do que se pagou por um produto". (Último Segundo - 05.08.2001)

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7- Governo não participará das negociações sobre o Anexo V

O processo de resolução das pendências financeiras em torno do anexo V dos contratos de geração recebeu do governo federal uma negativa que pode estagnar de vez o encaminhamento do acordo para a questão, além da retomada das operações do MAE. Através do presidente do BNDES, Francisco Gros, em uma reunião com representantes das empresas geradoras e distribuidoras de energia, o governo afirmou que não se envolverá no imbróglio criado pelo repasse da eletricidade no período do racionamento. Gros, que também coordena o Comitê de Revitalização do Modelo de Setor Elétrico da GCE, garantiu que não haverá qualquer tipo de intervenção por parte dos órgãos governamentais. Segundo ele, as duas partes serão as únicas responsáveis pela resolução da pendência, que já envolve cifras entre R$ 10 bi e R$ 12 bi. (Canal Energia - 06.08.2001)

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8- Grupo Rede critica não envolvimento do governo na questão do Anexo V

Um dos agentes mais envolvidos nas discussões sobre o Anexo V, o assessor da Presidência do Grupo Rede, Fernando Quartim, critica veementemente a posição apresentada pelo presidente do BNDES, que afirmou que o governo não se envolverá no imbróglio criado pelo repasse da eletricidade no período do racionamento. Para ele, o governo criou o problema e agora está se omitindo, numa situação idêntica à da crise do abastecimento nos reservatórios, que resultou no racionamento. "É inconseqüente e irresponsável. O mercado não pode funcionar com um déficit de quase R$ 12 bi, é impossível", afirma. O consultor garante que a participação do governo é fundamental para o equacionamento do financiamento desse déficit, através da atuação de empresas como a Eletrobras, do próprio BNDES, além de organismos internacionais. A criação de um mecanismo que ajuste as contas das empresas dos dois setores envolvidos passa impreterivelmente, segundo ele, pelos trâmites federais. "Esse rombo existe e não será superado em cima do consumidor, de imediato", declara, referindo-se ao repasse do saldo devedor às tarifas da população. Para ele, conseqüência inevitável. (Canal Energia - 06.08.2001)

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9- Seminário discute futuro do setor elétrico

Começa no dia 07,08.2001, no Rio, o seminário 'Energy Summit 2001'', que irá analisar alternativas e soluções para o futuro do sistema elétrico nacional. O diretor da BNDESPar, Eleazar de Carvalho Filho, falará sobre o papel do banco na privatização do setor. Os secretários estaduais do Rio de Janeiro, Minas e Rio Grande do Sul também estarão num painel para discutir as políticas de desenvolvimento do setor em cada estado. Estão previstas ainda apresentações do presidente da CPFL, Wilson Ferreira; do assessor de planejamento corporativo da Escelsa, Paulo César Casate; e do chefe de planejamento da transmissão de Furnas, Paulo César Vaz Esmeraldo. No dia 08.08.2001, o seminário terá palestras do presidente da Eletrobrás, Cláudio Ávila; do presidente da RGE, Sidney Simonaggio; do diretor-presidente da EDP Brasil, Eduardo Bernini, e do vice-presidente da Enron, João Carlos Ribeiro de Albuquerque. No dia 09.08.2001, serão discutirão temas como viabilidade de investimentos em hidrelétricas, contratos para project finance, implantação de termelétricas no curto prazo e fontes alternativas de energia. (Folha Online - 07.08.2001)

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risco e racionamento

1- Câmara de Gestão faz balanço do racionamento de energia

A Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica faz hoje um balanço dos primeiros dois meses do plano de racionamento. Será durante reunião, prevista para começar às 11h, com o presidente Fernando Henrique Cardoso, no Palácio da Alvorada. De acordo com a Radiobrás, também estarão presentes à reunião os ministros da Fazenda, Pedro Malan; da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, e da Casa Civil, Pedro Parente. (Jornal do Brasil - 07.08.2001)

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2- Rio perde R$ 400 mi de ICMS com racionamento

A crise energética vai provocar perda de R$ 400 mi na arrecadação de ICMS do Estado do Rio no segundo semestre de 2001. A projeção faz parte de estudos da Secretaria estadual de Fazenda, que teve de refazer os cálculos de arrecadação para 2001, reduzindo a estimativa inicial de R$ 9,7 bi para R$ 9,3 bi, devido ao racionamento de energia. Em julho, o ICMS chegou a R$ 778,6 mi, bem abaixo dos R$ R$ 838 mi projetados. Estudos preliminares indicavam que o prejuízo mensal não ultrapassaria R$ 44,5 mi, mas o resultado já registra um déficit de R$ 59,4 mi. O secretário de Fazenda, Fernando Lopes, informou que a conclusão do estudo será anexada ao pedido encaminhado ao STF, que deverá ser apreciado nos próximos dias, em que o Governo do Estado solicita a redução da dívida do próprio estado com a União. "Este prejuízo nunca mais vai ser recuperado. Até o fim do ano, serão menos R$ 300 mi nos cofres do Estado e menos R$ 100 mi que seriam repassados aos 92 municípios", explicou Lopes. (Jornal do Commercio - 07.08.2001)

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3- Light só tem capacidade para cortar luz de 200 mil consumidores

A partir do dia 13 de agosto de 2001, 498.400 clientes da Light que excederam sua meta de consumo em junho e julho poderão ter seu fornecimento de energia cortado por até três dias. Os avisos serão entregues no dia 09.08.2001. Entretanto, de acordo com Ernesto Haikewitsch, superintendente de Qualidade e Sistemas Comerciais da companhia, a Light só tem condições técnicas para cortar a luz de 200.000 consumidores/mês. A prioridade para os cortes serão os consumidores que registraram o maior desvio de sua meta e os inadimplentes, mas essa proporção ainda não foi definida. ''Os clientes que tinham meta de 1.000 KWh/mês e que gastaram 1.300 KWh/mês são mais passíveis de sofrer corte do que os que tinham meta de 200 KWh/mês e consumiram 300 KWh/mês'', exemplifica. (Jornal do Brasil - 07.08.2001)

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4- Economia na área da Eletropaulo está em 23,9%

Chega a 23,9% a economia de energia entre os usuários atendidos pela distribuidora Eletropaulo nos primeiros cinco dias de agosto de 2001, na comparação ao resultado médio do consumo de eletricidade entre os meses de maio e julho de 2000. No dia 05.08.2001, a economia pontual do dia ficou em 21,4%, em referência à média do consumo dos domingos entre maio e julho do ano 2000. No acumulado de todo o plano de racionamento, entre 1º de junho e 5 de agosto de 2001, a economia média nos 24 municípios da região Metropolitana de São Paulo atendidos pela distribuidora, incluindo a capital, soma 25,9%. (Gazeta Mercantil - 06.08.2001)

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5- CPFL e Bandeirante podem cortar luz de 20% dos consumidores

A CPFL e a Bandeirante Energia podem cortar a luz de 20% dos consumidores a partir de julho de 2001. São os clientes que não cumpriram a meta de energia em junho. As duas distribuidoras têm autorização para cortar a luz desses consumidores, caso a cota de consumo tenha sido ultrapassado novamente em julho. O relatório completo com o número de consumidores que estão sujeito a cortes de energia ainda não foi finalizado pelas distribuidoras de energia. Mas os números parciais mostram que cerca de 20% dos consumidores não cumpriram a meta de consumo de energia. (Folha Online - 02.08.2001)

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6- MS registra redução de 29,4% no consumo de energia

Mato Grosso do Sul registrou queda de 29,4% no consumo de energia elétrica na semana passada, de 30 de julho a 5 de agosto de 2001, em relação a terceira semana de abril de 2001. Esse parâmetro vem sendo utilizado pela Enersul desde o início do racionamento, no dia 4 de junho. O total economizado representa 19,4 mil MWh. (Campo Grande News - 06.08.2001

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7- Especialista defende redução da meta para 10% no verão

Para o especialista em energia da Coordenadoria dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe) da UFRJ, Maurício Tolmasquin, as altas temperaturas do verão serão um verdadeiro teste para a adesão da população às regras de redução do consumo. Para ele, a meta de racionamento deveria ser reduzida à metade no verão (ou 10%) para atender à necessidade de cautela do governo em relação ao nível dos reservatórios e garantir que as pessoas continuem colaborando com o programa de redução de consumo. Tolmasquin alerta que, mesmo diante de uma situação melhor dos reservatórios de água, o governo deve manter algum tipo de racionamento. Sua preocupação é que uma total liberação dos limites de consumo diante de chuvas no fim do ano possa exigir sacrifícios maiores nos primeiros meses do ano seguinte, caso o tempo fique seco novamente. "Nas estações mais quentes o racionamento será mais difícil e, com certeza, as pessoas vão reclamar mais e estarão mais resistentes aos apelos de necessidade da queda no consumo", prevê. (Estado - 05.08.2001)

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8- Número de consumidores da Coelce sujeitos a corte de energia sobe para 78.303

Encerrado o faturamento referente ao mês de julho de 2001 e 382.684 consumidores residenciais da Coelce não atingiram suas metas de consumo. Desse total, 78.303 estão na faixa acima de 100 KWh e, se não economizaram o suficiente em agosto de 2001, poderão ter a energia cortada a partir do dia 13.08.2001. O balanço apresentado no dia 06.08.2001 pela Coelce demonstra que 72% dos clientes de baixa tensão da empresa conseguiram cumprir as metas impostas pelo plano de racionamento. (Diário do Nordeste - 07.08.2001)

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9- Governo terá que reembolsar R$ 1,8 mi a favor da Light

O governo federal terá de reembolsar R$ 1,8 mi a favor da Ligth. A empresa divulgou nota dizendo ter arrecadado R$ 8,4 mi em julho de 2001, como sobretaxa por excesso no consumo, valor insuficiente até para pagar o bônus dos clientes que consumiram menos de 100 KWh, cujo valor total gira em torno de R$ 10,2 mi, segundo a empresa. Os clientes que consumiram entre 100 KW e 200 KW, mas cumpriram as meta de consumo estabelecida pela CGE, não receberão a compensação em desconto na conta de luz. O número total de consumidores residenciais nessa situação no Rio é de 1.0287.152. Os clientes residenciais e comerciais deverão receber R$ 0,33 por real economizado na conta de energia. O reembolso da companhia pelo governo também está previsto na medida provisória que determinou o racionamento de energia elétrica. Vale nos casos em que a distribuidora arrecadar menos com sobretaxas que o valor do bônus a ser pago aos consumidores que mais economizaram energia. (Gazeta Mercantil - 07.08.2001)

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10- Segmento residencial foi o que mais contribuiu para racionamento no Ceará

O segmento que mais contribuiu com o racionamento no Ceará foi o residencial. Apenas 24,52% dos 382.684 consumidores da Coelce não atingiram a redução de 20%. Já os setores Comercial, Serviços e Outras Atividades, percentualmente, contemplam o maior número de consumidores que extrapolaram suas cotas. 46,04% desses clientes não economizaram o suficiente. Em seguida, vem a Indústria, com 43,45%, e o setor Rural, com 41,77%. Esses dados referem-se aos consumidores de baixa tensão. (Diário do Nordeste - 07.08.2001)

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11- Obras emergenciais já estão gerando 375 mil empregos

A corrida do governo, das empresas e investidores para evitar os apagões está transformando o setor elétrico numa mina de empregos. Atualmente, as obras em execução no setor, como a construção e ampliação de usinas hidrelétricas e termelétricas e a instalação de novas redes de transmissão, já envolvem investimentos da ordem de R$ 21,5 bi, gerando pelo menos 125 mil empregos diretos. Se forem considerados os empregos indiretos criados pela proliferação de canteiros de obras, chega-se a quase 375 mil postos de trabalho. Os dados são de levantamento da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústria de Base (Abdib). Ao todo, estão em andamento 22 projetos hidrelétricos e 15 termelétricos, além da instalação de seis mil quilômetros de linhas de transmissão. (Estado - 06.07.2001)

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12- Sede de estatais superam meta de consumo no Rio

No edifício-sede do BNDES, desde 15 de maio de 2001 não se liga mais o ar-condicionado às 5 horas, 12 mil das 31 mil lâmpadas estão apagadas e metade dos 12 elevadores é desligada fora do horário de pico de movimento. Assim, o banco não apenas bateu a meta de corte de 22% com folga, poupou 44%, como também economizou R$ 120,1 mil reais na conta referente a junho. Em outras estatais localizadas no Rio, parece não ter sido muito diferente. Com menor ou maior margem, elas cumpriram suas metas com medidas que tentaram eliminar desperdícios. O edifício-sede da Petrobras pagou conta de R$ 220 mil para um período de 30 dias, entre junho e julho de 2001. A economia foi de R$ 125 mil em relação à cobrança anterior. A média de consumo no ano 2000 havia sido de 2,066 milhões de KWh, a meta era de 1,61 milhão de KWh e o consumo efetivo, de 1,45 milhão de KWh. A Eletrobras informou que a redução alcançada em seu prédio foi de 37,47%. Já Furnas divulgou que conseguiu economizar 29,98%: consumiu 1,16 milhão de KWh, quando sua meta era de 1,66 milhão. (Estado - 07.08.2001)

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13- Sindipeças e Força Sindical criam banco de horas

O Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e os sindicatos de metalúrgicos do estado de São Paulo assinam, no dia 07.08.2001, acordo que estabelece a formação de banco de horas entre agosto e outubro de 2001. O objetivo é amenizar a pressão por demissões causada pela queda de produtividade decorrente da crise energética. Segundo o acordo, as horas que deixarem de ser trabalhadas no período de vigência - caso reduza-se a jornada - serão pagas normalmente. No entanto nos 12 meses seguintes as empresas poderão convocar os funcionários para a compensação, sem pagamento de horas extras. As empresas se comprometem a manter o número de empregados durante os três meses encerrados em outubro. "O acordo é interessante porque funciona por adesão. Só entram as empresas interessadas", afirma o negociador do Sindipeças, Dráusio Rangel. Segundo Rangel, o setor de autopeças pode registrar redução de até 25% da produção no último quadrimestre de 2001 em comparação ao mesmo período de 2000, caso não haja uma reviravolta na área energética. Essa retração causaria cortes da ordem de 10%. (Gazeta Mercantil - 07.08.2001)

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14- Justiça concede liminar contra racionamento para escritório de SP

O escritório Trevisioli Advogados Associados está isento de cumprir as normas do racionamento de energia elétrica impostas pela GCE. O juiz substituto da 10ª Vara da Justiça Federal em São Paulo, Hong Kou Hen, concedeu uma liminar, em 19 de junho de 2001, ao mandado de segurança dos advogados Jeferson Nardi e Álvaro Trevisioli, determinando que o escritório não tenha de pagar a sobretaxa por descumprir a meta de redução do consumo. Dez dias depois, o Supremo Tribunal Federal declarou que o plano de racionamento é constitucional. Em 11 de julho, a Advocacia Geral da União pediu, então, que o juiz reconsiderasse sua decisão. O juiz titular da 10ª Vara Federal, Djalma Moreira Gomes, manteve a decisão, sob o argumento de que a liminar havia sido concedida antes do julgamento do STF. Nardi diz que a União deverá recorrer ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região (SP/MS). Ele informou que esse recurso ainda não deu entrada no tribunal. (Folha - 07.08.2001)

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15- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Perfil dos desembolsos das concessionárias aponta para perdas crescentes

De acordo com as informações passadas ao governo, pelos investidores do setor, quando se decompõe o perfil dos desembolsos das concessionárias ainda sem cobertura tarifária, observa-se que as perdas com a transmissão correspondem a 20%. A energia comprada vale 14%. A Conta de Consumo de Combustível (CCC) fica em 19%. Os tributos, em 15%; a energia dolarizada de Itaipu Binacional, 12%; e mais 20% se devem a outros motivos. Esses desembolsos, segundo as empresas, têm revelado uma tendência crescente: de apenas R$ 31 milhões, em 1997, houve uma evolução para R$ 142 mi em 1998; R$ 637 mi em 1999; R$ 1,4 bi em 2000; e R$ 1,2 bi até julho de 2001. (Gazeta Mercantil - 07.08.2001)

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2- Investidores avaliam dificuldades do modelo energético

Em recente encontro com o governo, que chamou os investidores do setor para avaliar o modelo energético e às saídas para a crise, as empresas ponderaram que diversos obstáculos ainda atravancam a implantação do modelo setorial, como a questão da inadimplência no MAE, a dificuldade em concretizar contratos de compra de energia (PPAs) e a parada na privatização das geradoras. Para as concessionárias de distribuição os riscos de natureza regulatória são enormes, por causa de perdas no repasse dos custos não controláveis pelas empresas, às regras incertas com relação à revisão tarifária e à estrutura tarifária que classificam como distorcida. Os investidores apresentaram à GCE uma relação contendo vários itens pendentes no âmbito da Aneel, que, na avaliação das empresas, apenas agravam o problema do risco regulatório. São eles: indefinições quanto à metodologia de cálculo dos reajustes e revisões tarifários, dúvidas sobre a abertura do mercado cativo, responsabilidades dos concessionários sobre a universalização do serviço público de energia elétrica, redefinição de áreas de atuação das cooperativas de eletrificação rural e indefinição sobre a necessidade das distribuidoras contratarem energia antecipadamente para o seu mercado. (Gazeta Mercantil - 07.08.2001)

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3- País vende equipamento de energia

A falta de investimentos no setor elétrico no país tem levado os fabricantes de equipamentos de geração, distribuição e transmissão de energia a aumentar as exportações de produtos como geradores e transformadores nos últimos anos. Só no primeiro semestre de 2001 as vendas externas deste segmento da indústria cresceram 36,4%. O setor também conseguiu reduzir o déficit de sua balança comercial, embora as perspectivas não sejam muito animadoras. José Augusto Marques, presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e da Indústria de Base, fabricante de equipamentos de transmissão e distribuição de energia, atribui o crescimento das exportações da indústria do setor no primeiro semestre à venda de equipamentos de geração, cuja contratação ocorreu há dois ou três anos. Um gerador ou uma turbina leva de 14 meses a 30 meses para ficar prontas. (Valor - 07.08.2001)

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4- Crise energética não prejudicará exportação de geradores

Em 2000, a indústria de geração, distribuição e transmissão exportou US$ 199,7 mi com crescimento de 25% sobre 1999. O principal mercado das empresas brasileiras é a América Latina, mas também há exportações para outros destinos como a Ásia. No meio deste "boom" exportador, há indústrias que reduziram as vendas externas para atender o mercado interno em função do racionamento. Mas se prevê que a crise energética não fará com que os fabricantes de equipamentos de geração, distribuição e transmissão de energia deixem de exportar. Somente a ABB, por exemplo, prevê aumentar em cerca de 45% as exportações de equipamentos de transmissão de energia elétrica em 2001 em relação ao ano passado. (Valor - 07.08.2001)

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5- Maior demanda por geradores deve levar indústrias a aumentar a capacidade

A maior demanda interna por geradores deve levar as indústrias do setor a aumentar a capacidade instalada. Até o início de 2000, a ocupação média das indústrias produtoras de equipamentos de geração, distribuição e transmissão situava-se em 60%. No final de 2000 subiu para 70% e chegou hoje à faixa de 77%. O diretor-executivo da Voith-Siemens, Sérgio Parada, considera, no entanto, que a ampliação da capacidade instalada da indústria só acontecerá com a construção da hidrelétrica de Belo Monte formada por um complexo de sete barragens no rio Xingu. O executivo acrescentou que ainda não houve contratação de equipamentos para os cerca de 4,8 mil MW licitados em leilões da Aneel. (Valor - 07.08.2001)

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6- Especulação imobiliária pode inviabilizar instalação de usina eólica no Rio

A Petrobras faz mistério sobre o local onde vai instalar a sua usina eólica no Rio, devido à especulação imobiliária que cerca o negócio. A explicação é simples: os terrenos que podem servir para os parque eólicos no estado estão em locais valorizadíssimos, à beira do mar, disputados por empreendedores do ramo hoteleiro, construtoras e, agora, da área energética. ''Isso é um problema porque a usina eólica tem que ir aonde o vento está. Não dá para carregar o vento'', diz o gerente-executivo de Conservação e Renovação Energética da área de Gás e Energia da Petrobras, João Eudes Touma. ''E também não vamos brigar a qualquer custo pelo terreno. O preço pode inviabilizar o negócio. Existe um custo máximo para o aluguel'', diz. A especulação é agravada pelo fato de haver somente uma pequena porção do litoral do Rio disponível. ''São poucas as áreas possíveis'', diz Touma. Os bons ventos do Rio sopram entre Cabo Frio e a divisa com o Espírito Santo, pedaço de terra que não passa de 266 km de extensão. (Jornal do Brasil - 06.08.2001)

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7- Sem-terra invadem área da hidrelétrica de Belo Monte

Cerca de mil famílias de trabalhadores rurais sem-terra e desempregados invadiram a área onde será construída a maior hidrelétrica do País, a de Belo Monte, em Anapu, no sudoeste do Pará. Os invasores começaram a construir barracos de madeira e avisaram que não pretendem sair do local. A Eletronorte estuda a possibilidade de ingressar na Justiça com uma ação para a retirada das famílias. (Estado - 07.08.2001)

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8- Segundo IBGE, produção de bens para setor energético cresce 53%

A crise energética acelerou a produção de pelo menos um segmento industrial: o de bens de capital para energia. Os fornecedores de máquinas e equipamentos para geração e distribuição de eletricidade elevaram em 53% a produção em junho de 2001, em confronto com o fabricado em igual mês do ano 2000. Já a média geral da indústria sofreu queda de 1,4%. Os dados foram divulgados pelo IBGE. (Gazeta Mercantil - 06.08.2001)

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financiamento

1- CPFL assina contrato de co-geração de energia com cinco usinas

A CPFL assinou, no dia 03.08.2001, contrato de co-geração de energia com cinco usinas de açúcar e álcool do interior paulista. Segundo o contrato as usinas venderão para a companhia o seu excedente de energia a partir de 2002. As usinas que assinaram o contrato com a CPFL foram a Santa Elisa, Santo Antônio e São Francisco, todas da cidade de Sertãozinho, e as usinas Alta Mogiana, em São Joaquim da Barra, e Cerradinho, em Catanduva. Durante a solenidade de assinatura, foram realizados também contratos entre as usinas e o BNDES no valor de R$ 52,9 mi para formalizar financiamentos que permitam a co-geração. (Panorama Brasil - 03.08.2001)

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2- Leilões Asmae/Bovespa entram na 2ª semana sem negócios este mês

Sem fechar negócio no dia 06.08.2001, os leilões eletrônicos de energia se mantêm nulos no mês de agosto. A última transação efetuada foi em 31 de julho, quando o mercado repassou quantidade recorde de MWh, um volume de 1.710 MWh, a R$ 279,99 o MWh. No movimento de 06.08.2001, foi possível pelo menos quebrar o período sem ofertas de compra. Os compradores apresentaram propostas para a aquisição de 2.700 MWh - sendo 900 MWh a R$ 280; 400 MWh a R$ 270; e 1.400 MWh a R$ 269 - depois de três pregões em que vendedores assumiram posições isoladas no ambiente de ofertas. O total de propostas de venda hoje foi de 1.400 MWh, sendo 900 MWh a R$ 335 e 500 MWh a R$ 450. Sem convergência nos preços pedidos, no entanto, o mercado fechou novamente sem acordo. (Gazeta Mercantil - 06.08.2001)

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financiamento

1- Inflação tende a diminuir após agosto

O IPC da Fipe/USP fechou julho em 1,21%, o percentual mais alto desde agosto de 2000 e acima da previsão inicial de 1%. Apesar disso, o coordenador do índice, Heron do Carmo, estima que a inflação para o ano continue em 5,5%. A manutenção da projeção anual do IPC deve-se a expectativa de redução das pressões que ocorreram em julho, como aumento das tarifas públicas, preços administrados pelo governo e alimentos. Ainda haverá um impacto destas variáveis em agosto, que pode fechar em 1%. O reajuste de energia elétrica terá efeito maior em agosto, mas as tarifas de transporte (ônibus, metrô e integração) não vão mais pesar. 'Nos últimos quatro meses o efeito estará esgotado', disse Carmo. O IPCA, medido pelo IBGE e utilizado como parâmetro para a meta inflacionária do acordo com o FMI tende a apresentar o mesmo comportamento do IPC da Fipe: maior pressão de alta em julho, reduzindo nos meses seguintes. (Gazeta Mercantil – 06.08.2001)

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2- Dólar inverte tendência e recua 0,77%, cotado a R$ 2,436

O dólar comercial inverteu a tendência de alta da abertura e já opera em baixa nestes primeiros minutos de negocios. Às 9h44m, a moeda americana operava em baixa de 0,77%, cotada a R$ 2,434 na compra e R$ 2,436 na venda. No dia 06.08.2001, a moeda norte-americana fechou em queda de 1,99%, cotada a R$ 2,453 para compra e a R$ 2,455 para venda, menor patamar em uma semana, e cotação mínima do dia. O recuo foi reflexo da liquidez 'razoável'', segundo operadores, e do novo acordo brasileiro com o FMI. (O Globo e Folha - 07.08.2001)

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3- Acordo com o FMI prevê mais US$ 5 bi para segurar dólar

Continuam cercados de sigilo os termos do acordo entre o Brasil e o FMI, anunciado na sexta-feira, dia 3 de agosto. Os detalhes serão divulgados hoje, às 14h30, em Brasília, e são aguardados com expectativa pelos mercados, que no dia 6 reagiram positivamente ao acordo do Fundo com o Brasil, mas continuam a ver com desconfiança a situação argentina. Um alto funcionário do governo federal, que participou das negociações com o FMI, adiantou que o acordo poderá autorizar o BC a usar US$ 5 bi adicionais em intervenções no mercado de câmbio. E confirmou que serão estabelecidas metas mais elevadas de superávit primário para este ano e para 2002, de 3% para 3,4% e 3,5% do PIB, respectivamente. (Estado - 07.08.2001)

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4- Bird descarta recurso adicional ao Brasil

O Bird confirmou que um de seus diretores, Sven Sandstron, manteve reunião com o chefe da equipe negociadora do Brasil com o FMI, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Amaury Bier, e que este teria manifestado interesse em contratar novos empréstimos para financiar projetos na área de energia. 'Mas o assunto foi apenas introduzido, não se falou em valores ou datas', informou a fonte do Bird.O Bird não está considerando agora, ao contrário das expectativas de alguns bancos em Nova York, conceder ao Brasil empréstimo vultoso, a exemplo dos US$ 4,5 bi acertados no final de 1998 como parte de um pacote de ajuda emergencial ao País e que chegou a pouco mais de US$ 41 bi. Dos US$ 4,5 bi, o governo brasileiro sacou apenas US$ 2 bi e o restante não está mais disponível, pois o prazo para sua retirada está encerrado, informou uma fonte do banco. (Gazeta Mercantil - 07.08.2001)

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5- Mercado reage com pessimismo em relação a Argentina

O governo argentino conta como certa uma ajuda extra do FMI para recompor as reservas internacionais, que perderam US$ 1 bi só nos dois primeiros dias de agosto, além de US$ 6,6 bi em julho. O nível de reservas líquidas está em torno de US$ 19 bi, o que ainda cobre a base monetária, mas já expõe o país a uma situação limite ante a hipótese de uma corrida em massa aos bancos. Foi o próprio vice-ministro Daniel Marx quem contou, ontem à tarde, sobre a perspectiva da ajuda adicional. No total, o reforço de caixa do FMI superaria US$ 6 bilhões no semestre. E passa dos US$ 8 bi com o que falta receber de Bird, BID e governo da Espanha. Mas, mesmo com a perspectiva da liberação de mais recursos, os mercados de capitais mantiveram-se ontem cautelosos. A taxa técnica de risco país (conceito Embi+ do banco JP Morgan) subiu 3% e fechou a 1.611 pontos básicos, indicando um 'spread' de 16% ao ano. (Gazeta Mercantil - 07.08.2001)

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6- FMI ajuda a diferenciar o Brasil da Argentina

A situação do Brasil e da Argentina foi claramente distanciada pelos investidores do mercado financeiro, no dia 06.08.2001. O motivo foi a ajuda financeira do FMI aos dois países, anunciada na sexta-feira, dia 3 de agosto. O maior reflexo foi percebido no preço dos títulos da dívida soberana dos dois países. Enquanto o C-Bond, título brasileiro mais negociado no mercado internacional, subiu 1,22% e valia US$ 0,72, o FRB, papel argentino mais líquido, caiu 2%, para US$ 0,67. Os títulos refletem o grau de confiança do investidor estrangeiro na capacidade de o país pagar suas dívidas. Quanto mais alto é o preço, menor o risco de inadimplência.(Gazeta Mercantil - 07.08.2001)

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7- Mercado espera detalhes do acordo com FMI e busca manter otimismo

Os detalhes do acordo de US$ 15 bi fechado entre o Brasil e o FMI devem ser o principal assunto do dia para o mercado financeiro. Os termos e as condições do acordo devem ser anunciados à tarde, no Ministério da Fazenda. Descolado da Argentina, o mercado brasileiro busca mais sinais positivos para sustentar o clima de 'o pior já passou''. (Folha - 07.08.2001)

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8- Expectativas inflacionarias aumentam

O mercado financeiro está duvidando, cada vez mais, do cumprimento da meta de inflação estipulada pelo governo. Segundo pesquisa realizada semanalmente pelo BC, os bancos esperam uma elevação de 6,20% no IPCA em 2001. Há uma semana, o mesmo levantamento apontava uma inflação de 6,08%. O mercado também reviu para cima a previsão de inflação para 2002, que passou de 4,02% para 4,25%. Se considerados apenas os analistas que mais acertam, as previsões de inflação de 2001 e 2002 subiram para 6,30% e 4,50%, respectivamente. (Folha - 07.08.2001)

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gás e termoelétricas

1- El Paso intensificará prospecção no Paraná

A procura por gás natural em dois campos da Bacia Sedimentar do Paraná entra em sua segunda fase por volta do dia 08.08.2001. A empresa El Paso está investindo US$ 10 mi para fazer o levantamento de dados sísmicos no local. A Petrobras já possui um poço na região, mas ele está lacrado. As atividades da El Paso começaram há mais de um ano com a perfuração de poços exploratórios. A região pesquisada integra os blocos BPAR-10 (em joint venture com a Petrobras) e BT-PR-4, arrematado pela El Paso na segunda rodada de licitações da Agência Nacional de Petróleo. A El Paso é também sócia da Usina Termelétrica de Araucária, que entrará em funcionamento em outubro de 2002. A usina está sendo construída em parceria com a Copel, que detém 20%, e a Petrobras, com outros 20%. A empresa ainda não definiu se o gás produzido será destinado à usina ou vendido para indústrias. (Valor - 06.08.2001)

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grandes consumidores

1- Produção industrial menor 1,4% em junho

A produção industrial brasileira caiu 1,4% em junho de 2001, na comparação com mesmo mês do ano 2000, segundo o IBGE. Apesar de já vir desacelerando ao longo de 2001, é a primeira taxa mensal negativa, desde julho de 1999. Naquela época, a indústria começava a se recuperar da retração seguida à crise cambial do início do ano. No primeiro semestre de 2001, a produção industrial cresceu 4,9% (6,8% no mesmo período de 2000). Para o economista da Fiesp, André Carvalho, a taxa de junho é negativa, mas melhor que a esperada com o racionamento de energia. O economista do IBGE, Sílvio Sales, considera esse um fator a mais, agregado ao quadro já em deterioração (juros em ascensão, forte desvalorização do real frente ao dólar, instabilidade do cenário internacional, entre outros). Quatro setores tiveram queda maior e três deles têm alta intensidade no consumo de energia: metalúrgico (-5,8%), químico (-2,8%) e têxtil (-6,2%). Exceção foi o vestuário, que caiu 10,8%. (Gazeta Mercantil - 07.08.2001)

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2- Retração é maior entre os setores que registram consumo intenso de energia

A produção industrial dos eletrointensivos foi a mais atingida em junho pelo racionamento de energia. A queda, no entanto, não foi tão drástica quanto inicialmente se esperava. Com isso, o maior dano da restrição no consumo de energia será nas margens de lucros dos setores, que para se adaptarem aos cortes, tiveram de comprar geradores ou firmar contratos bilaterais de compra de energia. Por exemplo, o setor de metalurgia, que caiu 7%, foi puxado pela forte queda de produção do alumínio. Em junho de 2001, as vendas de alumínio primário caíram 10,8%, enquanto a produção declinou 10,3%. Em julho, quando a região Norte do país teve de começar a racionar energia, o impacto na produção e nas vendas deverá ser ainda maior. Setores como o de papel e celulose, plásticos e cimento também devem ter crecimento muito inferior ao de 2000. (Valor - 07.08.2001)

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internacional

1- Siemens diz que conexão com o Peru é pouco viável

A Siemens se declarou interessada em reforçar as linhas de transmissão do Chile e instalar subestações elétricas que permitiriam reforçar a administração da energia distribuída no país. Andrés Kuhlman, ex-diretor da ElectroAndina e novo gerente geral da Siemens, explicou que a empresa alemã planeja participar de todos os projetos do setor energético que o Chile necessite. A Siemens ainda está conversando com a Transelec e com todos aqueles que estiverem interessados em levar a cabo o projeto de conexão da Região Norte do Chile com a Região Central do país. Segundo ele, o país precisa aumentar em cerca de 1000 MW por ano sua capacidade até que uma nova lei elétrica seja discutida. Quanto a conexão com o Peru, o executivo afirmou que ela é inviável porque a corrente usada no país vizinho é diferente da do Chile, o que elevaria os custos de uma conexão. (Estratégia – 06.08.2001)

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2- Produção da BP sobe 4% no segundo trimestre de 2001

A BP atingiu expectativas dos analistas para o segundo trimestre de 2001. Sua produção de gás e petróleo cresceu 4% e os lucros que chegaram a US$ 3,8 bi. O crescimento da produção no primeiro semestre de 2001 foi de 9% e o lucro líquido da empresa foi de US$ 7,9 bi, bem maior que o do mesmo período do ano anterior, que foi de US$ 6,3 bi. A companhia deixou claro que estava no caminho para atingir as previsões de crescimento para o ano. Mesmo assim, ela ainda tem problemas. Sua divisão química sofreu com os altos preços de matéria-prima e energia. O lucro da divisão caiu de US$ 320 mi para US$ 9 mi. (Financial Times – 07.08.2001)

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3- Aumento das reservas de gás na Bolívia teve saldo positivo

O aumento das reservas, a elaboração de projetos e a política de preços congelados do gás foram os temas centrais de um informe de prestação de contas lançado pelo Poder legislativo da Bolívia. Entre os objetivos realizados em 2001 está o aumento de investimentos privados para o descoberta de novas reservas. As reservas subiram de 1,56 bilhões para 1,56 trilhões de metros cúbicos, com os quais o país pode fechar quatro novos contratos, inclusive o existente com o Brasil. Com as novas reservas gasíferas devem aumentar os projetos para usar os recursos para a geração de energia elétrica e aumentar o consumo interno. O governo planeja buscar novos mercados e a industrialização do gás natural deve começar a ser feita. (Los Tiempos – 07.08.2001)

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4- Enron ganha disputa judicial na Índia

A corte indiana favoreceu o processo da Enron contra a companhia indiana Maharashtra State Electricity Board, acusada de não cumprir os contratos de compra de energia fechados quando do início da construção de uma usina geradora no país. A decisão define que a Corte de Bombaim pode intervir em toda decisão tomada pelo regulador de energia de Maharashtra em relação ao acordo entre as duas empresas. A MSEB insiste que o regulador local tem poder para servir como intermediário no acordo. A Enron só reconhece as leis fixadas previamente no contrato. A empresa americana afirma que a MSEB lhe deve US$ 45 mi e ameaça sair do projeto de US$ 2,8 bi se a situação não for resolvida até novembro de 2001. (Financial Times – 06.08.2001)

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5- PDVSA tenta abrir espaço no mercado energético

Segundo a Petróleos de Venezuela, um "barril de energia" pode produzir mais lucros para o país do que um barril de petróleo tradicional. A empresa tem tentado dinamizar a pesquisa petrolífera e gerar idéias novas. A empresa estuda a proposta de uma elétrica espanhola para explorar os negócios de energia eólica e prepara a conversão da usina de Maracaibo em termoelétrica. O plano da empresa é construir mais termoelétricas no oeste do país que utilizem carvão como combustível. A empresa deverá também examinar os competidores do ramo. Multinacionais como a BP e a Shell estão investindo muito dinheiro na descoberta de tecnologias alternativas aos combustíveis fósseis. Isso mostra que a PDVSA deverá fazer algumas mudanças para conseguir se firmar neste novo ramo. (El Universal – 06.08.2001)

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6- Nova Iorque têm risco de apagão

Os habitantes de Nova Iorque estão sendo aconselhados a não desperdiçar energia com risco de provocarem uma apagão na cidade. A temperatura alta no mês de julho criou uma demanda recorde de energia e o mês de agosto não parece ser diferente. O New York Independent System Operator, responsável por fiscalizar as transmissões elétricas de alta voltagem do estado, avisou aos consumidores que o fornecimento será reduzido nos próximos dias. Os apagões não são boas lembranças para os novaiorquinos. Em 1965, mais de 800.000 pessoas ficaram presas no metrô ou em prédios por várias horas e em 1977, um blecaute provocou saques e violência. A NYISO já havia avisado em junho de 2001 que blecautes poderiam acontecer, mas até agora tinha confiança que novos geradores iriam satisfazer a grande demanda de 30.450 MW. (Financial Times – 06.08.2001)

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7- Greenpeace contesta a Comissão Argentina de Energia Atômica

O Greenpeace constestou no dia 06.08.2001 a Comissão Argentina de Energia Atômica sobre a "necessidade" de se finalizar as obras da central de Atucha II. A organização ambientalista qualificou o projeto de "péssimo negócio" para a Aregntina e assinalou que sua finalização é inconveniente tanto por razões econômicas quanto ambientais. A construção da usina começou em 1980 e já envolveu gastos mais de US$ 3,3 bi na obra. Seriam necessários mais US$ 700 mi para a conclusão da usina. Gasta-se cerca de US$ 15 mi por ano para a manutenção da obra, mesmo parada. O Greenpeace defende que este dinheiro seja investido em um projeto de energia eólica que, segundo eles, produziria o dobro de energia. (Panorama energético – 06.08.2001)

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1- Comissão de Análise do Sistema Hidrotérmico de Energia Elétrica. "Relatório: O desequilíbrio entre oferta e demanda de energia elétrica". Brasília: Agência Nacional de Águas/ANA

Comissão de Análise do Sistema Hidrotérmico de Energia Elétrica. "Relatório: O desequilíbrio entre oferta e demanda de energia elétrica". Brasília: Agência Nacional de Águas/ANA, 21 de julho de 2001. Para obter o relatório, clique aqui.

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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