1- Aneel autoriza novo reajuste de tarifas |
A
Aneel autorizou novos reajustes de tarifas de energia para a concessionária
do Pará e duas concessionárias do Sul: Celesc e Hidrelétrica de
Xanxerê (SC). As novas tarifas passam a vigorar a partir de 08.08.2001.
As tarifas da Celpa serão reajustadas em 14,07%. As tarifas da
Celesc serão reajustadas em 20,72%, e as tarifas da hidroelétrica
Xanxerê, também em Santa Catarina, onde atende a seis municípios,
serão reajustadas em 15,81%. (Estado - 07.08.2001)
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2- Alta do dólar levou a reajuste da Celesc |
A alta do dólar foi um dos principais fatores para o reajuste
de 20,72% para as tarifas de energia elétrica da Celesc. Como
a distribuidora catarinense compra 31,66% de sua carga de Itaipu
Binacional, que tem o preço fixado em dólar, o percentual autorizado
permitiu o repasse maior da cotação da moeda americana para a
conta de luz. O percentual foram autorizados no dia 06.08.2001
pela Aneel. A nota oficial da agência reguladora informou que
o porcentual de reajuste levou em consideração os chamados custos
não gerenciáveis, como a Conta de Consumo de Combustível (CCC),
a Reserva Global de Reversão (RGR) e as taxas de fiscalização
e encargos de transmissão. (Estado - 07.08.2001)
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3- Concessionárias pressionam governo por tarifa maior |
As distribuidoras aumentam as pressões sobre o governo para obter
tarifas maiores. Há poucos dias, a GCE chamou os investidores
do setor para uma conversa: queria saber o que as empresas pensam
em relação ao modelo energético e às saídas para a crise. As distribuidoras
apresentaram seus argumentos e, por fim, apresentaram o valor
de R$ 3,5 bi, que corresponderia aos custos não cobertos por reajustes
tarifários, desde 1997, e que seria equivalente a 14% da receita
líquida anual das concessionárias. De acordo com a informação
transmitida à Câmara de Gestão, com base em trabalho realizado
pela consultoria A.T. Kearney, a rentabilidade das concessionárias
de distribuição, no Brasil, é inferior às referências internacionais.
Foi citada a comparação entre a Chilectra que teve lucro líquido
sobre o ativo de 27,9% em 1997, caindo para 15,3% no ano 2000,
enquanto a média do setor privado no Brasil, no mesmo período,
passou de apenas 1,9% para 0,7%. (Gazeta Mercantil - 07.08.2001)
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4- CVM julgará inquérito administrativo contra
Eletrobras |
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) marcou para o dia 16 de
agosto de 2001 o julgamento do inquérito administrativo número
22/99, instaurado para apurar a responsabilidade da diretoria
da Eletrobras pelo eventual descumprimento dos procedimentos e
do dever de divulgar fatos relevantes sobre os negócios da Light
Participações S.A (Lightpar). O colegiado da CVM decidiu também
prorrogar até o dia 08.08.2001 o prazo para receber sugestões
do mercado à minuta de instrução que dispõe sobre a constituição,
administração e funcionamento dos fundos de investimento em índice
de mercado, que deverão ser criados até o final de 2001. (Agência
Brasil - 06.08.2001)
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5- Fórum popular entrará com ação para tentar barrar
venda da Copel |
O coordenador do Fórum Popular Contra a Venda da Copel, Nelton
Friedrisch, declarou que irá entrar com uma ação anulatória no
dia 07.08.2001, contra a audiência pública realizada pelo governo
paranaense dia 02.08.2001, para a venda da estatal. Na audiência,
ficou definido que a Copel vai em leilão no dia 31.10.2001, com
a venda em bloco. De acordo com Friedrisch, que já havia conseguido
uma liminar para cancelar a audiência, a procuradora Márcia Carla
Pereira Ribeiro, que presidia a audiência, cometeu um erro ao
remarcar, para o mesmo dia uma audiência que já havia sido cancelada
anteriormente. "O que aconteceu na verdade foi um jogo de cena
promovido pelo governador Jaime Lerner, que está manobrando com
o apoio da máquina pública para emplacar a privatização da estatal.
Na verdade, o governo está quebrado e necessita do dinheiro para
sanear as contas da previdência", disse o coordenador do fórum.
(Canal Energia - 08.07.2001)
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6- Alagoas quer reaver controle da Ceal |
O governador Ronaldo Lessa procurou o ministro Pedro Malan, no
dia 06.08.2001, para discutir o retorno da Companhia Energética
de Alagoas (Ceal) ao controle e administração do Estado. Segundo
Lessa, a Justiça anulou a venda da empresa ao governo federal
por considerar ato lesivo ao patrimônio público. O governador
justificou que se o governo federal está cobrando juros dos R$
260 mi pagos pela suposta venda da Ceal, então o dinheiro é um
empréstimo "pois não se cobra juros do que se pagou por um produto".
(Último Segundo - 05.08.2001)
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7- Governo não participará das negociações sobre o
Anexo V |
O processo de resolução das pendências financeiras em torno do
anexo V dos contratos de geração recebeu do governo federal uma
negativa que pode estagnar de vez o encaminhamento do acordo para
a questão, além da retomada das operações do MAE. Através do presidente
do BNDES, Francisco Gros, em uma reunião com representantes das
empresas geradoras e distribuidoras de energia, o governo afirmou
que não se envolverá no imbróglio criado pelo repasse da eletricidade
no período do racionamento. Gros, que também coordena o Comitê
de Revitalização do Modelo de Setor Elétrico da GCE, garantiu
que não haverá qualquer tipo de intervenção por parte dos órgãos
governamentais. Segundo ele, as duas partes serão as únicas responsáveis
pela resolução da pendência, que já envolve cifras entre R$ 10
bi e R$ 12 bi. (Canal Energia - 06.08.2001)
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8- Grupo Rede critica não envolvimento do governo na
questão do Anexo V |
Um dos agentes mais envolvidos nas discussões sobre o Anexo V,
o assessor da Presidência do Grupo Rede, Fernando Quartim, critica
veementemente a posição apresentada pelo presidente do BNDES,
que afirmou que o governo não se envolverá no imbróglio criado
pelo repasse da eletricidade no período do racionamento. Para
ele, o governo criou o problema e agora está se omitindo, numa
situação idêntica à da crise do abastecimento nos reservatórios,
que resultou no racionamento. "É inconseqüente e irresponsável.
O mercado não pode funcionar com um déficit de quase R$ 12 bi,
é impossível", afirma. O consultor garante que a participação
do governo é fundamental para o equacionamento do financiamento
desse déficit, através da atuação de empresas como a Eletrobras,
do próprio BNDES, além de organismos internacionais. A criação
de um mecanismo que ajuste as contas das empresas dos dois setores
envolvidos passa impreterivelmente, segundo ele, pelos trâmites
federais. "Esse rombo existe e não será superado em cima do consumidor,
de imediato", declara, referindo-se ao repasse do saldo devedor
às tarifas da população. Para ele, conseqüência inevitável. (Canal
Energia - 06.08.2001)
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9- Seminário discute futuro do setor elétrico |
Começa no dia 07,08.2001, no Rio, o seminário 'Energy Summit 2001'',
que irá analisar alternativas e soluções para o futuro do sistema
elétrico nacional. O diretor da BNDESPar, Eleazar de Carvalho
Filho, falará sobre o papel do banco na privatização do setor.
Os secretários estaduais do Rio de Janeiro, Minas e Rio Grande
do Sul também estarão num painel para discutir as políticas de
desenvolvimento do setor em cada estado. Estão previstas ainda
apresentações do presidente da CPFL, Wilson Ferreira; do assessor
de planejamento corporativo da Escelsa, Paulo César Casate; e
do chefe de planejamento da transmissão de Furnas, Paulo César
Vaz Esmeraldo. No dia 08.08.2001, o seminário terá palestras do
presidente da Eletrobrás, Cláudio Ávila; do presidente da RGE,
Sidney Simonaggio; do diretor-presidente da EDP Brasil, Eduardo
Bernini, e do vice-presidente da Enron, João Carlos Ribeiro de
Albuquerque. No dia 09.08.2001, serão discutirão temas como viabilidade
de investimentos em hidrelétricas, contratos para project finance,
implantação de termelétricas no curto prazo e fontes alternativas
de energia. (Folha Online - 07.08.2001)
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1- Câmara de Gestão faz balanço do racionamento de
energia |
A Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica faz hoje um balanço
dos primeiros dois meses do plano de racionamento. Será durante
reunião, prevista para começar às 11h, com o presidente Fernando
Henrique Cardoso, no Palácio da Alvorada. De acordo com a Radiobrás,
também estarão presentes à reunião os ministros da Fazenda, Pedro
Malan; da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, e da Casa
Civil, Pedro Parente. (Jornal do Brasil - 07.08.2001)
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2- Rio perde R$ 400 mi de ICMS com racionamento |
A crise energética vai provocar perda de R$ 400 mi na arrecadação
de ICMS do Estado do Rio no segundo semestre de 2001. A projeção
faz parte de estudos da Secretaria estadual de Fazenda, que teve
de refazer os cálculos de arrecadação para 2001, reduzindo a estimativa
inicial de R$ 9,7 bi para R$ 9,3 bi, devido ao racionamento de
energia. Em julho, o ICMS chegou a R$ 778,6 mi, bem abaixo dos
R$ R$ 838 mi projetados. Estudos preliminares indicavam que o
prejuízo mensal não ultrapassaria R$ 44,5 mi, mas o resultado
já registra um déficit de R$ 59,4 mi. O secretário de Fazenda,
Fernando Lopes, informou que a conclusão do estudo será anexada
ao pedido encaminhado ao STF, que deverá ser apreciado nos próximos
dias, em que o Governo do Estado solicita a redução da dívida
do próprio estado com a União. "Este prejuízo nunca mais vai ser
recuperado. Até o fim do ano, serão menos R$ 300 mi nos cofres
do Estado e menos R$ 100 mi que seriam repassados aos 92 municípios",
explicou Lopes. (Jornal do Commercio - 07.08.2001)
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3- Light só tem capacidade para cortar luz de 200 mil
consumidores |
A partir do dia 13 de agosto de 2001, 498.400 clientes da Light
que excederam sua meta de consumo em junho e julho poderão ter
seu fornecimento de energia cortado por até três dias. Os avisos
serão entregues no dia 09.08.2001. Entretanto, de acordo com Ernesto
Haikewitsch, superintendente de Qualidade e Sistemas Comerciais
da companhia, a Light só tem condições técnicas para cortar a
luz de 200.000 consumidores/mês. A prioridade para os cortes serão
os consumidores que registraram o maior desvio de sua meta e os
inadimplentes, mas essa proporção ainda não foi definida. ''Os
clientes que tinham meta de 1.000 KWh/mês e que gastaram 1.300
KWh/mês são mais passíveis de sofrer corte do que os que tinham
meta de 200 KWh/mês e consumiram 300 KWh/mês'', exemplifica. (Jornal
do Brasil - 07.08.2001)
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4- Economia na área da Eletropaulo está em 23,9% |
Chega a 23,9% a economia de energia entre os usuários atendidos
pela distribuidora Eletropaulo nos primeiros cinco dias de agosto
de 2001, na comparação ao resultado médio do consumo de eletricidade
entre os meses de maio e julho de 2000. No dia 05.08.2001, a economia
pontual do dia ficou em 21,4%, em referência à média do consumo
dos domingos entre maio e julho do ano 2000. No acumulado de todo
o plano de racionamento, entre 1º de junho e 5 de agosto de 2001,
a economia média nos 24 municípios da região Metropolitana de
São Paulo atendidos pela distribuidora, incluindo a capital, soma
25,9%. (Gazeta Mercantil - 06.08.2001)
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5- CPFL e Bandeirante podem cortar luz de 20% dos consumidores
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A CPFL e a Bandeirante Energia podem cortar a luz de 20% dos consumidores
a partir de julho de 2001. São os clientes que não cumpriram a
meta de energia em junho. As duas distribuidoras têm autorização
para cortar a luz desses consumidores, caso a cota de consumo
tenha sido ultrapassado novamente em julho. O relatório completo
com o número de consumidores que estão sujeito a cortes de energia
ainda não foi finalizado pelas distribuidoras de energia. Mas
os números parciais mostram que cerca de 20% dos consumidores
não cumpriram a meta de consumo de energia. (Folha Online - 02.08.2001)
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6- MS registra redução de 29,4% no consumo de energia
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Mato Grosso do Sul registrou queda de 29,4% no consumo de energia
elétrica na semana passada, de 30 de julho a 5 de agosto de 2001,
em relação a terceira semana de abril de 2001. Esse parâmetro
vem sendo utilizado pela Enersul desde o início do racionamento,
no dia 4 de junho. O total economizado representa 19,4 mil MWh.
(Campo Grande News - 06.08.2001
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7- Especialista defende redução da meta para 10% no
verão |
Para o especialista em energia da Coordenadoria dos Programas
de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe) da UFRJ, Maurício Tolmasquin,
as altas temperaturas do verão serão um verdadeiro teste para
a adesão da população às regras de redução do consumo. Para ele,
a meta de racionamento deveria ser reduzida à metade no verão
(ou 10%) para atender à necessidade de cautela do governo em relação
ao nível dos reservatórios e garantir que as pessoas continuem
colaborando com o programa de redução de consumo. Tolmasquin alerta
que, mesmo diante de uma situação melhor dos reservatórios de
água, o governo deve manter algum tipo de racionamento. Sua preocupação
é que uma total liberação dos limites de consumo diante de chuvas
no fim do ano possa exigir sacrifícios maiores nos primeiros meses
do ano seguinte, caso o tempo fique seco novamente. "Nas estações
mais quentes o racionamento será mais difícil e, com certeza,
as pessoas vão reclamar mais e estarão mais resistentes aos apelos
de necessidade da queda no consumo", prevê. (Estado - 05.08.2001)
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8- Número de consumidores da Coelce sujeitos a corte
de energia sobe para 78.303 |
Encerrado o faturamento referente ao mês de julho de 2001 e 382.684
consumidores residenciais da Coelce não atingiram suas metas de
consumo. Desse total, 78.303 estão na faixa acima de 100 KWh e,
se não economizaram o suficiente em agosto de 2001, poderão ter
a energia cortada a partir do dia 13.08.2001. O balanço apresentado
no dia 06.08.2001 pela Coelce demonstra que 72% dos clientes de
baixa tensão da empresa conseguiram cumprir as metas impostas
pelo plano de racionamento. (Diário do Nordeste - 07.08.2001)
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9- Governo terá que reembolsar R$ 1,8 mi a favor da
Light |
O governo federal terá de reembolsar R$ 1,8 mi a favor da Ligth.
A empresa divulgou nota dizendo ter arrecadado R$ 8,4 mi em julho
de 2001, como sobretaxa por excesso no consumo, valor insuficiente
até para pagar o bônus dos clientes que consumiram menos de 100
KWh, cujo valor total gira em torno de R$ 10,2 mi, segundo a empresa.
Os clientes que consumiram entre 100 KW e 200 KW, mas cumpriram
as meta de consumo estabelecida pela CGE, não receberão a compensação
em desconto na conta de luz. O número total de consumidores residenciais
nessa situação no Rio é de 1.0287.152. Os clientes residenciais
e comerciais deverão receber R$ 0,33 por real economizado na conta
de energia. O reembolso da companhia pelo governo também está
previsto na medida provisória que determinou o racionamento de
energia elétrica. Vale nos casos em que a distribuidora arrecadar
menos com sobretaxas que o valor do bônus a ser pago aos consumidores
que mais economizaram energia. (Gazeta Mercantil - 07.08.2001)
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10- Segmento residencial foi o que mais contribuiu
para racionamento no Ceará |
O segmento que mais contribuiu com o racionamento no Ceará foi
o residencial. Apenas 24,52% dos 382.684 consumidores da Coelce
não atingiram a redução de 20%. Já os setores Comercial, Serviços
e Outras Atividades, percentualmente, contemplam o maior número
de consumidores que extrapolaram suas cotas. 46,04% desses clientes
não economizaram o suficiente. Em seguida, vem a Indústria, com
43,45%, e o setor Rural, com 41,77%. Esses dados referem-se aos
consumidores de baixa tensão. (Diário do Nordeste - 07.08.2001)
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11- Obras emergenciais já estão gerando 375 mil empregos |
A
corrida do governo, das empresas e investidores para evitar os
apagões está transformando o setor elétrico numa mina de empregos.
Atualmente, as obras em execução no setor, como a construção e
ampliação de usinas hidrelétricas e termelétricas e a instalação
de novas redes de transmissão, já envolvem investimentos da ordem
de R$ 21,5 bi, gerando pelo menos 125 mil empregos diretos. Se
forem considerados os empregos indiretos criados pela proliferação
de canteiros de obras, chega-se a quase 375 mil postos de trabalho.
Os dados são de levantamento da Associação Brasileira da Infra-Estrutura
e Indústria de Base (Abdib). Ao todo, estão em andamento 22 projetos
hidrelétricos e 15 termelétricos, além da instalação de seis mil
quilômetros de linhas de transmissão. (Estado - 06.07.2001)
Índice
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12- Sede de estatais superam meta de consumo no Rio
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No edifício-sede do BNDES, desde 15 de maio de 2001 não se liga
mais o ar-condicionado às 5 horas, 12 mil das 31 mil lâmpadas
estão apagadas e metade dos 12 elevadores é desligada fora do
horário de pico de movimento. Assim, o banco não apenas bateu
a meta de corte de 22% com folga, poupou 44%, como também economizou
R$ 120,1 mil reais na conta referente a junho. Em outras estatais
localizadas no Rio, parece não ter sido muito diferente. Com menor
ou maior margem, elas cumpriram suas metas com medidas que tentaram
eliminar desperdícios. O edifício-sede da Petrobras pagou conta
de R$ 220 mil para um período de 30 dias, entre junho e julho
de 2001. A economia foi de R$ 125 mil em relação à cobrança anterior.
A média de consumo no ano 2000 havia sido de 2,066 milhões de
KWh, a meta era de 1,61 milhão de KWh e o consumo efetivo, de
1,45 milhão de KWh. A Eletrobras informou que a redução alcançada
em seu prédio foi de 37,47%. Já Furnas divulgou que conseguiu
economizar 29,98%: consumiu 1,16 milhão de KWh, quando sua meta
era de 1,66 milhão. (Estado - 07.08.2001)
Índice
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13- Sindipeças e Força Sindical criam banco de horas |
O Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos
Automotores (Sindipeças) e os sindicatos de metalúrgicos do estado
de São Paulo assinam, no dia 07.08.2001, acordo que estabelece
a formação de banco de horas entre agosto e outubro de 2001. O
objetivo é amenizar a pressão por demissões causada pela queda
de produtividade decorrente da crise energética. Segundo o acordo,
as horas que deixarem de ser trabalhadas no período de vigência
- caso reduza-se a jornada - serão pagas normalmente. No entanto
nos 12 meses seguintes as empresas poderão convocar os funcionários
para a compensação, sem pagamento de horas extras. As empresas
se comprometem a manter o número de empregados durante os três
meses encerrados em outubro. "O acordo é interessante porque funciona
por adesão. Só entram as empresas interessadas", afirma o negociador
do Sindipeças, Dráusio Rangel. Segundo Rangel, o setor de autopeças
pode registrar redução de até 25% da produção no último quadrimestre
de 2001 em comparação ao mesmo período de 2000, caso não haja
uma reviravolta na área energética. Essa retração causaria cortes
da ordem de 10%. (Gazeta Mercantil - 07.08.2001)
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14- Justiça concede liminar contra racionamento para
escritório de SP |
O escritório Trevisioli Advogados Associados está isento de cumprir
as normas do racionamento de energia elétrica impostas pela GCE.
O juiz substituto da 10ª Vara da Justiça Federal em São Paulo,
Hong Kou Hen, concedeu uma liminar, em 19 de junho de 2001, ao
mandado de segurança dos advogados Jeferson Nardi e Álvaro Trevisioli,
determinando que o escritório não tenha de pagar a sobretaxa por
descumprir a meta de redução do consumo. Dez dias depois, o Supremo
Tribunal Federal declarou que o plano de racionamento é constitucional.
Em 11 de julho, a Advocacia Geral da União pediu, então, que o
juiz reconsiderasse sua decisão. O juiz titular da 10ª Vara Federal,
Djalma Moreira Gomes, manteve a decisão, sob o argumento de que
a liminar havia sido concedida antes do julgamento do STF. Nardi
diz que a União deverá recorrer ao Tribunal Regional Federal da
3ª Região (SP/MS). Ele informou que esse recurso ainda não deu
entrada no tribunal. (Folha - 07.08.2001)
Índice
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15- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
Índice
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1- Perfil dos desembolsos das concessionárias aponta
para perdas crescentes |
De acordo com as informações passadas ao governo, pelos investidores
do setor, quando se decompõe o perfil dos desembolsos das concessionárias
ainda sem cobertura tarifária, observa-se que as perdas com a
transmissão correspondem a 20%. A energia comprada vale 14%. A
Conta de Consumo de Combustível (CCC) fica em 19%. Os tributos,
em 15%; a energia dolarizada de Itaipu Binacional, 12%; e mais
20% se devem a outros motivos. Esses desembolsos, segundo as empresas,
têm revelado uma tendência crescente: de apenas R$ 31 milhões,
em 1997, houve uma evolução para R$ 142 mi em 1998; R$ 637 mi
em 1999; R$ 1,4 bi em 2000; e R$ 1,2 bi até julho de 2001. (Gazeta
Mercantil - 07.08.2001)
Índice
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2- Investidores avaliam dificuldades do modelo energético
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Em recente encontro com o governo, que chamou os investidores
do setor para avaliar o modelo energético e às saídas para a crise,
as empresas ponderaram que diversos obstáculos ainda atravancam
a implantação do modelo setorial, como a questão da inadimplência
no MAE, a dificuldade em concretizar contratos de compra de energia
(PPAs) e a parada na privatização das geradoras. Para as concessionárias
de distribuição os riscos de natureza regulatória são enormes,
por causa de perdas no repasse dos custos não controláveis pelas
empresas, às regras incertas com relação à revisão tarifária e
à estrutura tarifária que classificam como distorcida. Os investidores
apresentaram à GCE uma relação contendo vários itens pendentes
no âmbito da Aneel, que, na avaliação das empresas, apenas agravam
o problema do risco regulatório. São eles: indefinições quanto
à metodologia de cálculo dos reajustes e revisões tarifários,
dúvidas sobre a abertura do mercado cativo, responsabilidades
dos concessionários sobre a universalização do serviço público
de energia elétrica, redefinição de áreas de atuação das cooperativas
de eletrificação rural e indefinição sobre a necessidade das distribuidoras
contratarem energia antecipadamente para o seu mercado. (Gazeta
Mercantil - 07.08.2001)
Índice
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3- País vende equipamento de energia |
A falta de investimentos no setor elétrico no país tem levado
os fabricantes de equipamentos de geração, distribuição e transmissão
de energia a aumentar as exportações de produtos como geradores
e transformadores nos últimos anos. Só no primeiro semestre de
2001 as vendas externas deste segmento da indústria cresceram
36,4%. O setor também conseguiu reduzir o déficit de sua balança
comercial, embora as perspectivas não sejam muito animadoras.
José Augusto Marques, presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura
e da Indústria de Base, fabricante de equipamentos de transmissão
e distribuição de energia, atribui o crescimento das exportações
da indústria do setor no primeiro semestre à venda de equipamentos
de geração, cuja contratação ocorreu há dois ou três anos. Um
gerador ou uma turbina leva de 14 meses a 30 meses para ficar
prontas. (Valor - 07.08.2001)
Índice
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4- Crise energética não prejudicará exportação de geradores
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Em 2000, a indústria de geração, distribuição e transmissão exportou
US$ 199,7 mi com crescimento de 25% sobre 1999. O principal mercado
das empresas brasileiras é a América Latina, mas também há exportações
para outros destinos como a Ásia. No meio deste "boom" exportador,
há indústrias que reduziram as vendas externas para atender o
mercado interno em função do racionamento. Mas se prevê que a
crise energética não fará com que os fabricantes de equipamentos
de geração, distribuição e transmissão de energia deixem de exportar.
Somente a ABB, por exemplo, prevê aumentar em cerca de 45% as
exportações de equipamentos de transmissão de energia elétrica
em 2001 em relação ao ano passado. (Valor - 07.08.2001)
Índice
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5- Maior demanda por geradores deve levar indústrias
a aumentar a capacidade |
A maior demanda interna por geradores deve levar as indústrias
do setor a aumentar a capacidade instalada. Até o início de 2000,
a ocupação média das indústrias produtoras de equipamentos de
geração, distribuição e transmissão situava-se em 60%. No final
de 2000 subiu para 70% e chegou hoje à faixa de 77%. O diretor-executivo
da Voith-Siemens, Sérgio Parada, considera, no entanto, que a
ampliação da capacidade instalada da indústria só acontecerá com
a construção da hidrelétrica de Belo Monte formada por um complexo
de sete barragens no rio Xingu. O executivo acrescentou que ainda
não houve contratação de equipamentos para os cerca de 4,8 mil
MW licitados em leilões da Aneel. (Valor - 07.08.2001)
Índice
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6- Especulação imobiliária pode inviabilizar instalação
de usina eólica no Rio |
A Petrobras faz mistério sobre o local onde vai instalar a sua
usina eólica no Rio, devido à especulação imobiliária que cerca
o negócio. A explicação é simples: os terrenos que podem servir
para os parque eólicos no estado estão em locais valorizadíssimos,
à beira do mar, disputados por empreendedores do ramo hoteleiro,
construtoras e, agora, da área energética. ''Isso é um problema
porque a usina eólica tem que ir aonde o vento está. Não dá para
carregar o vento'', diz o gerente-executivo de Conservação e Renovação
Energética da área de Gás e Energia da Petrobras, João Eudes Touma.
''E também não vamos brigar a qualquer custo pelo terreno. O preço
pode inviabilizar o negócio. Existe um custo máximo para o aluguel'',
diz. A especulação é agravada pelo fato de haver somente uma pequena
porção do litoral do Rio disponível. ''São poucas as áreas possíveis'',
diz Touma. Os bons ventos do Rio sopram entre Cabo Frio e a divisa
com o Espírito Santo, pedaço de terra que não passa de 266 km
de extensão. (Jornal do Brasil - 06.08.2001)
Índice
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7- Sem-terra invadem área da hidrelétrica de Belo Monte
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Cerca de mil famílias de trabalhadores rurais sem-terra e desempregados
invadiram a área onde será construída a maior hidrelétrica do
País, a de Belo Monte, em Anapu, no sudoeste do Pará. Os invasores
começaram a construir barracos de madeira e avisaram que não pretendem
sair do local. A Eletronorte estuda a possibilidade de ingressar
na Justiça com uma ação para a retirada das famílias. (Estado
- 07.08.2001)
Índice
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8- Segundo IBGE, produção de bens para setor energético
cresce 53% |
A crise energética acelerou a produção de pelo menos um segmento
industrial: o de bens de capital para energia. Os fornecedores
de máquinas e equipamentos para geração e distribuição de eletricidade
elevaram em 53% a produção em junho de 2001, em confronto com
o fabricado em igual mês do ano 2000. Já a média geral da indústria
sofreu queda de 1,4%. Os dados foram divulgados pelo IBGE. (Gazeta
Mercantil - 06.08.2001)
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1- CPFL assina contrato de co-geração de energia com
cinco usinas |
A CPFL assinou, no dia 03.08.2001, contrato de co-geração de energia
com cinco usinas de açúcar e álcool do interior paulista. Segundo
o contrato as usinas venderão para a companhia o seu excedente
de energia a partir de 2002. As usinas que assinaram o contrato
com a CPFL foram a Santa Elisa, Santo Antônio e São Francisco,
todas da cidade de Sertãozinho, e as usinas Alta Mogiana, em São
Joaquim da Barra, e Cerradinho, em Catanduva. Durante a solenidade
de assinatura, foram realizados também contratos entre as usinas
e o BNDES no valor de R$ 52,9 mi para formalizar financiamentos
que permitam a co-geração. (Panorama Brasil - 03.08.2001)
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2- Leilões Asmae/Bovespa entram na 2ª semana sem negócios
este mês |
Sem fechar negócio no dia 06.08.2001, os leilões eletrônicos de
energia se mantêm nulos no mês de agosto. A última transação efetuada
foi em 31 de julho, quando o mercado repassou quantidade recorde
de MWh, um volume de 1.710 MWh, a R$ 279,99 o MWh. No movimento
de 06.08.2001, foi possível pelo menos quebrar o período sem ofertas
de compra. Os compradores apresentaram propostas para a aquisição
de 2.700 MWh - sendo 900 MWh a R$ 280; 400 MWh a R$ 270; e 1.400
MWh a R$ 269 - depois de três pregões em que vendedores assumiram
posições isoladas no ambiente de ofertas. O total de propostas
de venda hoje foi de 1.400 MWh, sendo 900 MWh a R$ 335 e 500 MWh
a R$ 450. Sem convergência nos preços pedidos, no entanto, o mercado
fechou novamente sem acordo. (Gazeta Mercantil - 06.08.2001)
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1- Inflação tende a diminuir após agosto |
O IPC da Fipe/USP fechou julho em 1,21%, o percentual mais alto
desde agosto de 2000 e acima da previsão inicial de 1%. Apesar
disso, o coordenador do índice, Heron do Carmo, estima que a inflação
para o ano continue em 5,5%. A manutenção da projeção anual do
IPC deve-se a expectativa de redução das pressões que ocorreram
em julho, como aumento das tarifas públicas, preços administrados
pelo governo e alimentos. Ainda haverá um impacto destas variáveis
em agosto, que pode fechar em 1%. O reajuste de energia elétrica
terá efeito maior em agosto, mas as tarifas de transporte (ônibus,
metrô e integração) não vão mais pesar. 'Nos últimos quatro meses
o efeito estará esgotado', disse Carmo. O IPCA, medido pelo IBGE
e utilizado como parâmetro para a meta inflacionária do acordo
com o FMI tende a apresentar o mesmo comportamento do IPC da Fipe:
maior pressão de alta em julho, reduzindo nos meses seguintes.
(Gazeta Mercantil – 06.08.2001)
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2- Dólar inverte tendência e recua 0,77%, cotado a
R$ 2,436 |
O dólar comercial inverteu a tendência de alta da abertura e já
opera em baixa nestes primeiros minutos de negocios. Às 9h44m,
a moeda americana operava em baixa de 0,77%, cotada a R$ 2,434
na compra e R$ 2,436 na venda. No dia 06.08.2001, a moeda norte-americana
fechou em queda de 1,99%, cotada a R$ 2,453 para compra e a R$
2,455 para venda, menor patamar em uma semana, e cotação mínima
do dia. O recuo foi reflexo da liquidez 'razoável'', segundo operadores,
e do novo acordo brasileiro com o FMI. (O Globo e Folha - 07.08.2001)
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3- Acordo com o FMI prevê mais US$ 5 bi para segurar
dólar |
Continuam cercados de sigilo os termos do acordo entre o Brasil
e o FMI, anunciado na sexta-feira, dia 3 de agosto. Os detalhes
serão divulgados hoje, às 14h30, em Brasília, e são aguardados
com expectativa pelos mercados, que no dia 6 reagiram positivamente
ao acordo do Fundo com o Brasil, mas continuam a ver com desconfiança
a situação argentina. Um alto funcionário do governo federal,
que participou das negociações com o FMI, adiantou que o acordo
poderá autorizar o BC a usar US$ 5 bi adicionais em intervenções
no mercado de câmbio. E confirmou que serão estabelecidas metas
mais elevadas de superávit primário para este ano e para 2002,
de 3% para 3,4% e 3,5% do PIB, respectivamente. (Estado - 07.08.2001)
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4- Bird descarta recurso adicional ao Brasil |
O Bird confirmou que um de seus diretores, Sven Sandstron, manteve
reunião com o chefe da equipe negociadora do Brasil com o FMI,
o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Amaury Bier,
e que este teria manifestado interesse em contratar novos empréstimos
para financiar projetos na área de energia. 'Mas o assunto foi
apenas introduzido, não se falou em valores ou datas', informou
a fonte do Bird.O Bird não está considerando agora, ao contrário
das expectativas de alguns bancos em Nova York, conceder ao Brasil
empréstimo vultoso, a exemplo dos US$ 4,5 bi acertados no final
de 1998 como parte de um pacote de ajuda emergencial ao País e
que chegou a pouco mais de US$ 41 bi. Dos US$ 4,5 bi, o governo
brasileiro sacou apenas US$ 2 bi e o restante não está mais disponível,
pois o prazo para sua retirada está encerrado, informou uma fonte
do banco. (Gazeta Mercantil - 07.08.2001)
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5- Mercado reage com pessimismo em relação a Argentina |
O governo argentino conta como certa uma ajuda extra do FMI para
recompor as reservas internacionais, que perderam US$ 1 bi só
nos dois primeiros dias de agosto, além de US$ 6,6 bi em julho.
O nível de reservas líquidas está em torno de US$ 19 bi, o que
ainda cobre a base monetária, mas já expõe o país a uma situação
limite ante a hipótese de uma corrida em massa aos bancos. Foi
o próprio vice-ministro Daniel Marx quem contou, ontem à tarde,
sobre a perspectiva da ajuda adicional. No total, o reforço de
caixa do FMI superaria US$ 6 bilhões no semestre. E passa dos
US$ 8 bi com o que falta receber de Bird, BID e governo da Espanha.
Mas, mesmo com a perspectiva da liberação de mais recursos, os
mercados de capitais mantiveram-se ontem cautelosos. A taxa técnica
de risco país (conceito Embi+ do banco JP Morgan) subiu 3% e fechou
a 1.611 pontos básicos, indicando um 'spread' de 16% ao ano. (Gazeta
Mercantil - 07.08.2001)
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6- FMI ajuda a diferenciar o Brasil da Argentina |
A situação do Brasil e da Argentina foi claramente distanciada
pelos investidores do mercado financeiro, no dia 06.08.2001. O
motivo foi a ajuda financeira do FMI aos dois países, anunciada
na sexta-feira, dia 3 de agosto. O maior reflexo foi percebido
no preço dos títulos da dívida soberana dos dois países. Enquanto
o C-Bond, título brasileiro mais negociado no mercado internacional,
subiu 1,22% e valia US$ 0,72, o FRB, papel argentino mais líquido,
caiu 2%, para US$ 0,67. Os títulos refletem o grau de confiança
do investidor estrangeiro na capacidade de o país pagar suas dívidas.
Quanto mais alto é o preço, menor o risco de inadimplência.(Gazeta
Mercantil - 07.08.2001)
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7- Mercado espera detalhes do acordo com FMI e busca
manter otimismo |
Os detalhes do acordo de US$ 15 bi fechado entre o Brasil e o
FMI devem ser o principal assunto do dia para o mercado financeiro.
Os termos e as condições do acordo devem ser anunciados à tarde,
no Ministério da Fazenda. Descolado da Argentina, o mercado brasileiro
busca mais sinais positivos para sustentar o clima de 'o pior
já passou''. (Folha - 07.08.2001)
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8- Expectativas inflacionarias aumentam |
O mercado financeiro está duvidando, cada vez mais, do cumprimento
da meta de inflação estipulada pelo governo. Segundo pesquisa
realizada semanalmente pelo BC, os bancos esperam uma elevação
de 6,20% no IPCA em 2001. Há uma semana, o mesmo levantamento
apontava uma inflação de 6,08%. O mercado também reviu para cima
a previsão de inflação para 2002, que passou de 4,02% para 4,25%.
Se considerados apenas os analistas que mais acertam, as previsões
de inflação de 2001 e 2002 subiram para 6,30% e 4,50%, respectivamente.
(Folha - 07.08.2001)
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1- El Paso intensificará prospecção no Paraná |
A procura por gás natural em dois campos da Bacia Sedimentar do
Paraná entra em sua segunda fase por volta do dia 08.08.2001.
A empresa El Paso está investindo US$ 10 mi para fazer o levantamento
de dados sísmicos no local. A Petrobras já possui um poço na região,
mas ele está lacrado. As atividades da El Paso começaram há mais
de um ano com a perfuração de poços exploratórios. A região pesquisada
integra os blocos BPAR-10 (em joint venture com a Petrobras) e
BT-PR-4, arrematado pela El Paso na segunda rodada de licitações
da Agência Nacional de Petróleo. A El Paso é também sócia da Usina
Termelétrica de Araucária, que entrará em funcionamento em outubro
de 2002. A usina está sendo construída em parceria com a Copel,
que detém 20%, e a Petrobras, com outros 20%. A empresa ainda
não definiu se o gás produzido será destinado à usina ou vendido
para indústrias. (Valor - 06.08.2001)
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1- Produção industrial menor 1,4% em junho |
A produção industrial brasileira caiu 1,4% em junho de 2001, na
comparação com mesmo mês do ano 2000, segundo o IBGE. Apesar de
já vir desacelerando ao longo de 2001, é a primeira taxa mensal
negativa, desde julho de 1999. Naquela época, a indústria começava
a se recuperar da retração seguida à crise cambial do início do
ano. No primeiro semestre de 2001, a produção industrial cresceu
4,9% (6,8% no mesmo período de 2000). Para o economista da Fiesp,
André Carvalho, a taxa de junho é negativa, mas melhor que a esperada
com o racionamento de energia. O economista do IBGE, Sílvio Sales,
considera esse um fator a mais, agregado ao quadro já em deterioração
(juros em ascensão, forte desvalorização do real frente ao dólar,
instabilidade do cenário internacional, entre outros). Quatro
setores tiveram queda maior e três deles têm alta intensidade
no consumo de energia: metalúrgico (-5,8%), químico (-2,8%) e
têxtil (-6,2%). Exceção foi o vestuário, que caiu 10,8%. (Gazeta
Mercantil - 07.08.2001)
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2- Retração é maior entre os setores que registram
consumo intenso de energia |
A produção industrial dos eletrointensivos foi a mais atingida
em junho pelo racionamento de energia. A queda, no entanto, não
foi tão drástica quanto inicialmente se esperava. Com isso, o
maior dano da restrição no consumo de energia será nas margens
de lucros dos setores, que para se adaptarem aos cortes, tiveram
de comprar geradores ou firmar contratos bilaterais de compra
de energia. Por exemplo, o setor de metalurgia, que caiu 7%, foi
puxado pela forte queda de produção do alumínio. Em junho de 2001,
as vendas de alumínio primário caíram 10,8%, enquanto a produção
declinou 10,3%. Em julho, quando a região Norte do país teve de
começar a racionar energia, o impacto na produção e nas vendas
deverá ser ainda maior. Setores como o de papel e celulose, plásticos
e cimento também devem ter crecimento muito inferior ao de 2000.
(Valor - 07.08.2001)
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1- Siemens diz que conexão com o Peru é pouco viável |
A Siemens se declarou interessada em reforçar as linhas de transmissão
do Chile e instalar subestações elétricas que permitiriam reforçar
a administração da energia distribuída no país. Andrés Kuhlman,
ex-diretor da ElectroAndina e novo gerente geral da Siemens, explicou
que a empresa alemã planeja participar de todos os projetos do
setor energético que o Chile necessite. A Siemens ainda está conversando
com a Transelec e com todos aqueles que estiverem interessados
em levar a cabo o projeto de conexão da Região Norte do Chile
com a Região Central do país. Segundo ele, o país precisa aumentar
em cerca de 1000 MW por ano sua capacidade até que uma nova lei
elétrica seja discutida. Quanto a conexão com o Peru, o executivo
afirmou que ela é inviável porque a corrente usada no país vizinho
é diferente da do Chile, o que elevaria os custos de uma conexão.
(Estratégia 06.08.2001)
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2- Produção da BP sobe 4% no segundo trimestre de 2001 |
A BP atingiu expectativas dos analistas para o segundo trimestre
de 2001. Sua produção de gás e petróleo cresceu 4% e os lucros
que chegaram a US$ 3,8 bi. O crescimento da produção no primeiro
semestre de 2001 foi de 9% e o lucro líquido da empresa foi de
US$ 7,9 bi, bem maior que o do mesmo período do ano anterior,
que foi de US$ 6,3 bi. A companhia deixou claro que estava no
caminho para atingir as previsões de crescimento para o ano. Mesmo
assim, ela ainda tem problemas. Sua divisão química sofreu com
os altos preços de matéria-prima e energia. O lucro da divisão
caiu de US$ 320 mi para US$ 9 mi. (Financial Times 07.08.2001)
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3- Aumento das reservas de gás na Bolívia teve saldo
positivo |
O
aumento das reservas, a elaboração de projetos e a política de
preços congelados do gás foram os temas centrais de um informe
de prestação de contas lançado pelo Poder legislativo da Bolívia.
Entre os objetivos realizados em 2001 está o aumento de investimentos
privados para o descoberta de novas reservas. As reservas subiram
de 1,56 bilhões para 1,56 trilhões de metros cúbicos, com os quais
o país pode fechar quatro novos contratos, inclusive o existente
com o Brasil. Com as novas reservas gasíferas devem aumentar os
projetos para usar os recursos para a geração de energia elétrica
e aumentar o consumo interno. O governo planeja buscar novos mercados
e a industrialização do gás natural deve começar a ser feita.
(Los Tiempos 07.08.2001)
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4- Enron ganha disputa judicial na Índia |
A corte indiana favoreceu o processo da Enron contra a companhia
indiana Maharashtra State Electricity Board, acusada de não cumprir
os contratos de compra de energia fechados quando do início da
construção de uma usina geradora no país. A decisão define que
a Corte de Bombaim pode intervir em toda decisão tomada pelo regulador
de energia de Maharashtra em relação ao acordo entre as duas empresas.
A MSEB insiste que o regulador local tem poder para servir como
intermediário no acordo. A Enron só reconhece as leis fixadas
previamente no contrato. A empresa americana afirma que a MSEB
lhe deve US$ 45 mi e ameaça sair do projeto de US$ 2,8 bi se a
situação não for resolvida até novembro de 2001. (Financial Times
06.08.2001)
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5- PDVSA tenta abrir espaço no mercado energético |
Segundo a Petróleos de Venezuela, um "barril de energia" pode
produzir mais lucros para o país do que um barril de petróleo
tradicional. A empresa tem tentado dinamizar a pesquisa petrolífera
e gerar idéias novas. A empresa estuda a proposta de uma elétrica
espanhola para explorar os negócios de energia eólica e prepara
a conversão da usina de Maracaibo em termoelétrica. O plano da
empresa é construir mais termoelétricas no oeste do país que utilizem
carvão como combustível. A empresa deverá também examinar os competidores
do ramo. Multinacionais como a BP e a Shell estão investindo muito
dinheiro na descoberta de tecnologias alternativas aos combustíveis
fósseis. Isso mostra que a PDVSA deverá fazer algumas mudanças
para conseguir se firmar neste novo ramo. (El Universal 06.08.2001)
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6- Nova Iorque têm risco de apagão |
Os habitantes de Nova Iorque estão sendo aconselhados a não desperdiçar
energia com risco de provocarem uma apagão na cidade. A temperatura
alta no mês de julho criou uma demanda recorde de energia e o
mês de agosto não parece ser diferente. O New York Independent
System Operator, responsável por fiscalizar as transmissões elétricas
de alta voltagem do estado, avisou aos consumidores que o fornecimento
será reduzido nos próximos dias. Os apagões não são boas lembranças
para os novaiorquinos. Em 1965, mais de 800.000 pessoas ficaram
presas no metrô ou em prédios por várias horas e em 1977, um blecaute
provocou saques e violência. A NYISO já havia avisado em junho
de 2001 que blecautes poderiam acontecer, mas até agora tinha
confiança que novos geradores iriam satisfazer a grande demanda
de 30.450 MW. (Financial Times 06.08.2001)
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7- Greenpeace contesta a Comissão Argentina de Energia
Atômica |
O Greenpeace constestou no dia 06.08.2001 a Comissão Argentina
de Energia Atômica sobre a "necessidade" de se finalizar as obras
da central de Atucha II. A organização ambientalista qualificou
o projeto de "péssimo negócio" para a Aregntina e assinalou que
sua finalização é inconveniente tanto por razões econômicas quanto
ambientais. A construção da usina começou em 1980 e já envolveu
gastos mais de US$ 3,3 bi na obra. Seriam necessários mais US$
700 mi para a conclusão da usina. Gasta-se cerca de US$ 15 mi
por ano para a manutenção da obra, mesmo parada. O Greenpeace
defende que este dinheiro seja investido em um projeto de energia
eólica que, segundo eles, produziria o dobro de energia. (Panorama
energético 06.08.2001)
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1- Comissão de Análise do Sistema Hidrotérmico de Energia
Elétrica. "Relatório: O desequilíbrio entre oferta e demanda
de energia elétrica". Brasília: Agência Nacional de Águas/ANA |
Comissão de Análise do Sistema Hidrotérmico de Energia Elétrica.
"Relatório: O desequilíbrio entre oferta e demanda de energia
elétrica". Brasília: Agência Nacional de Águas/ANA, 21 de julho
de 2001. Para obter o relatório, clique aqui.
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
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