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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 694 - 30 de julho de 2001
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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1- Tarifas de 11 distribuidoras vão subir em agosto

A população pode se preparar para novos aumentos na conta de eletricidade. Em agosto, a Aneel deverá conceder reajustes tarifários para 11 distribuidoras: Celesc, Xanxerê, Forcel, Elektro, Escelsa, Celpa, CEB, Ceal, Cepisa, Cemar e Saelpa. Os primeiros aumentos saem somente no dia 07.08.2001, para as distribuidoras que atendem Santa Catarina, no Sul (Celesc e Xanxerê). A revisão da Elektro, em São Paulo, está prevista para o dia 27 de agosto. Os percentuais ainda não foram divulgados. Mas a população pode esperar um avanço significativo no preço da energia. Até o momento, nenhum reajuste concedido pela Aneel foi inferior a 13,39%. No Nordeste, os reajustes variaram de 14,06% a 15,93%; no Sudeste, de 13,39% a 19,33%; no Sul, de 15,02% a 24,92%; Centro-Oeste, de 16,24% a 18,24%; e no Norte, 13,5%. (Agência Estado - 30.07.2001)

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2- Aumento da tarifas pode elevar inflação e atrapalhar acordo com FMI

Segundo analistas internacionais, parte do problema energético do Brasil poderia ser solucionada se o governo aumentasse o preço da energia pois assim as empresas teriam dinheiro para investir em expansões. Tarifa maior, porém, pode trazer outro problema: aumento da inflação, cuja meta para este ano é de 4%, podendo chegar a 6%, segundo acordado com o FMI. Em Washington, colegas do ministro Pedro Parente negociam as condições de novo acordo com o FMI, pelo qual o País poderia alavancar recursos de até US$ 20 bi para 2002, e já se fala em buscar uma fórmula para perdoar um eventual estouro do teto de 6% para a inflação de 2002. (Gazeta Mercantil - 30.07.2001)

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3- FHC deixa decisão de Angra 3 ao seu sucessor

As crises financeira e energética foram mais fortes do que a simpatia do atual governo em relação ao projeto de construção da usina nuclear Angra 3. Um relatório sobre ela, elaborado pela Secretaria de Energia do MME, será distribuído aos integrantes do CNPE. Mas o presidente Fernando Henrique Cardoso já decidiu engavetar novamente a proposta referente à usina, transferindo a responsabilidade de construí-la para o seu sucessor. Há poucos dias, o presidente reuniu-se com o ministro de Minas e Energia, José Jorge, e com o ministro da Fazenda, Pedro Malan, para discutir se levava ou não adiante o projeto da usina. Embora não exista um preconceito contra o uso da energia termonuclear, Angra 3 exigiria um empréstimo de US$ 500 mi da parte do BNDES. Pressionado pela necessidade de executar um aperto no ajuste fiscal, o governo preferiu canalizar esses recursos para outras obras do setor elétrico que darão resposta mais cedo aos investimentos. (Gazeta Mercantil - 30.07.2001)

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4- Privatização obriga prefeitura a buscar solução

A privatização do setor de energia elétrica no país, aliada à entrada em vigor, em maio do ano passado, da Lei de Responsabilidade Fiscal, apertou o cerco às prefeituras que não dispensavam atenção às despesas com iluminação pública. Antes, por serem estatais, as distribuidoras acabavam não cobrando pela iluminação. Segundo Luís Carlos Guimarães, diretor da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica, a "negociação política" para dívidas de prefeituras acabaram nas regiões onde as empresas privadas assumiram a distribuição. "É um assunto muito complexo que precisa de regulamentação urgente, pois uma empresa privada não pode arcar com um serviço que é obrigação constitucional dos municípios", afirma. Na tentativa de receber as contas atrasadas, as concessionárias estão parcelando as dívidas dos municípios em alguns casos. Os prefeitos que não cobravam a taxa, desviando recursos de outras fontes de arrecadação municipal, enfrentam outro problema. Podem sofrer ações com base na LRF. (Folha - 29.07.2001)

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5- 70% dos municípios tem dívidas relativas à iluminação pública

Segundo cálculos da ABM (Associação Brasileira de Municípios) e da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica), cerca de 70% dos 5.559 municípios brasileiros estão devendo às concessionárias o custeio da iluminação pública de suas áreas urbanas. O total de dívidas é estimado pela ABM em R$ 2 bi, em um setor que teve receita líquida de R$ 30 bil no ano passado. Com a queda de receita decorrente do racionamento do governo federal, as empresas estão cortando a iluminação de ruas, principalmente em cidades pequenas. Foi o caso de Sobradinho, na região central do Rio Grande do Sul, cidade de 13 mil habitantes com receita mensal de R$ 550 mil. No mês passado, a concessionária AES Sul decidiu cortar a luz em 17 ruas por conta do débito de R$ 410 mil da prefeitura. O prefeito da cidade, Lademiro Dors foi à Justiça e obteve liminar religando a iluminação. Só a Eletropaulo, que atende 24 municípios paulistas, tinha para receber em dezembro do ano passado, de dez prefeituras, o montante de R$ 612 mi. Em São Paulo, a prefeita Marta Suplicy herdou R$ 570 mi de dívidas contraídas durante a segunda metade da gestão Paulo Maluf e toda a administração Celso Pitta. "É impensável hoje você cortar a iluminação pública de uma cidade como São Paulo, mas é preciso uma solução urgente para o problema", afirma Osvaldo Mundoca, vice-presidente para clientes corporativos da Eletropaulo. (Folha - 29.07.2001)

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6- Reunião sacramenta privatização das linhas de transmissão de SP

Uma reunião realizada na sede da CTEEP sacramentou a privatização das linhas transmissoras de SP. Além do presidente da CTEEP, José Sidnei Colombo, participaram do encontro executivos da Elektro, Bandeirante, CPFL e Eletropaulo. Após a incorporação da Empresa Paulista de Transmissão Elétrica (EPTE) pela CTEEP, será criada uma subsidiária, de telecomunicações, que terá a concessão das linhas de transmissão. As quatro distribuidoras e o estado terão 49% da empresa. O controle será privatizado. Além disso, cresceram as chances de que a troca de ações da EPTE por títulos da CTEEP seja feita na proporção de um para três. (Canal Energia - 30.07.2001)

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7- Lei de S.A. volta à pauta de comissões do Senado

Uma agenda de prioridades começou a ser definida pelos senadores, que começam a voltar do recesso de julho. O objetivo é fazer com que temas importantes para a economia do País tenham andamento mais ágil nas comissões. Entre as matérias que devem merecer atenção especial e esforço para tramitação rápida aparece a nova Lei de Sociedades Anônimas (S. A.), que já foi votados na Câmara dos Deputados e espera a apreciação do Senado. O texto foi aprovado no dia 28.03.2001 na Câmara após demorado acordo. Os quatro maiores obstáculos que contavam com forte resistência de setores do mercado financeiro, mercado de capitais e indústria foram superados. As objeções eram de como seria a participação dos minoritários no conselho de administração, no conselho fiscal, o reembolso do valor econômico e a Tag Along. No Senado, a dificuldade será evitar que sejam feitas modificações, as quais obrigariam um retorno do projeto à Câmara. A idéia de aceitar alterações desagrada o relator do texto na Comissão de Assuntos Econômicos, Pedro Piva. Ele considera impensável mais atrasos na aprovação de uma lei que já está no Legislativo há quatro anos. Piva desde o final de junho trabalha por um acordo para não alterar o texto. "Só temos certeza de que o texto aprovado na Câmara é o possível, mesmo que não seja o ideal", diz Piva. O recado é dirigido aos segmentos que defendem emendas ao projeto, com o argumento de que os minoritários precisam de maior espaço dentro das administrações das empresas. (Gazeta Mercantil - 30.07.2001)

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risco e racionamento

1- Termina consulta pública do plano B

Terminou no dia 27.07.2001 o prazo para a entrega de sugestões à proposta do governo para o chamado plano B do racionamento, que traz como serão os cortes programados casos as atuais medidas de contigenciamento de energia não forem suficientes para atender à demanda. Os resultados da consulta pública serão avaliados no dia 02.08.2001 pelo grupo de Corte de Energia da GCE coordenado por Celso Cerchiari. A reunião será na sede do MME, em Brasília. Também participam do grupo Frederico Maranhão, assessor do ministro José Jorge e Antoninho Borgghi, da Eletropaulo Metropolitana. O governo poderá ou não acatar as sugestões às medidas, que serão posteriormente publicadas, em definitivo, no Diário Oficial da União. (Gazeta Mercantil - 27.07.2001)

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2- Comissão discute motivos do racionamento

A Comissão Especial Mista da Crise de Energia reúne-se na primeira semana de agosto de 2001 para debater o relatório do governo divulgado no dia 25.07.2001 no qual são indicados os motivos que levaram o País ao racionamento. A comissão deve aprovar também os requerimentos que pedem a convocação dos governadores dos Estados mais afetados pela falta de chuva e pelo risco do apagão, bem como os presidentes de Furnas e Eletrobrás. (Gazeta Mercantil - 27.07.2001)

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3- Light e Cerj divulgam balanço do segundo mês de racionamento

No segundo mês de racionamento, a Cerj revela que a redução de consumo em sua área de concessão atingiu 30%, contra os 28,5% conseguidos no mês de junho de 2001. O setor que mais contribuiu para o cumprimento da meta foi o residencial (70%). Neste grupo, mais de 408 mil clientes receberão bônus, enquanto cerca de 43 mil terão de pagar sobretaxa na próxima conta de luz. Quanto aos pedidos de revisão de meta, a distribuidora recebeu 120 mil cartas até o momento. Deste total, já foram analisados 70 mil, sendo que 60% foram considerados procedentes e 40% não foram atendidos. Outra empresa que está divulgando o balanço do segundo mês de racionamento é a Light. Desde o dia 03.07.2001, a distribuidora avaliou mais de dois milhões de contas de baixa tensão. Deste total, 81% dos clientes atingiram a meta de consumo e 19% ficaram acima da meta. Apenas 4,3% pagarão sobretaxa na próxima conta. (Canal Energia - 30.07.2001)

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4- Setor de eletroeletrônicos quer redução de impostos

O setor de eletroeletrônicos e os fabricantes de eletrodomésticos querem a redução na carga de IPI, ICMS e Cofins no período em que durar o plano de racionamento. A medida teria como objetivo reduzir o repasse dos efeitos negativos da crise para o preço final dos produtos. Em reunião realizada no Palácio do Trabalhador, em São Paulo, cerca de 80 representantes de 60 empresas do setor, expuseram à Força Sindical e ao Sindicato dos Metalúrgicos de SP as dificuldades que enfrentam com a crise. Em decorrência do encontro, a Força Sindical anunciou que, a partir do dia 30.07.2001, vai elaborar uma proposta de redução tarifária, que será levada ao governo do Estado de SP e ao governo federal. A proposta, de acordo com a Força, seria diferenciada de acordo com as necessidades de cada ramo do setor. Os fabricantes de chuveiros elétricos, por exemplo, teriam ICMS reduzido de 18% para 9% e o IPI de 10% para 5%. (Gazeta Mercantil - 27.07.2001)

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5- Varejistas de Uberaba conseguem liminar contra sobretaxas e multas

A juíza da Primeira Vara Cível da Comarca de Uberaba (MG), Régia Ferreira, concedeu liminar à Associação dos Supermercadistas (Assuper) da cidade contra a Cemig para que 32 estabelecimentos não sejam punidos com o pagamento de sobretaxa ou multas, além de corte de energia caso não cumpram as metas de contenção do plano de racionamento. O presidente da Assuper, Wagner dos Reis Silva, justificou o processo judicial contra a Cemig por considerar as exigências de economia de energia elétrica impraticáveis, na medida em que os estabelecimentos precisam funcionar respeitando normas, decretos, portarias e leis. Entre elas, uma que impede o desligamento de luzes para não prejudicar a visualização de validade, data de fabricação e composição dos alimentos pelos consumidores e para garantir a qualidade das condições de trabalho dos funcionários. (Gazeta Mercantil - 30.07.2001)

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6- Arrecadação de ICMS sobre o consumo de energia cai 14% em SP

O governo do Estado de São Paulo está planejando renegociar os prazos de parte das obras que estão em andamento para tentar compensar uma perda de R$ 400 mi na arrecadação do ICMS. Obras paradas ou cortes de investimentos não fazem parte dos planos do secretário de Fazenda, Fernando Dall'Acqua, depois da primeira constatação de que a crise energética está atingindo as finanças públicas. De acordo com Dall'Acqua, a arrecadação do imposto sobre o consumo de energia elétrica foi reduzida em 14% no em junho de 2001. Ao ano, o Estado arrecada R$ 2 bi com o consumo de energia, o que representa 8% da arrecadação estadual. A outra parte do dinheiro vem da repercussão da crise sobre os outros setores que também registraram perda em junho. (Estado - 30.07.2001)

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7- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Itaipu é contra dolarização de tarifas

Os consumidores das principais concessionárias de energia elétrica do País passaram a contar com um importante aliado na queda-de-braço contra a dolarização das tarifas de luz elétrica. O diretor-geral brasileiro de Itaipu Binacional, Euclides Scalco, tem em mãos um estudo no qual comprova que, no primeiro semestre de 2001, as 17 distribuidoras que recebem energia de Itaipu recuperaram as perdas financeiras em função da oscilação da moeda americana. Esta reviravolta na contabilidade é atribuída à parcela excedente da energia repassada por Itaipu. Ou seja, as concessionárias pagam por determinada quantidade de eletricidade gerada e recebem uma parcela maior de luz elétrica. É esse adicional, negociado no MAE que permitiu um ganho de 1,8% em dólar de janeiro a junho de 2001. "Não há motivos para que as concessionárias defendam a dolarização das suas tarifas", afirmou Scalco. (Estado - 30.07.2001)

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2- Concessionárias alegam que estão tendo prejuízos

O presidente da CPFL, Wilson Ferreira Júnior, não concorda com os argumentos do diretor-geral de Itaipu Binacional, Euclides Scalco. Para Ferreira Júnior, as concessionárias estão amargando prejuízos em seus respectivos caixas por causa da variação da cotação do dólar. Segundo ele, o índice de reajuste de tarifa concedido pela Aneel, em abril de 2001, levou em conta a moeda americana a R$ 2,16. "Como um dólar está na casa de R$ 2,50, estes 34 centavos de real são bancados pela companhia", afirmou. "Os pagamentos são feitos pelas concessionárias em intervalos de dez dias levando em consideração o preço do dólar Ptax, fixado pelo Banco Central, do dia anterior à data da quitação da fatura." A superintendente de Assuntos Regulatórios da Eletropaulo, Sílvia Calou, não acredita que a energia excedente produzida por Itaipu tenha sido suficiente para recuperar as perdas em dólar. Segundo ela, embora desconheça os estudos, Itaipu não produziu energia em excesso até agosto do ano 2000. (Estado - 30.07.2001)

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3- Área de usina em GO vira terra de utilidade pública para dar início as obras

A Corumbá Concessões, consórcio formado para a construção da usina hidrelétrica de Corumbá IV, no município de Luziânia (GO), ganha mais um instrumento para acelerar a instalação dos canteiros de obras da usina. O Diário Oficial da União publica no dia 30.07.2001 a Resolução nº 302 da Aneel, que determina que a área de 708 hectares onde deverá ser instalado o canteiro para as obras da usina é de utilidade pública. A medida vai acelerar a apropriação do terreno e vai permitir o começo do trabalho com máquinas no lugar onde ficará a usina. A determinação de que área para a construção de Corumbá IV é de utilidade pública deverá pôr fim ao impasse que já dura um mês e meio entre o consórcio vencedor do leilão e os proprietários de terras da região onde será construída a usina que será coberta pelo reservatório da hidrelétrica. (Gazeta Mercantil - DF - 30.07.2001)

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financiamento

1- Leilão de energia volta a fechar sem negócios

No dia 27.07.2001, última sexta-feira, os leilões de energia da Asmae/Bovespa voltaram a fechar sem negócios, depois de três dias seguidos com transações de 1.300 MWh. No movimento de 27.07.2001, os compradores registraram ofertas de R$ 303 o MWh, enquanto os vendedores se propuseram a cobrar no mínimo R$ 320. No total, as ofertas de venda somaram 3.550 MWh, sendo 900 MWh a R$ 320; 1.500 MWh a R$ 323; 400 MWh a R$ 325; 350 MWh a R$ 345; e 400 MWh a R$ 360. Já as propostas de compra foram de 1.500 MWh, sendo 900 MWh a R$ 303 e 600 MWh a R$ 301. (Gazeta Mercantil - 27.07.2001)

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2- Empresas reduzem consumo para negociar energia

As negociações de compra e venda de energia entre empresas se intensificaram. As indústrias tentam cobrir prejuízos, ajudar seus fornecedores a produzir a matéria-prima de que precisam ou aumentar os lucros com os altos preços da eletricidade. Distribuidoras de energia confirmam que as negociações de venda de energia entre indústrias estão crescendo e que as empresas estão reduzindo mais do que precisam o consumo de eletricidade. "A maioria dos sócios da Abrace, associação que reúne os grandes consumidores de energia, está cortando o consumo de energia mais do que a meta e vendendo o excedente", afirma Paulo Ludmer, diretor-executivo da associação, sem citar nomes. Algumas grandes consumidoras de energia informam que não conseguem cortar o consumo exatamente na medida que o governo determinou. Às vezes é necessário cortar um pouco mais para ajustar a produção. E é por isso que estão vendendo a energia excedente, geralmente para fornecedores e clientes. O que os analistas de energia e os economistas dizem é que esse negócio está apenas no começo e que tende a crescer até o final do ano. Primeiro, porque o mercado interno sempre fica mais aquecido no segundo semestre, o que deve demandar mais energia. Segundo, porque o governo já anunciou que o racionamento pode se estender até 2002. (Folha - 29.07.2001)

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3- Venda de energia compromete exportação

A redução da produção industrial, provocada pelo racionamento de energia, deve complicar o equilíbrio da balança comercial brasileira neste ano. A escassez de eletricidade levou grandes grupos industriais a cortar o consumo de energia, além da meta (que varia de 15% a 25%), para vender a energia excedente. Não parece um mau negócio: elas chegam a vender MWh a um preço cinco vezes maior do que pagam às distribuidoras. Quem está ofertando energia são principalmente as indústrias siderúrgicas, de papel e celulose, de ferro e de alumínio, as que são grandes consumidoras de eletricidade e que também têm geração própria de energia. Se as empresas começarem a vender energia ao invés de produzirem, como prevêem distribuidoras, especialistas do setor e economistas de bancos e consultorias, o impacto na balança será importante. Pelo ritmo crescente do comércio de energia entre empresas (confirmado por grandes distribuidoras), algumas consultorias e bancos começam a estimar em US$ 2 bi o déficit da balança comercial neste ano. A previsão anterior era de US$ 1 bi, segundo o BC. O número pode subir se o mercado de venda de energia entre empresas crescer ainda mais. (Folha - 29.07.2001)

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4- Bandeirante já intermediou 30 mil MWh entre empresas

A Bandeirante Energia informa que já intermediou 60 negócios entre empresas desde que foi liberada essa modalidade, no mês passado. Isso representou o comércio de cerca de 30 mil MWh. Os preços negociados do MWh variam de R$ 350 a R$ 500. Júlio de Barros, diretor-presidente da Bandeirante, informa que, das 200 grandes indústrias que compram energia da distribuidora, apenas 16 ultrapassaram a meta. As outras 184 atingiram a meta de redução de consumo ou ficaram abaixo dela. "O comércio de energia excedente deve se intensificar. Não tem outro jeito. Sem eletricidade suficiente, a venda de energia entre empresas é uma forma de equilibrar o mercado com menor prejuízo para as indústrias", afirma Barros. (Folha - 29.07.2001)

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5- Retração do consumo de alumínio possibilitou venda de excedentes

As produtoras de alumínio primário reduziram seu consumo de energia abaixo das metas estabelecidas pelo governo. Hoje, são as principais vendedoras de excedente elétrico para indústrias de setores que acabaram consumindo mais do que o estipulado. A Alcoa e a Alcan são as campeãs de fornecimento elétrico, seguidas à distância por empresas do setor petroquímico. Em julho de 2001, a Alcan vendeu 5 mil MWh, para indústrias de alimentos e frigoríficos, principalmente. Especula-se que a Alcoa tenha vendido cerca de 10 mil MWh. Fontes do mercado dizem ainda que as empresas de alumínio também se inscreveram para participar dos leilões do MAE, realizados pela Bovespa. O principal motivo da sobra de energia foi a retração ainda mais forte que o racionamento provocou nos setores que utilizam o alumínio como matéria-prima. (Valor - 30.07.2001)

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6- Brasil poderá pagar pela energia extra produzida por Angra 2

A usina nuclear de Angra 2 bateu recorde de geração de energia no dia 25.07.2001. Foram gerados 1.361 MW. A boa notícia, no entanto, pode se transformar em dor de cabeça: o Brasil poderá ter de pagar por essa geração extra ao consórcio alemão que forneceu os equipamentos da usina. Os cálculos serão feitos em setembro. Mas o contrato entre Brasil e Alemanha prevê ressarcimento em caso de energia gerada a mais (Brasil paga) ou a menos (Alemanha paga) do que o previsto. A Eletronuclear, estatal responsável pelas usinas nucleares, não sabe se o país terá mesmo de pagar pela energia gerada a mais. Uma negociação envolvendo empréstimos entre a Alemanha e o Brasil por conta do acordo pode zerar a conta. (Correio Braziliense - 30.07.2001)

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7- BM&F vai lançar mercado futuro de energia elétrica

A BM&F pretende lançar em 2002 um mercado futuro para a negociação de energia. A minuta do projeto está sendo preparada juntamente com o setor elétrico e prevê contratos de entrega de MWh por um período de até um ano e meio com preços fixos. Tanto o comprador como o vendedor, no entanto, teriam a opção de se desfazer de suas posições, caso os preços subam ou caiam muito. Quando pronta, a minuta será apresentada à CVM, ao BC, ao Ministério de Minas e Energia, Aneel e GCE. Com o aval dos órgãos, a bolsa irá apresentar os contratos a grandes e médios consumidores, pequenas centrais hidrelétricas, produtores independentes e diversas associações, que estão sendo responsáveis pelo desenho do mercado. (Valor - 30.07.2001)

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financiamento

1- Custo do Dinheiro

Na última semana de julho a taxa usada em negócios com prazo de um dia, para grandes empresas (Hot Money), ficou entre 2,12% e 4,95% mensais. As pequenas e médias empresas fecharam negócios entre 2,22% e 5,56% ao mês. Em relação ao desconto de duplicata, nos negócios de 31 dias para grandes empresas, a taxa oscilou de 2,02% a 2,70% ao mês. Para pequenas e médias, a faixa de flutuação foi de 2,83% a 4,40%. Nessa semana as grandes companhias obtiveram taxas entre 26,19% e 60,10% ao ano de capital de giro prefixado, enquanto as pequenas e médias arcaram com custo de 39,53% a 71,55%. A taxa vendor e compror oscilou de 25,49% a 39,45% ao ano para grandes empresas e de 31,53% a 53,76% ao ano para pequenas e médias. A Conta Garantida, nas operações de 31 dias para grandes companhias, o intervalo ficou entre 2,06% e 3,50% ao mês. Pequenas e médias empresas conseguiram taxas de 2,92% a 5% ao mês. Em relação ao factoring, custo das operações de fomento mercantil, fechou a semana com a taxa média baixa em 4,10% e a alta em 4,15% ao mês. Já a taxa média da resolução 63 ficou em 12,60 ao ano. Operações prefixadas com prazo de 24 meses - Leasing - tinham taxas médias de 2,88% para carros e de 3,07% ao mês para máquinas, equipamentos e informática. (Gazeta Mercantil - 23.07.2001)

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2- Decisão de elevar Selic visa segurar a meta de inflação

O contínuo crescimento do núcleo da inflação brasileira, atrelado aos choques externos e internos vividos pela economia, além da persistente desvalorização do real frente ao dólar, compuseram o quadro definido pela diretoria do BC para justificar a elevação da taxa Selic de 18,25% para 19% ao ano. De acordo com a ata da última reunião do Copom, divulgada no dia 26.07.2001, para assegurar a meta de inflação, o aumento do núcleo - que exclui os preços que tiveram as maiores e menores variações - e o risco do repasse cambial aos preços (principalmente os administrados pelo governo), recomendavam um reforço da política monetária na forma de um aumento da taxa de juros. Embora as altas da taxa Selic não venham mostrando eficácia para conter o dólar, do ponto de vista da administração das expectativas inflacionarias - variável chave para que a inflação permaneça sob controle -, a sinalização via juros de que o BC continua perseguindo a meta inflacionaria é sem dúvida importante. Pois é esta confiança em relação ao cumprimento da meta inflacionaria que, de acordo com análise do Copom, fez que as expectativas com relação a inflação brasileira não tenham acompanhado o ritmo de crescimento da desvalorização do real. Ainda assim, os diretores do BC temem que a taxa de câmbio acabe refletindo num estouro da meta inflacionaria deste ano. "O potencial de repasse para os preços é um dos motivos que tem justificado a reação da política monetária, através da elevação da taxa de juros, para procurar neutralizar esses efeitos", admitiram no documento. (Estado e IE/UFRJ - 27.07.2001)

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3- Distorção torna "hedge" caro

As empresas e pessoas físicas que buscam "hedge" contra oscilações cambiais no Brasil estão pagando caro por isso. Há uma distorção no mercado: um investidor que aplica em títulos indexados ao dólar pode chegar até a receber menos dólares no resgate. A razão: o juro para os investimentos em dólar no Brasil, o cupom cambial, está negativo no curto prazo. Em mercados normais, o cupom cambial é igual a, no mínimo, a taxa de juros paga pelos títulos do governo federal dos Estados Unidos . Mas, no dia 27.07.2001, o papel do Tesouro dos EUA de um mês pagava 3,5% ao ano, enquanto o cupom no Brasil para 48 dias era zero. Ou seja, o governo brasileiro, com maior risco de crédito do que o dos EUA, se vendesse papel indexado ao câmbio no Brasil, pagaria juro menor, próximo a zero. A distorção acontece por duas peculiaridades do momento atual, que, combinadas, tornam a compra do dólar futuro cara demais. A procura por "hedge" contra variações no câmbio tem crescido lado-a-lado com as expectativas de que a moratória na Argentina é uma questão de tempo. É justamente com a entrada de recursos que a distorção acontece. O mercado fica saturado, com sobra de moeda. Mas, ao mesmo tempo que vendem o dólar à vista, as empresas compram futuro dos bancos. Os bancos, cheios de dólar à vista, não têm mais caixa ou limite para compra de papel moeda. Buscam os futuros ou títulos do governo -que não comprometem o caixa - para proteção própria e de clientes. A demanda por títulos do governo indexados ao câmbio cresce, os preços sobem e os juros pagos despencam. (Valor – 30.07.2001)

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4- Mercado de bônus aguarda votação

O mercado de títulos da dívida dos emergentes terminou a semana como começou: apostando na votação (e aprovação sem grandes alterações) do projeto de "déficit zero" argentino, o que estimulou investidores a reduzir posições vendidas. Boatos de que o pacote do FMI ao Brasil pode ser maior que apostas anteriores contribuíram para fortalecer também os bradies brasileiros. Em julho, os títulos argentinos FRB e Global 8 caíram 19,8% e 32,2% respectivamente e os prêmios de risco saltaram 1.444 e 911 pontos. O prêmio de risco Argentina, medido pelo índice EMBI+ do banco JP Morgan, também escalou, com alta de 565 pontos para 1.615. Ao mesmo tempo, o brady brasileiro C-Bond depreciou 5,8%, mas o spread caiu 182 pontos. O EMBI+ Brasil subiu 118 pontos. O Global 8 terminava a semana cotado a US$ 0,571 com spread de 1.793 pontos e o FRB valia US$ 0,665 e spread de 2.845 pontos. O C-Bond era vendido a US$ 0,712 e 979 pontos. (Valor - 30.07.2001)

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5- S&P prefere não alterar 'rating' da Argentina

Apesar de a agência de 'rating' Moody’s Investor Service ter rebaixado a classificação da dívida soberana argentina para 'Caa1', na última semana de julho, outra importante agência, a Standard & Poor’s (S&P), demonstrou mais otimismo quanto ao perigo iminente de moratória do país. 'Estamos observando de perto o desenvolvimento político na Argentina e se o governo irá conseguir o apoio de que necessita no Congresso. Apesar disso, mantemos a perspectiva negativa para o país. A situação é frágil e a necessidade de apoio político do governo é muito grande', disse a diretora-associada da S&P, Lisa Schineller. A nota 'Caa1' dada pela Moody’s é sete degraus abaixo do nível em que um investimento é considerado prudente e corresponde a 'CCC+' na escala da S&P, que classifica a Argentina um nível acima, com a nota 'B-'. Essa nota é seis degraus abaixo do patamar de um investimento considerado prudente. (Gazeta Mercantil – 30.07.2001)

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6- Liquidez cresce, mas crédito é escasso

A liquidez no mercado financeiro foi invertida na última semana de julho, passando de escassez de dinheiro para excesso de recursos. A mudança ocorreu porque o Tesouro Nacional deixou de substituir integralmente o vencimento de R$ 5,1 bi em títulos públicos pós-fixados (Letras Financeiras do Tesouro) que estavam nas carteiras dos bancos. Foram rolados apenas R$ 3,5 bi em papéis, resultando em um excesso de recursos de R$ 1,6 bi. O excesso de liquidez não estimula o aumento do crédito porque os juros elevados e a desaceleração da economia deixaram os bancos mais seletivos com os empréstimos. Preferem aplicar em títulos públicos. (Gazeta Mercantil – 30.07.2001)

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7- Bancos exigem mais garantias e mantêm cautela no crédito

O custo do dinheiro para as empresas manteve-se praticamente estável na última semana de julho, mas os bancos continuam cautelosos ao emprestar. Isso porque a taxa de juros mantém-se elevada se comparada há um mês. A taxa de um ano no mercado futuro, por exemplo, era cotada a cerca de 22%. No final de maio, ficava na casa dos 20%, enquanto no dia 27 fechou a 24,87% ao ano. São os juros futuros que balizam o preço do dinheiro nos empréstimos prefixados. A esse custo acrescenta-se ainda o 'spread', que para algumas empresas têm subido por causa do risco de inadimplência. Os próprios financiamentos do BNDES, que empresta a taxas subsidiadas para projetos de investimentos, não têm crescido muito. Segundo o BC, os empréstimos do BNDES chegaram a R$ 60,9 bi em junho, um crescimento de apenas 0,8% se comparado a maio. (Gazeta Mercantil – 30.07.2001)

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gás e termoelétricas

1- Petrobras procura parceiros para operar gasodutos

A Petrobras abrirá à iniciativa privada a operação dos novos gasodutos que vai construir no País. São 1,6 mil km de tubulações espalhadas pelas regiões Sudeste e Nordeste, com investimentos previstos em US$ 960 mi. Os projetos têm de estar prontos até 2003, para levar gás às térmicas projetadas para entrar em operação nesse período. A Petrobras já começou a tocar os projetos com recursos próprios, mas vai buscar no mercado parceiros privados que queiram investir e operar os gasodutos. A estatal, por força da lei, não pode operar dutos, a menos que utilize a subsidiária Transpetro para tal fim. No entanto, diz o gerente de logística da Gaspetro, subsidiária que atua na área de gás natural, Paulo Roberto Costa, a ordem da direção da estatal é que outras companhias sejam procuradas para dividir os investimentos. (Gazeta Mercantil - 30.07.2001)

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2- Operação de gasodutos será objeto de concorrência

Segundo o gerente de logística da Gaspetro, subsidiária da Petrobras que atua na área de gás natural, Paulo Roberto Costa, serão criadas empresas para operar e construir cada um dos seis novos dutos previstos no programa de expansão da malha, a exemplo da Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG). Essas empresas terão participação da Petrobras e de companhias privadas, caso exista o interesse. A operação dos gasodutos será objeto de concorrência, que será vencida pela empresa que oferecer a menor tarifa à estatal. (Gazeta Mercantil - 30.07.2001)

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3- Rondônia age contra transporte de gás barcaças

Empresários, políticos e o Governo de Rondônia deflagram reação à proposta do Governo do Amazonas de transportar o gás natural da bacia petrolífera do Urucu, no rio Solimões, até Porto Velho (RO) por meio de barcaças e não através de gasoduto. Há uma inquietação dos empresários no Estado com o possível encarecimento da energia gerada com o gás transportado em barcaças. Estima-se que o custo atual do MW poderá subir de US$ 60 para US$ 120. "Se em linha reta até Manaus, o transporte por barcaças não dá certo, imagine para Porto Velho, com a duplicação do trajeto?", afirma o presidente da Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero), Júlio Augusto Miranda. A Fiero congrega 17 sindicatos que representam 2.900 indústrias no Estado. (Gazeta Mercantil - AM - 30.07.2001)

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4- Petrobras e Shell importarão gás para unidade de regaseificação em PE

A Petrobras e a Shell finalizam as negociações para o fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) para a unidade de regaseificação que vão construir em Pernambuco. O gás será essencial para o atendimento às térmicas previstas para a região Nordeste, não abastecida pelo Gasoduto Bolívia-Brasil e sem produção suficiente do energético para o crescimento estimado da demanda. A operação deve começar no primeiro semestre de 2005, com fornecimento de 4 milhões de metros cúbicos por dia. Trinidad e Tobago, Nigéria, Angola e Argélia são os potenciais fornecedores já que esses países têm grandes unidades de regaseificação e ficam todos no Atlântico, o que significa transporte mais barato. Os investimentos na unidade de regaseificação são estimados em US$ 200 mi, feitos por meio da GNL do Brasil, empresa criada para operar o projeto. (Gazeta Mercantil - 30.07.2001)

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5- União vai interferir e apressar térmica de Três Lagoas

O Governo federal está disposto a intervir se a licença ambiental para construção da usina termoelétrica de Três Lagoas não for liberada semana que vem. Segundo o assessor do Ministério das Minas e Energia, Rui Feijão, o Governo espera que não seja necessária a intervenção junto aos órgãos competentes. Mas, por se tratar de uma questão prioritária para a segurança nacional, diante da atual crise energética, medidas emergenciais podem ser adotadas. O projeto da usina está atrasado sete meses. A Petrobras, que pretende investir US$ 500 mi no total, já refez seu planejamento inicial. Agora, a idéia é iniciar a construção o mais rápido possível para que em março de 2002 a usina possa entrar em operação. Nesta primeira fase serão oferecidos 240 MW. Num segundo momento, previsto para o início de 2004, a intenção é gerar mais 100 MW mediante aproveitamento do vapor gerado na própria usina. (Correio do Estado - MS - 30.07.2001)

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grandes consumidores

1- Crise muda hábitos das empresas

As empresas que atingiram as metas de consumo de energia pretendem manter os planos de racionalização de gastos após o fim do racionamento. O objetivo é preservar as vantagens obtidas com as mudanças de hábito, sem voltar a consumir energia no mesmo patamar de antes. Mas esta disposição das empresas deve causar perdas de receita das distribuidoras. Para evitar que a mudança de hábito afete o seu faturamento, a Light, concessionária do Rio de Janeiro e que atende 31 municípios, vai reforçar o atendimento a clientes. O superintendente de marketing da distribuidora, Paulo Renato Marques, acredita que as indústrias vão recuperar em média apenas metade do que conseguiram reduzir. Ao contrário da Light, a Bandeirante Energia - distribuidora de São Paulo que atende 55 municípios - confia que os grandes consumidores recuperarão o patamar de consumo para atender a demanda e o ritmo de crescimento da economia. (Valor - 30.07.2001)

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2- Firjan planeja investir em projeto de geração própria de energia

A Firjan planeja investir num projeto de geração própria para garantir o fornecimento de energia para as 43 unidades do sistema, incluindo o Senai e o Sesi. A viabilidade estrutural e financeira da solução está na pauta de estudos do Comitê de Energia da entidade. "As medidas para implantar o projeto estão em fase de análise. A idéia é que seja uma solução de rápida instalação", comentou Ziney Dias Marques, gerente de Produtos do Segmento Petróleo e Gás da Firjan. Segundo Ziney Marques, a idéia é ter um projeto que permita uma rápida implantação. Os estudos do Comitê de Energia da Firjan analisa as condições de algumas unidades do sistema para instalar a solução. "Isto permitirá saber quais unidades comportam o uso de um sistema de geração ou cogeração", explica. (Canal Energia - 30.07.2001)

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3- Firjan já conseguiu diminuir o consumo em 27%

Desde o início do racionamento, a Firjan já conseguiu diminuir o consumo em 27%, o que significa uma economia de R$ 1 mi, por ano. Ziney Dias Marques, gerente de Produtos do Segmento Petróleo e Gás da Firjan, conta que, apesar do bom nível de redução do consumo, a entidade quer ampliar a economia feita até agora. No dia 10 de agosto de 2001, acontece nova reunião do Comitê de Energia da Firjan para saber quais as medidas sugeridas pelas 43 unidades do sistema para reduzir ainda mais o consumo. Além de reduzir o consumo, a Firjan recorreu à criatividade para suprir de energia emergencial, para evitar possíveis apagões, algumas de suas unidades. Um funcionário desenvolveu um sistema que funciona à base de bateria, capaz de garantir energia durante três ou seis horas. (Canal Energia - 30.07.2001)

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4- Racionamento afetou vendas de alumínio primário

Segundo Flávio Zurlini, vice-presidente da Abal, os clientes das fábricas de alumínio primário na área de transporte, linha branca e construção civil foram os mais afetados pela falta de energia. As vendas de alumínio primário para a indústria transformadora em junho caíram 13,8% em relação a maio. No primeiro semestre de 2001, o setor estava aquecido, por isso, as produtoras conseguiram fechar o período com crescimento de 30%. Agora, com a crise energética e a instabilidade gerada pela alta do dólar, Zurlini já fala em fechar o ano com crescimento próximo de zero. Sem pedidos para fornecimento, a indústria do alumínio deve continuar como a grande fornecedora de excedentes elétricos ao longo do segundo semestre. A exceção fica por conta das companhias do Norte, como Albrás (PA) e Alumar (MA), cujo foco é voltado para o mercado externo, que se manteve estável. (Valor - 30.07.2001)

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internacional

1- EDP e Siemens/Koch chegam a acordo

Com o objetivo de fornecer os equipamentos de uma nova central termoelétrica, a EDP já chegou a um acordo com o consórcio formado pela Siemens/Koch, embora este ainda não esteja formalizado. De acordo com um comunicado da empresa, «uma vez concluído o processo de avaliação de impacto ambiental, atualmente em fase de audição pública, e obtida a necessária licença de estabelecimento, será formalizado o contrato de fornecimento 'chave na mão' e dar-se-á então início à construção da central prevendo-se que possa vir a entrar em serviço no início de 2004». A nova central terá uma capacidade instalada de 1200 MW e terá uma eficiência energética superior em cerca de 60% às tecnologias clássicas de produção termoelétrica. (Diário Econômico – 30.07.2001)

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2- Galpenergia aposta forte em projetos de renováveis

A Galpenergia assumiu a energia renovável como área importante do seu leque de negócios. A nova aposta estratégica será materializada pela Galpower SGPS através de investimentos no setor eólico, hidroelétrico e solar. Para tanto, a empresa deve recorrer a parcerias. A Ao Sol, uma sociedade da Galpower, está desenvolvendo vários projetos na área da energia solar. A empresa desenvolveu uma tecnologia inovadora a nível internacional que permite aumentar a eficiência térmica dos coletores solares entre 20% a 30%. Este equipamento serviria para aquecer águas domésticas e de instalações terciárias. Os países em desenvolvimento, como o Brasil, México, Argentina e Índia são alguns dos seus mercados alvos, já que este equipamento permite suprir a falta de infra-estruturas que facilitam o aquecimento por métodos tradicionais. (Diário Econômico – 27.07.2001)

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3- Espanha na mira da Galpower

A Galpower deverá concorrer à compra de sete centrais de cogeração espanholas. Seis delas pertencem ao grupo Abengoa, totalizando uma capacidade de 200 MW, enquanto a última se situa na Catalunha e gera 50 MW. A empresa ainda deve buscar parceiros para investir em centrais de ciclo combinado na Espanha. Em Portugal, a Galpower vai reforçar a seus investimentos na área da cogeração. Com participações nas centrais instaladas nas unidades industriais da Solvay e da CUF e devendo fechar em breve um novo contrato com a Borealis, as atenções da Galpower vão agora virar-se para o próprio grupo Galpenergia. Duas novas unidades estão sendo desenvolvidas sendo que a primeira, em fase mais adiantada, estaria na refinaria de Matosinhos, com 90 MW, e a outra em Sines, com 130 MW. Ambas deverão representar investimentos na ordem dos US$ 1,3 mil. (Diário Econômico – 27.07.2001)

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4- Oito companhias compram opções de compra da Chilectra

Oito companhias compraram opções de compra da distribuidora chilena, Chilectra. O nome das companhias não foram anunciados, mas sabe-se que o contrato oferecido foi para o fornecimento de 400 GWh a partir de 2002 e de 1.800 GWh a partir de 2009. As ofertas deverão ser feitas até 20.08.2001 e serão anunciadas em 31.08.2001, quando a assinatura do contrato será anunciada. Esta é a terceira vez que a Chilectra lança uma proposta de compra. As duas primeiras tentativas foram excluídas por causa de uma falta de interesse dos geradores, que reclamavam que as regras do setor energético chileno inibiam novos contratos. Agora, as autoridades chilenas têm trabalhado numa mudança do regulamento, o que trouxe de volta investimentos por parte das geradoras. (Business News Americas – 27.07.2001)

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5- TotalFinalElf compra 62,9% da Central Puerto

O grupo Petrolífero TotalFinaElf finalizou a compra de 63,9% da Central Puerto na Argentina, pertencente a companhia chilena Geder, filial da americana AES, por US$ 255 mi. Um porta voz da empresa francesa recordou que este negócio faz parte d e uma operação mais ampla que prevê a aquisição de três empresas térmicas pertencentes a Geder no território argentino. Além da Central Puerto a TotalFinaElf visa também a TermoAndes e a Hidroneuquén. A Central Puerto tem quatro termoelétricas à gás com uma potência de 2.165 MW e está construindo uma linha de transmissão de energia que forneceria eletricidade ao Brasil. (El Mundo – 30.07.2001)

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6- Financiadores da Enron entram na justiça contra o governo indiano

Onze financiadores da estação de força da Enron que está sendo construída perto de Bombaim na Ìndia, entraram com um pedido na corte judicial indiana para apoiar a companhia americana em sua disputa com a distribuidora estatal Maharashtra State Electricity Board sobre pagamento. Bank of America, Citibank, ABN Amro, Overseas Private Investment Corp of the US e outros querem uma oportunidade de lutar na corte indiana para apoiar a Enron e resolver a questão posta sobre o maior investimento estrangeiro no setor feito na Índia. Os investidores estrangeiros forneceram 30% dos US$ 2 bi emprestados a geradora indiana Dabhol Power para a construção da usina. Eles temem que a MSEB viole o contrato fechado com a Enron sob as regras internacionais da ONU. Financial Times – 29.07.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho e Tiago Costa.
Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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