1- Tarifas de 11 distribuidoras vão subir em agosto
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A
população pode se preparar para novos aumentos na conta de eletricidade.
Em agosto, a Aneel deverá conceder reajustes tarifários para 11
distribuidoras: Celesc, Xanxerê, Forcel, Elektro, Escelsa, Celpa,
CEB, Ceal, Cepisa, Cemar e Saelpa. Os primeiros aumentos saem
somente no dia 07.08.2001, para as distribuidoras que atendem
Santa Catarina, no Sul (Celesc e Xanxerê). A revisão da Elektro,
em São Paulo, está prevista para o dia 27 de agosto. Os percentuais
ainda não foram divulgados. Mas a população pode esperar um avanço
significativo no preço da energia. Até o momento, nenhum reajuste
concedido pela Aneel foi inferior a 13,39%. No Nordeste, os reajustes
variaram de 14,06% a 15,93%; no Sudeste, de 13,39% a 19,33%; no
Sul, de 15,02% a 24,92%; Centro-Oeste, de 16,24% a 18,24%; e no
Norte, 13,5%. (Agência Estado - 30.07.2001)
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2- Aumento da tarifas pode elevar inflação e atrapalhar
acordo com FMI |
Segundo analistas internacionais, parte do problema energético
do Brasil poderia ser solucionada se o governo aumentasse o preço
da energia pois assim as empresas teriam dinheiro para investir
em expansões. Tarifa maior, porém, pode trazer outro problema:
aumento da inflação, cuja meta para este ano é de 4%, podendo
chegar a 6%, segundo acordado com o FMI. Em Washington, colegas
do ministro Pedro Parente negociam as condições de novo acordo
com o FMI, pelo qual o País poderia alavancar recursos de até
US$ 20 bi para 2002, e já se fala em buscar uma fórmula para perdoar
um eventual estouro do teto de 6% para a inflação de 2002. (Gazeta
Mercantil - 30.07.2001)
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3- FHC deixa decisão de Angra 3 ao seu sucessor |
As crises financeira e energética foram mais fortes do que a simpatia
do atual governo em relação ao projeto de construção da usina
nuclear Angra 3. Um relatório sobre ela, elaborado pela Secretaria
de Energia do MME, será distribuído aos integrantes do CNPE. Mas
o presidente Fernando Henrique Cardoso já decidiu engavetar novamente
a proposta referente à usina, transferindo a responsabilidade
de construí-la para o seu sucessor. Há poucos dias, o presidente
reuniu-se com o ministro de Minas e Energia, José Jorge, e com
o ministro da Fazenda, Pedro Malan, para discutir se levava ou
não adiante o projeto da usina. Embora não exista um preconceito
contra o uso da energia termonuclear, Angra 3 exigiria um empréstimo
de US$ 500 mi da parte do BNDES. Pressionado pela necessidade
de executar um aperto no ajuste fiscal, o governo preferiu canalizar
esses recursos para outras obras do setor elétrico que darão resposta
mais cedo aos investimentos. (Gazeta Mercantil - 30.07.2001)
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4- Privatização obriga prefeitura a buscar solução
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A privatização do setor de energia elétrica no país, aliada à
entrada em vigor, em maio do ano passado, da Lei de Responsabilidade
Fiscal, apertou o cerco às prefeituras que não dispensavam atenção
às despesas com iluminação pública. Antes, por serem estatais,
as distribuidoras acabavam não cobrando pela iluminação. Segundo
Luís Carlos Guimarães, diretor da Associação Brasileira das Distribuidoras
de Energia Elétrica, a "negociação política" para dívidas de prefeituras
acabaram nas regiões onde as empresas privadas assumiram a distribuição.
"É um assunto muito complexo que precisa de regulamentação urgente,
pois uma empresa privada não pode arcar com um serviço que é obrigação
constitucional dos municípios", afirma. Na tentativa de receber
as contas atrasadas, as concessionárias estão parcelando as dívidas
dos municípios em alguns casos. Os prefeitos que não cobravam
a taxa, desviando recursos de outras fontes de arrecadação municipal,
enfrentam outro problema. Podem sofrer ações com base na LRF.
(Folha - 29.07.2001)
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5- 70% dos municípios tem dívidas relativas à iluminação
pública |
Segundo cálculos da ABM (Associação Brasileira de Municípios)
e da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia
Elétrica), cerca de 70% dos 5.559 municípios brasileiros estão
devendo às concessionárias o custeio da iluminação pública de
suas áreas urbanas. O total de dívidas é estimado pela ABM em
R$ 2 bi, em um setor que teve receita líquida de R$ 30 bil no
ano passado. Com a queda de receita decorrente do racionamento
do governo federal, as empresas estão cortando a iluminação de
ruas, principalmente em cidades pequenas. Foi o caso de Sobradinho,
na região central do Rio Grande do Sul, cidade de 13 mil habitantes
com receita mensal de R$ 550 mil. No mês passado, a concessionária
AES Sul decidiu cortar a luz em 17 ruas por conta do débito de
R$ 410 mil da prefeitura. O prefeito da cidade, Lademiro Dors
foi à Justiça e obteve liminar religando a iluminação. Só a Eletropaulo,
que atende 24 municípios paulistas, tinha para receber em dezembro
do ano passado, de dez prefeituras, o montante de R$ 612 mi. Em
São Paulo, a prefeita Marta Suplicy herdou R$ 570 mi de dívidas
contraídas durante a segunda metade da gestão Paulo Maluf e toda
a administração Celso Pitta. "É impensável hoje você cortar a
iluminação pública de uma cidade como São Paulo, mas é preciso
uma solução urgente para o problema", afirma Osvaldo Mundoca,
vice-presidente para clientes corporativos da Eletropaulo. (Folha
- 29.07.2001)
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6- Reunião sacramenta privatização das linhas de transmissão
de SP |
Uma reunião realizada na sede da CTEEP sacramentou a privatização
das linhas transmissoras de SP. Além do presidente da CTEEP, José
Sidnei Colombo, participaram do encontro executivos da Elektro,
Bandeirante, CPFL e Eletropaulo. Após a incorporação da Empresa
Paulista de Transmissão Elétrica (EPTE) pela CTEEP, será criada
uma subsidiária, de telecomunicações, que terá a concessão das
linhas de transmissão. As quatro distribuidoras e o estado terão
49% da empresa. O controle será privatizado. Além disso, cresceram
as chances de que a troca de ações da EPTE por títulos da CTEEP
seja feita na proporção de um para três. (Canal Energia - 30.07.2001)
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7- Lei de S.A. volta à pauta de comissões do Senado
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Uma agenda de prioridades começou a ser definida pelos senadores,
que começam a voltar do recesso de julho. O objetivo é fazer com
que temas importantes para a economia do País tenham andamento
mais ágil nas comissões. Entre as matérias que devem merecer atenção
especial e esforço para tramitação rápida aparece a nova Lei de
Sociedades Anônimas (S. A.), que já foi votados na Câmara dos
Deputados e espera a apreciação do Senado. O texto foi aprovado
no dia 28.03.2001 na Câmara após demorado acordo. Os quatro maiores
obstáculos que contavam com forte resistência de setores do mercado
financeiro, mercado de capitais e indústria foram superados. As
objeções eram de como seria a participação dos minoritários no
conselho de administração, no conselho fiscal, o reembolso do
valor econômico e a Tag Along. No Senado, a dificuldade será evitar
que sejam feitas modificações, as quais obrigariam um retorno
do projeto à Câmara. A idéia de aceitar alterações desagrada o
relator do texto na Comissão de Assuntos Econômicos, Pedro Piva.
Ele considera impensável mais atrasos na aprovação de uma lei
que já está no Legislativo há quatro anos. Piva desde o final
de junho trabalha por um acordo para não alterar o texto. "Só
temos certeza de que o texto aprovado na Câmara é o possível,
mesmo que não seja o ideal", diz Piva. O recado é dirigido aos
segmentos que defendem emendas ao projeto, com o argumento de
que os minoritários precisam de maior espaço dentro das administrações
das empresas. (Gazeta Mercantil - 30.07.2001)
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1- Termina consulta pública do plano B |
Terminou no dia 27.07.2001 o prazo para a entrega de sugestões
à proposta do governo para o chamado plano B do racionamento,
que traz como serão os cortes programados casos as atuais medidas
de contigenciamento de energia não forem suficientes para atender
à demanda. Os resultados da consulta pública serão avaliados no
dia 02.08.2001 pelo grupo de Corte de Energia da GCE coordenado
por Celso Cerchiari. A reunião será na sede do MME, em Brasília.
Também participam do grupo Frederico Maranhão, assessor do ministro
José Jorge e Antoninho Borgghi, da Eletropaulo Metropolitana.
O governo poderá ou não acatar as sugestões às medidas, que serão
posteriormente publicadas, em definitivo, no Diário Oficial da
União. (Gazeta Mercantil - 27.07.2001)
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2- Comissão discute motivos do racionamento |
A Comissão Especial Mista da Crise de Energia reúne-se na primeira
semana de agosto de 2001 para debater o relatório do governo divulgado
no dia 25.07.2001 no qual são indicados os motivos que levaram
o País ao racionamento. A comissão deve aprovar também os requerimentos
que pedem a convocação dos governadores dos Estados mais afetados
pela falta de chuva e pelo risco do apagão, bem como os presidentes
de Furnas e Eletrobrás. (Gazeta Mercantil - 27.07.2001)
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3- Light e Cerj divulgam balanço do segundo mês de
racionamento |
No segundo mês de racionamento, a Cerj revela que a redução de
consumo em sua área de concessão atingiu 30%, contra os 28,5%
conseguidos no mês de junho de 2001. O setor que mais contribuiu
para o cumprimento da meta foi o residencial (70%). Neste grupo,
mais de 408 mil clientes receberão bônus, enquanto cerca de 43
mil terão de pagar sobretaxa na próxima conta de luz. Quanto aos
pedidos de revisão de meta, a distribuidora recebeu 120 mil cartas
até o momento. Deste total, já foram analisados 70 mil, sendo
que 60% foram considerados procedentes e 40% não foram atendidos.
Outra empresa que está divulgando o balanço do segundo mês de
racionamento é a Light. Desde o dia 03.07.2001, a distribuidora
avaliou mais de dois milhões de contas de baixa tensão. Deste
total, 81% dos clientes atingiram a meta de consumo e 19% ficaram
acima da meta. Apenas 4,3% pagarão sobretaxa na próxima conta.
(Canal Energia - 30.07.2001)
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4- Setor de eletroeletrônicos quer redução de impostos
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O setor de eletroeletrônicos e os fabricantes de eletrodomésticos
querem a redução na carga de IPI, ICMS e Cofins no período em
que durar o plano de racionamento. A medida teria como objetivo
reduzir o repasse dos efeitos negativos da crise para o preço
final dos produtos. Em reunião realizada no Palácio do Trabalhador,
em São Paulo, cerca de 80 representantes de 60 empresas do setor,
expuseram à Força Sindical e ao Sindicato dos Metalúrgicos de
SP as dificuldades que enfrentam com a crise. Em decorrência do
encontro, a Força Sindical anunciou que, a partir do dia 30.07.2001,
vai elaborar uma proposta de redução tarifária, que será levada
ao governo do Estado de SP e ao governo federal. A proposta, de
acordo com a Força, seria diferenciada de acordo com as necessidades
de cada ramo do setor. Os fabricantes de chuveiros elétricos,
por exemplo, teriam ICMS reduzido de 18% para 9% e o IPI de 10%
para 5%. (Gazeta Mercantil - 27.07.2001)
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5- Varejistas de Uberaba conseguem liminar contra sobretaxas
e multas |
A juíza da Primeira Vara Cível da Comarca de Uberaba (MG), Régia
Ferreira, concedeu liminar à Associação dos Supermercadistas (Assuper)
da cidade contra a Cemig para que 32 estabelecimentos não sejam
punidos com o pagamento de sobretaxa ou multas, além de corte
de energia caso não cumpram as metas de contenção do plano de
racionamento. O presidente da Assuper, Wagner dos Reis Silva,
justificou o processo judicial contra a Cemig por considerar as
exigências de economia de energia elétrica impraticáveis, na medida
em que os estabelecimentos precisam funcionar respeitando normas,
decretos, portarias e leis. Entre elas, uma que impede o desligamento
de luzes para não prejudicar a visualização de validade, data
de fabricação e composição dos alimentos pelos consumidores e
para garantir a qualidade das condições de trabalho dos funcionários.
(Gazeta Mercantil - 30.07.2001)
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6- Arrecadação de ICMS sobre o consumo de energia cai
14% em SP |
O governo do Estado de São Paulo está planejando renegociar os
prazos de parte das obras que estão em andamento para tentar compensar
uma perda de R$ 400 mi na arrecadação do ICMS. Obras paradas ou
cortes de investimentos não fazem parte dos planos do secretário
de Fazenda, Fernando Dall'Acqua, depois da primeira constatação
de que a crise energética está atingindo as finanças públicas.
De acordo com Dall'Acqua, a arrecadação do imposto sobre o consumo
de energia elétrica foi reduzida em 14% no em junho de 2001. Ao
ano, o Estado arrecada R$ 2 bi com o consumo de energia, o que
representa 8% da arrecadação estadual. A outra parte do dinheiro
vem da repercussão da crise sobre os outros setores que também
registraram perda em junho. (Estado - 30.07.2001)
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7- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Itaipu é contra dolarização de tarifas |
Os consumidores das principais concessionárias de energia elétrica
do País passaram a contar com um importante aliado na queda-de-braço
contra a dolarização das tarifas de luz elétrica. O diretor-geral
brasileiro de Itaipu Binacional, Euclides Scalco, tem em mãos
um estudo no qual comprova que, no primeiro semestre de 2001,
as 17 distribuidoras que recebem energia de Itaipu recuperaram
as perdas financeiras em função da oscilação da moeda americana.
Esta reviravolta na contabilidade é atribuída à parcela excedente
da energia repassada por Itaipu. Ou seja, as concessionárias pagam
por determinada quantidade de eletricidade gerada e recebem uma
parcela maior de luz elétrica. É esse adicional, negociado no
MAE que permitiu um ganho de 1,8% em dólar de janeiro a junho
de 2001. "Não há motivos para que as concessionárias defendam
a dolarização das suas tarifas", afirmou Scalco. (Estado - 30.07.2001)
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2- Concessionárias alegam que estão tendo prejuízos
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O presidente da CPFL, Wilson Ferreira Júnior, não concorda com
os argumentos do diretor-geral de Itaipu Binacional, Euclides
Scalco. Para Ferreira Júnior, as concessionárias estão amargando
prejuízos em seus respectivos caixas por causa da variação da
cotação do dólar. Segundo ele, o índice de reajuste de tarifa
concedido pela Aneel, em abril de 2001, levou em conta a moeda
americana a R$ 2,16. "Como um dólar está na casa de R$ 2,50, estes
34 centavos de real são bancados pela companhia", afirmou. "Os
pagamentos são feitos pelas concessionárias em intervalos de dez
dias levando em consideração o preço do dólar Ptax, fixado pelo
Banco Central, do dia anterior à data da quitação da fatura."
A superintendente de Assuntos Regulatórios da Eletropaulo, Sílvia
Calou, não acredita que a energia excedente produzida por Itaipu
tenha sido suficiente para recuperar as perdas em dólar. Segundo
ela, embora desconheça os estudos, Itaipu não produziu energia
em excesso até agosto do ano 2000. (Estado - 30.07.2001)
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3- Área de usina em GO vira terra de utilidade pública
para dar início as obras |
A Corumbá Concessões, consórcio formado para a construção da usina
hidrelétrica de Corumbá IV, no município de Luziânia (GO), ganha
mais um instrumento para acelerar a instalação dos canteiros de
obras da usina. O Diário Oficial da União publica no dia 30.07.2001
a Resolução nº 302 da Aneel, que determina que a área de 708 hectares
onde deverá ser instalado o canteiro para as obras da usina é
de utilidade pública. A medida vai acelerar a apropriação do terreno
e vai permitir o começo do trabalho com máquinas no lugar onde
ficará a usina. A determinação de que área para a construção de
Corumbá IV é de utilidade pública deverá pôr fim ao impasse que
já dura um mês e meio entre o consórcio vencedor do leilão e os
proprietários de terras da região onde será construída a usina
que será coberta pelo reservatório da hidrelétrica. (Gazeta Mercantil
- DF - 30.07.2001)
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1- Leilão de energia volta a fechar sem negócios |
No dia 27.07.2001, última sexta-feira, os leilões de energia da
Asmae/Bovespa voltaram a fechar sem negócios, depois de três dias
seguidos com transações de 1.300 MWh. No movimento de 27.07.2001,
os compradores registraram ofertas de R$ 303 o MWh, enquanto os
vendedores se propuseram a cobrar no mínimo R$ 320. No total,
as ofertas de venda somaram 3.550 MWh, sendo 900 MWh a R$ 320;
1.500 MWh a R$ 323; 400 MWh a R$ 325; 350 MWh a R$ 345; e 400
MWh a R$ 360. Já as propostas de compra foram de 1.500 MWh, sendo
900 MWh a R$ 303 e 600 MWh a R$ 301. (Gazeta Mercantil - 27.07.2001)
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2- Empresas reduzem consumo para negociar energia |
As negociações de compra e venda de energia entre empresas se
intensificaram. As indústrias tentam cobrir prejuízos, ajudar
seus fornecedores a produzir a matéria-prima de que precisam ou
aumentar os lucros com os altos preços da eletricidade. Distribuidoras
de energia confirmam que as negociações de venda de energia entre
indústrias estão crescendo e que as empresas estão reduzindo mais
do que precisam o consumo de eletricidade. "A maioria dos sócios
da Abrace, associação que reúne os grandes consumidores de energia,
está cortando o consumo de energia mais do que a meta e vendendo
o excedente", afirma Paulo Ludmer, diretor-executivo da associação,
sem citar nomes. Algumas grandes consumidoras de energia informam
que não conseguem cortar o consumo exatamente na medida que o
governo determinou. Às vezes é necessário cortar um pouco mais
para ajustar a produção. E é por isso que estão vendendo a energia
excedente, geralmente para fornecedores e clientes. O que os analistas
de energia e os economistas dizem é que esse negócio está apenas
no começo e que tende a crescer até o final do ano. Primeiro,
porque o mercado interno sempre fica mais aquecido no segundo
semestre, o que deve demandar mais energia. Segundo, porque o
governo já anunciou que o racionamento pode se estender até 2002.
(Folha - 29.07.2001)
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3- Venda de energia compromete exportação |
A redução da produção industrial, provocada pelo racionamento
de energia, deve complicar o equilíbrio da balança comercial brasileira
neste ano. A escassez de eletricidade levou grandes grupos industriais
a cortar o consumo de energia, além da meta (que varia de 15%
a 25%), para vender a energia excedente. Não parece um mau negócio:
elas chegam a vender MWh a um preço cinco vezes maior do que pagam
às distribuidoras. Quem está ofertando energia são principalmente
as indústrias siderúrgicas, de papel e celulose, de ferro e de
alumínio, as que são grandes consumidoras de eletricidade e que
também têm geração própria de energia. Se as empresas começarem
a vender energia ao invés de produzirem, como prevêem distribuidoras,
especialistas do setor e economistas de bancos e consultorias,
o impacto na balança será importante. Pelo ritmo crescente do
comércio de energia entre empresas (confirmado por grandes distribuidoras),
algumas consultorias e bancos começam a estimar em US$ 2 bi o
déficit da balança comercial neste ano. A previsão anterior era
de US$ 1 bi, segundo o BC. O número pode subir se o mercado de
venda de energia entre empresas crescer ainda mais. (Folha - 29.07.2001)
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4- Bandeirante já intermediou 30 mil MWh entre empresas |
A Bandeirante Energia informa que já intermediou 60 negócios entre
empresas desde que foi liberada essa modalidade, no mês passado.
Isso representou o comércio de cerca de 30 mil MWh. Os preços
negociados do MWh variam de R$ 350 a R$ 500. Júlio de Barros,
diretor-presidente da Bandeirante, informa que, das 200 grandes
indústrias que compram energia da distribuidora, apenas 16 ultrapassaram
a meta. As outras 184 atingiram a meta de redução de consumo ou
ficaram abaixo dela. "O comércio de energia excedente deve se
intensificar. Não tem outro jeito. Sem eletricidade suficiente,
a venda de energia entre empresas é uma forma de equilibrar o
mercado com menor prejuízo para as indústrias", afirma Barros.
(Folha - 29.07.2001)
Índice
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5- Retração do consumo de alumínio possibilitou venda
de excedentes |
As produtoras de alumínio primário reduziram seu consumo de energia
abaixo das metas estabelecidas pelo governo. Hoje, são as principais
vendedoras de excedente elétrico para indústrias de setores que
acabaram consumindo mais do que o estipulado. A Alcoa e a Alcan
são as campeãs de fornecimento elétrico, seguidas à distância
por empresas do setor petroquímico. Em julho de 2001, a Alcan
vendeu 5 mil MWh, para indústrias de alimentos e frigoríficos,
principalmente. Especula-se que a Alcoa tenha vendido cerca de
10 mil MWh. Fontes do mercado dizem ainda que as empresas de alumínio
também se inscreveram para participar dos leilões do MAE, realizados
pela Bovespa. O principal motivo da sobra de energia foi a retração
ainda mais forte que o racionamento provocou nos setores que utilizam
o alumínio como matéria-prima. (Valor - 30.07.2001)
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6- Brasil poderá pagar pela energia extra produzida
por Angra 2 |
A usina nuclear de Angra 2 bateu recorde de geração de energia
no dia 25.07.2001. Foram gerados 1.361 MW. A boa notícia, no entanto,
pode se transformar em dor de cabeça: o Brasil poderá ter de pagar
por essa geração extra ao consórcio alemão que forneceu os equipamentos
da usina. Os cálculos serão feitos em setembro. Mas o contrato
entre Brasil e Alemanha prevê ressarcimento em caso de energia
gerada a mais (Brasil paga) ou a menos (Alemanha paga) do que
o previsto. A Eletronuclear, estatal responsável pelas usinas
nucleares, não sabe se o país terá mesmo de pagar pela energia
gerada a mais. Uma negociação envolvendo empréstimos entre a Alemanha
e o Brasil por conta do acordo pode zerar a conta. (Correio Braziliense
- 30.07.2001)
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7- BM&F vai lançar mercado futuro de energia elétrica |
A BM&F pretende lançar em 2002 um mercado futuro para a negociação
de energia. A minuta do projeto está sendo preparada juntamente
com o setor elétrico e prevê contratos de entrega de MWh por um
período de até um ano e meio com preços fixos. Tanto o comprador
como o vendedor, no entanto, teriam a opção de se desfazer de
suas posições, caso os preços subam ou caiam muito. Quando pronta,
a minuta será apresentada à CVM, ao BC, ao Ministério de Minas
e Energia, Aneel e GCE. Com o aval dos órgãos, a bolsa irá apresentar
os contratos a grandes e médios consumidores, pequenas centrais
hidrelétricas, produtores independentes e diversas associações,
que estão sendo responsáveis pelo desenho do mercado. (Valor -
30.07.2001)
Índice
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Na última semana de julho a taxa usada em negócios com prazo de
um dia, para grandes empresas (Hot Money), ficou entre 2,12% e
4,95% mensais. As pequenas e médias empresas fecharam negócios
entre 2,22% e 5,56% ao mês. Em relação ao desconto de duplicata,
nos negócios de 31 dias para grandes empresas, a taxa oscilou
de 2,02% a 2,70% ao mês. Para pequenas e médias, a faixa de flutuação
foi de 2,83% a 4,40%. Nessa semana as grandes companhias obtiveram
taxas entre 26,19% e 60,10% ao ano de capital de giro prefixado,
enquanto as pequenas e médias arcaram com custo de 39,53% a 71,55%.
A taxa vendor e compror oscilou de 25,49% a 39,45% ao ano para
grandes empresas e de 31,53% a 53,76% ao ano para pequenas e médias.
A Conta Garantida, nas operações de 31 dias para grandes companhias,
o intervalo ficou entre 2,06% e 3,50% ao mês. Pequenas e médias
empresas conseguiram taxas de 2,92% a 5% ao mês. Em relação ao
factoring, custo das operações de fomento mercantil, fechou a
semana com a taxa média baixa em 4,10% e a alta em 4,15% ao mês.
Já a taxa média da resolução 63 ficou em 12,60 ao ano. Operações
prefixadas com prazo de 24 meses - Leasing - tinham taxas médias
de 2,88% para carros e de 3,07% ao mês para máquinas, equipamentos
e informática. (Gazeta Mercantil - 23.07.2001)
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2- Decisão de elevar Selic visa segurar a meta de inflação
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O contínuo crescimento do núcleo da inflação brasileira, atrelado
aos choques externos e internos vividos pela economia, além da
persistente desvalorização do real frente ao dólar, compuseram
o quadro definido pela diretoria do BC para justificar a elevação
da taxa Selic de 18,25% para 19% ao ano. De acordo com a ata da
última reunião do Copom, divulgada no dia 26.07.2001, para assegurar
a meta de inflação, o aumento do núcleo - que exclui os preços
que tiveram as maiores e menores variações - e o risco do repasse
cambial aos preços (principalmente os administrados pelo governo),
recomendavam um reforço da política monetária na forma de um aumento
da taxa de juros. Embora as altas da taxa Selic não venham mostrando
eficácia para conter o dólar, do ponto de vista da administração
das expectativas inflacionarias - variável chave para que a inflação
permaneça sob controle -, a sinalização via juros de que o BC
continua perseguindo a meta inflacionaria é sem dúvida importante.
Pois é esta confiança em relação ao cumprimento da meta inflacionaria
que, de acordo com análise do Copom, fez que as expectativas com
relação a inflação brasileira não tenham acompanhado o ritmo de
crescimento da desvalorização do real. Ainda assim, os diretores
do BC temem que a taxa de câmbio acabe refletindo num estouro
da meta inflacionaria deste ano. "O potencial de repasse para
os preços é um dos motivos que tem justificado a reação da política
monetária, através da elevação da taxa de juros, para procurar
neutralizar esses efeitos", admitiram no documento. (Estado e
IE/UFRJ - 27.07.2001)
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3- Distorção torna "hedge" caro |
As empresas e pessoas físicas que buscam "hedge" contra oscilações
cambiais no Brasil estão pagando caro por isso. Há uma distorção
no mercado: um investidor que aplica em títulos indexados ao dólar
pode chegar até a receber menos dólares no resgate. A razão: o
juro para os investimentos em dólar no Brasil, o cupom cambial,
está negativo no curto prazo. Em mercados normais, o cupom cambial
é igual a, no mínimo, a taxa de juros paga pelos títulos do governo
federal dos Estados Unidos . Mas, no dia 27.07.2001, o papel do
Tesouro dos EUA de um mês pagava 3,5% ao ano, enquanto o cupom
no Brasil para 48 dias era zero. Ou seja, o governo brasileiro,
com maior risco de crédito do que o dos EUA, se vendesse papel
indexado ao câmbio no Brasil, pagaria juro menor, próximo a zero.
A distorção acontece por duas peculiaridades do momento atual,
que, combinadas, tornam a compra do dólar futuro cara demais.
A procura por "hedge" contra variações no câmbio tem crescido
lado-a-lado com as expectativas de que a moratória na Argentina
é uma questão de tempo. É justamente com a entrada de recursos
que a distorção acontece. O mercado fica saturado, com sobra de
moeda. Mas, ao mesmo tempo que vendem o dólar à vista, as empresas
compram futuro dos bancos. Os bancos, cheios de dólar à vista,
não têm mais caixa ou limite para compra de papel moeda. Buscam
os futuros ou títulos do governo -que não comprometem o caixa
- para proteção própria e de clientes. A demanda por títulos do
governo indexados ao câmbio cresce, os preços sobem e os juros
pagos despencam. (Valor – 30.07.2001)
Índice
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4- Mercado de bônus aguarda votação |
O mercado de títulos da dívida dos emergentes terminou a semana
como começou: apostando na votação (e aprovação sem grandes alterações)
do projeto de "déficit zero" argentino, o que estimulou investidores
a reduzir posições vendidas. Boatos de que o pacote do FMI ao
Brasil pode ser maior que apostas anteriores contribuíram para
fortalecer também os bradies brasileiros. Em julho, os títulos
argentinos FRB e Global 8 caíram 19,8% e 32,2% respectivamente
e os prêmios de risco saltaram 1.444 e 911 pontos. O prêmio de
risco Argentina, medido pelo índice EMBI+ do banco JP Morgan,
também escalou, com alta de 565 pontos para 1.615. Ao mesmo tempo,
o brady brasileiro C-Bond depreciou 5,8%, mas o spread caiu 182
pontos. O EMBI+ Brasil subiu 118 pontos. O Global 8 terminava
a semana cotado a US$ 0,571 com spread de 1.793 pontos e o FRB
valia US$ 0,665 e spread de 2.845 pontos. O C-Bond era vendido
a US$ 0,712 e 979 pontos. (Valor - 30.07.2001)
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5- S&P prefere não alterar 'rating' da Argentina |
Apesar de a agência de 'rating' Moody’s Investor Service
ter rebaixado a classificação da dívida soberana argentina para
'Caa1', na última semana de julho, outra importante agência, a
Standard & Poor’s (S&P), demonstrou mais otimismo quanto
ao perigo iminente de moratória do país. 'Estamos observando de
perto o desenvolvimento político na Argentina e se o governo irá
conseguir o apoio de que necessita no Congresso. Apesar disso,
mantemos a perspectiva negativa para o país. A situação é frágil
e a necessidade de apoio político do governo é muito grande',
disse a diretora-associada da S&P, Lisa Schineller. A nota 'Caa1'
dada pela Moody’s é sete degraus abaixo do nível em que
um investimento é considerado prudente e corresponde a 'CCC+'
na escala da S&P, que classifica a Argentina um nível acima, com
a nota 'B-'. Essa nota é seis degraus abaixo do patamar de um
investimento considerado prudente. (Gazeta Mercantil – 30.07.2001)
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6- Liquidez cresce, mas crédito é escasso |
A liquidez no mercado financeiro foi invertida na última semana
de julho, passando de escassez de dinheiro para excesso de recursos.
A mudança ocorreu porque o Tesouro Nacional deixou de substituir
integralmente o vencimento de R$ 5,1 bi em títulos públicos pós-fixados
(Letras Financeiras do Tesouro) que estavam nas carteiras dos
bancos. Foram rolados apenas R$ 3,5 bi em papéis, resultando em
um excesso de recursos de R$ 1,6 bi. O excesso de liquidez não
estimula o aumento do crédito porque os juros elevados e a desaceleração
da economia deixaram os bancos mais seletivos com os empréstimos.
Preferem aplicar em títulos públicos. (Gazeta Mercantil –
30.07.2001)
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7- Bancos exigem mais garantias e mantêm cautela no
crédito |
O custo do dinheiro para as empresas manteve-se praticamente estável
na última semana de julho, mas os bancos continuam cautelosos
ao emprestar. Isso porque a taxa de juros mantém-se elevada se
comparada há um mês. A taxa de um ano no mercado futuro, por exemplo,
era cotada a cerca de 22%. No final de maio, ficava na casa dos
20%, enquanto no dia 27 fechou a 24,87% ao ano. São os juros futuros
que balizam o preço do dinheiro nos empréstimos prefixados. A
esse custo acrescenta-se ainda o 'spread', que para algumas empresas
têm subido por causa do risco de inadimplência. Os próprios financiamentos
do BNDES, que empresta a taxas subsidiadas para projetos de investimentos,
não têm crescido muito. Segundo o BC, os empréstimos do BNDES
chegaram a R$ 60,9 bi em junho, um crescimento de apenas 0,8%
se comparado a maio. (Gazeta Mercantil – 30.07.2001)
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1- Petrobras procura parceiros para operar gasodutos
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A Petrobras abrirá à iniciativa privada a operação dos novos gasodutos
que vai construir no País. São 1,6 mil km de tubulações espalhadas
pelas regiões Sudeste e Nordeste, com investimentos previstos
em US$ 960 mi. Os projetos têm de estar prontos até 2003, para
levar gás às térmicas projetadas para entrar em operação nesse
período. A Petrobras já começou a tocar os projetos com recursos
próprios, mas vai buscar no mercado parceiros privados que queiram
investir e operar os gasodutos. A estatal, por força da lei, não
pode operar dutos, a menos que utilize a subsidiária Transpetro
para tal fim. No entanto, diz o gerente de logística da Gaspetro,
subsidiária que atua na área de gás natural, Paulo Roberto Costa,
a ordem da direção da estatal é que outras companhias sejam procuradas
para dividir os investimentos. (Gazeta Mercantil - 30.07.2001)
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2- Operação de gasodutos será objeto de concorrência
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Segundo o gerente de logística da Gaspetro, subsidiária da Petrobras
que atua na área de gás natural, Paulo Roberto Costa, serão criadas
empresas para operar e construir cada um dos seis novos dutos
previstos no programa de expansão da malha, a exemplo da Transportadora
Brasileira do Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG). Essas empresas terão
participação da Petrobras e de companhias privadas, caso exista
o interesse. A operação dos gasodutos será objeto de concorrência,
que será vencida pela empresa que oferecer a menor tarifa à estatal.
(Gazeta Mercantil - 30.07.2001)
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3- Rondônia age contra transporte de gás barcaças |
Empresários, políticos e o Governo de Rondônia
deflagram reação à proposta do Governo do Amazonas de transportar
o gás natural da bacia petrolífera do Urucu, no rio Solimões,
até Porto Velho (RO) por meio de barcaças e não através de gasoduto.
Há uma inquietação dos empresários no Estado com o possível encarecimento
da energia gerada com o gás transportado em barcaças. Estima-se
que o custo atual do MW poderá subir de US$ 60 para US$ 120. "Se
em linha reta até Manaus, o transporte por barcaças não dá certo,
imagine para Porto Velho, com a duplicação do trajeto?", afirma
o presidente da Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero),
Júlio Augusto Miranda. A Fiero congrega 17 sindicatos que representam
2.900 indústrias no Estado. (Gazeta Mercantil - AM - 30.07.2001)
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4- Petrobras e Shell importarão gás para unidade de
regaseificação em PE |
A Petrobras e a Shell finalizam as negociações para o fornecimento
de gás natural liquefeito (GNL) para a unidade de regaseificação
que vão construir em Pernambuco. O gás será essencial para o atendimento
às térmicas previstas para a região Nordeste, não abastecida pelo
Gasoduto Bolívia-Brasil e sem produção suficiente do energético
para o crescimento estimado da demanda. A operação deve começar
no primeiro semestre de 2005, com fornecimento de 4 milhões de
metros cúbicos por dia. Trinidad e Tobago, Nigéria, Angola e Argélia
são os potenciais fornecedores já que esses países têm grandes
unidades de regaseificação e ficam todos no Atlântico, o que significa
transporte mais barato. Os investimentos na unidade de regaseificação
são estimados em US$ 200 mi, feitos por meio da GNL do Brasil,
empresa criada para operar o projeto. (Gazeta Mercantil - 30.07.2001)
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5- União vai interferir e apressar térmica de Três
Lagoas |
O Governo federal está disposto a intervir se a licença ambiental
para construção da usina termoelétrica de Três Lagoas não for
liberada semana que vem. Segundo o assessor do Ministério das
Minas e Energia, Rui Feijão, o Governo espera que não seja necessária
a intervenção junto aos órgãos competentes. Mas, por se tratar
de uma questão prioritária para a segurança nacional, diante da
atual crise energética, medidas emergenciais podem ser adotadas.
O projeto da usina está atrasado sete meses. A Petrobras, que
pretende investir US$ 500 mi no total, já refez seu planejamento
inicial. Agora, a idéia é iniciar a construção o mais rápido possível
para que em março de 2002 a usina possa entrar em operação. Nesta
primeira fase serão oferecidos 240 MW. Num segundo momento, previsto
para o início de 2004, a intenção é gerar mais 100 MW mediante
aproveitamento do vapor gerado na própria usina. (Correio do Estado
- MS - 30.07.2001)
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1- Crise muda hábitos das empresas |
As empresas que atingiram as metas de consumo de energia pretendem
manter os planos de racionalização de gastos após o fim do racionamento.
O objetivo é preservar as vantagens obtidas com as mudanças de
hábito, sem voltar a consumir energia no mesmo patamar de antes.
Mas esta disposição das empresas deve causar perdas de receita
das distribuidoras. Para evitar que a mudança de hábito afete
o seu faturamento, a Light, concessionária do Rio de Janeiro e
que atende 31 municípios, vai reforçar o atendimento a clientes.
O superintendente de marketing da distribuidora, Paulo Renato
Marques, acredita que as indústrias vão recuperar em média apenas
metade do que conseguiram reduzir. Ao contrário da Light, a Bandeirante
Energia - distribuidora de São Paulo que atende 55 municípios
- confia que os grandes consumidores recuperarão o patamar de
consumo para atender a demanda e o ritmo de crescimento da economia.
(Valor - 30.07.2001)
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2- Firjan planeja investir em projeto de geração própria
de energia |
A Firjan planeja investir num projeto de geração própria para
garantir o fornecimento de energia para as 43 unidades do sistema,
incluindo o Senai e o Sesi. A viabilidade estrutural e financeira
da solução está na pauta de estudos do Comitê de Energia da entidade.
"As medidas para implantar o projeto estão em fase de análise.
A idéia é que seja uma solução de rápida instalação", comentou
Ziney Dias Marques, gerente de Produtos do Segmento Petróleo e
Gás da Firjan. Segundo Ziney Marques, a idéia é ter um projeto
que permita uma rápida implantação. Os estudos do Comitê de Energia
da Firjan analisa as condições de algumas unidades do sistema
para instalar a solução. "Isto permitirá saber quais unidades
comportam o uso de um sistema de geração ou cogeração", explica.
(Canal Energia - 30.07.2001)
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3- Firjan já conseguiu diminuir o consumo em 27% |
Desde
o início do racionamento, a Firjan já conseguiu diminuir o consumo
em 27%, o que significa uma economia de R$ 1 mi, por ano. Ziney
Dias Marques, gerente de Produtos do Segmento Petróleo e Gás da
Firjan, conta que, apesar do bom nível de redução do consumo,
a entidade quer ampliar a economia feita até agora. No dia 10
de agosto de 2001, acontece nova reunião do Comitê de Energia
da Firjan para saber quais as medidas sugeridas pelas 43 unidades
do sistema para reduzir ainda mais o consumo. Além de reduzir
o consumo, a Firjan recorreu à criatividade para suprir de energia
emergencial, para evitar possíveis apagões, algumas de suas unidades.
Um funcionário desenvolveu um sistema que funciona à base de bateria,
capaz de garantir energia durante três ou seis horas. (Canal Energia
- 30.07.2001)
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4- Racionamento afetou vendas de alumínio primário
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Segundo Flávio Zurlini, vice-presidente da Abal, os clientes das
fábricas de alumínio primário na área de transporte, linha branca
e construção civil foram os mais afetados pela falta de energia.
As vendas de alumínio primário para a indústria transformadora
em junho caíram 13,8% em relação a maio. No primeiro semestre
de 2001, o setor estava aquecido, por isso, as produtoras conseguiram
fechar o período com crescimento de 30%. Agora, com a crise energética
e a instabilidade gerada pela alta do dólar, Zurlini já fala em
fechar o ano com crescimento próximo de zero. Sem pedidos para
fornecimento, a indústria do alumínio deve continuar como a grande
fornecedora de excedentes elétricos ao longo do segundo semestre.
A exceção fica por conta das companhias do Norte, como Albrás
(PA) e Alumar (MA), cujo foco é voltado para o mercado externo,
que se manteve estável. (Valor - 30.07.2001)
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1- EDP e Siemens/Koch chegam a acordo |
Com o objetivo de fornecer os equipamentos de uma nova central
termoelétrica, a EDP já chegou a um acordo com o consórcio formado
pela Siemens/Koch, embora este ainda não esteja formalizado. De
acordo com um comunicado da empresa, «uma vez concluído o processo
de avaliação de impacto ambiental, atualmente em fase de audição
pública, e obtida a necessária licença de estabelecimento, será
formalizado o contrato de fornecimento 'chave na mão' e dar-se-á
então início à construção da central prevendo-se que possa vir
a entrar em serviço no início de 2004». A nova central terá uma
capacidade instalada de 1200 MW e terá uma eficiência energética
superior em cerca de 60% às tecnologias clássicas de produção
termoelétrica. (Diário Econômico 30.07.2001)
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2- Galpenergia aposta forte em projetos de renováveis |
A Galpenergia assumiu a energia renovável como área importante
do seu leque de negócios. A nova aposta estratégica será materializada
pela Galpower SGPS através de investimentos no setor eólico, hidroelétrico
e solar. Para tanto, a empresa deve recorrer a parcerias. A Ao
Sol, uma sociedade da Galpower, está desenvolvendo vários projetos
na área da energia solar. A empresa desenvolveu uma tecnologia
inovadora a nível internacional que permite aumentar a eficiência
térmica dos coletores solares entre 20% a 30%. Este equipamento
serviria para aquecer águas domésticas e de instalações terciárias.
Os países em desenvolvimento, como o Brasil, México, Argentina
e Índia são alguns dos seus mercados alvos, já que este equipamento
permite suprir a falta de infra-estruturas que facilitam o aquecimento
por métodos tradicionais. (Diário Econômico 27.07.2001)
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3- Espanha na mira da Galpower |
A
Galpower deverá concorrer à compra de sete centrais de cogeração
espanholas. Seis delas pertencem ao grupo Abengoa, totalizando
uma capacidade de 200 MW, enquanto a última se situa na Catalunha
e gera 50 MW. A empresa ainda deve buscar parceiros para investir
em centrais de ciclo combinado na Espanha. Em Portugal, a Galpower
vai reforçar a seus investimentos na área da cogeração. Com participações
nas centrais instaladas nas unidades industriais da Solvay e da
CUF e devendo fechar em breve um novo contrato com a Borealis,
as atenções da Galpower vão agora virar-se para o próprio grupo
Galpenergia. Duas novas unidades estão sendo desenvolvidas sendo
que a primeira, em fase mais adiantada, estaria na refinaria de
Matosinhos, com 90 MW, e a outra em Sines, com 130 MW. Ambas deverão
representar investimentos na ordem dos US$ 1,3 mil. (Diário Econômico
27.07.2001)
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4- Oito companhias compram opções de compra da Chilectra |
Oito companhias compraram opções de compra da distribuidora chilena,
Chilectra. O nome das companhias não foram anunciados, mas sabe-se
que o contrato oferecido foi para o fornecimento de 400 GWh a
partir de 2002 e de 1.800 GWh a partir de 2009. As ofertas deverão
ser feitas até 20.08.2001 e serão anunciadas em 31.08.2001, quando
a assinatura do contrato será anunciada. Esta é a terceira vez
que a Chilectra lança uma proposta de compra. As duas primeiras
tentativas foram excluídas por causa de uma falta de interesse
dos geradores, que reclamavam que as regras do setor energético
chileno inibiam novos contratos. Agora, as autoridades chilenas
têm trabalhado numa mudança do regulamento, o que trouxe de volta
investimentos por parte das geradoras. (Business News Americas
27.07.2001)
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5- TotalFinalElf compra 62,9% da Central Puerto |
O grupo Petrolífero TotalFinaElf finalizou a compra de 63,9% da
Central Puerto na Argentina, pertencente a companhia chilena Geder,
filial da americana AES, por US$ 255 mi. Um porta voz da empresa
francesa recordou que este negócio faz parte d e uma operação
mais ampla que prevê a aquisição de três empresas térmicas pertencentes
a Geder no território argentino. Além da Central Puerto a TotalFinaElf
visa também a TermoAndes e a Hidroneuquén. A Central Puerto tem
quatro termoelétricas à gás com uma potência de 2.165 MW e está
construindo uma linha de transmissão de energia que forneceria
eletricidade ao Brasil. (El Mundo 30.07.2001)
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6- Financiadores da Enron entram na justiça contra
o governo indiano |
Onze financiadores da estação de força da Enron que está sendo
construída perto de Bombaim na Ìndia, entraram com um pedido na
corte judicial indiana para apoiar a companhia americana em sua
disputa com a distribuidora estatal Maharashtra State Electricity
Board sobre pagamento. Bank of America, Citibank, ABN Amro, Overseas
Private Investment Corp of the US e outros querem uma oportunidade
de lutar na corte indiana para apoiar a Enron e resolver a questão
posta sobre o maior investimento estrangeiro no setor feito na
Índia. Os investidores estrangeiros forneceram 30% dos US$ 2 bi
emprestados a geradora indiana Dabhol Power para a construção
da usina. Eles temem que a MSEB viole o contrato fechado com a
Enron sob as regras internacionais da ONU. Financial Times 29.07.2001)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca e Felipe Carvalhal - Economistas
Assistentes
de pesquisa: Alexandre Ornellas, Barbara Oliveira, Clarissa Ayres,
Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Silvana Carvalho
e Tiago Costa.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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