1- Normas de segurança em barragens serão discutidas |
Enquanto
o governo vem ampliando, em caráter emergencial, o parque gerador
brasileiro, pouco se discute a respeito da criação de normas de
segurança para a construção e manutenção de barragens, diz Fábio
de Gennaro Castro, do Comitê Brasileiro de Barragens. A própria
Aneel já se deu conta da lacuna legislativa em relação à segurança
de barragens. Embora nos contratos de concessão esteja previsto
que os concessionários são os responsáveis pela manutenção e segurança
de todo o empreendimento, ainda não existem regras claras e sequer
padrões técnicos a serem seguidos. Segundo o superintendente de
fiscalização de serviços de geração da Aneel, Cristiano Amaral,
a agência está preocupada com o assunto e há 15 dias requisitou
a todas as geradoras brasileiras um relatório a respeito da segurança
das usinas. Existem atualmente dois órgãos responsáveis pelas
barragens construídas no País: a Aneel, que fiscaliza aquelas
voltadas à geração de energia, e a ANA, que trata das demais.
"Deveria existir um órgão superior a estas duas, que definisse
normas que servissem para qualquer barragem", diz Castro. Para
discutir a ausência de regulamentação sobre o assunto realiza-se,
no dia 25.07.2001, em São Paulo, no Instituto de Engenharia, simpósio
sobre riscos associados a barragens, organizado pelo Comitê Brasileiro
de Barragens. (Gazeta Mercantil - 25.07.2001)
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2- Instituto Ambiental do Paraná analisa pedidos para
construção de barragens |
Além de 25 PCHs propostas por várias companhias, o Instituto Ambiental
do Paraná avalia pedidos para construção de duas barragens consideradas
de tamanho médio e outras duas entre pequenas e médias. Ainda
esperam pelo licenciamento ambiental quatro termelétricas e uma
usina movida a xisto. Mesmo com o problema da grande resistência
à construção de tantas usinas, o plano de expansão futura da Eletrobrás
tem estudos para construir mais nove usinas na bacia do Rio Ivaí,
outras sete no Tibagi e ainda mais cinco do Piquiri, todas no
Paraná. Os que são contra as construções argumentam que é preciso
avaliar se tantas usinas não acarretariam a perda de outras fontes
de renda, como o turismo, a irrigação e até o abastecimento de
água. "A usina de Itaipu é simbólica neste sentido", argumenta
o biólogo Tiaraju Fialho. É que o lago da usina cobriu as Sete
Quedas do Iguaçu, um conjunto de cascatas que atraía milhares
de turistas. (Valor - 25.07.2001)
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3- Paraná defende compensação por produzir energia |
Grande produtor de energia, o Paraná não se beneficia disso, como
seria de esperar. Ao contrário de qualquer outro tipo de produto
vendido no mercado, a energia não gera riquezas para quem a produz,
por conta da obrigação de venda do excedente a preços abaixo do
custo de geração, imposta pelo governo federal, e porque o ICMS
é cobrado na ponta do consumo. O secretário de Planejamento do
Paraná, Miguel Salomão, chega a fazer uma conta astronômica. Segundo
seus cálculos, o Paraná perdeu R$ 7,4 bi entre 1990 e o ano de
2000 com a comercialização do excedente de energia elétrica. Para
ele, o MW repassado pelo Paraná por R$ 33,13 acaba sendo vendido,
na hora do consumo em outros Estados, por preços até quatro vezes
maiores. De concreto mesmo, o Paraná deixou de receber R$ 1,5
bi em ICMS. É que por força da legislação federal, o imposto incide
sobre o consumo, e não sobre a produção. O Estado vem pleiteando
a mudança na legislação do tributo há alguns anos, sem obter sucesso
até o momento. (Valor - 23.07.2001)
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4- Lei autoriza MG a destinar R$ 90 mi para a implantação
de hidrelétrica de Irapé |
O governador Itamar Franco sancionou a Lei 13.954 que autoriza
MG a destinar R$ 90 mi para a implantação, pela Cemig, da Usina
Hidrelétrica de Irapé, no rio Jequitinhonha, empreendimento avaliado
em R$ 500 mi. O montante destinado pelo Estado será proveniente
de dividendos e/ou juros sobre o capital próprio, referentes à
participação acionária do Estado na Cemig. Segundo a legislação,
os recursos serão aplicados na usina a partir de 2002, em parcelas
anuais de até R$ 22,5 mi diretamente pela estatal nas datas fixadas
para o pagamento de dividendos ou juros sobre o capital próprio.
A lei publicada pelo governo autoriza o Estado a subscrever debêntures,
não conversíveis em ações, emitidas pela Cemig no valor correspondente
aos recursos aplicados pelo poder público. O prazo de resgate
é de até 25 anos, contados a partir da emissão do papel. Além
disso, a norma permite que a companhia busque investidores da
iniciativa privada mediante processo licitatório. Entre os critérios
a serem adotados, está a oferta de maior ágio. Conforme a Lei
13.954, o ágio apurado na licitação poderá ser utilizado para
o resgate antecipado de debêntures ou para a redução proporcional
da destinação dos recurso do Estado. A licitação, para ser promovida
pela Cemig, depende de aprovação da Aneel. A companhia, entretanto,
preferiu não comentar o assunto. (Gazeta Mercantil - MG - 24.07.2001)
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1- ANA divulga relatório com motivos da crise energética
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Na manhã do dia 25.07.2001, o presidente da Agência Nacional de
Águas (ANA), Jerson Kelman, divulga o relatório da comissão do
governo que apurou as responsabilidades pela crise atual de energia
elétrica. O relatório foi entregue ao presidente Fernando Henrique
Cardoso, no dia 23.07.2001, que determinou a sua imediata publicação.
Segundo o presidente, a comissão "elaborou uma análise sobre o
que houve, o que aconteceu, porque chegamos ao racionamento."
Fazem parte da comissão que foi coordenada por Kelman, e que trabalhou
durante 60 dias ouvindo diversas pessoas do setor elétrico, Altino
Ventura, diretor técnico de Itaipu; Cláudio Haddad, presidente
do Ibmec Educacional; Camilo Pena, conselheiro de Itaipu; e Sérgio
Bajay, professor da Unicamp. (Gazeta Mercantil, Folha e O Globo
- 25.07.2001)
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2- Comissão da CGE apresentará proposta sobre o planejamento
do setor elétrico |
Criada para enfrentar uma situação emergencial, a CGE prepara-se
para tomar uma iniciativa de caráter permanente que, na essência,
está mais relacionada com as atribuições do MME. Uma comissão
da Câmara, coordenada pelo presidente do BNDES, Francisco Gros,
deverá apresentar, nas próximas semanas, uma proposta sobre como
ficará, de agora em diante, o planejamento do setor elétrico.
Assim, o governo faz um esforço para tentar restaurar a capacidade
do planejamento e evitar que os problemas da crise atual se repitam
no futuro. A comissão coordenada por Francisco Gros é integrada
ainda pelo secretário de Energia do MME, Afonso Henriques Moreira
Santos, pelo diretor da Aneel, Eduardo Ellery, pelo presidente
da Eletrobrás, Cláudio Ávila, e pelo secretário de Política Econômica
do Ministério da Fazenda, José Guilherme Almeida dos Reis. (Gazeta
Mercantil - 25.07.2001)
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3- Para MME, é preciso rever critério de risco de 5%
de déficit |
Afonso Henriques, secretário de Energia do MME - que já tomou
a iniciativa de encaminhar um estudo confidencial à comissão coordenada
pelo presidente do BNDES, Francisco Gros, sobre a revitalização
do setor elétrico, no qual aborda a questão do planejamento -
entende que é preciso rever diversos conceitos no setor elétrico,
principalmente o critério de risco de 5% de déficit. Historicamente,
o governo sempre trabalhou com esse percentual de risco, administrável,
segundo muitos especialistas, sem a necessidade de racionamento.
Mas, de repente, o governo se viu diante de um déficit muito superior
a 5% e quase perdeu o controle da situação. "A indecisão do ONS
em declarar a redução da geração abaixo da energia assegurada,
quando o risco já se mostrava elevado, pode ter sido a causa do
agravamento da situação e seguramente imputou grandes perdas às
geradoras', salientou o secretário de Energia na sua avaliação
sobre o planejamento. Para ele, é necessário adotar um planejamento
energético global, não só elétrico, devido à incorporação de outros
elementos na matriz energética, como o gás natural. (Gazeta Mercantil
- 25.07.2001)
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4- FHC não define final para racionamento |
O presidente Fernando Henrique Cardoso deu sinais, no dia 24.07.2001,
de que o racionamento de energia vai passar de meados de 2002,
que era o propósito inicial do governo. Em discurso no Palácio
do Planalto, ele afirmou: 'Freqüentemente me perguntam quando
é que vai terminar o racionamento. Será que vão suspender o ano
que vem (2002) porque tem eleição? Eu digo: 'Olha, se fizesse
isso, eu seria não só irresponsável como bobo, porque a imprensa
imediatamente denunciaria que nós estamos fazendo um truque. Isso,
hoje, não pega mais'. (Gazeta Mercantil - 25.07.2001)
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5- Presidente da Cesp defende racionamento até 2003
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O racionamento de energia elétrica deveria se estender até abril
ou março de 2003, segundo o presidente da Cesp, Guilherme Augusto
de Toledo. 'Se chover bastante, o racionamento deve terminar em
março de 2002, até por razões políticas. Mas o ideal seria observar
todo o período chuvoso do próximo ano e esperar até 2003'', afirmou.
Segundo Toledo, se o racionamento for interrompido no início de
2002 há riscos de que o problema ainda não esteja resolvido e
uma nova falta de chuvas gere outra crise. As declarações do presidente
da Cesp foram feitas durante a divulgação de uma pesquisa do IBEF
(Instituto Brasileiro de Executivos e Finanças). Segundo essa
pesquisa, 35% dos executivos acreditam que o racionamento se estenderá
além de 2003. Outros 34% esperam o final da crise somente em dezembro
de 2002. (Folha - 25.07.2001)
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6- MME diz que não haverá cortes em agosto |
No dia 24.07.2001, o ministro de Minas e Energia, José Jorge,
afirmou que não haverá cortes no fornecimento de energia elétrica
em agosto de 2001, porque a economia feita no primeiro mês de
racionamento bastou para afastar esse risco. Todas as regiões
sob racionamento, disse o ministro, cumpriram a meta de 20% de
redução. O programa de racionamento, porém, continua sem prazo
para acabar. "Estamos fazendo análises mensais a respeito da situação
hidrológica do País e, quando avaliarmos que os reservatórios
estão em boas condições, podemos acabar ou reduzir o racionamento",
informou, acrescentando que a CGE ainda não recebeu a proposta
apresentada em 23.07.2001 pelo diretor-geral da ANP, David Zylbersztajn.
Por essa sugestão, o racionamento seria prorrogado até abril de
2002. (Gazeta Mercantil - 25.07.2001)
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7- CGE vai gastar R$ 24 mi em campanhas publicitárias
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A CGE decidiu usar R$ 24 mi do superávit da arrecadação da Aneel
em campanhas publicitárias para esclarecer a população sobre o
racionamento de energia e as medidas para enfrentar a crise. A
Aneel explicou que esses recursos geralmente vão para os cofres
do Tesouro, mas, por causa da excepcionalidade do momento, serão
usados pela CGE. Do total de R$ 24 mi, R$ 18 mi serão aplicados
em comunicação e R$ 6 mi na implantação do 0800 da crise de energia,
serviço que deverá entrar em operação em agosto. A campanha será
veiculada nas emissoras de rádio e televisão, revistas, outdoors
e em ônibus urbanos. (Diário Catarinense - 25.07.2001)
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8- CGE autorizou volta de fornecimento de energia para
painéis e outdoors iluminados |
A CGE autorizou a volta do fornecimento de energia para painéis
e outdoors iluminados, que estava proibida desde o dia 16 de maio
de 2001. A resolução da Câmara determinou uma redução em pelo
menos 25% da carga da energia fornecida. A iluminação também só
poderá ser acionada entre as 18 horas e 22 horas. Além disso,
os painéis ou outdoors deverão conter uma tarja que ocupe pelo
menos 25% da área, com a mensagem "Economia de energia: publicidade
iluminada das 18h às 22h". (Diário Catarinense - 25.07.2001)
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9- Mais de 80% dos consumidores da Light atingem meta
de racionamento |
Das 1.922.957 contas de baixa tensão faturadas pela Light, 80,4%
atingiram a meta de redução de 20% no consumo, e apenas 19,6%,
ou seja, 377.865 clientes, consumiram mais do que o estabelecido.
Segundo a empresa, do total de clientes que consumiram abaixo
da meta, 51%, o correspondente a 721.280 clientes, estarão recendo
o bônus na conta de julho de 2001, na proporção de R$ 2 para cada
R$ 1 economizado. Os demais 705.286 clientes, com consumo superior
a 100 KWh, receberão crédito do bônus na conta de agosto, na proporção
de R$ 1, no máximo, para cada real economizado. Os dados divulgados
indicam que a redução de consumo de energia atingiu 28,6% na área
da Light entre 1° e 22 de julho de 2001, comparativamente à média
de maio a julho de 2000. Em junho, a redução havia ficado em 21,9%.
(Agência JB - 23.07.2001)
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10- Redução no consumo de luz foi de 18,3 mil MWh em
MS |
O consumo de energia na penúltima semana de julho de 2001 em Mato
Grosso do Sul ficou em 47,5 mil MW. Isso representa uma economia
de 18,3 mil MW em relação aos 65,9 mil MW consumidos em abril
de 2001. Essa é a comparação adotada pela Enersul, apesar do governo
fazer o balanço com base na média dos meses de maio, junho e julho
do ano 2000. Houve um pequeno aumento no consumo de energia. Na
quarta semana do racionamento, de 25 de junho a 1.º de julho de
2001, por exemplo, MS consumiu 42,2 mil MW de luz. (Campo Grande
News - 23.07.2001)
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11- Racionamento faz indústria e sindicatos flexibilizarem
acordos |
Os
contratos e as convenções coletivas celebradas nos primeiros meses
de 2001 deverão sofrer aditamentos diante da crise de energia.
A previsão é da CNI, que divulgou no dia 23.07.2001 o boletim
Relações do Trabalho. De acordo com o boletim, apesar de essas
convenções não terem sofrido a pressão do racionamento de energia,
os acordos prevêem que quaisquer dúvidas ou controvérsias poderão
ser conciliados. Segundo a Confederação, empresários e trabalhadores
do setor de construção civil já estão acertando a revisão e a
flexibilização das condições de trabalho para evitar o corte de
pessoal diante da crise. A CNI destaca a importância deste caso
pela rotatividade mensal de pessoal que o setor apresenta, que
é, em média, o dobro dos demais setores. O boletim informa ainda
que as indústrias de papel, papelão e cortiça do RJ, já deram
o exemplo dessa flexibilização incluindo no contrato uma cláusula
estabelecendo que "não haverá qualquer redução ou acréscimo salarial
para os trabalhadores, caso as empresas, face a cortes de energia
elétrica (apagões/racionamento), tenham que estabelecer trabalho
em horário diverso do habitual". (Folha Online - 23.07.2001)
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12- Racionamento não afeta arrecadação |
O secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, afirmou que
o racionamento de energia elétrica ainda não teve nenhum impacto
sobre a arrecadação de impostos no País. "Pelo menos até segunda-feira,
dia 23, não havíamos registrado nenhuma repercussão da crise energética
sobre a arrecadação tributária", disse. Everardo admitiu, no entanto,
que deverá haver algum impacto se a crise tiver repercussões macroeconômicas.
"Temos estimativas de arrecadação calculadas pelo Ministério do
Planejamento e é claro que, se os parâmetros macroeconômicos tiverem
algum tipo de mudança, é possível que isso tenha impacto na nossa
arrecadação", afirmou. Maciel disse ainda que as novas discussões
para um acordo com o FMI não devem levar a nenhum tipo de alteração
nos impostos. "A orientação que temos do presidente e da equipe
econômica é no sentido de não promover nenhuma elevação da carga
tributária", disse. (Diário do Nordeste - 25.07.2001)
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13- CNI diz que racionamento até 2002 pode trazer mais
demissões |
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos
Eduardo Moreira Ferreira, afirmou, dia 24.07.2001, que a extensão
do racionamento de energia elétrica até março ou abril de 2002
poderá resultar em demissões, além de intensificar a redução do
ritmo da atividade industrial. Entretanto, Moreira Ferreira disse
que alternativas estão sendo procuradas para evitar o corte de
pessoal. Entre elas, o sistema de banco de horas e a redução da
jornada de trabalho com diminuição de salário. "Em épocas de crise
é importante ampliar as negociações", afirmou. Por outro lado,
o presidente da CNI disse que só será possível fazer uma avaliação
mais realista após o início do período de chuvas, época em que
poderá saber se o nível dos reservatórios melhorou ou não. Além
disso, segundo ele, é preciso saber se os investimentos previstos
para aumentar a oferta de energia elétrica terão resultados positivos.
(JB Online - 24.07.2001)
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14- Para CNI, próximos três meses serão decisivos para
indústria se posicionar ante a crise |
Os próximos três meses serão decisivos para que a indústria se
posicione ante a crise de energia, a turbulência argentina e a
alta dos juros. De acordo com o presidente da CNI, Carlos Eduardo
Moreira Ferreira, as empresas estão em fase de espera para compreender
as medidas que estão sendo tomadas pelo governo. A tendência é
que as empresas, em um primeiro momento, sejam mais cautelosas
quanto a corte de produção e demissões. (Jornal do Commercio -
25.07.2001)
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15- Crise energética já começa a apresentar reflexos
no mercado formal de trabalho |
A crise energética já começa a apresentar reflexos no mercado
formal. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), relatório elaborado mensalmente pelo Ministério do Trabalho,
foram criados em junho 108.571 novos empregos com carteira assinada
no País, o que resultou numa redução percentual de 24% em comparação
ao mesmo período do ano 2000, quando a quantidade de vagas geradas
foi 142.884. Para economistas do ministério, o impacto da crise
de energia pode ser considerado pequeno nesse primeiro mês de
racionamento, uma vez que o resultado acumulado do cadastro nos
últimos seis meses sofreu interferência de alterações sazonais
observadas em vários segmentos.O setor que mais cresceu foi a
agricultura, com aumento de 5,18%. (Gazeta Mercantil - 25.07.2001)
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16- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Crise reduz ganho de Furnas no semestre |
Furnas Centrais Elétricas encerrou o primeiro semestre de 2001
com lucro líquido de R$ 242 mi, R$ 21 mi a menos que o apurado
no mesmo período de 2000. Um resultado considerado favorável,
na avaliação da empresa e do mercado, em vista das oscilações
do dólar e do racionamento de energia. A geradora prevê compensar
a queda no segundo semestre de 2001 com o faturamento de Angra
II. A expectativa é fechar 2001 com lucro próximo ao de 2000,
cerca de R$ 540 mi, o maior já obtido pela empresa. (Gazeta Mercantil
- 25.07.2001)
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2- Cesp fecha acordo para produzir energia |
A Cesp fechou um protocolo de intenções com o grupo português
CGDE para produzir 300 MW de energia elétrica a partir do bagaço
de cana. O presidente da Cesp, Guilherme Cirne de Toledo, não
informou os investimentos mas disse que serão construídas 30 usinas
no estado de São Paulo. O prazo para início da geração de energia
é de um ano. (GloboNews.com - 25.07.2001)
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3- Cesp afirma que conta de luz ficará mais cara em
2002 |
As tarifas de energia elétrica devem disparar no ano 2002, na
avaliação do presidente da Cesp, Guilherme Augusto de Toledo.
Segundo o presidente da Cesp, a queda nas receitas das geradoras
e distribuidoras de energia, devido ao racionamento, tem que ser
compensada por um reajuste tarifário para que não haja uma quebradeira
no setor. A diferença entre as tarifas desses dois tipos de energia
é o que vem impedindo o sucesso do programa de construção de novas
termelétricas. "Se essa diferença for mantida, quando houver novas
usinas e o sistema estiver todo interligado, haverá excesso de
energia hidrelétrica, e eu não sei como é que as termelétricas
vão fazer para vender a sua produção", afirmou Toledo. (Superávit
- 25.07.2001)
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4- Empresas paranaenses querem construir 25 PCHs |
As condições da topografia do Paraná, especialmente favorável
para a construção de hidrelétricas, estão atraindo investidores
de todo o país. Pelo menos 30 novas licenças estão em análise
no Instituto Ambiental do Paraná neste momento, o que representa
acréscimo de 70% em relação a épocas menos atribuladas quanto
à energia. Destas, 25 são projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas,
apresentadas por investidores animados pela crise de energia e
pela oferta de incentivos do programa PCH-Com, do governo federal.
Os recursos do BNDES se destinam a financiar 80% dos projetos
e oferecem condições privilegiadas, como juros menores que os
de mercado. Mas nem por isso todos estão satisfeitos. Embora o
governador Jaime Lerner procure capitalizar os investimentos já
feitos na área de energia, reações contrárias surgem em vários
setores, especialmente entre ONGs e outras entidades ambientais.
(Valor Econômico - 25.07.2001)
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1- Distribuidoras adiam para dia 08.08.2001 assinatura
do acordo de mercado |
As empresas distribuidoras de energia elétrica recusaram-se a
assinar com as geradoras o acordo que colocaria o MAE em funcionamento.
A decisão de não votar o acordo de mercado na assembléia geral
extraordinária do MAE, ocorrida no dia 24.07.2001, foi claramente
vinculada às pendências contratuais do setor, como Anexo V, recompra
de energia, excedentes de Itaipu, entre outras questões. Por uma
pequena margem de votos, os agentes adiaram tanto a eleição do
Conselho do MAE (Comae), quanto a assinatura do acordo para o
próximo dia 8 de agosto de 2001, às 14h, em São Paulo. "As distribuidoras
não se sentiram confortáveis em assinar o acordo", resumiu Laércio
Dias, diretor de análise e controle de riscos da Gerasul. (Gazeta
Mercantil - 25.07.2001)
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2- Anexo V é considerada a questão mais polêmica pelos
agentes |
Entre as questões que emperraram qualquer decisão na assembléia
do MAE, do dia 24.07.2001, o Anexo V é considerada a mais polêmica
e foi tratada pelas distribuidoras como vinculada ao acordo de
mercado, embora não seja mencionada na minuta desse acordo, divulgada
pela Aneel. O representante de Furnas na assembléia, Celso Ferreira,
alertou que o rombo para as geradoras, as maiores interessadas
em rever os contratos iniciais, com a aplicação do anexo seria
de R$ 9 bi caso o racionamento dure até o final de 2001 e não
de R$ 5 bi, como vinha sendo veiculado até então. Na opinião dele,
no entanto, uma solução quanto ao anexo não deveria travar a assinatura
do acordo de mercado. Pela norma vigente hoje, as geradoras deveriam
pagar ao preço do MAE parte da energia contratada que não for
entregue às distribuidoras por conta de riscos hidrológicos. "Não
é possível assinar o acordo sem decidir pontos que envolvem valores
astronômicos e coloca empresas em risco", defende o presidente
da CEEE, Vicente Rauber. Ele defende a não assinatura nesse momento
do acordo de mercado, sem antes solucionar o impasse do Anexo
V. (Gazeta Mercantil - 25.07.2001)
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3- Agentes se arriscam a maior intervenção da Aneel
ao não assinar acordo |
A grande maioria dos distribuidores preferiu enfrentar a Aneel,
que esperava incontestavelmente para a assembléia do MAE, no dia
24.07.2001, uma solução para a governança do mercado. Para a agência,
o acordo de mercado e a eleição do Comae já deveriam ter saído
na assembléia do dia 13.07.2001. Segundo o vice-presidente da
AES Sul, Demósthenes Barbosa, a demora em solucionar o impasse
do acordo representa risco de uma intervenção mais forte da Aneel
no mercado. Ele, que presidiu a assembléia, defendeu o encaminhamento
simultâneo do acordo e das pendências contratuais. Para tanto,
seria preciso "voltar ao governo" para a negociação das questões
que emperram o funcionamento do MAE, considerado fundamental no
novo desenho do setor elétrico. (Gazeta Mercantil - 25.07.2001)
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4- CEEE propõe que os preços do MAE devam ser regulados
pela Aneel |
Na assembléia do MAE do dia 24.04.2001, a CEEE apresentou proposta
de inclusão no acordo de mercado de uma disposição transitória.
Por ela, até 31 de dezembro de 2001 "os preços do MAE deverão
ser regulados pela Aneel e limitados ao Valor Normativo, até que
as Regras de Mercado e os modelos de determinação desses preços
estejam devidamente testados e consolidados".
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5- Eletrobrás fica insatisfeita com a não assinatura
do acordo |
O assessor da presidência da Eletrobrás, Marco Aurélio Palhaes
de Carvalho, que saiu insatisfeito com o resultado da assembléia
do MAE, do dia 24.07.2001, defende que a principal questão que
impedia o funcionamento do MAE já foi decidida, que foi a responsabilização
de Furnas pela dívida contraída em virtude do atraso na operação
de Angra II. Na opinião dele, o acordo de mercado deveria ser
assinado, mesmo que passível de modificações a serem feitas posteriormente.
(Gazeta Mercantil - 25.07.2001)
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6- Distribuidoras ganham tempo para negociar as pendências
contratuais |
Com a decisão de adiar o acordo de mercado pelo menos até o dia
08.08.2001, as distribuidoras tentam ganhar tempo para negociar
as pendências contratuais. "Tempo é o que a gente mais precisa",
admite o presidente da CPFL, Wilson Ferreira Júnior. Enquanto
isso, ele afirma que as perspectivas para uma solução em torno
das questões contratuais já são melhores que há um mês e que as
negociações estão convergindo para um consenso. Além disso, argumenta
que a falta de contabilização das faturas de energia negociadas
no âmbito do MAE dificulta a avaliação pelas empresas do impacto
que principalmente o Anexo V representaria para cada companhia
em particular. (Gazeta Mercantil - 25.07.2001)
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7- EDP cria trading para reduzir risco |
Com investimentos de US$ 1,5 bi, participação em cinco distribuidoras
e planos de investir mais R$ 1 bilhão para construir a hidrelétrica
Peixe Angical, no Tocantins, a Eletricidade de Portugal está em
pleno processo de expansão da geração de energia, o que motivou
a criação da Enertrade, trading de comercialização do grupo EDP,
que teve sua estréia no dia 15 de junho. Desde a entrada da EDP
no Brasil, em 1996, o grupo passou por várias etapas de consolidação,
sendo que a última foi a criação da holding EDP do Brasil, formada
para gerenciar os ativos e dar mais visibilidade aos investimentos.
A Enertrade é a continuação desse processo. A idéia é oferecer
operações de longo prazo para projetos de geração de energia,
assim como troca de opções de compra e venda. Pondera-se que o
segmento deverá ganhar mais musculatura quando forem contornados
alguns gargalos, como a falta de regulamentação da legislação
que criou a figura do consumidor livre; a estrutura tarifária
e a separação entre a distribuição e a comercialização da energia.
(Valor - 25.07.2001)
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1- Novo acordo com o FMI deve ser de até US$ 20 bi
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A missão do governo brasileiro que embarcou no dia 24.07.2001
para Washington, para negociar uma renovação do acordo com o FMI,
leva uma proposta de um acordo preventivo, de curta duração e
com um reforço de 0,2% a 0,3% do PIB nas metas de superávit primário.
Pelas regras do FMI, o Brasil tem direito a sacar, num acordo
do tipo "stand-by", 300% do valor das cotas em direitos especiais
de saque (DES) na linha de financiamento tradicional ("credit
tranche facility"); e 600% do valor da cota se a modalidade de
crédito for da "supplementar reserve facility". Se o acordo implicasse
na disponibilidade total que as duas linhas representam, o dinheiro
disponível poderia chegar a US$ 30 bi. Mas nem o governo pretende
pedir esse valor, nem o FMI liberaria tanto. A expectativa é ter
algo entre US$ 15 bi e US$ 20 bi. (Valor – 25.07.2001)
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2- Crise volta a assustar e dólar e juros sobem |
O humor dos investidores piorou com notícias vindas da Argentina.
Rumores de que o Senado poderia alterar o pacote de medidas para
reduzir o déficit do país vizinho antes de aprová-lo e a informação
de que províncias prorrogariam por seis meses o pagamento de dívidas
trouxeram de volta a percepção de que a situação ainda é grave.
A cotação do dólar comercial fechou em alta de 2,36%, a R$ 2,472,
na venda, a máxima do dia. As taxas de juros tiveram alta e os
títulos da dívida soberana — que indicam o grau de confiança
do investidor estrangeiro no país — caíram. As taxas de
juros também subiram. Entre os contratos mais negociados na BM&F,
o de agosto passou de 19,36% para 19,38% ao ano. A taxa de outubro
saiu de 22,16% para 22,90% ao ano. O contrato a termo de Depósito
Interfinanceiro, de um ano — que indica a taxa prefixada
no período —, passou de 24,20% para 24,70%. (Gazeta Mercantil
– 25.07.2001)
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3- Medo do risco leva R$ 2,9 bi aos fundos DI |
A captação dos fundos DIs não pára de crescer. Até o dia 20 de
julho, entraram R$ 2,92 bi líquidos, segundo a Anbid. É a maior
captação mensal registrada pelos DIs em 2001, e corresponde ao
triplo dos R$ 817 mi que entraram nessas carteiras em todo mês
de junho. No ano, os ingressos somam R$ 7 bi. Os dados da Anbid
mostram que a entrada de recursos nos DIs ocorre quase na mesma
proporção em que sai dinheiro dos fundos de renda fixa. Este é
o quarto mês do ano em que o ganho dos DIs bate o dos renda fixa.
A maior diferença de rendimentos foi no mês de março — mês
em que o BC promoveu a primeira alta da taxa de juros do ano.
Em março, os fundos DIs renderam 1,21% frente a 1,05% dos renda
fixa. (Gazeta Mercantil – 25.07.2001)
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4- Mercado volta a temer Argentina |
O mercado de títulos da dívida dos países emergentes iniciou a
sessão em alta, dando continuidade ao bom humor dos últimos três
dias. No entanto, a série de notícias negativas envolvendo a Argentina,
aliada à alta do dólar no mercado brasileiro, contribuiu para
depreciar os bônus. No dia 20 e 23 de julho, os títulos argentinos
de maior liquidez FRB e Global 8 valorizaram 10,58% e 13,28% respectivamente.
O brasileiro C-Bond acompanhou e subiu 2,32% no mesmo período.
O risco Argentina, segundo o índice EMBI+ do banco JP Morgan,
havia caído 244 pontos. No dia 24, o FRB perdeu 5,6% -valendo
US$ 0,71 e spread de 2.355 pontos, o Global 8 teve baixa de 4,8%
-US$ 0,616 e spread de 1701 pontos, e o C- Bond desvalorizou 0,85%
-US$ 0,72 e spread de 951 pontos. O EMBI+ para a Argentina saltou
42 pontos para 1.415 e o brasileiro 9 pontos para 932. (Valor
– 25.07.2001)
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5- Efeito tango reduz ritmo externo, mas sem paralisar
empréstimos |
O mercado de operações estruturadas e empréstimos sindicalizados
está mais seletivo, considerando o momento de turbulência provocado,
sobretudo, pela expectativa com o futuro da Argentina. O número
de tomadores diminuiu e o de provedores de recursos também, mas
os negócios não estão paralisados. Os principais tomadores de
empréstimos sindicalizados são companhias de infra- estrutura
(telecomunicações, energia e mídia). Parte dos recursos almejados
pelas empresas é destinado a refinanciamento e parte à execução
de projetos de investimentos em curso. "Neste início de terceiro
trimestre, já assumimos carta- compromisso para 7 empréstimos
sindicalizados que totalizam US$ 2 bi. No primeiro trimestre do
ano, quando alcançamos a terceira posição no ranking internacional
deste segmento, fechamos 8 transações no valor equivalente a US$
1,4 bi", afirma Ricardo Caldeira, principal responsável pela área
de corporate finance e mercado de capitais do BankBoston. (Valor
– 25.07.2001)
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6- Caem consultas para crédito do BNDES |
As consultas e enquadramentos de empréstimos junto BNDES despencaram
39% e 48%, respectivamente, no primeiro semestre de 2001 em relação
ao mesmo período de 2000. Os números podem representar redução
dos investimentos das empresas, segundo Darlan Dórea, diretor
do BNDES. 'Isso é uma coisa para refletir. É preciso estar atento.
É um sinal vermelho', disse o executivo. Até junho, foram feitas
consultas de empréstimos que somavam R$ 12,277 bi, frente a R$
20,055 bi nos primeiros seis meses de 2000. Os enquadramentos
— pedidos que foram aceitos como passíveis de financiamento
— somaram R$ 11,115 bi, diante de R$ 21,321 bi ano passado
até junho. (Gazeta Mercantil – 25.07.2001)
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7- Bônus Samurai vai pagar de 3,50% a 3,95% |
Os bônus de 180 bi de ienes (US$ 1,45 bi, aproximadamente) que
o governo brasileiro pretende lançar no mercado japonês vão pagar
juros de 3,50% a 3,95% ao ano e terão prazo de vencimento em dois
anos, segundo informou o Ministério das Finanças do Japão. Neste
ano, a República do Brasil já lançou 80 bi de ienes em samurais
e o BNDES, 90 bi, o que representa mais do que os 160 bi lançados
pelo Brasil no Japão em todo o ano de 2000. (Valor – 25.07.2001)
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8- EIU vê risco de moratória no Brasil, Argentina e
Turquia |
A Economist Intelligence Unit (EIU) - centro de estudos do mesmo
grupo da revista The Economist - emitiu no dia 24.07.2001 um alerta,
dizendo que Argentina, Turquia e Brasil são os países com maior
risco de entrar em moratória. Na avaliação da EIU, os ajustes
de câmbio terão um papel limitado em ajudar a reduzir as necessidades
de financiamento externo para países com volumes pesados de principal
e juros a cobrir em 2001 e 2002. Adicionalmente, os governos da
Argentina, Turquia e Brasil enfrentam grandes necessidades de
financiamento interno. Portanto, teriam maior risco de um default,
segundo o texto. (Valor – 25.07.2001)
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1- El Paso assina acordo com RN para construir termelétrica
de 200 MW |
A El Paso Energy poderá a ser a primeira empresa a instalar uma
usina termelétrica no Rio Grande do Norte. Com investimentos da
ordem de US$ 150 mi, para gerar 200 MW, a empresa prevê o início
das operações ainda no primeiro trimestre de 2002. A informação
é do vice presidente sênior de relações institucionais, Roberto
Pereira Rangel de Almeida, que assinou no dia 23.07.2001 um protocolo
de intenções com governo do Estado. "Após a solução dos aspectos
legais como licença ambiental e disponibilidade de gás natural,
temos condições de construir a usina num prazo entre seis e oito
meses", afirmou. A localização ainda não foi definida, mas a empresa
se interessa particularmente pela área do Pólo Gás-Sal, projeto
governamental para atrair empresas do setor petroquímico, a 180
km de Natal. A proximidade com a malha de gasodutos e o fato de
o local já possuir estudos de impacto ambiental podem agilizar
o processo. A El Paso já dispõe dos equipamentos. (Gazeta Mercantil
- NE - 24.07.2001)
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2- Licença ambiental para térmica no RS será decidida
em agosto |
Até o fim da primeira quinzena de agosto de 2001, a Fundação Estadual
de Proteção Ambiental (Fepam) do RS vai decidir sobre o licenciamento
da termelétrica Jacuí 1. Miroel Wolowski, diretor de comercialização
e negócios da Gerasul, empresa responsável pela conclusão da usina,
diz que a dilatação do prazo anteriormente previsto preocupa.
Em reunião no dia 23 de maio de 2001, em Charqueadas, a Fepam
assumiu o compromisso de emitir um parecer em 60 dias. O prazo
se esgotaria em 23.07.2001, mas o presidente da fundação, Nilvo
Alves da Silva, afirmou que a fundação nunca fixou uma data para
se pronunciar. "Vai passar um pouco dos 60 dias, mas isso é irrelevante.
Vinte dias foram tomados pela Gerasul para apresentar esclarecimentos
que solicitamos", explica. Uma das preocupações da Fepam é com
o tratamento dos efluentes provocados pela queima de carvão mineral,
especificamente o dióxido de enxofre, um dos gases precursores
da chuva ácida. (Zero Hora - 24.07.2001)
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3- Petrobras terá de disputar licitação para fazer
duto |
A Petrobras terá que disputar licitação
do governo do Amazonas, sem condições especiais, se quiser manter
o plano de construir um gasoduto entre as cidades de Coari e Manaus.
A chegada do gás a Manaus permitirá a conversão das usinas termelétricas,
hoje movidas a diesel, e uma economia de cerca de R$ 250 mi nos
gastos anuais da Conta Consumo Combustível (CCC), nos primeiros
anos. "Não conheço projeto da Petrobras de fazer gasoduto. O edital
permite que todas as formas de transporte concorram", disse o
governador Amazonino Mendes, após lançar ontem no Palácio do Planalto
edital de chamamento público a empresas interessadas em fazer
o transporte. Amazonino defende o uso de barcaças para levar o
gás, comprimido em cilindros. "Se eu fosse escolher, teria feito
um edital exclusivo para isso. É o melhor conceito. A construção
de um gasoduto demora no mínimo três anos. A modalidade barcaças
é com certeza um terço disso." Segundo o governador, há um protocolo
de intenções assinado com a Petrobras há dois anos que garante
o fornecimento do insumo. A escolha da modalidade de transporte
vai considerar solução técnica, impacto ambiental e preço. O edital,
da Companhia de Gás do Amazonas, deve ser publicado hoje. A comissão
de licitação terá 45 dias para decidir depois da entrega das propostas.
(Valor - 25.07.2001)
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4- Consumo de gás no CE deve aumentar 7% até dezembro
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O Ceará quer chegar até o final do ano com consumo de gás natural
da ordem de 300 mil metros cúbicos por dia. O estímulo para o
incremento de 7% sobre a demanda atual, de 280 metros cúbicos/dia,
veio da crise de energia elétrica e da difusão dos benefícios
do uso veicular do produto, em substituição à gasolina. Segundo
o presidente da Companhia de Gás do Estado (Cegás), José Rêgo
Filho, pelos menos seis projetos de co-geração de energia estão
em andamento, destacando o da Vulcabrás, em Horizonte, que deve
entrar em operação até o final do ano. Conforme José Rêgo, o uso
do gás natural no segmento elétrico está sendo bastante impulsionado,
tanto com os projetos de co-geração (produção de energia e calor)
quanto por meio das termelétricas, voltadas para a produção em
maior escala. "Hoje, temos três empresas que já realizam a co-geração,
com consumo de 30 mil metros cúbicos de gás natural por dia. Mas
estamos sendo bastante procurados para ampliar os projetos nessa
área". (Diário do Nordeste - 25.07.2001)
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5- Estados consumidores não reconhecem cobrança de
ICMS do gás pelo MS |
A disputa por arrecadação do ICMS sobre o gás natural destinado
às termelétricas está criando um impasse. A grande discussão,
por enquanto, está em torno do gás natural que chega pelo gasoduto
Brasil-Bolívia. Na prática, o governo sul-mato-grossense, estado
pelo qual o gás chega, não quer abrir mão dos 12% de ICMS cobrado
pelo desembaraço na entrada do gás em terras brasileiras. O problema
é que Estados consumidores não reconhecem essa tributação. Como
resultado, as distribuidoras de gás localizadas nos Estados consumidores
não conseguem compensar os 12% de ICMS recolhidos. O imposto,
então, cai sobre o gás e integra um custo suportado por distribuidoras,
termoelétricas e usuários da energia. Se não for possível embutir
os 12% no preço em razão de tarifas pré-determinadas, o custo
precisa ser suportado pela distribuidora de gás e pela termoelétrica.
A tributação atual onera a geração de energia e contribui para
que os investidores fiquem receosos e migrem para outras áreas.
(Valor -25.07.2001)
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1- Flexibrás solicita à Escelsa revisão da meta de
consumo |
Para garantir a produção de tubos flexíveis para exploração de
petróleo, a empresa francesa Flexibrás, instalada no Porto de
Vitória, solicitou à Escelsa a revisão da meta de consumo. De
uma cota de 199.795 KWh, ela requis um aumento para 250 mil KWh,
no dia 16.07.2001. De acordo com o diretor industrial da Flexibrás,
Honório Neves, o corte de 20% no consumo de energia é pesado para
o setor industrial e fica difícil atingir a meta estipulada pela
concessionária. "Na produção dos tubos não há desperdício de energia
e será difícil atingirmos a cota. Toda semana avaliamos nosso
consumo e estamos no limite", comentou Neves. O diretor destacou
que empresa está avaliando todas as possibilidades para não ter
problemas com pagamentos de sobretaxa e cogita a parada da produção
por alguns dias ou a aquisição de geradores de energia. "Não haverá
demissão. Vamos buscar alternativas para atender nossos contratos
de fornecimento", garantiu. (Terra - 24.07.2001)
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2- Racionamento deve derrubar produção industrial |
A indústria nacional já está atravessando uma crise mais intensa
do que as registradas em 1997, depois da quebradeira asiática,
e em 98, com a moratória russa. A demanda por produtos industriais
caiu 22 pontos percentuais entre abril e julho deste ano, segundo
registrou a 140ª Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação,
divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas. A pesquisa, que reuniu
1.190 empresas, responsáveis por 40% do faturamento total da indústria,
demonstra que os efeitos do racionamento energético estão sendo
mais devastadores do que qualquer choque econômico internacional.
Segundo o coordenador da pesquisa, Salomão Quadros, esta foi a
perda mais intensa e mais rápida da indústria desde a crise do
México, em 1995. A demanda vinha se mantendo matematicamente equilibrada
nos primeiros três meses do ano, com 13% das empresas avaliando-a
como forte e outros 13% como fraca, o que correspondia a um saldo
zero (estagnação). No último levantamento, 27% das empresas identificaram
como fraca a demanda atual, enquanto apenas 5% a definiram como
forte, o que resultou num saldo negativo de 22 pontos porcentuais.
(Diário do Nordeste - 25.07.2001)
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3- Empresários temem extensão do racionamento até 2003 |
Enquete
eletrônica realizada pelo Instituto Brasileiro de Executivos de
Finanças (Ibef) aponta que a maior parte dos profissionais da
área, vinculados à entidade, acredita que a probabilidade de apagões
na região Sudeste em 2001 está entre média (33,33%) e alta (34,62%),
ao contrário do que têm dito autoridades do governo federal. Só
para 9,52% isso é uma possibilidade remota. Sobre a duração do
racionamento de energia, 30,21% dos entrevistados esperam que
o programa termine até dezembro de 2001. Outros 34,38% dos entrevistados
levam esse prazo pelo menos até dezembro de 2002. A maioria dos
executivos está pessimista: 35,42% dizem que o controle sobre
o uso de energia corre o risco de ir até janeiro de 2003. Metade
dos executivos de finanças condena a idéia do 'feriadão', que
27,71% dos ouvidos aprovam. A enquete informal foi feita com parte
dos 900 associados do Ibef, entre profissionais de finanças de
bancos, empresas nacionais e multinacionais e consultorias financeiras.
(Gazeta Mercantil - 25.07.2001)
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4- Pesquisa do Ibef aponta que maioria dos empresários
considera sobretarifas absurdas |
A respeito das sobretarifas de 50% e 200% aplicadas àqueles que
ultrapassarem suas metas, pesquisa do Instituto Brasileiro de
Executivos de Finanças (Ibef), realizada com parte dos 900 associados
do Instituto, apontou que 75% dos consultados consideram a imposição
absurda, pois é elevadíssima e não tem determinada a destinação
dos recursos levantados por ela. Outros 13,16% dos executivos
qualificam a sobretarifa como correta, pois consideram ser essa
a única maneira de obrigar todos os usuários a reduzir o consumo,
enquanto 11,84% a classificam como adequada, pois não atingirá
os que cumprirem a meta de consumo. (Gazeta Mercantil - 25.07.2001)
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1- Comissão Européia não condena ajuda do governo espanhol
às elétricas |
A Comissão Européia decidiu autorizar o regime espanhol de compensações
às companhias elétricas por causa da liberalização do setor, os
conhecidos "Costoes de Transicíon a la Competência". O executivo
da comissão decidiu não fazer objeções às medidas destinadas a
compensar as companhias elétricas pelos custos não recuperáveis
procedentes de compromissos fixados para que a liberalização do
mercado elétrico da CE seja feito. Esta decisão compreende também
medidas parecidas tomadas pela Áustria e Holanda. Com esta medida,
Bruxelas conclui uma polêmica que durou cerca de três anos. (El
Mundo 25.07.2001)
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2- Southern aumenta os lucros do segundo trimestre
de 2001 |
Southern Company, a companhia americana de energia, afirmou no
dia 23.07.2001 que havia derrotado os efeitos do tempo seco e
do lento crescimento econômico americano e conseguido aumentar
um pouco os lucros do segundo trimestre de 2001. Os lucros das
operações, que excluem pela primeira vez a área da Mirant International
Energy - que foi vendida em abril, aumentaram de US$256 milhões
para US$270 milhões. A venda da Mirant visava uma maior especialização
de cada uma das companhias. A Southern quer se tornar uma companhia
energética "super-regional" que enfatiza o serviço ao consumidor
e valor dos acionistas, enquantoa Mirant procurará oportunidades
no mercado liberalizado internacional. (Financial Times 23.07.2001)
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3- Argentina pode sofrer escassez de energia |
O
setor elétrico da Argentina deverá enfrentar uma situação crítica
em 2004 ou 2005 devido aos poucos investimentos em projetos de
nova geração e transmissão, o que poderia levar a escassez de
energia. O presidente da Ateera, Silvio Resnich, afirmou que por
agora não haverá problemas, já que os reservatórios estão cheios
e a economia está em baixa, o que diminui a demanda por energia.
Mas ele avisa que um ano menos favorável em relação a chuvas e
uma retoamada da conomia podem trazer problemas. O presidente
ainda afirma que um novo regulamento para as companhias elétricas
deve ser lançado logo, na tentativa de desregulamentar o setor
e evitar que a Argentina enfrente uma problema parecido com o
que o Brasil enfrenta hoje. (Business News Americas 24.07.2001)
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4- EDF reafirma compromisso de investimento na Argentina |
A EDF reafirmou sua intenção de fazer novos investimentos na Argentina,
onde ela já controla um grande número de companhias do setor energético.
O diretor da EDF encontrou-se com o ministro da economia argentino
Domingo Cavallo e o ministro de infrastestrutura argentino Carlos
Bastos, que confirmaram a decisão da companhia. A EDF estaria
analisando projetos de geração, transporte e distribuição de energia
para o país. A companhia já investiu US$ 1,5 bi na Argentina até
hoje. A compnhia francesa "provavelmente" não tomará parte no
leilão de privatização da companhia elétrica da província de Cordoba,
a Epec, mas deve participar na venda do distribuidor da província
de Santa Fe, a Epesf. (Business News Americas 24.07.2001)
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5- El Paso supera expectativas |
A Companhia El Paso anunciou um lucro líquido de US$143 milhões
para o segundo trimestre de 2001, bem maior do que o esperado
pelos investidores. As reazões apontadas para este lucro foram
a força de todas as áreas comerciais da companhia o fato deles
terem conseguido superar a crise dos fracos preços das mercadorias.
Os lucros do primeiro semestre de 2001 foram de US$13.4 bi contra
os US$ 10.2 bi registrados no mesmo período de 2000. (New York
Times 25.07.2001)
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6- Indústria nuclear critica acordo de Kyoto |
A indústria nuclear criticou o acordo sofre a mudança do clima
assinado em Kyoto por ter excluído a energia atômica de dois mecanismos-chave
objetivados para encorajar o desenvolvimento de projetos de energia
de fontes renováveis. Foratom, que representa a indústria nuclear
na Europa, descreve a decisão como "lamentável" e disse que foi
resultado de acordos políticos e não de um verdadeiro interesse
na preservação ambiental. Pessoas que apoiam a a energia nuclear
afirmam que o mundo não conseguirá chegar às taxas de redução
de emissão de dióxido de carbono impostas pelo tratado sem as
usinas nucleares. A decisão foi recebida pelos ecologistas com
grande alegria, já que eles vêm lutando contra o crescimento do
uso deste tipo de energia. (Financial Times 24.07.2001)
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